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INTRODUÇÃO

Os minerais pesados são acessórios com alta densidade (±2,85g/cm³) e compõem


no máximo 1% no agregado das rochas sedimentares e sedimentos (Trucker 1992). São
empregados para estudos associados à proveniência de sedimentos e para mapear
províncias petrogenéticas (Morton, 1985). Este trabalho de pesquisa concentra o estudo
de minerais pesados em amostras de sedimentos arenosos em barras subaquosas
expostas em períodos de vazante do Rio Solimões, na região de Coarí, Estado do
Amazonas e, nas proximidades de Prainha, cidade localizada entre Santarém-PA e
Macapá-MA.
O relatório descreve a metodologia usada para a separação granulométrica e
posterior separação dos minerais pesados concentrados nas frações 0,250 a 0,125 mm e
0,125 a 0,062 mm considerados os melhores intervalos para estudo dos minerais
pesados (Morton, 1985). Após esta metodologia inicial, os minerais pesados
descobertos serão descritos e sua assembleia irá sugerir uma possível área fonte para
estes sedimentos. Levando em consideração que os depósitos fluviais da Bacia do
Solimões são oriundos da cadeia andina, a pesquisa em questão visa representar e
classificar os agregados de minerais pesados encontradas nestes sedimentos.
As duas amostras de sedimentos de barras subaquosas foram coletadas em
trabalhos de campo anteriores, durante a vazante do Rio Solimões e do Rio Amazonas.
Além da técnica de análise de minerais pesados, o discente foi introduzido no
entendimento quanto às fácies sedimentares características de depósitos fluviais
(Walker 1991).

JUSTIFICATIVA
A crescente demanda no estudo relacionados a origem do Rio Solimões por
parte de pesquisadores de inúmeros institutos de pesquisas do mundo, seguem sendo
desenvolvidos na última década em parcerias com profissionais que atuam no Grupo de
Pesquisa de Bacias Sedimentares da UFPA (GSED) (Vega et al. 2006, Mapes et al.
2004, Abinader et al. 2010, Nogueira et al. 2012). Por ser um excelente treinamento na
técnica de separação e caracterização de minerais pesados, este trabalho de pesquisa
qualifica um aluno de início de curso no meio científico, buscando uma aplicação
prática de técnica proposta.
Estudos realizados em sedimentos nas imediações foram desenvolvidos por
Vega (2006), indicando um aporte ativo dos Andes em idades Cretáceo, em um período
que as bacias do Solimões e Amazonas não estavam “interligadas” pelo Rio Amazonas.
A referida pesquisa intui um estudo sobre a gênese desse depósito, objetivando a
reconstituição do sistema fluvial de sedimentos siliciclásticos dos depósitos quaternários
de barra subaquosa do rio. O aprendizado de minerais pesados do Rio Amazonas e
Solimões será baseado na análise faciológica e estratigráfica, para melhor entender a
definição das litofácies pertencentes a estes sedimentos. O principal objetivo que este
trabalho visa é aplicar a análise petrográfica e proveniência de grãos de minerais
pesados transparentes, afim de uma melhor resolução estratigráfica, bem como
estabelecer correlações dos resultados obtidos com trabalhos paralelos.
Estudos de assembleia de minerais pesados são escassos ao longo de barras
subaquosas, tendo em vista que seus estudos são concentrados na determinação de
zircão detrítico, empregado para a datação relativa dos sedimentos. A caracterização da
morfologia de zircão e turmalina ocorreu empregando-se procedimentos de
identificação de grãos, percebendo que se trata de uma excelente ferramenta no auxílio
interpretativo da proveniência sedimentar, já que se expõem uma linha de propriedades
óticas distintas (cor, forma e estrutura interna) que, qualitativamente, convêm como
indicadores petrológicos (KRYNINE 1946, LIHOU; MANGE-RAJETZKY 1996).

