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Elaboração de Laudos Psicológicos
Elaboração de Laudos Psicológicos
ÁRIO
9
Pref.,.
cio ...................... ...................... ...................... ...................... ............. .
Aprese11tação ........................................................................................... 1.1
1 Latido e ii-1 te1·seções ............................................................................. 13
A in1portância do laudo psicológico ............................................. .... ............ 14
O respaldo técnico do laudo .......................................................................... 15
A possibilidade do diagnóstico ...................................................................... 15
2 Aspectos importantes relacionados ao laudo ................................... 17
Parecer versus laudo psicológico .... .............................................................. 18
3 A estrutura do laudo psicológico ....................................................... 21
Modelos de laudos inadequados ................................................................... 23
4 Três distintos solicitantes: o início do laudo ................................... 29
Personagem 1: sra. Beatriz e a queixa de memória .................................... 29
Personagen1 2: A impulsividade do jovem Rubem ....................................... 30
Personagem 3: A tristeza do sr. Firmino ..................................................... 31
5 Identificaçã o ......................................................................................... 33
Identificação - Caso clínico 1........................................................................ 34
Identificação - Caso clínico 2 ........................................................................ 34
Identificação - Caso clínico 3 ........................................................................ 34
6 Descrição de denianda ......................................................................... 37
Sobre a queixa ou demanda .......................................................................... 38
Entrevista clínica ......................................................................... .. .......... 38
Anamnese ......................................................................... ...... .................. 39
Observação do comportamen to ................................................................... . 39
Rapport .......................................................................................................... 40
Informe do teste a ser utilizado ................................................................... 42
Descrição de demanda - Caso clínico 1................................................... 42
Descrição de demanda - Caso clínico 2 ......................................... .......... 43
Descrição de demanda - Caso clínico 3 ................................................... 44
7 ProcediD1ento ........................................................................................ 47
Procedimento - Caso clínico 1...................................................................... 48
Procedimento - Caso clínico 2 ...................................................................... 48
Procedimento - Caso clínico 3 .............................................. ........................ 49
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l
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PREFÁCIO
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APRESENTAÇÃO
11
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1
LAUDO E INTERSEÇÕES
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•
Roc kso n Costa Pessoa
s si·
nã o é ne nh um a téc nic a ps ico lóg ica ' ma m o pró .
a deq ua do Pr10 Ptofi.s.
. al psi có log o (C RU Z, 20 02 ).
d" . de sta ca r outro
sw n ~ ob sta nte ao pe rc ur so ac a em1co, vale .
Na 0 . .
do lau do ps ico lóg ico se P0 nto de
·se aquele rel ac- wn ad o ao fat o 1
r a vo de cr'1 .
ál
an i ' tica8
or alg um as qu es toe s.
b
en tem en te arr ola do s quando se usca
p Algu.ns fenômenos são fre. qu1/ . . Pro.
o lau d o ps1 co og ico em su a tot al essência. A necessid d
blematizar so bre .. . . al a e
1 a e o im pa cto de su a en tre ga são
de cons tru í-l o, a su a re ev an c1 guns d0
-o di se ut 1·d os no campo psicolóoic . s
n t e sa
muitos pontos qu e co · / 1 mu me
t es d e ap rofu nd ar a discussão sob º.. o, Po r iss
re 1audos.
°
é im po rta nte pro ble ma tiz a- os an
ógico
A importância do laudo psicol
itas r es-
ela bo raç ão de do cu me nt os ps ico lóg ico s é ma is um a da s mu
A
s ps icó log os , e o lau do ps ico lógico é um desses documen.
po ns ab ili da de s do
se s do cu me nto s, o lau do é o ma is co mp lex o (HENRIQUE·
tos. En tre es o um~
IE RI , 20 11 ; CF P, 20 05 ; CF P, 20 03 ) e po de se r considerad
ALCH
pr of iss ion al (GUZZO, 2001).
de mo ns tra çã o da co mp etê nc ia
o res ga te da eti mo log ia da pa lav ra laudo, qu e tem su a origem
É pe rti ne nte lau-
ino lau do , lau da re, qu e sig nif ica elogiar, enaltecer, exaltar. De
no verbo lat francês,
an am lou va r, em po rtu gu ês ; lodare, em ita lia no ; louer, em
dare, dim
rd an tes loa r e lau da r, em es pa nh ol (REZENDE, 2010).
e os contornos dis co
a ap ro xim aç ão do ter mo "lo uv ar " ex pr es sa a destreza
O lau do em su re
pr of iss ion al es pe cia liz ad o em af er ir ou inf or ma r sob
téc nic a de um enos
do fen ôm en o. Na Ps ico log ia, ao in ve sti ga rm os os fenôm
de ter mi na e demais
ico s no s é ga ra nt id a a fu nç ão de ela bo raç ão do s lau do s
psicológ
ico s, um a ve z qu e no s é as se gu ra do pe la classificação
documentos psicológ
cio (B RA SI L, 20 02 ).
br as ile ira de oc up aç õe s tal ofí
efi cá cia do lau do ps ico lóg ico es tão de ter mi na da s não tão
A relevância e a
de str ez a téc nic a de qu em ela bo ra tal do cu me nto , ma s também
somente pela apre-
os po líti co s e ide oló gic os da pr óp ria Psicologia. O qu e explica
po r aspect idade;
so fri da po r alg um as co rre nte s, qu e de sc on sid era m su a legitim
terição
de nte me nte da fo rm a de co mo é concebido, o laudo e
En tre tan to, ind ep en
st e leg iti ma a pr áti ca efi ca z do pr of iss ion al de Psicologia.
um in ru me nto qu
ida de de re sp os ta ao qu es tio na me nt o rel ac ion ad o à ne·
Um a possibil . o e,. a fi rm ar q ue eles são
. olo/ gic
cessidade de se con l." .
1 ecc1onar um lau do ps 1c · /Jogo e,
. ona1 psico
elaborados de ac ord o co m a atu aç ão co er en te do pro fis s1
14
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ELABORAÇÃO DE LA
UDOS PSI COLÓG ICOS - UM GUIA DESCO MPLIC AD O
A possibilidade do diagnóstico
O último ponto é o relacionado à repercussão do laudo elaborado.
Sendo uma das críticas mais rotineiras a afirmação de que o laudo pode
contribuir para a construção de rótulos a ponto de reduzir o indivíduo a
uma dificuldade, patologia ou transtorno.
15
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--...... v, 1 ~osta p
essoa
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2
ASPECTOS IMPORTANTES
RELACIONADOS AO LAUDO
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. ., i
lllll' 't'll lll ' lt'l\l •ll
r ttJ)<'l'\ i. (Ir. prc>f('; or li 1 i I n~jt'itw lou lin1d,q•lnhoi• I
t) • ' (' j' . li( ílt
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0 lon O ck minhn bn• t' t'. 1wr1f 11cm 1
cn1110 doel'lll .t, re ·ebi urnn 1-!Ót•i
Ol' rlito~ "lmtdo~ p.·it·nl6gicoH", que Ptll nnrl111-10 n1-1Hornolhnv11rn n un do.
1
·unwnl.o (,t•cnico. 1~ iwln <'xi~t.ouciH rlP luudo~ pHt~udoL6eni 'OH ·omo OHfi H
qtw ll '.'i , 11 •i,, PRknl{>1,·.icn 1wrdt euctn Vü1/. rrnri~ suu c1·t~clihilidHdo a pont,~
1
dl' cont.inu:mH nt.t~ :-:ler tnxnrln cmno npendi · \ .m íst.ico <ln ·i 'n ·i.u.
1
O par" r ) a de laraçã o psi ·o.lógica não são docum ento· que resultam
da avaliação psicológica, embor a 1nuitas v .\zes apareçam dessa forma. Apre-
s ntain distinções quando c01nparados aos dmnais docum entos psicológicos.
O par 'l c r un1 docu1 nento funda incnta do e resum ido sobre uma
que tão focal do a1npo psicológico, cujo resultado pode ser indicativo
ou conclusivo. Tem por finalidade aprese ntar resposta esclare cedora , no
campo do conhe in1cnto psicológico, por meio da avaliação especializada.
