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Matemática Elementar

Clodomir Silva Lima Neto


Joilson de Sousa Teixeira
Wellery Ítalo Mota Araújo

30 de julho de 2022
Sumário

1 Conjuntos 4

1.1 Exercı́cios Resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

1.2 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

2 Introdução às Funções 23

2.1 Exercı́cios Resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

2.2 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

3 Função Afim 39

3.1 Exercı́cios Resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

3.2 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

4 Função Quadrática 57

4.1 Exercı́cios Resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

4.2 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

5 Função Modular 73

5.1 Exercı́cios Resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

2
Matemática Elementar SUMÁRIO

5.2 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

6 Trigonometria 86

6.1 Exercı́cios Resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91

6.2 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96

6.3 Exercı́cios Resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102

6.4 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

3
Capı́tulo 1

Conjuntos

Definição 1. Conjuntos1 são coleções de objetos, denominados elementos.

Observação 1. É possı́vel descrever o mesmo conjunto de três maneiras diferentes, a saber:


• extensivamente: listando os seus elementos.
• compreensivamente: definindo uma propriedade de seus elementos.
• graficamente: usando diagramas de Venn.

Propriedade 1. A relação de pertinência de um elemento e um conjunto é dada por: se um


elemento x pertence a um conjunto A, escrevemos x ∈ A; caso contrário, escrevemos x 6∈ A.

Definição 2. Conjunto universo é o conjunto de todos os objetos em questão. Denomina-se


por: U .

Definição 3. Conjunto vazio é o conjunto que não possui elemento. Representa-se por: {} ou
∅.
∅ = {x ∈ A, x 6= x}

Definição 4. Um conjunto A é igual a um conjunto B, denotado A = B, se eles contêm


exatamente os mesmos elementos.

∀x ∈ U, x ∈ A ⇔ x ∈ B

Se os conjuntos não forem iguais, eles são diferentes, e denotado por A 6= B.

Definição 5. Um conjunto A está contido num conjunto B se todos os elementos de A pertencem


também ao conjunto B, e escrevemos A ⊂ B. Dizemos também que A é um subconjunto de B.

A ⊂ B ⇔ ∀x ∈ U, x ∈ A ⇒ x ∈ B
1
Para simplificar, vamos sempre supor que os conjuntos referidos são não vazios.

4
Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

Observação 2. Frequentemente, em vez de dizermos que A está contido em B, dizemos que B


contém A e escrevemos B ⊃ A. Dizemos também que B é um sobreconjunto de A.

Propriedade 2. A relação de inclusão de conjuntos ⊂, obedece, para quaisquer conjuntos A,


B, C, às seguintes propriedades:
• reflexiva: A ⊂ A.
• transitiva: (A ⊂ B) ∧ (B ⊂ C) ⇒ A ⊂ C.
• antissimétrica: (A ⊂ B) ∧ (B ⊂ A) ⇒ A = B.

Definição 6. Dizemos que o conjunto A está contido estritamente no conjunto B se, e somente
se, A ⊂ B e A 6= B. Nesse caso diremos ainda que A é um subconjunto próprio de B.

Observação 3. Em Teoria dos Conjuntos, temos válidas as seguintes afirmações:


• Todo conjunto é subconjunto dele mesmo.
• Todo conjunto possui como subconjunto o conjunto vazio.
• A representação {∅} indica um conjunto unitário.

Definição 7. Se um conjunto tem n elementos (possivelmente 0), então diz-se que o conjunto
é um conjunto finito com uma cardinalidade de n. Assim, a cardinalidade de um conjunto A é
denotado por |A|.

Definição 8. Dado um conjunto A, o conjunto potência (ou conjunto das partes) de A é deno-
tado por P(A) e definido por P(A) = {X ⊂ U ; X ⊂ A}.

Definição 9. Sejam A, B, C e U conjuntos, temos as seguintes operações e propriedades:

• união: A ∪ B = {x ∈ U ; x ∈ A ∨ x ∈ B}.

A B

• interseção: A ∩ B = {x ∈ U ; x ∈ A ∧ x ∈ B}.

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Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

A B

• complementar: Ac = {x ∈ U ; x ∈ U ∧ x 6∈ A}.

A B

• diferença: A − B = {x ∈ U ; x ∈ A ∧ x 6∈ B}.

A B

Propriedade 3. Sejam A, B e C conjuntos, então valem as seguintes propriedades:


• elemento neutro: A ∪ ∅ = A e A ∩ U = A.
• inclusão: A ⊂ (A ∪ B) e (A ∩ B) ⊂ A.
• reflexiva: A ∪ A = A e A ∩ A = A.
• comutativa: A ∪ B = B ∪ A e A ∩ B = B ∩ A.
• associativa: A ∪ (B ∪ C) = (A ∪ B) ∪ C e
A ∩ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∩ C.
• distributiva: A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C) e A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C).

Observação 4. Dados dois conjuntos A e B, então |A ∪ B| = |A| + |B| − |A ∩ B|.

Definição 10. Sejam A e B dois conjuntos, dizemos que eles são disjuntos, quando sua interseção
é o conjunto vazio, isto é, A ∩ B = ∅. Nesse caso, temos: |A ∪ B| = |A| + |B|.

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Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

Observação 5. Sejam A, B e C três conjuntos, então:

|A ∪ B ∪ C| = |A| + |B| + |C| − |A ∩ B| −

− |A ∩ C| − |B ∩ C| + |A ∩ B ∩ C|

Definição 11. Os conjuntos cujos elementos são números, são denominados de conjuntos numéricos.

Exemplo 1. Os principais conjuntos numéricos:


• N: conjunto dos números naturais.
N = {1, 2, 3, . . . , n, . . .}.
• Z: conjunto dos números inteiros.
Z = {. . . , −2, −1, 0, 1, 2, . . .}.
• Q: conjunto dos números  racionais.
p
Q= ; p, q ∈ Z ∧ q 6= 0 .
q
• I: conjunto dos números irracionais.
Número irracional é o número com representação decimal infinita e não periódica.
• R: conjunto dos números reais.
R = Q ∪ I.
• C: conjunto dos números complexos.
Sejam x, y ∈ R e i2 = −1 tais que:

z ∈ C ⇔ z = (x, y)

⇔ z = x + yi

⇔ z = |z|(cos θ + i sen θ)

• H: conjunto dos números quatérnios.


Sejam u, x, y, z ∈ R e i2 = j 2 = k 2 = 1 tais que:

q ∈ H ⇔ q = u + xi + yj + zk

Definição 12. O conjunto dos números reais possui subconjuntos, que se denominam intervalos,
e são determinados por meio de desigualdades. Sejam os números reais a e b, com a < b, temos:

• (a, b) = {x ∈ R; a < x < b}.

a b

• [a, b] = {x ∈ R; a 6 x 6 b}.

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Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

a b

• [a, b) = {x ∈ R; a 6 x < b}.

a b

• (a, b] = {x ∈ R; a < x 6 b}.

a b

• (−∞, a) = {x ∈ R; x < a}.

• (−∞, a] = {x ∈ R; x 6 a}.

• (a, +∞) = {x ∈ R; x > a}.

• [a, +∞) = {x ∈ R; x > a}.

Definição 13. Sejam a e b dois elementos, o sı́mbolo (a, b) representa um par ordenado; que é
o conjunto {a, b} munido de uma ordem, onde a é o primeiro elemento (chamado de abscissa),
e b é o segundo elemento (chamado de ordenada).

Definição 14. Dados dois conjuntos A e B, denomina-se produto cartesiano de A por B, indica-
se A × B, o conjunto formado pelos pares ordenados nos quais o primeiro elemento pertence a
A e o segundo pertence a B.

A × B = {x ∈ U ; x = (a, b) com a ∈ A ∧ b ∈ B}

Observação 6. Dados dois conjuntos A e B, então |A × B| = |A| · |B|.

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Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

1.1 Exercı́cios Resolvidos

1. (UECE 2015) No colégio municipal, em uma turma com 40 alunos, 14 gostam de Ma-
temática, 16 gostam de Fı́sica, 12 gostam de Quı́mica, 7 gostam de Matemática e Fı́sica,
8 gostam de Fı́sica e Quı́mica, 5 gostam de Matemática e Quı́mica e 4 gostam das três
matérias. Nessa turma, o número de alunos que não gostam de nenhuma das três discipli-
nas é:

(a) 6

(b) 9

(c) 12

(d) 14

Solução: Definindo os conjuntos M , F e Q para representar, respectivamente, os alunos


que gostam de Matemática, Fı́sica e Quı́mica, e sabendo que 4 alunos gostam das três
matérias, temos que:
(M ∩ F ∩ Q) = 4

A quantidade de alunos que gostam de Matemática e Fı́sica, mas não de Quı́mica, será
dado por:
(M ∩ F ) − (M ∩ F ∩ Q) = 7 − 4 = 3

A quantidade de alunos que gostam de Matemática e Quı́mica, mas não de Fı́sica, será
dado por:
(M ∩ Q) − (M ∩ F ∩ Q) = 5 − 4 = 1

A quantidade de alunos que gostam de Fı́sica e Quı́mica, mas não de Matemática, será
dado por:
(F ∩ Q) − (M ∩ F ∩ Q) = 8 − 4 = 4

A quantidade de alunos que gostam somente de Matemática será dado por:

M − (M ∩ F ) − (M ∩ Q) + (M ∩ F ∩ Q) = 14 − 7 − 5 + 4 = 6

A quantidade de alunos que gostam somente de Fı́sica será dado por:

F − (F ∩ M ) − (F ∩ Q) + (M ∩ F ∩ Q) = 16 − 7 − 8 + 4 = 5

A quantidade de alunos que gostam somente de Fı́sica será dado por:

Q − (Q ∩ M ) − (Q ∩ F ) + (M ∩ F ∩ Q) = 12 − 5 − 8 + 4 = 3

9
Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

Assim, o número de alunos que gostam de pelo menos uma matéria será dado pela soma
de todos esses valores encontrados:

4 + 3 + 1 + 4 + 6 + 5 + 3 = 26

Logo, o número de alunos que não gostam de nenhuma das três disciplinas será dado pela
diferença entre o total de alunos e o total que gostam de pelo menos uma disciplina, ou
seja:
40 − 26 = 14

Gabarito: (d) 14

2. (EEAR 2003) Sejam os conjuntos A = {x ∈ N | x é múltiplo de 2}, B = {x ∈ Z | − 2 <


x ≤ 9} e C = {x ∈ R | x ≥ 5}. A soma dos elementos que formam o conjunto (A ∩ B) − C
é:

(a) 9

(b) 6

(c) 3

(d) 1

Solução: Elencando os elementos dos conjuntos A e B, temos que:

A = {0, 2, 4, 6, 8, 10, ..}

B = {−1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}

Logo,
A ∩ B = {0, 2, 4, 6, 8}

Se o conjunto C é definido pelos números reais maiores ou iguais a 5, então o conjunto


(A ∩ B) − C será formado pelos elementos de A ∩ B que não pertencem a C, isto é:

(A ∩ B) − C = {0, 2, 4}

A soma dos elementos que formam esse conjunto será:

0+2+4=6

Gabarito: (b) 6

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Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

3. (AMAUC 2018) Nas sentenças abaixo, assinale com V as sentenças verdadeiras e com
F as sentenças falsas:
I - 5 ⊂ {0, 5, 10}
II - {5} ∈ {0, 5, 10}
III - ∅ ⊂ {0, 5}
IV - 10 ∈ {0, 5, 10}

Nessa ordem, a afirmativa correta é:

(a) F-F-V-V

(b) F-V-F-V

(c) V-V-F-F

(d) F-F-V-F

(e) V-F-V-V

Solução: Analisando cada sentença separadamente:


I - Falsa, pois a relação de contingência é estabelecida entre conjuntos, e não entre um
elemento e um conjunto. Assim, o correto seria afirmar que 5 ∈ {0, 5, 10}
II - Falsa, pois embora o elemento 5 de fato pertença a {0, 5, 10}, o conjunto {5} não está
definido como um elemento de {0, 5, 10}.
III - Verdadeira, porque o conjunto vazio está contido em qualquer conjunto. Pode-se dizer
também que o conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto.
IV - Verdadeira, pois, de fato, 10 é um elemento pertencente a {0, 5, 10}.

Gabarito: (a) F-F-V-V

4. (AMEOSC 2018) Sendo A = {−1, 0, 1, 2, 3, 5}, B = {2, 4, 6, 8} e C = {−2, 1, 3}, pode-


mos determinar (A − B) ∪ C como sendo o conjunto:

(a) D = {−2, −1, 0, 1, 6, 8}

(b) D = {−2, −1, 0, 1, 3, 5}

(c) D = {−2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, 5}

(d) D = {−2, 0, 3, 5}

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Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

Solução:

(A − B) ∪ C = {−1, 0, 1, 3, 5} ∪ {−2, 1, 3} = {−2, −1, 0, 1, 3, 5}

Gabarito: (b) D = {−2, −1, 0, 1, 3, 5}

5. (INAZ do Pará 2017) Seja U o conjunto universo e sejam os conjuntos abaixo definidos:
A = {1, 2, 3, 4, 5}
B = {4, 5, 6, 7, 8, 9}
C = {1, 2, 3, 6, 7, 8, 9}
D = {6, 7, 8, 9}

De acordo com a definição dos conjuntos e o diagrama de Euler-Venn, assinale a alternativa


correta.

(a) C = (A ∪ B) − (A ∩ B)

(b) D = (A ∩ B) − B

(c) C = (A ∩ B) − (A ∪ B)

(d) B = (U − A)

(e) A = (U − B)

Solução: Iremos analisar cada item separadamente e verificar qual é o correto:


(a)
(A ∪ B) − (A ∩ B) = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9} − {4, 5}

= {1, 2, 3, 6, 7, 8, 9} = C

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Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

(Correto)

(b)
(A ∩ B) − B = {4, 5} − {4, 5, 6, 7, 8, 9} = ∅ 6= D

(Incorreto)

(c)
(A ∩ B) − (A ∪ B) = {4, 5} − {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9} = ∅ 6= C

(Incorreto)

(d)
(U − A) = {6, 7, 8, 9} =
6 B

(Incorreto)

(e)
(U − B) = {1, 2, 3} =
6 A

(Incorreto)

Gabarito: (a) C = (A ∪ B) − (A ∩ B)

6. (IME 2011) Sejam W = {y ∈ R | 2k + 1 ≤ y ≤ 3k − 5} e S = {y ∈ R | 3 ≤ y ≤ 22}.


Qual é o conjunto dos valores de k ∈ R para o qual W 6= ∅ e W ⊆ (W ∩ S)?

(a) 1 ≤ k ≤ 9

(b) k ≤ 9

(c) 6 ≤ k ≤ 9

(d) k ≤ 6

(e) ∅

Solução: Como o enunciado da questão quer nos garantir que W ⊆ (W ∩ S), então todos
os elementos de W precisam estar em S. Assim, é necessário que se satisfaçam as seguintes
desigualdades:

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Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

2k + 1 ≥ 3
2k ≥ 2
k≥1

3k − 5 ≤ 22
3k ≤ 27
k≤9

Assim,

1≤k≤9

Entretanto, para que a condição de existência do conjunto W seja satisfeita, é necessário


que:

2k + 1 ≤ 3k − 5
3k − 2k ≥ 1 + 5
k≥6

Logo,

6≤k≤9

Gabarito: (c)

7. (IME 2010) Sejam os conjuntos P1 , P2 , S1 e S2 tais que (P2 ∩ S1 ) ⊂ P1 , (P1 ∩ S2 ) ⊂ P2


e (S2 ∩ S1 ) ⊂ (P1 ∪ P2 ). Demonstre que (S2 ∩ S1 ) ⊂ (P1 ∩ P2 ).