OBJETIVO
Objetivo Geral
Este projeto tem como objetivo identificar a assembleia de minerais pesados
transparentes que compõem as barras atuais ao longo da região do Rio Amazonas sob
estado do Pará e Amazonas. A separação de assembleia de minerais pesados utilizará
uma técnica não usual na Faculdade de Geologia da UFPA. Foi manuseado líquidos
densos não tóxicos e reutilizáveis como ferramentas de separação de grãos leves e
pesados. Comparar estes dados com os obtidos em trabalhos anteriores para a região.
Além da formação de recursos humanos em uma técnica científica e treinamento da
iniciação científica.
Objetivos Específicos
Separação granulométrica do sedimento inconsolidado nas malhas 0,250 a 0,125
mm e 0,125 a 0,062 mm;
Separação de minerais pesados dos minerais leves de uma amostra coletada em
trabalhos anteriores, utilizando líquido denso (polytungstato de sódio);
Separação de minerais pesados coloridos e incolores de minerais magnéticos e
opacos;
Classificação dos minerais pesados coloridos e incolores;
MATERIAIS E MÉTODOS
A primeira amostra de sedimento inconsolidado foi retirada da margem do Rio
Amazonas, entre Santarém-PA e Macapá-AP, nas proximidades da Cidade de Prainha,
colocada em saco plástico, lacrada e denominada de PRAINHA. Já a segunda amostra
foi coletada ao longo de barras situadas na calha do Rio Solimões. A amostra também
foi armazenada em saco plástico, lacrada e codificada de AM-Sl-01.
Ambas amostras foram secadas ao ar livre, desagregadas, homogeneizadas e
quarteadas. A fração pelítica (silte e argila) foi separada da fração areia com peneira de
malha 0,125 a 0,062 mm. O material retido na peneira foi seco em estufa a 60C° e
peneirados nas malhas 0,250 a 0,125 mm e 0,125 a 0,062 mm.
Fig. 01: (A) Coleta de amostras, (B) A seta indica a ocorrência de minerais pesados opacos, (C e D)
Barras fluviais estacionadas no canal principal de rio Solimões. Paleocorrente medida na época (109°
Az.). Etapa de campo desenvolvida no ano de 2007.

Após o peneiramento e a secagem, os minerais recuperados foram submetidos a


um imã convencional com o objetivo de separar os minerais magnéticos opacos.
Prosseguindo com a metodologia, espalhou-se as frações de areia sobre um papel rígido
e recobriu-se o imã com um papel mais fino, para atrais com maior facilidade os
minerais magnéticos. O procedimento foi repetido até que a maior quantidade possível
de minerais magnéticos e/ou opacos fosse removida.

Fig. 02: Peneiramento para obtenção das frações 0,250 a 0,125 mm e 0,125 mm a 0,062 mm.
Desse modo, os minerais acessórios leves remanescentes foram mergulhados em
líquido denso (d= 2,90 g /cm ³ ) composto por politungstato de sódio
(3Na2WO4.9WO3.H2O) para o fracionamento densimétricos dos minerais leves e
pesados da amostra PRAINHA, foi utilizado uma concentração de 20g de H²O para 80g
do sal e na amostra AM-SL-01 continuou-se com a proporção segundo Callahan,
1987, dessa vez foi acrescido 250g de H2O para 1000g do referido sal. Ambas
amostras devidamente preparadas foram mergulhadas nessa solução e após 50 minutos
reservados, os minerais mais densos foram filtrados em filtro de papel comum e
separados para confecção de laminas petrográfica.
As lâminas foram confeccionadas no laboratório do Instituto de Geociências da
UFPA e misturadas com uma resina especial (Aradite) para melhor análise por
possibilidade de observar as propriedades óticas (birrefringência, cor, pleocroísmo,
índice de refração, sinal de elongação, extinção, entre outras) e físicas (relevo, clivagem
e morfologia de cada mineral.