Visa dirünir dúvida s que esteja m interferindo na decisão, sendo, portanto,
uma r :-.sposta a uma consulta, que xigc competência de quem se habilita
a responder sobre d t rminado assunto (CFP, 2003).
Diamctraln1ente inverso ao par cer, o laudo psicológico constitui-se
como instru mento de caráte r científico que descreve circunstâncias,
condições psicológicas e seus multid etcrm inado s averiguados no decorrer
do proce so de avaliação psicol ógica. Seu desígnio é relata r orientações,
intervenções e diagnóstico, e con ignar progn óstico e progre sso docas?,
aléin de nortea r, indicar e/ou r qu rer un1a propo sta terapê utica (HEN-
RIQUE, ALCHIERI, 2011; CF P, 2003).
18
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ELABORAÇÃO D
E LAUDOS PSICOLÓGICOS · UM GU IA DESCOMPLICADO
19
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3
A ESTRUTURA DO LAUDO
PSICOLÓGICO
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Co11tn 1)~1 d(•n111i ·c,lo1:i1 :n1, 11 1111,1 11 d<·v
111 l.1 ·111111•111.1111 p 111
rt .dn w> l t•111 t-.1 .1111.11111d11 t d•·lt11 id ,, ( pr1 11 1111 · o qw , ohii i Lfl
1
, , pt p· 1111.
, . I, ll ( t)t)lll , 1
HJH'l', ' <•t d II r ordt•1111 · 111 q uc 1 pt •1 ·11111, 1 1 c·oi 11pt't CH 11 1 10 du h!il.or, p,,,. i 111 t·i , 'l
t'Oll. ' irll'l'III' H (
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: Lntl ,111 ' l p1 •11pu ;I, 1 C' l'l l lj flil. l fl l ll 'I J t 111'0 f'J .I 01 1, \11
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qui vuh, pnr, 1ll,t' 1 t 1 : i1dHi:1,llH 1 11Lc 1 1n1tiLw1nc1tdf 1ril,·,
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<' qw' frnttl1 11, u111 nf.t• l\lu, 1110 11 11111 ~u I11 d< proíiH ionul (IIH• 1Vi.1H
• . 1 , OH U1
a1l(lf't
111mn·11w um ~mcwn L<' q t H ohH(n·vn II ni Ot'ro d• gr-idia < m '1t,
t'm quulqut'r outt·o doc1111w11l.o colllo vocc ad 111 que ,.,,. e•
. um 1~11id,
. , l ' 1ll
. I · · 1 , . ' , , <!nl.1r1;t') (11
u11portnnto o Y.t' n nu rn-icr1tn, po1H<!o ~ n<: 'OH1•l 1t·1<,. Umu V<~z t)U. , · · •
"d. . ,1 r· 1· 1 ' CHtr 'V
1110s par-1111' 1 'OH ps1 ·o o ·rot-i OHOllltf 1 ,logo,.;, J 'UHgogoM, pa í.en l . · 1
.. · . ingua.
cre1n utilizada pelo · nso comum, po.1.i; o laudo H rá apr •ciado por outro 1
profi ·i~ nais (CFP, 200~). D •" s • m<'.do, não i;_ •ria. i ntcressan te empr ga:
cxpres oes con10: o p ac1cn te e i fraco das tdeau,, ou o paciente parcc
muito amuado".
Conforme discutido no capitulo antc ri.or, os elementos que compõem o
laudo psicológico ão: identificação, descrição da d manda, procedimentos,
análise e conclusão.
De modo resumido, pode-se informar que:
- a identificação revela os sujeitos envolvidos na avaliação psicológica
(psicólogo e solicitante).
- a descrição de demanda denuncia a queixa relatada peJo paciente e
analisada pelo terapeu. ta. .
- o procedimento retrata o trabalho delimitado para avaliar a queixa.
- a análise retrata im.p rcssõos iniciais apó a correção do ' rc ultado
obtidos na avaliação, e a cone Ju sao ,., rcprcs nt a a 1·n· - ção .de dado da
. t, ogr~a 1
adiante.
22
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li I A, I { 'l I l li I l
1 f , tt f r. 1 , 1< Jr}
COMO f I AH<HH 1
23
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Rockson Costa Pessoa
O
l . AUDO PS IC OL ÓG IC
omc:
. . ~ . e o, iii?H
D:1ra de Nt •e mH.:11 te . 1 ■
•• •
Idade: 56 an<>-'
Esr.,do i:ivi l: casr~da
f f - PARECER:
ma rço dc ill lli .
Avaliaç.'io realizada cm resentou bo
ran te a av ali açã o psi co lóg ica _Maria Jo sé ap 01
Du lmd a. revelando~ Contaro
do de mane ira ad< .,'Q se s-
int rpc
t~ sso aJ. int era gin · cg11ra
_. .
ccnrrada e co fab úra trv a ·
de pensamento coere nte con
l a rearda
Demonstrou conteúdo e curso - .
e sem d'
1 de.
octonaJ. bom aspecto fis1co
.
Apresenta bom estado cm· · , re
- e· ser
R·e íl ct. da •fic
_. - de~ rcsponsabir _ ªde~ufd
· - cm os soc iai s. rda de e
de r-clacmnam pesso ais e profissionais
s qu estõe s
comprometimento co m sua
indícios de distúrbios. ps,·.coJógicos.
No mome nto. não foram observados
-
LU SI VO :
UI - PARECER CO NC
ica verifi
tidos na av ali aç ão ps ico lóg
Ar ravés dos n,--suhados ob de professo ra. ica~se que
ta pa ra ex erc er a fun ção
1( · 1 · está ap
E . il [!
CRP: 7 1 7 i 9
do psicológico.
Figura 2. Exemplo de lau
24
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ELAB ORAÇ ÃO D OMPLICADO
E LAUDOS PSICOLÓGICOS - UM GUIA DESC
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
l ' ·· . • · · ·
'T• ps-·1-co og1ca para lms de processo JUd1c1al
' -1c=-1<)
ASSU r TO·· Av·11i
1. l111roduçào
radora de Ju ·ti~·a Ora.
O prcsenre Relatório tmta de solid1ação da Exma Procu
tério Público
do Centro de Apoio ao Consumidor e Conlribuintc do Minis
do Esrado do para procedimento de Avaliação Psicológica. objetivando
a empresa t 177 1; i .. z
subsidiar ação movida pela Sra. lil--•■ contra
Lima. comprou o pacote
• ;· · A reclamante, juntamente com seu cônjuge, Vinicius
ressaltar que para u1ili1.ação
·'Casa Impossível ", da referida empresa de viagens. Cabe
o de lobotomia parcial. Após
do daquele pacote faz-se necessário um procedimem
utili7..ação dos serviços contrntados, a Sra. alega que seu esposo começou a
de histeria. Segundo conta. as
apresentar comp011amento e.stranho, inclusive com crises
a ocorrer alguns dias após a
oscilações de humor, além de sintomas físicos, começaram
experiência virtual.
U. Descrição
pela descrição dos
Os dados coletados na primeira enlrevistn, fornecidos
aio, palpitação. desarranjo
sintomas (medo intenso, falta de ar, sensação de desm
intestinal. consciência da irracionalidade do medo.
comportamento evitante de certas
situação), a postura corporal
situações ou sofrimento demasiado quando enfrenta a
e as conseqüências negativas
observada (gagueira, inquietação, tremor nas mãos)
vivido pelo
(isolamento sociaJ) indicam que o distúrbi.o de ansiedade
assumiu proporções impeditivas na sua vida.
têm indicado serem os
Estudos recentes apresenrndos em várias publicações
na população em geral. Em
distúrbios de ansiedade os mais freqüentemente encontrados
experiência traumática.
alguns casos, esses disturbios se manifestam após uma
ficudos como quadro
De acordo com aJgumas características. eles são classi
complicações ensejam busc.i de
patológico. cuja evolução. comprometimento e
trntumento medicamentoso e/ou psicológico .