Solução: Dado que (S2 ∩ S1 ) ⊂ (P1 ∪ P2 ), sabemos que (S2 ∩ S1 ) ⊂ P1 ou (S2 ∩ S1 ) ⊂ P2 .


Para um elemento x qualquer em que x ∈ (S2 ∩ S1 ), x ∈ S2 e x ∈ S1 . Além disso, x ∈ P1

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Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

ou x ∈ P2 .

I. Caso x ∈ P1 , podemos perceber, também, que x ∈ P2 , uma vez que (P1 ∩ S2 ) ⊂ P2 . Logo,
como x ∈ P1 e x ∈ P2 , então (S2 ∩ S1 ) ⊂ (P1 ∩ P2 ).

II. Caso x ∈ P2 , podemos perceber, também, que x ∈ P1 , uma vez que (P2 ∩ S1 ) ⊂ P1 . Logo,
como x ∈ P1 e x ∈ P2 , então (S2 ∩ S1 ) ⊂ (P1 ∩ P2 ).

8. (ITA 2011) Analise a existência dos conjuntos A e B, ambos não vazios, tais que
(A\B) ∪ (B\A) = A.

Solução: Para essa questão, analisemos as quatro situações possı́veis em relação a dois
conjuntos A e B quaisquer não vazios:

I. A e B são conjuntos disjuntos. Dessa forma:

(A\B) = A e (B\A) = B

Logo,

(A\B) ∪ (B\A) = (A ∪ B)

II. A e B possuem elementos em comum. Desse modo:

(A\B) = A\(A ∩ B) e (B\A) = B\(A ∩ B)

Assim,

(A\B) ∪ (B\A) = (A ∪ B)\(A ∩ B)

III. A é subconjunto de B. Então,

(A\B) = ∅

Logo,

(A\B) ∪ (B\A) = (B\A)

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Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

IV. B é subconjunto de A. Então,

(B\A) = ∅

Portanto,

(A\B) ∪ (B\A) = (A\B)

Desse modo, concluı́mos que não existe situação real para que a igualdade (A\B)∪(B\A) =
A exista.

9. (EsPCEx 1996) Sejam os conjuntos A com 2 elementos, B com 3 elementos e C com 4


elementos. O número de elementos do conjunto C − [(A ∩ B) ∩ C] pode variar entre:

(a) 2 e 4;

(b) 2 e 3;

(c) 0 e 4;

(d) 0 e 3;

(e) 0 e 2.

Solução: Analisemos duas situações hipotéticas com os conjuntos A, B e C:

I. A e B são subconjuntos de C (o que representa a menor quantidade de elementos possı́vel


para o conjunto do enunciado). Como há, 2, 3 e 4 elementos, respectivamente, em cada
conjunto, a maior probabilidade de elementos em comum é 2. Assim:

n(C − [(A ∩ B) ∩ C]) = 4 − 2 = 2

II. A, B e C são conjuntos disjuntos (o que representa a maior quantidade de elementos


possı́vel para o conjunto do enunciado). Não tendo elementos em comum, afirmamos que:

n(C − [(A ∩ B) ∩ C]) = 4 − 0 = 4

16
Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

Portanto, o número de elementos do conjunto (C − [(A ∩ B) ∩ C) pode variar entre 2


e4

Gabarito: (a)

10. (ITA 2004) Seja o conjunto S = {r ∈ Q | r ≥ 0 e r2 ≤ 2}, sobre o qual as seguintes


afirmações:

5 7
I. ∈ S e ∈ S;
4 5 √
II. {x ∈ R | 0 ≤ x ≤ 2} ∩ S = ∅;

III. 2 ∈ S.

Deve-se dizer, então, que é (são) verdadeira (s):

(a) I e II;

(b) I e III;

(c) II e III;

(d) I;

(e) II.

Solução: Analisando as sentenças abaixo, temos que:


I . Verdadeira. Dado que r ∈ Q e r ≥ 0 e r2 ≤ 2, podemos afirmar que 0 ≤ r < 2.
5 7
Sabemos que e estão no intervalo que corresponde a r e são números racionais. Logo,
4 5
5 7
∈ S e ∈ S;
4 5

II Falsa. Como existem números reais em S = {r ∈ Q | 0 ≤ r < 2}, existe, então, a

sentença {x ∈ R | 0 ≤ x ≤ 2} ∩ S 6= ∅;

√ √
III Falsa. O enunciado da questão é claro ao afirmar que r ∈ Q. 2∈
/ Q. Portanto, 2∈
/ S.

Gabarito: (d)

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Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

1.2 Exercı́cios Propostos

1. (UECE 2015) Em um grupo de 300 alunos de lı́nguas estrangeiras, 174 alunos estudam
inglês e 186 alunos estudam chinês. Se, neste grupo, ninguém estuda outro idioma além
do inglês e do chinês, o número de alunos deste grupo que se dedicam ao estudo de apenas
um idioma é:

(a) 236

(b) 240

(c) 244

(d) 246

2. (FN 2008) Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 6}, B = {1, 2, 3, 5, 7} e C = {3, 4, 5, 8, 9},


determine o conjunto X sabendo que X ⊂ C e C − X = B ∩ C.

(a) X = {3, 5}

(b) X = {1, 2, 7}

(c) X = {2, 3, 4}

(d) X = {3, 4, 7}

(e) X = {4, 8, 9}

3. (EsSA 1991) Numa escola existem 195 alunos, 55 alunos estudam fı́sica, 63 estudam
Quı́mica e 100 alunos não estudam nenhuma das duas matérias. Os alunos que estudam
as duas matérias são:

(a) 23

(b) 25

(c) 95

(d) 32

(e) 40

4. (QUADRIX 2018) Se A = {−1, 1, 2, 4, 8, 16} e B = {−2, –1, 0, 1, 2, 3}, então o conjunto


das partes de (A ∪ B) ∪ (A ∩ B) possui

(a) 23 elementos

18
Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

(b) 28 elementos

(c) 29 elementos

(d) 212 elementos

(e) 215 elementos

5. (Instituto Machado de Assis 2019 - adaptado) Através dos conjuntos A = {2, 3, 5, 6}


e B = {3, 7, 9}, qual o produto cartesiano A × B ?

6. (IBADE 2017) Matemáticos, ligados ao IMPA (Instituto de Matemática Pura e Apli-


cada) reuniram-se para decidir sobre duas abordagens que serão implementadas na área
de pesquisas econômicas para o próximo ano: Mercados Incompletos e a Teoria do Capi-
tal. Dos 116 matemáticos presentes, 88 foram a favor da implementação da abordagem
em Mercados Incompletos, 84 foram a favor da implementação da abordagem da Teoria
do Capital e 63 estavam a favor da implementação das duas abordagens. Neste caso, o
número de Matemáticos presentes, que não foram a favor de nenhuma das abordagens foi
de:

(a) 6

(b) 7

(c) 8

(d) 9

(e) 10

7. (IBFC 2017) Considere três conjuntos finitos A, B e C. A tabela abaixo indica quantos
elementos existem em cada conjunto e em suas interseções. Assinale a alternativa que
indica a quantidade de elementos em A ∪ B ∪ C.

(a) 21 elementos

(b) 25 elementos

(c) 27 elementos

(d) 32 elementos

19
Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

(e) 36 elementos

2
8. (FUVEST 1992) Se −4 < x < −1 e 1 < y < 2, então xy e estão no intervalo:
x
(a) ] − 8, −1[;
1
(b) ] − 2, − [;
2
(c) ] − 2, −1[;
1
(d) ] − 8, − [;
2
1
(e) ] − 1, − [.
2

9. (EsPCEx 1994) Se A é o conjunto dos números naturais múltiplos de 15 e B é o conjunto


dos números múltiplos de 35, então A ∩ B é o conjunto dos números naturais múltiplos de:

(a) 15;

(b) 35;

(c) 105;

(d) 525;

10. (UFC 2003) Sejam M e N conjuntos que possuem um único elemento comum. Se o
número de subconjuntos de M é igual ao dobro do número de subconjuntos de N , o
número de elementos do conjunto M ∪ N é:

(a) o triplo do número de elementos de M ;

(b) o triplo do número de elementos de N ;

(c) o quádruplo do número de elementos de M ;

(d) o dobro do numero de elementos de M ;

(e) o dobro do número de elementos de N .

11. (UFRN 1984) Se A, B e C são conjuntos tais que C − (A ∪ B) = {6, 7} e C ∩ (A ∪ B) =


{4, 5}, entap C é igual a:

(a) {4, 5};

(b) {6, 7};

20
Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

(c) {4, 5, 6};

(d) {5, 6, 7};

(e) {4, 5, 6, 7}.

12. (ITA 2011) Sejam A e B conjuntos tais que A ⊂ B e n(C : C ⊂ B A) = 128. Então, das
afirmações abaixo:

I. n(B) − n(A) é único;


II. n(B) + n(A) ≤ 128;
III. A dupla ordenada (n(A), n(B)) é única.

É (são) verdadeira (s):

(a) apenas I;

(b) apenas II;

(c) apenas III;

(d) apenas I e II;

(e) nenhuma.

13. (ITA 2010) Considere as afirmações abaixo relativas a conjuntos A, B e C quaisquer:

I. A negação de x ∈ (A ∪ B) é: x ∈
/ A ou x ∈
/ B;
II. A ∩ (A ∪ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C);
III. (A\B) ∪ (B\A) = (A ∪ B)\(A ∩ B).

Destas, é (são) falsa (as):

(a) apenas I;

(b) apenas II;

(c) apenas III;

(d) apenas I e III;

21
Matemática Elementar CAPÍTULO 1. CONJUNTOS

(e) nenhuma.

14. (EPCAR 2000) Numa cidade residem n famı́lias e todas leem jornais. Nela há três
jornais, A, B e C, e sabe-se que: 250 famı́lias leem o jornal A, 180 leem o jornal B, 150
leem C, 110 leem A e B, 95 leem A e C, 80 leem B e C e 40 leem A, B e C. O número
famı́lias que leem somente os jornais A ou B é

(a) 70

(b) 185

(c) 320

(d) 280

15. (CONSCAM 2017) As afirmações abaixo se referem ao conjunto dos números Reais.
I- O conjunto dos números Reais é formado pela intersecção do conjunto dos números
Racionais com os números Irracionais.
II- O conjunto dos números Naturais pertence ao conjunto dos números Racionais
III- O conjunto dos números Inteiros está contido no conjunto dos números Racionais.
A alternativa que contém a sequência correta é:

(a) V, V, F.

(b) V, F, V.

(c) F, V, V.

(d) F, F, V.

(e) F, V, F.

22
Capı́tulo 2

Introdução às Funções

Definição 15. Dados dois conjuntos A e B, uma função f de A em B é uma correspondência


que a cada elemento do conjunto x ∈ A está associado um e só um elemento do conjunto y ∈ B.

A B
f

x y

Observação 7. Usaremos a seguinte representação para as funções:

f :A→B

x 7→ y = f (x)

• A letra f dá o nome à função.


• O conjunto A é denominado domı́nio da função, que indicaremos D(f ).
• O conjunto B é chamado de contradomı́nio da função, que indicaremos CD(f ).
• As letras x e y são utilizadas para representar as variáveis independentes e dependentes,
respectivamente, da função.

Observação 8. O domı́nio da função, também chamado campo de definição ou campo de


existência da função, serve para definir os valores possı́veis para a variável independente.

Definição 16. Seja f : A → B, designamos por imagem de uma função, o elemento f (x) ∈ B
que possui correspondência com o elemento x ∈ A.

23
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

Definição 17. Seja f : A → B, designamos por conjunto imagem de f , Im(f ), o subconjunto


de B constituı́do pelas imagens de f a partir dos elementos de A, isto é, Im(f ) = {f (x); x ∈ A}.

Definição 18. O gráfico de uma função f consiste em todos os pontos (x, y) do plano cartesiano
tais que y = f (x) e x ∈ D(f ).

Observação 9. É possı́vel identificar se um gráfico representa ou não uma função, traçando


retas paralelas ao eixo y. Para ser função, cada reta vertical traçada por pontos do domı́nio deve
interceptar o gráfico num único ponto.

Observação 10. O domı́nio de uma função é obtido pela projeção do gráfico sobre o eixo das
abscissas; enquanto que a projeção do gráfico sobre o eixo das ordenadas representa o conjunto
imagem da função.

Definição 19. Uma função f : A → B é dita par se, e somente se, ∀x ∈ A ⇒ f (x) = f (−x).

Observação 11. O gráfico de uma função par é simétrico em relação ao eixo das ordenadas.

Definição 20. Uma função f : A → B é dita ı́mpar se, e somente se, ∀x ∈ A ⇒ f (x) = −f (−x).

Observação 12. O gráfico de uma função ı́mpar é simétrico em relação à origem do sistema
cartesiano.

Definição 21. Uma função f : A → B é dita crescente num intervalo I ⊂ A se, e somente se,
x1 < x2 ⇒ f (x1 ) < f (x2 ), ∀ x1 , x2 ∈ A.

Definição 22. Uma função f : A → B é dita decrescente num intervalo I ⊂ A se, e somente
se, x1 < x2 ⇒ f (x1 ) > f (x2 ), ∀ x1 , x2 ∈ A.

Definição 23. Uma função f : A → B é dita sobrejetiva se, e somente se, Im(f ) = B.

Definição 24. Uma função f : A → B é dita injetiva se, e somente se, elementos distintos de
A têm imagens distintas. Simbolicamente,

∀x1 , x2 ∈ A, x1 6= x2 ⇒ f (x1 ) 6= f (x2 )

ou ainda se, e somente se,

∀x1 , x2 ∈ A, f (x1 ) = f (x2 ) ⇒ x1 = x2

Definição 25. Uma função f : A → B é dita bijetiva se, e somente se, f é sobrejetiva e injetiva.

24
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

Definição 26. Seja f : A → B uma função bijetiva. À função de f (A) em A que a cada
x ∈ f (A) faz corresponder y ∈ A tal que f (y) = x, damos o nome de função inversa de f ,
denotamos por f −1 e definimos por:

f −1 : f (A) → A

∀x ∈ f (A); f −1 (x) = y ⇔ f (y) = x

A B

x y
f −1
f (A)

Definição 27. Sejam as funções f : A → B e g : C → D tal que f (A) ⊂ C. Damos o nome de


g composta com f , e indicamos por g ◦ f , à função definida por:

g◦f :A→D

(g ◦ f )(x) = g(f (x)), ∀x ∈ A

A C D

f g

x g(f (x))
f (x)

f (A)
g◦f

2.1 Exercı́cios Resolvidos

1. (ESPCEX
r 2018) Seja A o maior subconjunto no qual está definida a função real f (x) =
3 2
x − 5x − 25x + 125
.Considere, ainda, B o conjunto das imagens de f . Nessas condições,
x+5
(a) A = R − {−5} e B = R − {10}

(b) A = R − {−5} e B = R+

25
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

(c) A = R − {−5} e B = R

(d) A = R − {−5, 5} e B = R+

(e) A = R − {−5, 5} e B = R − {10}

Solução: Analisando primeiramente o domı́nio de f , observa-se que para x = −5 o


denominador se torna igual a 0. Mas isso não pode acontecer, logo A = R − {−5}.
No caso do conjunto imagem, como os valores que f assume resultam da operação de uma
raiz quadrada, esses nunca serão negativos. Logo, B = R+ .

