Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
TEMA:
FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
TEMA:
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, José Lourenço Chibindje e Helena David Nhaca.
Muito obrigada
AGRADECIMENTOS
Especiais agradecimentos a Prof.ª Doutora Tatiana Kuleshova e dra. Candida Magaia, pela paciência,
orientação científica, e confiança em mim depositada na elaboração deste trabalho.
Aos funcionários do Laboratório Nacional de Higiene de Águas e Alimentos (LNHAA) e aos colegas
do estágio Ernesto Singo, Henrique Mondlane, dr. Zeca Cumbe, que colaboraram para a realização
deste trabalho, vai o meu muito obrigado pelo acolhimento, pela atenção e disponibilização.
Aos meus pais José Lourenço e Helena David, e irmãos (Ercídio, Altino e Leila Chibindje) pelo
apoio.
Eu, Regina Helena José Chibindje, estudante da Faculdade de Ciências, declaro por minha honra a
verdade sobre a autenticidade do presente trabalho de licenciatura em Quimíca que, foi por mim
elaborado de acordo com a metodologia descrita e com base nas referências bibliográficas
mencionadas no trabalho.
A Autora
……………………………...........................................................
RESUMO
Cura e fumagem são técnicas tradicionais de conservação e diversificação que agregam valor à carne,
mas pouco se sabe da composição físico - química desses produtos fumados. Nesse sentido, o
presente trabalho objectivou estudar o efeito da cura e fumagem sobre a composição físico - química
do frango de corte da espécie broiler, determinando na sua forma fresca e fumada a composição
centesimal e mineral de acordo com a metodologia adaptada pela AOAC, em uso no LNHAA.
Os frangos frescos e fumados a quente foram subdivididos em diferentes músculos de peito,
sobrecoxa e coxa respectivamente; foram retirados a pele, desossados, secos e triturados em
processador de alimentos para posterior determinação dos parâmetros humidade, proteínas, gorduras,
cinzas, sódio, potássio, ferro, fósforo, cálcio, e os seus teores foram comparados com as normas
internacionais e resultados de outros autores.
Para a determinação da humidade usou - se a amostra não seca de tamanho reduzido. O resultado da
sua determinação mostrou uma desidratação significativa (p < 0,05) da carne após o processamento
principalmente nos músculos das sobrecoxas e coxas respectivamente, e os resultados obtidos
estiveram abaixo dos estípulados por Morais et al.,(1996); Gonsalves & Cezarini (2008).
Em relação á avaliação das proteínas, gorduras e cinzas para efeitos de aceitação do prduto final,
diferenças significativas (p < 0,05) observaram - se para os dois tipos de amostras após o
processamento; sendo o frango fresco o que registou os menores teores desses parâmetros em relação
ao frango fumado. Os resultados obtidos mostram - se ligeiramente abaixo dos resultados dos outros
autores como Volpato (2005); Ferreira, (2003); Baptista et al., (2006); e Angelini (2011), entretanto
essas diferenças não são preocupantes podendo os resultados obtidos serem considerados válidos
para o produto em causa.
No que respeita avaliação da presença dos minerais, observou - se uma grande concentração dos
mesmos na carne do peito seguido da sobrecoxa e coxa tanto para amostra fresca assim como para
amostra fumada, tendo se verificado para as duas amostras diferenças significativas (p < 0,05) em
todos minerais determinados na carne. O sódio, potássio e ferro tiveram seus teores agravados,
equanto os minerias fósforo, e cálcio tiveram seus teores reduzidos após o processamento em
comparação com o recomendado pelas normas internacionais OMS (2015), FAO (2001), USDA
(1997) e estão abaixo dos resulatos dos outros autores como Ogunmola et al., (2013) e Adrade
(2015).
Assim sendo, concluiu - se que a desidratação e absorção do sal ocorrida durante o processamento
conduzem a mudanças significativas na composição centesimal e mineral do frango, acrescentando
valor a sua composição física e quimíca em comparação com a sua forma fresca.
ÍNDICE GERAL
DEDICATÓRIA.....................................................................................................................................i
AGRADECIMENTOS...........................................................................................................................ii
RESUMO..............................................................................................................................................iv
ÍNDICE DE FIGURAS........................................................................................................................vii
ÍNDICE DE EQUAÇÕES...................................................................................................................vii
ÍNDICE DE ANEXOS.......................................................................................................................viii
ABREVIATURAS E SÍMBOLOS.......................................................................................................ix
I. INTRODUÇÃO..............................................................................................................................1
1.1. Justificativa..............................................................................................................................3
1.3. Metodologia.............................................................................................................................4
2.2.1. Água.................................................................................................................................7
2.2.2. Proteínas...........................................................................................................................8
2.2.3. Gorduras...........................................................................................................................9
2.2.5. Minerais..........................................................................................................................10
V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.................................................................................40
5.1. Conclusões.............................................................................................................................40
5.2. Recomendações.....................................................................................................................40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................41
ANEXOS..............................................................................................................................................49
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1: LOCALIZAÇÃO DA FÁBRICA DE FRANGO FUMADO..............................................................17
FIGURA 2: LOCALIZAÇÃO DO LNHAA.................................................................................................18
FIGURA 3: PROCEDIMENTOS DE FUMAGEM DOS FRANGOS NO APARELHO DE FUMAGEM.....................19
FIGURA 4: FLUXOGRAMA GERAL DO PROCESSO DE CURA E FUMAGEM DA CARNE DE FRANGO...........20
FIGURA 5: IMAGEM DO FRANGO FRESCO INTEIRO................................................................................21
FIGURA 6: IMAGEM DO FRANGO FUMADO INTEIRO..............................................................................21
FIGURA 7: IMAGEM DOS PRINCIPAIS MÚSCULOS DO FRANGO FRESCO USADOS NO ESTUDO.................22
FIGURA 8: IMAGEM DOS PRINCIPAIS MÚSCULOS DO FRANGO FUMADO USADOS NO ESTUDO...............22
FIGURA 9: IMAGEM DO FRANGO FRESCO SECO E TRITURADO..............................................................23
FIGURA 10: IMAGEM DE FRANGO FUMADO SECO E TRITURADO...........................................................23
FIGURA 11: OS VALORES DE HUMIDADE NO FRANGO FRESCO E FUMADO............................................32
FIGURA 12: OS VALORES DE PROTEÍNAS NO FRANGO FRESCO E FUMADO...........................................33
FIGURA 13: OS VALORES DE GORDURAS NO FRANGO FRESCO E FUMADO...........................................34
FIGURA 14: OS VALORES DE CINZAS NO FRANGO FRESCO E FUMADO.................................................35
FIGURA 15: OS VALORES DE SÓDIO NO FRANGO FRESCO E FUMADO...................................................36
FIGURA 16: OS VALORES DE POTÁSSIO NO FRANGO FRESCO E FUMADO.............................................37
FIGURA 17: OS VALORES DE FERRO NO FRANGO FRESCO E FUMADO...................................................38
FIGURA 18: OS VALORES DE FOSFÓRO NO FRANGO FRESCO E FUMADO...............................................39
FIGURA 19: OS VALORES DE CÁLCIO NO FRANGO FRESCO E FUMADO.................................................39
ÍNDICE DE EQUAÇÕES
EQUAÇÃO 1: EXPRESSÃO PARA DETERMINAÇÃO DA HUMIDADE NO FRANGO......................................21
EQUAÇÃO 2: EXPRESSÃO PARA DE DETERMINAÇÃO DO NITROGÉNIO TOTAL NO FRANGO...................22
EQUAÇÃO 3: EXPRESSÃO PARA DETERMINAÇÃO DA PROTEÍNA BRUTA NO FRANGO............................22
EQUAÇÃO 4: EXPRESSÃO PARA DETERMINAÇÃO DA GORDURA NO FRANGO.......................................23
EQUAÇÃO 5: EXPRESSÃO PARA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CINZAS NO FRANGO.............................23
EQUAÇÃO 6: EXPRESSÃO PARA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FÓSFORO NO FRANGO..........................25
EQUAÇÃO 7: EXPRESSÃO PARA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FERRO NO FRANGO..............................26
ÍNDICE DE ANEXOS
ANEXO 1: CURVAS DE CALIBRAÇÃO PARA MINERAIS.........................................................................A
ANEXO 2: TABELAS DE DADOS OBTIDOS PARA FRANGO FRESCO E FUMADO......................................C
ANEXO 3: PREPARAÇÃO DOS REAGENTES............................................................................................L
ANEXO 4: RESULTADOS DE ANOVA.................................................................................................M
FRESCO...................... C
TABELA A 2.3: DADOS OBTIDOS NA DETERMINAÇÃO DE GORDURA NO FRANGO FRESCO.......................