25
Scanned by CamScanner
RELA TÓRIO PSICOLÓGICO
'
·aL' ;"I{) p .·, . 1l1<. 1 1ru
ASS ·I TO·· v•,1, "'' s o
•
pam fums uc
.1 .
processo JllC . 1
11·cm
1. ln1roduç:\ >
U. Descrição
Os dados coletados na primeira entrevista, fornecid<)S pela descrição dos
sintomas (medo intenso, falta de ar, sensação de desmaio, palpitação. desarranjo
intestinal. consciência da irracionalidade do medo, comportamento evitante de certas
situações ou sofrimento demasiado quando enfrenta a situação), a postura corporal
observada (gagueira, inquietação. tremor nas mãos) e as conseqüências negativas
(isolamento social) indicam que o distúrbio de ansiedade vivido pelo
assumiu proporções impeditivas na sua vida.
Estudos recentes apresentados em várias publicações têm indicado serem os
distúrbios de ansiedade os mais freqüentemente encontrados na população em geral. Em.
alguns casos, esses disturbios se manifestam após uma experiência traumática.
De acordo com algumas carac:terísticas, eles são classificado, como quadro
patológico. cuja evolução. compromctimemo e compticaçõcs ensejam busca de
tratamento medicament()S0 e/ou psicológico.
25
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CRP N.
26
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ELABORAÇÃO DE LAUDOS PSICOLÓGICOS - UM GUIA DESCOMPLICADO
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4
T A
INICIO DO LAUDO
A sra. Beatriz tem 40 anos, é solteira, não tem filhos, reside com os
pais e tem ensino médio completo. Trabalh a como auxiliar administrativa
em uma empres a na área de logística. Procuro u atendim ento psicológico
por conta de um comprometimento relacionado à memória. Informou que
sempre teve muita dificuldade para assimilar novos conteúdos e relem-
brar situaçõ es diversas, mas que, nos últimos quatro meses, a situação
se agravo u e o que era uma dificuldade se tornou de fato um problema.
Ao ser questio nada acerca da existência de algum evento que explicasse
a piora no campo mnemônico, informou que, nos últimos cinco meses, a
empres a vem sofrendo por conta das dificuldades financeiras e isso a deixa
muito preocupada. Inform ou ainda que não faz uso de medicamentos e
que habitua lmente costum a dormir muito tarde e acordar muito cedo.
29
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Rockson Costa Pessoa
Rube m tem 22 anos, unive rsitár io, não tem filhos, reside com Pai
não traba lha. Procu rou atend iment o psicológico por conta de estar mu;te
impulsivo e isso o faz ficar agressivo e intole rante ; essa impulsividade~
vivenciada nos últim os três meses. Segun do o solicitante, esse novo corn~
porta ment o assus ta, pois nunca foi uma pesso a explosiva, mas agora isso
tem se torna do um hábit o muito indesejado. Inform ou que sua mudança
de comp ortam ento fez sua família ficar preoc upada e que até mesmo
amigos de longa data evitam estar com ele. Disse que seu pai, por vezes08
conve rsou sobre os perigos das droga s e que, por mais que assegurasse
,
não fazer uso de entor pecen tes, parec e não ter crédit o com seu pai, que
0
segun do ele, o entris tece muito .
No tocan te ao dia a dia, inform ou que é estud ante de Direito e que,
quand o não está em sala de aula, estud a e frequ enta academia. Pelo
meno s uma vez por dia, exercita-se.
Ao ser questionado sobre algum evento que pudesse ter desencadeado sua
alteração no comportamento, informou que nada ocorrera. Quando ratificou
sobre o não uso de drogas, disse apena s que consumia anabolizantes e que
não considerava que eles fossem nocivos, uma vez que muitos conhecidos
os utilizam. Disse que faz uso de nandr alona (conhecida no Brasil por Deca-
-durabolin) com posologia de 200 mg por sema na há sete semanas, sem
nenhu ma orientação médica.
Com relaçã o à sua histó ria pregr essa, não foram observados dados
anorm ais. Gesta ção muito tranq uila e desenvolvimento dentr o do espe-
rado. Da infân cia até a adolescência, nenh uma interc orrên cia importante
foi considerada.
30
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ELABORAÇÃO DE LAUDOS PSICOL ÓGICO S· UM GUIA DESCO
MPLICA DO
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Rockson Cosia Pessoa
.
se sentia prision e1r
grades , J.á que não era criminoso. Contou que _ 0
que sempre foi indep enden te, mas que seu filho nao comp reend ia i e
Ressaltou também que, desde essa mudança, tem estado muito 1 irr·tªº·
. ado
e impaciente, o que o faz ter dificuldade para inicia r o sono pela n 01te
até mesmo a perde r a forne. e
É importante salien tar que tanto o pai quan to o filho disseram ~
haver na família histórico de trans torno s neurológicos e psiquiátr· nao
Foi constatado que o idoso não faz uso de medicamentos. icos.
Agora que os casos já foram descritos, iniciaremos a elaboração d08
referidos laudos passo a passo, para que você ·possa compreender sua
- . M-aos a, obra.
cons t ruçao
32
Scanned by CamScanner
5
lDENTIFICAÇÃO
Em lin ha s ge rai s a id t· c .
. en 111caç-ao co nsi. ste no co mp on
complexid ad e do lau do ps1·colo" en te de me no r
_ mco, mas, · ·
raçao ~o de ge rar equívocos qu
t) ... po r ma is qu e seJa de tac "" 1·1 el b
a o-
e podem inv ali da r seu rel ató rio .
en ten did a co m? a pa rte su pe rio Pode ser
r do pri me iro tópico do lau do psi
ª
qu e tem fin ali da de de ide nti fic
ar o au tor /re lat or, o
cológico
int ere ssa do e a raz ão
do do cu me nto (CFP, 2003).
No ide nti fic ad or deve co ns tar im
pre ter ive lm en te no me do psicól
nú me ro de reg ist ro e no me do ogo,
int ere ssa do pelo lau do (H EN RI
AL CH IE RI , 2011). E aq ui cabe QU E;
um a observação im po rta nte , no
int ere ssa d9 , o pro fis sio na l de Ps cam po
icologia inf orm ará o no me do au
pedido (se a sol ici taç ão foi da Ju sti tor do
ça , da empresa, da en tid ad e ou do
te). Logo, em cas o de avaliação clien-
de crianças, po r exemplo, o int ere
ser á se u res po ns áv el legal. Em co ssa do
ntr ap art ida , se a escola en ca mi nh
cri an ça pa ra rea liz ar um a avali a um a
ação, o req ue ren te é a escola.
Em rel aç ão ao ca mp o ass un to,
é válido inf orm ar qu e mu ita s ve
uti liz am os a fra se: avaliação zes
psicológica relacionada à problem
desencadeadora do ate nd im en to ática
psicológico.
Como já ref ere nd ad o pelo CFP,
esse campo tem a função de ide nti
tan to o pro fis sio na l de Psicolog fic ar
ia qu an to o solicitante. Se já res
qu e im pre ter ive lm en te o psicólog sal tam os
o deve inf orm ar o nú me ro de seu
tro , é im po rta nte de sta ca r qu e regis-
da me sm a for ma os dados do sol
de ve m se r no tif ica do s. ici tan te
A ma ior ia do s lau do s, exceto os
relacionados ao campo jur ídi co
ob ten ção da Ca rte ira Na cio na l eà
de Ha bil ita ção (CNH), até m- se
co mu nic açã o do no me do int ere ap en as à
ssa do , nã o inf orm an do RG, escola
e profissão do int ere ssa do . Inc lua ridade
esses su bit en s no seu rel ató rio ,
forme os exemplos: con-
33
Scanned by CamScanner
Identificação - Caso clinico 1
1
Autor: Rockson Costa Pessoa _ CRP 20 / 03665
Interessado: Beatriz Assunção Venâncio
Idade: 40 anos RG: 134376764-4 Estado civil··"o .