Gabarito: b) A = R − {−5} e B = R+

x−1 1
2. (FURB 2019) Considere as funções f (x) = e g(x) = 2x − . Sendo f −1 (x) e
2 2
−1 −1 −1
g (x) suas funções inversas, pode-se afirmar que f (2) − g (2) é igual a:

(a) −2/3

(b) 15/4

(c) −3

(d) 16/7

(e) 1

Solução: Calculando as funções inversas de f e g:

y−1
x= ⇒ y − 1 = 2x ⇒ f −1 (x) = 2x + 1
2
1 1 x 1
x = 2y − ⇒ 2y = x + ⇒ g −1 (x) = +
2 2 2 4
Portanto:  
−1 −1 2 1
f (2) − g (2) = 2 · 2 + 1 − +
2 4
1
f −1 (2) − g −1 (2) = 4 + 1 − 1 −
4
1
f −1 (2) − g −1 (2) = 4 −
4
15
f −1 (2) − g −1 (2) =
4

Gabarito: b) 15/4

26
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

3. (MACKENZIE 1975) Dadas as funções f ,g e h, de R em R, definidas por f (x) = 3x,


g(x) = x2 − 2x + 1 e h(x) = x + 2, então ((h ◦ f ) ◦ g)(2) é igual a:

(a) 1

(b) 2

(c) 3

(d) 4

(e) 5

Solução: Analisando a expressão, primeiro se deve calcular (h ◦ f )(x):

(h ◦ f )(x) = 3x + 2

Então, calculando ((h ◦ f ) ◦ g)(x), teremos:

((h ◦ f ) ◦ g)(x) = 3(x2 − 2x + 1) + 2 = 3x2 − 6x + 3 + 2

((h ◦ f ) ◦ g)(x) = 3x2 − 6x + 5

Substituindo x = 2, obtemos:

((h ◦ f ) ◦ g)(2) = 3 · 22 − 6 · 2 + 5 = 12 − 12 + 5 = 5

Gabarito: e) 5

4. (MACKENZIE 2013 ) Sejam as funções f e g de R em R, definidas por f (x) = x2 −


(f (4))2 − g(f (4))
4x + 10 e g(x) = −5x + 20. O valor de é:
f (0) − g(f (0))

13
(a)
4
13
(b)
2
11
(c)
4
11
(d)
2
(e) 11

27
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

Solução: Iremos calcular cada valor separadamente. Calculando f (4):

f (4) = 42 − 4 · 4 + 10 = 16 − 16 + 10 ⇒ f (4) = 10

Com isso:
(f (4))2 = 102 ⇒ (f (4))2 = 100

Calculando g(f (4)):

g(f (4)) = g(10) = −5 · 10 + 20 = −50 + 20 ⇒ g(f (4)) = −30

Calculando f (0):
f (0) = 02 − 4 · 0 + 10 ⇒ f (0) = 10

Calculando g(f (0)):

g(f (0)) = g(10) = −5 · 10 + 20 = −50 + 20 ⇒ g(f (0)) = −30

Portanto:
(f (4))2 − g(f (4)) 100 − (−30) 100 + 30 130 13
= = = =
f (0) − g(f (0)) 10 − (−30) 10 + 30 40 4

13
Gabarito: a)
4

x+1
5. (FGV 2018) Considere a função real f definida por f (x) = e sua inversa f −1 . Se
2x + m
f −1 (2) = 5, o valor de m é:

(a) −3

(b) −5

(c) −7

(d) −9

(e) −11

Solução: Calculando a função inversa de f :

y+1
x=
2y + m

2xy + mx = y + 1

2xy − y = 1 − mx

28
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

y(2x − 1) = 1 − mx
1 − mx
f −1 (x) =
2x − 1

Sabendo que f −1 (2) = 5, então:


1 − 2m
=5
2·2−1
1 − 2m
=5
3
1 − 2m = 3 · 5

1 − 2m = 15

2m = −14

m = −7

Gabarito: c) -7

6. (EAM 2016) Dada a função real definida por f (x) = 6 − 5x, o valor de f (2) − 3f (−2) é
igual a

(a) −52

(b) −48

(c) −12

(d) 24

(e) 48

Solução: Dado que f (2) = 6 − 5 · 2 e f (−2) = 6 − 5 · (−2) Então:


f (2) − 3f (−2)
6 − 5 · 2 − (3 · (6 − 5 · (−2))
6 − 10 − (3 · (6 + 10))
−4 − (3 · 16)
−4 − 48
−52

Gabarito: (a)

29
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

7. (ITA 2005) Considere os conjuntos S = {0, 2, 4, 6}, T = {1, 3, 5} e U = {0, 1} e as


afirmações:

I - {0} ∈ S e S ∩ U 6= ∅.

II - {2} ⊂ (S − U ) e S ∩ T ∩ U = {0, 1}.

III - Existe uma função f : S → T é injetiva.

IV - Nenhuma função g : T → S é sobrejetiva.

Então, é(são) verdadeira(s):

(a) apenas I

(b) apenas IV

(c) apenas I e IV

(d) apenas II e III

(e) apenas III e IV

Solução:
I. Falsa. Visto que a representação {0} simboliza um conjunto, não pode haver relação de
pertinência entre {0} e S, uma vez que são duas representações de conjuntos. A relação
de pertinência existe entre elementos e conjuntos;
II. Falsa. Não existe elementos em comum entre os conjuntos S, T e U . Logo, não há
intersecção entre eles;
III. Falsa. Para que haja injenção em uma função f : S → T , é necessário que ∀x1 , x2 ∈
S, x1 6= x2 ⇒ f (x1 ) 6= f (x2 ). Para que isso ocorra, é preciso que n(S) ≤ n(T ), o que
podemos perceber pelo enunciado que isso não é satisfeito;
IV. Verdadeira. Para que haja sobrejeção em uma função g : T → S, é necessário que
Im(f ) = B. Para que isso ocorra, é necessário que n(T ) ≤ n(S), o que podemos perceber
pelo enunciado que isso não é satisfeito.

Gabarito: (a)

8. (BANCO DO BRASIL 2018/CESGRANRIO) Sabe-se que g é uma função par e


está definida em todo domı́nio da função f , e a função f pode ser expressa por f (x) =
x2 + k · x · g(x). Se f (1) = 7, qual o valor de f (−1)?

(a) 7

30
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

(b) 5

(c) −7

(d) −6

(e) −5

Solução:

Como f (1) = 7, temos que:


12 + k · 1 · g(1) = 7
7−1
g(1) =
k
6
g(1) =
k

Em uma função g par, temos que g(x) = g(−x). Assim, para f (−1), temos:

f (−1) = (−1)2 + k · (−1) · g(−1)


f (−1) − 1
g(1) = −
k

Igualando, então, as duas equações:

6 f (−1) − 1
=−
k k
6 = −f (−1) + 1
f (−1) = 1 − 6
f (−1) = −5

Gabarito: (e)

9. (ITA 1998) Sejam as funções f : R e g : A ⊂ R → R, tais que f (x) = x2 − 9 e


(f ◦ g)(x) = x − 6, em seus respectivos domı́nios. Então, o domı́nio A da função g é:

(a) [−3, +∞[

(b) R

(c) [−5, +∞[

(d) ] − ∞, −1[∪[3, +∞[



(e) ] − ∞, 6[

31
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

Solução:
Dado que f (x) = x2 − 9 e f (g(x)) = x − 6, podemos encontrar a função g sobrepondo-a
na função f :

f (g(x)) = x − 6
(g(x))2 − 9 = x − 6
(g(x))2 = x + 3

g(x) = ± x + 3

Como a função g : A ⊂ R → R e sabendo que não existe raiz quadrada real negativa,
concluı́mos que:

x+3≥0
x ≥ −3

Gabarito: (a)

10. (ITA 2018) Considere as funções f , g : R → R dadas por f (x) = ax + b e g(x) = cx + d,


com a, b, c, d ∈ R, a 6= 0 e c 6= 0. Se f −1 ◦ g −1 = g −1 ◦ f −1 , então uma relação entre as
constantes a, b, c e d é dada por:

(a) b + ad = d + bc

(b) d + ba = c + db

(c) a + db = b + cd

(d) b + ac = d + ab

(e) c + da = b + cd

Solução: Dadas as funções, encontremos, em primeiro lugar, as funções inversas de cada


uma. Em f (x), temos:

x = af −1 (x) + b
x − b = af −1 (x)
x−b
f −1 (x) =
a

Em g(x) temos:

32
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

x = cg −1 (x) + d
x − d = cg −1 (x)
x−d
g −1 (x) =
c

Analisando, então, a igualdade do enunciado, temos que:

f −1 ◦ g −1 = g −1 ◦ f −1
f −1 (g −1 (x)) = g −1 (f −1 (x))
x−d x−b
−b −d
c = a
a c
x − d − bc x − b − ad
c = a
a c
x − d − bc x − b − ad
·c= ·a
c a
−d − bc = −b − ad
b + ad = d + bc

Gabarito: (a)

2.2 Exercı́cios Propostos


1 + 3x
1. (EEAR 2017) Se f (x) = , com x ∈ R e x 6= −3, é uma função invertı́vel, o valor
x+3
de f −1 (2) é

(a) −2

(b) −1

(c) 3

(d) 5

2. (UERN 2013) Sejam as funções f (x) = x − 3 e g(x) = x2 − 2x + 4. Para qual valor de


x temos f (g(x)) = g(f (x))?

(a) 2

(b) 3

33
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

(c) 4

(d) 5


3. (EsPCEx 2015) Considere as funções reais f e g, tais que f (x) = x + 4 e f (g(x)) =
x2 − 5, onde g(x) é não negativa para todo x real. Assinale a alternativa cujo conjunto
contém todos os possı́veis valores de x que satisfazem os dados do enunciado.

(a) R−] − 3, 3[
√ √
(b) R−] − 5, 5[
√ √
(c) ] − 5, 5[

(d) ] − 3, 3[

(e) R−] − ∞, 3[

3x + 2
4. (UEPB 2012) Dada uma função bijetora f (x) = , D(f ) = R − {1}, o domı́nio de
x−1
f − 1(x) é:

(a) R − {3}

(b) R

(c) R − {1}

(d) R − {−1}
2
(e) R−{− }
3

5. (ESA 2016) Sejam as funções dadas por f (x) = 5x + 1 e g(x) = 3x − 2. Se m = f (n),


então g(m) vale:

(a) 15n + 1

(b) 14n − 1

(c) 3n − 2

(d) 15n − 15

(e) 14n − 2

6. (UNICAMP 2014) Considere as funções f e g, cujos gráficos estão representados na


figura abaixo:

34
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

O valor de f (g(1)) − g(f (1)) é igual a:

(a) 0

(b) −1

(c) 2

(d) 1

7. (EsPCEx 2020) Sejam f (x) = 4x2 − 12x + 5 e g(x) = x + 2 funções reais. O menor
inteiro para o qual f (g(x)) < 0 é

(a) -2

(b) -1

(c) 0

(d) 1

(e) 2

x3
8. (EsPCEx 1994) Seja a função f : R − {−1, 1} → R definia por f (x) = , não
x2 − 1
inversı́vel. Podemos afirmar que essa função é:

(a) Bijetora e nem par e nem ı́mpar.

(b) Par e injetora.

(c) Ímpar e injetora.

(d) Par e sobrejetora.

(e) ı́mpar e sobrejetora

35
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

9. (FGV 2010) A figura indica o gráfico da função f , de domı́nio [−7, 5], no plano cartesiano
ortogonal.

O número de soluções da equação f (f (x)) = 6 é

(a) 2

(b) 4

(c) 5

(d) 6

(e) 7

10. (ITA 2017) Sejam X e Y dois conjuntos finitos com X ⊂ Y e X 6= Y . Considere as


seguintes afirmações:
I. Existe uma bijeção f : X → Y .
II. Existe uma função injetora g : Y → X.
III. O número de funções injetoras f : X → Y é igual ao número de funções sobrejetora
g : Y → X.

É(são) verdadeira(s)

(a) nenhuma delas

36
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

(b) apenas I

(c) apenas III

(d) apenas I e II

(e) todas

11. (FUVEST 2011) Sejam f (x) = 2x−9 e g(x) = x2 +5x+3. A soma dos valores absolutos
das raı́zes da equação f (g(x)) = g(x) é igual a

(a) 4

(b) 5

(c) 6

(d) 7

(e) 8

12. (UNIRIO 1997) A função inversa da função bijetora f : R − {−4} → R − {2} definida
por f (x) = (2x − 3)/(x + 4) é:

(a) f −1 (x) = (x + 4)/(2x + 3)

(b) f −1 (x) = (x − 4)/(2x − 3)

(c) f −1 (x) = (4x + 3)/(2 − x)

(d) f −1 (x) = (4x + 3)/(x − 2)

(e) f −1 (x) = (4x + 3)/(x + 2)

13. (UNIFOR 2006) Sejam f e g funções de R em R, tais que f (x) = −2x+3 e g(f (x)) = 4x.
Nessas condições, a função inversa de g é dada por:
6+x
(a) g −1 (x) =
2
6−x
(b) g −1 (x) =
2
6+x
(c) g −1 (x) =
4
2
(d) g −1 (x) =
6 − 2x
2
(e) g −1 (x) =
6 + 2x
14. (UFMG 1995) Seja f : R → R uma função tal que f (x + 1) = 2f (x) − 5 e f (0) = 6. O
valor de f (2) é:

37
Matemática Elementar CAPÍTULO 2. INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

(a) 0

(b) 3

(c) 8

(d) 9

(e) 12

15. (ITA 2014) Considere as funções f, g : Z → R, f (x) = ax + m, g(x) = bx + n, em que a,


b, m e n são constantes reais. Se A e B são imagens de f e g, respectivamente, então, das
afirmações abaixo:

I. Se A = B, então a = b e m = n;
II. Se A = Z, então a = 1;
III.Se a, b, m e n ∈ Z, com a = b e m = −n, então A = B,

É (são) verdadeira(s):

(a) apenas I.

(b) apenas II.

(c) apenas III.

(d) apenas I e II.

(e) nenhuma.

38
Capı́tulo 3

Função Afim

Definição 28. Chama-se função afim, ou função polinomial do 1◦ grau, a qualquer função
f : R → R dada pela lei de formação f (x) = ax + b, com a, b ∈ R e a 6= 0.

Definição 29. O gráfico de uma função afim é uma reta, onde:


• se a = 0 então temos a função constante, cuja reta é paralela ao eixo das abscissas, cortando
o eixo das ordenadas no ponto (0, b).
• se a 6= 0 e b = 0 então temos a função linear, passando pela origem do plano cartesiano, com
as seguintes possibilidades:
- se a > 0 então temos a reta pertencente à bissetriz dos quadrantes ı́mpares. Um caso especial
ocorre quando a = 1, daı́ temos a função identidade.
- se a < 0 então temos a reta pertencente à bissetriz dos quadrantes pares.

Observação 13. Os números reais a e b são chamados, respectivamente, coeficiente angular e


coeficiente linear da reta.

Observação 14. O crescimento ou decrescimento da função afim f é dada pelo sinal do coefi-
ciente angular. Resumidamente,
• Se a < 0 então f é decrescente.
• Se a > 0 então f é crescente.

Definição 30. Denomina-se raiz ou zero da função afim o valor de x que anula a função.
 
b
Observação 15. Geometricamente, a raiz da função afim x = − é a abscissa do ponto em
a
que a reta corta o eixo x.

39
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

a>0 a<0

⊕ ⊕
x x
b b
− −
a a

Tabela 3.1: Estudo do Sinal

3.1 Exercı́cios Resolvidos

1. (EsPCEx 2011) Considere a função real f (x), cujo gráfico está representado na figura, e
a função real g(x), definida por g(x) = f (x − 1) + 1.

 
1
O valor de g − é:
2

(a) −3.

(b) −2.

(c) 0.

(d) 2.

(e) 3.

Solução: Primeiramente encontramos a forma algébrica de f (x) a partir de seu gráfico.