D
TABELA A 2.4: DADOS OBTIDOS NA DETERMINAÇÃO DE CINZAS NO FRANGO FRESCO............................
D
TABELA A 2.5: DADOS OBTIDOS NA DETERMINAÇÃO DE FÓSFORO NO FRANGO
FRESCO.........................E
FRESCO............................ F
TABELA A 2.8: DADOS OBTIDOS NA DETERMINAÇÃO DE POTÁSSIO NO FRANGO
FRESCO......................... F
TABELA A 2.9: DADOS OBTIDOS NA DETERMINAÇÃO DE SÓDIO NO FRANGO FRESCO.............................
G
FUMADO......................... I
TABELA A 2.14: DADOS OBTIDOS NA DETERMINAÇÃO DE FÓSFORO NO FRANGO
FUMADO....................... I
TABELA A 2.15: DADOS OBTIDOS NA DETERMINAÇÃO DE FERRO NO FRANGO
FUMADO.......................... J
TABELA A 2.16: DADOS OBTIDOS NA DETERMINAÇÃO DE CÁLCIO NO FRANGO
FUMADO......................... J
TABELA A 2.17: DADOS OBTIDOS NA DETERMINAÇÃO DE POTÁSSIO NO FRANGO FUMADO....................
K
TABELA A 2.18: DADOS OBTIDOS NA DETERMINAÇÃO DE SÓDIO NO FRANGO FUMADO..........................
K
ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
ml: Mililitros
I. INTRODUÇÃO
Segundo a organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, 2010) o
frango de corte (broilers) caracteriza - se por ser uma ave com alta conversão alimentar,
rápido ganho de peso, ciclo de produção curto, resistente a doenças e crescimento uniforme.
De acordo com o Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA, 2010) a sua carne
além de minerais como Ca, Fe, Mg, P, K, Zn, Mn e Se, ela é rica em vitaminas, em especial as
do complexo B, apresenta os nove aminoácidos essênciais ao orgânismo (histidina, isoleucina,
leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina), e apresenta na sua
constituição baixo teor de gordura, sendo uma fonte rica em ácidos gordos mono e
polinsaturados, substâncias com efeitos benéficos no orgânismo.
Devido a essa rica constituição nutricional aliada ao seu rápido crescimento, praticidade,
conveniência, e ausência de restriçoes religiosas (Machado, 2007; Assis, 2009; Oliveira et al.,
2014), a carne de frango torna - se um produto de fácil aceitação no mercado nacional e
internacional, facto que leva a existência de uma grande concorência tanto no mercado de
frango vivo assim como no mercado de frango congelado constituindo assim uma barreira
para os pequenos produtores e comerciantes deste tipo de carne no mercado Moçambicano
que acabam por não ter espaço para colocar seus produtos acabados. Nesse sentido, os
processos de inovação e de transformações tecnológicas para valorização do produto ganham
importância especial; dentre elas tem se a cura e fumagem que para além de preservar a carne
proporcionam ao produto características organolépticas desejáveis como cor, textura, aroma e
sabor característico além de ser um método acessivel, de fácil operação e de baixo custo
(Bangalane, 1998).
Além do sal, diversos tipos de açúcares podem ser usados na formulação da salmoura de cura.
Alguns exemplos de açúcares comumentementi usados são a sacarose, dextrose, e xarope de
milho. Esses constituintes são muito usados pelas indústrias de carnes como adoçantes além
de funcionarem como neutralizadores da aspereza do sal e proporcionarem o melhoramento
do sabor (Martin, 2001).
Bower et al., (2009), estudaram a influência da cura e fumagem a quente sobre a composição
química do salmão in natura comparado com o fumado observaram que o teor de humidade
da carne reduziu enquanto os outros componentes intessificavam os seus teores ou seja, o
processo de fumagem afectava significativamente a composição nutricional da carne.
Tomé et al., (1999), não constataram diferença significativa entre proteína, lipídos e cinzas do
bagre P. fasciatum in natura e fumado, e de humidade, lipídos e cinzas do bagre P. pirinampu
in natura e fumado. Estes pesquisadores citam que a humidade pode ter sido diferente
significativamente na espécie P. fasciatum e não na espécie P. pirinampu devido ao conteúdo
elevado de gordura da última espécie, visto que, os teores de gorduras podem influênciar nas
perdas durante o processo de fumagem, porque carnes com maior teor de gorduras perdem
menos água no processamento.
Assim sendo, o presente trabalho objectivou estudar a influência da cura e fumagem sobre as
características físicas e quimícas do frango broiler para fins de consumo humano. Para tal
buscar - se - á - avaliar o mesmo pelo LNHAA segundo os parâmetros humidade, proteínas,
gorduras, cinzas e, minerais, assim como dispor de dados aos órgãos competentes para
liberalização comercial do produto.
I.1. Justificativa
De acordo com a Associação Moçambicana de Avicultores (AMA, 2015) a indústria avícola
tem sido fonte importante na geração de renda e emprego para muitas familias de baixa e
média renda em Moçambique, porém, a mesma tem enfretado vários desafios dos quais, a
monotônia do mercado que acaba por deixar o negócio vulnerável à competição com frango
oriundo de outros países como Brasíl, África do Sul, Eswatine e Malawi, fazendo com que os
pequenos e médios produtores nacionais não tenham espaço para expor seus produtos
acabados.
O estudo detalhado sobre as alterações sofridas durante o processamento deste tipo de frango
contribuirá com os profissionais da área de saúde para uma adequada orientação dietética e
pode constituir subsídios na obtenção de dados que podem ser utilizados em tabelas de
composição de alimentos nacionais.
I.3. Metodologia
O presente trabalho foi realizado obedecendo á seguinte metodologia:
I.3.2. Amostragem
Para amostragem usou - se frangos frescos e fumados de raça broiler embalados a vácuo
adquiridos na fábrica de frango fumado localizada no bairro Choupal, acondicionados em
coleman contendo gelo, transportados por via terrestre para a secção de alimentos do LNHAA
de Maputo onde foram tratados para análises. Levou - se para o laboratório cerca de seis
amostras de frangos fêmeas das quais três corresponderam à amostra fresca e os restantes três
corresponderam à amostra fumada. No total foram preparadas para analises 6 amostras de
peito, 12 amostras de sobrecoxas, e 12 amostras de coxas totabilizando cerca de 30 amostras
usadas para o trabalho.
Consistiu na realização do tratamento estatístico dos dados e na comparação dos teores entre
as amostras frescas e fumadas.