S Iteira
Escolaridade: Ensino médio completo
Profissão: Auxiliar ad1ninistrativa
Assunto 1: Avaliação psicológica relacionad a a queixa • no
mnen1ônico. . . _ . comporta111e11lo
Assunto 2: Solic1taçao de investigação . psicolócric º.. a de dºfi
l culdade de
L... º.. cn~·c~a~d~e~al~~~~-~
As_s_u_n_t_o_3_:_R_e_su_lt_a_do_d...:..e-=-a:....:..v-=al=1a~ã:.::::o:.__,1p::'.:s~ic~o~lo~' rnelllóh~
era ao da mem'or1a.
. 'lil.
34
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i I Fl()R ~A() PI l AllD0 9 P..dÇOl.()GIC0,1 . UM GUIA D COMPLICADO
\ h'Pl'h' 'l'll' ~nm nt.t o .r .. pon~óvol logal podo solicitar intervenção psico-
\ · ·k, t 1 i,'.'() ~t npli 'H uos monor 'H do 18 anos o a pacientes adultos que,
w tn mst.orno~ ou ondiçôos diversas, passam a ter um representante
l ~ \L O ~('j,.!'\ tndo ponto orionto quo podemos elaborar o laudo para dois
lidtm,t.o~. Dossa forma, .labora-se um laudo tanto para o profissional
1
l\W l)\1 ·mninhou opa iontc, quanto pura o paciente em questão ou seu
t'(\."pon~ú, t l.
\ úlido destacar tamb m que todos os componentes do laudo devem
• ,. Plnl orados d' 1nodo articulado. O informe dos sub.itens, como idade e
~.:X)lnridndc , d ve constar por eles serem importantes para a compreensão
dt\ {'$ ~lho do instrumento aplicado, uma vez que existe público etário-
.. Ivo, da m ~SJna forma que alguns instrumentos apresentam normas que
. fü,id ~rum a escolaridade do indivíduo.
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6
DESCRIÇÃO DE DEMANDA
Ob,ervação do
t nrnportt"J111t-11to
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Rockson Costa Pessoa
Entrevista clinica
Etimo logica mente , a entrev ista psicológica refere -se à "visão entre"
duas ou mais pessoa s e consti tui-se de troca, conve rsa, relação, diálogo
ou encon tro (ALMEIDA, 2004; ANASTASI; URBINA, 2000).
A entrev ista clínica não pode ser vista como uma técnica única, pois há
diversas, cada uma pertin ente ao objetivo propo sto na intervenção. Pode
ser definida como conjun to de técnic as invest igativa s, de tempo abalizado e
conduzida por um entrev istado r treina do, que faz uso de modo competente
de conhecimentos psicológicos (TAVARES, 2000). É a correspondência entre
compo rtamen to verbal e não verbal e é ainda utiliza da por psicólogos no
exercício de suas ativida des nos mais divers os campos (ALMEIDA, 2oo4;
BECKERT, 2001). A entrev ista clínica consis te na técnic a e habilidadeern
38
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bsti tuív eis do pro-
t 1~~,, t d, nt,1 ~v I tur, -t ( n1·notoríHtiol'lA hnRalA o insu
f i H('.\ I h· , n1· ·lti ,, nl o monf:nl ( UALOALARHON
DO, 2008; ALMEIDA,
J' 1 l l l.l\..\N, l \ :ll
1
ó fundamental,
l-~w·-1 t'I \l " "' ' l ,,r1~nn d \ rtf'mm ,ctn, n, ntl'Ovista clínica
l k , , 1td '\d\ l\t\h\ Q \t) n quoi n Cf UO muitaA voios surg
u inco rpór ea começa
s<:tjam elab orad os.
~ m:th\t ii,B m \ d,\ moeto quf' m1 o~jctivoH torapôuticos
sujeito em
ri ~,-w · ·- 000 \l t ntu lll , nn ont.rtwi~tn, so dos~ja reco nhec er o
1
Observação do comportamento
and a é a obse rvaç ão
Out ro e1 m nto indi spen sáve l na descrição da dem
sua cheg ada no setting,
do sujeito da avaliação (NU NES et ai., 2012). Desde
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Rock
. son Cot:ila P
Entrevista clínica
Etimologicamente, a entrevista psicológica refere-se à "visão entre"
duas ou mais pessoas e constitui-se de troca, conversa, relação, diálogo
ou encontro (ALMEIDA, 2004; ANASTASI; URBINA, 2000).
A entrevista clínica não pode ser vista como uma técnica única, pois há
diversas, cada uma pertinente ao objetivo proposto na intervenção. Pode
ser definida como conjunto de técnicas investigativas, de tempo abalizado e
competente
conduzida por um entrevistador treinado, que faz,.uso de mododênc1a entre
E
de conhecimentos psicológicos (TAVARES, 2000). a correspon . ,1gos 00
,. . d t11·1. ada por ps1co o
comportamento verbal e não verbal , e e run a u z A 2004;
. d. ampos (ALMEID '
exercício de suas atividades nos mrus iversos· e t , cn1ca
. e hab·lidadeeJll
1
BECKERT, 2001). A entrevista clínica consiste na e
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ELABORAÇÃO DE L
AUDOS PSICOLÓGICOS - UM GUIA DESCOMPLICADO
Anamnese
A palavra anamnese etimologicamente origina-se de aná = trazer de
volta, recordar e mnese = memória. Significa trazer à mente todos os
acontecimentos relacionados à doença e ao indivíduo adoecido (PORTO,
2004). Consiste no relato pessoal do paciente de sua história desenvolvi-
mental, familiar, médica anterior (VANDENBOS, 2010), que é utilizado
com o intuito de compreender o sujeito à luz de sua singularidade.
Considera-se que a anamnese é alcatifada de potencialidades para
a caracterização do outro, da pessoa, de suas indigências e aspirações
implícitas, anseios e temores (SOARES, 2014).
A apreciação e o zelo no estabelecimento do contato com o paciente quali-
ficam uma boa anamnese, embora o avanço tecnológico tenha levado muitos
a considerá-la secundária (DICHI; DICHI, 2006). E até mesmo desnecessária.
Em sua essência, a anamnese é uma entrevista que tem objetivo e
finalidade bem delimitados e que, historicamente, foi elaborada com o
intuito de direcionar o olhar do médico para a doença, desconsiderando a
pessoa doente (SOARES, 2014). Na Psicologia, diametralmente oposto à
perspectiva médica, seu emprego valoriza a pessoa em sua singularidade,
de forma que seu emprego busca elucidar elementos úteis para a resolução
da queixa que é do sujeito e não consequência isolada de seu organismo.
Observação do comportamento
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probm1do1 d ve " 'l', •~to t mu . t\jt ito l m mu lh,p l 0
. 'll. > <'on t nl)o
• tvnu
./ no uu,
ap1 ' S .nt \ no I rim _. . (u\
J
wnlinçu( 'Hodo . to"1( 1 1
Rapport
40
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◄
ELABORAÇÃ O DE LAUDOS PSICOLÓGICOS - UM GUIA DESCOMPLICADO
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no, ,k, on 'o ln Po on
ln .orm _ do t te a se r ut ili za do
() ult .irno (' '"'º II WI \OA impo
rt,nntc co mp on en te da descr
t n ilif i,r1 1u do t.PM
t c II Kct· or np r •gn do , qu e,
i
7
· • ulé m de . · çao d~d~rn
do prc ,fl, r, icm 1 • 1
n p~1u• , nn-o e m t·olu o i
eAco lh a eficaz dse .1arece.. o t\ti,t.
1 • '
,., ) ng wo , ' \l'H 1n nn. <'11 1nc o ri 1.,.) l do '"I
nu " 'Hse comp on en te do " la.u
c 1ns trun-.