RESULTADOS
As análises petrográficas das duas amostras de sedimentos identificaram
minerais como Cianita, Biotita, Actinolita, Turmalina, Anidrita, Epidoto, Hornblenda,
Clorita, Zircão, Rutilo de variadas fórmulas químicas e sistemas cristalinos.

AM-SL-01
Mineral Fórmula Química Sistema Cristalino
Biotita K2(Mg,Fe )6-4(Fe ,Al,Ti)0-2Si6-5Al2-
2+ 3+
Monoclínico
3O20(OH,F)4
Actinolit (Ca,Na)2(Mg,Fe)5(Si,Al)8O22(OH)2 Monoclínico
a
Clorita (Mg,Al,Fe)12(Si, Al)8O20(OH)16 Monoclínico
Turmalin Na(Mg,Fe)3Al6(BO3)(Si6O18)(OH)4 Hexagonal
a
Zircão ZrSiO4 Tetragonal
Anidrita CaSO4 Ortorrômbico
Epidoto Ca2(Al,Fe)3Si3O12(OH) Monoclínico

PRAINHA
Mineral Fórmula Química Sistema Cristalino
Cianita Al2SiO5 Triclínico
Epidoto Ca2(AlFe)3Si3O12(OH) Monoclínico
Hornblend Ca2Na(Mg,Fe)4(Al,Fe,Ti)AlSi8AlO22(OH, Monoclínico
a O)2
Clorita (Mg,Al,Fe)12(Si,Al)8O20(OH)16 Triclínico
Zircão ZrSiO4 Tetragonal
Rutilo TiO2 Tetragonal