Por se tratar de uma reta, temos uma função afim f (x) = ax + b. Pelo gráfico, o eixo das
ordenadas y é interceptado no ponto (0, 2), o que acarreta, b = 2. Além disso, o eixo das
abscissas x é interceptado no ponto (−3, 0), ou seja, x = −3 é o zero da função. Assim,

2
f (x) = ax + b ⇒ 0 = a · (−3) + 2 ⇒ −3a + 2 = 0 ⇒ 3a = 2 ⇒ a =
3
2
Portanto, f (x) = x + 2.
3

40
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

Então, temos que:    


1 1
g − =f − −1 +1
2 2
   
1 3
g − =f − +1
2 2
     
1 2 3
g − = · − +2 +1
2 3 2
 
1
g − = −1 + 2 + 1
2
 
1
g − =2
2

Gabarito: D.

2. (MACKENZIE 2010) Na figura a seguir, considere os gráficos das funções f : R → R e


g : R → R, tais que f (x) = ax + b e g(x) = mx + n.

 
7 1 a+n
Se o ponto P tem coordenadas , , o valor de é:
4 2 b·m

(a) 3

(b) 2

(c) 6

(d) 5

41
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

(e) 1

Solução: Analisando o gráfico de f (x) = ax + b, localizamos o ponto (0, −3), que é a


interseção com o eixo das ordenadas. Logo, b = −3.
Além disso, pelas coordenadas do ponto P , temos que:

7 1
a· −3=
4 2

Multiplicando os dois membros por 4:

7a − 12 = 2 ⇒ 7a = 14 ⇒ a = 2

Já no gráfico de g(x) = mx + n, a interseção com o eixo y se dá no ponto (0, 4). Logo,
n = 4.
Além disso, pelas coordenadas do ponto P , temos que:

7 1
m· +4=
4 2

Multiplicando os dois membros por 4:

7m + 16 = 2 ⇒ 7m = −14 ⇒ m = −2

Portanto:
a+n 2+4 6
= = =1
b·m (−3) · (−2) 6

Gabarito: e) 1

3. (UNIFOR 2014) Duas velas homogêneas e de comprimentos iguais são acesas simulta-
neamente. A primeira tem um tempo de queima de 4 horas e a segunda de 6 horas. Após
certo tempo, ambas foram apagadas ao mesmo tempo. Observou-se que o resto de uma
tinha o dobro do resto da outra. Por quanto tempo ficaram acesas?

(a) 2 horas

(b) 2 horas e 30 minutos

(c) 3 horas

(d) 3 horas e 20 minutos

(e) 3 horas e 30 minutos

42
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

Solução: Supondo que cada vela tenha comprimento igual a 1 metro, podemos representar
o comprimento em função do tempo de cada uma da seguinte forma:
Para a vela que tem tempo de queima igual a 4 horas, seu comprimento em função do
tempo será c1 (x) = 1 − x4 .
Para a vela que tem tempo de queima igual a 6 horas, seu comprimento em função do
tempo será c2 (x) = 1 − x6 .
Queremos saber o tempo em que o comprimento da vela maior era o dobro do comprimento
da vela menor, ou seja:

x  x
c2 (x) = 2c1 (x) ⇒ 1 − =2 1− ⇒
6 4
x x x x
1− =2− ⇒ − =2−1⇒
6 2 2 6
3x − x
= 1 ⇒ 2x = 6 ⇒ x = 3
6

Gabarito: c) 3 horas

4. (EsPCEx 2013) Na figura abaixo está representado o gráfico de uma função real do 1°
grau f (x).

A expressão algébrica que define a função inversa de f (x) é:

x
(a) y = +1
2
1
(b) y = x +
2
(c) y = 2x − 2

(d) y = −2x + 2

(e) y = 2x + 2

43
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

Solução: Primeiro, precisamos definir a forma algébrica de f (x) = ax + b. Observe que


seu gráfico intercepta o eixo y no ponto (0, 1), logo, b = 1.
Além disso, o gráfico intercepta o eixo x no ponto (−2, 0), logo:

1
f (−2) = 0 ⇒ a · (−2) + 1 = 0 ⇒ −2a = −1 ⇒ a =
2
x
. Então, f (x) = + 1.
2
Calculando sua função inversa:

x y
y= +1⇒x= +1
2 2
y
= x − 1 ⇒ y = 2(x − 1) ⇒ y = 2x − 2 ⇒
2
f −1 (x) = 2x − 2

Gabarito: c) y = 2x − 2

5. (UNICAMP 2016) Considere a função afim f (x) = ax+b definida para todo número real
x, onde a e b são números reais. Sabendo que f (4) = 2, podemos afirmar que f (f (3)+f (5))
é igual a:

(a) 5

(b) 4

(c) 3

(d) 2

(e) 1

Solução: Sabendo que f (4) = 2, então:

f (4) = 2 ⇒ 4a + b = 2

Do mesmo modo:
f (3) = 3a + b

f (5) = 5a + b

Logo:
f (f (3) + f (5)) = f (3a + b + 5a + b) = f (8a + 2b) = f (2(4a + b))

44
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

Como 4a + b = 2, então:
f (2(4a + b)) = f (2 · 2) = f (4)

Mas já sabemos que f (4) = 2. Portanto:

f (f (3) + f (5)) = 2

Gabarito: d) 2

6. (EAM 2016) Dada a função real definida por f (x) = 6 − 5x, o valor de f (2) − 3f (−2) é
igual a

(a) −52

(b) −48

(c) −12

(d) 24

(e) 48

Solução Substituindo os valores para f (2) e f (−2), temos que:


f (2) = 6 − 5 · 2
f (2) = 6 − 10
f (2) = −4
e

f (−2) = 6 − 5 · (−2)
f (−2) = 6 + 10 f (−2) = 16
Então:

f (2) − 3f (−2)
−4 − 3 · 16
−4 − 48
−52

Gabarito: a) -52

7. (UERJ 2002) Há mais de 5.000 anos os egı́pcios observaram que a sombra no chão
provocada pela incidência dos raios solares de um gnômon (um tipo de vareta) variava de
tamanho e de direção. Com medidas feitas sempre ao meio dia, notaram que a sombra, com

45
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

o passar dos dias, aumentava de tamanho. Depois de chegar a um comprimento máximo,


ela recuava até perto da vareta. As sombras mais longas coincidiam com dias frios. E as
mais curtas, com dias quentes.

(Adaptado de Revista ”Galileu”, janeiro de 2001.)

Um estudante fez uma experiência semelhante à descrita no texto, utilizando uma vareta
OA de 2 metros de comprimento. No inı́cio do inverno, mediu o comprimento da som-
bra OB, encontrando 8 metros. Utilizou, para representar sua experiência, um sistema
de coordenadas cartesianas, no qual o eixo das ordenadas (y) e o eixo das abscissas (x)
continham, respectivamente, os segmentos de reta que representavam a vareta e a sombra
que ela determinava no chão. Esse estudante pôde, assim, escrever a seguinte equação da
reta que contém o segmento AB:

(a) y = 8 − 4x

(b) x = 6 − 3y

(c) x = 8 − 4y

(d) y = 6 − 3x

Solução Tomando a vareta e o solo como os eixos y e x, respectivamente, podemos utilizar


as coordenadas (0, 2) e (8, 0) para encontrarmos a equação correspondente. Sabendo que
a função afim possui a forma y = ax + b, temos que:

a · 0 + b = 2

a · 8 + b = 0

Assim,

8a + 2 = 0
8a = −2

46
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

1
a=−
4

Logo, a função possui a seguinte forma:


x
y =− +2
4
Encontrando, então, a equação da reta:
x
(y = − + 2) · 4
4
4y = −x + 8
x = 8 − 4y

Gabarito c) x = 8 − 4y

8. (EsPCEx 1997) O crescimento de um vegetal, sob certas condições e a partir de uma


determinada altura, segue a função do gráfico abaixo.

Mantidas tais condições, pode-se afirmar que a função que representa o crescimento do
vegetal e sua altura no 12° dia são, respectivamente:

1 12
(a) h(t) = t − 5 e h = cm
2 15
1 5 12
(b) h(t) = t − e h = cm
3 3 15
1 17
(c) h(t) = t + 1 e h = cm
5 5
1 17
(d) h(t) = t + 1 e h = cm
4 5
t−5 12
(e) h(t) = eh=
5 15

Solução: Sabendo que a o coeficiente angular pode ser encontrado pela razão entre a
variação de h e a variação de t em um determinado segmento, temos que:
h − h0
a=
t − t0

47
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

3−2
a=
10 − 5
1
a=
5

Como a reta intercepta o eixo das ordenadas em (0, 1), então podemos inferir que b = 1.
Desse modo:
1
h(t) = t + 1
5

Calculando, então, o crescimento em 12 dias:


1
h(12) = · 12 + 1
5
12 5
h(12) = +
5 5
17
h(12) =
5

1 17
Gabarito: c) t + 1 e h = cm
5 5
8
9. (EsPCEx 1999) Determine os valores de k que fazem com que a função f (x) = x + k −
k
corresponda ao gráfico abaixo.

(a) 2 e −2

(b) −1 e −2

(c) 3 e 4

(d) −2 e −1

(e) 2 e −4

48
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

8
Solução: Dado que o coeficiente linear é representado por k − , temos que:
k
8
k − = −2
k
k2 − 8
= −2
k
k 2 − 8 = −2k
k 2 + 2k − 8 = 0

Sabemos que:
b c
k1 + k2 = − = −2 e k1 · k2 = = −8
a a

Logo,
k1 = −4 e k2 = 2

Gabarito: e)2 e −4

10. (EsPCEX 1999) Sendo f uma função real tal que f (x + 2) = ax + b, ∀x ∈ R, f (2) = 5 e
f (3) = 8, então o valor de a · b é

(a) −32

(b) −23

(c) −21

(d) 12

(e) 36

Solução: Sabendo que f (x − 2) = ax + b, temos que:


f (2) = f (4 − 2) = a · 4 + b
4a + b = 5

f (3) = f (5 − 2) = a · 5 + b
5a + b = 8

Então:

5a + b = 8

−4a − b = −5

49
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

Assim,
a=3
e
5 · 3 + b = 8 → b = −7

Portanto, a · b = 3 · (−7) = −21

Gabarito: c) −21

3.2 Exercı́cios Propostos

1. (UERJ 2000) Em uma partida, Vasco e Flamengo levaram ao Maracanã 90.000 torcedo-
res. Três portões foram abertos às 12 horas e, até às 15 horas, entrou um número constante
de pessoas por minuto. A partir desse horário, abriram-se mais 3 portões e o fluxo cons-
tante de pessoas aumentou. Os pontos que definem o número de pessoas dentro do estádio
em função do horário de entrada estão contidos no gráfico a seguir:

Quando o número de torcedores atingiu 45.000, o relógio estava marcando 15 horas e:

(a) 15 min

(b) 20 min

(c) 30 min

(d) 40 min

(e) 50 min

2. (ESPM 2014) A função f (x) = ax + b é estritamente decrescente. Sabe-se que f (a) = 2b


e f (b) = 2a. O valor de f (3) é:

50
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

(a) 2

(b) 4

(c) −2

(d) 0

(e) −1

3. (UCS 2014) O salário mensal de um vendedor é de R$ 750, 00 fixos mais 2, 5% sobre o


valor total, em reais, das vendas que ele efetuar durante o mês. Em um mês em que suas
vendas totalizarem x reais, o salário do vendedor será dado pela expressão:

(a) 750 + 2, 5x

(b) 750 + 0, 25x

(c) 750, 25x

(d) 750 · (0, 25x)

(e) 750 + 0, 025x

4. (FGV 2014) Uma fábrica de panelas opera com um custo fixo mensal de R$ 9800, 00 e
um custo variável por panela de R$ 45, 00. Cada panela é vendida por R$ 65, 00. Seja x
a quantidade que deve ser produzida e vendida mensalmente para que o lucro mensal seja
igual a 20% da receita.
A soma dos algarismos de x é:

(a) 2

(b) 3

(c) 4

(d) 5

(e) 6

5. (EEAR 2016) Na função f (x) = mx − 2(m − n), m e n ∈ R. Sabendo que f (3) = 4 e


f (2) = −2, os valores de m e n são, respectivamente:

(a) 1 e −1

(b) −2 e 3

(c) 6 e −1

51
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

(d) 6 e 3

6. (UERJ 2014) O reservatório A perde água a uma taxa constante de 10 litros por hora,
enquanto o reservatório B ganha água a uma taxa constante de 12 litros por hora. No
gráfico, estão representados, no eixo y, os volumes, em litros, da água contida em cada um
dos reservatórios, em função do tempo, em horas, representado no eixo x.

Determine o tempo x0 , em horas, indicado no gráfico.

7. (UECE 2006) Se a função linear f (x) = mx + b satisfaz a condição f (7x − 2) = 7f (x) − 2,


pode-se afirmar, corretamente, que:

(a) m = −3b − 1

(b) m = −3b + 1

(c) m = 3b − 1

(d) m = 3b + 1

8. (ESPM)2017 O gráfico abaixo mostra a variação de temperatura no interior de uma


câmara frigorı́fica desde o instante em que foi ligada. Considere que essa variação seja
linear nas primeiras 2 horas.

52
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

O tempo necessário para que a temperatura atinja −18 °C é de:

(a) 90 min

(b) 84 min

(c) 78 min

(d) 88 min

(e) 92 min

9. (EsPCEx 2007) Dada uma função do 1◦ grau f : R → R, tal que f (x) = ax + b; a 6= 0;


a, b ∈ R. A função é decrescente e seu gráfico corta o eixo das ordenadas no ponto (0, 4).
Sabendo que a região delimitada pelos eixos coordenados e a representação gráfica de f
tem área igual a 20 unidades de área, a soma de a + b é igual a:
2
(a) −
5
(b) 0
12
(c)
5
16
(d)
5
18
(e)
5
10. (UECE 2014) Em uma corrida de táxi, é cobrado um valor inicial fixo, chamado de
bandeirada, mais uma quantia proporcional aos quilômetros percorridos. Se por uma
corrida de 8km paga-se R$28, 50 e por uma corrida de 5km paga-se R$19, 50, então o valor
da bandeirada é:

(a) R$7, 50

53
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

(b) R$6, 50

(c) R$5, 50

(d) R$4, 50

11. (CFTMG 2014) O gráfico representa a função real definida por f (x) = ax + b

O valor de a + b é igual a

(a) 0, 5

(b) 1, 0

(c) 1, 5

(d) 2

12. (FUVEST 1993) Uma função f de variável real satisfaz a condição f (x+1) = f (x)+f (1),
qualquer que seja o valor da variável x. Sabendo que f (2) = 1, podemos concluir que f (5)
é igual a:

(a) 0

(b) 1
5
(c)
2
(d) 5

(e) 10

54
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

13. (AFA 2002) Um veı́culo de transporte de passageiro tem seu valor comercial depreciado
linearmente, isto é, seu valor comercial sofre desvalorização constante por ano. Veja a
figura seguinte.

Esse veı́culo foi vendido pelo seu primeiro dono, após 5 anos de uso, por R$ 24.000, 00.
Sabendo-se que o valor comercial do veı́culo atinge seu valor mı́nimo após 20 anos de uso,
e que esse valor mı́nimo corresponde a 20% do valor que tinha quando era novo, então esse
valor mı́nimo é, em reais,

(a) menor que 4500.

(b) maior que 4500 e menor que 7000.

(c) múltiplo de 7500.

(d) um número que não divide 12000.