Uma vez que na literatura não foram encontrados normas nacionais abordando aspectos
nutricionais da carne de frango curado e fumado, neste trabalho para discutir os resultados
buscou se estabelecer uma comparação dos valores obtidos com resultados de outros autores e
com os limites gerais para ingestão humana determinados por orgãos internacionais como:
Organização Mundial da Saúde - OMS, FAO e USDA.
O relatório final engloba toda a informação relevante ao estudo, desde o tema em estudo,
justificativa da escolha do tema, procedimentos seguidos na realização da parte experimental,
revisão bibliográfica, discussão e interpretação dos resultados de acordo com o regulamento
de elaboração do trabalho de licenciatura em vigor no Departamento de Química da
Faculdade de Ciências na Universidade Eduardo Mondlane.
Em relaçã a produção até 2005 o país encontrava - se num ponto baixo, produzindo menos de
5,000 toneladas e com a maior parte do consumo doméstico a ser satisfeita pelas importações
(Oppewal et al., 2016). Nos anos seguintes, o sector conseguiu dar a volta a esta situação, e
em 2015 a produção superou 60,000 toneladas, satisfazendo aproximadamente 69 % da
demanda doméstica.
Segundo AMA (2015), a indústria avícola nacional vai tender a crescer nos próximos cinco anos,
facto ocasionado pelo crescimento da população que se estima que seja de 2 % por ano. Assim
sendo, Estima - se que seu consumo anual per capta chegue a 3,4 kg de carne de frango por
ano.
Esta indústria gera anualmente cerca de 3430 empregos directos, sendo que cerca de 107.000
famílias dedicam - se a produção avícola e de insumos para indústria avícola. Assim, um total
de 10327 famílias dedicam - se a avicultura e mercado vivo de frangos respectivamente
(AMA, 2015).
Segundo Olivo (2006), a carne de frango sofre oscilações no seu valor nutritivo de acordo
com o corte analisado, por exemplo, o peito de frango sem pele apresenta os seguintes índices
nutricionais em 100 gramas: 75,0 % de água, 22,8 % de proteína, 0,9 % de gordura, 1,2 % de
minerais e 105 quilocalorias; enquanto a coxa e sobrecoxa com pele possuem 74,7 % de água,
20,6 % de proteína, 3,1 % de gordura, quantidade insignificante de minerais e 116
quilocalorias.
II.2.1. Água
Desempenha uma função importante nos processos vitais como solvente das substâncias
orgânicas e inorgânicas, assim como de soluções coloidais (proteínas e carbohidratos). Está
contida no tecido múscular na proporção entre 71 e 76 %. Ela permite o transporte e a reacção
das substâncias no orgânismo, nos biossistemas, é um meio de dispersão da matéria viva
(Roça, 2006a).
Em geral, a água é determinada sob a forma de teor de humidade. O método mais usado para
a sua determinação nos alimentos é o de secagem em estufa a 105º C, que se baseia na
remoção da água por aquecimento até peso constante. É um método simples e barato, contudo
lento devido ao tempo que o alimento pode levar dependendo da sua constituição química
(Figueiredo, 2009).
II.2.2. Proteínas
As proteínas de origem animal contêm todos os aminoácidos essênciais e quantidades
equivalentes à necessidade do corpo humano desenpenhando várias funções como a
estrutural, fornecendo através dos aminoácidos as substâncias necessárias ao crescimento,
renovação e manutenção de grande parte dos tecidos humanos (Rosa et al., 2005). A sua
qualidade é medida pela sua habilidade de satisfazer as necessidades de aminoácidos do corpo
humano e pode - se facilmente constactar que o seu teor na carne pode variar de acordo com o
tipo de tratamento (Rosa et al., 2005) e tipo de alimentação administrada (Santos et al., 2014).
A sua determinção é feita através dos métodos de Kjeldahl e de Dumas cujos princípios se
baseiam na determinação do nitrogénio total. O método de Kjeldahl é o mais usado por ser um
método que pode ser utilizado para análise de microgramas de proteína (micro Kjeldhal) para
além de ser um método versátil, simples e por se tratar de um método oficial para a
determinação de proteínas (Nogueira & Souza, 2005). Os principais passos na determinação
de proteínas por Kjeldhal podem se resumir nas seguintes etapas:
→
(NH4)2SO4(aq) + 2NaOH(conc) ∆ 2NH3(g) + Na2SO4+ 2H2O (B)
A etapa final consiste na titulação do borato de amônio com uma solução de ácido cloridríco
padronizada que vai consistir na formação do sal cloreto de amônio e ácido bórico de acordo
com a reacção D. Quanto maior o volume de ácido cloridríco gasto na titulação, maior a
quantidade de nitrogênio presente na amostra (LANAGRO, 2013).
II.2.3. Gorduras
As gorduras fornecerem energia, ácidos gordos e também auxiliam o orgânismo na absorção
das vitaminas como as A, D, E e K. Dentre os componentes básicos da carne é a mais
variável, tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo podendo ser neutros e polares
(Ordóñez et al., 2005a).
O método mais usado para a determinação de gorduras em carnes é o método de Soxhlet por
ser um método simples; a amostra não fica em contacto directo com o solvente quente,
evitando assim a decomposição da gordura na amostra. Este método é baseado no refluxo
descontínuo de solventes apolares tais como: éter dietílico e hexano (Figueiredo, 2009).
Geralmente, são obtidas por ignição de quantidade conhecida da amostra e são compostas por
uma variedade de minerais. O seu teor na carne está em torno de 0,8 a 1,8 % (Roça, 2006b).
Existem dois tipos de procedimentos para análise de cinzas, o método das cinzas secas, usado
para determinação do teor em cinzas e análise de alguns minerais específicos, e o método de
cinzas húmidas (oxidação) que serve de preparação para a análise de diversos minerais. No
método de cinzas secas, o mais aplicado, as amostras previamente secas e de peso conhecido
são sujeitas a uma temperatura de 500 - 600 ºC. A água e os compostos voláteis são
vaporizados e os compostos orgânicos degradados, na presença de oxigénio do ar, a CO 2 e
óxidos de azoto. É um método simples de determinação total dos minerais e preparo para
minerais individuais (Figueiredo, 2009).
II.2.5. Minerais
A carne contém substâncias minerais que exercem papel biológico importante em sua
constituição, como na manutenção de uma reacção quase neutra nos tecidos e líquidos
orgânicos, e a reacção estimulante exercida sobre a actividade de muitas enzimas. Estas
substâncias minerais constituem ainda parte integrante de determinados harmónios e de um
grande número de enzimas, ao mesmo tempo em que intervêm na regulação da actividade
múscular e nervosa (Niinivaara & Antila, 1973).
de sistemas enzimáticos. A sua deficiência pode acarretar, perda da massa óssea, osteoporose,
e irritabilidade (González, 2001).
O conhecimento dos níveis ideais de cálcio para cada fase do desenvolvimento da ave é muito
importante, visto que este macromineral é essêncial para formação e manutenção do
esqueleto. O excesso de cálcio na dieta interfere na disponibilidade de outros minerais, como
o fósforo, manganês e zinco, e dilui outros componentes, além de tornar a dieta menos
palatável (Oliveira, 2015; Geraldo, 2006).
Fósforo: composto orgânico do fósforo com diversos ésteres do ácido fosfórico intervém nas
modificações post - mortem, no processo de maturação e hidratação da carne. No orgânismo
humano actua na formação de dentes e ossos, participa no metabolismo energético além de
participar na contracção dos músculos (Monteiro & Vannucchi, 2010).
Potássio: encontra - se em abundância no interior das células e calcula - se que no ser humano
exista a proporção de 2,5 g de potássio para cada quilo de peso. As suas principais funções
são a manutenção do equilíbrio do pH (ácido - básico), a regulação do equilíbrio hídrico e na
excitabilidade neuromúscular. A sua deficiência leva à hipertensão (He & Macgregor, 1999).
