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PÉRSIO DE SOUZA·SAMTOS

11111111~1111~11~1111
Ll48516
2~ edic;õo revisado e ampliada

Volume 3
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ARGILAS
PÉRSIO DE SOUZ.A S.AMTOS
Professor Titular dlP Quimlco Industrial do
hporto11111nto do Engonhorlo Quimlco do
Escola Pollt"nlco do
Unlvorsldodo de Sõo Paulo

CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ARGILAS


2!' edição revisada e ampliada

Com o colaboração do Prof!' Dr!' Heleno Sou:zo Santos:


Chefe do Laboratório de Microscopia IEletrónlco:
Departamento de Físico ll!xperlmentol do
Instituto de Físico do USP

Volume3

EDITORA EDCARD BLÜCHER LTOA.


111m~111111~1~11~11~1
Ll48516

O QUE É "ARGILA"
A. ARGILA:- substância terrosa, esbranquiçada, formada de sílica e alumina. Barro, terra
(do latim -argilla) - Candido de Figueiredo: Novo Dicionário da Língua Portuguesa; 3~
Ed., Portugal-Brasil Sociedade Editora, Lisboa, 1899.

B. ARGILA:- (a) designação comum a silicatos de alumínio hidratados que constituem os mi-
nerais dito argilosos. (b) sedimento elástico predominantemente constituído por fragmen-
tos inferiores a 2 microns de diâmetro e que, conforme o mineral argiloso existente, pode
ser plástico. (c) barro (do grego -árgilos pelo latim argilla) - Aurélio Buarque de Holanda:
Novo Dicionário de Língua Portuguesa 2~ Ed. Editora Nova Fronteira; Rio de Janeiro,
1986.

C. BÍBLIA:- Jeová Deus fez o homem do pó da terra - Gênesis, Capítulo 10; 2-7.

© 1992 Editora Edgard Blücher Ltda. D. Se a fome aperta, a gente faz pirão de barro e carne (dito popular brasileiro).

E. "ZAMBI":- falando como rei e pondo a prova sua força, lhes diz que não é encostar o cor-
po, que ser livre é trabalhar e vigiar e poder continuar senhor de si: "É no trabalho que um
É roibida a reprodução total ou parc~al dia a gente pega o sol com a mão. Em cada coisa que a mão livre do negro tocar, novas coi-
P por quaisquer meios sas vão nascer e se a mão livro do negro tocar na argila, o que vai nascer? Vai nascer pote
sem autorização prévia da editora
pra gente beber! Nasce panela pra gente comer! Nasce vasilha, nasce parede e nasce esta-
tuinha bonita de se ver! ("Arena Canta Zumbi", de Gianfrancesco Guarnieri, Augusto
EDITORA EDGARD BLÜCHER LTDA. Boa! e Vinícius de Morais, São Paulo, maio de 1965).
01060 - CAIXA POSTAL 5450
F. "O barro toma a forma que você quiser
END. TELEGRÁFICO: BLÜCHERLIVRO
Você nem sabe estar fazendo o que o barro quer"
SÃO PAULO - SP - BRASIL (Paulo Leninski; Galeria, n. 10, p. 25, 1988).

G. "Venham fazer tijolos e queimá-los no fogo e os usemos em lugar das pedras". (Genesis,
Impresso no Brasil Printed in Brazil Cap. XI, versículo .1).
ARGILAS NA HISTÓRIA
TÁBUAS CUNEIFORMES (ASSÍRIA):- A agênci& de notícias "INA" do Iraque, sudoeste da Ásia, anun-
ciou (03.11.84) que arqueólogos descobriram perto de Bagdá, Capital do país, uma das mais antigas bi-
bliotecas do mundo, datada do Século 10 a.C. A biblioteca foi encontrada na cidade antiga de Sabar e
contém um grande número de placas de argila crua com inscrições sumerianas (civilização que se insta-
lou no vale do Tigre-Eufrates, na Mesopotâmia). A biblioteca foi considerada "uma das mais significati-
vas descobertas arqueológicas deste século". A cidade de Sabar foi encontrada em 1881 por arqueólogos
franceses e iraquianos e, desde então, foram recuperados cerca de 150 mil placas de argila (clay tablets)
com inscrições sumerianas de seu interior. A biblioteca recém-encontrada estava entre 4,0 e 2, 7 metros
. de profundidade; entre o material encontrado estava um relacionado com a era do rei babilônio Edi-ila-
Adna, que reinou na Mesopotâmia entre os anos 1.067 e 1.046 a.C. (Folha de São Paulo, 4.11.84).

A HISTÓRIA DO EXÉRCITO DE "TERRACOTA" EM LIVRO CHINÊS

O livro "The Undergound Terracota Army of Emperor Quin Shi Huan", editado em Pequim, Chi-
na, pelaNew World Press, 111 pgs. narra, em imagens, a história das Mil e uma Noites da descoberta ar-
queológica deste Século. Em 1974, os arqueólogos chineses encontraram numa área de 15 mil m 2 , enter-
radas no monte Li (a 60 km da primeira capital unificada da China, Chian), nada menos que um fulgu-
rante exército de seis mil homens, equipado com cerca de cem carros de madeira: Os soldados, feitos de
terracota (termo italiano para "terra cozida" ou "argila queimada"), tinham o tamanho natural; essa
descoberta seria equivalente, se fossem encontradas hoje enterradas, a da pirâmides do Egito. Como as
pirâmides, esse exército com seus cavalos, serviam de túmulo para os imperadores, que nela deposita-
vam o que desejavam encontrar quando seueparassem com uma vida depois da morte. O imperador
Huan, que viveu no ano 221 antes de Cristo, para forjar esse fantasioso expediente, construiu sua sepul- DEDICATÓRIA DA 1!1 EDIÇÃO
tura real em 36 anos, utilizando-se de setecentos mil prisioneiros: os que levaram o ~eu corpo para a tum-
ba não tiveram a sorte de sair: foram enterrados com o soberano, para que o segredo do seu exército de Este livro é dedicado àquelas cinco pessoas ue m
terracota não chegasse aos ouvidos dos saqueadores. que tiveram que me dividir com o trabalho· H ~ pe ~ehram t.anto, em troca de tão pouco, e
· e ena, m o, Bmho e meus pais.
Outro estratagema inventado para evitar intrusos foi a criação de artefatos que disparavam setas
automaticamente quando alguém penetrava na tumba imperial. No plano original, o sonho do impera-
dor ia mais além do que um artificial exército de barro: havia réplicas de todos os rios do país, maquetes DEDICATÓRIA DA 2!1 EDIÇÃO
de palácios e navios, de modo que o imperador carregava para o seu túmulo o país - em miniatura -
que governara. Em 84, outra descoberta somou-se a essa, encontrou-se na região leste da China, três mil Esta edição é dedicada ao Prof. Geor e W B . ,.
estatuetas de guerreiros, também em terracota, arranjados em ordem de batalha. (Folha de São Paulo, desde as estruturas cristalinas da l' "t g d . nndley pelas suas magnificas contribuições
· cau tm ae ahaloisit t' ' '
20.08.86). nzados e também à Mrs. Catherine B . dl a, a e a smtese dos argilominerais pila-
vidades. nn ey' sua companheira dedicada em todas as suas ati-
l ·n dmit that clays and clay mmera . 1s h ave any fascination and most
"Few peop ~ wt a . st interesting of natural materiais".
people regard them as bemg the la h b. t . dicated by the many sciences and
"The interdisciplinary nature 0 ~ t e su ~ec' m n "or its growth and fascination."
. . .h · · · lved is the ma1or reaso •' , .
technolog1es m wh1c tt IS mvo . . f Cl and Clay Minerais", conferencia
G. W. Brindley, em "The. Fascm~tton o d ri~utor em Ciência honoris causa pela
proferida por ocasião do recebimento o grau e
Universidade de Louvain, Bélgica, 1969.
PREFÁCIO À 1? EDIÇÃO

Este livro é baseado no Curso de Pós-Graduação sobre Tecnologia de Argilas de dois


semes.tres, lecionado pela primeira vez no Departamento de Engenharia Química da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo; este curso objetivava fornecer a seus alunos,
candidatos ao grau de Doutor, um conjunto de conhecimentos científicos e tecnológicos
sobre as propriedades das argilas brasileiras e estrangeiras que permitisse iniciar a parte
PROPRIEDADES OE
experimental das pesquisas para a tese de doutorado para a Escola Politécnica e para o
ENGENHARIA
Instituto de Química da USP. A postila inicial para este curso foi republicada em três
Estobilizoçóo de Terros
volumes pela Escola Politécnica da Universidade Federal da Paraíba, em Campina Grande,
Meconico de Solos
moldes
tendo sido rapidamente esgotada. Este fato levou à elaboração do presente volume, o qual
Areid poro
contou com o apoio da Editora da Universidade de São Paulo e da Editora Edgard Blücher.
As primeiras perguntas que são sempre feitas ao autor de um livro técnico são: a)
~- ARGILAS NA
iNOUSTR.IA qual a finalidade ou objetivo do livro?; b) por que o livro precisa ser feito, frente à literatura
ARGILAS EM PETROLIFERA técnico-cientifica existente, quer no Brasil, quer internacionalmente? Ambas são perguntas
ARGILAS EM
Allero~õo Génese do petróleo
difíceis de ser respondidas e necessitam para a sua resposta uma autocrítica do autor, a
lntemperlsmo
SOLOS qual não é fácil de ser feita de forma equilibrada: o autor não será um bom especialista se
Síntese Oiogênese Fluidos poro perfurocóo

~
PARA Refino do petróleo não for "bitolado" e "fanático" pela especialidade a que se dedicou - esse "bitolamento"
AGRICULTURA Catolizo dores em torno de argilas eu estou consciente de possuir e fico feliz por me ver bem acompanhado,
pois um congresso internacional sobre argilas se realiza a cada três anos.
OE ARGILAS Este livro não busca, obviamente, substituir nem os livros do professor Grim "Clay
/'
1 dentlficacão
Criatologrofia Mineralogy" e "Applied Clay Mineralogy", nem as monografias da Mineralogical Society
Químico coloidal Propriedades térmicos•
da Grã-Bretf(nha sobre difração de raios X, análise térmica diferencial, e microscopia ele-
ospectroscóp1cas, e
outros propriedades trônica e infravermelho, e, menos ainda, o livro de Millot sobre "Geologia de argilas".
fisicos Este livro visa, em primeiro lugar, familiarizar o estudante de pós-graduaç.ão com os
conhecimentos científicos e tecnológicos modernos sobre as argilas, ao nível internacional,
e mostrar i;ua aplicação às argilaS brasileiras, em particular, procurando estabelecer as
bases para a "transferência" e a "adaptação" da tecnologia de argilas desenvolvida inter-
nacionalmente; como tal, pode também servir como modelo operacional de estudo para
outras áreas de tecnologia baseadas em matérias-primas nacionais.
O segundo objetivo é o de colocar o estudante de pó_s-graduaç.ão, para mestrado e
doutorado, em condições de iniciar seus trabalhos -de pesquisa sobre argilas brasileiras,
após conhecer o que já foi feito no campo, quer por pesquisadores profissionais, univer-
sitários, de instituição de pesquisa ou de indústrias, quer por estudantes de pós-graduação
em suas pesquisas sobre argilas de interesse regional. Esse é o motivo de ser enfatizada a
bibliografia brasileira, não porque seja mais importante ou mais abundante que a estran-
geira, mas para possibilitar o estudo crítico comparativo.
Um terceiro objetivo é o de motivar os estudantes de pós-graduação e os jovens pes-
quisadores a estudarem argilas brasileiras e minérios não-metálicos, todos eles recursos
naturais não-renováveis, como matérias-primas para as indústrias químicas de processo
is as argilas são materiais importantes - Em
Campos de estudo superpostos nos qua . l 1973 Edward Orton Jr. Memorial existentes ou que se pretendam implantar, .operar e desenvolver no Brasil. É óbvio que a
G. W. Brindley - The world of clays and clays mmera s, metodologia usada nos estudos de aplicação industrial de argilas, mutatis mutandis, pode
Lecture, Cerain. Bull. 52 (12), 892 <1973).
ser aplicada a outras matérias-primas não-renováveis brasileiras, procurando maximizar
os seus usos mais nobres e fornecendo mais alguns meios para levar à independência sócio- e t~bém àquelas que autorizaram. a utiliza ão t .
artigos de revista e no texto do li' ç , otal ou parc1ai de dados de pesquisa em
-técnico-econômica do Brasil. A recente crise do petróleo e suas múltiplas conseqüências F' r vro.
mostram a importância do emprego de matérias-prunas alternativas e como o grau de ma IZando, é oportuno acentuar ue a t .
independência de um país é dependente da importação de matérias-primas estrangeiras. cordantes, não é estática e sim v~ria COqtin. ecnologia, em que pesem as opiniões dis-
,. · . n uamente com o tem d
Acostumar os estudantes de pós-graduação em ciência e engenharia a pesquisarem sobre a conjuntura regional existente no paí , .. po, evendo ser adaptada
problemas e necessidades industriais brasileiras, utilizando matérias-primas nacionais, é "?acotes de tecnologia", estáticos e ob:o~~;u: ere~~~:da. Assim, ª.compra simples de
vunento. Portanto, para "fazer tecnolo ·a" ' P, J a1 a uma sociedade em desenvol-
recomendado pelo então Conselho Nacional de Pesquisas do Brasil em seu relatório "A
Pesquisa Industrial como Fator de Desenvolvimento do Brasil", publicado em 1968; a ?º Brasil, é necessário criar não some! u:::: pais~ en: des.env?lvimento, como é o caso
pesquisa científica e tecnológica de argilas é exemplo da implementação dessas recomen- mternacional, mas também aprender a h bil'dcadpadcitaçao cientifica da melhor qualidade
tecno1ogias · mternacionais
· . às condi'ço-es b ª ·1iae. eadaptarconf muamente as diversas
.
dações. · · ,
té cnico-cientifica rasi eiras e saber escolh' .
· Em resumo, usando os conhecimentos existentes sobre a8 argilas brasileiras e os que forneça condi'ço-es . - er o hpo de cooperação
·
A ssun, · para as movaçoes tecn I ' · d ·
conhecimentos científico-tecnológicos internacionais, procura-se mostrar como é possível espero que este livro i'lustr o ogicas e mteresse nacional
· d e como se podem d ·
tentar desenvolver uma tecnologra nacional em torno do aproveitamento e da valorização u_nporta as e desenvolver, com originalidade tecn 1 . a ap1ar ~acotes de tecnologias
de nossas matérias-primas visando ao máximo a auto-suficiência e a independência nacionais. cipa1mente, de interesse brasileiro pela apli ' - do ogias d~ valor. mternacional e, prin-
amplos e avançados às matérias . . ~çao . os conhecimentos científicos modernos
A bibliografia, por capítulo, é propositadamente grande, pois um dos problemas , -pnmas mmerais não-metálicas brasileiras. ,
brasileiros é a ccleficiência na informaçãÓ técnica e científica nacional e internacional; a
maioria das publicações listadas encontra-se nas biblio~ da USP e na coleção de sepa-
ratas do Autor, facilitando assim a consulta ou a obtenção de cópias; o uso de resultados
da pesquisa de pó.s-graduação em um livro pode ser criticável, mas é usado deliberadamente
para mostrar a utilizaçiio de uma força de trabalho de alto nível e felizmente abundante
atualmente no Brasil para o desenvolvimento da pesquisa de vários tipos: livre, dirigida
e aplicada; por outro lado, a u,tilização da experiência desenvolvida no Instituto de Pes-
quisas Tecnológicas, visando auxiliar a soluçiio de problemas industriais de São Paulo e
de outras partes do Brasil, traz uma objetividade que facilmente motiva a pesquisa em
pós-graduação em argilas na USP.
Atualmente, a disciplina de pós-graduação intitulada Tecnologia de Argilas do Depar-
tamento de Engenharia Química da EPUSP admite como pré-requisito necessário, porém
não obrigatório, a disciplina de Minerafogia de Argilas do Instituto. de Geociências da
USP; isso porque a Tecnologia de Argilas é a aplicação prática dos conhecimentos científicos
fundamentais sobre os argilominerais e sobre as argilas.
Com esses argumentos, espero ter satisfeito adequadamente às perguntas quanto ao
objetivo e o porquê do aparecimento deste livro.
Agradecimentos são feitos às várias pessoas que me permitiram trabalhar e pesquisar
com argilas e escrever este livro: ao professor Oscar Bergstrõm Lourenço, por me haver
convidado a trabalhar no IPT e a me incentivar a'transfonnar as pesqilisas sobre as argilas
brasileiras em um livro; aos doutores Alberto Pereira de Castro e João R. Pucci, pelo apoio
dado fornecendo as condições para que o livro pudesse ser escrito; aos colegas e amigos
do Agrupamento de Tecnologia Inorgânica da Divisão de Química e Engenharia Química
do IPT, pelo apoio e entusiasmo demonstrados nos estudos sobre argilas brasileiras; ao
professor Giovanni Brunello, chefe do Departamento de Engenharia Química da EPUSP,
e ao professor Paschoal Senise, diretor do Instituto de Química da USP, pelo apoio à
utilização da pesquisa tecnológiea em recursos minerais não-metálicos brasileiros em temas
para teses e dissertações na EPUSP e no IQ-USP. Finalmente, ao Centro de Microscopia
Eletrônica do Instituto de Física da USP, pelo apoio dado à utilização constante e impres-
cindível da microscopia eletrônica às argilas brasileiras.
À dona Amélia Maria de Lima, os meus agradecimentos pela datilografia dificil deste
livro. '
A maioria das pesquisas sobre argilas brasileiras, incluindo dissertações de mestrado
e teses de doutorado, foi realizada com o suporte financeiro do então Conselho Nacional de
Pesquisas e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, além dos recursos
próprios do IPT e da EPUSP. Agradecimentos especiais são feitos a essas organizações
l

No Brasil, ampliaram-se os usos industriai d r


te .
mo a exportação do caulim industrializado e d s ~ c~~ m~e esmectitas nacionais' bem co-
co mo aglomerantes; reservas significativ s d os m!nenos. e erro pelotizados com esmectitas
Piauí e no Maranhão· foi implantad l~ de argilas pahgorsquíticas foram descobertas no
PREFÁCIO À 2? EDIÇÃO - ' a, a em a produção de f , l ·
çao e produção de níquel e cobalto a partir dos lateritos d e~ro-m9ue.' usm~yara a extra-
tempo que o país se tornava auto-suficiente na r - e Niquel~ndta, Gotas, ao mesmo
Após 14 anos, a 2!1 Edição é publicada com um título novo (Ciência e TecnolÓgia das Ar- além de ser um exportador desse argilomineral. p oduçao de cnsotila, também de Goiás e,
gilas), ·de forma a atender também ao crescente interesse no estudo científico das argilas e dos No.DEQ-EPUSP,oensinodadisciplinadeP' - d - .
argilominerais naturais e sintéticos; os equipamentos de pesquisa avançados, com suas siglas, a pesqmsa sobre argilas como matérias-primas p os gr~ ~~ça~ sobre Tecnologia de Argilas e
embaraçantes para se saber o que significam (SEM; SAD; HREM; STEM; XPS; LEED; continuaram intensamente com várias Diss rt ~a as n ustn~s de Proce.ssamento Químico
SRF; EXELFS e outros), têm cada vez mais espaço nos laboratório. Para que se possa melhor ti"...o número de artigos e de ~omunica õesei:: Caçoes e Teses, alem dap~bhcaç~o de significa-
tronica do DFE-IFUSP t' ç. ongressos. O Laboratono de Microscopia Ele-
interpretar as propriedades e os usos industriais dos argilominerais. Mais livros, mais revistas, con muou mmto atuante na rnh d ·
mais congressos existem sobre as propriedades e usos industriais das argilas e dos argilomine- eletrônicos das transformações de fases to t, t. d i . ª. e ~esqu!sa sobre estudos óptico-
peratura, também com várias Dis - po a icas os ar g1lommera1s com a elevação da tem-
rais. Paralelamente, infelizmente para nós todos, grandes pesqui~dores deixaramde existir: nesta 2~ Edição. sertaçoes t. Teses defendidas além das publicações listadas
Brirrdley, Bradley; Chaussidon; Van der Marel, entre outros.
Os métodos óptico-eletrônicos usados para o estudo dos argilominerais e de suas trans- A~radeci~entos são feitos à Srta. Regina Aparecida do Nascimento
formações, amplamente utilizados na 1!1 Edição graças à colaboração da Prof!l Helena de pela datilografia dos textos adicionais desta 2ª Ed' - p f 'do DEQ-EPUSP,
Souza Santos do LME-DFE-IFUSP, tomaram-se cada vez úteis, como o demonstra a enorme pela colaboração na elaboração do Índi'ce R.emissivo aote rl~. essor
. i?ªº dees Jo Dweck do D PI-UFRJ
volume.
bibliografia publicada entre 1975-88, registrada na Bibliografia Adicional do Capítulo 13 des-
ta nova edição, e conta agora com a colaboração explícita da mesma em vários capítulos. A ca- São Paulo, Setembro de 1989.
pa ilustra o emprego do microscópio eletrônico de varredura no estudo de argilas e argilomine-
rais, quer na forma de pó, quer na forma em que ocorrem na Natureza; essa micrografia mos-
tra cristais de diquita de Ouray, Colorado, EUA, da coleção de argilominerais padrões do
API, obtida no LME-IFUSP.
Nesta 2!1 Edição foram redigidos alguns capítulos novos para atender a tópicos atuais de
uso industrial de argilas: transformações topotáticas de argilominerais como a temperatura;
métodos modernos óptico-eletrõnicos para o estudo de argilas; complexos argilas-substâncias
orgân~cas; argilas organofílicas; argilas como catalisadores; argilas pilarizadas; argilas e o PREFÁCIO À 2? EDIÇÃO (VOLUMES 2 e 3)
meio ambiente; ainda não foram incluídos tópicos sobre argilas e argilominerais em geologia
de Argilas, Pedologia ou Edafologia e em Geotécnica; já se nota um interesse muito grande do
papel das argilas em sistemas biológicos e, por isso, algumas referências a respeito foram lista- tempoProblemas de saúde eAI
do que se dese'ari viagens fizeram
. com que os Volumes 2 e 3 atrasassem por mais
Chuckhrov, Grim e ~ill~t. guns fatos tristes aconteceram: os falecimentos dos Professores
das na Bibliografia Adicional do Capítulo 1.
Devido a esses novos capítulos, o presente 1? Volume possue mais páginas porque passa a A Clay Minerais Society e as Mineralo ic 1 S . f (
conter os Capítulos de números 1 até 16 da 1!1 Edição e mais os problemas que constituem um publicações de livros sobre argilas e ar ilor! a .ocie ies. UK. e USA) es.tão muito ativas na
dos Apêndices do Volume 2da1!1 Edição. O texto original da 1!1 Edição foi mantido, porém os Proceedings da Conferência da AIP~A nl.erad1s. A Umvers1dade Loms Pasteur publicou
foram feitas as correções necessárias devidas a erros que passaram desapercebidos anterior- . - d AIP A rea iza a em Strasbourg em 1984 A , .
mao a E está programada para 1993 Ad l .d A , . . proxima reu-
mente. O símbolo(*), colocado numa página, significa que, no Apêndice II, para cada Capí- Foi publicado, em es anhol r em , ~ ai ~' us~r~ha.
tulo e com uma chamada a essa página, há um comentário ou atualização referente àquele pa- de solos Chilenos (E. Beso;in _Mi~;~~l~~~re/ ~a~~e n;;n~ralogica de.solos, especialmente
rágrafo ou página; existe também uma Bibliografia Adicional, contendo citações da maioria de Cooperación para Agricultura; San José~ C~st:~ as 1~8;)elos; Instituto ~ntera.mericano
de publicações que apareceram em livros e revistas sobre argilas e argilominerais durante es- F. Gomes - Argilas: 0 Que São e para q
1986.
S .Fca, _ 'e em portugues, o hvro de C.
ue ervem, undaçao Calouste Gulbe kian; Lisboa,
ses anos. ·
A revista "Bulletin du Groupe Français des Argiles" foi desativada em 1975; a revista in-
Foi realizada reunião da So i d d E ,. .
glesa "Clay Minerals" passou a ser o órgão oficial dos "European Clay Groups". No Japão, Storr). Espera-se, em 1992, criar coeG~;o ~~~~~~~r~ed!1fl~s em. J?resd~n (1991 - Prof. M.
continuou a ser publicada a revista "Clay Science". A partir de 1985, começou a ser publica- Agradecimentos são feitos à Srt R . . rgilas f1hado a AIPEA.
da, na Holanda, a nova revista internacional de nome "Applied Clay Science", a qual cuida p~la datilografia dos textos adicionaisªdes~:~;:~a~ect~ald~ !'i:scimento, do DEQ-~~USP'
da Tec"nologia de Argilas. O 6? Encontro dos Grupos de Argilas Europeus ocorreu em setem- vier, do DEQ-EPUSP pelo auxíli b _ çdao , º: , 'e~)~ ao Professor Ceho Xa-
bro de 1987, em Sevilha, na Espanha sob a presidência do ProL Dr. Emílio Galán; os resu- , o na e1a oraçao o Indice Remissivo desta 2~ Edição.
mos, em 632 páginas, além de uma Bibliografia Espanhola sobre Argilas, refletem a grande
São Paulo, Janeiro de 1992.
atividade de estudos sobre argilas na Europa.
Capitulo 37 TRANSFORMAÇÕES TOPOTÁTICAS DOS ARGILOMINERAIS COM A
TEMPERATURA
Introdução 1020 As transformaçõ s d d · · ·
formações térmicas do amianto c:iso~ifarui~25ª ca~hmta em metoca~lini:a-mulita 1021 Trans-
Transformações térmicas do talco 1029 T f ransformações term1cas da antigorita 1028
_ . rans ormações térmicas da pirofilit 1034 c ·
çoes gerais sobre. as transformações térmicas topot'aticas dos arg1.1ommera1s
. . 1034a Bibliografia
ons1dera-
1037
Capitulo 38 ARGILAS E o MEIO AMBIENTE
Revestimento com argilas (clay liners) 1043 "S th f . .
xiviados (leachates) 1044 Argila n d' .Y~ edic or~a.mc clay lmers" 1044 Atenuação de li-
1045 Rejeitos de mineração 1046 ~mp18f'eog~çao t el dre1edltos s?lidos (solid wastes) e pastosos
CONTEÚDO DO VOLUME 3 ~pêndice V ADENDOS AOS CAPÍTULOS 30 E 31 1058
con ro a o o amianto 1046 Bibliog f' 1050
ra ia
lndice Remissivo aos Volumes 1; 2 e 3 1082
Capitulo 30 VERMICULITA
Introdução 855 Ensaios e usos industriais de vermiculita 856 Vermiculita no Brasil 858 Usos CONTEÚDO DO VOLUME 1
industriais das vermiculitas brasileiras 859 Bibliografia 862

Capitufo 31 AMIANTOS INDUSTRIAIS E ARGILAS NIQUELÍFERAS O QUE É "ARGILA", ARGILA NA HISTÓRIA, VII

Introdução 866 Classificação dos amiantos industriais 870 Crisotila 880 Estudos da aplicação PREFÁCIOS ÀS 1!' e 2!' EDIÇÕES, IX, XIII
de amiantos brasileiros em telhas onduladas de cimento-amianto 883 Bibliografia 903
Capítulo 1 ARGILAS
Capitulo 32 CAULINS DA AMAZÓNIA Introdução 1 Conceito de "argila" 3 Argilas como "colóides" 5 A ·1
de solos agrícolas 6 Argilas como matérias- rimas . , . rgi ~s ~orno componentes
Caulins do rio Jari 914 Caulins do rio Capim 916 Bibliografia 920 Caracterização de uma argila 10 Bibliografi: 15 para as mdustnas qmm1cas de processo 6

Capitulo 33 XISTO PffiOBETUMINOSO Capítulo 2 TIPOS DE ARGILA


Bibliografia 923 In~rodução 18 Glossário dos tipos de argila 20 Outros glossários 25 Classificação e pro-
pnedades de argilas 26 Bibliografia 27
Capítulo 34 COMPOSTOS ARGILAS SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS
Capítulo 3 NOÇÕES SOBRE CRISTAIS IÓNICOS E COVALENTES
Introdução 925 Adsorção e absorção 925 Adsorção fisica 926 Adsorção quimica 927 In-
Introdução 29 A estrutura do átomo 29 A polarização dos íons 34 · -
..L1~açao covalente ou
terações entre argilominerais e substâncias orgânicas, argilas organofilicas; "organic clad clays"; rea-
homopolar; raio covalente ou atômico El . . ,
ções quimicas entre argilas e substâncias orgânicas 927 Intercalação no grupo da caulinita 930 covalente 36 Sílica e silicatos 38 L' 35- V etrDonegWatlv1dade e carater iomco de uma ligação
Efeito da intercalação repetida de JS;Ac sobre a morfologia da caulinita 931 Substâncias defloculan- Cl 'fi - igaçoes an er aals 40 Ligações (pontes) hidrogênio 40
tes da caulinita 931 Floculação da caulinita 933 Projeto "Krilium" 935 Compostos entre es- ass1 1caça~ das estruturas cristalinas 40 Bibliografia 43
mectita/substâncias orgânicas neutra (não tóxicas) 939 Compostos por troca catiônica com esmecti-
Capítulo 4 CLASSIFICAÇÃO, NOMENCLATURA E IDENTIFICAÇÃO DOS
tas 939 Aplicações i~dustriais de esmectitas organofilicas 941 Bibliografia 943
ARGILOMINERAIS
Capitulo 35 ARGILAS PILARIZADAS E ARGILAS PARA CATALISADORES :;:~~:u::~a~s X ~~:e:~:~~:ad~o;óar;iilom~7~~i~:r:~a ~dentificação dos argilominerais por di-
Catálise 955 Caracteristicas desejáveis de um catalisador para catálise heterogênea 956 Proprie-
dades desejáveis para um suporte de catalisador 957 Propriedades que devem ser controladas visan- Capítulo 5 ESTRUTURA CRISTALINA DOS ARGILOMINERAIS
do a escolha de um bom suporte para catalisador 957 Uso de argilas na produção de catalisadores
958 Reações quimicas catalisadas por argilas 959 Argilas intercaladas 963 Argilas pilarizadas Introdução 56 Caul.inita e ~aloisita 58 Montmorilonita ou esmectita 66 Ilita 68 Cloritas 69
964 Argilominerais intercalados com complexos metálicos como catalisadores 963 Argilas inter- Vermiculita 70 Pahgorsqmta 70 Argilominerais de camadas mistas ou interestratificadas 70
caladas 963 Argilas pilarizadas 964 Variáveis envolvidas no processo de pilarização ou de ponta- Bibliografia 71
gem 970 Propriedades a serem controladas numa argila pilarizada para uso como catalisador ou ad-
Capítulo 6 FORMAÇÃO DOS ARGILOMINERAIS E DAS ARGILAS: NOÇÕES DA
sorvente 970 Argilominerais pilarizados e argilominerais delaminados 972 Reações quimicas que
GEOLOGIA DAS ARGILAS
utilizam argilominerais pilarizados como catalisadores 973 Argilominerais intercalados com com-
plexos metálicos como catalisadores 974 Bibliografia 976 Introdução 74 Formação na nature d '! · ·
montmorilonita a partir de outros mineZ:a1'se78arg1 Argilas
ommerats do grupo
residuais da caulinita 83
e transportadas e do n·
grupo
· da
d os argilominerais 86 Bibliografia 87 iag'-nese
Capitulo 36 MÉTODOS ÓPTICO-ELETRÔNICOS MODERNOS PARA O ESTUDO DE
ARGILAS E ARGILOMINERAIS Capítulo 7 PROPRIEDADES COLOIDAIS E REOLÓGICAS DO SISTEMA ARGILA + ÁGUA
Introdução 982 Microscopia eletrônica de varredura (MEV), 982 Microanálise por raios-X 989 II;it:oduçào 92 Capacidade de troca de íons 93 O sistema ar ila á • ·
Detetores de raios-X 993 Espectroscopia por perda de elétrons (EELS) 1002 Técnicas de microdi- catlons e ânions no sistema argila+ água 100 Constituição da d~pla :a!:ia9!1étrf:::l~=~~~ói~~:
fração de elétrons 1006 Microscopia eletrónica analitica (MEA) 1008 Bibliografia sobre os estu-
dos de argilas por métodos óptico-eletrônicos 1009
liofóbicos 102 Constituição do sistema coloidal argila + água 105 Interações entre partícula'
de argilas 106 Floculação e agregação 108 Plasticidade 110 Viscosidade de dispersões co-
loidais: argilas 113 Tcn,:10 de ruptura à flexão de uma argila 120 Biblio&rafia 121 Capítulo 17 ARGILAS PLÁSTICAS PARA CERÂMICA VERMELHA
OU ESTRUTURAL
Capítulo 8 ARGILAS INDUSTRIAIS .
Introdução 126 Terras fuler 148 Argilas para finalidades diversas 148 Bibliografia 150 Introdução 393 Características do mercado consumidor 404 Bibliografia 405

Apêndice I TABELA DE CONVERSÃO 408.1


Capítulo 9 AMOSTRAGEM DE ARGILAS PARA ENSAIOS TECNOLÓGICOS
Apêndice Il COMPLEMENTO E ADIÇÕES AO TEXTO 408.2
Introdução 153 Métodos de amostragem de argilas para estudos tecnológicos 157 Preparação
de argilas para ensaios tecnológicos 164 Preparação de caulins para ensaios tecnológicos 165 Bibliografia 408.41
Preparação de argilas plásticas para ensaios de uso em cerâmica branca 167 Mineração e "bene- Apêndice m PROBLEMAS 408.69
ficiamento" de argilas 169 Desenvolvimento de uma argila visando ao seu uso industrial 170
Índice Remissivo do Volume 1408.88
Bibliografia 174