14. (UNESP 2007) A unidade usual de medida para a energia contida nos alimentos é kcal
(quilocaloria). Uma fórmula aproximada para o consumo diário de energia (em kcal) para
meninos entre 15 e 18 anos é dada pela função f (h) = 17h, em que h indica a altura
em cm e, para meninas nessa mesma faixa de idade, pela função g(h) = 15, 3h. Paulo,
usando a fórmula para meninos, calculou seu consumo diário de energia e obteve 2975 kcal.
Sabendo-se que Paulo é 5 cm mais alto que sua namorada Carla (e que ambos têm idade
entre 15 e 18 anos), o consumo diário de energia para Carla, de acordo com a fórmula, em
kcal, é:

(a) 2501

(b) 2601

(c) 2770

(d) 2875

(e) 2970

55
Matemática Elementar CAPÍTULO 3. FUNÇÃO AFIM

15. (EsPCEx 2007) Dada uma função do 1◦ grau f : R → R, tal que f (x) = ax + b; a 6= 0;
a, b ∈ R. A função f é decrescente e seu gráfico corta o eixo das ordenadas no ponto (0, 4).
Sabendo-se que a região delimitada pelos eixos coordenados e a representação gráfica de f
tem área igual a 20 unidades de área, a soma de a + b é igual a
2
(a) −
5
(b) 0
12
(c)
5
16
(d)
5
18
(e)
5

56
Capı́tulo 4

Função Quadrática

Definição 31. Diz-se função quadrática, ou função polinomial do 2◦ grau, qualquer função
f : R → R dada pela lei de formação f (x) = ax2 + bx + c, em que a, b e c são números reais e
a 6= 0.

Definição 32. O gráfico de uma função quadrática é uma parábola, onde:


• se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima.
• se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo.

Definição 33. Denomina-se raiz ou zero da função quadrática o valor de x que anula a função.

Observação 16. As raı́zes (se existirem) são obtidas a partir das seguintes fórmulas:

√  x1 + x2 = − b

−b ± ∆ a
• Fórmula de Bháskara: x = ; ∆ = b2 − 4ac. • Relação de Girard: c
2a  x1 · x2 =

a
Observação 17. A quantidade de raı́zes reais de uma função quadrática depende do valor
obtido para o radicando ∆, chamado discriminante, isto é:
• se ∆ < 0 então não há raiz real.
• se ∆ = 0 então existem duas raı́zes reais iguais.
• se ∆ > 0 então existem duas raı́zes reais e distintas.

Observação 18. Geometricamente, as raı́zes da função quadrática são as abscissas dos pontos
onde a parábola corta o eixo x.

Observação 19. O vértice é ponto notável da parábola, podendo ser o ponto de máximo
absoluto (a < 0) ou o ponto de mı́nimo
 absoluto
 (a > 0) da função quadrática. Sua sua
b ∆
coordenada cartesiana é dada por: V − , − .
2a 4a

57
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

Observação 20. A parábola admite um eixo de simetria perpendicular ao eixo das abscissas e
b
que passa pelo vértice, sendo dado pela reta x = − .
2a

a<0 a>0

@x ∈ R ⊕ ⊕
x
@x ∈ R
∆<0 x

x1 = x2 x
⊕ ⊕
x1 = x2 x
∆=0

x x2 x ⊕ ⊕
1
x
x1 x2
∆>0

Tabela 4.1: Estudo do Sinal

Observação 21. O conjunto imagem de uma função quadrática pode assumir duas possibilida-
des, a saber:  

• se a < 0 então Im = y ∈ R | y 6 yv = − .
 4a 

• se a > 0 então Im = y ∈ R | y > yv = − .
4a

4.1 Exercı́cios Resolvidos

1. (EsPCEx 2013) Uma indústria produz mensalmente x lotes de um produto. O valor


mensal resultante da venda deste produto é V (x) = 3x2 −12x e o custo mensal da produção
é dado por C(x) = 5x2 − 40x − 40. Sabendo que o lucro é obtido pela diferença entre o
valor resultante das vendas e o custo de produção, então o número de lotes mensais que
essa indústria deve vender para obter lucro máximo é igual a:

(a) 4 lotes

(b) 5 lotes

(c) 6 lotes

(d) 7 lotes

(e) 8 lotes

58
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

Solução: Sabendo que o lucro L(x) é dado pela diferença entre o valor das vendas e o
custo de produção, então:
L(x) = V (x) − C(x)

L(x) = 3x2 − 12x − (5x2 − 40x − 40)

L(x) = 3x2 − 12x − 5x2 + 40x + 40

L(x) = −2x2 + 28x + 40

O número de lotes que devem ser vendidos para obter lucro máximo corresponde ao x do
vértice do gráfico da função L(x). Ou seja:

−b
xv =
2a
−28
xv =
2 · (−2)
−28
xv =
−4
xv = 7

Gabarito: d) 7 lotes

2. (EPCAR 2002) A equação ax2 − 2bx + ab = 0, com a 6= 0 e b 6= 0, admite raı́zes reais e


iguais se, e somente se:

(a) b = a2

(b) b = 2a2

(c) a = −b

(d) b2 = 2a

Solução: A condição para que uma equação do segundo grau possua duas raı́zes iguais é
que seu discriminante seja igual a 0. Isto é:

∆ = 0 ⇒ b2 − 4ac = 0

Dessa forma:
(−2b)2 − 4 · a · ab = 0

4b2 − 4a2 b = 0

59
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

4b(b − a2 ) = 0

Assim, temos duas possibilidades:

4b = 0 ⇒ b = 0

ou

b − a2 = 0 ⇒ b = a2

Pelo enunciado, b 6= 0. Logo, b = a2 .

Gabarito: a) b = a2

3. (UNISINOS 2016) Os alunos de uma escola irão fretar um ônibus com 50 lugares para
um passeio ao jardim zoológico. Cada aluno deverá pagar R$ 40, 00, mais R$ 2, 00 para
cada lugar vago. Para que quantidade de passageiros a empresa terá receita máxima?

(a) 35

(b) 37

(c) 39

(d) 43

(e) 45

Solução: Chamando de x a quantidade de alunos que vão viajar, fica definido que o
número de lugares vagos no ônibus será dado por 50−x. Dessa forma, segundo as condições
do enunciado, a receita da empresa R(x) será dada por:

R(x) = x[40 + 2(50 − x)]

R(x) = x[40 + 100 − 2x]

R(x) = x[140 − 2x]

R(x) = 140x − 2x2

A quantidade de passageiros que gera a receita máxima corresponde ao x do vértice. Assim:

−b
xv =
2a
−140
xv =
2 · (−2)

60
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

−140
xv =
−4
xv = 35

Gabarito: a) 35

4. (UFSM 2005) A porta de entrada de uma das livrarias do shopping é um arco de parábola
do 2° grau, cuja altura máxima é 4m, e os pontos A e B, situados na base do arco, distam
3m um do outro. Para fixar um painel a 0, 5m de A e a 0, 5m de B, a altura ”h”que ficará
disponı́vel para passagem na porta é de

(a) 2, 22m

(b) 2, 12m

(c) 1, 77m

(d) 2, 77m

(e) 2, 21m

Solução: Definindo o ponto médio do segmento AB como sendo a origem do plano car-
tesiano, teremos que x = −1, 5 e x = 1, 5 são raı́zes reais da função que define o arco de
parábola.
Além disso, sabemos que a forma fatorada de uma função do segundo grau é f (x) =
a(x − x1 )(x − x2 ), em que a é o coeficiente que acompanha x2 e x1 e x2 são as raı́zes reais
da função. Logo:
f (x) = a(x + 1, 5)(x − 1, 5)

Pela definição que estabelecemos, de que o ponto médio do segmento AB é a origem do

61
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

plano cartesiano, o vértice dessa parábola será o ponto de coordenadas (0, 4). Substituindo
x e f (x) na forma fatorada da função, encontraremos o valor do coeficiente a:

f (x) = a(x + 1, 5)(x − 1, 5)

4 = a(0 + 1, 5)(0 − 1, 5)

a · 1, 5 · (−1, 5) = 4
4
a=−
1, 5 · 1, 5
4
a=−
2, 25

Para um ponto distante 0, 5m de A, sua abscissa será x = 1, 5 − 0, 5 ⇒ x = 1. Por sua vez,


para um ponto distante 0, 5m de B, sua abscissa será x = −1, 5 + 0, 5 ⇒ x = −1. Note
que x = 1 e x = −1 são pontos simétricos em relação ao eixo y, logo, o valor da função
para esses dois pontos é o mesmo. Em outras palavras, f (1) = f (−1). Para calcular a
altura h, usaremos f (1):
h = f (1)
4
h=− (1 + 1, 5)(1 − 1, 5)
2, 25
4
h=− · (2, 5) · (−0, 5)
2, 25
5
h=
2, 25
h = 2, 22

Gabarito: a) 2, 22m

5. (UESPI 2012) Em qual dos intervalos abertos seguintes, o gráfico da parábola y =


3x2 − 4x − 3 fica abaixo da gráfico da parábola y = x2 + 3?

(a) (−1, 4)

(b) (0, 5)

(c) (−2, 1)

(d) (−2, 4)

(e) (−1, 3)

62
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

Solução: Dizer que o gráfico de uma função f está abaixo de outro de gráfico de uma
função g em um dado intervalo, significa que a função f , nesse mesmo intervalo, está
assumindo valores menores que a função g.
Nesse caso, pelo enunciado, temos que:

3x2 − 4x − 3 < x2 + 3

2x2 − 4x − 6 < 0 : (2)

x2 − 2x − 3 < 0

Usando soma e produto, concluı́mos que as raı́zes dessa função são x1 = −1 e x2 = 3. Ao


esboçar o gráfico dessa função, devemos verificar em que intervalo y < 0, ou seja, a função
é negativa. Feito isso, observamos que tal condição acontece para −1 < x < 3, que na
notação de intervalo é o mesmo que (−1, 3).

Gabarito: e) (−1, 3)

6. (ITA 2011) Determine todos os valores de m ∈ R tais que a equação (2 − m)x2 + 2mx +
m + 2 tenha duas raı́zes reais distintas e maiores que zero.

Solução: Para que a condição imposta seja satisfeita, é necessário que o discriminante da
equação (2 − m)x2 + 2mx + m + 2 = 0 seja maior que zero. Então:

∆>0
(2m)2 − 4(2 − m)(m + 2) > 0
4m2 − (8 − 4m)(m + 2)¿0
4m2 − (8m + 16 − 4m2 − 8m) > 0
4m2 − 16 + 4m2 > 0
8m2 > 16
√ √
m2 > 2 m < − 2 ou m > 2.
√ √
Portanto, m ∈] − ∞, − 2[∪] 2, +∞[

7. (EsPCEx 2019) Se a equação polinomial x2 + 2x + 8 = 0 tem raı́zes a e b e a equação


x2 + mx + n = 0 tem raı́zes (a + 1) e (b + 1), então m + n é igual a

(a) -2

(b) -1

63
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

(c) 4

(d) 7

(e) 8

Solução: Por soma e produto das raı́zes da primeira equação, temos que:

a + b = −2

a·b=8

Aplicando soma e produto das raı́zes da segunda equação, temos que: (a+1)+(b+1) = −m
a + b + 2 = −m
−2 + 2 = −m
m=0

(a + 1)(b + 1) = n
a·b+a+b+1=n
8−2+1=n
n=7

Assim, m + n = 0 + 7 = 7

Gabarito: d) 7

8. (ENEM LIBRAS - 2017) Suponha que para um trem trafegar de uma cidade à outra
seja necessária a construção de um túnel com altura e largura iguais a 10 m. Por questões
relacionadas ao tipo de solo a ser escavado, o túnel deverá ser tal que qualquer seção
transversal seja o arco de uma determinada parábola, como apresentado na Figura 1.
Deseja-se saber qual a equação da parábola que contém esse arco. Considere um plano
cartesiano com centro no ponto médio da base da abertura do túnel, conforme Figura 2.

A equação que descreve a parábola é

2
(a) y = − x2 + 10
5

64
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

2
(b) y = x2 + 10
5
(c) y = −x2 + 10

(d) y = x2 + 25]

(e) −x2 + 25

Solução: Observando o gráfico, podemos concluir que as raı́zes da equação que forma o
gráfico são −5 e 5, uma vez que o eixo das absissas é interceptado nos pontos (−5, 0) e
(5, 0).

Por meio da soma e produto, em que S representa a soma das raı́zes e P o produto delas
e sabendo que o gráfico intercepta o eixo das ordenadas em ((0, 10), podemos concluir’ que:

b
S=−
a
b
−5 + 5 = −
a
b
− =0
a
b=0

e
c
P =
a
10
−5 · 5 =
a
−25a = 10
−2
a=
5

2
Gabarito: a) y = − x2 + 10
5

9. (IBMECRJ 2013) Uma lanchonete vende, em média, 200 sanduı́ches por noite ao preço
de R$6, 00 cada um. O proprietário observa que, para cada R$0, 10 que diminui no preço, a
quantidade vendida aumenta em cerca de 20 sanduı́ches. Considerando o custo de R$4, 50

65
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

para produzir cada sanduı́che, o preço de venda que dará o maior lucro ao proprietário
será:

(a) R$5, 00

(b) R$5, 25

(c) R$5, 50

(d) R$5, 75

(e) R$6, 00

10. (UPE 2014) Num terreno, na forma de triângulo retângulo, com catetos de medidas 60
metros e 80 metros, Sr. Pedro construiu uma casa retangular com a maior área possı́vel,
como na figura a seguir:

Qual a medida da área do terreno destinado à construção da casa em metros quadrados?

(a) 600

(b) 800

(c) 1000

(d) 1200

(e) 1400

4.2 Exercı́cios Propostos

1. (UECE 2016) No sistema de coordenadas cartesianas usual, o gráfico da função f : R →


R, f (x) = 2x2 − 8x + 6 é uma parábola cujo vértice é o ponto M . Se P e Q são as

66
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

interseções desta parábola com o eixo das abcissas, então, a medida da área do triangulo
M P Q, em u.a (unidade de área), é igual a:

(a) 1, 5

(b) 2, 0

(c) 2, 5

(d) 3, 0

2. (UECE 2019) Seja f : R → R a função quadrática definida por f (x) = x2 + bx + c. Se


f assume o menor valor para x = −1 e se x = 2 é uma raiz da equação f (x) = 0, então, a
soma b + c é igual a:

(a) −4

(b) 4

(c) −3

(d) −6

3. (UNICAMP 2020) Sabendo que a é um número real, considere a função f (x) = ax + 2


definida para todo número real x. Se f (f (1)) = 1, então:

(a) a = −1
1
(b) a = −
2
1
(c) a =
2
(d) a = 1

4. (UFSCAR 2009) A parábola determinada pela função f : R → R tal que f (x) =


ax2 + bx + c, com a 6= 0, tem vértice de coordenadas (4, 2). Se o ponto de coordenadas
(2, 0) pertence ao gráfico dessa função, então o produto a · b · c é igual a:

(a) −12

(b) −6

(c) 0

(d) 6

(e) 12

67
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

5. (CFTMG 2016) O saldo S de uma empresa A é calculado em função do tempo t, em


meses, pela equação S(t) = 3t2 − 39t + 66. Considerando essa função, o saldo da empresa
é negativo entre o:

(a) 2° e 11° mês.

(b) 4° e 16° mês.

(c) 1° e 4° e entre o 5° e 16° mês.

(d) 2° e 5° e entre o 7° e 14° mês.

(e) 1° e 4° e entre o 7° e 14° mês.

6. (UERJ 2016) Dada a função f , definida por f (x) = x2 −2kx+29, para todo x pertencente
a R. Se f (x) ≥ 4, para todo número real x, o valor mı́nimo da função f é 4. Assim, o
valor positivo do parâmetro k é:

(a) 5

(b) 6

(c) 10

(d) 15

7. (UNESP 2017) Uma função quadrática f é dada por f (x) = x2 + bx + c, com b e c reais.
Se f (1) = −1 e f (2) − f (3) = 1, o menor valor que f (x) pode assumir, quando x varia no
conjunto dos números reais, é igual a:

(a) −12

(b) −6

(c) −10

(d) −5

(e) −9

8. (EsPCEx 2015) Um portal de igreja tem a forma de um arco de parábola, conforme


figura abaixo. A medida da sua base AB é 4 m e da sua altura é 5 m. Um vitral foi
colocado 3, 2 m acima da base.

