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RELAÇÕES DIALÓGICAS: A PRESENÇA DO BOM SAMARITANO EM

ÚRSULA

Considerando que as obras de Maria Firmina dos Reis foram pouco exploradas se comparada
com as obras canonizadas da Literatura Brasileira, teve-se a necessidade de ampliar estudos
sobre a produção literária dessa maranhense. Vinculando os legados bíblicos ao romance
Úrsula (1859) e desenvolvendo um passeio por diferentes épocas, a fim de abrir veredas e
associar ideologias que se inter-relacionam no tocante aos textos analisados, inclusive se
reportando à literatura comparada como percursora da intertextualidade. Levando em
consideração a literatura brasileira durante o período romântico, percebe-se que há referências
a temática religiosa. A apresentação dessas marcas pode ser explícita ou implícita,
demandando do leitor uma noção prévia dessa temática para que possa compreender melhor
esta relação dialógica. Uma vez que, para existir a intertextualidade o mesmo necessita
demonstrar a habilidade em reconhecer tais relações. Faz-se necessário o estudo de textos
literários de escritores do romantismo brasileiro, para podermos habituarmos a presença da
tradição bíblica nas produções literárias da época, pois, essas obras são relevantes, podendo
identificar a tradição bíblica vista pela perspectiva dos autores, como uma das principais
influências culturais do ocidente. E que Maria Firmina dos Reis usa deste artifício habilmente
para introduzir o personagem negro pela visão de si, rompendo com paradigmas impostos
pela sociedade oitocentista, de que o negro escravizado era um ser subalterno indigno de ter
nobres atitudes como amor ao próximo, empatia e gratidão. O objetivo desse estudo é analisar
o romance Úrsula no intuito de expor inter-relações dialógicas representadas pelo discurso
alusivo que a autora faz acerca do personagem negro através do dialogismo intertextual, e que
a temática mostra relevante influência da parábola bíblica no romance da maranhense. Para
demonstrar, temos o romance "ÚRSULA" o qual dialoga com os dados bíblicos, ou seja, a
recria escrituras literárias da memória bíblica nitidamente. Assim, Maria Firmina dos Reis,
com todo o seu talento, consegue em sua narrativa romanesca, mostrar-se como pioneira da
literatura afro-brasileira. Para isso foi realizada uma busca por respostas das questões
abordadas, pautando-se nas bases teóricas referentes à intertextualidade que oriunda de
reflexões acerca do postulado de Mikail Bakhtin. O dialogismo que tem uma íntima relação
com a prosa romanesca por meio da linguagem dialógica presentes nos discursos dos
romances polifônicos, conceituado assim por ecoar várias vozes no texto, ressaltando assim o
discurso no gênero romance e os enunciados que o formam. A ficção além de dar voz aos
escravizados ela ainda traz a reflexiva mensagem simbólica de amor ao próximo, proposta na
argumentação alegórica da parábola O bom samaritano. Na obra “fiminiana”, a recriação de
texto parabólico evidencia o caráter do negro escravizado como tão nobre quanto o do jovem
branco que representa o colonizador europeu, discutindo sutilmente temas que são triviais ao
tempo bíblico, necessários ao tempo dela e, sobretudo, ao nosso.
PALAVRAS-CHAVE: Dialogismo, Intertextualidade, Maria Firmina dos Reis, Úrsula,
Literatura afro-brasileira.
RELAÇÕES DIALÓGICAS: A PRESENÇA DO BOM SAMARITANO EM
ÚRSULA

Considerando que a obra de Mariana Luz foi pouco exploradas se comparada com as obras da
Literatura maranhense, teve-se a necessidade de ampliar estudos sobre a produção literária
dessa maranhense. Vinculando os versos de Cecília Meireles aos poemas de Mumúrios (1940)
e desenvolvendo um passeio por essa contemporaneidade simbolista das poetizas, a fim de
abrir veredas e associar ideologias que se inter-relacionam no tocante aos textos analisados,
inclusive se reportando à literatura comparada como percursora da intertextualidade. Levando
em consideração a literatura brasileira durante o período simbolista, percebe-se que há
referências a temática da morte. A apresentação dessas marcas pode ser explícita ou implícita,
demandando do leitor uma noção prévia dessa temática para que possa compreender melhor
esta relação dialógica. Uma vez que, para existir a intertextualidade/ o comparativismo o
mesmo necessita demonstrar a habilidade em reconhecer tais relações. Faz-se necessário o
estudo das obras literárias das escritoras do simbolismo brasileiro, para podermos
habituarmos a presença da tradição bíblica nas produções literárias da época, pois, essas obras
são relevantes, podendo identificar a tradição bíblica vista pela perspectiva dos autores, como
uma das principais influências culturais do ocidente. E que tanto Mariana Luz quanto Cecília
usam deste artifício habilmente para introduzir o tema morte, rompendo com paradigmas
impostos pela sociedade oitocentista, de que o negro escravizado era um ser subalterno
indigno de ter nobres atitudes como amor ao próximo, empatia e gratidão. O objetivo desse
estudo é analisar o romance Úrsula no intuito de expor inter-relações dialógicas representadas
pelo discurso alusivo que a autora faz acerca do personagem negro através do dialogismo
intertextual, e que a temática mostra relevante influência da parábola bíblica no romance da
maranhense. Para demonstrar, temos o romance "ÚRSULA" o qual dialoga com os dados
bíblicos, ou seja, a recria escrituras literárias da memória bíblica nitidamente. Assim, Maria
Firmina dos Reis, com todo o seu talento, consegue em sua narrativa romanesca, mostrar-se
como pioneira da literatura afro-brasileira. Para isso foi realizada uma busca por respostas das
questões abordadas, pautando-se nas bases teóricas referentes à intertextualidade que oriunda
de reflexões acerca do postulado de Mikail Bakhtin. O dialogismo que tem uma íntima
relação com a prosa romanesca por meio da linguagem dialógica presentes nos discursos dos
romances polifônicos, conceituado assim por ecoar várias vozes no texto, ressaltando assim o
discurso no gênero romance e os enunciados que o formam. A ficção além de dar voz aos
escravizados ela ainda traz a reflexiva mensagem simbólica de amor ao próximo, proposta na
argumentação alegórica da parábola O bom samaritano. Na obra “fiminiana”, a recriação de
texto parabólico evidencia o caráter do negro escravizado como tão nobre quanto o do jovem
branco que representa o colonizador europeu, discutindo sutilmente temas que são triviais ao
tempo bíblico, necessários ao tempo dela e, sobretudo, ao nosso.
PALAVRAS-CHAVE: Dialogismo, Intertextualidade, Maria Firmina dos Reis, Úrsula,
Literatura afro-brasileira.

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