Capítulo 10 ENSAIOS PRELIMINARES DE LABORATÓRIO DE ARGILAS


DESCONHECIDAS VISANDO PREVER USOS INDUSTRIAIS E, EM
ESPECIAL, USOS CERÂMICOS CONTEÚDO DO VOLUME. 2
Introdução 175 Argilas de São Paulo usadas como referência 184 Bibliografia 207
Capítulo 18 ARGILAS PARA FABRICAÇÃO DE CIMENTO PORTLAND
Capítulo 11 IDENTIFICAÇÃO MINERALÓGICA DE ARGILAS - 1. ANÁLISE
Introdução 409 Cimento Portland 410
QUÍMICA E CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS · tland 416 Bibliografia 421 Cimento aluminoso 415 Argilas para cimento Por-
Introdução 210 Interpretação da análise química 214 Cálculo da fórmula estrutural das
montmorilonitas 234 Bibliografia 237 Capítulo 19 ARGILAS PARA POZOLANAS
Intro~ução_ 423 Tipos de pozolanas 423 Mecanismo , · d · · , .
Capítulo 12 IDENTIFICAÇÃO DE ARGILAS - DIFRAÇÃO DE RAIOS X Class1ficaçao das pozolanas pela atividade 425 S 1 - qmm1.co a at1V1dade pozolamca 424
folhelhos argilosos calcinados 426 Efi 't d e eçao e ensa10 de pozolanas 426 Argilas e
Introdução 242 Produção de raios X 242 Radiação X característica 243 Noções sobre o sobre pozolanas no IPT 431 Bibliog;~f~a ;;:ozolanas na reação álcali-agregado 429 Estudo
reticulado cristalino recíproco 246 Lei de Bragg 248 DetecÇão dos raios X 250 Equipamento
utilizado no estudo de argilas por meio de raios X 251 Identificação de diagramas de raios X
pelo método do pó 252 Método sistemático para a identificação dos argilominerais 264 Capítulo 20 ARGILAS PARA A FABRICAÇÃO DE AGREGADOS LEVES
Bibliografia 273 Introdução 438 Tipos de agregados leves 439 p .
concreto leve 440 Especificações norte-americ r.opnedades de agregados leves 440 Usos do
agregados leves 443 Mecanismo de ti - an;s para agregado leve 442 Fabricação de
Capítulo 13 IDENTIFICAÇÃO MINERALÓGICA DE ARGILAS. ANÁLISE
de argilas e folhelhos argilosos 444 Ar~:::çao ~ :~eg~dos leves na expansão piroplástica
TÉRMICA DIFERENCIAL de argilas para fabricação de agregados leves f,,~ª ;nca.çao de agreg~dos leves 445 Ensaios
Introdução 277 Aparelhagem de análise térmica diferencial 278 Bibliografia 299 no IPT 449 Desenvolvimento da pesquisa indu t . lesqmsa.s sobre argilas para agregados leves
leve em São Paulo 449 c 't' · s na para implantação da fábrica de agregado
n enos para escolha de maté · · 45
Capítulo 14 IDENTIFICAÇÃO MINERALÓGICA DE ARGILAS. MICROSCOPIA brica de agregado leve 453 Dados para o . t d t: na~pnma 2 Etapas do projeto da fá-
projeto e instalação e operação 458 C proJe_o a abnca de agregado leve 456 Prazo para
ELETRÔNICA gados leves produzidos em 1970 e caract~:~~::sç~~c~om ~ados estrang?ir~s ~58 Tipos de agre-
Introdução 303 Histórico do microscópio eletrônico de transmissão 303 Poder de resolução creto leve em relação ao concreto comum 462 ológ1~a~ 461 Pn.nc1pais vantagens do con-
e resolução do microscópio eletrônico 305 .Princípios do funcionamento do microscópio ele- Jarinu (SP) 462 Bibliografia 464 Caractensttcas da argila da jazida Santa Isabel,
trônico de transmissão 306 Técnicas de preparação do espécime 310 Discussão sobre as téc-
nicas de preparação de argilas para microscopia eletrônica 312 Morfologia dos argilominerais 315 Capítulo 21 CAULINS E ARGILAS PARA CERÂMICA BRANCA
Difração eletrônica 318 Morfologia do grupo da caulinita 320 Morfologia do grupo da ilita
Introdução 468 Caulins par ' · b
324 Morfologia do grupo da montmorilonita ou esmectita 326 Morfologia do grupo da se- ("ball-clays") 476 "Filitos ª, c~ra~~ca" ranc~ .471 Argilas plásticas para cerâmica branca
piolita-paligorsquita 329 Outras informações em microscopia eletrônica de argilas 330 A iden- para , . b ceram1cos e matena1s fundentes" 480 Ensaios de matérias-primas
tificação mineralógica de misturas de caulinita+ haloisita-2H 2 0 e o problema da "caulinita tubular :ebr~~ 1 ci: ranca. C~so de-grés cerâmico para material sanitário 482
para 'ª ncaçao de azulejos 492 Bibliografia 500 Argilas plásticas e caulins
nos caulins primários brasileiros" 330 Bibliogr:1fi:i 335
Capítulo 22 A_RGILAS PARA FABRICAÇÃO DE MATERIAIS REFRATÁRIOS
Capitulo 15 BAUXTTOS E ARGILAS PARA A FABRICAÇÃO DE SILICO-ALUMINOSOS E ALUMINOSOS
Al:l'MINA E DE ALL'MÍNIO. LATERITOS Ligantes para outros produtos refra1Íários 507 Pr . d , . .
Introdução e nomenclatura 341 Discussão do balanço térmico no processo de digestão do bauxito "expansivas" após queima 508 Ensa1'os l' . opn5elades reolog1cas 507 Argilas refratárias
, . pre 1mmares O Ensaios esp 'fi 510 E ·
no processo Bayer 360 Bibliografia 369 max1ma compactação de chamota 512 Outros en . , . eCJ icos nsa10 de
sados semi-secos 512 Misturas a ·1 + h sa10s para refratanos 512 Refratários pren-
C rg1 as c amota 514 Argamassa plá f d
Capítulo 16 ARGILAS COMO MATÉRIAS-PRIMAS CERÂMICAS oncretos refratários ("refratory castables") 515 M , . s.1ca e pega ao ar 514
socagem 515 Materiais refratários no Brasil 518 B~~~~-~~:~:t~~;s (ap1soados plásticos) para
Introdução 374 Cerâmica como um setor da tecnologia dos pós 378 Bibliografia 390
855

Capitulo 23 CAULINS PARA B


.
ORRACHAS PLÁSTICOS E TINTAS
'
r como reforçadores e o
d b rracha 527 Caracterização
. . r
CAPÍTULO 30
Introdução 526 As argilas e os cau i~s h 529 Ensaios de laboratóno de cau ms
de argilas e caulins como, reforçad~:~1l~~:~a~: ~:~~~o: e tintas plásticas 537 Bibliografia 539
para borracha vulcanizada 530 VERMICULITA
Ca ítulo 24 CAULINS PARA PAPEL . . .
p . . . r 546 o problema da mistura cauhmta-
Introdução 544 A importância m?ustnal ~~u~~~ :o-misturados 550 Mistura d~ caulins 552
-haloisita na cobertura de papel cuche 548 ·1 . . d rupo da caulinita em caulms para uso INTRODUÇÃO
Métodos de estudo e de identificação de arg1 .º~mera.is o g Até o trabalho de Gruner (1934), o termo "vermiculita" era muito mal defmido, sendo
em papel 557 Caulins para papel 562 Btbhografia 578
aplicado a todo mineral micáceo, em lâminas macroscópicas que abriam ou esfoliavam
pelo aquecimento; os estudos químicos e por difração de raios X, depois dos de Gruner
Capítulo 25 TRANSFORMAÇÃO DE ARGILAS EM MONTMORILONITAS (1934), mostraram que um grande número de minerais classificados como vermiculitas
eram camadas mistas interestratificadas de mica-vermiculita e clorita-vermiculita (Weiss
OU ESMECTITAS SÓDICAS t itas 588 Usos industriais de bentonitas e de
e Rowland, 1956); Whittig e Jackson (1955, 1956) mostraram que também interestrati-
Introdução 583 Mineração e moagem lde be~oº~ratamento de argilas com carbonato de sódio ficações temárias e quaternárias de vermiculita com ilita, clorita e/ou montmorilonita
argilas montmoriloníticas 589 O prob ema, d' "í92 Efeito de temperatura de seca~em ,e. do
podem existir. Além disso, também existe mistura lateral de vermiculita e clorita dentro
visando transformá-las em montmonl~mtas/o i~~~sd~ troca por sódio por argilas montmonlomticas
teor de carbonato de sódio 596 Ensato pre im da mesma camada estrutural (Grim e Johns, 1954). Todos esses fatos tomam extremamente
599 Bibliografia 603 ,
fácil existir uma grande variabilidade na estrutura cristalina em pequenos intervalos de
RA FLUIDOS DE PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETROLEO distância dentro da mesma ocorrência ou jazida, trazendo bastante confusão na caracteri-
Capítulo 26 ARGILAS PA f _ d poços pelo sistema rotativo 609 zação mineralógica de vermiculitas.
. d l ma para per uraçao e . fl 'd Segundo Grim (1968), as vermiculitas têm uma estrutura cristalina expansível, dife-
Introdução 608 Funções e ensaio~ ~1; Tipos de argilominerais e de argilas usados nos _ui ~s
Componentes da lama para per,furaçao .. , ões dos fluidos de perfuração 6.13. Ensaio~ e rindo apenas da das montmorilonitas pelo fato de, nas vermiculitas, a expansão ocorrer,
de perfuração 611 Caractens~1cas e espec1f1ca_ç 614 Emprego de argilas bras1le1ras em fluidos porém ser limitada. A faixa de composições químicas das vermiculitas não é conhecida
laboratório para argilas para flutd?s de perfur~~~~ e problemas de montmo.rilonitas em engenharia (Grim, 1968), mas as vermiculitas contêm bastante magnésio e ferro (às vezes, ferro-II),
para perfuração de poços de. petroleo 616·iloníticas brasileiras 621 Bibliografia 623 sendo Mgz+ o cátion trocável, predominantemente. As vermiculitas têm uma capacidade
civil 620 Bentonitas e argilas montmo1 de troca de cátions elevada devido às cargas não balanceadas de 1,0 e 1,5 por cela unitária,
, l 27 ARGILAS PARA AGLOMERAN'!_'ES DE AREIAS DE MOLDAGEM superior, portanto, quando comparada com a carga de 0,5 das montmorilonitas. A com-
Cap1tu o IÇÃO PELOTIZAÇAO posição quín\.ica das vermiculitas pode ser confundida com a de montmorilonitas; porém
PARA FUND ' . f d' e 31 Teoria da ação as diferenças significativas estãç na maior granulometria e na maior carga por cela cristalina
. - l· b ·atório das argilas de un içao 6 . - 636
Introd ução 631 Caractenzaçao em a o1
. d' - 635
. -
Compos1çao m1
·neralógica das argilas para fund1çao
... das vermiculitas. A difereneiação entre vermiculitas e montmorilonitas é dificultada pelo
ligante de uma argila de fun içao . , . de ferro 639 Bibliogralta 646 fato de as vermiculitas, tais como as cloritas, ocorrerem como cristais lamelares (placas)
Bentonitas para pelotização de finos de romenos macroscópicos de vários centímetros de diâmetro e, também, com as dimensões submicros-
cópicas comuns nos argilominerais; dados satisfatórios sobre vermiculitas de dimensões
E BAUXITOS ATIVADOS, ZEÓLITAS SINTÉTICAS. DIATOMITOS . .
Capítulo 28 ARGILAS . _ , . ; . descorantes 652 Ensaios dos argilominerais não são conhecidos (Brawer, 1961; Grim, 1968; Suito e Nakahira, 1971;
. .. 651 Class1ficaçao das <11 g1 1<1s d Sudo e Takahashi, 1971). Por outro lado, a utilização industrial das vermiculitas se res-
Introdução 650 Argilas desc01 antes 656 Estudo de argilas brasileiras como descorantes .e
de laboratório para argilas deswrant:s e caldo de cana-de-açúcar 659 Diatomito 666 Bi-
tringe às macrovermiculitas.
óleos 657 Bentonitas na clanf1caçao d A fórmula da cela unitária de uma macrovermiculita trioctaédrica é, aproximadamente
bliografia 673 (Walker, 1961):
Mg6 (Al,Si) 8 0 20 (0H) · M~.~o (9,0 Hp)
COMO CARGA PARA DIVERSAS
Capítulo 29 ARGILAS E OUTROS MOINP~:t::LITA PALIGORSQUITA E SEPIOLITA As três posições octaédricas não costumam estar totalmente preenchidas e, também,
FINALIDADES. TALC • ' _ . ., o magnésio octaédrico pode estar substituído parcialmente por Fe3+, Fe 2 + e Al 3 +; nas
Agalmatolito 705 "Filitos cerarn1cos e rna-
lntrodução 687 Talco 691 Pirofilita 699 posições tetraédricas, a relação AI/Si está geralmente entre 1/4 e 1/7 (Grim; 1968) ou 1/2
teriais fundentes 706 Bibliografia 709 e 1/3 (Walker, 1961). O cátion trocável interlamelar predominante nas montmodlonitas
naturais é Mg2 +, mas Ca 2 +, Na+, Cu2+ e H 3 0+ também podem ocorrer (Walker, 1961).
O número de moléculas de água por cela unitária pode ser variável, porém a temperatura
Apêndice IV ADENDOS AOS CAPÍTULOS 18 A 29 717
ambiente, em atmosfera saturada de umidade, existem 9,0 H 2 0 por 0 20 (0H) 4 •
Índice Remissivo dos Volumes 1, 2 e 3 854
Ciência e Tecnologia de Argilas
Vermiculita 857
856 1960). O concentrado de vermiculita, na unidade industrial de piroexpansão, é elevado a
, . l ad estando na faixa de 110 a 180 meq por a uma altura adequada e alimentado por gravidade a .um forno vertical, a gás ou a óleo
A capacidade de troca de cattons é e ev ~" ·. 110 meq/100 g têm sido rela-
. ui· (W lk 1961)· valores llllenores a . combustíve~ entre 800 ºC e l 100 ºC (2 000 ºF) (Johnstone e Johnstone, 1961); a altura
100 g de venruc ita a er, , . . . álicas e sim de camadas mistas
cionados, porém não se trata de .ve~cuhtas monommer do forno é projetada de forma a se ter a expansão adequada, anteriormente descrita durante
a queda das placas; a vermiculita expandida é resfriada, selecionada granulometricamente
interestratificadas contendo verm1~~l~a. " sem ferro denominada "batavita", de Kropf- e embalada. Uma descrição esquemática da usina de vermiculita de Congonhal (SP) (Maciel
Uma vermiculita muito rara, i rosa , h fi . d , 'ta por Weiss e Hofmann (1951,
B . Aleman a oi escn . - d e Guimarães, 1955) acha-se nos trabalhos de Rosenburg (1969, 1972). A esfoliação também
muhle• próximo a Passau, daviera,straram por, microscop . ia' eletrônica e por difraçao e
pode ser obtida com fornos rotativos (Bawler, 1943). Métodos de ensaio podem ser encon-
1952, 1963); esses autores emon. 'ta "fibrosa" são cilindros cheios e não tubos.ocos. trados no trabalho de McMillan e Gerhardt (1949).
raios X que as partículas de venruculi 'ta (Mg vermiculita) de Fichtel-
Weiss, Koch e Hofm~nn (1~53) descre~er~d~~;::Hénin (~951). Segundo McEwan
A composição química é de pouco valor para orientar quanto ao grau de expansibili-
dade das vermiculitas; assim, o ensaio de laboratório de esfoliação é o único método satis-
gebirge semelhante à diabantlta ~u bow~mgttad gnésio como cátion interlamelar,
( 1961) ' a saponita de ,Fichtelgebirge, hidra a eco~ mada batavita. Uma montmorilonita fatório (May, 1965); Myers (1960) recomenda a utilização de uma mufla elétrica a 990 ºC
· ul'ta sem ferro denomm a d (1700 ºF) por 5 min até que a esfoliação seja completa; a perda ao fogo da vermiculita seca
é muito semelhante a vermtc i h
d
1959 em Woodgate Shropshire. As fórmulas as
fibrosa f~i. d~scrita por B~o~ e S!:p G~er 934), West Chester, Pensilvânia (Walke~ e
celas umtànas das vermicuh~ 1951 1952)· da África do Sul (Keay e Wild,
industrial deve ser da ordem de 10%; as impurezas são determinadas separando a vermi-
culita expandida por flutuação em água: as impurezas precipitam e são separadas e pesadas.
Geralmente as especificações limitam a 10 % o teor de impureza para as placas grandes e
Cole, 1957), da batavita (Weiss e Hofmann, ' '
a 15 % para as placas menores (Myers, 1960). As faixas de dimensões nominais das placas
1961) são as seguintes: + . )
. (M Fe3+0 62 Al 42 Ni2+0,32 Fe2 0,08) (Sis,66 Al2,34 de vermiculita não-expandida são as seguintes, em peneiras Tyler: a) entre 3 pol (76,2 mm)
Gruner. g4,S6 ' 2+ (8 76 H O) e 3 meshes (6,68 mm); entre 3 e 14 meshes (1,17 mm); entre 8 e 20 meshes (2,36 e 0,83 mm);
1 Tif2 0 s·
2°.+-
Ü2o(OH)4. 0,65 Mg , Cao,02 2'+ Al )O (OH) . o 76 Mg(8,86 HP) entre 8 e 65 meshes (0,21 mm); entre 20 e 100 meshes (0,147 mm). Dados sobre massa
Chester: (Mg3,s4 Fe~;2 A o.,44 Fe 16)(b~t 0 6s Ml~ (9,0 2
5
2 4
H0) 2 específica aparente de vermiculita expandida em função das dimensões das placas de ver-
Batavita: (Mgs2sAlo,66)(Sis,ts Al2.o 2)F l'+ )(S 1· 'Al )O (OH) 4 ·0,67Mg +0,08K miculita de Palabora, África do Sul, são apresentados a seguir (Ladoo e Myers, 1953);
· sul' . (M Feº 56 0 34 e 0 08 .s 86 2,14 20
Á
W- fnca do · g4,94 º· · · ' . ul' d gnésio desidrata,
lk C le (1957) a vermic ita e ma Rendimento (m 3 /t) da
Segundo Walker (1956) e Wa ~r e º12 16 , l' ulas de água usuahnente associadas Tamanho da placa Massa específica (g/cm 3)
. d s a partir das a mo ec p· VII 2 vermiculita original
pelo aquecimento, em egrau , , . tmosfera normal saturada (ver ig. · 15,52 (548 ft 3 /t)
Entre 25,4 e 12,7 mm 0,052
da estrutura cristalina ao.cát~on-magn~~~e=~do os seguintes estágios com os espaça-
Entre 12,7 e 6,4 mm 0,061 13,48 (476 ft 3 /t)
em Walker e Cole, 1957), a a~ ~·ped embaixo (Walker e Cole, 1957): Entre 6,4 e 4,0 mm 0,070 11,69 (411 ft 3 /t)
mentos basais correspondentes m ica os . 70 ºC 110 ºC
20 ºC 60 ºCM 2+(0H) ----+Mg2+(0H2)s ~ Entre 4,0 e l, 7 mm 0,082 10,05 (355 ft 3 /t)
Mg2+(0H ) ~Mg2+(0H2)12----. g A29 11 6 A Entre 1,7 e 0,91 mm 0,096 8,55 (302 ft 3 /t)
14 81 À 16 14,36 A 13,8 , Entre 0,91 e 0,42 mm 0,136 6,03 (213 ft 3 /t)
' 200-250 ºC 2+ ~M 2+ Como existem diferenças entre os graus de piroexpansão das diversas vermiculitas,
Mg2+(0H) Mg (OH2)0,1s g Á
116Â 2 3 20,6Á* 9,0 2 . o volume esf~liado de um dado volume ou massa de vermiculita é muito importante, sendo
, , , na forma de vapor confere a propnedade normalmente expresso em m 3/t; a melhor maneira para medir essa propriedade é com
A perda rápida dessas moleculas de agua l das placas característica das ver- um forno em escala-piloto, geralmente com aquecimento elétrico; é útil também para con-
. - • gulo reto com o pano ' d trole da produção industrial. As placas maiores dão melhor rendimento que as placas
de "esfoliar", na direçao em an . d t 'al das macrovermiculitas; praticamente to o
miculitas e d~ qual deco~re ~ v~lor d~ f~~ "esfoliada" ou piroexpandida .<M~ers, 1960). menores (Myers, 1960). Segundo Johnstone e Johnstone (1961), a massa específica aparente
o uso industrial das vermtculitas e o , á l pela esfoliação da vermtculita de mag- da vermiculita não-expandida varia entre 0,80 g/cm 3 e 1,44 g/cm 3, enquanto está entre
A água removida a 260 ºC (500 ºF) ~ respon~ ve ª ºF)· es~ última água não é neces- 0,08 e 0,16 g/cm 3 para a vermiculita esfoliada. Ladoo e Myers (1951) caracterizam as
nésio; a água de ?idroxilas é r~m?vida ~o~~s ~á~~~ais segundo Myers (1960), q~an~o
e: "vermiculitas" pela expansão de volume (na direção perpendicular ao plano de clivagem
sariamente removtda para esfolia~ emel t , ti'cas físico-mecânicas da vermtcuhta das placas) de seis a vinte vezes daquele da vermiculita original; a média recomendada é
· - apreciáv nas carac ens de uma esfoliação de dezesseis vezes pelo aquecimento acima de 150 ºC; esses mesmos
é eliminada há uma vanaÇ!lO M (1953) a temperatura do forno deve ser
. fi
eJ<pandida ou es o i a, se l'ad . gundo .Ladoo e yers
. d 5 '.%: 6 '.%:. , também, segundo Myers (1960) , autores apresentam uma listagem de usos de vermiculita em função da granulometria,
tal que a água não deve ser reduzida abaixo e ? uiª ·taºn'a-o-expandida se encontra entre organizada em 1936 pela Tennessee Valley Authority (Hunter e Mattocks, 1936; Ladoo
. d • t' ns da macrovenruc i . · d e Myers, 1953) para o U.S. Bureau of Mines Yearbook; essa lista é reproduzida a seguir.
a capacidade de troca . e ca io 25 eq/100 g nas vermic . uli'tas expandidas. a agua retira a
' . .
30 e 100 meq/100 g e baixa a 3 a m fi li - e pode ser readsorvida a partir da Entre peneiras USS de 1/2 pol e n.º 20: isolantes térmicos e acústicos residenciais, para
até 150 ºC (300 ºF) é reversíve~ não .ca;.sa e:: p:~;iedades piroexpansíveis. conservar ambientes de adegas, despensas e salas; argamassas para revestimentos internos
umidade do meio ambiente sem pre1u icar e externos; isolantes térmicos industriais, tais como argamassas de revestimento de tubu-
lações e caldeiras, em tijolos refratários isolantes e em concretos refratários isolantes.
E USOS INDUSTRIAIS DA VERMICULITA .
ENSAIOS . . devem ser esfoliados ou piroexpandidos para ser Entre peneiras USS n.º 20 e n.º 40: isolantes térmicos do tipo enchimento (loose fifi)
Os cristais de macrovermiculi~ a vermiculita não-expandida (Myers, para automóveis, aviões, carros frigoríficos, em filtros, inclusive aqueles destinados ao
. · lm t pois existe muito pouco uso par tratamento de resíduos radiativos.
usados mdustna en e, A (W lk 1956· ver também Brindley e Chang, 1974)
*Camada mista regular 11,6 + 9 2 ª er, ·º '
Vermiculita 859
Ciência e Tecnologia de Argilas
858 Amostra 5: Santa Fé, minério beneficiado para exploração (GO).
. S º 40 ·
º 120: linóleos, coberturas, marquises, d'ieJ't ·
e ncos para Amostra 6: Santa Fé, semi-esfoliada (GO).
Entre peneiras US n. e n. Amostra 7: Santa Fé, peneira USS n. 0 20 (GO).
quadros de controle. º 120 e n.º 200: graxas lubrificantes, plásticos, produtos de Amostra 8: Arco Verde, Buique (PE).
Entre peneiras USS n. Amostra 9: Brumado 1.ª (BA).
borracha vulcanizada. º 270. apéis dé parede impressos, tintas, aumeflt~ da Amostra 10: Brumado 2.ª (BA).
Entre peneiras USS n.º 200 e n. d. P,. ara embalagens de filmes fotográficos. Amostra 11 : Próximo de Vitória da Conquista ( BA).
. . d d ó! papelão à prova e iogo p . d J'd des Amostra 12: Próximo de Capira Grosso, Riação Jacuíbas (BA).
v1scos1da e e eos, 1 ffi a te (extender) para tmtas e tona 1 a Amostra 13: Brás Pires (MG).
Abaixo da peneira n.º 270: carga p as 1 ic n
Amostra 14: Rio Pomba (MG).
dourada e bronzeada. k d 1972 (Falkerson, 1972), os principais usos para v~r- Amostra 15: Fazenda Santana, Mercês (MG).
Segundo o mesmo Yearboo e t leve para enchimento solto (loose j1/f) Amostra 16: Vermiculita africana, grau 1, Palabora Mining Co., África do Sul.
miculita esfoliada são em agreg~dos para :º~~rei~ a À tese de Rosenburg (1972) lista os Amostra 17: Vermiculita norte-americana, Zonolite Products Division, EUA.
para isolamento térmico .e a~úst1co, e_em or icu ur .
principais usos de verm1cuhtas esfohadas. tenteados de vermiculitas esfoliadas: O ensaio de esfoliação foi realizado da seguinte maneira (Rosenburg, 1972): a espessura
O trabalho de Falkerson (1972) lis~ ~ovdos ubsosbpat. a de vermiculita para isolamento das placas foi medida por um paquímetro. As placas foram colocadas em uma tela de
. · b d arbono p1rohsa o· ar 0 m . · · arame de laboratório sobre um tripé aquecida a 800 ºC com bico Mecker a gás; a tempera-
isolante térmico a ase e c ' urificação de águas res1dua1S ncas em
. ~ es de vapor· adsorvente para P , • ·cas.
térmico de cana1izaço ' 1 t d petróleo na superflcie de aguas oceam ' tura foi medida localmente com um par termelétrico cromel-alumel. Após a esfoliação, a
. . 1 'd .
sais disso v1 os, remoç ..
conjugados: vermiculitas esfohadas . r
ão de camadas po uen es e
1Z
,
+ f til' antes fluidos para fins agncolas.
t geiro estão em Montana, nos EUA,
Os maiores depósitos de verm1cu ita n~ es r:e a mineração produção e tecnologia
espessura da placa expandida foi de novo medida com paquímetro. Foram feitas entre
vinte e 25 determinações; a Tab. 30.l apresenta os extremos da faixa de valores obtidos,
expressos como o número de vezes que o volume aumentou; não há aumento das dimensões
e em Palabora, na África do Sul. Informaço~. so de Ladoo e M;ers (1953), de Johnstone laterais da placa de vermiculita.
de esfoliação de vermiculitas ~ncontram-se nC~9~~~sde May (1965) e de Falkerson (1972). A difração de raios X e a capacidade de troca de cátions acima ou abaixo de
e Johnstone (1961); nos art~gos de Myers 'blicações de Maciel e Guimarães (1955), 100 meq/100 g mostraram que algumas dessas amostras são vermiculitas enquanto outras
Dados análogos para o Brasil en~~~:n;;;t~ :: Minebra (1971); a piroexparisão da ve_;- são camadas mistas interestratificadas clorita + vermiculita. O trabalho de Rosenburg
de Rosenburg (1969, 1972), .de Fe º ( ( ) bur 1969, 1972). Os depósitos e a produçao (1972) mostrou também que as vermiculitas brasileiras estudadas têm, na maioria, magnésio
miculita de Tatuí (SP) era feita a 800 , C: ~~enral i;asileiro 1973 (MME, 1973). Fotografias como cátion trocável predominante e que os cátions naturais podem ser trocados pelos
brasileira acham-se descritos no Anuar10 me r de Franco e colaboradores (1972). cátions Cr 3 +, Cu 2 +, Ni 2 +, Co 2 +, Ba 2 +, V4 +, Na+.
em cores de vermiculitas brasileiras encontram-se no ivro
USOS INDUSTRIAIS* DAS VERMICULITAS BRASILEIRAS (Ferraz, 1971;
VERMICULITA NO BRASIL . . sileiras é bastante pequeno (Moraes, Rosenburg, 1972)
O número de publicações sobre verm1cuhtas1;:; 1972. Ferraz. 1971; MME, 1973). Os principais usos industriais atuais da vermiculita no Brasil são: "cortiça mineral"
1944· Maciel e Guimarães, 1955; Ro~enburg, • .' hecidas;té 1971 devermiculitas para isolamentos térmiq!s; revestimento isolante térmico para tubulações industriais;
A te;e de Rosenburg (1972) lista as segumtes ocorrencias con massas para conexões de tubos isolantes; argamassa para pré-fabricação de tijolos, placas
no Brasil, por Estados: 944. Ladoo e Myers, 1953); Ubá; Rio P~mba e blocos refratários isolantes; argamassa para isolantes acústicos; isolantes acústicos e
Minas Gerais: Ponte Nova (Moraes, 1 . ' I a Gazida Santa Cruz); Caratmga; térmicos para aplicação por pistola pneumática (spray gunnig); agregados leves e ultra-
ento) Tocantms· panem S )
(Fazenda Córrego d o Sacram ' ' (F 1971)· Mercês (Fazenda antana leves; filtros para máscara de proteção, para fms industriais; e substituto total ou parcial
Jacuí; Liberdade (Moraes, 1944); Dores de Turvo erraz, ' ' de solo agrícola.
(Rosenburg, 1972). . (M s 1944). Niquelândia; Catalão; Juçara;
Goiás: (Buriti), São José do Tocantms orae ' ' "CORTIÇA MINERAL": Usada para isolamento de temperaturas em faixa muito ampla
(Serra Tira-Pressa) Santa Fé (Ferraz, 1971).1972) de OºC a l 000 ºC, essa vermiculita expandida funde a 1 345 ºC. É empregada na forma
Pernambuco: Arco Verde (Rosenburg, . granular (loose fifi) em diversas granulometrias como isolante doméstico e industrial, em
geladeiras e fornos. Comercialmente, é apresentada com denominações Izo Flock, Ver-
Alagoas: Arapiraca (Moraes, 1944~., . Capira Grosso (Rosenburg, 1972);
Bahia: Juazeiro; Santa Inês; Jeqme; Brumado, miflock e outras.
Angico (Ferraz, 1971). REVESTIMENTO PARA TUBULAÇÕES: Calhas para isolamentos de temperaturas
Paraná: Campo Largo (Ferr~z, 1971~. Maciel e Guimarães, 1955; Dyer, 1969). (faixa de temperatura de uso de 30 ºC a l 000 ~C). Este revestimento é obtido a partir da
São Paulo: (Congo~hal) Tat~~;a~~t~~!~ ~btidos por Rosenburg (1972) apresenta "cortiça mineral" e existe com denominações comerciais como as seguintes: Izo Pyro-1,
A Tab. 30.l orgamzada a pa . d . ulitas brasileiras; as amostras nume- em forma de calhas; Izo Pyro-2, massa plástica para isolamentos, conexões e juntas.
a composição química e outra~ propnedades e verm1c
CONCRETO ISOLANTE LEVE: Apresentado, por exemplo, em três tipos comerciais:
radas de 1 a 15 são as segumtes:
Izo beton 280 de massa específica aparente 300 kg/m 3 ; tensão de ruptura à compressão
6 kgf/cm 2 ; condutividade térmica 0,040 kcal/(m2 x h x ºC x m); quantidade recomen-
Amostra 1: Mina de Congonhal, Tatuí (SP). *Informações obtidas no comércio de São Paulo em 1970/1971 dos produtores industriais,
Amostra 2: Catalão 2 (GO). os quais forneceram os dados numéricos apresentados \
Amostra 3: Catalão, Metago (GO). . , . GO)
Amostra 4: Serra Tira-Pressa, Santa Fé, mun1c1p10 de Juçara ( .
Ciência e Tecnologia de Argilas Vermiculita 861
860
TABELA 30.1 -Composição quimice de vermiculitas brasileiras (Rosenburg, 1972)
World
10 11 T2 13 14 15 16 17 Transvaal

Vermicu/ita 36,49 23,73 37,10 36,80 39,70 38,01 42,62 37.41 42,60 44,40 38,75 36,72
34,80 36,58 38,38
36.41 28,26 1,21 0,16 0,33 0.49 0,45 1,00 6,66 0,92 0,44 1,04 0,38 0,41
41,00 1,90 1,11
SiO, (%) 7,86 0,21 28,77 19,17 21,68 18,56 20,19 10,63 17,39 16,57 15,05 15,02 13,15
0,59 2,73 13,61 12,30
TiO, (%) 16,14 12,48 5,14 1,26 5,25 4,73 6,31 12,51 9,30 4,15 10,63 4,69
16,05 16,25 11.49 9,36 0,06
Al 2 0, (%) 8,53 14,22
20,86 3,93 0,18 0,80 0,94 0,37 0,23 0,30 0,18 1,00 0,47 0,88 0,59
11,1!) 11,31 0,17 0,13
Fe,O, (%) 0,13 0.46 0,15 n. det. n. det. n.det. n.det. n. det. n. det. n. dei. 0,09 n. det. 0,18
0,07 0,30 n. dei. n.det.
FeO (%) n. dei. n. det.
n. dei. 5,76 n. dei. traços traços tra9os traços traços traços traços traços traços traços n. det.
0,10 traços traços
P,O, (%) traços traços n. det. n. det. n. dei. n. det. n. det. n. det. n. dei. n. det. n. det. n. det.
traços traços n. dei. n. det.
traços n.det. n. det.
MnO· (%) n. det. 0,60 22,98 22,59 24,41 22,91 19,86 20,69 14,92 23,07 21,72 23,59
n. dei. n.det. 28,52 17,54
NiO (%) 25,88 25,20
18,51 6,99 21,82 0,41 2,04 2,64 n. enc. 2,56 0,41 1,32 1,27 0,93 0,15
18,96 0,70 0,16
MgO (%) 2,00 0,65 1,35 1.03 0,80 3,39 2,04 1,88 0,90 0,73 0,12 n. det.
0,59 2,70 0,07 0,28
CaO (%)
0,68 0,12 0,15
1,36 0,53 0,07 5,47 5,79 7,25 6,69 4,97 3,99 3,17 2,80 2.22 0,42
0,31 0,10 0,17 0,14
Na 2 0 (%) 0,15 0,27 5,90 6,75 3,77 3,00 5,27 4,48 9,99 7,10 9,32 20,05
2,98 6,78 7,11 12.40 29,39
K,O (%) 13,38 5,70
8,12 19,50
8,19 7,30 100,59 100,28 99,97 íoo,56 100,06 100,21 99,85 100,21 100,17 99,97 99,95
H,o+ (PF) (%) 99.41 100,78
100,14 99,94
100,26 100,64 34,7 30,9 25,1 48.1 28,3 25,4 66,8 90,0 76,0 145
100,12 119,7
Total 41,6 41,7
105,1 114,1 n. enc. 0,4 . 1,4 1,9 0.1 1.0 0,5 0,5 0,3 n. enc.
42,0 38,8 0,6 0,6
CTC Total (meq/100 g) 72,4 1,7 0,5
0,2 1.4 2,9 19,7 5,0 9,0 0,2 1,9 2,9 8,5 8,2 2,0 n. enc.
0,5 2,3 1,5 n. enc.,
Fe 3 + (meq/100 g) 9,3 10,7 0,2 11,3 2,5 3,5 7,0 13,3 36,4 20,5 n. enc.
13,4 5,2 0,9
A1 3 + (meq/100 g) 5,6 n. enc.
11,1 0,5 87,4 8,7 12,5 9,7 21,1 15,7 11,2 17,1 40,5 22,3 Pred.
8,9 5,6 33,1 40.4
Ca,. (meq/1"00 g) 91,2 86,6 4,3 1.4 1,7 1,3 0,2 1,0 2,0 3,0 2,3 n. enc.
13,5 6,4 0,3 0,8
Mgl+(meq/100 g) 21.4 0,9 0,8
1,9 0,3 0,2 0,7 0,3 0,8 3,7 0,1 1,9 0,4 0,4 0,7 traços
1,8 0,6 0,3 0,2
Na+ (meq/100 g) 0,1 0,2 33,6 30,9 22,6 30,7 21,5 25,0 41,8 89,0 48,1 145
1,3 0,1 41,6 92,8
K+ (meq/100 g) 1,3 100.1 36,1
24.9 102,8 26,9 1,1 n. enc. 2,5 17,4 6,8 0,4 25,0 1,0 27,9 n. enc.
39.4 36,5 5,5 0,2
Soma (meq/100 g) 2,3 14,0 7,62 8,50 6,88 7,42 7,14 8,48 4,50 8,32 4,85 n. det.
5,5 13,9 8,40 7,34
tt,o+ (dif) (meq/100 g) 33,0 6,43 7,81
6,01 6,25 20 a 20 a 10 a 8a 3a 2a 20 a 18 a
5,85 6,51 n. det. n. det.
pH (60%) 3a 10 a n. dei. Esfarela 35 X 35 X 25X 20 X 10X 15X 30X
5a 3a n. det. 20X
Esfoliação: 30 a 20X 14,5 14,5 14,4 14,4 30,0 30,0 14,4 14,4 14.4
5X 10X 29,0 14.4
38X 15X 29,0 29,0
29,0 29,0
14,7 14.4 14.4 30 15 15 12 15 15 14 15 14 13
d-basal (~) 13 12 n. det.
18 13 (1 430) (1 430) (1 337) (1 430) (1 430) (1 398) (1 430) (1 398) (1 349)
15 12 12 (1 337) (1 665)
CPE (CO) (1 349) (1 349)
(1 337) (1 522)
(1 430) (1 377) Arco- Brumado Brumado Vitória da Capira Brás Rio Mercês Palabora Zonolite, Keay
(ºC) SF. Exp. SF. 20
Santa Fé Santa Fé verde (8A) (8A) Conquista Grosso Pires Pomba (MG) (África EUA Wild,
Catalão Catalão (GO) (GO)
Tatul (GO) (GO) (BA) (BA) (MG) (MG) do Sul) 1961
Procedência (GO) (GO) (PE)
(Rosenburg, 1972) (SP)
v+c V V V v+c V V V V
v+c V+C
V+C V+C
V V
Predominante• V

térmica de 0,040 kcal/(:U2 X h X <;,~u~t:).