PETROGRAFIA
Cianita (01): Não possui coloração, apresenta grãos tabulares e alongados,
pleocroísmo fraco, birrefrigência fraca. Exibe clivagem em pelo menos duas direções,
relevo forte e a extinção é obliqua. A cianita é o resultado do metamorfismo regional de
rochas aluminosas e normalmente está associada a granadas, estaurolitas e coríndon
(Klein e Dutrow, 2012)
Epídoto (02/18): Expõe coloração verde escura na lâmina AM-SL-01 com grãos
subangulosos; é translúcido, pleocroísmo fraco a moderado e varia do amarelo claro ao
incolor. O índice de birrefringência é moderado, relevo alto e extinção reta. Por outra
vez na lâmina PRAINHA, possui coloração esverdeada, pleocroísmo moderado e grãos
alongados. A birrefringência é média a alta, clivagem indistinta, o relevo é alto e a
extinção é reta. O epídoto forma-se em condições de metamorfismo regional, e seus
índices de birrefringência e refração aumentam com o teor de Fe, sendo comum em
calcários metamorfizados (Klein e Dutrow, 2012).
Hornblenda (03): Apresenta cor marrom, pleocroísmo fraco e grão coberto por
uma camada de óxido de ferro tornando-o opaco. A birrefringência é media, clivagem
indistinta, relevo médio e a extinção é obliqua. A hornblenda é um mineral formador de
rocha comum em rochas ígneas e metamórficas de médio grau como os anfibolitos
(Klein e Dutrow, 2012).
Clorita (04/15): Na lâmina AM-SL-01 apresentou cor verde-escura e grãos
angulosos a subangulosos. Tem brilho vítreo e apresentam divisibilidade basal. A
birrefringência é muito baixa e extinção reta. O relevo é moderado. De contra partida,
na lâmina PRAINHA, apresenta cor verde claro fraco, pleocroísmo fraco e grão
arredondado. A birrefringência é fraca, clivagem indistinta, relevo baixo e extinção é
reta. A clorita normalmente é confundida com mica devido aos seus aspectos micáceos
semelhantes. É um mineral comum em rochas metamórficas e o mineral diagnóstico da
fácies xisto verde, geralmente é encontrado como um mineral primário junto com o
epidoto. Pode ser também um componente comum em rochas ígneas onde se forma por
alteração de silicatos como piroxênios, anfibólios, biotitas e granadas.
Zircão (05/17): Apresenta grãos bem arredondados na lâmina AM-SL-01 em
tons acinzentados tanto na fração de 0,062-0,125mm quanto na de 0,125-0,250mm. O
brilho é adamantino a vítreo, o pleocroísmo é fraco, a birrefringência forte e tem
extinção reta. Na luz transmitida mostram contornos escuros, o que caracteriza relevo
muito forte. Já na lâmina PRAINHA não apresenta coloração, pleocroísmo fraco e grão
alongado e subarredondado. A birrefringência é elevada, clivagem indistinta, relevo alto
e a extinção é reta. Este mineral é um acessório que pode estar presente em qualquer
tipo de rocha principalmente nas rochas ígneas plutônicas ricas em sódio, como produto
primário de cristalização. Tem um grande uso na geocronologia para a investigação
geocronológica, pois é capaz de conservar a informação isotópica U-Pb, mesmo se
afetado pelo intemperismo ou pelo metamorfismo (Pinto e Peucat,2000).
Rutilo (06): Exibe coloração marrom avermelhado, pleocroísmo fraco e grão
arredondado. A birrefringência é fraca, clivagem indistinta, relevo médio tendendo a
forte e a extinção é reta. O rutilo é um dos três polimorfos do TiO 2, é um mineral
acessório em algumas rochas ígneas alteradas, gnaisses e xistos cristalinos, sendo
raramente encontrado em quantidades economicamente viáveis. O rutilo é
principalmente usado na indústria de pigmentos, os quais podem ser usados em tintas,
plásticos, papel e alimentos por diversos processos industriais (Baltar et al., 2005).
Piroxênio (07): Exibe tons verdes, grãos euédricos, subédrica a anédricos, apresentam hábito
prismático tabular alongado biterminado, brilho vítreo, pleocroísmo forte entre verde claro e
amarelo acastanhado, além de birrefringência com cores de segunda ordem. A clivagem é
incipiente, o relevo varia de médio a forte e alguns grãos apresentam extinção paralela e/ou
obliqua ao eixo C cristalográfico.
Augita (09): Piroxênio mais frequente do grupo, ocorre como grãos de
tonalidades verde creme pálido e por vezes amarronzado com fraco pleocroísmo.
Apresentam grãos irregulares subédricos (retângulos quebrados) com bordas
intensamente serrilhadas, superfícies perfuradas e completamente esqueletais em
diferentes graus de corrosão. Além disso, apresentam texturas superficiais do tipo
mamilar, o que sugere que esse mineral se encontra na maior parte dos casos em
avançados estágios de intemperismo tais como deep-ethed a squeletal.
Actinolita (10/14): Mineral que se exibe em coloração verde creme com leve
pleocroísmo na lâmina PRAINHA, apresentando-se sob a forma de grãos fibrosos com
hábito colunar cujas texturas superficiais identificadas foram pouco corroídas e
serrilhadas, nessas circunstâncias sendo classificada como unweathered a pouco
corroded. Comumente encontram-se inclusões de minerais opacos. Algumas vezes,
ocorre como mineral de alteração da hornblenda, distinguindo-se da mesma por
apresentar cor, ângulo de extinção e birrefringência diferentes, além da mesma ser mais
resistente. Por outro lado, na lâmina AM-SL-01, se apresenta de cor verde-amarelada,
os grãos são subangulosos. Birrefringência moderada a forte, extinção oblíqua, relevo
moderado.
Diopsídio (11): São representados por grãos incolores com algumas manchas de
tonalidade esverdeada. Apresenta hábito prismático com bordas levemente
arredondadas e corroídas, com terminações irregulares. São considerados pertencente ao
estágio de corrosão.
Hiperstênio (12): Presente sob a forma de grãos geralmente prismáticos
euédricos a subédricos, raramente com grau de esfericidade e a arredondamento alto.
Apresentam brilho vítreo de coloração verde acastanhado, com intenso pleocroísmo
róseo a verde. As texturas superficiais identificadas foram: bordas levemente serrilhadas
a esqueletais e algumas levemente corroídas, sendo incluído no estágio inicial de ethed.
Biotita (13): Apresenta cor verde clara e incolor, os grãos são subarredondados.
O brilho é vítreo, birrefringência média, extinção reta, relevo fraco a médio e clivagem
perfeita perpendicular à direção C cristalográfica.
Turmalina (16): Observa-se grãos prismáticos de cor vermelha-marrom, são
prismáticos com presença de estrias paralelas à direção C e apresentam divisibilidade
basal. Apresenta brilho vítreo, pleocroísmo forte, birrefringência moderada a forte. O
relevo varia de médio a forte e de extinção reta.
Anidrita (19): Mostra-se em grãos prismáticos incolores com tons acinzentados.
Brilho vítreo, birrefringência baixa a moderada, extinção reta e relevo baixo.
Figura 03: Grupo de minerais pesados encontrados na amostra PRAINHA. 1)Cianita 2)Epidoto;
3)Hornblenda; 4)Clorita; 5)Zircão; 6)Rutilo: 7)Piroxênio; 9)Augita; 10)Actinolita; 11)Diopsídio;
12)Hiperstênio. 1, 2, 4, 6 e 10 observados à luz natural e nicóis cruzados.
Figura 04: Assembleia de minerais pesados encontrados na amostra PRAINHA. 13)Biotita;
14)Actionita; 15)Clorita; 16)Turmalina; 17)Zircão; 18)Epidoto; 19)Anidrita. Observação à luz natural e
com nicóis cruzados.