Qual a medida CD da base, em metros?

(a) 1, 44

68
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

(b) 1, 80

(c) 2, 40

(d) 3, 00

(e) 3, 10

9. (EsPCEx 1999) Na criação de um determinado animal para abate o criador dispõe de


estudos que lhe informam que:


2 2 √ √
I. o custo de criação evolui no tempo segundo a relação P C = t + 2 2t + 200 2;
120

II. o preço abatido


√ pelo criador ao vender o produto evolui no tempo segundo a relação
2 2 √ √
PV = − t + 3 2t + 200 2.
120
Onde P V e P C são respectivamente os preços de custo e de venda de arroba de carne, em
reais, e t, o tempo de engorda, em dias. Nestas condições pode-se afirmar que o tempo de
engorda que fornece maior lucro (P V − P C) é de

(a) 20 dias

(b) 30 dias

(c) 90 dias

(d) 60 dias

(e) 45 dias

10. (ESA 2005) Estando afastado 6 metros de um muro de 3 metros de altura, um menino
chuta uma bola que cai exatamente sobre o citado muro, após percorrer a trajetória descrita

69
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

pela equação y = ax2 + (1 − 4a)x , em relação ao sistema de coordenadas usual. Nestas


condições, a altura máxima atingida pela bola é:

(a) 10

(b) 4

(c) 8

(d) 12

(e) 6

11. (ENEM PPL 2013) O proprietário de uma casa de espetáculos observou que, colocando
o valor da entrada a R$ 10, 00, sempre contava com 1 000 pessoas a cada apresentação,
faturando R$ 10000, 00 com a venda dos ingressos. Entretanto, percebeu também que,
a partir de R$ 10, 00, a cada R$ 2, 00 que ele aumentava no valor da entrada, recebia
para os espetáculos 40 pessoas a menos. Nessas condições, considerando P o número de
pessoas presentes em um determinado dia e F o faturamento com a venda dos ingressos,
a expressão que relaciona o faturamento em função do número de pessoas é dada por:

P2
(a) F = − + 60P
20
P2
(b) F = − 60P
20
(c) F = −P 2 + 1200P
P2
(d) F = − + 60
20
(e) F = P 2 − 1200P

12. (ESA 2017) Os valores de k de modo que o valor mı́nimo da função f (x) = x2 +(2k−1)x+1
seja –3 são
5 3
(a) − e
2 2
5 3
(b) − e−
2 2
5 3
(c) e −
4 4
5 3
(d) e
2 2
5 3
(e) e −
2 2
13. (UFSJ 2013) Um corpo arremessado tem sua trajetória representada pelo gráfico de uma
parábola, conforme a figura seguir.

70
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

14. (G1 - CFTRJ 2012) Um objeto é lançado do topo de um muro, de altura h, atingindo
o solo após 5 segundos. A trajetória parabólica do objeto é representada pela equação
y = –0, 5x2 + bx + 2, 5, cujo gráfico está apresentado abaixo, onde y indica a altura atingida
pelo objeto em relação ao solo, em metros, no tempo x, em segundos.

(a) Calcule a altura h e o valor do coeficiente b da equação da trajetória.

(b) Determine a altura máxima, em relação ao solo, atingida pelo objeto.

15. (FUVEST 2015) A trajetória de um projétil, lançado da beira de um penhasco sobre


um terreno plano e horizontal, é parte de uma parábola com eixo de simetria vertical,
como ilustrado na figura. O ponto P sobre o terreno, pé da perpendicular traçada a
partir do ponto ocupado pelo projétil, percorre 30 m desde o instante do lançamento até o
instante em que o projétil atinge o solo. A altura máxima do projétil, de 200 m acima do
terreno, é atingida no instante em que a distância percorrida por P , a partir do instante
do lançamento, é de 10 m. Quantos metros acima do terreno estava o projétil quando foi
lançado?

71
Matemática Elementar CAPÍTULO 4. FUNÇÃO QUADRÁTICA

(a) 60

(b) 90

(c) 120

(d) 150

(e) 180

72
Capı́tulo 5

Função Modular

 módulo ou valor absoluto de um número real x, que indicaremos por |x|, é


Definição 34. O
x, se x ≥ 0

dado por: |x| =
−x, se x < 0

Observação 22. Geometricamente, o módulo de um número real x é igual à distância do ponto


correspondente a esse número até a origem da reta real.

Propriedade 4. Para quaisquer que sejam os números reais x e y, são válidas as seguintes
propriedades:
• |x| > 0
• |x| = 0 ⇔ x = 0
• |x| · |y| = |xy|
• |x|2 = x2
• x 6 |x|
• |x + y| 6 |x| + |y|
• |x − y| > |x| − |y|

• |x| = x2
• |x| 6 a e a > 0 ⇔ −a 6 x 6 a
• |x| > a e a > 0 ⇔ x 6 −a ou x > a

Observação 23. A condição a > 0 nas duas últimas propriedades também é conhecida como
condição de existência.

Definição 35. A função f : R → R definida por f (x) = |x| é denominada função modular ou
função módulo.

73
Matemática Elementar CAPÍTULO 5. FUNÇÃO MODULAR

Gráfico da Função Modular

Definição 36. Chama-se equação modular toda equação cuja incógnita se apresenta dentro de
módulo.
|x| = a ⇔ x = a ∨ x = −a

Definição 37. Chama-se inequação modular toda desigualdade que apresenta incógnita dentro
de módulo.

• |x| 6 a e a > 0 ⇔ −a 6 x 6 a

• |x| > 0 e a > 0 ⇔ x 6 −a ou x > a

5.1 Exercı́cios Resolvidos

1. (EsPCEx 2018) O conjunto solução da inequação ||x − 4| + 1| ≤ 2 é um intervalo do tipo


[a, b]. O valor de a + b é igual a:

(a) −8

(b) −2

(c) 0

(d) 2

(e) 8

Solução: Pelas propriedades das inequações modulares, temos que:

||x − 4| + 1| ≤ 2 ⇒ −2 ≤ |x − 4| + 1 ≤ 2

74
Matemática Elementar CAPÍTULO 5. FUNÇÃO MODULAR

Agora, podemos resolver essa inequação simultânea analisando dois casos:


I) Se x − 4 ≥ 0, então |x − 4| = x − 4. Logo:

−2 ≤ x − 4 + 1 ≤ 2

−2 ≤ x − 3 ≤ 2

1≤x≤5

II) Se x − 4 ≤ 0, então |x − 4| = 4 − x. Logo:

−2 ≤ 4 − x + 1 ≤ 2

−2 ≤ −x + 5 ≤ 2

−7 ≤ −x ≤ −3

3≤x≤7

Fazendo a interseção desses dois intervalos, encontraremos que:

3≤x≤5

Em notação de intervalo: [3, 5]. Assim, a = 3 e b = 5, resultando que a + b = 8.

Gabarito: e) 8

2. (ITA 2011) O produto das raı́zes reais da equação |x2 − 3x + 2| = |2x − 3| é igual a:

(a) −5

(b) −1

(c) 1

(d) 2

(e) 5

Solução: Pela definição de módulo, teremos que resolver as seguintes equações:


I) x2 − 3x + 2 = 2x − 3 ⇒ x2 − 5x + 5 = 0. Calculando o discriminante, encontramos que
∆ = 5. Logo:


5+ 5
x1 =
2

75
Matemática Elementar CAPÍTULO 5. FUNÇÃO MODULAR


5− 5
x2 =
2

II) x2 − 3x + 2 = −(2x − 3) ⇒ x2 − 3x + 2 = −2x + 3 ⇒ x2 − x − 1 = 0. Calculando o


discriminante, encontramos que ∆ = 5. Logo:


1+ 5
x3 =
2

1− 5
x4 =
2

O produto das raı́zes da equação será dado por:


√ √ √ √
5+ 5 5− 5 1+ 5 1− 5
· · ·
2 2 2 2
√ √ √ √
(5 + 5) · (5 − 5) · (1 + 5) · (1 − 5)
=
2·2·2·2
√ √
(52 − 52 ) · (12 − 52 )
=
16
(25 − 5) · (1 − 5)
=
16
20 · (−4)
=
16
80
=−
16
= −5

Gabarito a) −5

3. (ESA 2021) A solução da inequação |3x − 10| ≤ 2x é dada por:

(a) S = ∅

(b) S = {x ∈ R | 2 ≤ x ≤ 10}

(c) S = {x ∈ R | x ≥ 2}

(d) S = {x ∈ R | x ≤ 10}

(e) S = {x ∈ R | x ≤ 2 ou x ≥ 10}

76
Matemática Elementar CAPÍTULO 5. FUNÇÃO MODULAR

Solução: Usando as propriedades de inequações modulares:

|3x − 10| ≤ 2x ⇒ −2x ≤ 3x − 10 ≤ 2x

Trata-se, então, de resolvermos duas inequações simultâneas: 3x−10 ≥ −2x e 3x−10 ≤ 2x.
Logo:
I)
3x − 10 ≥ −2x ⇒ 5x ≥ 10 ⇒ x ≥ 2

II)
3x − 10 ≤ 2x ⇒ x ≤ 10

Calculando a interseção entre esses dois intervalos, teremos como solução da inequação o
conjunto: S = {x ∈ R | 2 ≤ x ≤ 10}

Gabarito: b) S = {x ∈ R | 2 ≤ x ≤ 10}

4. (EEAR 2022) A soma das raı́zes da equação 2|x|2 − 5|x| = 3 é um valor:

(a) igual a 2

(b) entre 2 e 3

(c) maior que 3

(d) menor que 1

Solução: Podemos resolver esse tipo de equação recorrendo a uma substituição de variável.
Assim, escolhendo devidamente y = |x| e substituindo na equação, teremos que:

2y 2 − 5y = 3 ⇒ 2y 2 − 5y − 3 = 0

Resolvendo pelo método de Bhaskara:


p
−(−5) ± (−5)2 − 4 · 2 · (−3)
y= ⇒
2·2
5+7
y1 = ⇒ y1 = 3
4
5−7 1
y2 = ⇒ y2 = −
4 2
Mas, definimos inicialmente que y = |x|. Logo:

77
Matemática Elementar CAPÍTULO 5. FUNÇÃO MODULAR

1
|x| = 3 ou |x| = −
2
1
O módulo de um número real é sempre um valor positivo, por isso a equação |x| = −
2
não possui solução. Nos resta então que:

|x| = 3 ⇒ x = 3 ou x = −3

Somando os valores das raı́zes encontradas, temos 3 + (−3) = 0. Por fim, 0 é um valor
menor que 1.

Gabarito: d) menor que 1

5. (EsPCEx 2018) Sabendo que o gráfico a seguir representa a função real f (x) = |x − 2| +
|x + 3|, então o valor de a + b + c é igual a:

(a) −7

(b) −6

(c) 4

(d) 6

(e) 10

Solução: Repare que se trata de uma função definida por partes.


Para x < −3 temos f (x) = (−x + 2) + (−x − 3) ⇒ f (x) = −2x − 1.
Para −3 ≤ x < 2 temos f (x) = (−x + 2) + (x + 3) ⇒ f (x) = 5
Para x ≥ 2 temos f (x) = (x − 2) + (x + 3) ⇒ f (x) = 2x + 1

78
Matemática Elementar CAPÍTULO 5. FUNÇÃO MODULAR


−2x − 1, se x < −3






Ou seja: f (x) = 5, se − 3 ≤ x < 2




2x + 1, se x ≥ 2

Observe que no intervalo entre a e b a função é constante. Como sabemos que para
−3 ≤ x < 2 a função fica definida como f (x) = 5, então a = −3 e b = 2. O ponto c é
a interseção com o eixo das ordenadas, logo pode ser encontrado substituindo x = 0 em
f (x). Assim: f (0) = |0 − 2| + |0 + 3| = 2 + 3 = 5. Então, c = 5.
Com isso, temos a + b + c = −3 + 2 + 5 = 4

Gabarito: c) 4

6. (INSPER 2012) A figura a seguir mostra o gráfico da função f (x).

O número de elementos do conjunto solução da equação |f (x)| = 1, resolvida em R é igual


a:

(a) 6

(b) 5

(c) 4

(d) 3

(e) 2

7. (PUCRJ 2014) Considere a função real f (x) = |x + 1| + |x − 1|. O gráfico que representa
a função é:

79
Matemática Elementar CAPÍTULO 5. FUNÇÃO MODULAR

(a)

(b)

(c)

(d)

(e)

8. (UDESC 2014) A soma das raı́zes distintas da equação x2 − 5x + 6 = |x − 3| é:

(a) 10

(b) 7

(c) 0

(d) 3

(e) 4

9. (G1 - CFTMG) O conjunto dos números reais que tornam a função f (x) = |x2 − 4x|
maior que 5 é:

80
Matemática Elementar CAPÍTULO 5. FUNÇÃO MODULAR

(a) ∅

(b) R

(c) {x ∈ R| − 1 < x < 5}

(d) {x ∈ R|x < −1 ou x > 5}

10. (UFC 2008) Dadas as funções f : R → R e g : R → R definidas por f (x) = |1–x2 | e


g(x) = |x|, o número de pontos na interseção do gráfico de f com o gráfico de g é igual a:

(a) 5

(b) 4

(c) 3

(d) 2

(e) 1

5.2 Exercı́cios Propostos

1. (UECE 2011) Dada a função f : R → R, definida por f (x) = |x2 − 6x + 5|, existe
um único número y0 tal que para exatamente três números x1 , x2 , x3 verifica-se a relação
f (x1 ) = f (x2 ) = f (x3 ) = y0 . Nestas condições o valor da soma x1 + x2 + x3 é

(a) 6

(b) 7

(c) 8

(d) 9

2. (FUNDEP 2016) O número de soluções reais da equação |2x − 3| + 2 = |x + 4| é:

(a) 0

(b) 1

(c) 2

(d) 3

(e) 4

81
Matemática Elementar CAPÍTULO 5. FUNÇÃO MODULAR

3. (EsPCEx 2003) A soma dos quadrados de todas as raı́zes da equação x2 +4x−2|x+2|+4 =


0 é igual a:

(a) 16

(b) 20

(c) 24

(d) 28

(e) 36

4. (EEAR 2018) Seja f (x) = |3x − 4| uma função. Sendo a 6= b e f (a) = f (b) = 6, então o
valor de a + b é igual a:
5
(a)
3
8
(b)
3
(c) 5

(d) 3

5. (MACKENZIE 1996) O número de soluções reais da equação ||x + 1| − 2| = x + 4 é:

(a) 0

(b) 1

(c) 2

(d) 3

(e) 4

6. (EsPCEx 2021) O número de soluções, em R, da equação |x + 2| + |x − 1| = x + 1 é igual


a:

(a) 0

(b) 1

(c) 2

(d) 3

(e) 4

7. (FGV 2014) Assinale a única função, dentre as opções seguintes, que pode estar repre-
sentada no gráfico a seguir:

82
Matemática Elementar CAPÍTULO 5. FUNÇÃO MODULAR

(a) y = 1 − |x − 1|

(b) y = 1 − |x + 1|

(c) y = 1 + |x − 1|

(d) y = 1 + |x + 1|

(e) y = |x − 1| + |x + 1|

8. (EsPCEx 2016) Os gráficos de f (x) = 2 e g(x) = x2 − |x| têm dois pontos em comum.
O valor da soma das abscissas dos pontos em comum é igual a:

(a) 0

(b) 4

(c) 8

(d) 10

(e) 15

9. (IFRS 2015) Sejam as funções reais definidas por: f (x) = |x2 − 6x| − 3 e g(x) = −x + 3.
O número de soluções reais para equação f(x)=g(x) é:

(a) 3

(b) 4

(c) 5

(d) 2

(e) 1
1 3
10. (EsPCEx 2014) O número de soluções da equação |x||x − 3| = 2|x − |, no conjunto
2 2
R, é:

83
Matemática Elementar CAPÍTULO 5. FUNÇÃO MODULAR

(a) 1

(b) 2

(c) 3

(d) 4

(e) 5

11. (MACKENZIE 2011) Dadas as funções reais definidas por f (x) = |x|2 − 4|x| e g(x) =
|x2 − 4|, considere I, II, III e IV abaixo.