*V= vermiculita; C = clorita aparente de 400 kg/m3 tensão d à
3 compressão de 7 kgf/cm2 e condutividade
dada 9 kg/m2 X 3 cm de espessura. Izo beton 400, de massa específica aparente 4002 kg/m ;
tensão de ruptura à compressão 9 kgf/cm; condutividade térmica 0,040 kcal/(m X h X ISOLANTES
TOLA "G PARA
· ,, FINS AC USTICOS
- E TÉRMICOS DE AP Ã
( unnmg ) : Podem. ser aplicados em telhados LICAÇ O COM PIS-
x ºC x m); quantidade recomendada 9 kg/m2 x 3 cm de espessura. Izo beton2 500, de exemplo de nome comercial: Izo-Fibro. ou telhas de cimento-amianto:
2
massa específica aparente 550 kg/m3 ; tensão de ruptura à compressão 13 kgf/cm ; condu-
tividade térmica 0,060 kcal/(m2 x h x ºC x m); quantidade recomendada 17 kg/m x A~REGADOS LEVES E ULTRALEVES· Ave . . .. , .
r~çao de agregados leves para a fabrica ã~ de rm1cuh~ Jª tem sido utilizada na prepa-
x 3 cm de espessura. tlJolos, placas, blocos refratários e arg ç. concreto isolante leve usado na forma de
ARGAMASSAS ISOLANTES: Para a fabricação e assentamento de placas e lajes de Estados Unidos, os agregados ultralevesa:ass~lara ~tilização industrial até l 000 ºC. Nos
construções civis usadas para isolação térmica e para ligar tijolos refratários isolantes até (Housing and Home Financing Agency, ~9s;O~ muito estudados e aplicados extensamente
l 000 ºC. Preparadas a partir de vermiculita expandida, cimento Portland e água, as. pro-
porções mais usadas· de cimento e de vermiculita são de l :~ a 1 : 8. É comum a adição, na EM FILTROS: Para máscaras de prote ão
com vermiculita expandida que at
. . .
ç para fins mdustnais. Os filtros são fabricados
preparação das argamassas para isolação térmica, de amianto crisotila desfibrado de fibra gases nocivos à respiração : por ex::m~ sdorte : a) para soluções capazes de eliminar
curta n.º 8. As argamassas para isolantes térmicos de uso até l 050 ºC podem receber, por
combustão de CO em C02 à temperatur; ar:bi:n't:e, absorve. NH3; b) .de catalisadores da
exemplo, designações comerciais, tais como: Izo Refrack-35A,2 tendo massa específica mente Hopcalite (Tavares, 1972). . e o catalisador denominado comercial-
aparente de 350 kg/m3 e condutividade térmica 0,040 kcal/(m x h x ºC x m). Izo Refrack-
3
-35B em tijolos, placas e blocos isolantes; massa específica aparente de 400 kg/m ; con- NA
· AGRICULTURA·· c orno condicionador
.. de s l ·
dutividade térmica 6,84 kcal/(m2 X h x ºC x m); tensão de ruptura à compressão (ASTM agua e mesmo como substituto de 1 o os especialmente como retentor de
mudas de plantas. so o para a produção em grande escala, em vasos, de
C-165) 7 kgf/cm3. Vermimassa é argamassa leve de vermiculita e cimento Portland. Ver-
mibloco e Vermiplac são blocos e placas isolantes de uso até 1050 ºC, com massa específica
Vermiculita
Ciência e Tecnologia de Argilas 863
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se apresentar até mosqueado. O brilho é sub-resinoso, untuoso ou sedoso. As fibras


amiantos crisotila são conjunto ou feixe de fibrilas naturais; geralmente macias ao
tato, são facilmente cortáveis a canivete e muito flexíveis; separam-se facilmente sempre
segundo a direção do comprimento da fibra. Embora as propriedades tisico-mecânicas
da crisotila dependam até certo ponto do teor de impurezas, do tipo da fibra e do pequeno
grau de substituição isomórfica no reticulado cristalino, conforme o jazimento, é o amianto
CAPÍTULO 31 que apresenta a faixa de propriedades tisico-mecânicas e químicas mais constante e uniforme,
quando comparado com os amiantos anfibólicos. Como todo argilomineral, as fibrilas
(cristais) de crisotila já existem individualizadas na natureza, sendo apenas necessário des-
AMIANTOS INDUSTRIAIS E ARGILAS fibrá-las, é o equivalente a desagregar um caulim para sua utilização industrial, a qual é
determinada pelo comprimento dos feixes de fibrilas individualizados industrialmente.
NIOUELÍFERAS O amianto crisotila ocorre associado aos serpentinitos, que normalmente apresentam
um teor de crisotila de 3 % a 5 % em relação ao peso total do minério bruto; os maiores
jazimentos explorados encontram-se na região de Québec, no Canadá; são conhecidos
também jazimentos importantes na União Soviética e na África do Sul (Bowles, 1955).
INTRODUÇÃO No Brasil existem numerosas ocorrências desse mineral (Fróes Abreu, 1960), porém muitas
Amianto ou asbestos (Fróes Abreu, 1960) é um termo genérico aplicado a um grupo delas já se esgotaram e outras não foram exploradas industrialmente. Atualmente, está
de minerais que ocorrem na natureza em forma fibrosa macroscópic:a e que se apresentam em destaque a Mina Cana Brava, no municipio de Mineraçu (GO) (Química & Derivados,
1969), que se encontra em franca produção de amianto crisotila para produtos conjugados
em muitos tipos e texturas, variando desde uma fibra longa, macia e sedosa, ~om uma
orientação definida dos cristais, até uma massa ~e fibras c~rtas, dur~ e queb~adiças, com à base de cimento-amianto, tais como telhas onduladas para cobertura de edificios; existem
uma orientação ao acaso dos cristais. A cor dos diferentes tipos de amianto vana do branco ocorrências também nos municípios de Barro Alto e Pontalina (GO).
ao cinza-esverdeado, marrom-amarelado ou azul. A maioria tem um ~rilho sedo~ ou ANTOFILITA. Trata-se de um silicato de ferro e magnésio hidratado, de fórmula de cela
nacarado e são todos opacos. A composição química dos amiantos vana de ~ sihcato unitária (Mg,Fe2+) 7 Si8 0 2 i{OH) 2 , que cristaliza no sistema ortorrômbico e pertence à
de magnésio hidratado contendo pequenos teores de alumínio ~crisotila~ ~os silicato~ C?m- família dos amiantos anfibólicos. As variações de composição química nesse tipo de anfi-
plexos, como silicatos de ferro e magnésio (antofilita e am~sit~) ou sihca~o~ de calcio e bólio são devidas à elevada porcentagem de substituição isomórfica (Bowles, 1955), geral-
magnésio (tremolita e actinolita) ou silicatos d~ ferr~ e s~dio, conte~do s?dio em teores mente Fe 2 + pelo cátion Mg 2 +. No caso da antofilita, o càtion Féi+ pode substituir o cátion
apreciáveis (crocidolita). Portanto, o ter~o a~ma~to e ~plicado aos m~erais ,fibro~~s per- Mgi+ até se terem 23,6% de FeO (óxido ferroso) e 11,48% de MgO (óxido de magnésio);
tencentes a duas famílias distintas de mmerais: a famllta das serpentmas e a famiha dos acima de 23,6% de FeO há alteração da estrutura cristalina, de ortorrômbica para mono-
anfibólios. Fotografias em cores ilustrando as texturas diferentes e variações em cores clínica. O teor de CaO nas antofilitas é, geralmente, da ordem de 0,5 %e, raramente, superior
de amiantos bràsileiros e estrangeiros encontram-se nos livros de Franco e colaboradores a 2% (Rabbitt, 1948). Dessa variação em composição química, ou melhor, do grau ·de
(1972) e Morrissey (1968). _ .. , . . substituição isomórfica, resulta uma grande yariação nas propriedades tisicas, levando a
As serpentinas (Deer, Howie e Zussman, 1962) sao silicatos de magnesio. hid:atado, uma variação aleatória e imprecisa em suas propriedades tecnológicas, especialmente quanto
de fórmula da cela unitária Mg6 Si4 0 10 (0H) 8 , que apresentam estrutura cnstalma em à resistência mecânica e à fragilidade; isso ocorre em todos os amiantos anfibólicos, o que
camadas (sheet silicates; filossilicatos) e que cristalizam no sistema monoclínico. ~s ser_pen- influencia as propriedades de interesse na utilização industrial (Bowles, 1955). As fibras
tinas são classificadas por Brindley (1961) como pertencentes ao grupo de mmerais de do amianto antofilita apresentam colorações desde parda até branca; as fibras mais macias
7,0 A; as serpentinas são, pois, os equivalentes magnesianos triocta~ricos do grupo da e desfibráveis ocorrem geralmente na superficie das jazidas e, à medida que aumenta a
caulinita que são os minerais aluminosos: Al4Si 40 10 (0H)~ · . . . profundidade do jazimento, as fibras tornam-se mais ásperas, mais quebradiças e mais
Os anfibólios (Deer, Howie e Zussman, 1962) são mme:ats. de cadeia. dupla (cham dificeis de ser desfibradas (Bowles, 1955). No Brasil existem várias ocorrências desse mineral
silicates) divididos em diversos subgrupos, que normalmente ,c:ista~iz~ nos siste?Ias orto~­ (Fróes Abreu, 1960); a maior jazida situa-se no Estado de Alagoas, no município de Jeri-
rômbico ou monoclínico. Alguns minerais raros desta famllta cnstalizam no sistema tn- mataia (Farina, 1966, 1967).
línico mas as estruturas cristalinas das diferentes espécies são estreitamente semelhantes.
~uimi~mente, formam uma família paralela ~ família dos. piro~ênios ~· ~iferentemente TREMOLITA E ACTINOLITA. Pertencem também à família dos amiantos anfibólios.
A tremolita é um silicato de cálcio e magnésio hidratado de fórmula de cela unitária
desta, apresentam. clivagem fibrosa ou asbestlforme. Os ~~erats _de hablt? fibroso, .os
quais são considerados como variedades de amiantos anfi~ohcos, sao ~ntofihta, trem?hta, Ca 2 Mg 5Si 8 0 2 i{OH) 2 , que cristaliza no sistema monoclínico (Deer, Howie e Zussman,
actinolita, crocidolita e amosita. As principais características das vanedades de amianto 1962). Usualmente contêm algum cátion Fe 2 + na sua estrutura cristalina devido à substi-
tuição isomórfica do cátion Mg2 +. No caso de o ferro estar presente em quantidades ele-
conhecidas são, em resumo :
vadas, o mineral recebe a denominação de "actinolita", cuja fórmula de cela unitária é
CRISOTILA. É o equivalente magnesiano do argilorninera~ ~aulinita; apre~e~ta ~mesma Ca 2 Fe5 Si8 0 2 i{OH) 2 , isto é, torna-se um silicato de ferro e cálcio hidratado que também
composição do mineral serpentina, isto é, também é ~ st~icato de. magnes10 hid~a~do, cristaliza no sistema monoclínico. As fibras do amianto tremolita são semelhantes às fibras
de fórmula da cela unitária Mg6 Si4 0 10(0H) 8 , que cnstahza no sistema monoclmico e do amianto actinolita, apresentando-se ambas com colorações claras, porém podendo
apresenta hábito fibroso. Apresenta uma cor verde em massas, mas ~eralmente pode se tender para tonalidades creme-escuras. São de usos tecnológicos bastante restritos por
apresentar com colorações diversas, tais como ~ar~la-clara, par~o-acmzentada. e mesmo apresentarem fibras duras e quebradiças; são dificeis de serem individualizadas e ainda
branca; as fibras fmas são brancas, o que não lIDphca a coloraçao da massa mmeral que
868 Ciência e Tecnologia de Argilas Amiantos industriais e argilas niquelfferas
869
apresentam resistência mecâ.nica bastante inferior à dos outros tipos de amiantos (Bowles, Fibra Area especifica (m 2 /g)
1950, 1955). No Brasil existem várias ocorrências desses minerais (Fróes Abreu, 1960);
entretanto, não são exploradas industrialmente. Náilom 0,31
Raiom 0,38
AMOSITA. É um amianto também pertencente à família dos anfibólios. Trata-se de um Algodão 0,72
silicato de ferro e magnésio hidratado, apresentando a mesma fórmula de cela unitária que Seda 0,76
a antofilita (Mg, Fe2+h(Si 8 0 22 )(0H) 2 , porém cristalizada no sistema monoclínico; se- Lã 0,96
gundo Zussman (1962), trata-se de um mineral de forma fibrosa, do subgrupo da família Viscosa 0,98
dos anfibólios, denominados cumingtonita. Outros autores consideram a amosita como Crisotila 13 a 22
um mineral proveniente da antofilita pela substituição isomórfica do cátion Mg 2 + pelo
Fe2+, levando à cristalização no sistema monoclínico. As fibras do amianto amosita são A Tab. 31.l apresenta as análises químicas de amiantos estrangeiros dos diversos
geralmente longas, com coiorações acinzentadas e mesmo esverdeadas. No Brasil não se tipos (Deer, Howie e Zussman, 1962).
conhece até o momento nenhuma ocorrência industrializável de amosita. . ~egundo Jenkins (p. 24, 1960), a análise química das fibras de amiantos não permite
identificar todas as propriedades das fibras em estudo, sendo necessário outros ensaios
CROCIDOLITA. É um amianto do subgrupo denominado riebequita também da família P~ª. fins de caracterização industrial, tais como: difração de raios X, microscopia ele-
dos anfibólios. Trata-se de um silicato de ferro e sódio hidratado, de fórmula da cela trom".3? exame ~trográfico, análise térmica diferencial, área específica, condutividade,
unitária Na 2 Fe 2 +Fe~+Si8 0 22 (0H) 2 , que cristaliza no sistema monoclínico. Recebe também solu~1hdad~, . analise es~~trográfica, análise magnetométrica, flexibilidade, resistência à
a denominação de "amianto azul" devido à cor azul .normalmente apresentada pelas fibras traçao, bas1c1dade e reatividade das fibras, além dos ensaios chamados tecnológicos reco-
naturais. As ·fibras de amianto crocidolita apresentam-se geralmente em camadas cruzadas, mendados pelo Asbestos Textile Institute (1962).
longas, delicadas e facilmente separáveis, intercaladas em sedimentos ferríferos (Peacock,
1931). TABELA 31.1 -Análises qulmicas representativas de amostras de amianto estrangeiro
As fibras de amianto crocidolita apresentam, em geral, comprimentos maiores que (Deer, Howie e Zussman, 1962)
as outras variedades de amiantos e têm maior resistência à traç.ão; por esse motivo são Si0 2 Al 2 0 3 Fe 2 0 3 FeO
Amostra MgO CaO K2 0
muito utilizadas em tecelagem juntamente com os amiantos crisotilas. As maiores jazidas (%) (%) (%) (%) (%) (%) ~ª·º
(%) (%)
H,O
(%)
deste tipo estão localizadas na África do Sul (Peacock, 1931) e Bolívia. No Brasil, regis-
Crisotila
tram-se ocorrências desta variedade de amianto (Franco e colaboradores, 1972), porém
não de jazidas industrializáveis. Em Goiás, ocorrem jazidas de amiantos anfibólicos nos Aboutville, New York 41,80 0,11 0,68 0,05 42,82 0,10
Ouébec, Canadá 0,03 0,01 14,04
41,97 0.10 0,38 1,57 42,50
municípios de Crixás, Itapac~ Pilar de Goiás, Sancrerlândia, São Luís de Montes Belos, África do Sul 41,83 0,30
0,08 13,56
1,29 0,08 41,39 traço 13,66
Goiás, Taquaral e Araçu (Metago, 1974). Arizona, EUA 42,02 0,52 0,19 0,11
A tabela seguinte, retirada de Badollet (1951), de Rosato (1959) e de Berger (1963),
Antofilita
41.44
º·ºº 14,04

apresenta as faixas de tensão de ruptura à tração, medidas pelo método recomendado pelo
NewYork 58,82 0,66 0,52 30,81
Asbestos Textile Institute (1953, 1962), dos diversos tipos de asbestos, em comparação Noruega 3.45 0,22 2,64
com fibras de algodão, de lã de rocha e de viçlro e de metais. South Harris
58,90 5.46 o.ao 3,09 26,28 0,51 0,11 0,04 2,64
53,16 2,95 4,53 3,07 30,03 0,28 0,10 0,01
Montana, EUA 4,83
57,02 1.40 8,71 28,81 1.48 0,66
Ontário, EUA 1,59
50,06 7,28 0,96 18.42 18,40 0,87 0,76 0,02 2,32
Tensão de ruptura à tração
Fibra Tremolita
(em kgf/cm 2 )
Now York 59.45
Ferro fundido 3167 ( 45000 psi) Balcãs
Itália
55,20
0.49
4,60 º·ºº
0.49
0,07
1,91
25,19
21,65
11,88
13,03 1,29 0,64
2,27
0,86
Ferro laminado 3 374 ( 48 000 psi) 56,54 2.28 0,07 3,35 22,89 12,01 0,86 0,38 1,59
Aço-carbono 10 897 (155 000 psi) Actinolita
Aço "nicrome" 17 083 (243 000 psi) Vermont, EUA 55,26 2.23 1,19 5,12 20.41 12,07
Corda de aço para piano 21 093 (300 000 psi) Sul de Devon, Grã-Bretanha 0,59 0,10 1,81
54,73
Algodão 5 132 a 6 257 ( 73 000 a 89 000 psi) Japão 56,06
1.46
2,14 º·ºº
2,22
9,60
8,97
17,94
16,11
12,76
10,28
1,44
1,36
traço 2,27
Lã de rocha
Vidro 7031 a
4 218 ( 60 000 psi)
14062 (100000 a 200000 psi) Crocidolita º·ºº 2.42

Crisotila 5 624 a 14 060 ( 80 000 a 200 000 psi) África do Sul 54,40 2,90 14,50 2,30 15,80
Bolfvia 1,50 6,50 0,8
Crocidolita 7 031 a 21 093 (100 000 a 300 000 psi) 56,10 0,66 15,60 4,06 14,50 1,11 5,05 0,71 2,21
Amosita 1124a 5620( 16000a 90000psi) Griqualand, Rep. África do
Tremolita 70 a 562 ( 1 000 a 8000 psi) Sul 51,94 0,20 18,64 19,39 1,37 0,19 6,07 0,04 2,58
Antofilita 70 a 280 ( 1 000 a 4000 psi) Am<Jsita
África do Sul 49,47 0,63 4,15 35,63 6,57 0,52 0,02 0,20 2,33
Nova Zelandia 52;05 0,77 3,40 22,35 15,26
Finlandia 1,89 0,21 0.07 1,98
Badollet (1951) apresenta os seguintes valores para as áreas específicas de materiais 50,70 1,72 3,11 26,63 14,36 0,87 0,60
União Soviética 0,50 1.46
fibrosos medidos pelo método BET de adsorção de nitrogênio em baixas temperaturas: 53,40
º·ºº 3,37 31,18 9,80
º·ºº traço traço 2,60
870 Ciência e Tecnologia de Argilas Amiantos industriais e argilas niquellferas
871
CLASSIFICAÇÃO DOS AMIANTOS INDUSTRIAIS Grupo 7:
Não existe uma classificação universal para os amiantos, mas sim classificações par- Subgrupo 7-D 0,0-0,0-5,0-11,0
Subgrupo 7-F 0,0-0,0-4,0-12,0
ticulares dos países produtores dessa matéria-prima; entretanto, todas essas classificações,
Subgrupo 7-H 0,0-0,0-3,0-13,0
apesar de não t{;lrem equivalência, seguem fundamentalmente o mesmo princípio básico, Subgrupo 7-K 0,0-0,0-2,0-14,0
isto é, os amiantos são classificados em tipos segundo as dimensões das fibras constituintes Subgrupo 7-M 0,0-0,0-1,0-15,0
determinadas por meio de uma análise granulométrica em peneiras vibratórias. As diferenças Subgrupo 7-R 0,0-0,0-0,0-16,0
entre as diversas classificações residem no número de peneiras e nas respectivas aberturas Subgrupo 7-T 0,0-0,0-0,0-16,0
utilizadas nesse ensaio, como também no tempo de duração do ensaio e no peso da amostra Subgrupo 7-W 0,0-0,0-0,0-16,0
utilizada. OS diversos critérios adotados são descritos a seguir. Como primeiro e mais Grupo 8:
importante critério tem-se a Classificação Canadense, que é feita para amianto já indus-
Subgrupo 8-S aba~xo de 0,88 g/cm J de massa específica aparente
trializado e é baseada no ensaio granulométrico realizado na máquina de ensaio-padrão Subgrupo 8-T abaixo de 1,2 g/cm 3 de massa específica aparente
Québec (J. G. Ross - Chrysotile Asbestos in Canada, Canada Department of Mines,
Grupo 9:
Bulletin n.º 707, p. 49, Ottawa, 1931), que consiste (':m nove grupos divididos em vários
subgrupos em 1931, que foram revistos em 1949 e em 1961. Subgrupo 9-T acima de 1,2 g/cm 3 de massa específica aparente

O sufixo "F" colocado aos subgru d0 G . .


CLASSIFICAÇÃO CANADENSE DE CRISOTILA coletado em câmaras de ciclone ou ó. pos rupo 1 indica material pulverulento ( floats)
Grupo 1: Os principais usos industriais ~os nov~ grupos são os seguintes (Rosato, 1959):
Subgrupo (Crude n. º 1) - Consiste essencialmente de agregados de fibras de crisotila de
~rupo 21 - UFabricação de tecidos, gachetas, tubos e cordas de amianto
3/4 de polegada de comprimento ou mais longas. rupo - sos análogos aos do Grupo 1 é · ·
Grupo 2: Grupo 3-Tecidos leves de amianto; fibra~ ~ê':te~ ~;;n:~;r,;;;;:t)ência à tração.
Subgrupo cru n. º 2 (Crude n. º 2) -
Consiste essencialmente de fibras de comprimento entre Grupo 4 - Produtos de ciment · • ·
magnésio e 15% d o-an:uanto para ~~nstruçao civil; isolantes térmicos de 85% de
3/8 e 3/4 de polegada. G 5 p 1· e amianto e de silicato de cálcio-amianto
Subgrupo cru (Crude Run of Mine) - Consiste essencialmente de amianto cru não-selecio- rupo - ap~ ao. e pap~I de amianto; misturas· com amiantos d .
nado. f~bncaçao de cimento-amianto. e graus superiores para
Subgrupo Sundry - Consiste de amianto cru que não é dos tipos acima especificados. Grupo 6 - F1_bra par~ estuque; cargas para argamassas e gessos
Grupo 1 - Cimento isolante de ami t ld . ·
Grupo 3: Lowest Screening Test Québec* Grupos 8 e 9 - Contêm ri . 1 an o para ca eiras e carga para asfalto e tintas.
Subgrupo 3-F 10,5-3,9-1,3-0,3 . P nc1pa mente rocha matriz e areia; usadas para ladrilhos de piso
Subgrupo 3-K 7,0-7,0-1,5-0,5 e azu 1eios reforçados com amianto.
Subgrupo 3-R 4,0-7,0-4,5-0,5
Listagem mais detalhada dos d · .
Subgrupo 3-T 3,0-8,0-4,0-1,0 O Mi 1 y b usos e cnsot1 1a encontram-se no livro de Rosato (1959)
Subgrupo 3-Z 1,0-9,0-4,0-2,0 nera s ear ook de 1970 ( Readding 1970) t .
Asbestos Mining Association FOB Q éb M'. . .raz os preços de crisotila da Québec
relação entre o preço e 0 co~primentou dae~ibra ~~d~:~7~~~ de 1969, demonstrando assim a
1
Grupo 4:
Subgrupo 4-A 0,0-8,0-6,0-2,0
Subgrupo 4-D 0,0-7,0-6,0-3,0 ' Tipo (grau) Dólares canadenses por tonelada curta
Subgrupo 4-H 0,0-5,0-8,0-3,0 (908 kg) de amianto crisotila canadense
Subgrupo 4-J 0,0-5,0-7,0-4,0
Subgrupo 4-K 0,0-4,0-9,0-3,0 Grupo 1
1 480
Subgrupo 4-M 0,0-4,0-8,0-4,0 Grupo 2
800
Subgrupo 4-R 0,0-3,0-9,0-4,0 Grupo 3
385 a 630
Subgrupo 4-T 0,0-2,0-10,0-4,0 Grupo 4
212 a 360
Subgrupo 4-Z 0,0-1,5-9,5-5,0 Grupo 5
152 a 180
Grupo 6
Grupo 5: 110
Grupo 7
Subgrupo 5-D 0,0-0,5-10,5-5,0 50 a 82
Subgrupo 5-K 0,0-0,0-12,0-4,0 Os preços• do amianto .. crisotila SAMA FOB Mina C
Subgrupo 5-M 0,0-0,0-11,9-5,0 os seguintes (para janeiro de 1973; US$1 = cr$ 6,oo}. ana Brava, Uruaçu (GO), são
Subgrupo 5-R 0,0-0,0-10,0-6,0
Grupo 6: *Imposto Único sobre Minerais (IUM) 15% b .
de créditos fiscais para efeito de pagament d , ICM s~:ie os preços acima. Recuperável através
Subgrupo 6-D 0,0-0,0-7,0-9,0 186,00; b) Cana Brava-Rio de Janeiro ºcr o ~ . Frete: a) Cana Brava-São Paulo, Cr$
*No ensaio na máquina Québec, um tipo de fibra, especificação (guaranteed minimum shipping por tonelada de crisotila. Pre os CIF -' $ 225,00: c) Cana Bra_va-Porto Alegre, Cr$ 367,00
test ou lowest screening test) 4,0-7,0-4,0-1,0, significa que: de. 16 onças (1 onça= 28,35 g), 4,0 2100,00/t; crisotila, Cr$ 2 318çOO/t Sao Paulo, amiantos 4T em junho de 1973; antofilita, Cr$
onças ficarão retidas na peneira de abertura de 1,5 pol; 7,0 onças ficarão retidas na peneira de **Os preços do amianto' e de outros miner · ·
abertura de 4 Meshes-USS n.º 4; 4,0 onças ficarão retidas na peneira de abertura de 10 Meshes-USS época pela consulta ao Anuário Mineral B ·1 . a1s(~~i:-asil podem ser atualizados em qualquer
n.º 10; 1,0 ónçano receptáculo final. l,5pol = 38 mm; USS n.º 4 = 4,76 mm; USS n.º 10 = 2,00 mm (MME, 1974) rasi e!fo • 1973) e ao Boletim de Preços do MME
Ciência e Tecnologia de Argilas Arniantos industriais e argilas niquelfferas · 873
872
Frações retidas Fração que Impureza
Amianto SAMA Cr$/tonelada posto Grupo Subgrupo* nas peneiras•• passou na máxima
crisotila Ensaio Québec Mina Cana Brava 1 2 3 peneira n. º 3** (%)
Tipo
10,5-3,9-1,3-0,3 4860,00 6 P-6-40 o o 40,0 60,0 21,0 (22,0)
CB-3F 4120,00 M-6-40 o o 40,0 60,0 19,5 (20,0)
CB-3K 7-7-1,5-0,5
0-4-9-3 2150,00 M-6-30 o o 30,0 70,0 21,0 (23,0)
CB-4K 1 870,00 K-6-30 o o 30,0 70,0 24,0 (27,0)
CB-4T 0-2-10-4
0-1,5-9,5-5 1 683,00 K-6-20 o o 20,0 80,0 27,0 (29,0)
CB-4Z 1 385,00 K-6-5*** o o 5,0 95,0 25,0
CB-5K 0-0-12-4
0-0-10-6 1 173,00
CB-5R 867,00 7 7-370 Massa especifica aparente = 370 g/dm 3
CB-60 0-0-7-9 7-450 Massa especifica aparente= 450 g/dm 3
0-0-4-12 654,00
CB-7F 399,00 7-520 Massa especifica aparente = 520 g/dm 3
CB-7M 0-0-1-15
0-0-0-16 374,00 8 8-750 Massa especifica aparente= 750 g/dm 3
CB-7R 357,00
CB-7T 0-0-0-16 Os usos industriais desses grupos são:
Sem ensaio 263,00
CB-7TF 170,00 Grupo O a 2 - Fabricação. de produtos têxteis.
CB-8S Sem ensaio
127,00 Grupo 3 a 5 - Produtos de cimento-amianto.
CB-8T Sem ensaio
110,00 Grupo 6 - Isolantes térmicos e produtos de plásticos.
CB-9T Sem ensaio
*As letras colocadas no início indicam a textura (forma e propriedades) das fibras: DV (fibra
Outra classificação é a da União Soviética, estabelecida pela GOST 7-6~_(As~~~:.~ão longa, inflexível); J (inflexível, com predominância de feixe de fibras com diâmetro menor que 2,0
Russa de Normas Técnicas) feita em 1961, que consiste de nove grupos, tam em 1v1 ' os mm); P (semiflexível, com igual proporção de fibras e feixe de fibras); RJ (textura entre semiflexível
e inflexível); M (flexível); e K (tipo de flexibilidade especial). O primeiro número indica o grupo e
em vários subgrupos. o segundo, a porcentagem retida na peneira
**Neste ensaio, parte-se de 500 g de amostra e a especificação 50-26-21,0-3,0 significa que 50 %
CLASSIFICAÇAO RUSSA (GOST 7-60) ficaram retidas na peneira n.º l (abertura= 0,70 mm); 26% ficaram retidas na peneira n.º 2 (aber-
Impureza tura= 0,40 mm); 21,0% ficaram retidas na peneira n.º 3 (abertura= 0,25 mm); e 3,0% passaram
Frações retidas Fração que
máxima pela peneira n.º 3
nas peneiras•• passou na
Grupo Subgrupo* (%) ***Massa específica aparente do Subgrupo K-6-5 = 320. g/dm3
1 2 3 peneira n. º 3••
Para o amianto crisotila existem ainda as classificações dos produtores menores.
80 10 8,4 1,6
o DV-0-80
13,0 2,0
DV-0-55 55 30 CLASSIFICAÇÓES DE AMIANTO CRISOT/LA DE PRODUTORES MENORES

J-1-50 50 26 21,0 3,0


Comprimento das fibras (pol) ou
38 34 24,0 4,0 Designação e origem
J-1-38 teste em peneiras (onças)
J-2-20 20 47 28,0 5,0
2 5,0 (6,0) Cassiar (Colúmbia Britânica, Canadá)
PRJ-2-30 30 50 15,0
19,0 6,0 (7,0) Cru n.º 1 Maior ou igual a 0,75
PRJ-2-15 15 60
13,0 4,0 AAA Fibra longa extra para fiação
P-2-30 30 53
65 15,0 5,0 AA Fibra longa para fiação
P-2-15 15
A Fibra para fiação
2,0
3 J-3-40 o 40 48,0 12,0
3,0
AC Fibra longa para placa prensada
P-3-70 o 70 20,0 10,0
3,0
AK Fibra média para placa prensada
P-3-60 o 60 30,0 10,0
3,0
AS Fibra para placa prensada
P-3-50 o 50 35,0 15,0
3,0
AX Fibra curta para placa prensada
M-3-55 o 55 33,0 12,0
Arizona (EUA)
5,0
4 J-4-20 o 20 50,0 30,0
4,5 (5,0) N. º 1 Fibra para fiação Maior ou igual a O, 75
P-4-35 o 35 45,0 20,0
5,0 (5,5) N. º 2 Fibra para fiação 0,375-0,75
P-4-20 o 20 58,0 22,0
5,5 (6,0)
N. º 3 Fibra para filtro o, 125-0,375
P-4-5 o 5 70,0 25,0
5,0 (5,5) N.º 4 Fibra para filtro 0,125
M-4-10 o 10 65,0 25,0
5,5 (6,0) Chipre (Amiantus-Mine of the Cyprus Asbestos Mines Ltd.)
M-4-5 o 5 70,0 25,0
13,0 (14,0) 3 0-3-11-2
5 P-5-65 o o 65,0 35,0
14,0 (16,0) S Fibras-padrão para placa prensada 0-1-13,5-1,5
P-5-50 o o 50,0 50,0
12,0 (13,0) SH Fibras curtas 0-0-10-6
M-5-60 o o 60,0 40,0
Amiantos industriais 'e argilas niquelfferas 875
Comprimento das fibras (pol) ou Comprimento das fibras (pol) ou
Designação e origem Designação e origem
teste em peneiras (onças) teste em peneiras (onças)

lugoslávia (De acordo com Jugomineral, Zagreb)