1
c-t nl., ~ ) 1 1; NOH,O_~ 1-1/\, :l009 d . •11 Qnto"''~
; CRUZ, 2002; ANAS TASJ; uº~PAcAN Ili! 8
()p ~H· lo "') hnlnht, ,do om pr 'cn de ae
.
no,· p~wol ) ''I<. oA . ( ,,nd u um d
xif.,te" nc1·a· d . 81NA 2~
l 'S po "
de na maiori·a d e um a sé . ' ~
.
p,H· nw,o do 1.t Ht. '' H d1.vc rso ,· as vezes se rte de f(!ná, .).
s (KA'rSURAYAMA et al. '11li
l'I H.1•:H, :.!01 :.! ; 1'HADrfü, FERR .' r tnensur
EIRA; FAIAD, 2012· Ü20 1
TT !:t ll EN o, 2o~
S/\.'I Nl /\'. l'I ~00:1). .
' l,NO}loN~!•.
Dos~ ' nwdo , o m for1nc no final da descriç
. l l ão d . d .
Jll gnn1 "n to . . .frn. ·o acerca
1
l
en to de rapport, alguns dados
fo ra m ob se rv ad os . In fo rm ou importantes
qu e nos últimos cinco meses est
pr eo cu pa da po r co nt a de pr ob ava muito
lem as relacionados ao campo
e qu e, po r m ai s qu e nã o fizes de trabalho
se us o de medicamentos, apres
re du zi do ne ss e período. Ou tro entava sono
dado qu e merece destaque é o
pr o ba nd a af irm ar qu e se m pr fato de a
e ap re se nt ou muito ansiedade,
ba ix o re nd im en to na s pr ov as a ponto de ter
m es m o qu an do sabia o assunto
à su a hi stó ria pr eg re ss a, nã . No tocante
o fo ra m observados elemento
ra ss em a qu ei xa at ua l, do m s que corrobo-
es m o modo qu e nã o há histórico
in dí cio s clínicos qu e pr ed iss familiar de
es se m a dificuldade de memó
ne ss as in fo rm aç õe s, op to u- se ria. Com base
~ i·cos· Escala
pe la escolha dos te st es ps1·co1og
Be ck - in ve nt ár io de An sie da · .
de (BAI); Te ste Dígitos - WAI
Co m pl ex a de Rey (FCR) - m ,
S III; Figu~:
. . al . d'
em or ia v1su e ime iata·' Teste de Atença
Di vi di da (T EA DI ); rre ste de Teste de
At en çã o Al te rn ad a (TEALT),
At en çã o Co nc en tra da (TEA e
CO-FF).
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ELABORAÇÃO DE LAUDO S PSICOLÓG ICOS
• UM GUIA DE COMP LI CADO
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R0r.k son Cnfllll PfilSSOA
• ·----- -- - - - r - - .
•
-~-.
~ ·
:=.==::::::,.
1. Data da avaliaçã o
2. Explicita ção da queixa
3. Observaç ão do comport amento
4. Rapport
5. Entrevist a dínica e Anamnes e
6 - Infonne de instrume ntos
Figura 5· Or · - dos
gamzaçao elementos na descrição da demanda.
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ELAB ORAÇ ÃO DE LAUDOS PSICOLÓGICOS - UM
GUIA DESCOMPLICADO
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7
.PROCEDI~IENTO
rgiuü ido. 1\tl ol ~1 " 1to a "S gura o respeito às normas dos instrumentos,
do 1uesn10 n1odo qu bu ca as egurar a validade da operacionalização do
processo awlliativo.
Ess itein pod ser n1ai bem ompreendido em uma organização de
bloco , co1n d staqu para: a) nún1ero de encontros para realização da
é\
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n1etido à avalinçü o, n1-1sim ·omo ro~p< it,111· n int.,1g'l'idnd< elo muhirn,to l clt Hl1 u
pessoa d, modo qu, osso:; lht.nrc::1 núo int< ' 1·1\1·11111 11•~:-1 1·t11•-n tlindoH tloH tt Hlta,
?s s 'guintcs itens de vem H •r obi;u rvudoH:. 11 rn to dl Hono nd llll H ln
o nao uso de ps i •ot r6picrn, d •mui:; Huhstfl 11 ·1111; qu poHHum Hl ,. p , , :
1
.. , 101
d. IC.tRJs ao · resulta dos; pudrooi; de cstr •ssc, nco t . i , li.
n ·, c tn,oi1Lo s trí,M"icoa Olt
nnpacta ntcs, ulirncn tação, t •.
Outra possibilidade d, inform) no proc 1diln nto é o iompo doHpondido
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ELAB ORA ÇÃO DE LAUD
OS PSICOLÓGIC
OS - UM GUIA DESCOMPLICADO
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8
AN ÁL ISE
Psicologia
É o com pon ente do documento na qual o profissional de
a, objetiva e fiel
realiza uma ª?re sen taçã o descritiva de forma metódic
xos à dem and a em
dos dados obti dos e das circ unst ânci as vividas cone
técnicos: o processo
sua complexidade. Como apre sent ado nos princípios
s desse processo
de avaliação psicológica deve pon dera r que os elemento
(as questões de orde m psicológica) têm consigna
ções políticas, históricas,
; CFP, 2003).
sociais e econômicas (HENRIQUE; ALCHIERI, 2011
info rme o mai or
Na anál ise é espe rado que o profissional de Psicologia
dos com o emp rego
número de elem ento s relacionadas aos resultados obti
dos inst rum ento s.
o CFP, o profissio-
É válido ress alta r que nesse item, como bem orie nta
os info rme s que
nal psicólogo deve rela cion ar os resultados obtidos com
inicial de explicação
compõem a descrição de demanda, em uma forma
o).
da queixa (a final evidencia-se na conclusão do laud
obtidos não deve
Na elaboração da análise, o informe dos resultados
cação dos inst ru-
obrigatoriamente resp eita r a ordem utili zada na apli
o. O critério para
mentos, conforme info rma do nos procedimentos do laud
os relacionados a
construção da aná lise deve resp eita r informes conclusiv
os em um paciente,
dimensões. Por exemplo: se se avaliam dois fenômen
inst rum ento s em
como atenção e mem ória , e foram utilizados qua tro
te C + Teste D, não
uma ordem específica, como Teste A + Teste B + Tes
ordem de aplicação.
necessariamente hav erá resu ltad os respeitando essa
mais significa-
Os dados obtidos na aplicação do Teste D podem ser
Teste A, uma vez
tivos e inti mam ente relacionados aos resultados do
e o Teste A atenção
que o Teste D aval ia aten ção e mem ória de trab alho
strução rela tand o
concentrada. Do mes mo modo, pode-se iniciar a con
ia memória visual,
resultados imp orta ntes obtidos no Teste B, que aval
mem ória tard ia.
e associá-los com os achados do Teste C, que avalia
51
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Rocks,onCos
aP e~
As po ~ ib il id
ades d e _e la b o ra
. al d e p ic o lo
p ro fi . ., 10
çã ~ a n á li se sã ? d
n g ia a p re c a u ça i~ er sa s, cabendo
cn o n a co m u n 1 c açao des8 es d
m od o a r e º~ ia rd a.r a in te g ri d a . d ll(1
p ru d ê n c ia no m d e do 1ns tr u m.c . a
o m e n to d e re la . n to p si co ló gico be os, d~
c io n a r o s rc su lt
do in d iv id u o . V
am o a o e xe m ad os ao co mp,o rtll1. co
p los. all:\et'rit\
1\lQ
Análise - Caso
clinico 1
A pa rt ir d a apre
ciação dos dado
afirmar que a p ro s obtidos com a
b a n d a a p re se n ta avaliação, é Prud
d e rável déficit a g ra u moderado en
tencional. E m c de ansiedade eco
nico , que foi a q o n tr a p a rt id a , se ~
ueixa desencad u desempenho m
in st ru m e n to BA eadora d a avalia nen s~.