I. Ambas as funções possuem gráficos simétricos em relação ao eixo das ordenadas;

II. O número de soluções reais da equação f (x) = g(x) é 3;

III. A soma de todas as raı́zes das funções dadas é 4;

IV. Não existe x real tal que f (x) < g(x)

O número de afirmações correta é:

(a) 0

(b) 1

(c) 2

(d) 3

(e) 4

12. (AFA 2017) Durante 16 horas, desde a abertura de uma certa confeitaria, observou-se
que a quantidade q(t) de unidades vendidas do doce “amor em pedaço”, entre os instantes
(t − 1) e t é dada pela lei q(t) = ||t − 8| + t − 14|, em que t representa o tempo, em horas,
e t ∈ {1, 2, 3, ..., 16}. É correto afirmar que:

(a) entre todos os instantes foi vendida, pelo menos, uma unidade de “amor em pedaço”;

(b) a menor quantidade vendida em qualquer instante corresponde a 6 unidades;

(c) em nenhum momento vendem-se exatamente 2 unidades;

(d) o máximo de unidades vendidas entre todos os instantes foi 10.

13. (EsPCEx 2009) Dada a função real modular f (x) = 8 + (|4k − 3| − 7)x em que k é real.
Todos os valores de k para que a função dada seja decrescente pertencem ao conjunto:

84
Matemática Elementar CAPÍTULO 5. FUNÇÃO MODULAR

(a) k > 2, 5

(b) k < −1

(c) −2, 5 < k < −1

(d) −1 < k < 2, 5

(e) k < −1 ou k > 2, 5

x
14. (EEAR 2007) No conjunto solução da inequação |1 − | < 5, a quantidade de números
3
inteiros pares é:

(a) 14

(b) 12

(c) 10

(d) 8

15. (ITA 2007) Sobre a equação na variável x, |||x − 1| − 3| − 2| = 0, podemos afirmar:

(a) ela não admite solução real;

(b) a soma de todas as suas soluções é 6;

(c) ela admite apenas soluções positivas;

(d) a soma de todas as soluções é 4;

(e) ela admite apenas duas soluções reais,

85
Capı́tulo 6

Trigonometria

• Ângulo é a região formada por duas semi-retas de mesma origem, denominada vértice.

O A

• Razões Trigonométricas
cateto oposto a x
1. sen x =
hipotenusa
cateto adjacente a x
2. cos x =
hipotenusa
cateto oposto a x sen x
3. tg x = =
cateto adjacente a x cos x
cateto adjacente a x cos x
4. cotg x = =
cateto oposto a x sen x
hipotenusa 1
5. sec x = =
cateto adjacente a x cos x
hipotenusa 1
6. cossec x = =
cateto oposto a x sen x

B
β

a
c

α
C b A

86
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA


c b c
sen α = ; cos α = ; tg α =


a a b




 cotg α = b ; sec α = a a


 ; cossec α =
c b c

b c b
sen β = ; cos β = ; tg β =


a a c


c a a



 cotg β = ; sec β = ; cossec β =

b c b

• Ângulos Notáveis

30◦ 30◦

l h l

60◦ 60◦
C l l A
2 2

l
1
∴ sen 30◦ = cos 60◦ = 2
=
l 2
h


 sen 60◦ = cos 30◦ =



 l







2 l 2
 2 2 3l2 l 3
l = 2 +h ⇒h = ⇒h=

 4 2



√ √


l 3

 ∴ sen 60◦ = cos 30◦ = 2 = 3



l 2

45◦

h
l

45◦
C l A

87
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

l


 sen 45◦ = cos 45◦ =



 h






h2 = l2 + l2 ⇒ h2 = 2l2 ⇒ h = l 2




√ √



l 2 2


 ∴ sen 45◦ = cos 45◦ =

=
2 2

• Ângulo central é o ângulo cujo vértice coincide com o centro de uma circunferência.

A
O

]AOB: ângulo central

AB:
d arco

• Arco é a interseção do ângulo central com a circunferência.

• A unidade de medida do arco no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o radiano (rad).

• O grau (◦ ) é outra medida utilizada e, a conversão entre essas medidas, é dada por meio
da equivalência: π rad ↔ 180◦ .

• Comprimento de Arco

B
s
α A
O r

s
α= ⇒s=α·r
r

• Denomina-se ciclo trigonométrico uma circunferência de raio unitário, sobre a qual mar-
camos um ponto O (origem), e adotamos um sentido positivo de percurso (anti-horário).

88
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

IIQ IQ
⊕ x
O
IIIQ IV Q

• Os eixos x e y dividem o ciclo trigonométrico em quatro partes iguais chamadas quadrantes.

• Função Cosseno

B2 B

α A
O cos α B1

Quadro de Sinal

− +
− +

• Função Seno

B2 B
sen α
α A
O B1

Quadro de Sinal

+ +
− −

89
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

• Função Tangente

B2 B
tg α

α A
O B1

Quadro de Sinal

− +
+ −

• Relações Fundamentais
sen α
tg α =
cos α
1 cos α
cotg α = =
tg α sen α
1
cossec α =
sen α
1
sec α =
cos α
2 2
sen α + cos α = 1

cossec2 α = 1 + cotg2 α

sec2 α = tg2 α + 1

• Redução ao Primeiro Quadrante

1. Do 2◦ para o 1◦
sen tg

π−α
α
cos




 sen (π − α) = sen α

cos(π − α) = − cos α


 tg(π − α) = −tg α

90
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

2. Do 3◦ para o 1◦

sen tg

π+α
α
cos




 sen (π + α) = −sen α

cos(π + α) = − cos α



 tg(π + α) = tg α

3. Do 4◦ para o 1◦

sen tg

2π − α
α
cos




 sen (2π − α) = −sen α

cos(2π − α) = cos α


 tg(2π − α) = −tg α

6.1 Exercı́cios Resolvidos


 
35π
1. (EEAR 2021) O valor numérico de sen (−1650°) + cos é:
3
(a) 0

(b) 1

(c) 3
√ 1
(d) 3 +
2
Solução: Precisamos definir a primeira determinação positiva dos respectivos ângulos.
Escrevendo-os na notação de arcos côngruos:
−1650° = −210° − 4 · 360°

91
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

35π 5π
= + 2 · 5π
3 3

Logo:    
35π 5π
sen (−1650°) + cos = sen (−210°) + cos = sen (150°) + cos (300°)
3 3
1 1
= sen (30°) + cos (60°) = + =1
2 2
Gabarito: b) 1

2. (EsPCEx 2018) Dentre as alternativas a seguir, aquela que representa uma função
trigonométrica de perı́odo 2π, cujo gráfico está representado na figura abaixo é:

(a) f (x) = 1 − sen (π − x)


(b) f (x) = 1 + cos (π − x)
(c) f (x) = 2 − cos (π + x)
(d) f (x) = 2 − sen (π + x)
(e) f (x) = 1 − cos (π − x)

Solução: Repare que esse gráfico corresponde ao da função cosseno deslocado ver-
ticalmente para cima em uma unidade. Ou seja, esse é o gráfico da função f (x) =
1 + cos x. Devemos procurar nas alternativas uma função equivalente a essa. Por
tentativa, observamos que se trata da função f (x) = 1 − cos (π − x), pois:

1 − cos (π − x) = 1 − (cos π · cos x + sen π · sen x)

1 − cos (π − x) = 1 − (−1 · cos x + 0 · sen x)

1 − cos (π − x) = 1 − (− cos x)

1 − cos (π − x) = 1 + cos x

Gabarito: e) f (x) = 1 − cos (π − x)

92
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

3. (FUVEST 1994) O valor de (tg 10° + cotg 10°) sen 20° é:
1
(a)
2
(b) 1

(c) 2
5
(d)
2
(e) 4

Solução: Expressando tg 10° e cotg 10° em termos de seno e cosseno:

sen2 10° + cos2 10°


   
sen 10° cos 10°
(tg 10°+cotg 10°) sen 20° = + sen 20° = sen 20°
cos 10° sen 10° cos 10° · sen 10°
Repare que no denominador podemos usar a relação fundamental da trigonometria:
sen2 x + cos2 x = 1. No numerador, por sua vez, podemos recorrer ao seno de um arco
1
duplo: sen 2x = 2 sen x · cos x ⇒ sen x · cos x = sen 2x. Então:
2
 
 2
sen 10° + cos2 10°
  
1 2
sen 20° =   sen 20° = sen 20°
 
cos 10° · sen 10° 1 sen 20°
sen (2 · 10°)
2
Fazendo a multiplicação e as devidas simplificações, teremos:
 
2 2 · sen 20°
sen 20° = =2
sen 20° sen 20°

Gabarito: c) 2

4 √
4. (EsPCEx 2020) Se θ é um arco do 4° quadrante tal que cos θ = , então 2 sec θ + 3 tg θ
5
é igual a:

2
(a)
2
1
(b)
2√
5 2
(c)
2
3
(d)
2√
19
(e)
2
Solução: Calculando o valor de sec θ:

4 1 4 5
cos θ = ⇒ = ⇒ sec θ =
5 sec θ 5 4

93
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

Para o cálculo de tg θ, partiremos da relação fundamental da trigonometria e dividi-


remos todo os termos por cos2 θ. Assim:

sen2 θ + cos2 θ = 1 ⇒ tg2 θ + 1 = sec2 θ

Substituindo o valor da secante que já temos:


 2 r
2 5 2 25 2 9 9 3
tg θ + 1 = ⇒ tg θ = − 1 ⇒ tg θ = ⇒ tg θ = ± ⇒ tg θ = ±
4 16 16 16 4
3
Como θ pertence ao 4° quadrante, então tg θ = − .
4
Logo: s   r r
p 5 3 10 9 1 1
2 sec θ + 3 tg θ = 2 · + 3 · − = − = =
4 4 4 4 4 2

1
Gabarito: b)
2
5. (MACKENZIE 2013) A expressão cos (a2 − 2b2 ) · cos (b2 ) − sen (a2 − 2b2 ) · sen (b2 )
é igual a:

(a) cos (a2 + b2 )


(b) sen (b2 )
(c) cos (a2 )
(d) sen [(a + b) · (a − b)]
(e) cos [(a + b) · (a − b)]

Solução: Para facilitar a resolução, faremos as substituições x = a2 − 2b2 e y = b2 .


Então:

cos (a2 − 2b2 ) · cos (b2 ) − sen (a2 − 2b2 ) · sen (b2 ) = cos x · cos y − sen x · sen y

Repare que a expressão que obtemos corresponde ao cosseno da soma de dois arcos,
ou seja:
cos x · cos y − sen x · sen y = cos (x + y)

Como definimos inicialmente que x = a2 − 2b2 e y = b2 , então:

cos (x + y) = cos (a2 − 2b2 + b2 ) = cos (a2 − b2 )

(a2 − b2 ) é um produto notável bem conhecido que pode ser reescrito como (a + b) ·
(a − b). Assim:
cos (a2 − b2 ) = cos [(a + b) · (a − b)]

94
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

Gabarito: e) cos [(a + b) · (a − b)]

3
6. (EsPCEx 1997) A soma das raı́zes da equação sen2 x − = 0, onde 0◦ < x < 360◦ ,
4
é:

(a) 60◦

(b) 240◦

(c) 180◦

(d) 720◦

(e) 300◦

7. (EEAR 2018) Simplificando a expressão sen(2π − x) + sen(3π + x), obtém-se:

(a) senx

(b) −senx

(c) 2senx

(d) −2senx

8. (UPF 2017) Considere o triângulo ABC representado na figura. Sabe-se que:


AB = 8
AĈB = 30◦
Qual das expressões seguintes representa BC em função de α?

(a) 16senα

(b) 8senα

(c) 4 3α

(d) 16cosα

(e) 4cosα

9. (FUVEST 2015) Sabe-se que existem números reais A e x0 , sendo A > 0, tais que
senx + 2cosx = Acos(x–x0 ) para todo x real. O valor de A é igual a

(a) 2

(b) 3

(c) 5

(d) 2 2

(e) 2 3

95
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

π π
10. (FUVEST 2013) Sejam α e β números reais com − < α < e 0 < β < π. Se o
2 2
sistema de equações, dado em notação matricial,
    
3 6 tgα 0
  = √ 
6 8 cosβ −2 3
for satisfeito, então α + β é igual a:
π
(a) −
3
π
(b) −
6
(c) 0
π
(d)
6
π
(e)
3

6.2 Exercı́cios Propostos

1. (EsPCEx 2017) Considere o triângulo com ângulos internos x, 45° e 120°. O valor
de tg2 x é igual a:

(a) 3 − 2

(b) 3 − 7

(c) 7 − 4 3

(d) 2 − 3

(e) 2 − 4 3
1 sec x
2. (EEAR 2022) Se sen 2x = , então é igual a:
3 sen x
(a) 8

(b) 6

(c) 4

(d) 2

3. (UECE 2018) O valor da soma sen (x) + sen (x + π) + sen (x + 2π) + sen (x + 3π) +
· · · + sen (x + nπ), onde n é um número natural par e menor do que 100 é:

(a) sen (x)

(b) cos (x)

(c) 0

(d) 1

96
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

4. (UECE 2015) Sejam f , g : R → R funções definidas por f (x) = 3sen x e g(x) =


sen (3x ). Se m e n são os valores máximos atingidos por f e g respectivamente, então
o produto m · n é igual a:

(a) 6
(b) 3
(c) 1
(d) 0

5. (EsPCEx 2005) Um topógrafo, querendo conhecer a altura de um penhasco, mediu a


distância do ponto A até a beira do rio (ponto E), obtendo 20 metros. A largura do rio
(EB) é desconhecida. A figura abaixo mostra os ângulos B ÂC = 30◦ e B ÊC = 60◦ .

A altura do penhasco encontrada pelo topógrafo foi:



(a) 15 3m

(b) 12 3m

(c) 10 3m

(d) 20 3m

(e) 40 3m

6. (MACKENZIE 2010) Se cos 15°, cos a e cos 75° formam, nessa ordem, uma pro-
gressão aritmética, o valor de cos a é:

2
(a)
√3
6
(b)
√3
3
(c)
√4
6
(d)
√4
2
(e)
4
sen (8π/3) − cos (5π)
7. (UEL 1996) O valor da expressão é:
tg (13π/6)

3+2 3
(a)
2

97
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

√ √
3 2+2 3
(b)
2

(c) 3+2 3
√ √
(d) 3 2+2 3
√ √
(e) 3( 2 + 3)

8. (PUC-SP 1996) O gráfico seguinte corresponde a uma das funções de R em R a


seguir definidas. A qual delas?

(a) f (x) = sen (2x) + 1


(b) f (x) = 2 sen (x)
(c) f (x) = cos (x) + 1
(d) f (x) = 2 sen (2x)
(e) f (x) = 2 cos (x) + 1

9. (UECE 1997) Seja p um número real positivo. Se sen (2θ) = 2p e sen (θ) = 3p,
π
0 < θ < , então p é igual a:
√ 2
2
(a)
√9
2
(b)
√8
2
(c)
6√
2 2
(d)
9
10. (AFA 2020) Em uma roda gigante, a altura h, em metros, em que uma pessoa se
encontra, em relação ao solo, no instante t, em segundos, é dada pela função R → R,
definida por h(t) = A + Bsen(Ct) , em que A, B e C são constantes reais. A figura
a seguir ilustra o gráfico dessa função, no intervalo [0, 150].
Analise cada proposição abaixo quanto a ser (V) Verdadeira ou (F) Falsa.