HSH Fibras curtas inflexíveis 0-0-10-6
0-0-9-7 1 -Serbia
FFS Fibras finas
1 .1 - Stragari
Rodésia Tipo 4 K 0-4-9-3
1-Shabani Tipo 5 K 0-0-12-4
C e G 1 , C e GP 1 Fibra longa para fiação, equivalente ao canadense 1.2 - Korlace
cru n.º 1 Tipo 3 V 0-10-4-2
C e G 2 , C e GP 2 Fibra curta para fiação, equivalente ao canadense do Tipo 5 0-0-12-4
subgrupo "3F" Tipo 6 0-0-7-9
C e G3 Fibra longa para placa prensada 1.3-0zren
C e G4 Fibra para placa prensada Tipo 3 V 0-10-4-2
C e G5 Fibra curta para placa prensada Tipo 4 L 0-3-10-3
Tipo 5 D 0-0,5-10,5-5
2-Mashaba
Comparável, mas não equivalente a C e G 2 Tipo 5 K 0-0-12-4
VRA2, MR2 Fibras para fiação
1.4 - Rujiste
VRA3, MR3 Fibra longa para
Comparável, mas não equivalente a C e G 3 Tipo cru n.º 1 e n.º 2
placa prensada
VRA4, MR4 Fibra para placa 2- Bósnia-Herzegovina (Petrovo-Selo)
Comparável, mas não equivalente a C e G 4 Tipo cru n.º 1 e n.º 2
prensada
Tipo 4 M 0-10-4-2
Suazilândia (Havelock Mine) 3 - Macedônia (Bogoslavec)
HVL 1 Fibra longa para fiação Tipo 3 V 0-10-4-2
HVL 2 Fibra curta para fiação Tipo 7 R 0-0-0-16
HVL 3 Comparável, mas não equivalente a C e G 3
Comparável, mas não equivalente a C e G 4 fndia
HVL 4, HV/3XX
Tipo especial A Comparável ao canadense cru n.º
África do Sul Tipo regular A Comparável ao canadense cru n. º
NAM-1, NAM-S, NAM-2, NAM-3, NAM-H, NAM-PS e outros Tipo regular B Comparável ao canadense cru n. º
Austrália
Tipo 4 Maior ou igual a 2 pol CLASSIFICAÇÃO E AGRUPAMENTO DE CRISOTILAS PELO U.S. BUREAU OF MINES
Tipo 3 2,0-1,0 ( CLIFTON, 1973)
Tipo 2 1,0-0,5
Tipo 1 0,25-0,5 BM 1 BM li BM Ili
(Têxlil) (Telhas e papelão) (Fibras curtas)
República Popular da China (De acordo com China National Minerais Corp., Pequim)
1 - Hsi-Kang = Sikang (Fibra longitudinal - crua até 700 mm; fibra cru- CANADA
zada crua e fibra benefici'i!da) Grupo 1 (Crude) Grupo 4 Grupo 6
A (Cru) 15-20%- Menor que 20 mm Grupo 2 (Crude) Grupo 5 Grupo 7
1 Maior ou igual a 100 mm Grupo 3 AK,CP,AS,CT
2 Maior ou igual a 50 mm AAA, AA, A, AC, CC AX,CY,AY
3 Maior ou igual a 20 mm
Maior ou igual a 5 mm, mínimo 15% ARIZONA
4 Maior ou igual a 5 mm, máximo 76% N.º 1 (Crude) Grupo 3, Grupo 4 Grupo 6
Impurezas devem ser menores que 9% N.º 2 (Crude) Grupo 5 Grupo 2
2-Shensí CALIFÓRNIA
Vários tipos de fibras longitudinais Grau 4, Grau 5 Grau 6, Grau 7
3-Ping-Li
VERMONT
Vários tipos de fibras beneficiadas (20-50 mm)
Grau 3 Grau 4, Grau 5 Grau 6, Grau 7, Grau 8
4 - Tse-chuan
Vários tipos de fibras cruzadas e abertas (5-35 mm)
Nos EUA, 97% do amianto consumido é crisotila, os 3% restantes sendo crocidolita, amosita
5-Ta-An
e antofilita.
Várias fibras cruas semibeneficiadas (maior que 50 mm)
6 - Pum-Schen, Hupeh, Jehol A classificação dos amiantos anfib61icos adotados pelos produtores dessa matéria-
Diversos tipos (20-50 mm: fibras cruzadas e longitudinal) -prima é a seguinte:
Amiantos industriais e argilas niquelfferas 877
Ciência e Tecnologia de Argilas
876
BRASIL
CLASS/FICAÇÔES DE AMIANTOS ANFIBÓL/COS A Associação Brasileira de Normas Técnicas possui a Especificação EB-268-1969 para
Comprimento da fibra (pol) fibras de amianto antofilita. O trecho seguinte define a "Classificação do Amianto Antofilita"
Designação e origem
segundo a EB-268-1969:
1- Crocidolita
"8. CLASSIFICAÇÃO DO AMIANTO
1.1-Cape Blue
Cape Asbestos Co. Ltd. Outras informações "8.1 - A antofilita será classificada normalmente segundo os 'retidos em peneira', 'volume
E Maior que 2,0 aparente em suspensão aquosa' e o 'teor de pó'.
O ou ES Maior que 1,5 1,75-2,0 "8.2 - Quando houver indicação, na ordem de compra, de resistência mecânica mínima da
C ou ES Maior que 1,5 1,25•1,75 fibra de antofilita, esta se constitui em ulterior elemento de classificação.
B N.º 1, KBY/1 0,75-1,5 0,75-1,25 "8.3-A classificação será expressa pelas siglas: A; B; C; O, em que:
A N.º 2, KBY/2 0,375-0,75 0,5-0,75 "A-é a representação global dos retidos em peneira, admitida a simbologia utilizada
S (Fibras curtas), MS (mis- para amiantos crisotila originárias do Canadá (por exemplo: 4T, 5R, 60) (Copant
tura) 0,25-0,375 Tipo 3:5-013).
beneficiado "B-é a representação do volume aparente em suspensão aquosa (Copant 3: 5-006).
N.º 3, KBY/3 "C-é a representação do teor máximo de p6 expressa em % de peso total (Copant
X, SS Menor que 0,25 3:5-007).
"O - é a eventual representação da resistência mecânica a ser estabelecida consi-
1.2-Transvaal Blue (Departamento de Minas, África do Sul) derando o emprego especifico da antofilita (Copant 3: 5 - 023)"
TX ou TDX Maior que 1;5
T1 ou TD1 0,875-1,5 USOS INDUSTRIAIS. Segundo Clifton (1973), é a seguinte a distribuição nos EUA
T2 ou TD2 0,50-0,875 em 1972 dos usos industriais dos diversos tipos de amiantos crisotila e anfibólicos:
T3 ou TD3 0,25-0,50
T4 ou TD4 Maior que 0,25 Crísotila (toneladas curtas)
Usos Crocídolíta Amosíta Antofílíta
BM 1 BM li BM Ili Total
1 3-Bolivian Blue (National Stockpile Specification, P-80-R)
· N.º 1 Pelo menos 85%-maior que 0,75 pol Construção civil 214800 108 600 323400 13 755 1 017 218
N.º 2 Pelo menos 85%-0,375-0,75 Ladrilhos 4 700 80000 84 700
Run of Mine Pelo menos 90% e fibras retidas na peneira n.º 16 Lonas de freio 5400 24000 47600 77000 262
Papelão 21 000 67200 69 300 159
1.4-Honan Blue (China/Silang) (China National Min. Co.) Asfalto amianto 17000 29 200 46200 . 351
Crua' Maior que 50 mm Gaxetas e cordões 2000 18000 10800 30800 24
Isolamento 2600 2300 10 500 15400 4131
Beneficiada 20-70 mm
Têxteis 7 600 100 7 700 20 3
1.5-Australian Blue Outros usos 1 000 80800 33 700 115 500 1 625 206 420
Western Australia 0,25-2,5 Total 18 600 363 700 387 700 770 000 15 628 5 705 903
South Australia 2,0 e fibras curtas

2-Amosita Segundo' o Stanford Research Institute (1974), o amianto crisotila é o responsável


0-3 (B-1) Longa 2,0-6,0 (maior que 3,0) pelo consumo aparente de 97% do amianto consumido nos EUA em 1972; a indústria de
Penge/hand cobbed construção civil (produtos de cimento-amianto, tais como telhas onduladas e planas, tubu-
Cru lações, caixas-d'água e calhas para cobertura) consumiu 42 % do amianto dos EUA em 1972.
1
0-11 0,75-3,0 ANTOFilJ.TA. A produção de antofilita nos EUA (SRI, 1974) provém de minas (Hippye
M-d, D-X, M, K-3, W-3 (P-3 Boot Hill, condados de Yancey e Jackson, da Powhatan Mining Co.) na Carolina do Norte,
Penge, D-3 Amosa), 3/B, 3/BX, tendo sido de 903 toneladas curtas em 1972. Segundo Rosato (1959, pp. 46, 58), o amianto
3/DX, 3/DMi = mistura Média 0,5-3,0
antofilita tem uso muito limitado devido à baixa resistência mecânica das fibras, apesar
Penge, run of mine crude
2 da boa resistência a temperaturas elevadas e da baixa solubilidade em soluções alcalinas;
WEG, GW 0,125-3,0
0,186-2,0
.não se conhecem ocorrências de fibras suficientemente flexíveis para serem torcidas em
S-2 Curtas
0,186-2,0 fibras têxteis; as considerações seguintes procuram explicar esses fatos.
S-K, S-W
Refugo 0,125-0,5 A característica essencial das estruturas cristalinas de todos os anfibólios é a presença
R;R-K,W
de tetraedros (Si, Al)04 ligados para formar cadeias duplas daquelas dos pi.J:oxênios, cuja
3-Antofilita (Finska Mineral AB, for Paakkila mill) 3
composição química é (Si4 0 11 ) 0 • Estas cadeias duplas se repetem indefinidamente ao longo
A1 Massa específica aparente = O, 15 kg/dm de seu comprimento, em intervalos de aproximadamente 5,3 Â, o qual define o parâmetro
3
PT1 Massa especifica aparente =O, 15 kg/dm
e da cela unitária. As cadeias estão separadas e ligadas entre si lateralmente por "planos
Pt3 Massa especifica aparente= 0,20 kg/dm 3
Massa especifica aparente= 0,23 kg/dm
3 de cátions", como é mostrado na Fig. 31.l; existem também alguns íons-hidroxila nas
MT1 3 posições marcadas OH. Os diâmetros dos cátions determinam a maneira como estão envol-
AA1 Massa especifica aparente= 0,25 kg/dm
3
AAA1 Massa específica aparente = 0,80 kg/dm
Amiantos industriais e argilas niquelfferas 879
878
FIGURA 31.1 - Estrutura da como é mostrado pelas linhas grossas da Fig. 31.2. Os planos de clivagem são, portanto,
cela unitária da antofilita paralelos a (110) para a antofilita e outros anfibólios: o ângulo entre as direções de clivagem
Mg 7 Si 8 Q 22 (QH) 2 projetad~ ao
é de 56° para a antofilita, dando uma forma de ripa ou fita (b/aded) aos cristais clivados ou
longo da direção z. Nesta figu-
ra. os oxigênios e as hidroxilas
fibras da antofilita.
superpostas foram deslocados Essa estrutura cristalina leva a possibilitar um desfibramento (fiberizing) da antofilita
(segundo W. L. Brag~, The A- que produz fibras de perfil de um paralelogramo, cuja espessura e comprimento dependem
tomic Structure of Minerais, p. da estrutura cristalina quanto à substituição isomórfica, da delicadem ou habilidade dos
194, Cornell University Press. operadores que executam o desfibramento e da grande complexidade do equipamento
lthaca. 1937) (moinhos ou desfibradores) usados.
Segundo Bowles (1955, 1956), não havia sido desenvolvido nenhum mercado apreciável
e consistente até 1956 para a antofilita e a produção nunca havia excedido algumas centenas
de toneladas por ano (ver Clifton, 1973). Segundo Bowles (Bowles, 1955, p. 5), até 1955,
a maioria das jazidas de antofilita postas em operação não possuía grandes reservas de
b= 17,9 Ã
amianto desfibrável e flexível. Revisões mais recentes (May e Lewis, 1970; Readding, 1970;
Clifton, 1973) sobre amiantos do que as citadas anteriormente não trazem informações
novas que modifiquem substancialmente a afirmação corrente, muito encontrada na lite-
ratura técnico-cientifica, de que "não é ainda conhecida uma ocorrência (de antofilita)
com fibras suficientemente flexíveis para serem torcidas em fios, nem com tensão de ruptura
à tração suficientemente grande para tomá-las valiosas para a indústria de cimento-amianto"
(Jenkins, p. 27, 1960).
Os maiores depósitos de antofilita conhecidos no Brasil acham-se na Provincia Asbes-
tíféra de Alagoas, abrangendo uma área superior a 2 000 km 2 , incluindo os seguintes muni-
cípios e distritos: Batalha, Traipu, Belo Monte, Grande Ponciano, Campo Grande, Geri-
matália e Capivara, além de Paulo Jacinto e Quebrângulo; esses depósitos foram mapeados
por Farina (1965, 1966, 1967), cujas publicações apresentam uma revisão bibliográfica
sobre o amianto no Brasil (ver também Bowles, p. 42, 1955). Os depósitos de asbestos
antofilíticos, da área de Campestre, existem na quantidade de 14 648 820 t para uma profun-
didade média de 10 m de profundidade; segundo Farina (1967), dessa tonelagem somente
2 309 338 t são depósitos contendo 2% de amianto. A exploração desse amianto antofilítico
al2= 9,25Â teve início em 1956 pela firma S. Barreto e Filhos, cuja matriz fica em Neópolis (SE). A
. . . a ve determina a posição relativa de uma cadeia mineração Barreto extrai antofilita da Mina Campestre e a industrializa, produzindo dois
vidas pelas cadeias S14011 e iss?•/or ~u la~itária, por exemplo monoclínica na tremo- produtos acabados que tem os nomes Amianto Campestre e Amianto Barreto: a antofilita
em relação à out~a e as caract~r1s ica_s a ce , tions de raio atô~ico elevado é pequeno Campestre tem cor creme-clara e o Barreto, cor creme-amarelada e maior teor de ferro;
lita e ortorrômb1ca na a~tofihta, cu~ teor e:;1 ': Á' b ~ 18 0 A; e ~ 5,3 A. A clivagem as propriedades físico-mecânicas entre ambos são diferentes, segundo as informações da
6
(Ca, Na, Mg); a antofilita tem Z - 4 , = ª 1 : ' .- '. . ' mais difícil haver empresa produtora. Outra exploração de antofilita existe em Vigolândia (MG) da Com-
dos cristais de anfibólios ocorre parale~amen~t as c~efi1asrtes(S1d4~1q1~~- :través das ligações panhia Brasileira de Amianto. Segundo Farina (1967, p. 24), "o asbesto antofilítico de
, d r -es Si-O que sao mm o mais o · ., . Alagoas é realmente inferior ao crisotílico; no entanto, tem muito boa aceitação na indústria,
fratura atraves Aas _igaço ad . A F" 312 mostra diagramaticamente a cela umtana
Mg-0, que mantêm ]Untas as c e1as. ·~· . . . . cu am os blocos esquema- podendo substituir em grande parte a crisotila importada".
da antofilita projetad~ sobre (001): as cda_de1~s, ~~:tg~:a~ C:t~n~o ~ortar as cadeias Si40w Segundo Bowles (p. 41, 1955, 1956), as fibras de antofilita mais macias e desfibráveis
tizados na figura; a chvagem ocorre na rreçao 1 ' ocorrem, geralmente, na superfície das jazidas e, à medida que aumenta a profundidade,
as fibras tomam-se mais ásperas, mais quebradiçils e mais difíceis de serem "desfibradas"
em um material fofo; parece que as melhores fibras de antofilita se encontram no minério
resultante da ação do intemperismo sobre o amianto maciço. Conseqüentemente, os depó-
sitos de antofilita flexível e facilmente desfibrável tendem a adquirir a forma de bolsões
FIGURA.31.2 - Clivagem da antofilita (segundo W. L.
ou lentes de profundidade restrita e, por isso, se a lavra se destina somente à extração da
Bragg, The Atomic Structure of Minerais. p. 196, Cornell fibra, atenção especial deve ser dada às dimensões dessas lentes.
University Press. lthaca. 1937) ·
As fibras de amianto antofilita não têm grande resistência à tração (isto é, valores
elt':vados para a tensão de ruptura à tração) e, por isso, têm menor valor econômico que
os amiantos amosita e crocidolita; as antofilitas variam em hábito cristalino, desde o fibroso
ou asbestiforme até a forma ripiforme (bladed) e prismática (Bowles, 1956). Portanto, com
raras exceções, as fibras de antofilita são muito fracas e frágeis para serem torcidas para
formar fios têxteis. Entretanto, têm grande resistência química, o que toma as fibras de
880 Ciência e Tecnologia de Argilas Amiantos industriais e argilas niquellferas
881
antofilita um excelente material filtrante de líquidos corrosivos em laboratório e em indús- crisotila, o ~áximo de atenção é dado aos pro~ssos de moagem ou desfibramentos, porque
trias químicas. eles detenrunam o grau de desfibramento ou dtametro das fibras industriais com um mínimo
de .quebr~ ou ~~tamento das mesmas, isto é, aumento do "número" do "tipo" do
Os principais usos da antofilita são em cimentos plásticos para revestimento isolante
de tubulações de vapor e de caldeiras e fornos, como carga ou enchimento em borracha e amianto mdustnalizàdo.
. A, cri~tila .é uma form~ p~limórfica ~º. mineral serpentina e é a forma magnesiana
de polímeros para isolamento elétrico e de materiais de revestimento de paredes, como
tnoctaédnca da est~t~a cnstal~ da caulm1ta. Apesar de a crísotila ter a textura fibrosa
argamassas e gessos.
(lembrar que ª· halo~1~-2H 20 e tubular), a estrutura cristalina é a de um filossilicato
CRISOTILA lamelar, como a caµhmta. Uma parte da camada estrutural da crisotila é uma estrutura
planar pseudo-hexagonal de tetraedros SiO 4 ligados, com parâmetros aproximados a = 5 ·3 A
As serpentinas incluem os minerais crisotila, lizardita e antigorita; estes dois últimos ~ b = 9,2 A. Todos os tetraedros no plano ou folha estão voltados para o mesmo lado e
não têm utilização industrial até o momento. As fibras sedosas e flexíveis de crisotila ocorrem ltgados a e!es ~stá u~ fo~a de br~cita - Mg(OH) 2 - em que, de um lado apenas, duas
como veios em serpentinitos constituídos por lizardita; têm cores amarela, branca, cinza d~ ~ad~ tres hidr?xtlas es~ ~ubstttuídas pelos oxigênios apicais dos tetraedros SiO • A
e verde· as fibras de crisotíla usualmente têm uma tensão de ruptura à tração superior à distancia perpendicular re~ett~1va entre as folhas compostas deste tipo é de 7,3 A aproxima-
4
das fib;as dos amiantos anfibólicos (Deer, Howie e Zussman, 1966, 10, p. 242). As fibras dam~~te, o que faz_ da cnsottla um argi~omineral com d 001 = 7 A com os do grupo da
de crisotila têm geralmente comprimento inferior a meia polegada (12 mm), mas podem ~~m~ta ~ta r.eflexao basal. Como as dtmensões da camada de brucita e da camada de
atingir até 15 cm. 5 4 Ae b - 9 3 A paraaructa,
tndtmtta
_A sao diferentes (em . .ortoexagonal, a -
· uma .cela - , - , b 't
Informações detalhadas sobre a natureza das fibras de crisotila foram obtidas pela e. a - ~,O .e b = 8: 7 A para tndtmtta), há um elevado grau de desemparelhamento ou
difração de eÍétrons e de raios X e por microscopia eletrônica: foi demonstrado que as dtstorçao (m1S-matchmg): t~so .leva ao encurvamento da camada composta brucita-ti:idimita,
fibras de crisotila são constituídas naturalmente por fibrilas cilíndricas fwidamentais aglo- com os compon~ntes t~traédncos do lado de dentro da curvatura. Um grande nú~ero de
meradas com emparelhamento paralelo ao comprimento; as fibrilas de crisotila, de perfil resultados expenmentats demonstra a existência de serpentinas com folhas cristalinas curvas
circular, têm um diâmetro externo de cerca de 100 A a 250 A; são ocas, porém não são como é mostrado es~uematicamente na Fig. 31.3 (Whittaker, 1963). Essas folhas compos~
vazias, como demonstrou Whittak:er (1963), estando preenchidas com um material não- se fec~am con~ntncam~te dando a flhri/a de crisotila, cuja existência foi demonstrada
-cristalino. ~r ~croscopta eletrôntca, pela primeira vez por Turkevich e Hillier (1942). A fibrila de
cnsottla t~ uma pare?e com doze a vinte camadas compostas, de 7,3 A de espessura cada
Um ponto importante deve ser assinalado quanto à utilização da textura fibrosa dos
amiantos: cada fibra ou filamento de algodão, lã ou seda é de diâmetro razoavelmente
uma? o d1amet~o méd1~ exter~o .das fibrilas é da ordem de 250 A e 0 interno, de 100 A,
me?tdos por rmcroscopia e~etromca (Bates e Comer, 1959); esse diâmetro não é constante
constante e mensurável, sendo indivisível em fibrilas de menor diâmetro. Por outro lado,
as fibras d~ crisotila (sendo constituídas por fibrilas naturais flexíveis já preexistentes e variando com a procedência (2.ª Conferência Internacional de Asbestos Atkinson 2: 4
emparelhadas) podem ser divididas e subdivididas até ~ grau de subdivisão ou d~~fibra­ 1971); no_caso d~ Uruaçu, o diâmetro é da ordem de 500 A (Souza Santos' e Souza Santos'.
mento, que é limitado somente pela sofisticação dos equipamentos desfibradores utthzados estudos nao publicados); a parede tem, pois, 75 A de espessura, isto é, de dez a onze vezes
e pela habilidade com que são operados. O diâmetro externo ou mínimo é, provavelmente,
o espaç.~m".°to basal d~ 7,3 A, que aparece na difração de raios X pelo método do pó. A
o diâmetro da fibrila unitária, que é da ordem de 250 A (Bowles, p. 6, 1956). Em outras
cela ~1tárta tem as. dtm~sões a = 5,3 A, b = 9,2 A e c = 14,6 A, sendo a direção do
palavras, o desfibramento dos amiantos ou asbestos é um processo de clivagem com direções
comprtmento3 da fibrila a dtreç.ão de a. A massa específica calculada dessa cela unitária é
preferenciais, orientado pela estrutura cristalina e texturas, diferentes entre si, da crisotila d~ 2,56 g/cm 1 e co~corda com as medições experimentais: isso demonstra que a fibrila
dos anfib6Vos, \ incluindo a antofilita. nao é oca e snn cheta com uma "matriz" não-cristalina ou amorfa, que pode ser parcial-
Do ponto de vista de utilização industrial, o que se chama "tamanho da fibra" de
crisotila é de extrema importância; esse "tamanho" pode ser de um lado o "diâmetro"
da fibra industrializada e de outro o "comprimento" da fibra (isto é, do conjunto de fibrilas FIGURA 31.3 - Esquema de uma
paralelas); ambos serão discutidos a seguir. parte das camadas curvas da pa-
O "diâmetro" da fibrila de crisotila depende do "grau de desfibramento" que pode rede de uma fibrila de crisotila
ser atingido no processo de "moagem" industrial das fibras "cruas". As fibras cruas obtidas Mg6Si40 10 (0H) 8 . A camada curva
de diferentes depósitos podem variar na facilidade com que podem ser desfibradas (fibe- composta consiste de camada do
'rized): isto é, duas amostras de crisotila crua de duas minas, diferentes, submetidas a exata- hidróxido de magnésio brucita con-
densado sobre camada tetraédrica
mente o mesmo tratamento de desfibramento, no mesmo equipamento, podem dar fibras
de. tridimita com Si0 4 na parte in-
industriais de diâmetros diferentes, devido a essa propriedade de dificil medição que é a terna. Cada camada composta tem
"facilidade de desfibramento". É, por isso, que as crisotilas comerciais canadenses trazem 7,3 A de espessura. As paredes da
'a indicação da mina que provêm no saco de embalagem. fibrila são constitufdas de doze a
Tais· diferenças em "facilidade de desfibramento" têm grande importância prática vinte camadas. não havendo nenhu-
porque uma "mo~gem" mais intensa pode levar a uma fratura das fibras do comprimento ma ligação iónica ou covalente entre
encurtando-as de forma irreversível e prejudicando o valor comercial, pois os preços são as camadas. Assim. a superfície
maiores para os maiores comprimentos: o comprimento define o que se chama "tipo" externa das fibrilas é constitufda
de uma camada contendo Mg e
do amianto. Os usos industrfais de um amianto crisotila são determinados prioritariamente
pelo comprimento das fibras do produto industrial. Portanto, na industrialização do amianto
OH (Whittaker. 1963)
SILÍCIO
o
MAGNÉSIO
o
OXIGÊNIO HIDROXILA
Amiantos industriais e argilas niqueliferas 883
882
· ser ocas na-micr~scop
· ia algumas mais "cheias" do que se todas estivessem cheias com um material amorfo, dando,
· tad (P dsak, 1956). Mas por que parecem as fibrilas em conseqliência, um efeito de "tubos vazios" para algumas fibrilas. A região central das
mente onen a un ' . d ( h · ldº ) ara 0 feixe ele-
! , · ? Whittaker (1963) calculou a função de bhn agem s 1e mg P fibrilas cilíndricas de crisotila pode ser "corada eletronicamente" com solução de Reynolds,

~~~r~~~ei=~:~~~~~g:tr;~i~ea::r::~p~d~:e:s~~e~~~1:t!~~':sd:r:~~~~a~!~~
1
à base de citrato de chumbo em meio alcalino (Souza Santos e Souza Santos, 1974); a Fig.
31.5 ilustra esse fato.
' ue produzem reflexões difusas.
areasAqf ~ de blindagem total para fibrilas de crisotila é muito semelhante, quer as
unçao . t ·ai amorfo que tenha a mesma
fibrilas sejam ocas quer estejam preenchidas c?m
um roda en p· 314 (Whittaker, 1963),
com sição química que as paredes. Como e mostra o na ig. . . externas
mes::'o na fibrila cheia há um efeito de contraste entre as p~redes e as ~artes ma!S d

~~~;~!ãºe:=r:!~~ ~~t~~~i1~ :;~::;:;::: ~::r!':;1:~n=i~:::d;~rrd~:?~~


de raio~ X e outras não. Isso faria com que algumas fibrilas parecenam mais vaz

FIGURA 31.5A- Fibrilas cilíndricas de cri- FIGURA 31.58 - Fibrilas de crisotila da


FIBRILA DE
CRISOLI TA EM sotila da Mina Cana Brava, Mineraçu (GO), Mina Cana Brava, Mineraçu (GO) (SAMA S.A.),
SECÇÃO TRANS· mostrando o aspecto "oco"; o interior da "corada" internamente com citrato de chumbo
VER SAL fibrila está cheio com material não-cristalino Reynolds (LME-IF-USP), 320000 vezes
(LME-IF-USP), 100000 vezes

ESTUDOS DA APLICAÇÃO DE AMIANTOS BRASILEIROS EM


TELHAS ONDULADAS DE CIMENTO-AMIANTO

O Brasil 'importava quantidades apreciáveis de amiantos crisotila estrangeiros, além


de crocidolita e amosita (MME, 1973), especialmente para produtos à base de cimento-
-amianto; o Ministério de Minas e Energia organizou o Seminário do Asbestos visando
promover estudos comparativos entre amiantos nacionais e estrangeiros, para a produção
industrial de telhas onduladas industriais de 6 mm e 8 mm de espessura, as quais satis-
CONTRASTE DA fizessem à especificação da ABNT MB-234 quanto à carga de ruptura em kgf/m. A primeira
IMAGEM POR
parte dessa espessura, realizada pelo IPT para o DNPM, visou o estudo comparativo de
MICROSCÓPIO
ELETRÔNICO DE amiantos segundo a norma Copant/Sc 3 :5 - 020 (Onik4 1970; Souza Santos, Souza Santos
TRANSMISSÃO e Onik4 1973). Nesse ensaio, são preparadas em laboratório placas retangulares contendo
cimento + amianto + areia, as quais são autoclavadas e quebradas em condi<;pes padro-
nizadas; a tensão de ruptura à flexão é calculada e as médias aritméticas são comparadas.
ESP. DA PAREDE ETRO INTERNO As amostras naciOnais estudadas foram coletadas na mina e no pátio das indústrias que
IÂMIETRO IEXTIERN as utilizam normalmente; foram usados dois cimentos Portland de diferentes resistências
mecânicas. As indústrias foram designadas de A a F.
Fun ão de blindagem para 0 feixe eletrônico em um microscópio el.etrônico Os 22 amiantos utilizados* foram os seguintes:
FIGURA 31.4 - ç . ·1 d . otila com a estrutura cristalina da Fig. 31.3:
de transmissão calculada para u.m~ f1~.r; a - e ~~sraios X· o feixe de elétrons atinge a fibrila em
*As amostras de amiantos foram coletadas nas produções industriais das jazidas de Cana
dados de cálculos º.bt1d~s a part1.r a t~ r;çl~~ha grossa e.cheia representa o efeito de blindagem
Brava, Uruaçu (GO), Campestre (AL) e Virgolândia (MG), e nas fábricas de produtos de cimento-
~:g~~:e;i~r~l~mc~e~~xoco~ c~~~~:~e:m~rfo ou parcialmente orientado. de composição seme- -amianto em São Paulo e Rio de Janeiro, além de amostras existentes na coleção de Persio S. Santos.
lhante (Whittaker, 1963)
Ciência e Tecnologia de Argilas Amiantos industriais e argilas niquelfferas 885
884
Cimento Portland
Amostras da Mina Cana Brava, Uruaçu (GO) -(Crisotila) EB-1
Componentes V
Data da coleta ABNT (1937),
Cor Fornecida por
N.º comum
A 27/8/69
1 Parda-acinzentada Perda ao fogo (%) 1,75 2,58 4,0 (máximo)
B 27/11/69
2 Parda-acinzentada Insolúveis (%) 0,17 0,80 0,85 (máximo)
3 Parda-acinzentada c 19/12/69
Anidrido sillcico (Si0 2 ) (%) 21,5 20,8
IPT 5/11 /68
4 Parda-acinzentada Oxido de ferro (em Fe 2 0 3 ) (%) 3.40 3,00
óxido de aluminio (em Fe 2 0 3 ) (%) 6,07 5.44
Amostras da Mina Campestre, Jerimataia (AL) (Antofilíta) óxido de cálcio (CaO) (%) 64,1 60,1
15/10/69 óxido de magnésio (MgO) (%) 1,03 5,20 6,0 (máximo)
5 Creme-clara o óxido de sódio (Na 2 0) (%) 0,12 0,10
B 27/11/69
6 Creme-clara óxido de potássio (K 2 0) (%) 0,13 0.7.7
IPT (SS, SS, 0, 1973) 5/11 /69
7 Creme-clara Anidrido sulfúrico (S0 3 ) (%) 1,60 1,31 2,5 (máximo)
8 Creme-clara c 19/12/69
Cal livre (em CaO) (%) 2,13 0,67
9 Creme-amarelada c 19/12/69
óxidos de sódio e potássio (el(pres-
B 27/11/69
14 Creme-amarelada SOS em NazO) (%) 0,21 0,61
Finura (peneira, 0,075 mm) (%) 5.4 12,8 15% (máximo)
Amostras da Mina do Empossado, Virgolândia (MG) (Antofilita) · 3 h 25 min 1 h (minimo)
Pega 2 h 15 min
E 23/4/70 Agua para consistência normal (%) 2,9 25 não espec.
10 Creme-amarelada
E 23/4/70 Resistência mecânica:
11 Creme-amarelada
IPT 5/11 /69 Relação água/cimento (ml/g) 0.497 0,484 não espec.
12 Creme-amarelada
Tensão de ruptura à compressão:
Amostras da Mina Rio Pomba (MG) (Antofi/ita) após 3 dias (kgf/cm 2 ) 128 110 80 (mínima)
após 7 dias (kgf/cm 2 ) 200 171 150 (minima)
IPT 5/11 /69
13 Creme-amarelada após 28 dias (kgf/cm 2 ) 335 232 250 (minima)
Expansibilidade em autoclave (%) 0,18 0,92
Area especifica Blaine (cm 2 /g) 3180 3396
Amostras Canadenses ( Crisotila) Massa específica real (g/cm 3 ) 3,12 3,13
Fornecida por Data da coleta
N.º Tipo Cor
Esses resultados mostram que as amostras estudadas não satisfazem a todas as espe-
B 27/11/69
15 JM-4T-50 Cinza-clara cificações da EB-1 da ABNT.
Cinza-clara B 27/11/69
16 LA-4T-3
17 NEX-326 Cinza-clara c 19/12/69 CARACTEIÚSTICAS F.fSJCO-QUÍMICAS E TECNOLóGICAS DOS AMIANTOS.
18 KB-422-40 Cinza-clara c 19/12/69 Os amiantos foram ensaiados por análise química, por difra~ de raios X, por análise
Cinza-escura IPT 5/11 /69 térmica diferencial e por microscopia eletrônica (Oniki, 1970; Souza Santos, Souza Santos
19 JM-S4T-50
Cinza-escura IPT 5/11 /69 e Oniki, 1973; IPT, 1969). A Tab. 31.2 apresenta os dados de análise química das 22
20 JM-60
amostras estudadas, aplicadas às frações retidas entre as peneiras USS n. 08 4 e 10 (de aber-
Amostra da África do Sul (Crocidolita) turas de 4,76 mm e 2,00 mm, respectivamente). As Figs. 31.6 a 31.12 são micrografias ele-
c 19/12/69 trônicas de amiantos crisotila de Uruaçu e Canadense, e de amostras anfibólicas anto-
21 OCA-3 Azul-escura
filiticas, Barreto e Campestre, amosita, · crocidolita e tremolita, ilustrando as diferentes
morfologias asbestiformes.
Amostra da África do Sul (Amosita)
30/5/70 Análise granulométrica a seco - Copant/Sc 3 :5-013. É o método de ensaio em peneiras
Cinza-azulada F
22 Québec*; telas usadas nas caixas; 1,5 pol, 10 meshes e 50 meshes; peso de amianto 454,0 g.
As cores acima indicadas referem-se às amostras no estado em que foram coletadas;
Foram ensaiados os amiantos "originais'', isto é, conforme recebidos em sacos e após
os nomes utilizados para as várias cores correspondem às seguintes designações na escala "tratamento", isto é, o amianto em sacos após serem desfibrados em laboratório por trata-
Munsell para rochas: creme-clara (5Y 8/4); cinza-azulada (10R 6/2); cinza-escura (10R 4/2). mento mecâ11ico para ser usado para fabricar as plaquetas de cimento-amianto para o ensaio
Copant/Sc 3":5-020. Esse desfibramento é feito em duas etapas: 1.º) por meio de moinho
de bolas de capacidade porcelana de cerca de 5 l com as seguintes características de moagem:
Características do cimento Portland. Foram utilizadas duas amostras comerciais de-
signadas com os seguintes símbolos I e V, as quais foram testadas segundo as normas da
a) bolas de porcelana entre 40 mm
e 35 mm - 6 kg; número de bolas - Í!O; b) velocidade
de rotação de 65 rpm; c) tempo de moagem "adequado": no caso em questão, foram usados
ABNT (1937, 1966).
*Esse tempo é usualmente considerado demasiado e prejudicial para as fibras de amianto
antofilita, que poderão ser encurtadas por quebra
886 TABELA 31.2-Análises quimicas das amostras de amiantos 887
Mina Cana Brava
Amostra n. os
4 Antofilita Canadense Croc. Amosita
2,40 0,24 6 8 10 12 15 17 19 20 21 22
Umidade (%) 3,90 3,40
Perda ao fogo (%) 12,30 12,90 13,20 14,90 1,48 1,32 0,99 1,60 1,03 2,40 1,55 1,91 1,76 0,69 0,03
Anidrido silícico (SiO,) (%) 41,00 42,00 41,70 39,60 5,75 6,68 5,03 8,28 3,63 13,30 13,30 14,00 14,20 2,17 1,73
óxido de aluminio (Al 2 0,) (%) 5,89 2,75 traços 2,50 66,00 53,50 55,00 53,10 58,30 41,70 38,60 37,20 37, 10. 50,70 54,10
óxido de ferro (em Fe 2 0,) (%) 6,85 7,16 9,77 4,06 1,90 2,06 1,43 0,10 traços traços 0,59 1,09 1,64 traços 0,39
Óxido de titânio (TiO,) (%) 0,07 traços 0,10 traços 6,80 6,54 7,09 8,60 9,95 9,77 7,50 5,29 5,00 37,60 37,20
óxido de cálcio (CaO) (%) traços traços traços traços traços 0,02 traços 0,04 0,09 0,10 0,05 0,06 0,06 0,11 0,12
Óxido de magnésio (MgO) (%) 34,00 35,00 35,20 38,60 traços traços traços traços traços traços traços traços traços traços 0,62
Óxido de sódio (Na 2 0) (%) 0,03 0,02 0,05 0,03 29,60 31,10 30,20 29,80 27,40 35,20 39,80 40,30 40,10 4,17 4,67
Óxido de potássio (K 2 0) (%) 0,02 0,05 0,02 0,03 0,07 0,08 0,08 0,09 0,06 0,05 0,07 0,14 0,06 5,06 0,12
Total(%) 99,95 99,98 100,01 99,72 0,02 0,04 0,04 0,04 0,19 0,2 0,15 0,07 0,07 0,19 0,14
100,08 100,02 99,07 100,05 100,00 100,4 100,01 98,15 98,23 100,00 99,12