A técnica da cura pode ser executada de três formas distintas nomeadamente, cura directa,
cura à seca ou cura por imersão, a salmoura. A cura directa: os ingredientes de cura são
incorporados durante os processos de mistura e moagem. São adicionados em forma seca ou
como solução concentrada e são distribuídos uniformemente por todo produto durante a
trituração e preparo da massa. Cura à seco: constitui na aplicação dos agentes de cura na
forma seca sobre a superfície da carne. Caracteriza - se por ser um processo lento. Cura por
imersão: as peças são submersas em uma solução formada pelos componentes de cura
dissolvidos em água. Este método de cura também é lento e necessita muito tempo para a
salmoura se difundir por todo produto (Roça, 2011).
A fumagem a frio é muito utilizada para aumentar a quantidade de compostos com funções
preservativas devido ao maior tempo de exposição da carne à fumaça quando comparada à
fumagem a quente. A principal função da fumagem a quente é proporcionar aroma, sabor e
cor característicos, com melhores qualidades sensoriais (Souza et al., 2004; Marques, 2002).
Neste tipo de fumagem podem ainda destacar - se diferentes técnicas de aplicação da fumaça
aos produtos como:
O benzopireno tem sido utilizado como indicador da presença de HAPs em alimentos, por ser
o mais bem estudado do grupo e por sua potente acção cancerígena. Segundo Sousa &
Nascimento (2009), a fumagem excessiva de carnes aumenta a concentração de benzopireno,
que durante um processamento controlado apresenta, normalmente, quantidade entre 0,1 a 0,5
μg/kg.
Balões volumétricos (1000, 250, 100, 25, 20 mL) Bureta (50 mL)
Hexano (99 %), éter dietílico (96 %), ácido acético glacial, oxalato de amónio (98 %) e ácido
ascórbico (99,5 %) foram fornecidos pela BDH Chemicals. Permanganato de potássio (99 %)
e hidróxido de sódio (98 %) fornecidos pela Promark Chemicals. Sulfito de sódio (90 %) e
ácido bórico (40 g/L) são da UNILAB. O molibdato de amónio (99 %) e o ácido sulfúrico (98
%) foram fornecidos pela Rochelle Chemicals. Peróxido de hidrogénio (30 %) fornecido pela
Fluka e ácido nítrico (55 %) fornecido pela Glassworld.
III.1.3.Equipamentos
As mostras usadas para o trabalho foram adiquiridas na fábrica de frango fumado inserida
numa residência localizada no bairro do Choupal próximo á escola primária 25 de Junho,
município de Maputo com latitude 25º 54ʹ 27.0ʹʹS e longitude 32º 34ʹ 20.4ʹʹE, distrito de
Kamavotha durante o mês de Março de 2019 (Figura 1).
Alimentação e criação dos frangos até atigirem a idade de abate (30 dias);
Seleção dos frangos para o abate;
Abate, evisceração e lavagem dos frangos;
Embalagem e congelamento.
Recepcionar amostras;
Codificar amostras;
Registar a quantidade de amostras recebidas.
Preparação da salmoura;
Cura dos frangos á temperatura específica;
Lavagem final dos frangos.
Actualmente a fábrica não possui laboratórios próprios para análises físicas, químicas,
microbiológicas e sensoriais, assim sendo estudos estão sendo desenvolvidos em laboratórios
nacionais acreditados para aceitação do produto no mercado.
Química de Águas;
Microbiologia de Águas.
Química de Alimentos;
Microbiologia de Alimentos.
A B
Colheita da amostra no
Descongelamento (água fervida e Limpeza e desinfecção
aviário.
arrefecida). do fumeiro.
Figura 5: Imagem do frango fresco inteiro. Figura 6: Imagem do frango fumado inteiro.
A B C
A B C
Todas as análises foram feitas em triplicata usando as regras descritas pela AOAC (2000).
III.3.1.Determinação de humidade.
Em placa de petri previamente limpa, seca e de peso conhecido, colocou - se cerca de 5 g da
amostra humida e secou - se em estufa por um período de 2 hr a uma temperatura de 105 ± 5
ºC. De seguida arrefeceu - se no exsicador por 30 min e pesou - se. O teor de humidade foi
determinado a partir da Equação 1:
m−m1
% Humidade = x 100
m
2º - Destilação
As soluções contidas nos tubos de Kjeldhl anteriormente arrefecidos são diluídas com água
destilada perfazendo um volume de 75 ml da solução final que em seguida é filtrada em
balões de fundo redondo. Da solução filtrada medem se 25 ml para o frasco de destilação e
adicionam se 25 ml de NaOH. O frasco de destilação conecta - se a um elenmeyer de 250 ml
contendo 10 ml de H3BO3 a 2 % + 2 gotas do indicador misto. Durante destilação, a solução
3º - Titulação
Titulou - se a solução recolhida no elenmeyer durante a destilação com HCl a 0,02 N. O fim
da titulação foi dada pelo desaparecimento da cor verde dando origem à cor rosa. Realizou -
se também o ensaio em branco no qual é feita a determinação sem o uso da amostra. O teor de
proteína foi determinado a partir do teor de nitrogénio total multiplicado pelo factor de
conversão 6,25 como ilustram as Equações 2 e 3.
Vi
( A−B ) x t x 14 x x 100
Vp
%N=
1000 x P
% PB = %N x 6,25
Onde:
m2 −m
% cinzas ¿ x 100
m1−m
Onde:
Determinação de minerais
Os minerais Fe e P foram determinados usando a espectrometria de absorção molécular no
ultravioleta e visível, o Ca por volumetria de precipitação, o K e Na por fotometria de chama.
[ x ]∗0,0625
% P= x 100
m
Onde:
Pesou - se cerca de 6 g da amostra e fez se o procedimento das cinzas (ver item 3.5.4). De
seguida dissolveram se as cinzas no cadinho com 40 ml de ácido clorídrico diluído 1:1 e
transferiu - se o conteúdo do cadinho para um copo de precipitação de 250 ml. Lavou - se
duas vezes com 20 ml de água destilada, adicionou - se as águas de lavagem à solução contida
no copo e acrescentou - se mais 20 ml de água destilada. Adicionou - se algumas gotas de
ácido nítrico concentrado, misturou - se e ferveu - se por 30 min em uma placa de
aquecimento. Arrefeceu - se e filtrou - se a solução para um balão volumétrico de 100 ml e
perfez - se o volume com água destilada.
[ X ] x F .dil x 100 x 4
Teor de Fe (mg/100g) =
m
Onde:
[ X ]∗F . dil
Teor de K (mg/100g) =
m
Onde:
[ X ]∗F . dil
Teor de Na (mg/100g) =
m
Onde:
( V −V ) × N × 200× F . dil
Teor de Ca( mg/100 g)=
m
Onde:
a) Hipótese nula (H0): as médias de todas as amostras não diferem significativamente (p >
0,05);
b) Hipótese alternativa (Ha): pelo menos uma média difere significativamente das outras
(p < 0,05).
Humidade
75.13 73 74.4
56.6
53.33
47.4
Os valores de humidade encontrados para carne de peito de frango fresco estão de acordo com
os referenciados por Roça (2007), e por Rosa et al., (2005), que sugerem cerca de 75,0 % e
74,84 % de água para o peito de frango fresco. Em relação à coxa o valor de humidade obtido
neste trabalho está próximo do citado por Roça (2007), que menciona o valor em torno de
74,7 % de água para coxas de frango fresco.
