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necessidades mais básicas.

Qualquer que tenha sido a intenção original, eles


transformaram o sábado numa inconveniência opressiva. Pior ainda, seu
sistema rígido se tornou um ponto do qual eles se orgulhavam muito, e se
transformou em uma arma de abuso para atormentar as outras pessoas. O dia
de “descanso” se tornou uma das experiências mais desgastantes em uma
longa lista de “fardos pesados” que os fariseus pretendiam colocar sobre os
ombros de outras pessoas (Mateus 23:4).
No Antigo Testamento, a observância do sábado nunca pretendera ser um
fardo; pretendia ser o exato oposto: “uma delícia” (Isaías 58:13) e uma trégua
para pessoas cansadas. Os mandamentos canônicos em relação ao sábado
eram definidos completa e meticulosamente. O sétimo dia era reservado
como um lembrete gracioso e semanal de que a humanidade é chamada para
participar do descanso do Senhor (Hebreus 4:4-11). As Escrituras
introduzem esse tema logo no início. É a coroa da história da Criação: “Assim
foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há. No sétimo dia Deus
já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Abençoou Deus o
sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara
na criação” (Gênesis 2:1-3, grifos do autor).
A progressão dos verbos nesse texto é significativa. Quando Deus
completou sua obra criativa, ele descansou, não porque precisasse de descanso
ou alívio, mas porque sua obra estava terminada.* Então declarou que o
sábado era sagrado, como um favor para a humanidade. O trabalho é uma
labuta. Isso é um resultado da maldição que o pecado da humanidade trouxe
sobre toda a criação (Gênesis 3:17-19). Além do mais, um homem entregue a
si mesmo descobrirá que ele “trabalha sem parar” (Eclesiastes 4:8). O sábado
é uma celebração da obra terminada do Senhor, e toda a humanidade é
encorajada a participar do descanso do Senhor. Essa verdade foi ilustrada pela
primeira vez pelo descanso do próprio Deus no último dia da semana da
Criação. Mas a glória plena do sábado foi revelada na obra terminada de
Cristo (João 19:30).**
O sábado é, portanto, de importância vital na história bíblica de redenção.
Ele deveria servir como lembrete semanal da graça de Deus, que sempre
contrasta com a obra humana.
A Lei de Moisés incluía uma série de preceitos relacionados à observância
do sábado. Mas o mandamento primário de lembrar e santificar o sábado é o

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