FIGURA 31.6 - Crisotila da Mina Cana FIGURA 31.7 - Crisotila 5 K (IPT-379) ca-
Brava, Uruaçu (GO) (LME-IF-USP), 20000 nadense, fornecida pela Asbestos Corp., Oué-
vezes bec, Canadá (LME-IF-USP), 20000 vezes
FIGURA 31.1 O - Amianto amosítico da FIGURA 31.11 - Amianto crocidolítico da
África do Sul (LME-IF-USP), 20000 vezes África do Sul (LME-IF-USP), 20000 vezes

FIGURA 31.12 - Amianto tremolítico de


Ouro Preto (MG) (LME-IF-USP), 20000
vezes

FIGURA 31.8 - Amianto antofilitico Cam- FIGURA 31.9 - Amianto antofilítico Barreto,
pestre fornecido pela Mineração Barreto, Neó- fornecido pela Mineração Barreto, Neópolis
polis (AL) (LME-IF-USP), 20000 vezes (AL) (LME-IF-USP), 20000 vezes
888 Ciência e Tecnologia de Argilas Amiantos industriais e argilas niquelfferas 889
45 min para todas as amostras*; d) as relações "ótimas" entre as massas de amiantos, TABELA 31.4-Análise granulométrica, segundo Copant/Sc 3: 5-006, das amostras
volume de bolas e diâmetro do moinho foram usadas; 2.º) por meio de moinho de facas, de amiantos por via úmida em peneiras verticais
marca Perplex, de alta rotação, usando uma tela metálica de orificios de 7 mm de abertura, Amostras "originais" Amostras "tratadas"
através da qual deviam passar as fibras de amianto, por duas vezes. Amostra
Os resultados dos ensaios de Québec com as quatro amostras de amianto "originais" Peneiras (malhas)" Peneiras (malhas)•
n.º
e "tratadas" acham-se na Tab. 31.3. +4 +14 +35 +200 -200 +4 +14 +35 +200 -200

TABELA ~1.3-Análise granulométrica das ámostras de amiantos, a seco, em peneiras 1 39,2 31.4 16,6 11,2 1,6 11,5 9,0 19,5 18,0 42,0
vibratórias, e a classificação segundo a classificação canadense Québec 2 33,2 18,2 9,0 13,6 26,0 10,8 17.7 12,5 15,2 43,8
(segundo Copant/Sc 3: 5-013) 3 39,3 12,6 8,5 11,2 28.4 14,0 15,9 12,2 16.7 41,2
4 23,3 33,6 14,6 10,6 18,0 1,2 21,2 22.4 21.4 33,8
Amostras "originais" Amostras "tratadas"
Amostra
5 71,1 15,8 5,1 3,8 4,2 25,0 8.7 11,5 14,8 62,5
Classificação Classificação 6 66,5 8,2 6,0 9,8 9,5 4,0 5,8 18,0 67,8
n.º Caixas•
Canadense Caixas• 4.4
Canadense
N.º 1 N.º 2 N.º 3
7 86,3 7,8 2,1 2,0 1,8 3,0 8,8 10.4 18,5 59,3
N.º 4 N.º 1 N.º 2 N.º 3 N.º 4
8 79,6 6,5 2,8 2,9 8,2 3,8 4,0 6,1 14.4 71,7
8,0 5,0 3,0 4A 13,5 2,0 0,5 3Z 9 38,5 15,5 20,2 23.4 2.4 11,3 12,1 14,6 18,8 43,2
5,0 7,0 4,0 4Z
8,0 4,0 4,0
13,5 2,0 0,5 3Z 10 37,2 16,0 20,0 25,7 1, 1 11,0 12,5 14,1 19,2 43,2
4A 0,5 13,5 1,5 0,5 3Z
9,0 4,0 3,0 3Z 14,0 1,6 0,5 3W
11 37,3 15,5 19,8 27,3 0,1 11,7 13,3 16,6 23,6 34,8
2,0 9,0 5,0 4T 2,0 10,0 4,0 4T 12 60,9 20,2 8,2 6,1 4,6 1,6 6.4 11,5 18,1 62.4
0,5 10,0 5,5 13 37,2 16,0 20,0 25,7 1,1 11,0 12,5
0,5
50 11,0 5,0 5M 14,1 19,2 43,2
12,0 3,5 5K 4,0 8,5 3,5 4K
9,0 7,0 5F
14 71,0 15,9 5,0 3,9 4,3 32,9 16,5 10,2 15,8 24,6
6,0 10,0 60
9 1,0 8,0 7,0 4Z 4,0 12,0 7F 15 38,9 20,5 11,7 21,8 7,1 20,6 9,8 24.4 15,0 30,2
10
11
8,0 8,0 5R 3,0 12,0 7H 16 30,1 23,3 12,8 10,2 23,6 16,3 19,3 17,2 15,9 31,3
7,0 9,0 60
12 7,0 9,0
8,0 8,0 60 17 46,9 18,9 7,9 8,7 17,6 20,6 9,7 19,2 17,0 33,5
60 10,5 6,5 5R
13 7,5 8,5 60 12,5 3,5 5K
18 46,2 21,5 10,5 6,3 15,5 19,0 12,8 28,3 15,9 24,0
14 1,0 10,0 5,0 4Z 19 15,9 20,1 14.7 14,0 35,3 3,7 10.4 15.4 17.4 53,1
7,0 9,0 60
15 2,0 11,0 9,0
16
4T 11,5 3,5 1,0 3Z 20 5,5 12,8 11,8 20,1 49,9 0,9 5,0 11,1 17.7 65,3
5,0 9,0 4,0 4T 12,0 1,5 2,5 3Z
17 8,0 6,0 2,0 4A
21 64,5 8,2 3,3 3,0 21,0 17,2 10,2 11.7 12.4 48,5
12,0 3,5 0,5 3Z
18 6,0 8,0 2,0 4A 12,5 3,0 0,5 3Z 22 86,3 7,8 2,1 2,0 1,8 52,3 5,3 5,7 4.4 32,3
19 5,6 8,5 2,5 4H 3,5 11,5 1,0 4L
20 7,5 8,5 60 12,5 3,5 5K
*Média aritmética de três determinações (resultados ein porcentagem)
21 4,0 7,0 4,0 1,0 3R 11,5 4,0 0,5 2
22 3,0 6,0 5,0 2,0 3W 10,6 5,0 0,5 2 amostras antes de sofrerem tal tipo de processo foram denominadas amostras "originais".
*Os resultados são dados em onças Foram preparadas dez placas retangulares (de 203 mm x 76 mm x 6 mm) segundo reco-
mendam as normas Copant. Cada corpo de prova, preparado isoladamente, contém: a)
Análise granulométrica a úmido Copant/Sc 3 :5-004. É o método Bauer-McNett. Foi 32 g de amianto "tratado"; b) 48 g de areia quartzítica*, de área específica Blaine 3 298
aplicado às amostras de amiantos "originais" e "tratadas". Os resultados acham-se na cm 2 /g; c) 80 g de cimento Portland, todos juntos dispersos em 1000 mi de água. Após
Tab. 31.4 . conformação da plaqueta, é feita a cura em autoclave com vapor de água (7 kgf/cm 2 , a
. Volu'!"e aparente em dispersão aquosa Copant/Sc 3:5-006. É o Wet Volume Test; foi cerca de 175 ºC, durante oito horas, para simular a cura de 28 dias do cimento-amianto).
aplicado as amostras de amiantos "originais" e "tratadas". Os resultados estão na Tab. 31.5. Corpos de prova "em branco", isto é, sem amianto, foram preparados com 60 g de areia
Resistência à flexão de plaquetas** de cimento-amianto com 20%.do amianto Copant/Sc e 90 g do cimento-amianto, tratados nas mesmas condições. Foram também realizados
3 :5-02? e 3 :5-023. É o Sag-Test. Foi aplicado apenas às amostras "tratadas'', isto é, após os ensaios para medir absorção de água e massa específi~ aparente, conforme manda o
os momhos de bola e de facas como recomenda a amostra Copant. método Copant, sendo inclusive feita a redução à massa específica aparente de 1,60 g/cm 3
O _tratamen~o mecânico de desfibramento segundo a norma Copant consta de duas para fms comparativos da tensão à flexão. Os resultados dos ensaios estão na Tab. 31.6,
oper~çoes sucessivas, que são: a) desfibramento em moinho de bolas de porcelana, durante apresentando as médias aritméticas de dez corpos de prova para cada amianto, com e sem
45.m1?; b) desfibramento em moinho de facas, com alta rotação, utilizando-se de telas de a correção de massa específica. A teoria do reforçamento causada pelo amianto no cimento
onfic1os com 7,0 mm de abertura, pelas quais deverão passar as fibras de amianto que serão é discutida por Mathieu (2-9, Oxford Conference, 1967).
recolhidas a seguir. ' Os resultados da tensão de ruptura à flexão mostrados na Fig. 31.13 indicam clara-
Todas a:i amostras coletadas sofreram este tipo de tratamento mecânico, e essas mente dois fatos importantes: a) os valores encontrados dependem do cimento Portland
amostras assim desfibradas foram denominadas amostras "tratadas'', enquanto que as usado, sendo maiores para o cimento I, de maior resistência à compressão; b) para os dois
cimentos usados, os valores de tensão de ruptura à flexão medidos podem ser divididos
. *Esse tempo é usualmente considerado demasiado e prejudicial para as fibras de amianto an- em três faixas: a) abaixo de 210 kgf/cm 2 , onde se situam as antofilitas brasileiras estudadas;
tofihta que poderão ser encurtadas por quebra b) entre 210 kgf/cm2 e 300 kgf/cm 2 , onde estão a crocidolita, a amosita e as crisotilas de
. **Não confundir este ensaio com ensaio descrito no método ABNT MB-234 onde não é es- *Areia padronizada importada diretamente e fornecida pela Eternit do Brasil; produtor: New
pec1~cado o mínimo da "tensão de ruptura à flexão" (expressa em kgf/cm 2 ) e sim~ "carga de rup- Jersey Pulverizing Co., 205 East 34th St., New York, N.Y., EUA; 99% de pureza em Si0 2 ; finura:
tura (expressa em kgf/m) das telhas onduladas mais de 85% em malhas ABNT 200 (74 µm de abertura)
Amiantos industriais e argilas niquelfferas . 891
890 Ciência e Tecnologia de Argilas

TABELA 31.5-Tensões de ruptura••, segundo Copant/Sc 3:5-020 e 3:5-023, de corpos TABELA 31.6 - Volumes aparentes, segundo Copant/Sc 3: 5-006, das amostras
de prova de cimento-amianto (com 20% em peso de amianto) de amianto, em suspensão aquosa
Cimento Port/and 1 Cimento Portland V Amostra Amostras "originais" Amostras "tratadas" AV = VA 2 -VA 1
Amostra Tensão de Aumento Absorção Densidade Tensão de Aumento Absorção Densidade n.º Volume aparente (VA 1 ) Volume aparente (VA 2 ) (mi)
n.º ruptura .. percentual•*• de égua aparente ruptura•• percentual de égua aparente (mi) (mi)
(kgf/cm')" (%)" (%)" (g/cm')" (kgf/cm')" (%)" (%)" (g/cm')"
Sem 1 550 182q/ 1 270
amianto 140 14.3 1,65 110 15,6 1.63 2 680 1 870 1 190
1 275 99 33,7 1,63 250 122 33.4 1,65 3 620 1 760 1140
60 87 33,0 1.64 260 130 30,7 1,67
290 110 33,3 1,62 290
4 590 1 740 1 150
160 29,2 1,70
290 110 34,2 1,62 275 145 32,9 1,65 5 360 670 310
200 47 33,7 1,62 180 60 30,6 1,65 6 550 1 360 810
175 26 30,3 1,62 153 39 33,1 1,62
7 196 42 33,7 1,60
7 270 680 410
176 58 30,1 1,63
8 205 48 33,6 1,57 160 43 23,5
8 160 260 100
1,61
9 190 38 26.4 1,59 126 13 20,7 1,65 9 360 680 320
10 150 8 26,5 1,61 120 6 25.4 1,60 10 470 180 -290
11 155 12 25,1 1,60 175 47 26,3 1,61
12 172 24 27,8 1,63 179
11 270 140 -130
48 27,2 1,62
13 205 48' 28,5 1,65 180 50 25,7 1,65 12 480 240 -240
14 153 10 28,3 1,62 146 36 24.2 1,64 13 320 390 70
15 347 150 28,3 1,62 320 180 30,7 1,67 14 260 480 160
16 340 148 27.4 1,61 310 178 27,6 1,60
17 360 160 24,5 1,64 314 179 28,2
15 830 1 920 1 190
1,62
18 330 138 28,2 1,64 320 180 26,5 1,63 16 850 1 820 970
19 356 158 28,1 1,63 300 170 28,2 1,63 17 1 060 1 950 890
20 320 124 27,2 1,61 311 178 23.4 1,60
21 272 115 48,3 1,63 225
18 820 1 860 1 040
100 39,1 1,67
22 220 60 35,2 1,61 200 89 34,5 1,62 19 690 1 660 970
20 340 1 220 1150
*Média aritmética de dez determinações 1 170
21 830 2000
**Tensões de ruptura à flexão corrigidos para a massa específica aparente de 1,60 g/cm3 e 22 830 1 940 1110
espessura de 6 mm
***O aumento percentual já calculado pela relação (tensão de ruptura com amianto menos
tensão de ruptura sem amianto dividido pela tensão de ruptura sem amianto) x 100 também aumenta a porosidade e a permeabilidade à água da telha ondulada; b) os máximos
das tensões de ruptura das amostras de amiantos são diferentes entre s~ mantendo as
Uruaçu estudadas; c) entre 300 kgf e 380 kgf/cm 2 onde estão as crisotilas estrangeiras relações quantitativas medidas na porcentagem de 20 % ; isso significa que as tensões de
estudadas. Esses fatos justificariam, aparentemente, a idéia discutida nas reuniões da Copant ruptura máxima estão sempre na seqüência decrescente: (n.º 16, Canàdense) maior que
em ser adotado o valor mínimo de 250 kgf/cm 2 como o mínimo especificado para aceitação (n.º 1, Goiás) maior que (n.• 21, crocidolita sul-africana) maior que (n.º 5, antofilita, Cam-
e/ou rejeição de um amianto e de cimento para fabricação de telhas onduladas de cimento- pestre, Alagoas). Essas observações justificam o uso do ensaio Copant 3 :5-023, sem qualquer
-amianto . modificação, de porcentagem de amianto, para avaliação das propriedades reforçadoras
. .Duas pergu~tas podem s~r feitas frente a essa sugestã~~ l.ª - se o teor 20 % de de um amianto para a produção industrial de telhas onduladas de cimento-amianto.
amianto for vanado no ensaio Copant/Sc 3 :5-023, como varia a tensão de ruptura à Correlação linear entre o ensaio ABNT MB-234 e o ensaio Copant/ Se 3 :5-023. Em quatro.
'flex~o ?; 2.ª - qual a cor~elação entre a média aritmética das tensões de ruptura (em kgf/cm2) fábricas nacionais de produtos de cimento-amianto foram preparadas amostras grandes
medida segundo o ensa10 Copant/Sc 3 :5-023 para um dado amianto e a média aritmética de amiantos crisotila nacional e estrangeiro e de antofilitas brasileiras, coletadas amostras
das cargas de ruptura (em kgf/m), medida segundo ABNT MB-234, de telhas onduladas de cimento Portland e fabricadas industrialmente telhas onduladas de 6 mm de espessura
ambas feitas em laboratório e industrialmente com o mesmo amianto e o mesmo cimento' e placas retangulares segundo Copant/Sc 3 :5-023; após 28 dias foi medida a tensão de
esta última usando cerca de 12 % de amianto? Essas duas questões são analisadas a seguir'. ruptura à flexão segundo MB-234. Entre as médias aritméticas de ambas foi tentado esta-
Efeito da porcentagem de amianto no ensaio Copant/3 :5-023. Para estudar 0 efeito belecer uma correlação linear; os resultados encontram-se nas Figs. 31.13 e 31.14, respectiva-
d~ porc;ntager.!s de amianto no ensaio Cop~nt fo'.am usadas as porcentagens de 10 %, mente, para telhas úmidas e secas. Os coeficientes de correlação são da ordem de 50%,
15 %, 20 %e 25 %, mantendo constante a relaçao areia/cimento. Os amiantos usados foram valor bastante baixo; valores mais elevados são encontrados quando se correlacionam
os seguintes: n.º 1, crisotila Uruaçu; n.º 5, antofilita Campestre; n.º 16, crisotila Canadense· os valores para a mesma fábrica; isto significa que as tecnologias de fabricação de telhas
e n.º 21, crocidolita África do Sul. Os resultados obtidos acham-se na Tab. 31.7, para ~ onduladas de cimento-amianto não são equivalentes entre si nas quatro fábricas estudadas.
cimento Portland 1. Observa-se que o amianto Canadense n.º 16 apresenta o valor máximo Efeito do ferro em substituição isomórfica nos antofilitos brasileiros (Saka, Chen e Souza
na porcentagem de 15% enquanto os outros amiantos apresentam o máximo no teor de Santos, 1974). Os dois estudos realizados pelo IPT para o Ministério de Minas e Energia
20%; essa experiência indica dois resultados importantes: a) a tensão de ruptura após (Seminário de Asbestos) permitiram a coleta de um certo número de dados de composição .
passar por um valor máximo decresce com o aumento de porcentagem de amianto· isso química de antofilitas brasileiras e de tensões de ruptura à flexão segundo Copant/Sc 3 :5-023
torna inútil tentar aumentar a tensão de ruptura aumentando a porcentagem de am'ianto durante um período de quatro anos. Esses dados experimentais permitem uma verificação
além da que corresponde à máxima tensão de ruptura, a qual (porcentagem de amianto) da afirmação de Bowles (1955, 1956) de que a resistência mecânica à tração da antofilita
892 Ciência e Tecnologia de Argilas
Amiantos industriais e argilas niquelfferas 893
TENSÃO DE Rl.PTIJRA À FLEl<ÃO
(j(,gf/cm2)
1 200
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AMOSTRAS OE: AMIANTO <(
CRISOTll.AS CA- CIOO- tfFRICA DOSUL () 400
ANTOF'ILITA
NAOENSES i~cA /
DO SUL
FIGURA 31.13 - Tensões de ruptura à flexão, segundo Copant/Sc 3:5-023, corrigidas. dos ,/'
corpos de prova de cimento-amianto (com 20% em peso de amianto) para as várias a·mostras
de amiantos
300
.
100 200 300 4-00
TENSÃO DE RUPTURA À FLEXÃO (K.gf/cm 2 )

TABELA 31.7-:--- Tensões de ruptura à flexão .. dos corpos de prova .de cimento-amianto 1YJs=89,73+2,3ox1
FIGURA 31.14 - Correlação linear entre médias
com cimento Portland 1 e as seguintes porcentagens de amianto em peso
aritméticas das cargas de ruptura à flexão (kgf/m)
(10%, 15%, 20% e 25%)
ensaiadas a seco - ABNT. MB-234, com as lr1s=0,4971 II
Amostras médias aritméticas das tensões de ruptura à
flexão (kgf/cm 2 ) - Copant/Sc 3:5-023
Uruaçu Antofilita Crisotila
Canadense Crocidolita Amosita
% n.º 1 n.º 5 n.º 21 n.º 22
(kgf/cm 2 )* (kgf/cm 2 )* n.º 16 diminui à medida que aumenta a substituição isomórfica do ferro em lugar do magnésio.
(kgf/cm 2 )* (kgf/cm 2 )* (kgf/cm2)* As composições químicas das amostras antofilitas e as tensões de ruptura à flexão Copant
acham-se na8 Tabs. 31.8, 31.9 e 31.10. Calculando o coeficiente de correlação linear entre·
10 240 155 300 250 180 a tensão de ruptura à flexão (em kgf/cm2 ) e a porcentagem [Fe/(Fe + Mg)] na fórmula da
15 254 180 350 254 192 cela unitária em substituição isomórfica para os cimentos V e 1, têm-se coeficientes de 67 %
20 275 205 340 270 230 e 66 %, respectivamente, os quais são bastante bons. Extrapolando as equações de correlação
25 270 200 355 260 n. det. linear para o teor de ferro igual a zero em substituição isomórfica, têm-se valores de 207
*Média aritmética de dez determinações kgf/cm2 e 255 kgf/cm2 , respectivamente. Isso mostra que, se o teor de ferro em antofilitas
**Valores das tensões de ruptura corrigidos para a massa específica aparente de 1,60 g/cm3 e for baixo, há grande probabilidade de se terem valores da tensão de ruptura à flexão no
espessura de 6 mm ensaio Copant/Sc 3 :5-023 superiores a 210 kgf/cm 2 ; esse valor, segundo as equações de
correlação do item anterior, permitiria a obtenção de telhas onduladas de cimento-amianto
Amiantos industriais e argilas niquelíferas 895
Ciência e Tecnologia de Argilas
894
TABELA 31.8-Análise química das antofilitas estudadas em comparação 1000
com a antofilita teórica (Saka, Chen, Souza Santos, 1974)
. .
Amostra Si0 2 Al 2 0 P.F. Na 2 0 K2 0 CaO Ti0 2
Fe 2 0
MgO ,.
.V
3 3 900
n.º

Antofilita
teórica
29,5 9,73 58,6 n. det. 2,19
5,74
n. det.
0,07
n. det.
0,02
n. det.
Traços
n. det.
Traços
Ê
~ 800
co
-
. . V
/V.
29,6 6,80 55,9 1,95
A Traços 0,05 "'- /
10,1 54,7 4,93 4,75 0,12 0,40
B 24,9
c 30,3 6,75 53,2 2,73 6,40 0,09 0,32 Traços
Traços
0,11
0,04
o
IC( 700
/"'
53,1 0,10 8,28 0,09 0,04 X
D 29,8
27,9
8,60
9,95 58,3 Traços 3,63 0,06 0,03 Traços 0,09 llJ
...J V
E
F 28.4 10,9 55,3 1,34 3,90 0,07 0,04
0,04
Traços
Traços
0,10
Traços
IL

. /V . ·v ~

G
H
30,2
31,2
7,09
6,46
55,0
55,7
1,43
0,94
5,30
5,71
7,03
0,08
0,06
0,09
0,03
0,03
Traços
0,50
Traços
0,07
-<
<t
o::
600

-. .
32,2 6,08 51,7 2.44 ::J /V
.
1 0,09
0,11 0,05 Traços 1--
J 26,2 11,9 56,2 0,81 4,66
6,03 0,07 0,04 Traços 0,10
Q.
:J
500
YT
K 33,7 6,09 53,8 0,20
o::
V .. .
.
TABELA 31.9 - Teor de ferro em substituição isomórfica e a média aritmética llJ
o 400 -
da resistência à flexão em kgf/cm 2 (Saka, Chen, Souza Santos, 1974)

Tensão de ruptura Tensão de ruptura


<t
(!)
o:: V
//
. .
Fe Fe/(Fe + Mg)
à flexão*
dos corpos de
à flexão*
dos corpos de
s 300 ,. /
.
Amostra Mg prova fabricados
(%) prova fabricados
n.º 100 200 300 400
com o cimento V com o cimento 1
(kgf/cm 2 ) ••• TENSÃO DE RUPTURA À FLEXÃO (Kgf/cm2)
(kgf/cm 2 )**
FIGURA 31.15 - Correlação linear entre médias
179 205 aritméticas das cargas de ruptura à flexão (kgf/m)
1 Y2 u = 86,42 + 2,0::1 11 1 m
6,07 0,70 10,3
A 196 ensaiadas a úmido - ABNT. M B-234, com as
1,00 17,0 153
B 4,91
0,72 10,0 176 207 médias aritméticas das tensões de ruptura à 1r2u = o,sos j nr
c 6,46
160 190 flexão (kgf/cm 2 ) - Copant/Sc 3:5-023
6,67 0,98 12,8
D 152
1,03 15,3 146
E 5,71 que passem a 1especificações da ABNT MB-234. Esse fato orienta como selecionar os lotes
16,3 175 172
F 5,95 1,16 de antofilita para a fabricação industrial de telhas onduladas de cimento-amianto no Brasil.
10,7 179 208
G 6,35 0,76 Efeito do tratamento em moinho de bolas sobre os amiantos (Büchler, 1974). O ensaio
*Média aritmética de dez corpos de prova de cimento-amianto, corrigidas para massa espe- de resistência à flexão Copant/Sc 3 :5-023 recomenda a "abertura" ou desfibramento
3 (fiberizing) dos amiantos em moinho de bolas de 21 de capacidade durante 45 min em
cífica de 1,60 g/cm
**TR(kgf/cm2) = -3,07x + 207; CC = -0,67; x = Fe/Fe + Mg x 100 condições padronizadas. Esse desfibramento em moinho de bola é considerado adequado
***TR(kgf/cm2) = -4,BOx + 254; CC = -0,68; x = Fe/Fe + Mg x 100 para as crisotilas, porém excessivamente violento para as antofilitas, por reduzi-las a pó,
perdendo assim sua estrutura fibrosa ou asbestiforme. O volume aparente dos amiantos
TABELA 31.10-Teor de ferro em substituição isomórfica e média aritmética
medido segundo o ensaio Copant/Sc 3 :5-006 é considerado como uma avaliação em fabo-
da resistência à flexão em kgf/cm 2 (Saka, Chen, Souza Santos, 1974)
ratório do grau de desfibramento para uma mesma amostra de amianto, sendo o volume
Tensão de ruptura máximo de uma dada amostra aquele em que houve ao máximo a individualização (sem
Cimento Fe/(Fe + Mg)
Amostra Portland Mg Fe (%) à flexão* ruptura transversal) das fibrilas dos feixes que constituem as fibras macroscópicas de
n.º utilizado amiantos, sem diininuir a resistência mecânica à tração e, portanto, a tensão à ruptura à
173 flexão em telhas ou <lutos de cimento-amianto.
6,55 0,69 9,53
H 167 Estudos (Büchler, 1974) do tratamento em moinhos de bola de 5 1, em condições seme-
s 7,06 0,67 8,67
1
186 lhantes ao ensaio Copant/Sc 3 :5-023, de amiantos nacionais e estrangeiros, visando deter-
p 5,46 1,25 18,1
J 160 minar .o efeito de tempos de moagem no volume aparente Copant/Sc 3 :5-006, mostraram
M 7,43 0,68 8,38
K que as curvas (volume aparente em funç.ão do tempo de moagem) das crisotilas e da
*Média aritmética de dez corpos de prova de cimento-amianto, corrigidas para massa espe- crocidolita têm a forma aproximada de "sino"; diferentemente, nas antofilitas o volume
3
cífica de 1,60 g/cm
896 Ciência e Tecnologia de Argilas Amiantos industriais e argilas niquelrferas 897
~
VOLUME APARENTE
(mi)
l!l-ANTOFILITA {CAMPESTRE)
2000 A-ANTOFILITA (BARRETO)
w
1-
z
~~ 2 000
c;(O::
~ j 1000 ....
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~~
V~
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l!J 1J
...... t.> 13,0112i
Í.1 .._ "'; ' '~
-
IO 2 10-1 10
l3pmllg
102 ~

TEMPO DE MOAGEM (HORAS) \

'
2,1 mll-/g
•- CROCIDOLITA (CAPE ASBESTOS)
o-AMOSITA {CAPE ASBES TOS)
'
2000 " i;--
i - f'.,D
D 4m~

... _ai- 1-11


.. _.,;"
,
V
V..,
·~ "'r-,... 1
TEMPO DE MOAGEM (HORAS)
10 100

-5 ·- !Jn IA
"IGURA 31.16d - Volume aparente x tempo de moagem de amosita sul-africana. Moinho
;emi-industrial. peso da amostra para ensaio de volume aparente: 20 g. Proporção peso bolas:

\9,Sm~
~
1mianto = 20:1 (Büchler, 1974)
........._~ ~5~t1
aparente inicial decresce ligeiramente até quatro horas de moagem, quando sofre uma
IO 102
queda brusca de valor até dez horas, com fratura transversal e perda de textura asbestiforme ;
TEMPO DE MOAGEM (HORAS)
não apresentam, pois, os máximos de volume aparente das crisotilas e da crocidolita;
os volumes aparentes apresentados pelas antofilitas brasileiras são sempre inferiores aos
o - CRISOTILA (SAMA) VIA SECA volumes produzidos em iguais condições de moagem e em tempos iguais pelos outros tipos
de amiantos 1 nas amostras estudadas.
e - CRISOTILA (SAMA) VIA ÚMIDA
-CRISOTILA CANADENSE (ASBESTOS CORF>,)
A Fig. 31.16 ilustra as curvas obtidas para os vários amiantos; esta figura ilustra
ZL
também as áreas específicas medidas nos amiantos moídos obtidos pelo método BET.
2000 Geralmente, os volumes aparentes aumentam lentamente com o tempo de moagem até
rr .... ...í\
1 500
j...""1)
i.--
g,. ... ~li ff( o máximo do volume aparente; após o máximo do volume aparente, há tendência a decrescer
a área específica com o aumento do tempo de moagem, na amorita e nas crisotilas bra-
12.um "" ln
~ V" ~ .... ~~ m~
~
h
" "" sileiras, e a aumentar na crisotila canadense e na crocidolita. A microscopia eletrônica revela
,.,. _
V

- ~

l/
'
w~-- uma grande fratura transversal das fibras e fibrilas nas regiões de decréscimo do volume
10-- . ""
~

aparente.
"'"" \\ ) Essa figura ilustra claramente as diferenças de comportamento ao desfibramento por
5 00 - -
~ ...... !"'
•e~.