( ) |A · B · C| = π

98
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

( ) No instante t = 20s, a pessoa estará a uma altura h tal que h ∈ [17, 5; 17, 8]
3π π
( ) A função real f definida por f (t) = 10 − 9cos( − t) é idêntica à função h. Sobre
2 60
as proposições, tem-se que:

(a) todas são verdadeiras

(b) apenas duas são verdadeiras

(c) apenas uma é verdadeira

(d) nenhuma delas é verdadeira

11. (EEAR 2019) Simplificando a expressão sen(2π − x) + sen(3π + x), obtém-se:

(a) senx

(b) −senx

(c) 2senx

(d) −2senx


12. (EEAR 2020)√ Considere x um arco do 3 quadrante e cotangente de x igual a ctgx.
− 2 2
Se senx = , então o valor de A = tgx + é:
2 ctg 2 x

(a) 3

(b) 2

(c) 2

(d) 3

13. (UFRGS 2016) Considere as funções f e g definidas por f (x) = senx e g(x) = cosx.
O número de raı́zes da equação f (x) = g(x) no intervalo [–2π, 2π] é:

(a) 3

(b) 4

(c) 5

(d) 6

(e) 7

14. (EsPCEx 2019) Na figura abaixo está representado um trecho do gráfico de uma
função real da forma y = m · sen(nx) + k, com n > 0.

99
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

Os valores de m, n e k são, respectivamente,


π
(a) 3, e −1
3
π
(b) 6, e 1
6
π
(c) −3, e 1
6
π
(d) −3, e 1
3
π
(e) 3, e −1
6
15. (FUVEST 2018) Admitindo que a linha pontilhada represente o gráfico da função
f (x) = senx e que a linha contı́nua represente o gráfico da funçãog(x) = αsen(βx),
segue que:

(a) 0 < α < 1 e 0 < β < 1


(b) α > 1 e 0 < β < 1
(c) α = 1 e β > 1
(d) 0 < α < 1 e β > 1
(e) 0 < α < 1 e β = 1

• Equações Trigonométricas

1. sen β = sen α
sen

β
α


 β = α + 2kπ
sen β = sen α ⇒
 β = π − α + 2kπ

100
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

2. cos β = cos α

α
cos
β


 β = α + 2kπ
cos β = cos α ⇒
 β = −α + 2kπ

3. tg β = tg α
tg

β
α


 β = α + 2kπ
tg β = tg α ⇒
 β = π + α + 2kπ

• Miscelânia de Fórmulas

1. sen(a + b) = sen a · cos b + sen b · cos a

2. sen(a − b) = sen a · cos b − sen b · cos a

3. cos(a + b) = cos a · cos b − sen a · sen b

4. cos(a − b) = cos a · cos b + sen a · sen b


tg a + tg b
5. tg(a + b) =
1 − tg a · tg b
tg a − tg b
6. tg(a − b) =
1 + tg a · tg b
7. sen(2a) = 2 · sen a · cos a

8. cos(2a) = cos2 a − sen2 a


2 · tg a
9. tg(2a) =
1 − tg2 a
r
a 1 − cos a
10. sen =±
2 2
a r
1 + cos a
11. cos =±
2 2
r
a 1 − cos a
12. tg =±
2 1 + cos a

101
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

6.3 Exercı́cios Resolvidos

1. (ESA 2016) Sabendo que x pertence ao 4◦ quadrante e que cosx = 0, 8, pode-se


afirmar que o valor de sen2x é igual a:

(a) 0, 28

(b) −0, 96

(c) −0, 28

(d) 0, 96

(e) 1

2. (EsPCEx 2018) O número de raı́zes da equação 2cos2 x + 3cosx + 1 = 0 no intervalo


]0, 2π[ é:

(a) 0

(b) 1

(c) 2

(d) 3

(e) 4

3. (EsPCEx 2019) O conjunto solução da inequação 2 cos2 x + sen x > 2, no intervalo


[0, π], é:
i πh
(a) 0,
 6 

(b) ,π
6
i π h  2π 
(c) 0, ∪ π
3 3
i πh
(d) 0,
3
i π h  5π 
(e) 0, ∪ ,π
6 6

Solução: Da relação fundamental da trigonometria, temos:

sen2 x + cos2 x = 1 ⇒ cos2 x = 1 − sen2 x

Logo:

2 cos2 x + sen x > 2 ⇒ 2(1 − sen2 x) + sen x > 2 ⇒ 2 − 2 sen2 x + sen x > 2

⇒ −2 sen2 x + sen x > 0 ⇒ 2 sen2 x − sen x < 0

102
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

Fazendo a substituição y = sen x, teremos:

2y 2 − y < 0 ⇒ y(2y − 1) < 0

1
Pelo estudo do sinal de y(2y − 1), chegaremos à conclusão que 0 < y < . Como
2
y = sen x, então;
1
0 < sen x <
2
Considerando o intervalo [0, π] no cı́rculo trigonométrico, o conjunto solução dessa
inequação é:  
i πh 5π
S = 0, ∪ ,π
6 6
i π h  5π 
Gabarito: e) 0, ∪ ,π
6 6

4. (EsPCEx 2016) A soma das soluções da equação cos (2x) − cos (x) = 0, com x ∈
[0, 2π), é igual a:

(a)
3
(b) 2π

(c)
3
(d) π

(e)
3

Solução: Desenvolvendo a equação:

cos (2x) − cos (x) = 0 ⇒ cos2 x − sen2 x − cos x = 0 ⇒ cos2 x − (1 − cos2 x) − cos x = 0

⇒ cos2 x − 1 + cos2 x − cos x = 0 ⇒ 2 cos2 x − cos x − 1 = 0

Fazendo a substituição y = cos x, teremos:

2y 2 − y − 1 = 0

Resolvendo pelo método de Bhaskara, acharemos que as raı́zes dessa equação são
1
y1 = 1 e y2 = − . Como y = cos x, então:
2
1
cos x = 1 ou cos x = −
2

Resolvendo as duas equações considerando o intervalo [0, 2π):

cos x = 1 ⇒ x = 0

103
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

1 2π 4π
cos x = − ⇒ x = ou x =
2 3 3
Somando as três soluções, encontraremos que:

2π 4π 6π
0+ + = = 2π
3 3 3

Gabarito: b) 2π

5. (EsPCEx 2000) O número de soluções da equação sen4 x + cos4 x = 1, satisfazendo


a condição 0 ≤ x ≤ 2π, é:

(a) infinito

(b) 4

(c) 2

(d) 1

(e) 0

Solução: Da relação fundamental da trigonometria, temos:

sen2 x + cos2 x = 1

Logo, podemos dizer que:

sen4 x + cos4 x = 1 ⇒ sen4 x + cos4 x = sen2 x + cos2 x

Desenvolvendo:

sen4 x + cos4 x = sen2 x + cos2 x ⇒ sen4 x − sen2 x = cos2 x − cos4 x

⇒ sen2 x (sen2 x − 1) = cos2 x (1 − cos2 x)

A partir da relação fundamental da trigonometria, temos:

sen2 x − 1 = − cos2 x e 1 − cos2 x = sen2 x

Logo:

sen2 x (sen2 x − 1) = cos2 x (1 − cos2 x) ⇒ sen2 x · (− cos2 x) = cos2 x · sen2 (x)

⇒ − sen2 x · cos2 x = sen2 x · cos2 x ⇒ 2 sen2 x · cos2 x = 0 ⇒ sen2 x · cos2 x = 0

Desse modo, para que a igualdade seja verdadeira devemos ter que:

sen2 x = 0 ou cos2 x = 0

104
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

Resolvendo as duas equações no intervalo 0 ≤ x ≤ 2π:

sen2 x = 0 ⇒ sen x = 0 ⇒ x = 0 ou x = π

π 3π
cos2 x = 0 ⇒ cos x = 0 ⇒ x = ou
2 2
Ou seja, existem 4 soluções para a equação dada inicialmente.
Gabarito: b) 4

1 2
6. (AFA 1998) O conjunto solução da inequação ≤ sen x cos x ≤ , para 0 ≤ x ≤ π,
4 2
é:
n π πo
(a) x ∈ R | ≤x<
 12 6 
π 5π
(b) x ∈ R | <x<
12 3
 
5π 5π
(c) x ∈ R | ≤x≤
12 6
 
π 5π
(d) x ∈ R | ≤x≤
12 12
Solução: Multiplicando por 2 todos os membros da inequação:

1 2 1 √ 1 √
2 · ≤ 2 sen x cos x ≤ 2 · ⇒ ≤ 2 sen x cos x ≤ 2 ⇒ ≤ sen 2x ≤ 2
4 2 2 2
1 √
Substituindo θ = 2x, temos ≤ sen θ ≤ 2.
2
1 √
Nesse caso, há duas inequações simultâneas: sen θ ≥ e sen θ ≤ 2. Resolvendo no
2
intervalo 0 ≤ x ≤ π:
1 π 5π
sen θ ≥ ⇒ ≤ θ ≤
2 6 6
Dividindo todos os membros por 2:

π θ 5π
≤ ≤
12 2 12
θ
Como θ = 2x, então = x. Ou seja:
2
π 5π
≤x≤
12 12

Para sen θ ≤ 2 o conjunto solução são todos os reais, pois o valor máximo da função
π 5π
seno é 1. Logo, o conjunto solução da inequação dada inicialmente é ≤x≤ .
  12 12
π 5π
Gabarito: d) x ∈ R | ≤x≤
12 12

105
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

7. (MACKENZIE 2014) O valor de θ que satisfaz o sistema, para x e θ reais, com


0≤ x ≤ π é:
x = 1 − sen 2θ

2x = 2 + cos θ

(a) 0
π
(b)
2
(c) π
π
(d)
4
π
(e)
3
Solução: Substituindo x = 1 − sen 2θ em 2x = 2 + cos θ teremos que:

2x = 2+cos θ ⇒ 2(1−sen 2θ) = 2+cos θ ⇒ 2−2 sen 2θ = 2+cos θ ⇒ cos θ+2 sen 2θ = 0

⇒ cos θ + 2 · 2 sen θ cos θ = 0 ⇒ cos θ + 4 sen θ cos θ = 0 ⇒ cos θ (1 + 4 sen θ) = 0

Logo:
cos θ = 0 ou 1 + 4 sen θ = 0

Resolvendo as duas equações considerando o intervalo 0 ≤ x ≤ π:

π
cos θ = 0 ⇒ θ =
2
1
1 + 4 sen θ = 0 ⇒ sen θ = −
4
Repare que nessa segunda equação o sen θ é negativo, o que implica que θ é um arco
pertencente ao 3o ou 4o quadrantes. Logo, não possui solução dentro do intervalo
π
0 ≤ x ≤ π. Portanto, θ = é o único valor de θ que satisfaz o sistema de equações.
2

π
Gabarito: b)
2
8. (MACKENZIE 2017) Os valores de x(X ∈ R), para os quais a função f (x) =
1 π
tg(3x − ) não é definida, são:
3 4
(a) π + kπ, k ∈ Z
π
(b) + kπ, k ∈ Z
2

(c) + kπ, k ∈ Z
4
π
(d) + kπ, k ∈ Z
4
π kπ
(e) + ,k∈Z
4 3

106
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

π
9. (ITA 2020) Seja a um número real satisfazendo 0 < a < . Então, a soma de todos
2
os valores de x ∈ [0, 2π] que satisfazem a equação a equação cosxsen(a + x) = sena
é igual a:

(a) 5π + 2a

(b) 5π + a

(c) 5π

(d) 5π − a

(e) 5π − 2a
5
10. (EEAR 2021) Dado tg(x) + cotg(x) = , determine sen(2x):
2
2
(a)
5
4
(b)
5
3
(c)
7
9
(d)
7

6.4 Exercı́cios Propostos


x √
1. (EEAR 2021) Os valores que satisfazem a equação 3 tg − 3 = 0, para x ∈
2
[0, 4π], são:
 
π 7π
(a) ,
3 3
 
π 7π
(b) ,
6 6
 
π 5π
(c) ,
3 3
 
π 5π
(d) ,
6 6
1
2. (UECE 2015) Se x é um ângulo tal que cos x = , então o valor do determinante
4
2
sen 2x 2 cos x
é:
− cos x sen x

(a) 1

(b) 0
1
(c)
2
1
(d) −
2

107
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

3. (UNESP 2014) O conjunto solução (S) para a inequação 2 cos2 x + cos (2x) > 2,
em que 0 < x < π, é dado por:
 
π 5π
(a) S = x ∈ (0, π) | 0 < x < ou <x<π
6 6
 
π 2π
(b) S = x ∈ (0, π) | < x <
3 3
 
π 2π
(c) S = x ∈ (0, π) | 0 < x < ou <x<π
3 3
 
π 5π
(d) S = x ∈ (0, π) | < x <
6 6
(e) S = {x ∈ (0, π)}

4. (MACKENZIE 1975) Para 0 ≤ x ≤ 2π, o conjunto solução de (sen x + cos x)2 > 1
é:
n πo
(a) S = x ∈ R|0 < x <
 2 
π 3π
(b) S = x ∈ R | 0 < x < ou π < x <
2 2
 
π 3π
(c) S = x ∈ R | < x < π ou < x < 2π
2 2
 

(d) S = x ∈ R| < x < 2π
2
(e) ∅

5. (UNESC 2020) Encontre os valores de K para que se tenha, simultaneamente,



sen x = K + 1 e cos x = K 3:

(a) 1 ou 3
1 1
(b) ou
4√ 3
3 √
(c) ou 2
2
1
(d) 0 ou
2
6. (EsPCEx 1997) A equação sen x = m2 − m − 1 admite solução se, e somente se:

(a) m ≤ 0 ou m ≥ 1

(b) −1 ≤ m ≤ 2

(c) 0 ≤ m ≤ 2

(d) m ≥ 0 ou m ≤ 1

(e) −1 ≤ m ≤ 0 ou 1 ≤ m ≤ 2
1
1+
tg x cossec x
7. (EEAR 2020) Se A = + é um número real, então A é igual a:
1 + tg x sec x

108
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA

(a) 2 tg x
(b) 2 sen x
(c) 2 cos x
(d) 2 cotg x

8. (ITA 2017) O número de soluções da equação (1 + sec θ)(1 + cossec θ) = 0, com


θ ∈ [−π, π], é

(a) 0
(b) 1
(c) 2
(d) 3
(e) 4

9. (Escola Naval 2021) Sabendo que 2 sen(α + β) = sen(α) + sen(β), com α + β 6= π,


k ∈ Imagem associada para resolução da questão assinale a opção que apresenta o
α β
valor de tg( )tg( ).
2 2
1
(a)
3
1
(b)
4
1
(c)
5
1
(d)
6
1
(e)
8
10. (ITA 2015) Os valores de x ∈ R[0, 2π] que satisfazem a equação 2senx − cosx = 1
são:
3
(a) arccos( ) e π
5
3
(b) arcsen( ) e π
5
4
(c) arcsen(− ) e π
5
4
(d) arccos(− ) e π
5
4
(e) arccos( ) e π
5

11. (ITA 2016) Um triângulo retângulo tem perı́metro igual a l 5, em que l é o compri-
mento da hipotenusa. Se α e β são seus ângulos agudos, com α < β, então sen(β − α)
é igual a:

(a) 5 − 2 5

109
Matemática Elementar CAPÍTULO 6. TRIGONOMETRIA


(b) −6 + 3 5
p √
(c) 16 5 − 35
p √
(d) 20 5 − 44
p √
(e) 18 5 − 40

12. (UECE 2018) O número de soluções, no intervalo [0, 2π], da equação 2cos2 x +
3senx–3 = 0 é igual a:

(a) 2

(b) 0

(c) 1

(d) 3

110

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