Após o processo de cura e fumagem do frango e de acordo com a Figura 11 pode observar - se
uma redução significativa (p < 0,05) no teor de humidade, passando de 75,13 para 56,60 %;
73,00 para 47,40 %; e 74,40 para 53,33 %; para peito, sobrecoxa e coxa de frango fumado
respectivamente. Esses teores de humidade obtidos estão abaixo dos encontrados por Morais et
al., (1996); e Gonçalves & Cezarini (2008), em seus estudos. Os mesmos estípularam seus teores
em torno de 65 %.
Gonçalves & Prentice - Hernández (1998); e Ribeiro (2000), explicam essa redução de
humidade em produtos fumados como sendo decorrente do processo de desidratação e
lixiviação de lipídios do músculo que ocorre durante a fumagem. Entretanto, essa perda de
água observada não constitue problema para o produto uma vez que quanto menor humidade o
produto apresentar melhor a sua conservação. Considerou - se no estudo estes valores
apresentados de humidade como sendo aceitáveis para produto em causa.
Proteínas
24.85
17.21
peito. No geral o valor citado por Roça (2007), e o determinado por Aguiar (2006), superam o
valor obtido neste estudo na carne fresca do peito de frango em torno de 22,80 %.
Em relação ao peito curado e fumado o valor de proteínas obtido está abaixo do determinado
por Volpato (2005) com cerca de 27,05 %, e encontra - se acima do citado por Ferreira (2003)
na pesquisa em linhas de produção de salsicha de frango da perdigão curado e fumado, que
encontrou cerca de 14,50 %.
O facto de que a o valor final de percentagem em proteína supera o valor da mesma analise
para a carne fresca é explicado por Gonçalves & Cezarini (2008); e Ribeiro (2000) que
indicam à perda excessiva de humidade que acaba por concentrar os demais nutrientes; e de
acordo com Xargayó et al., (2009), Medynski et al., (2000); Martin (2001), as proteínas da
carne podem aumentar até duas vezes em presença das concentrações de sal utilizado no
processamento.
Gorduras
9.33
1.6
O teor de gorduras obtido para carne fresca esteve em torno de 1,60 %, sendo este valor
inferior ao determinado por Torres et al., (2000) em seu trabalho com alimentos de origem
animal, obtendo cerca de 3,0 % para peito de frango fresco. No que respeita ao frango curado
e fumado, já era de se esperar um aumento significativo (p < 0,05) no seu teor como pode - se
ler na Figura 13, o seu valor esteve em torno de 9,33 % de gorduras para carne de peito do
frango fumado.
Baptista et al., (2006); e Angelini (2011), em seus estudos com salsichas de frango curado e fumado
determinaram teores superiores aos econtrados no presente trabalho. Os mesmos que estípularam
seus teores em torno de 12,46 % e 11,56 %. Contudo, este facto não constitue problema para o
produto em causa uma vez que actualmente os pesquisadores buscam cada, vez mais
desenvolver produtos “light” visando alimentos com elevado valor proteíco e baixos níveis
gorduras. Assim sendo, Considerou - se no estudo estes valores apresentados de gorduras como
sendo aceitáveis para produto em causa.
Importa realçar que o teor de gordura é muito importante para o processo de fumagem, carnes
considerados gordos (acima de 10 % de gorduras) são os mais indicados, devido ao facto de
que esse teor de gordura da músculatura interfere no aroma e sabor do fumado (Nunes, 1999).
Geromel & Forster (1982) afirmam que a gordura da carne actua como absorvedor das
substâncias aromáticas presentes na fumaça.
Neste estudo por limitações financeiras só foi possível se determinar o teor das proteínas e
gorduras só no músculo do peito.
Cinzas
5.38 5.61
3.67
2.38
2.04
1.22
Pela Figura 14 observa - se que os teores mais elevados de cinzas registaram - se nos
músculos das coxas e sobrecoxas. De acordo com Souza et al., (2004), o teor de cinzas é
influênciado pelo esqueleto ósseo do animal e sendo as sobrecoxas e coxas regiões onde
localizam - se os ossos mais longos do animal justificam se os maiores teores obtidos. Ainda
na Figura 14 observa - se que a cura e fumagem do frango causaram aumentos significativos
(p < 0,05) no seu teor ao passar de 1,22 para 3,67 %; 2,04 para 5,38 %; e 2,38 para 5,61 %
respectivamente para peito, sobrecoxa e coxa de frango fresco e fumado.
De acordo com Ersoy & Özeren (2009), existe uma relação inversa entre o teor de água e de
outros componentes nutricionais presentes na carne, Por outro lado Gonçalves & Prentice -
Hernández (1998), acrescentam que o aumento observado no teor de cinzas ocorre devido à
desidratação e à absorção de cloreto de sódio no músculo, durante o processo da salmouragem
para a fumagem.
Segundo esses valores do R2 pode se concluir que as curvas de calibração para os minerais
apresenta uma boa linearidade, pois, de acordo com Currie & Svehla (1994), a linearidade do
gráfico é satisfatória quando o coeficiente de correlação da recta obtida não é estatísticamente
diferente da unidade, considerando - se: 0,61 < R < 0,91 correlação forte e positiva.
Sódio
2273.56
1856.35 1799.96
Todos os cortes músculares do frango fumado possuem teores de sódio elevado (2273,56 mg /
100g; 1856,35 mg / 100g; 1799,96 mg / 100g) em relação ao frango fresco (392,47 mg / 100g;
Relativamente ao teor obtido para carne do peito de frango fumado, pode constactar - se que
excede ligeiramente o limite estípulado pela OMS (2015) para o consumo máximo diário de
sódio nos alimentos que está em torno de 2000 mg / 100g.
Potássio
992.29
564.07 592.62
416.5
293.16 310.78
F. fresco F.fumado
O potássio foi o segundo míneral afectado significativamente (p < 0,05) pelo processo de cura
e fumagem. Segundo a Figura 16 pode observar - se que as sobrecoxas registaram os menores
teores em relação às coxas e peito. Razões para essas variações provavelmete estejam
relacionadas à composição interna do próprio animal no que respeita a distribuição dos
nutrientes a nível corporal.
músculo do peito, sobrecoxa e coxa de frango fresco e fumado. Esses aumentos observados na
carne provavelmente sejam devidos à absorção do sal de cozinha que contém potássio durante
a salmoragem que ocasiona a diminuição da humidade, e aumenta a concentração de potássio
na amostra.
Esses resultados obtidos estão abaixo do citado por Ogunmola et al., (2013), que refere - se
cerca de 4700 mg / 100g de potássio para ingestão diária. Portanto, estes resultados podem ser
cosiderados para ingestão humana não excedendo o limite de consumo.
Ferro
25.57
9.07
13.38
7.95
2.51
3.82
Peito
S. coxa
Coxa
F. fresco F.fumado
O ferro foi o míneral que igualmente registou aumentos significativos (p < 0,05) no seu teor
após o processamento de 9,07 para 25,57 mg / 100g; 2,51 para 7,95 mg / 100g; 3,82 para
13,38 mg / 100g; respectivamente para músculo do peito, sobrecoxa e coxa de frango fresco e
fumado como ilustra a Figura 17. Razões por detraz destes aumentos se relacionam á dois
factores, um deles é a diminuição da humidade que leva à concentração de ferro na amostra,
além disso, para o preparo da salmoura utilizou - se sal de cozinha que possui ferrocioneto de
sódio em sua composição que se adiciona ao sal para evitar a aglomeração do próprio sal
(Adrade, 2015).
Fosfóro
40.6
35.74 35.39
22.19
11.67 10.15
F. fresco F.fumado
Outro mineral quantitativamente mais importante foi o fósforo. Após o tratamento o seu teor
reduziu significativamente (p < 0,05) como se pode observar na Figura 18 de 40,60 reduziu
para 22,19 mg / 100g; 35,74 reduziu para 11,67 mg / 100g; 35,39 reduziu para 10,15 mg /
100g; respectivamente para músculo do peito, sobrecoxa e coxa de frango fresco e fumado.