~
n
moinho de bolas entre os vários tipos de amianto, devendo ser enfatizada a maior flexibi-
' ' >.~
"'
li m lidade das fibras de crisotila e de crocidolita, e a maior fragilidade das antofilitas e da
amosita* estudadas: com 32 horas de tratamento, o volume aparente das antofilitas cai
10 10 2 *Aparentemente, a amosita estudada tem comportamento semelhante às antofilitas; notar,
TEMPO DE MOAGEM {HORAS) entretanto, que o volume aparente é de 2 000 mi, valor superior a todos os volumes iniciais dos amian-
tos estudados; isso não permite verificar se o tratamento em moinho de bola aumenta o volume
FIGURA 31.16a. b. c - Gráfico da variação do volume aparente e das áreas especificas BET aparente; a Fig. 31.16d, obtida a partir de moagem em moinho de bola, porém com menor massa
em função do tempo de moagem em moinho de bolas, segundo Copant/Sc 3:5-023. para de amianto para o ensaio Copant (de volume aparente), permite assim mostrar também curva em
vários tipos de amianto (Büchler, 1974) forma de "sino"
898 Ciência e Tecnologia de Argilas Amiantos industriais e argilas niquelíferas 899
para mínimos entre 20 ml e 70 ml, enquanto, nesse mesmo tempo de moagem, os volumes
o
aparentes se acham na faixa entre 1 400 ml e 1 900 ml e sobem posteriormente aos valores q
g
máximos.
Argílominerais do grupo das serpentinas. Os argilominerais componentes do grupo das
serpentinas e respectivas nomenclaturas foram estudados e, classificados por Whittaker
e Zussman (1956) e por Zussman, Brindley e Comer (1957). Diversos argilominerais estão
incluídos na classificaç,ão apresentada por Brindley (1961) e por Howie, Deer e Zussman
(1966); as variedades são as seguintes, dentro da fórmula da cela unitária Mg6 Si 0 (0H) :
4 10 8
a) Lizardita ou ortosserpentina de uma camada (1 layer ortho-serpentine), descrita por
Midgley (1951); tem textura lamelar e é o componente principal da rocha denominada
serpentinito. b) Crisotilas clino' e orto, diferindo entre si nas dimensões e morfologias da
cela unitária, descritas por Whittaker e Zussman (1956); têm textura fibrilar e apresentam
forma cilíndrica das fibrilas ao nível, da microscopia eletrônica: são os amiantos crisotila
anteriormente estudados. c) Ortosserpentina de seis camadas (6 layer ortho-serpentine),
descrita pela primeira vez por Brindley e Von Knorring (1954) em Unst, ilhas Sh~tland e,
posteriormente, por Zussman e Brindley (1957); esse mineral pode ocorrer em rochas de
textura maciça·e fibrosa. d) Antígoritas (picrolitas), estudadas por Zussman (1954, 1956),
por Whittaker e Zussman, Brindley e Comer (1957); por Brindley e Zussman (1957);
Brindley, Comer, Uyeda e Zussman, (1958) ocorrem como rochas duras. Análises químicas
desses argilominerais encontram-se na Tab. 31.11. Micrografia eletrônica da ortosserpentina
de Unst encontra-se na Fig. 31.17. A Tab. 31.12 apresenta as principais características
morfológicas e cristalinas desses minerais. Uma comparaç.ão entre esses argilominerais
magnesianos (trioctaédricos) com os de alumínio (dioctaédricos) encontra-se no artigo
de Bailey (1969). A caracterização desses minerais só pode ser feita pela difração de raios X
em câmara fotográfica de pó muito cuidadosa, complementada por microscopia eletrônica
de transmissão e por difração eletrônica (Brindley, 1958, 1961).
Uma variedade de antigorita, ocorrendo como argila de cor branca e não como rocha
dura e maciça, foi descrita por Brindley e Souza Santos (1971); esse mineral ocorre na mina
de talco Jatobá, em Castro (PR) (Trein, 1967), e era usado como um tipo especial de "talco"
em cerâmica (Berg, 1970) e cosméticos. Material argiloso branco semelhante (lizardita,
antigorita e clorita) foi encontrado na Serra de Votupoca no sul do Estado de São Paulo,
proveniente da alteração de diopsídio (Souza Santos e Pelegrino, estudos ainda não pu-

~
E

'<!)
C2.
~
E 8
<!)
"'
"' ·a.
~~
-êo l6e
FIGURA 31.17- Serpentina de seis camadas FIGURA 31,18 - Antigorita como argila da ::!: E
niquelífera da Ilha de Unst (LME-IF-USP), Área Germano, Castro (PR) (LME-IF-USP),
80 000 vezes 80 000 vezes
Amiantos industriais e argilas niquelíferas 901
Ciência e Tecnologia de Argilas
900
q11 epeinop •lfJO/:J
blicados, 1974). Composições químicas dessas duas amostras encontram-se na Tab. 31.11
V 1'L (DW) e nas miCrografias eletrônicas das Figs. 31.18 e 31.19.
/8nb/N op OJJOW
Argilas niquelíferas; gamieritas. O niquei pode existir em quantidades industrializáveis
a ~
(Anônimo, 1969; Eckstrand, 1971) em serpentinas e em argilas provenientes da alteração
de serpentinas, na forma de argilominerais; as argilas de cores de tonalidades verdes recebem
q11 epeinop eJfJO/:J 0 nome de "garnieritas" (Faust, 1966) e de cores marrons, o nome de nickel-chocolat (Caillere
V 1'L (DW)
1•nb/N op OJJOW e Hénin, 1960). Argilas niqueliferas de várias procedências foram estudadas por Brindley
V~ e Hang (1973); e Brindley e Souza (1974), incluindo argilas brasileiras de três localidades.
As argilas niqueliferas de cores marrons, vermelhas e verdes são encontradas no Brasil
81 •lfJO/:J em Jacupiranga (SP) (Felicíssimo, 1969); em Niquelândia, Barro Alto, Uruaçu, Iporá,
V 1'~ Montes Claros de Goiás e Jussara (GO) (Pecora, 1944; Anônimo, 1971); e no Morro
(JS) e6ue11dnoer
LL r
do Níquel, Pratápolis (MG) (Souza Santos e Bresciani, 1959, 1960, 1961; Langer, 1967;
Santivaiíez, 1965). Dados sobre as reservas e a produção de ligas de niquei no Brasil
BI •l/JO/::J acham-se no Anuário Mineral Brasileiro (DNPM, 1973). As ocorrências de níquel no
V 1'L distrito ultrabásico em Goiás estão sob estudos intensivos pelo Ministério de Minas e
(JS) e6ue11dnoer
9 r
Energia.
Brindley e Hang (1973), e Brindley e Souza (1974), nos estudos acima citados, encon-
eJ!UOJ!JOWJUOW
traram nas argilas niquelíferas, as quais são misturas de vários argilominerais niquelíferos,
V 9L·y 1'L
(OD) •1pug1anb/N os seguintes argilominerais: garnieritas, 7 A; garnieritas, 10 A (talco); montmorilonita e
BN cloritas; as composições químicas desses argilominerais separados manualmente dessas
argilas acham-se na Tab. 31.13. Souza Santos, Souza Santos e Souza (1973, 1974) apresen-
e11uo111ow1uow taram estudos sobre as argilas niqueliferas coletadas dessas três regiões mostrando as
V 9L·Y 1'L
(OD) •1pug1anb/N
ZN TABELA 31.14- Composição qufmica, capacidade de troca de cátions e cátions
trocáveis de argilas niquelíferas brasileiras (Souza Santos e Souza Santos, 1973)
9J/UDJ!JOWJUOW
Morro do Niquei Jacupiraríga Niquelândia
V 9L·Y 1'L
(O~) e1pug1anb/N !..:E 1-B-69 5-A-72 11-72 !..:E
LN
Perda ao fogo(%) 11,9 13,5 13,0 14,3 10,5
,(oa1•1) Si0 2 (%) 41,0 30,0 35,5 31,9
(%0 L •e111a1we9)
52,1
Al 2 0 3 (%) 0,77 14,6 22,1 29,1
yOL (DW) 14,5
1anb/N op OJJOW em Fe 2 0 3 (%) 8,02 35,4 7,85 7,22 10,6
V11NW Ti0 2 (%) 0,11 1,17 0,37 0,91 0,44
CaO (%) 0,17 0,18 0,16 0,17
(y L 'e111a1we9)
0,88
Mg0(%) 36,1 4,06 12,3 8,50
YL 3,76
(DW) apep1aq17 Na 2 0 (%) 0,002 0,05 0,02 0,02 0,005
'O:JSfJa:J op OJJOW K2 0 (%) 0,004 0,04 0,02 0,08
96 68 0,01
Ni0(%) 1,89 1,00 8,67 7,79 7,16
CTC (meq/100 g) 5,74 18,3 59,6 20,8
<v L ·e111a1we9 J 86,8
yL Cátions trocados
(DW) 1anb/N
op OJJOW
por NH.t
9 NW Al 3 + (%) Ausente 0,004 0,004 0,006 0,016
Fe 3 + (%) 0,006 0,028 0,004 0,005 0,014
Ca 2 + (%) 0,006 0,023 0,038 0,007 0,12
Mg2+ (%) 0,16 0,14 0,28 0,13 0,52
Na+ (%) 0,002 0,011 0,007 0,007 0,004
K+ (%) 0,002 0,03 0,004 0,007 0,006
Niz+ (%) 0,10 0,035 0,20 0,082 1,23
Co 2 + (%) Ausente 0,001 0,001 0,003 0,003
Laterito Laterito Veio Veio Veio
Niquei chocolate vermelho
902 Ciência e Tecnologia de Argilas
Amiantos industriais e argilas niquelíferas

Minerais 1 :1 do grupo serpentina: crisotila _ 903


lizardita - Pecoraíta
· amesita _ ~epºUíta
Minerais 2 :1 : t 1 nun.e 't
aco-wiUe s~a
kerolita _ .msetta
elorita ~1melita
Garnierita deve ser usado apenas como um n - nunita
1'dent'fi - 'fi ome e:m "ra
11caç~o es~ec11ca; termos como "garnierita- 7 À"
t balho d
quando a identificação é interrompida no nível do e garnierit e ca:mpo antes d
espaçamento b a - 10 À" - , .ª
asai. sao ute1s
BIBLIOGRAFIA

ABNT - Expansibilidade em Autoclave de Crm


Paulo. 1966. . • . ento Portland MB.
ABNT ~ Determrnaçao da Finura de Cimento Portlan 347 ABNT São

FIGURA 31.19- Lizardita (antigorita?) ocor- FIGURA 31.20 - Clorita niquelífera (J 11) de Permeabrlrdade ao Ar. MB-348. ABNT. São Paulo 19 d Mediante E
ABNT -Análise Química de Cimentos Portland. M~ ·
6
rendo como argila na Serra Votupoca (SP) de Jacupiranga (SP) (LME-IF-USP), 80000 rnprego do Ap lh
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(PKK-LME-IF-USP), 20000 vezes vezes are
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Xchangeable . · ' de
. ALIETI . A . - D'ff ·
r us1one · ··
e srgnrfrcato der· mrnerali
· tnera/s 21 . · 131 (lcatron
9 · .
drstnbuti .
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Caulins da Amazônia 915

Unidos pela Mineração Santa Mônica. Dados de análise química desse caulim obtidos
são os seguintes: perda ao fogo (H 2 0+) - 13,8-14,0%; Si0 2 - 44,2-44,8%; Al 2 0 3 -
38,3%; Ti0 2 -0,66-l,25%; Fe 2 0 3 -l,9-2,l %; Ca0-0,06-0,09%; Mg0-0,03-0,04%;
K 2 0-0,02-0,4%; Na 2 0-traç.os. Inicialmente, o caulim do Rio Jari foi extensivamente
estudado pela Georgia Kaolin Co. visando industrialização para papel; atualmente é de
CAPÍTULO 32 · propriedade da empresa Caulim da Amazônia; entrará em produção no início de 1976
(Eisenlohr, 1975; Euroclay, Amazon 88, 1975).
Nas Tabs. ALI a Al.6 estão apresentados os resultados dos ensaios de caulim do Rio
CAULINS DA AMAZÓNIA Jari em amostra fornecida em 1974 pela firma Caulim da Amazônia Ltda., para uso em
cobertura de papel, na forma descrita em capítulo anterior, em comparação com caulins
norte-americanos e da Paraíba, industrializados.

TABELA Al.1 -Análise granulométrica por sedimentação. Pipeta de Andreasen de caulins


A partir dos anos de 1971/73, tem havido grande interesse na exploração de duas da Amazônia e da Paraíba (Kiyohara, Souza Santos,Souza Santos e Ferreira, 1974) *
grandes jazidas de caulins secundários ou transportados na região Amazônica, uma no
Amostra N. º 1 Amostra N. º 2 Amostra N. º 3 Amostra N. º 4 Amostra N.· 5 Amostra N. - 6
Rio Jari, no território federal do Amapá, e outra no Rio Capim, no Estado do Pará, visando RioJari Caulisa Caulisa "coloidal" Astra-brite Astia-plate Rio Capim
a produção de caulins para cobertura de papel. w· %... 0 % 0 % 0 % 0 % 0 %

CAULIM DO RIO JARI. Assinalado desde 1967, foi pesquisado pela Empresa de Mine- 81,6 89,7 85,2 103,2 82,2 109,2 86,2 90,1 69,3 100,0 86,6 102,3
ração Santa Mônica, na localidade denominada Morro do Filipe, distrito de Boca do Jari, 28,6 88,0 29,9 102,3 28,8 106,8 30,2 89,7 24,3 100,0 30,3 101,3
município de Mazagão, território federal do Amapá; a área se situa na margem esquerda 20,0 85,7 20,9 100,9 20,2 106,7 21,1 89,6 17,0 100,0 21,2 100,7
14,0 84,2 14,6 100,8 14,1 106,2 14,8 89,9 11,9 100,0 14,8 94,5
do Rio Jari, afluente do Amazonas, próximo da confluência do primeiro com o Rio 82,6 10,6 95,4 10,2 106,0 10,7 90,4 8,6 100,0 10,7 90,1
10,1
Caracuru, da qual dista cerca de 7 km. O acesso à área é feito por intermédio de barco pelo 7,1 76,4 7,4 85,5 7,1 105,5 7,5 90,3 6,0 99,7 7,5 85,2
Rio Jari, via embarcadouro de Mangaba, distante 4 km. Quatro áreas foram pesquisadas, 5,0 73,7 5,2 74,4 5,0 105,0 5,2 90,2 4,2 97,2 5,3 77,2
3,5 73:1 3,6 67,7 3,5 104,0 3,7 89,4 2,9 91,4 3,7 72,6
a primeira com a área de 490 ha e as três outras com cerca de 1 000 ha cada uma. Essas
2,4 69,9 2,5 57,0 2,5 97,6 2,6 84,7 2,0 82,5 2,6 64,8
ocorrências se encontram opostas à margem do Rio Jari onde se encontram as plantações 1,4 68,1 1,5 41,9 1,4 70,3 1,5 81,5 1,2 62,5 1,5 50,7
artificiais de Gmelina arborea feitas pelo grupo. Ludwig (Colligan, 1973). 1,0 64,2 1.0 33,5 1,0 47,0 1,0 66,5 0,8 48,7 1,0 41.1
As rochas expostas na margem do Rio Jari, entre Arapiranga e Caracuru, pertencem <2 µm 69,2 <2 µm 49,5 <2 µm 85,3 <2µm 83,0 <2 µm 82,5 <2µm 57.1
à Formação Barreiras de idade Terciária, constituídas por arenitos, argilas e siltes. Local- >5 µm 26,3 >5 µm 26,3 > 5 µm o.o >5 µm 10,0 >5 µm 2,7 >51lm 23,6

mente, a espessura da série é estimada em 700 m, com a fração superior predominantemente *Trabalho apresentado na 7.ª Convenção Anual de Associação Brasileira de Celulose e Papel,
argilosa, tendo 60 m de espessura. A existência de caulim. foi detectada pela presença de São Paulo, novembro de 1974
argila detrítica branca na encosta do platô; trata-se de uma jazida sedimentar, formada **0 =diâmetro equivalente em µm
por uma bacia Terciária e apresentando atualmente uma forma tabular. A rocha mais *** % = porcentagem ponderai de partículas tendq diâmetro equivalente inferior. a 0
antiga da base da coluna geológica é um arenito de cor clara, com manchas coloridas
variadas, provavelmente do Terciário Superior; a espessura da camada de arenito é de TABELA Al.2 ~Alvura, pH, massa específica real, massa específica aparente,
cerca de 100 m. Segue-se uma camada de argila de coloração marrom-avermelhada com porosidade total e área específica de caulins da Amazónia e da Paraíba
nódulos de caulim provenientes da camada superior, que é fo~maçla pelo caulim sedimentar. (Kiyohara, Souza Santos, Souza Santos e Ferreira, 1974) •
A cor da camada de caulim varia desde a cinza-clara (azulada) à branca; é pouco porosa e N.º3 N.º4 N.º 5 N.º 6
apresenta pequeno teor de quartzo em partículas grandes. Sobre a camada de caulim encon- N.º 1 N.º 2
Amostras Caulisa Astra- Astra- Rio
Jari Caulisa
tra-se uma camada de argila aluminosa laterítica, colorida em vermelho. e -brite -pia te Capim
A espessura média da camada de caulim é de 11,5 m; a relação estéril :caulim apro-
veitável é de cerca de 3 :L Na área Morro do Filipe I, de 489,5 ha, foi calculada, em base Alvura (TAPPI brightness) (%) 81 82 86 81 88 84
a
de sondagens efetuadas, reserva de 13 milhões de t de caulim*. Na área III não foi encon- pH (28% caulim) 4,8 6,4 6,2 7,0 7,0 5,5
trado caulim. Informações não confirmadas das áreas II e N sugerem reservas de 85 milhões Massa específica real (g/cm 3 ) 2,60 2,60 2,61 2,61 2,62 2,60
de t. Os dados apresentados neste Apêndice 1 referem-se ao caulim do Morro do Filipe I. Massa especifica aparente (g/cm 3 ) 0,37 0,53 0,34 0,78 0,61 0,31
Melhores informações encontram-se no trabalho de Eisenlohr (1975). Porosidade total (%) 86 80 87 70 77 88
Atualmente, o caulim do Rio Jari está sendo industrializado pela empresa Caulim
Azul-de-metileno 11,8 15,8 17,5 16,0 27,3 14,5
da Amazônia Ltda., CP 1334, Belém, Pará. O caulim original ou bruto contém 95 % de Área específica
Blaine 19,4 8,2 14,5 6,2 10,4 13,3
caulinita, sendo o restante quartzo, rutilo, zircão e óxido de ferro; naturalmente é de cor (m2/g)
creme-amarelada, porém pode ser branqueado e atingir alvura 83 % a 87 % A.BCP ou T APPI. BET*• 11,6 3,5 7,9 6,4 11,2 7,7
Esse caulim foi enviado para estudo a diversos laboratórios da Alemanha' e dos Estados *Trabalho apresentado na 7.ª Convenção Anual da Associação Brasileira de Celulose e Papel,
•o Brasil, como oitavo produtor de caulim do mundo, especialmente para cerâmica, consumiu São Paulo, novembro de 1974 ·
300 000 t no ano de 1972, segundo o Anuário Mineral Brasileiro 1973 do DNPM-MME **Determinações pelo Dr. Joaquim Gonçalves da Silva Filho, Petrobrás, São Paulo
916 Ciência e Tecnologia de Argilas
Caulins da Amazónia
917
TABELA Al.3-Curvas de defloculação dos caulins da Amazónia e da Paraíba visando
sua aplicação em cobertura de papel (TAPPI T 648 sm-54, 71% de sólidos) TABELA Al.4 - Queda de alvura com glicerina e características na tinta de cobertura para
(Kiyohara, Souza Santos, Souza Santos e Ferreira, 1974)* papel e no papel tingido e calandrado de caulins da Amazónia e da Paraíba
(Kiyohara, Souza Santos, Souza Santos e Ferreira, 1974)*
% de defloculante Viscosidade Brookfield
Amostras Amostras N.º1 N.º 2 N.º 3 N.º4 N.º 5 N.º 6
(calgon)** Haste 10 rpm (cP) 100 rpm (cP) Jari Caulísa Caulisa Astra-brite Astra-p/ate Capim
"coloidal"
0,60 3 1 550 340 Queda de alvura (brightness) com glicerina (%) 47,8 45,1 47,9 48,0 38,0 47,1
N.º 1 0,65 3 1 450 330 ',
pH 9,3 9,0 10,0 10,1 9,8
Jari° 0,70 3 1 200 300 w< n. det.
0,75 1 300 o a: Haste
3 310 2 2
~~ ~
p
10 rpm 1 240 80 250
0,80 3 1 350 330 ~ffi
140 600 20
l-03 20 rpm 760 130 100 275 490 20
0,50 4 1 500 1 230 z<º
(.) 50 rpm 380 112 124 325 352 33
100 rpm 272 128 140 350 332
N.º 2 0,55 4 1 600 1100 43
Caulisa 0,60 4 1 700 1 030 Sólidos totais (%) 39,8 40,0 39,8 41,0 42.4 42,0
0,65 4 1 900 1 040 Alvura (%) (TAPPI brightness) 79 84 84 85 84 91
No papel Brilho (%) (TAPPI specular g!oss)
0,70 4 2.000 1 040 78 71 80 79 83 80
Lisura (s) 57 98 118 69 86 55
1,10 2 540 152
N.º 3 1,15 2 500 140 *Trabalho apresentado na 7.ª Convenção Anual da Associação Brasileira de Celulose e Papel
São Paulo, novembro de 1974 '
Caulisa 1,20 2 500 140
"coloidal" 1,25 2 520 142
1,30 2 560 142 caulim abaixo de peneira USS n.º 325 é de 93 %. Atualmente (novembro de 1974), está
sendo extraído apenas para uso cerâmico .
0,20 3 1 220 340 .Nas Tabs. AI.1 a AI.6 estão apresentados os resultados dos ensaios de amostras de
N.º 4 0,25 3 1 550 425 cauhm do Rio Capim fornecido pela firma INCA de Belém e pela CPRM para uso em
Astra-brite 0,30 3 2 300 540 cobertura ~e papel, na forma descrita em capítulo anterior em comparação com caulim
0,35 3 2 860 640 norte-americano e da Paraíba, industrializados.
0,40 3 3400 715
Ensaios comparativos dos caulins dos rios Jari e Capim. Os ensaios foram realizados
0,25 5 1 400 1 080 com os c~uli~s originais passados na peneira ABNT 325 (abertura de 44µm) e comparados
N.º 5 0,30 5 1 400 900 com cauhns mdustrializados da Paraíba (Ribeiro Filho, 1972) e da Geórgia (Georgia Kaolin,
Astra-plate 0,35 5 1 600 900 197~); ~ssa cómparaç.ão, caulim original apenas passado em peneifa USS n.º 325 com
0,40
0,45
5
5
2000
2000
1 ººº
1 080
caulms mdustrializados, é feita propositadamente por indicar o quanto as propriedades
dos cau!ins d?~ rios Jari e Capim podem ser melhoradas; Hinson (1971) apresenta dados
0,20 2 240 184 do cauhm ongmal da Geórgia (EUA) e de três caulins industrializados para papel, acen-
N.º 6 0,25 2 220 166 tuando o~ valores elevados da área específica dos últimos.
Capim 0,30 2 220 164 . Os d1fratogramas de raios X são de caulinita "bem cristalizada". As Figs. AI.1 e AI.2,
0,35 2 300 174
~icrografias eletrônicas dos caulins dos rios Jari e Capim, respectivamente, mostram cauli-
0,40 2 360 186
mta !~melar, de perfil hexagonal, euédrica e ausência de haloisita. As placas de caulinita
"'Trabalho apresentado na 7 .• Convenção Anual da Associação Brasileira de Celulose e Papel, do .Rio J~i têm menor diâmetro, são mais espessas e apresentam uma faixa de dimensões
São Paulo, novembro de 1974 ~ª18 es~re1ta d.o que as do Rio Capim; estas últimas são bastante finas e têm uma faixa de
*"'Solução aquosa (0,5 g/ml) de calgon, porcentagem em peso relativa à quantidade de caulim ;mensoes ~aIS amplas, o que leva a bons valores de alvura (brightness), brilho (specular
seco
g o~s), ºl;"ac1~ade e propriedades reológicas (Murray, 1970); essas diferenç.as morfológicas
CAULIM DO RIO CAPIM. Os depósitos estão localizados no município de São Domingos e dimens1onaIS mostram ser o caulim do Rio Jari de maior viscosidade que o do Rio Càpim,
0
do Capim, a 250 km ao sul de Belém (PA), ao norte e ao sul do igarapé Ciputena ou Bacuri, que sugere misturas para adequaç.ão de distribuição granulométrica (Murray, 1970).
afluente da margem direita do Rio Capim. O acesso aos depósitos e o transporte podem ·~ A granulometria pela pipeta de Andreasen revela 69% em peso de partículas com
ser feitos por via fluvial pelos rios Guamá e Capim, num percurso de 240 km até Belém; diametro equivalente abaixo de 2µm para o caulim do Rio Jari e 57% para o Rio Capim*.
existirá em futuro próximo outra alternativa rodoviária, via Belém-Brasília, de 200 km. N~tar os valores elevados das áreas específicas do caulim. As alvuras (brightness) são de
O porto de Belém permite a atracação de navios com até 8 m de calado.
81
~ ~4%, respectivamente, para os caulins dos rios Jari e Capim; a queda da alvura
ª
A reserva de caulim sedimentar, também da Formação Barreiras, encontra-se numa apos a nnpregnação com glicerina é de 47,8% e 47,1 %, respectivamente.
área de 10 000 ha concedida à CPRM, que abriu, em 1974, a licitação das jazidas da área;
a reserva medida é de 211 milhões de te a reserva total é de 566 milhões de t. A espessura . *~s resultados de mediçõ.es apresentados a seguir são números apenas informativos, tendo
de capeamento é de 12,5 me a espessura média da camada de caulim sedimentar é de 7,1 m; sido obtidos em amostras recebidas em setembro-outubro de 1974 de firmas produtoras dos caulins
relação capeamento: tonelada de caulim aproveitável é de 0,83 m3 /t. O rendimento em ? ~ rios Jari e Capim, não devendo ser interpretados como valores médios e/ou representativos das
0

Jazidas em questão, em toda a sua amplitude


--------------------------

Caulins da Amazónia
918 Ciência e Tecnologia de Argilas 919

TABELA Al.6-Análises químicas de caulins dos rios Jari (Empresa Caulim da Amazónia)
~=
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o e Capim (INCA)
~ w..i "'g "'
o"' "'
! m ~ "' "' ~" "'o"' .!::
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o "'o "',,; :e "' u
o Caulim Rio Jari Rio Capim Caulinita
teórica
~
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o
o
N }l
Perda ao fogo - H 2 0 + (%) 14,2 i3,8 13,96
~
"'o' "' "'
<>
~
5 m~ "' "' ~" "'
!"!: u Anidrido silícico - Si0 2 (%) 44,5 45,0 46,54
~ ::::: ;:I
"' "'g "' N 1-
â "'o ,,,-LO :e oo u
o óxido de aluminio-Al 2 0 3 (%) 37,6 38,2 39,50
"
"O
Ql Óxidos de ferro-em Fe 2 0 3 (%) 1,80 0,70
2 A Óxido de titânio-Ti0 2 (%)
"'g N x :: "' o,-: ~ ~
,.o «I
o.. 1,25 1,19
"'o' "' o"' "' !
00 CD 13 Óxido de cálcio - CaO (%)
N
m"' "' "' :e~ "' "o> ~ 0,56 0,83
~ "' "'g "' â 00 ~ "'o "'
,,,- ê i::: a óxido de magnésio - MgO (%)
óxido de sódio - Na 2 0 (%)
0,10 0,14
.S 0,01 0,02
LO
g ;:!: ~
o
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"'o' "' "' 00"' 5 m~ "' "' ~ "'
LO
o
~ ~
!o.. "3«I
u
óxido de potássio - K2 0 (%)
Total
0,01
100,02
0,07
"'~ o 99,95 100,00
"' ;t ~lO "' ,,,- o ld ]
"' "'o "'
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FIGURA Al.1 - Caulim do Rio Jari, ter- FIGURA Al.2 - Caulim do Rio Capim (PA)
ritório do Amapá (Empresa Caulim da Ama- (INCA) (PKK-LME-IF-USP), 20000 vezes
zónia) (PKK-LME-IF-USP), 20000 vezes

As viscosidades TAPPI 648 sm-54 com 71 % de sólidos a 10 rpm são de 1200 cP e


220 cP, e na tinta para papel, com 42 % de sólidos, de 1 240 cP e 20 cP, respectivamente,
para os rios Jari e Capim; ambos são tixotrópicos, a 71 %, sendo a amostra do Rio Capim
o de menor viscosidade; na tinta para papel, o caulim do Rio Jari é tixotrópico, tal como
Astra-plate; o caulim do Rio Jari é dilatante, tal como Caulisa coloidal e Astra-brite.
No papel, os brilhos (speculàr gloss) são de 78% e 91 %, e as lisuras são 57s e 55s,
respectivamente, para os rios Jari e Capim.
As Figs. AI.3 e AI.4 apresentam micrografias eletrônicas, respectivamente, do caulim
do tipo "coloidal" da firma Caulisa, de Campina Grande (PB) (com 95% em peso abaixo
de 2µm) e do caulim delaminado Astra-plate norte-americano (com 83% em peso abaixo
de 2µm).
Esses resultados mostram as ótimas possibilidades desses caulins d~ Amazônia como
matéria-prima a ser industrializada para cobertura de papel cuchê, a menos do problema
da abrasividade dos caulins na fabricação de papéis em máquinas de alta velocidade, o que
ainda não foi abordado.
Ciência e Tecnologia de Argilas Caulins da Amazónia
921

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FIGURA Al.3 - Caulim coloidal da Caulisa. FIGURA Al.4-Caulim delaminado Astra-


Campina Grande (PB) (Caulisa) (PKK-LME- plate (Georgia Kaolin Co., EUA) (PKK-LME-
-IF-USP). 20000 vezes -IF-USP). 20 000 vezes

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922
Xisto pirobetuminoso: utilização das cinzas de xisto e do xisto retortado 923
8. Cimentos para poços de perfuração para petróleo.
9. Catalisadores.
1O. Carga inorgânica.
11 . Tijolos para construção civil.
12. Cimento Portland e anidrido sulfuroso (Ambrose, 1966).

CAPÍTULO 33 TABELA All.1 -Composição química do xisto de Pindamonhangaba e de xistos retortados


dessa mesma região e de São Mateus (PR) (Souza Santos, Souza e Calil, 1972;
Souza e Souza Santos, 1973)
XISTO PIROBETUMINOSO: Amostras* n º'"

UTILIZACÃO DAS CINZAS DE


1
Perda ao fogo {%) (1 000 ºC) 36,6 20,2 11,3 28,0 14,5 18,9 13,3 19,16
4,03 (S)-nihil +
+2,2 (S)

XISTO E DO XISTO RETORTADO Siiice {SiO,) {%)


ôxido de alumlnio
34,0

15,6
44,6

18,5
51,2

20,7
39,7

17,5
47,9

20,2
45,6

20,5
48,3

20,6
50,8

12,6
43,8

{Al 2 0,) (%) 12,2


ôxidos de ferro
{em Fe 2 0,) {%) 8.95 10,2 10,1 8,98 10,3 8,86 11,1 6,49 4,6
ôxido de titânio {Ti O 2 ) {%) 0,58 0,62 0,55 0,55 0,65 0,62 0,76 0,56 n. dei.
ôxido de magnésio
{MgO) {%) 1,81 2,40 2,73 2,30 2.50 2,22 2.28 1,92 9,3
Desde o século XIX tem sido tentado o aproveitamento industrial de xistos piro- ôxido de sódio {Na,O) (%) 0,12 0.20 0.13 0,18 0,19 0,14 0.25 1,12 3,4
betuminosos (oi/ shales) brasileiros do Maranhão, de Alagoas, da Bahia e principalmente ôxido de potássio {K 2 0) {%) 1,73 2,30 2,66 2,18 2,50 2,46 2,58 2,22 2,4
do sul (xistos terciários do Vale do Paraíba (SP) e permianos da Formação Irati). As reservas Ôxido de cálcio {CaO) {%) 0,56 0,93 0,68 0,70 1,25 0,67 0,73 1,42 22,1
contidas na Formação Irati iniciam-se em São Paulo na confluência dos rios Piracicaba Total 99,95 99,95 100,05 100,09 99,99 99,97 99,90 100,12 100,00
e Tietê e se prolongam até o extremo (depois de São Gabriel) do Rio Grande do Sul (Padula, Capacidade de troca de cá-
1968). Somente em São Mateus (PR), em uma área de 82 km 2 , existe um volume de óleo tions (em miliequivalentes de
NH, por 100 g de material)
57,2 12,6 29,2 34,4 44,1 46,2 36,0 n. encont n. det.

de xisto, extratível por destilação, da ordem de 600 milhões de barris*. A Petrobrá~ cons-
Carbono total {C) {%) 22,2 10,8 3,70 15,2 8,14 12,4 8,06 6,98 2,7 a 6,0
truiu a Usina Prototipo de São Mateus para testar o processo, por ela desenv?lv1do, de Matéria orgânica {calculada
destilação desse xisto denominado Processo Petrosix, assim chamado por hav.er sido desen- C X 1,72)-% 38,6 18,8 6,44 26,4 14.2 21,6 14,0 12,0 4,64 a 10,32
volvido pela Superintendência da Industrialização do Xisto (SIX), cuja sede era em Tre-
*Amostras n. º' :
membé, no Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo. A Usina Protótipo do Irati (Petrobrás,3
1) Xisto "papiráceo" original (Pindamonhangaba, terciário, Vale do Paraíba)
1972) processa diariamente 2 000 t de xisto cru, produzindo 1000 barris de óleo, 36 500 ~
2) Xisto "pedra" original
de gás combustível e 17 t de enxofre; desses números, vê-se que há uma enorme produçao 3) Argila verde superficial
de xisto retortado ou de "cinza de xisto", cuja disposiç.ão e/ou utilização representa um 4) Mistura 50% de xisto papiráceo + 50% de xisto pedra
dos maiores problemas da industrialização do xisto em qualquer parte do m~ndo,-com 5) Resíduo retortado da destilação da mistura n. º 4 a 650 ºC por 3 horas
os concomitantes reflexos positivos na rentabilidade econômica do processo (Vansco, 19-72). 6) Fração friável do resíduo de destilação a 650 ºC da mistura n. º 4
O xisto retortado do Processo Petrosix contém de 6 % a 7 % de carbono e de 2 % a 3 % 7) Fração dura do resíduo de destilação a 650 ºC da mistura n. 0 4
de enxofre; a combustão desse rejeito cobriria totalmente a demanda de calor do Processo 8) Xisto retortado Petrosix, São Mateus, Paraná (permiano, Formação Irati)
Petrosix, que consome, como combustível para uso interno, aproximadamente, 3~ % da 9) Cinza de xisto de Green River Oil Shale Formation, Colorado, EUA
produção de óleo de xisto do próprio Processo Petrosix; o xisto retortado é, p01s, um
combustível pobre, com 8 % a 10 % de parte combustível e de 92 % a 90 % de cinza inor- Estudos do xisto retortado de Pindamonhangaba para tijolos para alvenaria foram
gânica (Varisco, 1971). Composições de xistos retortados a 650 ºC de Pindamonhangaba aprese~tados por Souza Santos, Souza e Calil (1970), e como agregado leve de argila piro-
(SP) e Petrosix, São Mateus (PR) são apresentados na Tab. Ail.1. expand1da por Souza e Souza Santos (1971). Síntese dos estudos atuais sobre xisto no
A lista seguinte apresenta os usos prováveis de cinza de. xisto retortado que podem ~rasil encontram-se no Simpósio sobre Xisto (Costa Neto, 1971). Outros dados sobre
ser pesquisados, visandó a utilização industrial desses rejeitos : mdustrialização do xisto do Colorado nos EUA encontram-se em publicações do U.S.
Bureau of Mines (1964-1973) e do Institute of Gas Technology (1966-1974). Bibliografia
1. Agregado leve para pavimentação de rodovias. sobre xisto foi organizada pelo IBBD (1971).
2. Agregado leve para concreto estrutural e blocos de concreto.
3. Concreto asfáltico. BIBLIOGRAFIA
4. Lã mineral ou lã ?e r~cha.
5. Carga de borracha vulcanizada. AM BROSE, P. M. - Sulfur and pyrites, U.S. Bureau of Mines Yearbook 1965. Vol. 1,
p, 889, Washington, 1 966. ·
6. Materiais de qase e sub-base para estradas.
7. Fluido de perfuração de poços. Anónimo - New process wastes into bricks, Chem. Eng. News, p. 49, 13 de setembro
de 1971.
*Segundo trabalho da Copersucar (1974), baseado em dados do Conselho Nacional do Pe- .BOGUE, R. H. - The Chemistry of Portland Cement, 2~ ed., p. 37, Reinhold, New York,
tróleo, o consumo de petróleo nas refinarias do Brasil, em 1973; foi de 284,6 milhões de barris por ano 1955
924 Ciência e Tecnologia de Argilas

Bureau of Mines_ Bureau of Mines Energy Program: 1971-1972. l.C. 8 551 e 8 612,
Washington 1973.
B
· R k s · s Wyo
f Mines - Experimental in situ retorting of 011 sha 1e at oc .pnng · .. CAPÍTULO 34
BM TPu~e~~. ~ashington. 1969; Some results from the operation of. a 150 ton oil sh.ale retort.
BM TPR 30. Washington, 1971; Mining and conversion of oil shale 1n a gas combust1on retort.
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Bureau 'of Mines_ Evaluation of methods of determining nahcolite and dawsonite tn
. . COMPOSTOS ARGILAS + SUBSTÂNCIAS
oil shales USBM R.I. 7 781, Washington. 1973. . . ORGÂNICAS
Bur~au of Mines_ Petroleum and oil sha\e research of the Bureau of Min.es. 1967-196 8 -
_1 969 IC 8 448 e 8 525. Washington. 1971. ac
Bureau of Mines - Thermal degradation of Green River kerogen at 1 50 c to 3 50
0