CONCLUSÃO

Os minerais pesados encontrados nos sedimentos as margens do Rio Amazonas


e na barra do Rio Solimões, nas frações 0,250-0,125mm e 0,125-0,062mm,
identificados por meio da análise petrográfica são: cianita, epidoto, clorita, rutílo,
piroxênio, augita, actinolita, diopsídio, hiperstênio, zircão, turmalina, epidoto e anidrita.
Os grãos de minerais pesados apresentam-se retrabalhados, sugerindo um longo
transporte e/ou retrabalhamento de rochas mais antigas, esta informação pode ser
retirada dos grãos de zircão que se apresentam muito bem arredondados e esfericidade
variando de boas há muito boa. Os grãos de minerais pesados de forma geral
apresentam bordas corroídas e parcialmente dissolvidas como o Piroxênio e Hiperstênio
da amostra PRAINHA (Fig. 02) e a Turmalina da amostra AM-SL-01 (Fig. 03).
A utilização do polyntugstato de sódio como líquido denso, se traduziu em uma
excelente técnica para a separação dos minerais pesados.
A variedade de minerais pesados sugere uma fonte predominantemente ígnea
nas duas amostras estudadas, ocasionada pela presença de grãos de Actinolita que
sugerem uma fonte de rocha metamórfica.
Desta forma, as principais rochas fontes de sedimentos na amostra PRAINHA,
poderiam ser localizadas na Cordilheira Andina ou da Província Amazônia Central
(>2,6 Ga) (Tassinari e Macambira 1999). O dado de paleocorrente indica a migração da
barra pra NE (86° Az.), apontando uma fonte a NE-NW. Entretanto a região de coleta
das amostras é abastecida por outros dois canais fluviais, são os rios Mapuera e Tapajós,
que carregam sedimentos da província Amazônia Central para a região central da Bacia
do Amazonas.
Já nos estudos da amostra AM-SL-01, as principais rochas fontes de sedimentos
poderiam ser localizadas na Cordilheira Andina ou da Província Ventuari (>1,8 Ga). O
dado de paleocorrente indica a migração da barra pra SE (109° Az.), apontando uma
fonte a NE-NW.
Fragmentos de esferólitos ferruginosos de ambos sedimentos estudados indicam
contribuição de crostas lateríticas das próprias bacias.

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