Cálcio
15.64
11.86
10.31
8.04
4.44 4.04
O cálcio também reduziu seu teor após cura e fumagem (Figura 19) de 15,64 para 8,04 mg /
100g; 11,86 para 4,44 mg / 100g; 10,31 para 4,04 mg / 100g; respectivamente para músculo
do peito, sobrecoxa e coxa de frango fresco e fumado. Observa - se nos resultados obtidos
uma diferença significativa (p < 0,05) entre as duas carnes (fresca e processada).
Razões por detraz desta redução pode dever - se à volatilidade dos elementos minerais a altas
temperaturas durante a fumgem, e por outro lado Roça (2006b) relata a possibilidade de
alguns sais poderem sofrer redução ou volatilização durante o aquecimento para obtenção de
cinzas.
V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
V.1. Conclusões
Fez - se a determinação da composição físico - química do frango broiler fresco e
fumado mediante a determinação dos parâmetros: humidade, proteínas, gorduras,
cinzas e minerais (Ca, Na, K, P e Fe) que são essênciais na dieta alimentar pelos
benefícios que estes nutrientes trazem ao orgânismo.
Com o processo de cura e fumagem houve alterações significativas na composição
centesímal das amostras, ocorrendo perdas de humidade e consequente aumento na
concentração dos teores de proteína bruta, gorduras e cinzas.
No que concerne aos minerais o tratamento do frango por cura e fumagem causou o
aumento significativo do teor de sódio, potássio e ferro pela absorção do sal e perda de
água pela carne, enquanto o fósforo e cálcio sofreram uma redução após tratamento.
Considerando a qualidade fisico - quimíca com base nos resultados obtidos,
demonstrou - se que o frango fumado é recomendavel para o consumo humano tendo
um valor acrescentado quando comparado ao frango fresco.
V.2. Recomendações
Recomenda - se a fábrica do frango fumado que reduza a quantidade de sal adicionado
à salmoura para evitar consumo excessivo do mesmo que pode ocasionar
complicações de saúde; e se possível pesquisar outros tipos de sais em substituição ao
cloreto de sódio.
Recomendar aos produtores e comerciantes do frango no mercado nacional que
aderem a estas novas formas de apresentação do produto como forma de
diversificação para competir no mercado.
Recomenda - se que se desenvolvam mais estudos da aplicação da cura e fumagem em
mais amostras de carne e peixe, pois trata - se de uma técnica tradicional que se aplica
há muitos anos na conservação de alimentos, mas poucos são os estudos da sua
composição físico - química.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. A.O.A.C. (2000). Official methods of analysis. Association of Official Analytical
Chemistry. (17a ed.), Gaitherbourg.
2. ADICON - Indústria e Comércio de Aditivos Ltda. (1996). SMOKEZ - Peixes e Frutos
do Mar (Defumação - Mariscos, peixes e alimentos marinhos). São Bernardo do
Campo: ADICON Boletim Técnico. 7pp.
3. Aguiar, A. P. S. (2006). Opinião do consumidor e qualidade da carne de frangos
criados em diferentes sistemas de produção. Dissertação de Mestrado em Tecnologia
de Alimentos. Escola Superior de Agricultura Luís de Queiroz, piracicaba. 70pp.
4. AMA- Associação Moçambicana de Avicultores. (2015). Relatório de produção.
Matola. pp.2-21.
5. Andrade, D. C. (2015). Determinação das propriedades físico-químicas na obtenção e
processamento de sal tipo: peneirado, grosso, triturado, moído e extrafino. Relatório de
Estagio. Centro de tecnologia - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.
29pp.
10. Bower, C. K., Hietala, K. A., Oliveira, A. C. M. & Wu, T. H. (2009). Stabilizing Oils
from Smoked Pink Salmon (Oncorhynchus gorbuscha). Journal of Food Science.
Volume 74o (3). pp. 248-257.
11. Bressan, M. C., Oda, S. H. I., Faria, P. B., Rodrigues, G. H., Miguel, G. Z.,VIEIRA, J.
O. & Martins, F. M. (2001). Produtos cárneos curados e defumados: mais sabor e
maior valor agregado. Universidade Fideral de Lavras, Minas Gerais. Acedido em 4
Abril de 2019, em: http://www.editora.ufla.br/BolExtensao/pdfBE/bol_76.pdf.
12. Costa, A. M. L., Gonçalves, N. A. V., & Oliveira, F. C. (2013). Teor de sódio em
biscoitos, enlatados e embutidos. Revista Interdisciplinar. Volume 6 .n. 3, pp. 152-159,
13. Currie, L. A. & Svehla, G. (1994). Nomenclature for the presentation of results of
chemical analysis. Pure and Applied Chemistry, 66 (3): 595 - 908.
14. Ersoy, B. & Özeren, A. (2009). The effect of cooking methods on mineral and vitamin
contents of African catfish. Food Chemistry, 115: 419 – 422.
15. Fantini, A. P., Canniatti-brazaca, S. G., Souza, M. C. & Mansi, D. N. (2008).
Disponibilidade de ferro em misturas de alimentos com adição de alimentos com alto
teor de vitamina C e de cisteína. Ciênc. Tecnol. Aliment.
16. FAO. (2001). Human Vitamin and Mineral Requirements. In: Report 7th Joint
FAO/OMS Expert Consultation. Bangkok, Thailand.
17. Feiner, G. (2006). Meat Products Handbook: Pratical science and technology.
Cambrige: CRC Press.
18. Ferreira, M. F. (2003). Avaliação Físico-Química de Salsichas Tipo Viena com
Substituição de Gordura Animal por Óleo de Girassol. Brazilian Journal Food
Technology, 6º Volume, n.1, pp.1 - 7.
19. Figueredo, P. (2009). Introdução à Química Alimentar. 1ªedição. pp. 26-27.
20. Geraldo, A.; Bertechini, A. G.; Brito, J. A. G.; Kato, R. K. & Fassani, E. J. (2006).
Níveis de cálcio e granulometrias do calcário para frangas de reposição no período de 3
a 12 semanas de idade. Revista Brasileira de Zootecnia. Volume 35 (1). pp. 113 -118.
21. Geromel, E.J. & Forster, R.J. (1982). Princípios fundamentais em tecnologia do
pescado. São Paulo: Secretaria da Indústria e Comércio, Ciência e Tecnologia, n. 11.
127pp. (Série Tecnologia Agroindustrial).
22. Gil, M., Guerrero, L. & Sárraga, C. (1999). The effect of meat quality, salt and ageing
time on biochemical parameters of dry – cured Longissimus dorsi muscle. Meat
Science. 51o volume. pp. 329 -337.
23. Gonçalves, A. A. & Cezarini, R. (2008). Agregando valor ao pescado de água doce:
Defumação de Filés de Jundiá (Rhamdia quelen). Repesca – Revista Brasileira de
Engenharia de Pesca, Recife, PE, UFRPE/UEMA. 3º Volume, (2). pp. 63 - 79.
24. Gonçalves, A.A. & Prentice-hernández, C. (1998). Fumaça líquida: uma tecnologia
para defumar pescado. Boletim SBCTA, 32º Volume, n.2, pp.189 - 199.
25. Gonzalez, F. H. D. (2001). Composição bioquímica do leite e hormônios de lactação.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Veterinária.
26. He, F. J. & Macgregor, G. A. (1999). Potassium intake and blood presure. American
Journal of Hypertension, 12: 849-851.
27. Hendler, S. S. (2006). A Enciclopédia de Vitaminas e Minerais, Rio de Janeiro:
Campus.