ção, foi satisfató
classificação m o
I, alcançou u m a
pontuação de 26 ri ~~
d e ra d a de ansie p on tos, o que lhe atº·ribl'H
u:
)
ção , observa-se d a d e . N a avaliação do co ·
q u e a p a c ie n te a mponente ate 1
mento. N a a te n p re se n to u u m signif
ç ã o concentrad icativo comprome~
e n a a te n ç ã o a lt a, avaliada pelo ~
e rn a d a , a n a li sa in st ru m e n to TEA
obteve re sp e c ti v d a pelo in st ru m CO-FF
a m e n te , percenti e n to TEALT, a pr
in fe ri o r n o d e se l 20 e 10, o que lh obanda
m p e n h o dos refe e c o nferiu classificação
atenção dividida ridos componen
, m e n s u ra d a pelo tes atencionais.
lh e confere class te st e TEADI, ob Já na
ificação m é d ia teve percentil 20,
e in v e rs a) o b te inferior. No te s 0 que
v e u m p e rc e n ti te dígitos (ordem
in fe ri o r e e n d o l 16, q u e lh e co direta
ss a o comprom nfere classificaçã
m e ti m e n to n a etimento atencio o média
m e m ó ri a de tr a n a l, b e m como comprer
d e se m p e n h o n a b a lh o . E n tr e ta n
m e m ó ri a im e d ia to , apresentou exce
classificação su ta e v is u lente
perior. al, obtendo u m
percentil 80 e
Análise - Caso
clinico 2
O s re s u lt a d o s o
b ti d o s n a avalia
a n si e d a d e , c o n fo ção d e m o n st ra m
rm e a p o n ta d o n considerável grau
o b te v e 2 8 p o n to o in s tr u m e n to B de
s, in d ic a n d o a n AI, em que o pro
s e m p e n h o o b ti d si e d a d e modera bando
o n o in s tr u m e n d a . N a apreciação do de
n o s fa to re s: c o to ESAVI-B, ob -
n c e n tr a ç ã o e p serva-se alto ~es
d e m o n s tr a dific e rs is tê n c ia ; a u d em penho
uldade p a ra li d a á c ia e temendad 0
a c a rr e ta n d o dif r com d e m a n d a s ~, q~e
iculdade p a ra c c o ti dianas por di5traça
u m p ri r ta re fa s, o,
do mesmo modo
que age
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PSI CO Ló
ELABORAÇÃO DE LAUDOS GICOS . UM GUIA D :::8COMJJLICADO
d
ida da me nte a po nto de de sco ns'1 ar as conscquúnciaa de auuH nLmt.
f: ctr
desctlentou ba ixo de sem pe nh o n os .a ores· pl · .
res gnit1v. o qu e sin ali za qu . · an~Jamonto luturc> o cc,n ..
AP 0 o,
co m os efe ito s de se e otp ac1 ent0 não so proocupu do man •in.1
trole e da a os e que age :r • • d
degua na s co ns eq uê nc ias N us ál' pr.oc1püa am
· •
on to, sem
a
sar ta- se a co ns on ân · a an 1se dos d8 d08 0 b tidos no mstrumonto
·
pen,A AT, no
1í1
eia, um a vez". que'. rap res on tou oscoro t~xtrcrno
pdJ "'P> to ra ess ivi da
de
· Os da do s obtidos com o IFP-1.1 o BIS-1, 1 forum
fa gr lt d
alto no aos res u a os ob tid os . · · · I.
8 com os ins tru me nto s ESAVI-13 o EdAA
conexo ·
t ste IFP-II, .o pro ba nd o ati n giu escores ex tre mo s na s su bcscalas:
:No e (ne ces sid ad e de lut ar e r ·a · ·,1u ~ •
são , _ . " evi ar 111 ria), autonomia (tendência
a,gres . sten cia pa ra cu mp rir ordens). No ins tru me nto
a resistir ª co erç ao , res i
o
classifica como indivíduo com a.lt
BIS-11, ob~eve p~n~uação 83, qu e o
0
padrão de 1mpuls1V1dade.
53
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9
CoNctusÃo nos CAsos
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r
1
1
Sendo que esse \;t,
· d0 8 11· 1st rum Cllt'º ·A' devo encer rar sua inv "''"t'\f)
obt idos pela a ná hsc_
Át•mmo ncrn
' ~ ·
RCIOP
·t
rc repres en ta a consta tação d '\ p l!ll\<:ttl
·, qu(' n1u.I e.,>ª psic6l ogoH
-
nao consig
.
am vi·"'\
nto1 1.
Oo:
ou transt orno, por maIH . ' · U"'L '"'\11
0
·••ut~~
essa possib.ilidadc no la udo .
•+ -
• figura 6. Conclusão.
56
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ELABORAÇÃO DE LAUDOS PSICOLÓGICOS. UM GUIA DESCOMPLICADO
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■ Rockson cosia Pessoa
Referências
tes na ado lesc ênci a: questões
BARBOZA, J. S. et al. Uso de ana boli zan
ence: Biopsychosocial Questions,
biopsicossociais/Use ofAnabolic Age nts in Adolesc
.
Revista Ciências em Saú de, v. 3, n. 4, p. 71-79, 2014
58
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---
ELAF30RAÇÀO D LAUDOS PSICOLÓGICOS
' . UM GUIA DESCOMPLICADO
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Rockson cosia Pessoa
Referêndas
e. Fm.·nandcz, M. E.) ("'D.;. Papaléo Nett O
.'At'VH 11llO,. JlA D· F.,ÉO
V.· PAl · ''
NI~Trro ' 'h
M. (Ürg. . :rerontologia. s-ao Pa~VJ., J)
epl'
idoso. n. J).
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Cupcrtino, A. P. F. ~- ct ai. Estress~ e supo~te soc ·
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fiex. Crit.,le3~
.
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Galhardo, V. A. C.; ~I OS 88 . 0
sociodemográfico e clímcoGde idos os mst1tuc10nalizados sem epre 'fi ª e :.l~
· de Min
·ista Médica · as erai·s, v. 20 , n. 1, p. 16-21, 20I0 . de cit co~:~
Rev 1
em id ti10
Silva, P. C. D. S, D. et ai. Avaliação da depressão
arterial sistémica. Revista da Rede de Enferm
agem do ~sos corn hi
l) en...
ordeste-Ver.1>e11 "QI)
15, n. 1, 2014. '-iene·,v,
60
Scanned by CamScanner
-,
10
MODELOS DE LAUDO
1. Descrição de demanda
No dia 12 de fevereiro de 2015, a paciente B. A. V., 40 anos, solteira
e residente na cidade de Manaus, procurou atendime nto psicológico em
virtude de estar apresenta ndo, nos últimos quatro meses, agravo no
componente mnemônico. No referido atendime nto, observou-se que a
paciente aparenta va estar visivelmente extenuad a e muito desatenta .
Na realização da entrevist a clínica e coleta de itens da anamnese, sendo
considerado o estabelec imento de rapport, alguns dados importan tes fo-
ram verificados. Informou que nos últimos cinco meses tem estado muito
preocupada por conta de problema s relacionados ao campo de trabalho e
que, por mais que não faça uso de medicamentos, apresenta sono reduzido
nesse período. Outro dado que merece destaque é o fato de a probanda
afirmar que sempre apresento u muita ansiedade, a ponto de ter baixo
rendimento nas provas mesmo quando sabia o assunto. No tocante à
sua história pregressa , não foram observados elementos que corroboras-
61
Scanned by CamScanner
r
Rockson Costa Pessoa
3. Análise
Com base na apreciação dos dados obtidos com a avaliação, é prudente
afirmar que a probanda apresenta grau moderado de ansiedade e conside-
rável deficit atencional. Em contrapartida, seu desempenho mnemônico,
que foi a queixa desencadeadora desse processo, foi satisfatório. No ins-
trumento BAI, alcançou pontuação de 26 pontos, o que lhe atribui clas-
sificação moderada de ansiedade. Na avaliação do componente atenção,
observa-se que a paciente apresentou significativo comprometimento. ~a
atenção concentrada, avaliada pelo instrumento TEACO-FF e, na atençao
alternada, pelo instrumento TEALT, a probanda obteve respect·1vamente '
percentil 20 e 10, o que lhe conferiu classificação inferior no desempenho
.
dos referidos componentes atenc1ona1s. . Ja,, na atençao
~ d" ·d·d
IVI 1 a, m.
ensura-~
.b .
da pelo teste TEADI, obteve percentil 20 o que lhe atri m e assi I ficaçao
62
Scanned by CamScanner
o
Referências
COSTA, E. D.; BORUCHOVITCH, E. Compreendendo relações entre estratégias
de aprendizagem e a ansiedade de alunos do ensino fundamental de Campinas.
Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 17, n. 1, p. 15-24, 2004.
FREEMAN, D; FREEMAN, J.Ansiedade. São Paulo: L&PM Editores, 2014.
MAsCELLA, V et al. Stress, sintomas de ansiedade e depressão em mulheres
:~rn dor de cabeça. Boletim Academia Paulista de Psicologia, v. 34, n. 87, p.
7-428, 2014.
63
Scanned by CamScanner
r Rockson Costa Pessoa
1
1. Descrição de demanda
No dia 8 março de 2014, o paciente R. F. G, 22 anos, solteiro e residente
na cidade de Manaus, procurou atendimento psicológico em virtude de
estar apresentando, nos últimos três meses, comportamento impulsivo
e que, por conta disso, tem comportamentos agressivos e irritadiços.
No atendimento, observou-se que o paciente estava excessivamente
ansioso, de tal modo que, no decorrer da sessão, fez uso de repertórios
comportamentais que denunciavam sua ansiedade, tais como: tambo-
rilar dos dedos, mexer braços e balançar as pernas de modo constante.
Na realização da entrevista clínica e coleta de itens da anamnese, sen-
do considerado estabelecimento de rapport, alguns dados importantes
foram verificados. Informou que, nas sete últimas semanas, fez uso do
anabolizante nandralona, com posologia de 200 mg por semana sem
orientação médica. d
Referente à apreciação de sua história pregressa, não foram observa os
dados sugestivos para esclarecer o comportamento desadaptado. Entre·
tanto no que compete à análise do histórico familiar, é válido informar que
' . a· , t· d Transtorno
o avô materno do referido paciente apresenta 1agnos 1co e
64
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o
P:
apti :er avaliada, a aplicação de instrum ento iniciou com o emprego do
sendo despendido cinco minuto s para sua realização. O próximo foi
13 ESAVI-B, sendo utilizado pelo probando tempo de nove minuto s. Em
ida foi aplicado o BIS-11, onde o tempo gasto foi de seis minuto s, e,
0
3. Análise
Os resultados obtidos na avaliação demon stram considerável grau
de ansiedade, conforme apontado no instrum ento BAI, em que o pro-
bando obteve 28 pontos, indicando ansiedade moderada. Na apreci ação
do desempenho obtido no ESAVI-B, observa-se alto desem penho nos
fatores: concentração e persistência, audácia e temeri dade, o que de-
monstra dificuldade para lidar com demandas cotidianas por distraç ão,
acarretando dificuldade para cumpr ir tarefas, do mesmo modo que age
descuidadamente, a ponto de desconsiderar as consequências de seus
atos. Apresentou baixo desempenho nos fatores: planej ament o futuro
e controle cognitivo, o que sinaliza que ele não se preocupa de manei ra
adequada com os efeitos de seus atos e que age de manei ra precip itada
sem pensar nas consequências. Na análise dos dados obtidos no instru -
mento Ed.AAI, observa-se consonância, uma vez que aprese ntou escore
extremo alto no fator agressividade. Os dados obtidos com IFP-11 e BIS-11
foram conexos aos resulta dos dos instrum entos ESAVI-B e EdAAI. No
teste IFP-11, o probando atingiu escores extremos nas subescalas: agressão
~necessidade de lutar e revida r injúria) e autono mia (tendência a resisti r
\coerção, resistência para cumpr ir ordens). No instru mento BIS-11,
? teve pontuação 83, o que classifica como indivíduo com alto padrão de
nnpulsividade.
65
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4.. ,Oll\: luStttl
{ m b.,~, n \ nnn~i~ do~ c~Hlt.tH'uio. ,. 1~l'ionndo, 1\ <"1ttr•
ln, inform \~'Íll'~ 1ih_t ui v n , nn unrn, 11 _1'. mt.1.~rn~ H dl'R ~ ~ l ~
1
l \.LHO.· 01:1: ~ ll 'l Clll 'l'Ol•'OLl~l ct. ai., 2011· HJB~a' LIMA 11 (
imf ukiv idnde l HbUSl dl'"~tts ~u b~t fm ·tn~ (BARQ UJLHA 20 Ro, 2001 ·
. n su b1.ctun ~ . 11·' ~l'tl. 1·
~ 008 . No qu, ~,mp t<' ova 1uu· ·1n nHndrolona' t·i·
prc b indo. al,~1m~ t'studos tnmb m onfirmam os achados da u 'lzad··a ,
1
1 lncionuda ~ ao n~o d' anaboliiRntcs e à agr :is ividade (STR~Pesqui
:..013: KALININE, 2011; ANDRADE 2009). Diante disso e G~ts~I
·a1
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es oxercicW, v. ' . , .
do P
!\fanaus, 13 de março de 2014
1. Descrição de demanda
Em 23 de junho de 2014, o paciente F. P. F., 74 anos, viúvo, aposentado
e residente na cidade de Manaus, foi encaminhado por profissional neu-
ropsicólogo em continuidade da avaliação multidisciplinar, em razão de
um sugestivo quadro de depressão. Foi realizada entrevista com o referido
idoso e escuta de seu filho, o qual procurou, inicialmente, atendimento
com médico geriatra. Quanto ao que importa pontuar sobre o comporta-
mento do idoso, observou-se que ele demonstrou incômodo por estar em
novo atendimento, uma vez que considerava estar bem de saúde, e sutil
desatenção. No tocante à realização da entrevista clínica e anamnese,
sendo observado o rapport, alguns dados merecem destaque. Verbalizou
que desde quando passou a residir com seu filho há cerca de um ano,
perdeu o sentido da vida e que sentia falta de seu sítio. Conforme informe
do filho do idoso, o paciente não faz uso de medicamentos e apresenta
~mbotamento afetivo há cerca de quatro meses, perda de apetite e dificul-
ade Para efetivar o sono noturno. Na análise da história pregressa, não
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hn d11dP1 11, p,, nt 1- l u, H P plicn r n nIte rn••fl
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"' t ,~ in lrn mu~n, t, npto11 H pt ln Pl•H'nlhu doi; 8 .
1
. 1· . . .. .. ara
n n n H\t.;t o l~om aphcuçuo do FCR (cópia do dcsen , h so, iniciou.
. (' , .. . . . o). Apó se
m.t1101 nt1 \s mmutos o·orrouacvocaçãoi med'•t d suniternPo
f~ ,J ':, ,. ia a o teste p
<u, , turr• us <10 1◄ R o probando fez uso de dezmmut
J
, . · ara du~n
. d M ~' . os. Nase .. ~
up ll " i o o h l◄ M, s \ndo de pendido por nove m.mu, tos para resp quenc1a, foi
~
'E' 'd r . . . 0 nde.Jo.
~m s )·m tl J.OJ ut1hzuda a EBAO:EP-A, com tempo de 13 .
min itos d;) .flvuliaçio, solicitou-se que o paciente de,senhasse mmut~s. Após ao
mais
o \stímulo do FCR ( ·'vocação tardia). , e depo1·s .f.'ez se 1· tuna vez
' i, - . a ap icação d B
O
-11 com uso de 9 minutos pelo probando. o último instrumento aphcad . DJ.
, . G I) 15
101 o . 1. .. • • , cm que foi despendido um tempo de 10 minut l . 0
os pe o idoso.
3. Análise
Com base na avaliaçã o geral do desempenho do idoso utilizando os
. . d
instrum entos ap11ca .os, é prudente afirmar que o probando não are-
senta sinais ou indícios de depressão. Tal afirmativa é feita com bas! na
análise dos instrumentos que avaliam sintomas e indícios de depressão.