USBM R.I. 7 620. Washington. 1972. . 738


Bureau of Mines_ Hydrogenating shale 011 at low space velocity, USBM R.I. 7 · INTRODUÇÃO:- O emprego industrial de argilas organofilicas aumentou enormemente na
América do Norte e na Europa desde 1975; de outro lado, a pesquisa sobre a síntese e pro-
Washington. 1973. . · 1 M' 1 · d Rocks priedade do sistema "argilominerais + compostos químicos orgânicos" é cada dia mais
CLAUSEN, c. F. _ Cement materiais. em J. L. Gilson. Industria meras an ·
3 a d p 203 AIMME New York, 1960. s· intensa, sendo hoje mais de um terço dos artigos nas revistas sobre argilas. No Brasil estão se
. ec·~o .erati;a Central, dos Produtores de Açúcar e Álcool do Estado de São .Paulo e. tn- iniciando os usos de argilas organofilicas; a Petrobrás é a maior usuária de esmectitas organo-
. da~ndustria de Fabricação do Álcool do Estado de São Paulo - O potencial ~a mistura fílicas.
~~~~~rante álcool + gasolina na solução da crise de combustíveis. Copersucar. Sao Paulo. Síntese e propriedades de argilas organofílicas são exaustivamente descritas nos livros de
Grim (1962; 1968; 1978) de Theng (1974; 1979) e em grande número de artigos de revistas e
setembro de 1974. . d X' r· G Dineen -
COSTA NETO, C. - Simpósio sobre Ciência e Tecnologia º. isto - ve · · . em anais de Congressos e Simpósios internacionais sobre argilas (Serratosa, 1970; Brindley,
Progressos na recuperação do óleo de xisto da Fdorm;ção G~ee~r ~r1e~;
do xisto no mundo; J. J. Bigarella - Geologia . a . ormaçao a .. · ·
g
~~:;a ~e~~c_:i1~~1í~
.
1966; 1970; Theng, 1974; 1982; Chenu, 1987; Lagaly, 1984; 1987; Mortland, 1970). Em ca-
pítulos anteriores, especialmente nas complementações desta 2~ Edição, foram descritos al-
mica do xisto do lrati, Academia Brasileira de C1ên~1as. C.P. 229, Rio ~e ~ane1r~. 1p~~:~leum guns dos usos industriais de argilas organofílicas. Não é o objetivo deste Capitulo reproduzir
HIBBARD, W.R. _ A look shead at synthet1c hydrocarbon tec no ogy, · em detalhe as informações existentes nas monografias citadas, mas apenas apresentar um
elenco dos compostos com utilização industrial. Argilas cujos cristais estão recobertos exter-
Tech7~!~i~~~:·0~ 3~s º~!~~~o1~g~~ Oil shale, a major U.S. fossil fuel resource. IGT n.º. 27. namente por substâncias orgânicas são chamada~ "organic clad clays" (Grim, 1968).
Chicago, 1974 ; Hidrogasification of oil shale, IGT. Chicago, abril. de 1974: Product1on of pipe- Para melhor entender os tipos de materiais ou compostos químicos que são formados pelas
line gas by hydrogasification .ºf. oil shale, IGT res. bul:. 3~ ~·~1c~g~~fi! 9~~· Xisto, IBBD. Rio interações entre argilominerais e substâncias orgânicas ou compostos químicos orgânicos é
Instituto Brasileiro de B1bl1ograf1a e Documentaçao 1 1g conveniente listar quais são essas interações e quais são os mecanismos possíveis de formação
de Janeiro. 1971. - · d B ·1 B / Técnico desses compostos de argila + substâncias orgânicas. Os compostos entre argilominerais e
PADULA. v. T. _Estudos geológicos da Formaçao lrat1. Sul o ras1. o· substâncias orgânicas são classificados como compostos de oclusão (Baron, 1957); são tam-
Petrobrás 1'1 (32), 407 (1968). . . bém chamados "complexos argila-substâncias orgânicas" (Brindley, 1970).
Petrobrás _Xisto Petróleo Brasileiro S.A.. Rio de Janeiro. GB, 1971.
POL:LITT H. w.
'
w. _ Raw materiais and processes for portland ceme?t manufacture,
Chemist of Cements. Vol. 1, p. 28. Acade!111c Press, New York, 1964.
ADSORÇÃO E ABSORÇÃO:- Um pó (conjunto de partículas sólidas) possui uma área espe-
cífica, que é a som11. das áreas externas de cada partícula constituinte do pó dividida pela so-
em H. F. W. TJaylWor. YOUNGryN. B. e LAWLOR, D. L. Direct determination of sulfur forms ma de massas de partículas e referida à unidade de massa; 'assim, a área específica é expressa
SMITH, . ., , ~mm /grama ou cm /grama de pó. Se as partículas do pó são isométricas ou isodiamétricas
· Green River oil shale Anal. Chem. 36, 618 (1964). " b (esferas ou cubos) a área específica AE (cm /g) é dada pela equação:
in SOUZA J. V. e s'ouZA SANTOS. P. _Estudo da argila verde .de P1ndamonhan?a .ª
para agregado leve de argila piroexpandida. trabalho apresentado ao S1mpós10 sobre C1enc1a AE (cni2/ g) = _Q_ , onde Q (gl cffil) é a densidade real ou massa específica da partícula de
Q· 0
e Tecnologia do Xisto, Curitiba, dezembro de 1971. . t . _ diâmetro 0 (cm), da esfera ou então o lado do cubo. Dependendo da natureza dos átomos ou
SOUZA SANTOS. P.: SOUZA. J. V. e CALIL. S. F. - Estudo. par~ o apr.ove1tamen. o 1n
íons que constituem a superfície externa da partícula, esses átomos ou íons fixos da superfície
dustrial do resíduo de destilação do xisto pirobetumino~o Pt~ fab~caçao de ~:I~ ;:~~;~~;iae podem atrair átomos (em inglês: adatoms), íons, moléculas do meio que envolve a partícula
tijolos furados. trabalho apresentado ª-~ 1.º _congresso atino- mencano . ,
do pó; no vácuo (ou melhor no alto vácuo de 10-12 mm de mercúrio) a superfície poderá estar
São Paulo. setembro de 1970. / ·"--- , 1R 0·1 h 1 "limpa" isto é, sem nenhum átomo estranho preso à superfície. Imergindo a partícula em
THORNE H M · STANFIELD. K. E.. DINEEN, G. J. e MURPHY, W. · · - 1 s ae
, : .. S B- f M. es 1 C 8 21 C v'Jashington. 1964. água ou no ar, a superfície do sólido pode ficar recoberta por uma monocamada fixa de .!llolé-
technology: a rev1ew. U. · ureau 0 m · .· ' · " Petróleo Brasileiro S.A., culas de H2 0 ou de 0 2 ou, mesmo, por uma policamada ou multicamada dessas moléc•las;
VARISCO, A. - o processo Petros1x: a usina protótipo do lrat1.
vários tipos de forças podem existir para gerar essas camadas. ''
Rio de Janeiro. GB. 1971.
Antes de definir "adsorção" e "absorção" em uma superfície por átomos molecular ou íons é
necessário conceituar a expressão "recobrimento de uma partícula', a qual é melhor explici-
tada considerando-se uma esfera macroscópica de vidro com superfície lisa (exemplo: boli-
nha de gude), pintando a supericie da esfera com uma tinta de "latex" para anteriores e dei-
xando "secar": a esfera fica recoberta por uma película contínua, que pode estar ou não ade-

925
. ~----·~·------------------------

926 Ciência e Tecnologia de Argilas


Compostos de argilas + substâncias orgânicas 927
rente (ou grudada) à superficie; isso pode ser testado colocando uma fita g?mada ("d~rex")
na superficie da esfera, pressionando e arrancando a fita gomada; se a pehcula ta~bem f~r
arrancada, não houve aderência; no caso contrário, houve.aderência. Em uma P,articu~a.mi­
croscópica é possivel, por analogia, recobrir a superficie da mesma co1? uma ~ehcula so~da,
formada pela evaporação do solvente ou por polimerização de um liquido; assim, a pai;icula
ficou recoberta, com ou sem aderência, da p~licula de cobertura. Isso é possivel tambem f~­
zer com cristais de argilominerais; por exemplo, fazendo uma "pasta" de caulim com co~a li-
quida e deixando secar: tem-se um sistema "cristais + polimero" com o polimero recobrindo
os cristais até formar uma matriz ligando esses cristais; tem-se então um "compósito" ou ma-
terial conjugado. Esse tipo de abordagem não caracteriza a "adsorção", muito embora ela
descreve bem a aderência da pelicula à superficie da particula. A
Define-se "adsorção" de uma substância quimica A (chamada adsorbato), por uma subst~n­
cia sólida S (chamada adsorvente), sendo A uma substância quimica dissolvida em um liquido
(solvente) ou uma substância fluida em mistura gasosa com outros gases, quando a concentra- (a ) ( b )
ção de A (em massa/volume) na superficie de S (interface de S com o meio) é maior do que a
concentração de A no meio,que envolve S (Glasstone, 1946; Daniels, ~958; Ponecet ai, 19~4). FIGURA 34.1. lsotermas de adsorção a partir de solução; (a) adsorção física; (b) adsorção química ou
"Absorção" ocorre quando a substância sólida Sé porosa (po~os cap,~ares abertos) e o fluido quimissorção.
(gás, liquido, solução que contendo A) embebe e enche os capilares; e i1?portante notar que a Abcissas: concentração de equilíbrio da solução; Ordenadas: massa ou quantidade adsorvida por ad-
absorção da solução de Apor Socorre em primeiro lugar, par~ de~?is, em se~u~do lu~ar, sorvente sólido.
sempre haver a adsorção de A por S esse fato costuma se denommar ab-adsorçao · Um ato-
mo adsorvido numa superficie é chamado "adátomo". A adsorção fisica ocorre também entre sólidos pulverulentos e gases ou misturas de gases (N2 ;
Esse tipo de "recobrimento simples" dos cristais .de argilomir:era.is por "~elicula_s" de ,subs- H; C0 2 e outros). A adsorção de N2 (área específica da molécula = 16,2Á) em temperaturas
tâncias quimicas, sem se preocupar com o mecamsmo de aderencia da pehcu.la nao sera con- baixas (- 195ºC) é a base do método BET para medir a área especifica de pós (Brunauer,
síderado neste Capitulo; aqui serão tratadas apenas camadas mono. e pohmolecul,ai:es de Emmett e Teller - J. Amer. Chem Soe. 60; 309 (1938); o equipamento é bem mais sofisticado
substâncias orgânicas que se formam por meio de interações conhecidas na superficie dos do que o que foi descrito para a adsorção a partir de soluções.
cristais de argilominerais. . _ Notar, na adsorção a partir de soluções, que há uma hipótese de traba1ho, que é a de que o
ADSORÇÃO FÍSICA:- Em primeiro luga,r; consideremos a adsorção a partir de uma soluçao solvente não interaja (isto é, não é adsorvido também) com a superfície de S; se isso ocorrer,
de A em um dado solvente: por exemplo: ácido acético dissolvido em água e, como adsorven-,. outro solvente "inativo" deve ser escolhido para a substância A.
te, carvão ativo. O procedimento experimental para. medir a adsorção ~o seguinte: em cada ADSORÇÃO QUÍMICA:- Experimentos mostram que é possível haver a formação de liga-
um de 11 tubos de ensaio, coloca-se 10,0 ml de água contendo as segumtes quantidades de ções quimicas fortes, irreversiveis, entre átomos ou ions da substância A com átomos ou ions
ácido acético, em seqüência: zero (testemunho ou branco); 0,01 g; 0,02 g at~ 0~10 g~ a cada da superficie do adsorvente S; essa adsorção chama-se "adsorção quimica" ou
tubo adiciona-se 1,0 g de adsorvente; depois observa-se de hora em hora; apos t~~pos d~ ~a "quimisorção" (chemisorption) ou impropriamente "adsorção ativada" (Brunauer, 1942).
24 horas (admitindo-se que o sistema já atingiu o equilibrio), mede·s~? te.or de,a~ido a~e!ic~ O equipamento usado no experimento "carvão ativo + solução aquosa de HAc" pode ser uti-
no sobrenadante de cada tubo e calcula-se essas concentrações de eqmhbno de acido acetlco, lizado para exemplificar como é uma adsorção quimica; como adsorvente usa-se ácido úmico
essas concentrações são chamadas "concentrações de equilibrio"; c~lcula-se para cada ~ubo e como adsorvente cloreto de cálcio em solução aquosa. Obtém-se um gráfico, mostrado na
a massa de ácido acético que foi adsorvida pela massa M de carvão ativo (nesse exempl': igual Figura 34.1, completamente diferente daquele da adsorção fisica: o cátion Ci• substitui o If
a 1,0 g). Constrói-se um gráfico, colocando-se na abcissa os valores das concentraçoes de dos grupos COOH do ácido úmico, produzindo um composto insolúvel (umato de cálcio); en-
equilibrio e, em ordenada, os valores calculados de X/m (Figura 34.1). Esse formato de curva quanto houver grupos ácidos - COOH, não haverá cátion üi+ no sobrenadante e a concen-
obedece a uma equação do tipo: tração de equilibrio do Ci+ é zero; após haver reagido o último grupo COOH, o Ci• no so-
!_ = Kcn (Daniels, 1955); essa equaçãó é útil, embora no passado haver sido suposta n~o brenadante não pode reagir mais e a concentração de equilibrio passa a crescer linearmente;
m tivesse base teórica (Daniels, 1955), o que não é mais verdade (Ponece et ai, 1974); essa e a X/m permanece constante após o valor máximo ser atingido; tem-se portanto, a estequiome-

chamada Equação de Freundlich. Por uma anamorfose, tem-se a equação: log != n log c +
tria de uma reação de dupla troca em meio aquoso.
O experimento acima pode ser repetido usando como adsorvente um caulim e como adsorba~
to uma solução aquosa de azul de metileno (cloreto de dimetiltionina); esse é exemplo tipico
logk, que é de uma linha reta; os pontos experimentais podem ser colocados nessa equação clê adsorção quimica; como foi visto anteriormente, a adsorção quimica de corantes catiôni-
pelo método dos mínimos quadrados e isso permite calcular os valores de n e de k. Outr~s éps, como azul de metileno, pode ser usada para medir a área especifica de argilominerais,
equações podem ser propostas para esses dados experimentais, como a equação de Langmmr quando se sabe o formato; as dimensões e a face da molécula do corante que está recobrindo
(Daniels, 1955). a superficie externa do argilomineral.
A curva e a equação de Freundlich descrevem ª. adsorção física_ ~u a adsorção de van der Uma listagem das substâncias orgânicas que foram compostos com os vários argilominerais é
Waals- nesse caso a substância A (adsorbato) é fixada na superficie do adsorente S por for- apresentad~ por Theng (1974). A A
A
ças fra~as; assim, pode ser eliminado da superfície de S com relativa facilidade (desorçã~). INTERAÇOES ENTRE ARGILOMINERAIS E SUBSTANCIAS ORGANICAS; ARGI-
O formato da curva da Figura 34.1 é característico da adsorção física; P?rtanto, se repetir: LAS ORGANOFÍLICAS; "ORGANIC-CLAD CLAYS"; REAÇÕES QUÍMICAS ENTRE
mos o experimento acima, usando um caulim e obtivermos uma ~urva cuja forma ob~dece a ARGILAS E SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS:- As argilas como sólidos costumam estar na
equação de Freundlich, pode-se concluir que houve a a~s?rção física; deAou~ro la?º· a mtera- forma de pós (caulim, por exemplo) ou de macrocristais (vermiculita, por exemplo); também
ção entre a superfície dos cristais de caulinita ou de halolSlta com a substancia A e um ~roble­ são insolúveis em todos os solventes (porque, se dissolverem, deixariam de conter argilomine-
ma de pesquisa complicado, que necessita equipamentos sofisticados para sua soluçao. rais); assim, podem ser consideradas como sendo o adsorvente S; se uma argila ao entrar em
928 Ciência e Tecnologia de Argilas Compostos de argilas + substâncias orgânicas 929

contato com a substância orgânica A (neutra ou iônica) com que poderia interagir, três fatos caulinita tem sua superfície recoberta por oxigênio o- da folha silicato SiC1 4- ; em conse-
podem ocorrer: (1) A está dissolvido no solvente S (por exemplo: solução aquosa de azul de qüência, a outra face maior externa é recoberta por grupos hidroxila OH da folha gibsitica
metileno); (2) a substância A está na forma de um gás (por exemplo: glicol etilênico vaporiza- Al(OH)3 ; portanto, o cristal de caulinita expõe uma face recoberta por OH; esquematica-
do); (3) A é um liquido (por exemplo: glicerina). Em qualquer deles, ions ou moléculas de A, mente, o cristal pode ser representado por "K-OH", K representando o restante do cristal de
por difusão, aproximam-se da superficie da argila S; três outros fatos podem ocorrer: (a) caulinita (K- ). Esse grupo pode participar de uma série de reações quimicas, representadas
ocorrem interações fisicas com formação de ligações "fracas" (ligações de van der Waals); (b) pelas equações (Uytterhoueven, 1960; Deuel, 1952, Fedoroseev, 1963):
ocorrem ligações quimicas fortes em decorrência de reações quimicas; (c) não ocorre nenhu- (a) com diazometana: K-OH + CH2 N2 ..... K-O-CH2 + N2
ma interação entre A e S. Então, o sistema "S + A" é deixado em repouso por algumas horas (b) com cloreto de acetila ou de benzoila: K-OH + ClCOCH3 - HCl + K-O-CO-CH3
(8 ou 24; tempo de contato ou de residência) até haver sido atingido o equilibrio (isto é, até a (c) com clorossilanas orgânicas: K-OH + ClSi (CH3 ) 3 _,. HCl + K-O-Si(CH3 h ou
adsorção terminar); retira-se a substância A por separação (filtração; drenagem; vácuo) e K-O-Si(R1 R2 R3 ) 3 , onde Rv R2 e R3 são os radicais alifáticos.
fica-se com S recoberto com uma monocamada (ou policamada) de A fixa por interações fra- (d) com cloreto de tionilo: K-OH + SOC12 n _,. R3 ) 3 , onde R1 , R2 nc1 + soz + K-Cl; esse com-
cas (adsorção fisica) ou fortes (adsorção quimica) ou, se não houver adsorção, a superfície de posto pode reagir com benzeno em presença de AlC13 (reação de Friedel-Kraft), segundo
S volta a ficar "limpa". a equação:
O método experimental mais empregado para o estudo da formação de compostos quimicos e (e) com benzeno: K-Cl + C6 ~(AlC13 ) _,. HCl + K-C6 ffs
da interação entre substâncias quimicas orgânicas e argilominerais é o da Espectroscopia no (f) pela reação de Grignard: K-Cl + BrMgC6H5 _,. MgBrCl + K-C6 H5
Infravermelho (Farmer, 1968; 1974); esse é o método experimental geral mais sensível para
estudar as alterações de minerais em argilominerais e desses em outros minerais. É importante observar que, por essas reações químicas, apenas uma das faces hexagonais do
CONCLUINDO:- Determinando experimentalmente e assim conhecendo-se a curva de X/m cristal de caulinita ficam recoberto por grupos orgânicos; outra face hexagonal e as seis faces
em função da concentração de equilíbrio, pode-se saber se a interação entre A e Sé fraca (ad- retangulares continuam inalteradas.
sorção física ou de Van der Waals) ou forte (adsorção quimica). Eliminando o solvente (se O cristal tubular de haloisita pode ser considerado como proveniente do enrrolamento de al-
houver), pode-se ter produzido uma argila (ou argilomineral) recoberto por uma monocama- gumas camadas 1:1 de um cristal da caulinita (Souza Santos e Souza Santos, 1982). Assim, o
da (ou policamada) da substância orgânica A (por exemplo: caulinita recoberta, parcial ou enrrolamento pode ocorrer deixando os grupos OH na superfície externa do cilindro, talco-
totalmente, superficialmente por cátions de azul de metileno= dimetiltionina). Esse mate- mo ocorre no amianto crisotila (ver Figura 31.3); nesse caso, as extremidades do cilindro tem
rial sólido (argila recoberta por mono ou policamada da substância orgânica), pode possuir os mesmos grupos das faces laterais da caulinita, isto é, com cargas positivas, podendo adsor-
propriedades tecnológicas muito superiores às da argila sem recobrimento em um grande nú- ver partículas camadas negativamente de ouro coloidal (Figura 14.41). A outra opção para
mero de usos industriais, já considerados em capítulos anteriores. enrrolamento deixa a superfície externa recoberta com átomos o- . Se a superfície externa
A descrição do sistema "argila +camada de substância orgânica" será feita em função do estiver recoberta com os grupos OH, as reações quimicas desse grupo que ocorrem na caulini-
argilomineral predominante nessà argila, quer a adsorção seja física ou quimica. ta, podem ocorrer na superfície dos cristais de haloisita.
GRUPO DA CAULINITA:- A interação com substâncias orgânicas do argilomineral desse A caulinita e a haloisita não possuem substituições isomórficas ili estrutura êristalina em teor ·
grupo foi estudada predominantemente com caulinita e haloisita 7Á e 10Á . O cristal lamelar tal que aumente significativamente a CTC; assim, nesses argilominerais, a CTC é pequena (2
de caulinita tem uma face com o- da folha Si04 e oµtra face paralela com OH da folha gib- a 5 mEq/100 g), a não ser que haja ácido úmico ou fúlvico adsorvido; nesse caso, a CTC pode
sítica; nas faces laterais encontram-se as ligações quebradas; assim, as iti.terações com o meio aumentar até 20/30 mEq/100 g. A caulinita, bem como a haloisita, pela CTC, pode apresen-
ambiente ou naquele em que os cristais estão imersos são decorrentes da CTC (que é da or- tar adsorção quimica de cátions orgânicos, como o azul de metileno, ficando colorida com cor
dem de 2 a 5 mEq/100 g de argila) e da granulometria ou área especifica dos cristais lamelares azul (Faruqi et ai, 1968; Hang e Brindley, 1970).
(a superfície aior é constituída por ânions o- ou OH). São descritos a seguir os seguintes ti- A adsorção de alcoóis alifáticos por caulinita segue uma isoterma física (German e Harding,
pos de "compostos de caulinita" + substância orgânica" que já foram obtidos, pelo menos. 1969); o mesmo ocorre com muitos·outros compostos orgânicos (Mortensen, 1959; McLaren
em escala de laboratório. et ai, 1958; Bidwellet ai, 1970; Dennison and Toms, 1967); exemplos desse tipo de adsorção
CAULINITA E HALOISITA:- Os argilominerais caulinita e haloisita, via CTC, permitem a ocorrem com ânion de poliacrilamida hidrolizada (Mortensen, 1962) e cloreto de piperidinio
substituição espontânea dos cátions inorgânicos trocáveis reversivelmente; cátions coloridos ~-substituido polimerizado Blacket ai, 1966; Roberts, 1974; Vincent, 1974). A adsorção de
orgânicos podem ser usados também para essa finalidade, inclusive para medir a área especi- glicol etilênico e de glicerol foi proposta para medir a área especifica de caulinita (Dyal e Hen-
fica do caulim (tal como com o azul de metileno). Os cátions orgânicos de maior interesse in- dricks, 1950; 1952; Kinter e Diamond, 1959; Woodside e Ormsby, 1960).
dustrial são os "quats" compostos quaternários de amônio de fórmula geral à adsorção de compostos orgânicos polimerizáveis em meio aquoso vem sendo usada para o
[N(R1 ; R2 ; R3 ; ~)]',onde R. são radicais geralmente alqullicos, com número de átomos de tratamento em escala industrial de águas (Blacket ai, 1966). O tratamento da superfície de
carbono variável (de CH3 até C.H2••1 ), com n tendo até valores como 32. A troca dos cátions caulinitas com silanas orgânicas produz cargas funcionais para borracha com elevado poder
inorgânicos por "quats" gera cristais de caulinita revestidos por uma mono camada de cá- reforçador (Jeffs, 1979): a melhor silana recomendada para essa fil}alidade é a 3-mercapto-
tions (C.H2••1 )', camada essa com propriedades o~anofilicas. Usos industriais desses caulins propiltrimetoxisilana (Union Carbide A 189). Existe pouca informação sobre adsorção de
organofilicos foram descritos nos capítulos sobre borrachas, plásticos, tintas, papéis e car- aminoácidos e polipeptídeos sobre caulinita (Theng, 1974); a adsorção de enzimas e proteí-
gas; a conjugação dos vários grupos R no cátion amônio substituído e a variação do número nas por caulinita foi estudada por McLarenet ai (1954; 1956; 1958).
de átomos de carbono nos grupos R permite uma amplitude muito grande de propriedades de Caulins calcinados revestidos com silanas são excelentes cargas funcionais ou ativas para bor-
interesse tecnológicos desses caulins organofilicos. rachas, plásticos e tintas (Cook, 1976, Jeffs, 1979; Skelhorn, 1981; Jancock, 1977; 1978;
CAULINITA OU HALOISITA VIA OH:- Em Quimica Orgânica existem os compostos de- 1979; Pickering, 1977; 1978; Braund, 1979; McGuffog, 1984). Nas tintas usadas para reves-
nominados "cloretos de acila"; um exemplo, derivado do ácido acético CH3 COOH. é o clo- timento de papel, além do caulim, aditivos como amido, caseina e latices de polimeros são
reto de acetila, de fórmula CH3 .CO.C1. Um cloreto de acila R' .CO.Cl, reagindo com um ál- tamb.ém utilizados, havendo interação dos mesmos com a caulinita (Brociner, 1965; Ferris e
cool ou hidróxido, de fórmula R" .OH, gera um ester R' .CO.R" ou um sal, se R" for um me- Jepson, 1975).
tal ou um radical atômico. Caulinita não adsorve sacarose, porém adsorve polissacarídeos como glicogênio, dextrana;
Conforme foi mostrado na Figura 5.2., uma das faces maiores externas do cristal lamelar da inulina, amido de milho, carboximetilcelulose; hemiceluloses e pectinas (Lynchet ai, 1956;
Compostos de argilas + substâncias orgânicas 931
930 Ciência e Tecnologia de Argilas
carbonato de potássio se as soluções aquosas forem evaporadas totalmente (Garrett e W alker, ·
1957, Theng, 1979). A interação de caulinita e montmorilonita com exopolíssacarídeos neu- 1959). A intercalação e a remoção de KAc em caulinitas, inclusive no argilomineral cauliniti-
tros (dextrana e escleroglucana) foi estudada por \henu (1987). , . . . . co especial de Piedade, São Paulo, foram extensivamente estudacjas por Wiewora e Brindley
Theng (1970; 1982) apresenta revisões sobre o revestrmento da superficie dos cnstais de ca~h­ (1969). Weiss (1969) apresentou fotografia de um monocristàl de caulinita cujo centro mante-
nita com substâncias orgânicas neutras e iônicas visando melhorar o desempenho dos caulms ve o espaçamento de 7,2Á, enquanto a parte lateral esquerda foi intercalada a 11,2Á com
como cargas reforçadores funcionais de borra~~asAnaturais e sintéti~as. e de ~lásticos; nesses DMSO e a parte lateral direita foi intercalada a 44,8Á com dedecilamina. A intercalação de
últimos esses caulins tratados aumentam a ngides e a dureza. Polietileno hnear reforçado água e de cloreto de amônio em argilominerais do grupo da caulinita foi extensivamente estu-
com ca~linita e crisotila (via microencapsulação) recebe o nome comercial de "Ceraplast" e dada por Wada (1959/1968).
possui excelentes propriedades mecânicas. . . EFEITO DA INTERCALAÇÃO REPETIDA DE KAc SOBRE A MORFOLOGIA DA
Dodecilbenzenossulfonato de sódio é adsorvido fisicamente por cristais de caulmita e age co- CAULINITA:- Um dos problemas ainda não resolvidos em Mineralogia de Argilas é o da gê-
mo defloculante ou dispersante da caulinita em meio aquoso (Flegmann, 19~4~. Suportes .c~­ nese na Natureza, de haloisita-7Á e 10Á com cristais com formas tubular e esféricas, essa úl-
merciais para imobilização de enzimas e microrganismos baseados em. cauhmta e matenais tima proveniente de cinzas vulcânicas. Silveira e Souza Santos (1959) por microscopia eletrô-
cerâmicos são fabricados pela English China Clays (EEC, 1978): propriedades desses supor- nica de transmissão, mostraram que caulinitas com desordem no eixo b (caulinitas mal-
tes baseados em argilas e materiais cerâmicos são revistas por Weetall (1974; 1976; 1977); cristalizadas) apresentam cristais lamelares parciahnente enrrolados em tubos; W eiss e Rus-
Messing (1975); Pitcher (1977); Rouxhet (1984; 1985). tow (1963) produziram cristais enrrolados (rolled forms) de caulinita pelo tratamento com
INTERCALAÇÃO NO GRUPO DA CAULINITA:- Define-se como "intercalação (interca- N~Ac, de cristais grandes de caulinita; também propuseram o emprego de KAc para distin-
lation; interlayer complex formation) em um a~gilomineral como ~e1!"do a i~trod1:ç~o, entre guir haloisita-7Á dos cristais enrrolados de caulinita.
as camadas 1:1ou2:1 de íons, de sais e de moleculas neutras, orgamcas ou morgamca; essa De outro lado, sabe-se que o espaçamento de 7,15Á da caulinita, após a intercalação com
intercalação aumenta a distância entre as camada~ vizinhas, ao longo ~o eix? e ; ~m ~o.nse­ KAc, expand!'l a 14,lÁ; após lavagem com água e secagem, passa para 7,40Á (secagem ao
qüência, o valor de dooi aumenta. A intercalação e, geralmente, rev~rs1vel; e m,a~s facil de ar), ou a 7,24A por secagem a vácuo ou a 110°C (Wieworae Brindley, 1969); haloisita-7Á tem
ocorrer nas esmectitas e vermiculitas devido à elevada CTC e tambem pelos cations esta- um espaçamento basal de 7,5/7,9Á e de 7,3/7,9Á após secagem a 100°C, onde ainda existe
rem solvatados, isto é, estão hidratados fortemente, como no caso de [Ca(OH2)&1•, por in- alguma intercalação de moléculas de H2 0 (Brindley, 1961). Foi também demonsrado por
teração cátion dipolo ou com as moléculas de água fracamente coordenadas, como no caso Wiewora e Brindley (1969) que, após intercalação de KAc, sem moagem e lavagem, mesmo
de Na' ou~. na caulinita excepcionalmente bem cristalizada descoberta por Keller, a estrutura cristalina
Os argilominerais do grupo da caulinita possuem a cela unitária eletricamente neutra. W ada da caulinita torna-se com desordem (highly disordered) ao longo do eixo b.
(1960; 1961) demonstrou que caulinita, tratada com solução aquosa concentrada de acetato Souza Santos e Souza Santos (1982) estudaram o efeito da intercalação por moagem de KAc,
de potássio ou moida com_ o sal s~lido, aumentav~ o valor da reflexão basal do,p1 de_7Á. ~ara cer- seguida por lavagem com água destilada sobre o difratograma de raios-X e sobre a morfologia
ca de 14Á; lavando com agua, oe forma a extrair todo o KAc, doo1volta a 7A. Halo1Slta-7Á e dos cristais lamelares de caulinita "bem cristalizada"; esse tratamento foi aplicado ao caulim
10Á, tratadas com KAc,intercalam o A1 e expandem o basal para 14Á ; em ambos os ca~os, a residual de Junco; Paraiba; da Georgia, USA e de Cornwall, UK, os quais não contém tubos
molécula KAc intercala-se entre as camadas 1:1. Extraindo o KAc por lavagem com agua, de haloisita e que contem mais de 50% em peso de cristais como menos de 2µm de diâmetro
ambas haloisitas voltam a 10Á , isto é, para haloisita-10Á ; nessa forma, as moléculas de água equivalente. Após 9 ou 10 intercalações sucessivas com moagem de KAc, seguidas por lava-
intercaladas podem ser trocadas por glicol etilênico ou por glicerol, com expansão basal para gem com água destilada para dissolver KAc, é possivel resolver, após adição de glicol etilêni-
10,6Á-10,9Á (Miller e Keller, 1963). Esse método foi utilizado com sucesso por Aze.ve?o e co, o pico d(001) do argilomineral tratado: o pico pode ser resolvido em dois picos: o primei-
Souza Santos (1975) para caraterizar a presença de haloisita tubular em caulms brasileiros, ro, da ordem de 7,SÁ e outro a 7,2Á . Os cristais que sofreram a intercalação repetida e extra-
presença essa que foi controlada também por microscopia eletrônica de transmissão; é um ção do KAc por água destilada não mais possuem a morfologia lamelar euédrica com perfil
método bastante bom, mas depende do teor de haloisita. Outras moléculas o~g~nica.s e in?r- hexagonal regular, e sim a forma de tubos ôcos; isso ocorre após a 10~ intercalação repetida
gânicas podem ser intercaladas em cristais de argilominerais do grupo?ª cauhmta: hidra~ma de KAc, seguida por lavagem com água. Após a intercalação n? 40 ser repetida mais a lava-
(Weoss, 1963; Ledo11x e White 1964); formamida e urea (Ledoux e White, 196~) e s~us d~n;a­ gem, a DRX do argilomineral úmido é o de uma haloisita-10Á e apenas tubos são observados
dos metilicos (Cruz e White, 1969; 1970; Weiss, 1961); DMSO: (CH3) 2SO-drmetilsulfoxido por microscopia eletrônica de transmissão. As Figuras 34.2 e 34.3 mostram as micrografias
(Olejenik, 1960; Jacobs, 1970); acetamida; sais de K; Rb; Cs e NH4 dos ácidos graxos mais eletrônicas de cristais lamelares de caulinita bem cristalizadas de Junco, Paraiba e dos tubos
baixos: acetatos; propionatos e cianoacetatos (Weisset ai, 1963). Dimetilsulfóxido (DMSO) e de haloisita após a 46~ intercalação de KAc, seguida por lavagem com água destilada. Esses
N-metilformamida (NMFA)intercalam, além de caulinita, em cristais de haloisita-7Á ,nacri- tubos grandes assemelham-se aos da haloisita do tipo C (ver Figura 14.43), encontrada em
ta e diquita; o novo basal tem o valor de 11,2Á paraDMSO e 10, 7Á para NMFA; para caulin- c_aulins residuais de origem pegmatitica no Centro-Sl\l do Brasil; esses tubos de haloisita po-
ta é 11,0Á; para haloisita-DMSO e 10,SÁ para haloisita-NMFA. O número de compost~s deriam haver se formado na Natureza a partir dos cristais de caulinita por ciclos de intercala-
que podem ser intercalados aumenta consideravelmente qua~do uma !11olécula como hidraz!- ção de sais de potássio (originário do Feldspato-K), seguida por lavagem e drenagem de
na que pode intercalar diretamente e independentemefite, é mtroduzida antes da nova mole- águas circulantes, durante o tempo geológico. Esse efeito foi confirmado por Lasaly (1984).
ctila; a hidraúna parece agir como lubrificante (Schlepper) para "promover''. a in!ercalação SUBSTANCIAS DEFLOCULANTES DA CAULINITA:- Cristais de caulinita - Na, disper-
de moléculas diferentes· a caulinita é colocada em solução aquosa a 25% de hidrazma e, pos- sos em água, produzem um sistema fluido "caulinita+ água"(= barbotina) que apresenta
teriormente, a nova molêcula é dissolvida nessa solução seguindo-se intercalação; as seguintes valores significativos para a viscosidade aparente e para a viscosidade plástica; é uma disper-
substâncias podem ser intercaladas por esse procedimento e conseqüente·aumento do valor de são estável, também chamada defloculada, porque os cristais de caulinita estão individuali-
dooi da caulinita: acetatos de K de Na; oxalato, glicolato, alaninato; lisinato.e lactato d~ K; gli- zados e nãó aglomerados em flocos; se as dimensões dos cristais estiverem na faixa de O, 1 µm,
