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Stuss, D. T., Stethem, L. L., & Pelchat, G. (1988). Three tests of attention and rapid information
processing: An extension. The Clinical Neuropsychologist, 2(3), 246-250.
Moura, R., Salvador, L. S., Silva, J. B. L., & Haase, V. G. (2017). Tarefa de Trigramas Consonantais. In
Costa, A. J., De Moura, R. J., & Haase, V. G. Compêndio de testes neuropsicológicos: atenção, funções
executivas e memória. São Paulo, Hografe.
O teste Stroop Victoria avalia as funções executivas por meio das habilidades de
atenção seletiva, monitoramento mental e comportamento inibitório. São apresentados três
diferentes cartões: no primeiro há pontos coloridos cuja cor o participante deve nomear; no
segundo, há palavras neutras escritas na mesma cor que os pontos do primeiro cartão, que
o paciente deve nomear; no terceiro há palavras para cores impressas em cor não
correspondente, de forma que o paciente deve informar a cor em vez de ler as palavras.
O conjunto de estímulos ativa respostas automáticas referentes ao processamento
verbal, o que ocasiona interferência no processo de nomeação de cores. É necessário inibir
informações e responder seletivamente ao solicitado na instrução.
Inicialmente desenvolvido por Stroop (1935). A versão denominada Stroop Victoria é
uma das mais amplamente utilizadas, e foi desenvolvida por Regard (1981) e é mais breve
do que o original, é de fácil administração e sensível em relação a disfunções do lobo
frontal.
● É tarefa de domínio público;
● Principal cognição avaliada: funções executivas - atenção seletiva,
monitoramento mental e comportamento inibitório;
● Em crianças, permite avaliar automatizações nos processos de leitura e
inferir sobre o desenvolvimento
● Aplicação clínica: avaliação das funções executivas, particularmente
memória de trabalho, atenção e componente inibitório; disfunções do lobo
frontal e diminuição de velocidade de processamento. A avaliação qualitativa
das estratégias utilizadas é importante: se o paciente apresenta dificuldades
em manter a ordem de nomeação em cada coluna, ele pode apresentar
algum déficit visuoespacial; perseverações ou dificuldades de articulação
podem indicar danos no hemisfério esquerdo; deve-se levar em consideração
dificuldades de decodifiação fonológica e fluência de leitura, que podem
prejudicar o desempenho do examinando, mesmo que não existe prejuízo
nas FE. Teste sensível ao nível de demência; pacientes com Parkinson;
TDAH; transtornos do desenvolvimento;
● Apenas pessoas alfabetizadas podem realizar o testes; alterações visuais,
como o daltonismo, também podem ter uma limitação
Materiais:
Instrução:
Para aplicação do teste o paciente precisa ser alfabetizado e ter conhecimento das cores
utilizadas nos cartões;
1º CARTÃO:
“Dessa vez, diga o nome das cores das palavras que estão
impressas o mais rápido que puder. Comece por aqui (indicar) e vá
seguindo as linhas da esquerda para a direita”. Caso seja necessário,
reforce: “Lembre-se de dizer apenas o nome das cores”.
3º CARTÃO:
“Mais uma vez, nomeie as cores das palavras o mais rápido que
puder. Não leia a palavra, apenas me diga a cor que está impressa.
Comece por aqui (indicar) e vá seguindo as linhas da esquerda para
a direita”. Caso seja necessário, reforce: “Lembre-se de dizer apenas o
nome das cores”.
O examinador deve anotar, para cada cartão, os erros cometidos pelo participante, bem
como o tempo gasto para nomear todos os itens. Os erros na parte da nomeação de cores
devem ser corrigidos imediatamente pelo examinador, caso não sejam espontaneamente
corrigidos pelo examinando.
Escores:
Os escores são dados pelo tempo de execução e acurácia em cada cartão. Os erros
devem ser anotados na folha de resposta e corrigidos imediatamente, mas correções
automáticas não são consideradas como erro.
Também é possível calcular índices de interferência: no terceiro cartão, no qual a
leitura da palavra precisa ser inibida para que se nomeie a cor. Subtrai-se o tempo gasto no
terceiro cartão do tempo gasto no primeiro cartão. Alguns autores propõe que seja utilizado
o quociente entre o tempo gasto no terceiro e no primeiro, em vez da subtração.
Duncan, Maria Teresa. (2006). Obtenção de dados
normativos para desempenho no teste de Stroop num
grupo de estudantes do ensino fundamental em Niterói. Brasil 12 a 14 anos
Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 55(1), 42-48.
https://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852006000100006