aristocratas.

Eles haviam feito a viagem de quatro dias de Jerusalém até a

Galileia, aparentemente, apenas para encontrar alguma falha em Jesus.
Lembre-se: segundo Mateus 12:14, eles já estavam tramando secretamente a
sua destruição. Esta era a fase inicial da conspiração que finalmente
culminaria na sua morte na cruz.
A cura imediata desse possuído na frente de uma multidão de testemunhas
oculares era claramente um impedimento para a estratégia dos fariseus. As
pessoas já estavam reagindo com surpresa e maravilha, dizendo em voz alta:
“Não será este o Filho de Davi?” (Mateus 12:23). A multidão parecia estar
prestes a fazê-lo seu rei (cf. João 6:15).
Os líderes fariseus responderam rapidamente: “É somente por Belzebu, o
príncipe dos demônios, que ele expulsa demônios” (Mateus 12:24).
Este foi o momento exato em que tudo mudou. O que segue
imediatamente em Mateus 12 é um discurso sucinto que culmina nessa
advertência referente ao pecado imperdoável: “Todo aquele que disser uma
palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas quem falar contra o
Espírito Santo não será perdoado, nem nesta era nem na era que há de vir” (v.
32).

O pecado imperdoável

Como sempre, as palavras de Jesus precisam ser lidas com atenção. Ele não
estava dizendo que toda e qualquer blasfêmia que invocasse o nome do
Espírito Santo era imperdoável. Não estava anunciando que existe alguma
categoria ampla, definida de modo ambíguo de transgressões imperdoáveis, e
que precisamos viver com medo de falar palavras em um momento de
descuido ou falta de atenção que nos colocariam para sempre fora do alcance
da graça divina. Na verdade, Jesus disse, especificamente: “Todo pecado e
blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não
será perdoada” (Mateus 12:31). Por isso, sua advertência solene sobre este ato
extraordinário de blasfêmia imperdoável foi antecedida por uma declaração
compreensiva que declara que qualquer outro tipo imaginável de “pecado e
blasfêmia” é perdoável.
Naturalmente, Jesus não estava dizendo que o pecado de qualquer pessoa é
automaticamente perdoado, independentemente de a pessoa se arrepender e