29. Kramlich, W.E., Pearson, A.M. & Tauber, F.W. (1973). Processed Meats. Connecticut:
The Avi Publishing Company.
30. LANAGRO - Laboratório Nacional Agropecuário. (2013). Determinação de Nitrogênio
em Cortes de Aves por Método Kjeldahl. pp. 1 – 5.
31. Lawrence, T.E., Dikeman, M.E., Hunt, M.C., Kastner, C.L. & Johnson, D.E. (2003).
Staged injection marination with calcium lactate, phosphate and salt may improve beef
water – binding ability and palatability traits. Meat Science. 65o Volume. Pp. 967 –
972.
32. Machado, D. D. G. (2007). Cadeia produtiva da avicultura - situação e perspectivas.
Brasil: Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura. 142 pp. (Informe
Agronegócio, 3).
33. Magaia, C. C. (2017). Salga e fumagem como forma de diversificação dos derivados da
carne de frango. Dissertação de Mestrado em Tecnologia de Alimentos. Faculdade de
Engenharia – Universidade Eduardo Mondlane, Maputo. 104pp.
34. Marques, H. L. (2002). Fase a Fase – nutrição. Avicultura Industrial. Acedido em 5 de
Abril de 2019, em: http//www.aviculturaindustrial.com.br.
35. Martin, M. (2001). Meat curing technology. In: Hui, Y.H. Meat Science Applications.
New York: Marcel Dekker Incorporate. pp. 491 – 505
36. Medynski, A., Pospiech, E. & Kniat, R. (2000). Efect of various concentration of latic
acid and sodium chloride on selected physic – chemical meat traits. Meat Science, 55 o
Volume. pp. 258 – 290.
37. Monteiro, T. H. & Vannucchi, H. (2010). Funções plenamente reconhecidas de
nutrientes: Fósforo. International life sciences institute do Brasil, São Paulo – Brasil.
Volume 15, pp. 1 -20.
38. Morais, C., Machado, T. M., Tavares, M., Takemoto, E. Yabiku, H. Y. & Martins, M.
S. (1996). Defumação líquida da truta arco-íris (Onchorhyncus mykis): Efeitos do
processamento e da estocagem nas propriedades físicas, químicas e sensoriais. Revista
do Instituto Adolfo Lutz. Volume 56º (2). pp. 43-48.
39. Ninivaara, F. P. & Antila, P. (1973). Valor nutritivo de la carne, Teoria y pratica.
Zaragoza: Acribia.
40. Nogueira, A. R. A. & Souza, G. B. (2005). Manual de Laboratórios: Solo, Água,
Nutrição Vegetal, Nutrição Animal e Alimentos. Embrapa Pecuária Sudeste, São
Paulo. 334pp.
41. Nunes, M.L. (1999). Defumação. In: Ogawa, M. & Maia, E.L. (Eds.) Manual de Pesca
– ciência e tecnologia do pescado. São Paulo: Varela. 1º Volume, pp.300 - 306.
42. Ogunmola, O. O., Taiwo, O .F. & Ayankoso, A. S. (2013). The Nutritive Value of the
Meat Quality of Locally Breed Chicken, Exotic Chicken and Turkey. IOSR Journal of
Applied Chemistry (IOSR-JAC). Volume 3, (6). PP. 46-50
43. Oliveira, A. F. R. (2015). Análise de produtos agroalimentares, utilizando técnicas
espectrofotométricas. Dissertação mestrado em química. Universidade de Porto, Porto.
108pp.
44. Oliveira, M. S. R.; Franzen, F. L.; & Terra, N. N. (2014). Utilização da carne
mecanicamente separada de frango para a produção de hidrolisados proteicos a partir
de diferentes enzimas proteolíticas. Semina: Ciencias agrarias, Londrina. Volume 35º
(1). pp. 291-302.
45. Olivo, R. (2006). O mundo do frango: Cadeia produtiva da carne de frango. Criciúma:
Ed. do Autor.
46. OMS. (2015). Organização Mundial da Saúde. Acedido em 27 de Junho de 2019, em:
http//www.paho.org5142c478-ab50-4856-8939-a7a491756f48.
47. Oppewal, O., Alberto, C. & Nhabinde, V. (2016). Estudo Sectorial: Cadeia de Valor do
Frango em Moçambique. Ministério da Economia e Finanças - IGC. Maputo.
48. Ordóñez, J. A., Rodriguez, M. I. C., Álvarez, L. F., Sanz, M. L. G., Minguillón, G. D.
G. F., Perales, L. H. & Cortecero, M. D. S. (2005a). Tecnologia de Alimentos:
Componentes dos Alimentos e Processos. 1ª Edição, Artimed. Porto Alegre. pp. 43 - 44
49. Ordóñez, J. A., Rodriguez, M. I. C., Álvarez, L. F., Sanz, M. L. G., Minguillón, G. D.
G. F., Perales, L. H. & Cortecero, M. D. S. (2005b). Tecnologia de Alimentos: Origem
Animal. 2ª Edição, Artmed. Porto Alegre. pp. 131 -171.
50. Palma, S.F. (2008). Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos em produtos cárneos
fumados. Segurança alimentar. 5ª Edição: pp. 41- 43.
51. Pardi, M.C., Santos, I.F., Souza, E.R. & Pardi, H.S. (2005). Ciência, higiene e
tecnologia da carne. 2ª Edição, Editora da UFG. Goiânia.
52. Ribeiro, S.C.A. (2000). Secagem e defumação líquida de filé de peixe matrinchã
(Brycon cephalus). Dissertação de Mestrado em Engenharia de Alimentos.
Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 101pp.
53. Roça, R. O. (2006a). Composição Química da Carne. Botucatu: Departamento de
Gestão e Tecnologia Agroindustrial. Universidade Estadual Paulista. Acedido em 28 de
Maio de 2019, em: http://www.pucrs.campus2.br/~thompson/Roca102.pdf Acesso em
28/05/19.
54. Roça, R. O. (2006b). Desenvolvimento de método para avaliação da absorção de água
em carcaças e cortes de frangos. Botucatu: Universidade Estadual Paulista. 10p.
55. Roça, R. O. (2007). Apostila de Tecnologia de Carnes e Derivados. Universidade
Estadual de São Paulo - UNESP.
56. Roça, R. O. (2011). Cura de carnes. Departamento de Gestão e Tecnologia
Agroindustrial. Universidade Estadual Paulista ‟Júlio de Mesquita filho”. São Paulo
-Brazil. pp. 1-15. Acedido a 22 de Maio de 2019, em:
http://www.dag.uem.br/prof/ptmpintro/material/3b/carne/comp_quimica.pdf.
57. Rosa, F. C., Bressan, M. C. & Bertechini, A. G., Fassani, E. J., Vieira, J.O., Faria, P.B.
& Savian, T. V. (2005). Effect of cooking methods on carcass chemical composition
and cholesterol of poultry breast and thight meat. Ciência e Agrotecnologia -
Universidade Fideral de Lavras, Minas Gerais. 30º Volume, (4). Pp. 707 – 714.
http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S010120612000000200003&lng=en&nrm=iso.
68. Tristão, M.L. (2011). Produção de defumados. A fumaça, juntamente com os temperos,
confere gosto característico e saboroso. Universidade On-line de Viçosa. Associação
Brasileira de Educação a Distância. Acedido em 5 de Julho de 2019, em:
http://www.portalagropecuario.com.br/agricultura/agroindustria.processamento-de-
carne/producao-de-defumados/.
69. USDA. (1997). United States Department of Agriculture. Food and Nutrition Board.
Dietary Reference Intakes for Calcium, Phosphorous, Magnesium, Vitamin D, and
Fluoride. Washington, DC: National Academy Press.
