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O Jovem Cristão e a música secular

Música secular
Saiba como uma simples canção pode trazer influências ruins para uma
pessoa

Fonte: Portal Elnet / Por Eliane Canegal

A música está sempre presente na vida do ser humano. Ela pode trazer
sentimentos variados como ódio, raiva, revolta, paixão, rebeldia, agitação, e
também emoções boas como a paz, o amor, a alegria, o quebrantamento. Isso
acontece porque quando se ouve uma canção, escuta-se uma melodia que interfere
no corpo, na alma e no espírito. A linha melódica ou melodia ministra ao espírito do
homem, enquanto a harmonia se relaciona à alma (personalidade, mente e
emoção); o ritmo está associado ao movimento do corpo. Unindo a harmonia, a
melodia e o ritmo com a letra certa obtêm-se benefícios para o corpo, a alma e o
espírito. Da mesma forma, uma canção com uma letra não adequada traz
malefícios. É isso mesmo! Uma simples música tem o poder de transformar vidas.
Daí a importância de sempre evitar ouvir algo que venha trazer influências
malignas para a própria pessoa.

Para a pastora Nadyege B. Macário, da igreja Ministério Apascentar da Região


Oceânica, a simples iniciativa de escutar uma canção secular é mais grave do que
se parece. Nadyege é bacharel em Música Sacra, licenciada em Educação Musical e
pós-graduada em Ministério da Música Sacra, autora do livro Expressões de Louvor
na Adoração, e sabe do que está falando. “O problema é que quando a pessoa ouve
a música não evangélica, se não tiver uma comunhão real com Deus, será
dominada por aquela letra, que vai fazendo uma lavagem cerebral sutil em sua
mente. Daqui a pouco, passa a agir conforme a música. E aquela canção irá
influenciar o comportamento, a atitude e, conseqüentemente, a vida. O jovem deve
repensar esta questão porque muitas letras seculares trazem enfermidade para a
alma e aprisionam as mentes”, alerta a pastora.

Um exemplo disso são os bailes de funk, rock e afins, onde as músicas que
mencionam o tempo todo sexo, drogas, violência e rebeldia são cantadas
enfaticamente. “Essas canções possuem letras horríveis, além de um ritmo bem
frenético que movimenta o corpo, traz euforia e deixa o espírito transtornado. A
alma fica completamente confusa e a pessoa perde a noção do que está fazendo. É
por isso que durante esses shows encontram-se camisinhas no chão, pessoas
bêbadas e drogadas, e há muitas brigas. Elas são impulsionadas pela melodia que
ouviram”, explica Nadyege.

Outra estratégia usada por Satanás para aprisionar vidas é a música cantada em
inglês. As pessoas não sabem o que estão dizendo e muitas vezes estão adorando
ao Diabo. Um exemplo disso é a música Sympathy for the Devil, dos Rolling Stones.
A tradução do título já diz tudo: Simpatia pelo Demônio.
A música fez parte da trilha sonora da novela “Celebridades” da Rede Globo.
Segundo Nadyege, esse tipo de tática é muito usada pelo inimigo. “Normalmente,
essas músicas têm melodia e ritmo cativantes, embora as letras sejam horríveis. É
preciso conhecer a música e traduzi-la. É necessário ficar atento, pois o Diabo quer
que sejamos simpatizantes dele. Essa história de 'não tem nada a ver' é uma
armadilha para o crente que, quando percebe, já está nas mãos dele”, adverte.

O jovem cristão que gosta de dançar e cantar não precisa buscar no mundo esses
movimentos, já que o mercado fonográfico evangélico está bem desenvolvido e tem
todos os ritmos, melodias e harmonias. Cantoras como Fernanda Brum, Cassiane,
Pamela e os grupos Novo Som, PG, Ellas, Oficina G3, Quatro por Um, Os
Arrebatados, além de muitos outros, fazem parte deste cenário.

Segundo dados da ABPD – Associação Brasileira de Produtores de Discos, a música


gospel nacional ocupa a segunda colocação entre os gêneros campeões em venda,
atrás somente do pop-rock. Em 2005, o segmento movimentou mais de R$ 40
milhões do total de R$ 615,2 milhões adquiridos no mercado musical (6,5%) com a
venda de mais de 52 milhões de unidades de CDs e DVDs no Brasil. Então por que
ouvir música secular?

A música é uma das formas de expressão de louvor que Deus mais utiliza para
levar o homem à adoração. A Bíblia ensina que se deve louvar a Deus, anunciando
em alta voz os seus feitos poderosos. “Louvai ao Senhor, vós todos os gentios,
louvai-o, todos os povos” (Sl 117.1). Há uma diferença entre louvor e adoração. A
palavra “louvor” significa elogiar e aplaudir. Quando se louva a Deus significa que
se está elogiando e aplaudindo ao Senhor pelos seus feitos. Enquanto adoração, no
grego, significa prostrar-se até o solo, curvar-se diante da vontade do Altíssimo,
adorar. A prostração era um ato comum de humilhação, reverência e de honra a
uma autoridade ou realeza. “O crente que entende o que é adorar, que busca a
santidade, não tem vontade de ouvir música do mundo. Ele vai querer elogiar a
Deus 24 horas por dia, vai dormir e acordar cantando canções de louvores a Deus.
A música, quando utilizada da maneira correta, ou seja, para a glória de Deus, é
estratégia no reino espiritual e tem o propósito de destruir, arrebentar com as
estruturas físicas no mundo espiritual satânico. O louvor traz poder de Deus. Com a
música do mundo, ele vai louvar a quem?”, questiona Nadyege.

“Criados para a glória de Deus” (Is 43.21). O versículo bíblico diz que fomos criados
para elogiar, com tudo o que temos e somos, com toda a expressão física dada por
Deus a nós no lazer, em casa, no trabalho, nos atos e nas atitudes. “Os jovens
precisam entender que quando fazemos algo que não é para a sua glória, devemos
parar. A maioria dos jovens não sabe o que é uma vida de adorador; pensam que
adorar é a mesma coisa que louvar. E, na verdade, adorar é vida no altar, é dizer
não para as práticas do mundo. É preciso resgatar tudo o que foi roubado pelo
Diabo e reconsagrar ao Senhor ”, afirma a especialista.
A pastora aconselha os jovens a fazerem de suas vidas um motivo de louvor a Deus
com atitudes de um verdadeiro adorador. “A Bíblia diz que Deus habita no meio dos
louvores, das exaltações, dos elogios a Ele. Quando fazemos isso, reconhecemos
que Ele é grande, é tremendo. Se não louvarmos a Deus por onde quer que formos,
não temos por que existir. Quem ouve música do mundo é influenciado por ele.
Nadyege termina citando o versículo de Mc 7.6-9: “Bem profetizou Isaías a respeito
de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios (louva-
me, elogia-me, expressa-se com os lábios), mas o coração está longe de mim. E
em vão me adoram,(...), jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes
a vossa própria tradição, a vossa própria maneira de agir, a vossa própria
vontade”.

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