No instrumento BDI, o idoso alcançou escore 13, o que sinaliza depressão
mínima, mesma condição detectada no instrumento EBADEP, com esco-
re 62, o que indica sintomatologia leve de depressão. Já o instrumento
GDS-15 não detectou indícios de sintomas de depressão, uma vez que a
pontuação alcançada foi de 4 pontos. Corroborando com os achados de~s
instrumentos, o desempenho do probando no MEEM foi satisfatório, pois nto
.r, •
pontuou acima do seu ponto de corte, demonstrando bom 1unc10narne
cognitivo já o FCR revela ausência de sintomas depressivos, uma vez que
, . . 1 , 'fi - . cópia do desenho
o paciente, obteve os segmntes percentis e e ass11caçoes. ta (percentil. 50_
. , · · d·18
(percentil 80 - classificação super10r), memoria 1me _ 'di)
. açao
class1fic
- a· (
, . e evocaçao tar 1a percen 1
. media) t'l 50-classificaçao me
.d d
a.
· "' t , · para sua 1 e.8
Isso demonstra desempenho mnemônico sat1s1 a orio
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Ps1
ELABORAÇÃO DE LA Uo os COLóG1cos -W-AG
UIADEscoM
PLICADO
,.,
co nc lu sa o
4· ha dos da ava1·iaçao ~ psicoló .
ac g1ca dcsc t
os·obando, um a vez que os resultad ~ _ar am quadro d\e dopressão
os sao tn ".'
p1·dade no se u quadro de humor Sen do rn ·expressivos e nao sugerem
110 . · ·•
•8v1 · ,.
ta ma is pr óx im a da cla ssific:•,~ prudente considerar leve
g\eração qu~ e~ nr. çao normotímica do que de
co . En tre ta nt o co
til dI.0 hipotim1 ' .LOrme relat ado pelo idoso a mudan
a o gr an de d'I a p . ça
qtt i'dência tem re pr es en tad l em . '
isso ele
deres versos est d rua o paciente, por
essita de ac om pa nh am en to . Di _os apontam que a mudanç·a
ido so s é um fat or d~
11ec sidência pa ra os pre itivo P depressão. (SILVA
de re
l 2014; GALHARDO, MARIO
SA· KAT ara
rI'A
201 0; CUPER'rINO et
AL HO , FE RN AN DE z'. p1A p1, \ T ~-
et ª2'0' 06· CARV nLEQ NETTO, 2002). ~esse
al ~do é pr ' ep on de ra nt e orientação fam' ilil"lar e
so . acompanhamento ps1cote-
JJ~ . pa ra o ido
rap1co
Síntese: Au sê nc ia de F3 2
psicoterápico
Indicação: Ac om pa nh am en to
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arterial sistêm
15, n. 1, 2014.
Manaus, 28 de ju nh o de 2014
Rockson Costa Pessoa
Psicólogo - CRP 20 / 0376789
d en c erra-se a primeira fase
e0 ncretizada a construção do s lau os,
ter ial izada em docu~~nto qu e
lat ór io psicológ ico , ma e re-
relacionada ao re ) prognostico
contempla ite ns como: diagnós
tic o (q ua n d h ou °ve r'
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Rockson Costa Pessoa
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OLUTIVA E
ASPECTOS ÉTICOS, DEV
GUARDA DO LAUDO
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Rockson CnslA Po ROA
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ELABORAÇÃO D LAUDO P 'ICO Ó IC • UM ~IJIA UI }'lt' )Ml'l 1] AI O
.. rnentos para realizar infórm , H rosp .ito d nuõ11H nos pt!!i<·olt1 i<·oM
i~s_t\~dos pela avaliação psicológica (P~')LLIN~!; SÁ l ,MMl•i 2011 ).
lll'1; devolutiva a~eq~ada é aquela que incido na opurucioMli~aç o <lo
la convergência s1m~~tânea: por um lado a domand11 llPl't ·iud'.1 .' m
düP~ do informe do sohc1tantc \ por outro, a 8Ubjotividudt do HL\J01to,
~ª 0
r9 or 8ua angústia, seja pela proh ibilidudo d< tomada do conaciêmcia
se: ~udanç~ (AZOULAY, 2012): . • . . . . . .
e f. devolutiva certamente terá 1mphcaçoes na tro_10Vmu do v1do do in·
'duo portanto deve garantir ..}hc o direito de conlwcor os resultados do
diVl ' . . .
•[ll!l completa, mas sem desconsiderar que deve ser realizada de modo
foi mover o crescimento do indivíduo, e não o contrário (BOH A ot t1l.,
apr0 ll.. ,
; pELLINE; SA LEME, 2011).
2013 Aentrevista devolutiva propicia a avaliação do trabalho de compre-
nsão do paciente até então realizado. Vale ressaltar que os resultados
:a avaliação devem levar o indivíduo a apropriar .. se de seu percurso e
conectar-se à sua perspectiva de futuro (BO RSA et ai., 2013; OLIVEIRA;
sANTOS, 2006).
A devolutiva marca a evolução de um percurso estabelecido pelo pro ..
fissional de Psicologia e o solicitante, que se inicia pelo receio de falar
sobre si mesmo a alguém estranho e que se finaliza com momentos de
maior proximidade psíquica, os quais oportunizavam confidências, alívio
e reflexão.
ofinal da devolutiva compreende uma série de sentimentos por parte
do indivíduo. Esse processo geralmente encerrava-se com lamento, ex-
pressão inusitada e manifestação afetiva (OLIVEIRA; SANTOS, 2006).
Seguramente estamos hoje em condição melhor do que estávamos no
final do século XX, porém ainda são nítidos os problemas e desafios que
devem ser enfrentados, em especial quanto à formação de psicólogos. No
tocante às devolutivas, que se configuram como direito dos solicitantes e
elemento indissociável da avaliação, muitas vezes, elas mais atrapalham
do que fortalecem o indivíduo (BORSA et al., 2013; HUTZ, 2009).
Um último aspecto que deve ser considerado como elemento pertinen-
te do laudo psicológico é a sua guarda pelo profissional que o elabora.
Entretanto, pesquisas apontam problemas relacionados à guarda de
documentos psicológicos (HENRIQUE; ALCHIERI, 2011).
Dificuldades relacionadas à guarda dos documentos psicológicos devem
ser evitadas, uma vez que sua elaboração é responsabilidade do psicólogo
e/?U da instituição em que foi realizada a avaliação psicológica (PELLINI;
SA LEME, 2011).
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Rockson Costa Pessoa
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CoNSIDERAçõns
rt Ção em P
sicologia, em sua
~ fo .llª de teori• ., · ,
s muit as atrib •,~
, d·
a s, praticas e tecn1.c
r> 'r il º
d0t1 · as psico\ó ln
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11 põ
0 . co11l e um atributo
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1nd1spensável pa O'- 8. CHBC campo
critll b ração de . ra O exercíc' . ,a
0 laudos ps1colo,gic .
10 c1en
, '""
es r,., ela_ boa fo os, como observad 1i111co.
rmação do profiss o ao longo des te
ional em Psicolog
dll l ' eiidoge 'nio e afinid
.íl ia, S endo hábito de
:, ·tui·~, l111 básic ade com teorias
,. p sico lógicas e prática da escrita
\el nto os p a ra a atuaça
e\el'lle s a éti . o coerente.
ca permeia toda
05 f,fíl síntes:
~ a entrevista a a construção de u
té m laudo, e sua ela-
raçá , des . •tante.
0 a e n treg a d o documento, pode
bº d o so1 P o rt a n to , qu e a ética seja elem impactar
Jda ic 1
ento primordial na
9- ção dos fu turos psicólogos, não apena d ' . 1·
foritl~ cl de a s uma 1s c1p ma, mas si.
gir. m
ull1 tl lº o
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Sim, às vezes naufraga -se pelo
caminho, mas, se tal me viesse a
acontecer, deverias escrever nos
anais do porto que o ponto a que
cheguei foi esse,
Queres dizer que chegar, sempre
se chega,
Não serias quem és se não o
soubesses já.
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