70. Valsta, L. M., Tapanainen, H. & Männistö, S. (2005). Meat fats in nutrition, Review.
Meat Science, 70o Volume. pp. 525 - 530.
71. Volpato, G. (2005). Optimização do processamento do peito de frango cozido.
Dissertação de Mestrado em Engenharia de Alimentos. Universidade Federal Santa
Catarina, Florianopolis, 122pp.
72. Xargayó, M., Lagares, J., Fernándes, E., Borrel, D. & Juncá, G. Una solución definitive
para mejorar La textura de La carne. Departamento Tecnológicode Metalquimia.
Acedido a 14 de Junho de 2019, em: http://www.metalquimia.com/.
ANEXOS
0.6
0.5
f(x) = 0 x + 0.01
0.4 R² = 1
Absorvancia
0.3
0.2
0.1
0
0 50 100 150 200 250 300
Concentração (mg / L)
Figura A 1.1:
0.35
0.3
f(x) = 5.93 x + 0
0.25 R² = 1
Absorvancia
0.2
0.15
0.1
0.05
0
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06
Concentração (mg / L)
120
100
f(x) = 0.99 x + 2.8
80 R² = 0.99
Absorvancia
60
40
20
0
0 20 40 60 80 100 120
concentração (mg / L)
120
100
f(x) = 5.04 x + 1.96
80 R² = 1
Absorvancia
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25
concentração (mg / L)
Abaso
Amostra PA r [x] [P] Media SD RSD
Fresca N (g) mg/100g (%)
1 3 0,126 58,8 40,83
Peito 2 3 0,125 58,3 40,49 40,60 0,20 0,00
3 3 0,125 58,3 40,49
1 3 0,111 51,3 35,62
Sobrecox
a 2 3 0,110 50,8 35,28 35,74 0,53 1,00
3 3 0,113 52,3 36,32
1 3 0,110 50,8 35,28
Coxa 2 3 0,111 51,3 35,62 35,39 0,20 1,00
3 3 0,110 50,8 35,28
Onde: PA – peso da amostra, [x] – concentração da amostra na curva de calibração, [P] – concentração de fósforo na
amostra, SD – desvio padrão, RSD – desvio padrão relativo.
Abso [Na+]
Amostra PA r [x] mg/100 F. Media SD RSD
Fresca n (g) g diluição (%)
1 6 26 17,45 392,47
Peito 2 6 26 17,45 392,47 10 392,47 0,00 0,00
3 6 26 23,54 392,47
1 6 22 19,48 324,80
Sobrecoxa 2 6 22 19,48 324,80 10 324,80 0,00 0,00
3 6 22 19,48 324,80
1 6 20 17,45 290,97
Coxa 2 6 20 17,45 290,97 10 290,97 0,00 0,00
3 6 20 17,45 290,97
Onde: PA – peso da amostra, [x] – concentração da amostra na curva de calibração, [Na +] – concentração de
potássio na amostra, SD – desvio padrão, RSD – desvio padrão relativo.
24,6
0,30 0,02 14,40 0,30 3,95 8
3
Onde: n – réplica, PA – peso da amostra, [HCL] – concentração de HCL a 0,02 N, V. HCL – volume do HCL, V. Br
– Volume do branco, N % - percentagem de nitrogénio, PB % - percentagem de proteína bruta, SD – desvio padrão,
RSD – desvio padrão relativo.
Abso
Amostra PA r [x] [Na+] F. Media SD RSD
Fumada n (g) mg/100g diluição (%)
1 6 70 68,20 2273,64
Solução mãe de potássio 1000 mg/L: pesou - se 1,907 g de cloreto de potássio seco a 110 oC e
diluiu - se em 1000 mL de água destilada.
Solução mãe de ferro 1000 mg/L: dissolveu - se 1,728 g de sulfato de amónio férrico hidratado
recristalizado Fe2(SO4)3(NH4)2SO4.24H2O (peso molecular = 482,2). Juntou - se 5 ml de ácido
sulfúrico (H2SO4) 36 N e perfaz - se o volume para 1000 ml com água destilada.
Solução tampão pH 10: dissolveu - se 67,5 g de cloreto de amónio em água, acrescentando 570
ml de amónia concentrada, 0,63 g de sulfato de magnésio e 0,95 g de sal dissódico do EDTA,
completando o volume até 1 l.
Preparação do ácido bórico a 2%: Pesou - se 40 g de ácido bórico e dissolveu - se o ácido num
balão de 1000 ml, e perfez - se o volume com água destilada. De seguida, adicionou - se 6 gotas
do indicador Tashiro e homogeneizou - se agitando a mistura.
Peito de frango
Teor de humidade
Fonte da variação SQ gl MQ F Valor - P F crítico
Entre grupos 515,23 1,00 515,23 909,22 0,00 7,71
Dentro dos grupos 2,27 4,00 0,57
Teor de proteínas
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 87,55 1,00 87,55 1.765,21 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,20 4,00 0,05
Teor de gordura
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 89,71 1,00 89,71 3.364,00 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,11 4,00 0,03
Teor de cinzas
Teor de fósforo
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 508,21 1,00 508,21 12.806,59 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,16 4,00 0,04
Teor de ferro
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 408,54 1,00 408,54 3.839,06 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,43 4,00 0,11
Teor de cálcio
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 86,64 1,00 86,64 2.197,13 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,16 4,00 0,04
Teor de potássio
valor- F
Fonte da variação SQ gl MQ F P crítico
Entre grupos 497.301,19 1,00 497.301,19 65.535,00 0,00 7,71
Dentro dos grupos - 4,00 -
Teor de sódio
Fonte da valor-
variação SQ gl MQ F P F crítico
Entre grupos 5.308.200,85 1,00 5.308.200,85 65.535,00 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,00 4,00 0,00
Sobrecoxa de frangos
Teor de humidade
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 983,04 1,00 983,04 4.915,20 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,80 4,00 0,20
Teor de cinzas
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 16,83 1,00 16,83 836,11 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,08 4,00 0,02
Teor de fósforo
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 869,29 1,00 869,29 2.274,93 0,00 7,71
Dentro dos grupos 1,53 4,00 0,38
Teor de ferro
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 44,34 1,00 44,34 416,63 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,43 4,00 0,11
Teor de cálcio
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 86,64 1,00 86,64 1.958,70 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,18 4,00 0,04
Teor de potássio
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Teor de sódio
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 3.518.468,10 1,00 3.518.468,10 18.435,04 0,00 7,71
Dentro dos grupos 763,43 4,00 190,86
Coxas de frangos
Teor de humidade
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 665,71 1,00 665,71 4.538,91 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,59 4,00 0,15
Teor de cinzas
Fonte da
variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 15,62 1,00 15,62 325,92 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,19 4,00 0,05
Teor de fósforo
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 955,33 1,00 955,33 5.997,70 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,64 4,00 0,16
Teor de ferro
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 137,19 1,00 137,19 859,47 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,64 4,00 0,16
Teor de cálcio
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 58,84 1,00 58,84 1.784,96 0,00 7,71
Dentro dos grupos 0,13 4,00 0,03
Teor de potássio
ANOVA factor único
Fonte da variação SQ Gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 314.508,11 3,00 104.836,04 3.215,00 0,00 4,07
Dentro dos grupos 260,87 8,00 32,61
Total 314.768,98 11,00
Teor de sódio
ANOVA factor único
Fonte da variação SQ Gl MQ F valor-P F crítico
17.586,6
Entre grupos 6.293.522,79 3,00 2097840,93 5 0,00 4,07
Dentro dos grupos 954,29 8,00 119,29
Total 6.294.477,08 11,00