cerol; n-octilamina; benzidina (Weisset ai, 1963; 1966; Barrer, 1978). Amidas, especialmen- até 0,001 µm (isto é, nas dimensões coloridas) tem-se um sistema chamado sol ou dispersão
te formamidas, foram utilizados para diferenciar caulinitas de haloisita, especialmente de ~a­ estável, que não sedimenta pela ação de força da gravidade; acima de 0,1 µm, os cristais,
loisita em cristais esféricos de origem vulcânica(Churchman et al, 1984);McEwan (1946) m- mesmo defloculados e individualizados, sedimentam pela ação da gravidade; isso vale para
tercalou entre as camadas 1:1 de cristais de haloisita-Á, com aumento do valor de doo1• as se- os cátions Na+, K• e Li+ como defloculantes.
guintes ;ubstâncias: glicerol etilênico; glicerol; glicol trimetilênico; m~tanol; etileno-cl?ri~ina Se os cátions trocáveis da caulinita forem H 30•; di, tri e tetravalentes, qualquer que seja o ta-
e etileno-bromidina. Haloisita-10Á pode ser intercalada com trimetilacetato de potassio, e
Ciência e Tecnologia de Argilas Compostos de argilas + substâncias orgânicas 933
932
caulinita/haloisita e de massas cerâmicas para barbotinas de Cerâmica Branca; hidróxido de
sódio; silicato de sódio com Si0 2 :Na20 entre 3, 7 e 3,2; Na4P 20 7 ; Na2H.P0 4 .12H20; hexame-
tafosfato de sódio ou vidro fosfossódico; oxalato de sódio; tanato de sódio; sabões de sódio
(oleato; estearato e palmitato de sódio; NH4 0H; etilamina; pieperidina e hidróxido de tetra-
metilamônio. O emprego de poliacrilatos de sódio como defloculantes de caulinita e de mas-
sas para Cerâmica Branca acha-se descrito e discutido nos artigos de Black et ai (1966); Bid- ·
well et al (1970); Ferris e Jepson (1975) e de Marques (1980).
Revisões sobre defloculação de argilas e pigmentos inorgânicos encontram-se nas publica-
ções de Parfitt (1976; 1984: 1986); de Goodman (1979); Cahn e Lynn (1983); de Sparks
(1981) e Blein (1984); no artigo de Gdodman (1979) há uma tabela de dispersantes e respecti-
vos fabricantes norte-americanos, vários tendo filiais no Brasil; nessa lista constam: (a) fosfa-
tos condensados ou polifosfatos; (b) poliacrilatos de fórmula geral:

X
1
[CH2 - C]. , onde X= H; CH3 e Y = NH2 ; OH; OCH3 ; OC2 H5 ; 0-Nit oucopolimeroscom
1
C::O
monômeros compatíveis; (c) fosfonatos orgânicos, incluindo metilenofosfonatos e outros gru-
FIGURA 34.3. - Micrografia eletrônica de caulinita
FIGURA 34.2 - Micrografia eletrônica de trans- pos possuindo grupos - PO;H 2 ionizáveis; (d) poliussulfonatos, isto é, macromoléculas con-
de Junco, Pb após 46 intercalações de KAc segui-
missão de caulinita de Junco, Pb. 36.000X tendo - S03 H ou - S03 laterais, tais como: lignossulfonatos; petroleossulfonatos e poliestire-
da por lavagem com água; as placas hexagonais
nossulfonatos de sódio; (e) policondensados sulfonados, incluindo naftaleno-formaldeído po-
delaminaram e enrrolaram em tubos iguais aos de
licondensados sulfonados e materiais semelhantes; (f) polimaleatos, do tipo - [CH - CH] - "
haloisita tubular. 30.000X.
elo c='=o
manho do cristal, 0 sistema "caulinita+ água" está floculad? e, por isso, sempre sed~~enta 1 1
y y
se deixado em repouso; 0 sedimento formado costuma tambem ser chamado de precipitado
onde Y = OH; ONa e copolimeros com um monômero compatível, incluindo estireno, ácido
ou floco. · d · t acrílico e outros; (g) taninos, ligninas, glucosídeos ou polissacarideos; gluconatos; isto é, ma-
um sistema "caulinita + água", floculado pe~os cátions s~pra h~ta.dos ~o e ser, via roc~ ~~-
tiônica reversivel, defloculado (disperso, peptizado) por sais de sod10, t~1s.con;o fosfat?s, s1h- teriais poliméricos derivados de produtos naturais; (h) fosfoésteres; (i) fosfovidros (polifosfa-
catos· carbonato· sulfato e hidróxido de sódio; de uma forma geral, o amon e adsorv1do nas tos de sódio); em todos esses casos há adsorção dos dispersantes ou defloculantes aniônicos
faces.laterais do ~ristal de caulinita e os cátions floculántes são substituidos por Nit; a adsor- na superfície dos cristais de caulinita (Goodman, p. 834).
ção do ânion, como Si()l 4 ou POl-, ocorre na folha Si04 por semelhança estrutural; no .caso FLOCULAÇÃO DA CAULINITA:- Industrialmente, de um lado há interesse em se ter dis-
do silicato de sódio, com a relação Si02 :Na2 0 maior que 1,0, forma-se nas fa~~s laterais d~ persantes ou defloculantes eficientes de cristais de caulinita e haloisita, em meio aquoso,
cristal de caulinita, uma película de Si044-, que age ~o~o :e f~sse um ~olo1de prot~tor, usualmente na forma sódica1 com o sódio agindo como "conterion" da dupla camada iônica
H PO é 0 ácido usado preferencialmente para essa prec1pitaçao, visando criar um ambiente difusa de Gouy-Stern; do outro lado, há também interesse industrial em eliminar (por preci-
ri~o e:U ânions P0 4 , semelhantes aos Si04 • • • " , •
pitação) cristais de caulinita em dispersão estável, isto é, como um sol, que gera turbidês em
Phelps (1983) considera que os ácidos úmico e fúlvico, componentes essenc1a1s.da. matena águas e em efluentes domésticos e industriais, bem como em processos quimicos industriais;
orgânica ativa" das "bali clays", recobrem uniformemente todas. as faces dos. cn.st~1s ~e ~au: isso é conseguido por meio da floculação, coagulação, precipitação e sedimentação dos cris-
linita sendo esses ácidos o que se chama "colóide protetor" em s1sterp.as col01da1s hofob1cos, tais de caulinita, que estão em dispersão aquosa estável, por meio de substâncias chamadas
defin~-se colóide protetor (Burton, 1938) como sendo um mate~ial coloida.l li~fíl~co _{g~latina; "floculantes", isto é, substâncias quimicas que destroem a estabilidade das dispersões ou sóis
goma-arábica) que é adsorvido e recobre a superfície de particulas .col~1da1s hofob1c~s, de de caulinita-Na por dois mecanismos diferentes entre si. A primeira forma para flocular e se-
forma a tornar liofílicas a superfície dessas partículas; no caso d? meio d1~pers~nt~ ser agua, dimentar dispersões estáveis de caulinita-Na é a de substituir o cátion Nit existente como
0
colóide protetor é hidrofílico, isto é, deve ser rico em grupos facilmente h1dri:tav.e1s (so~vata­ "counter-ion", por um cátion di; tri ou tetravalente; pelo cátion ácido H' ou H3 0 ou então
veis é 0 termo geral). Proteínas do tipo globulinas (albu.minas) f~rai;n as substancias_ ma1~ !re- por um cátion orgânico hidrofóbico, como um "quat" (por exemplo: tetrametilamônio); nes-
qüentemente utifizadas no passado; infelizmente são b1ode?r~dave1~; .atualme~te sa~ utiliza- sa floculação, o ânion associado ao cátion não afeta a floculação. Assim, uma caulinita-Na
dos sais sódicos de polímeros de baixo peso molecular, do ac1d? a~ríhco; a ?e~1gnaçao us1;1~1 pode ser floculada, quer em pH ácido por HCI ou então em pH alcalino por Ca(OH)2 ou então
desses compostos, que funcionam como dispersantes par~ os cr1;ta1s de.~aul.mita ~?e ~~lolSl­
1
em pH neutro por CaC12 ou Al2 (S04 ) 3 • A segunda forma para flocular cristais de caulinita-Na
ta tais como os ácidos úmicos e fúlvicos, é a de "poliacnlatos ou de poheletrohtos · . existentes em dispersão aquosa estável é pelo uso de floculantes do tipo "acrilamida"; poliâ-
Um primeiro exemplo de agentes dispersantes são os detergentes ou "surfactan~es" si~t~hcos nions e polimeros hidroxilados sem carga elétrica são os mais eficientes (Theng, 1970), espe-
do tipo dodecilbenzenossulfonato de sódio (Fleym~nn, 1,964)? sulfo~atos alqutlbenzemc~s .e cialmente em comparação com cátions orgânicos polimerizáveis. Amida é um composto quí-
lineares (LAS e LAB) e compostos análogos (alqu11/acnloanl/alqutl); produtos comerciais mico derivado de um ácido orgânico carboxilado, no qual o grupo OH da carboxila foi substi-
norte-americanos desse tipo são os "Daxads" (Dewey, 1956). Outro exemplo desses defloc1;1- tuido pelo grupo NH2; o ácido acrílico CH2 = CH COOH produz a acrilamida CH2 = CH -
lantes são os poliacrilatos de sódio, fabricados por um grande número de ~mpresas no.Bra~tl; CONH2 : O monômero da acrilamida pode formar altos polimeros lineares, os quais são ele-
como exemplo: a empresa Dow Produtos Químicos fabrica deflocul~n!es a ba~.e de po~iacnla­ tricamente neutros; nesses polimeros, alguns grupos carboxilas'podem ser mantidos; tem-se
tos de sódio (Drew, 1980), com massas moleculares baixas ou m~d1as. O Ceram1c Data então poliacrilamidas aniônicas; poliacrilamidas podem também ser sintetizadas na forma
Book", publicado pela empresa Cahners, apresenta a lista segumte de defloculantes de catiônica segundo a American Cyanamid (1970).
934 Ciência e Tecnologia de Argilas Compostos de argilas + substâncias orgânicas
935
Segundo Halverson e Panzer (198~), da A~erican C~~~amid Comp3:ny, !ab~cante ?ºs "flo- (~ms), n~o-iônicas ~solúveis em á~a, são agentes floculantes eficientes de dispersões está-
culantes" comercialmente denommados Superfloc a base de pohacnlam1das, sao os se- veis de argilas em meio aquoso em faixas amplas de concentrações de eletrólitos e de pH (Mi-
guintes os mecanismos para provocar a desestabilização de dispersões estáveis de partículas chaels, A.S. - lnd. Eng. Chem. 46; 1485 (1954)). (b) Polieletrólitos aniônicos são floculantes
de dimensões coloidais inorgânicas; orgânicas ou biológicas: (a) mecanismos baseados na de- eficien~es para caulinita (e outros ar~ilominerais, os quais têm, normalmente, carga negativa
sestabilização da dispersão pela formação de aglomerados, de agregados e/ou?~ f~ocos;~(~) em me10 ~q~~s?) somente nas segu~ntes ~ondições: (1~) o polímero também contém grupos
mecanismos baseados nas substâncias químicas usadas: coagulação para matena1s morg~m~ polares n~o-1omcos (po~ exe11;1plo: h1droxila ou amida) e/ou (2~) o ânion do polímero é 0 gru-
cos e floculação para polímeros orgânicos (notar a diferença de nomenclatura'. a qual nao e po c~r~oxlla CO.OH; sais sód1cos de polímeros policarboxilicos (por exemplo: polimetacrilato
acidental); (c) mecanismos baseados nas etapas de processamento de ~ngenhan~: p~r exem- de sod10) ou pohssulfonatos (por exemplo: pohestirenossulfonato de sódio) não floculam ar-
plo: coagulação indicando que as partículas (ou cristais) sendo reveshd~s (cond1h~nmg) por gilas. A adsorç.ão do p~límero (polieletrólito) ocorre por meio de ponte de hidrogênio entre os
uma substância química e a floculação indicando o transporte mecâmco de parhculas (ou
grupo~ ~arboxila ~ ~m1~a da macromolécula polimérica e átomos receptores (acceptors) de
cristais), via choques entre partículas revestidas (conditioned), le;ando a agregado~ (forças super~1c~e .da c~uhm!a (atom.os de O-); a floculação ocorre somente quando a macromolécu-
fortes entre partículas) e/ou aglomerados (forças fracas entre parhculas); (d) mecamsmo ba- la pohm~;1ca.hnear e adsorv~da na forma desenrolada (uncoiled); o pH da.solução aquosa é
seado em outro uso em Engenharia, o termo coagulação indicando o processo global de agre- uma vanavel importante, p01s controla tanto a adsorção desses polímeros, como a sua "ativi-
gação/ aglomeração e de floculação indicando a etapa de transporte das partículas. E~sa for- dade" como ~o~ulante; i~s? significa que o pH controla a força de repulsão (ou de atração)
ma de apresentação do problema de floculação, infelizmente não está clara; ess~s d01s auto- entre a superf1c1e da cauhmta e a macromolécula polimérica e os graus de dissociação eletro-
res, em relação à desestabilização de dispersões estáveis (sóis) escrevem o segumte: Parece lítica e de "enrolamento" desse polieletrólito. (c) Polieletrólitos aniônicos como poliacrilami-
existir 5 modos gerais pelos quais agentes inorgânicos e sintéticos floculantes levam à desesta- da parcialmente hidrolisada; poliacrilamida e polimaleato-vinilacetato de cálcio ("Krilium
bilização de dispersões estáveis: (a) compressão da dupla camada iônica difusa; (b) adsorção 6" da Monsanto) são agentes floculantes eficientes para argilas e solos cauliníticos em solu-
de íon específico; (é) "sweep floculation-enmeshment"; (d) "polymer charge patch"; ~e) pon- ção aqu~sa neutra ou pouco abaixo de pH = 7,O; alcalinizando a solução com NaOH, não há
tes entre polímeros (polymer bridging). Descrição detalhada desses cinco proc7dm~entos floculaçao; entretanto, se for usado Ca(OH)2 há floculação. (d) A eficiência máxima como
acha-se no artigo de Halverston e Panzer (p. 491, 1981). De outro lado, em pubhcaçao co- fl?c~l~nt~ da poliacrilami?a parc~almente ,hi?rolisada com NaOH ocorre quando 0 grau de
mercial da American Cyanamid (1973), são apresentados os procedimentos para ~loculaçã~, h1drohse e de30%.{e) Pohmetacrilato de sod10,apesar de"atividade floculante" baixa é ad-
de forma mais sintética: as suspensões e dispersões podem ser floculadas ~or tres proc~d1- sorvido à superfície da caulinita em pH neutro; eletrólitos dissolvidos, como NaCl a~men­
mentos: (a) diminuindo a carga elétrica superficial das partículas; (b) destrumdo (collap~1.ng) t~m essa ª?!o:ção. (f) Admite-s~ que a adsorção entre caulinita (carga negativa) e ~acromo­
a dupla camada iônica estabilizadora; (c) fazendo pontes (bridging) entre os polieletrohtos l~~ulas cah~mcas com a consequente floculação é um caso simples de adsorção mútua de co-
adsorvidos. O caso (a) ocorre quando a carga superficial pode ser positiva ou negativa, con- l01des; a_dm1te-se que, no caso de polímeros não-ionizados em meio aquoso, a adsorção e a
forme o pH do meio aquoso; isso não ocorre com caulinita e haloisita, mas acontece com os floc~l~çao ocorre por formação, de pontes hidrogênio entre os átomos o- da superfície da
hidróxidos de alumínio; o pH em que a carga superficial é zero (isto é, não é positiva, nem n~­ cauhmta ~os grupos OH do pohmero (Michaels, A.S. -Ind. Eng. Chem.46; 1485 (1954). Se-
gativa) é a condição de máxima instabilidade da partícula, ~ue po~e se~ s~pa~.ada por ~ed1- gundo M1~hael~ (1955), o elevado poder floculante para caulinita do PMA, em comparação
mentação ou por centrifugação; esse valor do pH.chama-se ponto i,s~elet~1co ~ayarh~ula com SPA, e deV1da ao fato de que a macromolécula linear do PMA existe na forma desenrola-
coloidal. O caso (b) ocorre quando se adiciona teores elevados de cat10ns morgamcos d1 ou da em meio aquoso em pH's baixos, enquanto nessas condições as macromoléculas do SPA
trivalentes, os quais "comprimem" o potencial zeta da dupla camada iônica a valores muito ~presentam associação intra e intermoleculares muito grandes. Essas conclusões foram con-
pequenos (Packam, 1965); tal como uma carga elétrica nula ou muito pequena, uma dupla firmada~ por Slater (19~9), trabalhando com poliacrilamidas; ele acrescentou as seguintes
camada iônica "comprimida" leva a uma repulsão muito menor entre partículas, o que per- conclusoes: (a) o mecamsmo de formação de pontes para levar à floculação é maximizada
mite choques atrativos e a floculação entre as partículas coloidais. No caso (a) é admitido que quando a macromolécula linear possui uma distância entre os extremos da macromolécula
altos polímeros lineares são; em primeiro lugar, adsorvidos. na superfí~ie ~a~ partícu~as com o supe:ior ~ l~Á ; (b) a macromolécula deve estar adsorvida ao argilomineral por grupos
resto da cadeia linear permanecendo em solução, em movimento oscllatono (danglmg), tre- multifunc10na1s.
mulando como uma bandeira ao vento; em segundo lugar, as extremidades livres das macro- ~ "~R?JE!O K~l~IUM":- Esse projeto foi subvencionado pelo Exército dos EUA e envol-
moléculas adsorvidas, ao se focarem, reagem quimicamente, gerando ligações cruzadas fo;- via mdustnas. q~11mcas (como a Monsanto) e universidades (como o Depto. de Solos do
tes e tem-se a formação de pontes unindo fortemente entre si as partículas; o aumento do ,11u- MIT)! ~eu objetivo era o de desenvolver produtos químicos destinados a estabilizar solos
mero de macromoléculas adsorvidas aumenta o efeifo "ponte", o que faz com que as parhcu- (co~d1c1onadores de solos) com objetivos militares (transformar solos plásticos em presença
las sejam puxadas umas para as outras (contração dos aglomerados), o que leva à floculação de agua em solos rígidos, ~om resi~t~ncias mecânicas elevadas,.ª ponto de suportar, sem pro-
(= formação de flocos). ~lemas, a pas~~gem. ~e ve1culos militares, como tanques e cammhões de transportes e a ater-
A adsorção de uma macromolécula linear flexível, sem carga elétrica, à superfície de um cris- nsagem de av1oes militares). Segundo a pouca literatura publicada, os produtos sintetizados
tal de argilomineral leva à dessorção de um grande número de moléculas de água ª?sorvidas q~e eram os m~is próx~?s. em relação às propriedades desejadas, foram os "Krilliums", qu~
a essa superfície; o ganho em entropia pela dessorção é a força motora para a adsorçao da ma- s~o macro,moleculas smtetlcas d~s~nvolvidas pela Monsanto Chemical Co.; esses produtos
cromolécula, porém esse valor é pequeno e positivo; assim, a adsorção de polímeros de ~assa sao co-pohmeros de acetato de vm1la com um monoester de ácido malêico, cuja unidade de
molecular elevada é um processo dirigido pela entropia (entropy-driven process); o artigo de monomérica respectiva é a seguinte:
Parfitt e Greenland (1970) sobre a adsorção de glicóis polietilênicos sobre esmectita-Ca discu- - [CH2-CH(OCOCH3 )Ji - [CH(COOH) - CH(COOR)] 6 - [CH(COOH)-CH(COOH)] - a massa
te e demonstra a natureza desse processo (Halverson e Panzer, p. 491, 1981; Theng, 1982). ~olec~l~r dess~ produto ~~rilium CRD - 186) está entre 15.000 e 20.000. As propriedades
A floculação de dispersões estáveis de caulinita por poliacrilamidas foi estudada por Slater estabilizantes desse Krihum para um solo contendo 60% de caulinita e 40% de ilita estão
(1969); Dollimore (1969; 1971) e Michaels (1955; 1958; 1962; 1964); Michael~ est~dou em ?e- descritas por Emerson (1956), em comparação com outros agentes floculantes; aparentemen-
talhe a floculação de caulinita por poliacrilato de sódio (SPA) e por poliacrilam1da parcial- te esses objetivos militares ainda não foram conseguidos.
mente hidrolizada (PMA); esses estudos são muito interessantes porque as sínteses em escala A formação de flocos de argilas pela ação dos agentes floculantes provoca uma separação por
de laboratório são descritas em detalhe, o que permite a sua reprodução. As seguintes gene- concentração da fase sólida, anteriormente dispersa, nesses flocos; em conseqüência, há uma
ralizações podem ser feitas desses estudos: (a) Polieletrólitos catiônicos e algumas gomas separação nitida da fase liquida dispersante em um liquido transparente, que, geralmente, é
936 Ciência e Tecnologia de Argilas Compostos de argilas + substâncias orgânicas 937
água; essa "liberação" da água de forma a permitir uma filtração eficiente da fase sólida flo- PALIGORSQUITA-SEPIOLITA:- Barrer (1955; 1957) comparou a eficiência de caulinita
culada chama-se "desaguamento" (dewatering) das suspensões, lamas e barbotinas de argi-
las e de rejeitos minerais contendo argilas, bem como de lodo de esgotos domésticos e indus-
haloi~ita ~ paligorsquita c~mo a.dsorventes de alcaloides, bactérias e toxinas; paligorsquita é
o argilommeral qu~ p~ssi..u o m:i?r poder ~dsorvente. Essa eficiência pode ser aumentada pe-
triais. OU .S. Bureau of Mines (Scheinan, 1985; 1987) realizou estudos comparativos entre o lo tratamento com acido morgamco, segmdo por aquecimento em temperaturas da ordem de
poder floculante de poliacrilamidas (PAA) e de óxido polietilênico (PEO) para rejeitos de in- 400°C •. 500ºC; essa paligorsquita "ativada" tem uso farmacêutico nos EUA. Grim (p. 37,
dústrias de mineração, ricos em argilominerais como caulinita; esmectita; clorita e paligors- 1968)Acit~ pate~t~ (Sawyer, 1961) sob~e. o emprego industrial de compostos paligorsquita-
quita. Os rejeitos (wastes) contendo argilas são melhor floculados por PEO, enquanto rejei- substanci.as orga~icas ~orno agen!es gelificantes. O efeito inativador de pesticidas adsorvidos
~os ~ontendo pouca argila são melhor floculados com poliacrilamidas (PAA); os rejeitos estu- sobre pah?o~sqmta ativada termicamen~e ~oi descrito por Rosenfield e Valkenburg (1965).
dadris foram os seguintes: rocha fosfática + argila; carvão mineral + argila; bentonita; car- Morei e Hemi:i (1956) mostraram que sepiohta, esmectita e caulinita trocam um "excesso" de
btmato de potássio + argila; talco; mica moscovita; as interações que geram os flocos são en- cátions orgâmcos, em relação às respectivas CTC's; são cátions hexametilenodiamina · dode-
tre os átomos de oxigênio e os cátions trocáveis hidratados dos argilominerais. O emprego de cilpropildiamina e polivinilamina. '
poliacrilamidas na floculação de dispersões estáveis aquosas de caulinitas foi discutido em ar- Publi~~ções rus~a~ (Ovcharenko, 1964; 1967) descrevem a preparação de paligorsquitas or-
tigos de Yusa e Gaudin (1961); Black (1965); Clark (1973) e Patterson e Heckroot (1987). ganof~ic~s; sep~ohta re~ge com azul de metileno produzindo compostos ligados à superficie
A empresa Atlas Chemical Industries (1979), com filial no Brasil, fabrica várias dezenas de d?s cr.1s,tai~; pahgorsqmta reage :º1:11 substâ~cias qu~icas tensoativas formando compostos
aditivos, a maior parte deles derivados óxido polietilênico (polyoxyethlyllene). Campos d1spe1saveis em solventes orgamcos; pahgorsqmta forma compostos, reagindo com
(1972) e Ht:.spanhol (1975; 1982) utilizaram polieletrólitos para a floculação de águas de abas- (C2Hs)~I.; C1aH37NH2.CH3; COCH37NH2.CH3COOH e com substâncias orgânicas de nomes
tecimento. comerciais de no~e "carbazolina-0" e "alkamon-OC-2", cujas fórmulas quimicas estão
AMIANTO CRISOTILA:- Do grupo das serpentinas, o amianto crisotilaé único argilomine- ~p:e~entadas no h~ro ~e Ovcharenko (p. 38, 1964); a interação de paligorsquitacom poliacri-
ral cujos compostos com substâncias orgânicas foram sintetizados. A microencapsulação ltmtrilas e carboximetilceluloses ·e as propriedades reológicas desses produtos são descritas
(Sparks, 1981) de fibrilas de crisotila por ácidos poliacrilico e polimetacrilico foi descrita por P?r .ovch.ar~nko (p. 111: 1967). Uma revisão dos compostos orgânicos de paligorsquita e se-
Xanthos e Woodhams (1972). Fripiat e colaboradores (1968; 1972; 1973; 1975) prepararam ptohta ~oi .feita por Serratosa (1979) e Serna (1979). A adsorção de colágeno e de tensoativos
derivados hidrolisados, vinilicos, dimetilicos e alilicos do amianto crisotila. Papier (1976; por sep10~ita foi estudada por P~rez-Castells (1987) e Alvarez (1987).
1977) modificou a superficie das fibrilas cilíndricas de crisotila, primeiro, dissolvendo a folha Grand9mst (1957) apres~ntou isotermas de adsorção fisica de hidrocarbonetos saturados
brucitica externa por HCl e gerando grupos silanol (Si-OH) externos à folha silicato; segun- normais s~br~ pahgo~s~mta. Barrer e M~ck~nzie (1954) mostraram que, além da significati-
do, formando o ion carbônio por reação com A1Cl3 anidro: SiO - +lf (AlCl3.OH)"; terceiro, va adsorçao a superficie externa dos cristais ripiformes de paligorsquita, as moléculas de
esse sistema pode reagir com diferentes polímeros, tais como o copolimero estireno- HzO; NH~; metanol e etanol po~em pe~etrar no.s canais intracristalinos desse argilomineral;
butadieno, formando ramificações a partir de superficie da fibrila, conferindo a essa um po- e,le~ tambem ~ostraram. que pahgorsqmta e septolita adsorvem vários hidrocarbonetos para-
der reforçador muito elevado no compósito crisotila-estireno-butadieno. fmicos nor~a~s; eles assinalaram o fato de que paligorsquita, aquecida acima de 88ºC, pode
A imobilização de mícrorganismos sobre fibrilas de crisotila, citada no Capitulo 31 (lmhoff, perder s~letividade ~a.adsorção desses hidrocarbonetos. Watt e Bodman (1968) estudaram
1967), é também um caso de interação de argilominerais com substâncias orgânicas; suportes a~ propri~dades reologicas de compostos de paligorsquita com altos polimeros: acetato de vi-
para imobilização de enzimas e microrganismos, baseados em argilominerais e materiais ce- mla - anidrido ~alêic~ e eter ~e!ilvinilico-anidrido maleico. A floculação e o desaguamento
râmicos, são discutidos por Weetall (1974; 1976; 1977); Messing (1975); Pitcher (1977) e de lamas de pahgorsqmta por oxido de polietileno foram estudados por Stanley e Scheiner
Rouxhet (1984; 1985). (1985).
Um ponto a ser assinalado é o de que o cristal lamelar de caulinita possui as faces maiores com GRUPO DAS VERMICULITAS:- Vermiculitas e esmectitas (também chamadas "mica-
carga negativa e as faces laterais com carga positiva, como é demonstrado pela reação com like ela~ m~nerals") sã~ ~rgilominerais 2:1 com os máiores valores das CTC's, valores esses
particulas coloidais de ouro (com carga negativa) - ver Figura 14.40; os tubos de haloisita, comparaveis aes das zeohtas. Walker (1950) descreveu os primeiros compostos de vermiculi-
pelo enrolamento das camadas 1:1, apresentam a folha gibsitica com os grupos OH na super- ta com !ubstâncias orgânicas, que ficam intercaladas entre as camadas 2:1. Os estudos de
ficie das particulas cilindricas; o mesmo ocorre com o amianto crisotila. Essas diferenças na formaça? d~ compost~s d~ vermiculita com substâncias orgânicas têm sido feitos apenas com
superficie dos cristais e de haloisita trazem diferenças nos efeitos de agentes dispersantes (ou m~cr~cnstats de vermic~ht~. As moléculas de água intercaladas entre as camadas 2: 1 da ver-
defloculantes) e floculantes de crisotila em comparação com caulinita e haloisita; infelizmen- micuhta levam a uma.distancia interplanar basal de 14,36Á{ara a forma vermiculita-Mg
te há pouca informação publicada (ver Bibliografia do Capítulo 31). (Wa}ker, 1950; 195.1; 1961), a qual pode aumentar até 14,81 , se os cristais forem imersos
TALCO E PIROFILITA:- Na literatura ao nosso alcance não foram encontradas publicações em agua por dez d~as: ~egundo Bars~ad (1950; 1952), vermiculitas-NH4 ; K; Rb e Cs não
referentes à formação de compostos entre esses argilominerais 2:1 e substâncias orgânicas. A a~resen~~~ a substituiçao dessas moleculas de água intercaladas por moléculas neutras de
natureza oleofilica estranha dos cristais de talco já foi enfatizada no Capítulo 29. Os cristais gl~col etllem~o: ~H2(0H)-CH2(0H), isto é, o valor de 14,36Á permanece; de outro lado, cris-
lamelares de talco e de pirofilita apresentam, como os cristais de caulinita, cargas negativas tais de vermicuhtas-Mg; Ca; Ba; H; Li e Na podem intercalar uma camada de moléculas de
nas faces maiores e cargas positivas nas faces menores laterais. glicol etilênico po: ~mersã? em glicol etilênico a 70°C; nesses casos, a distância basal passa a
14,28Á ; em condiçoes analogas, as esmectitas apresentam o valor de 16, 9Á /17, lÁ (Walker
MICAS E CLORITAS:- Existe pouca informação sobre a interação entre as micas e cloritas e 1957; _19?8); nesses trabalhos, Walker (em Brindley, 1961; p. 315) afirma que vermiculita~
compostos orgânicos (Grim, 1968; Theng, 1974). Grimet ai (1947) demonstraram que ilita M? n~o intercala nenhuma camada de glicerol, o que parece ser uma caracteristica das ver-
reage com cátions orgânicos até o valor da CTC: os cátions ficam adsorvidos na superficie ex- micuhtas.
terna dos cristais de ilita e não penetram entre as camadas 2:1 para substituir os cátions Kt Esses trabalhos demonstram que a intercalação, entre as camadas 2: 1 dos argilominerais de
intercalados. Weiss e Michel (1958) demonstraram de cátions n-alquilamônio substituem Kt c~mada basal exp~n~ive~ <;ermiculita e esmectitas), de moléculas neutras ou de cátions orgâ-
em micas, produzindo compostos de intercalação. Weed e Weber (1969) mostraram que mi- mc.os aum.enta a distancia interplanar basal em função da morfologia e das dimensões dessas
ca moscovita, da qual & havia sido extraido (potassium depleted mica), adsorve apenas do um?ades intercaladas, bem como da forma pela qual se ordenam dentro das camadas 2:1.
13% da sua CTC de cátions pesticidas, a partir de haletos de bipiridílio; esses são os compos- Ass1,m, Bradley. (196~)A d~monstrou, por análise de Fourier em difração de raioscX, que as
tos comerciais "bipiridilio" chamados Diquat e Paraquat. moleculas de ghcol etilemco, no composto vermiculita-Na/glicol etilênico, estavam com a ca-
938 Ciência e Tecnologia de Argilas Compostos de argilas + substâncias orgânicas
939
deia CH2 -CH2 perpendicular à folha silicato da camada 2: 1; um grande número de estudos lugar, a esmectita policatiônica (uma grama em 100 mi) é dispersa em água destilada em uma
de compostos de vermiculita ou esmectita com substâncias orgânicas visaram determinares- proveta; 24 ~oras de contato. entre a es~ectita e a água é recomendável; uma agitação, a mais
sa orientação das moléculas ou cátions intercalados; os livros de Grim (1962) e de Theng intensa possivel, de~e ser f~ita.em s.egmda por 30 minutos. Em segundo lugar, a dispersão,
(1978) reproduzem algumas dessas orientações em vermiculita, porém o maior número de agitada e hom~geneiza?a, e deixada em repouso por 48 horas; o sobrenadante do precipitado
exemplos está nos compostos formados com esmectitas, uma vez que as pequenas dimensões (porventura existente) e um sol, contendo cerca de 1% de esmectita-Na. O sol da esmectita
dos cristais de esmectitas tornam mais rápida a formação de compostos em comparação com está e;itã? pr~nto ~ara a troca c?m ~ubstância orgânica. ~e houver suspeita da presença de
os macrocristais das vermiculitas; vários desses trabalhos estão listados na Bibliografia Adi- substa~cias diss~lvidas na fase hqmda do so~, deve ser feita uma diálise em papel celofane
cional deste Capítulo; por exemplo: a estrutura cristalina do composto vermiculita-hexameti- contra agua destllada por 24 horas. Em terceiro lugar, prepara-se uma solução aquosa con-
lenodiamina foi determinada por Haase (1963). centrada, com teor conhecido, da substância orgânica. Em tubos de ensaio, faz-se um expe-
Weiss e colaboradores (1965a; b; 1963c; d) estudaram compostos de vermiculita, ilita, mica rimento de adso~ção_como o descri~o no .inicio deste Capitulo para adsorção fisica e química.
moscovita e biotita com compostos de n-alquilamônio de cadeia curta, incluindo mono, di e Ap~s, h~mogenei~a~ao, os tubos sao deixados em repouso por 24 horas para ser atingido 0
trialquilaminas, alquidiaminas e poliaminas de massas moleculares até 3.000; Weiss (1963) equfübno; o precipitado, nos tubos em que houve saturação, é separado por sedimentação ou
escreve que foram estudados mais de 8000 desses compostos com argilominerais; nesse nú- centrifugação; é constituído pelo composto esmectita/substância orgânica; é lavado várias
mero estando incluídas os compostos com esmectitas; Weiss (1966) estudou a intercalação de vezes com água destilada até a substância orgânica no sobrenadante não mais poder ser de-
gorduras (ésteres simétricos de glicerol com ácidos graxos) em vermiculitas. tectada. O composto químico é seco a vácuo, em temperaturas baixa de 70ºC, e pode ser en-
Vermiculita, em mistura com esmectita, pode ser diferenciada por DRX, segundo o seguinte tão estudado por DRX ou EIV. Caso não seja possível usar uma solução aquosa da substância
procedimento: (a) a argila, úmida, deve apresentar reflexão basal da ordem de orgânica, .outro~ procedimen~os devem ser desenvolvidos para cada caso especifico; por
14,3Á /14,4Á até 15,4Á; (b) vermiculita-Mg hidratada apresenta 14,36Á; esmectita-Mg hi- exemplo: imergmdo a esmectlta-Na na substância orgânica na forma líquida ou então sub-
dratada é 15,4Á; após troca com solução aquosa lM de cloreto de magnésio, a vermiculita- metendo a esmectita a vapores da substância oriânica.
Mg se hidrata a 14,81Á e a esmectita-Mg para 15,4Á; (c) saturando com glicol etilênico esse C_9MPOSTOS ENTRE ESMECTITA/SUBSTANCIAS ORGÂNICAS NEUTRAS (NÃO-
composto, há substituição das moléculas de água intercaladas e forma-se uma monocamada IONICAS):- Glicol etilênico e glicerol são as substâncias orgânicas mais estudadas; a água
de moléculas de glicol etilênico na vermiculita-Mg e uma dupla camada na esmectita-Mg; a intercalada entre as camadas 2:1 é substituída por essas substâncias; a distância basal de
vermiculita-Mg/glicol passa a 14,28Á, enquanto a esmectita-Mg glicolada passa a 15,4Á da esmectita hidratada passa então a 16,9Á /17,lÁ com glicol etilênico e
16,9Á/17,1Á (Brown, 1961). 17, 7Á 117 ,8Á com glicerol (Brown, 1961). Exemplos desses estudos da interação entre molé-
Macrocristais de vermiculitas de litio e de butilamônio incham várias vezes o volume original culas orgânicas neutras e montmorilonitas são os seguintes: álcoois e hidrocarbonetos alifáti-
quando imersos em água (Walker, 1960; Garrett e Walker, 1962; Raussell-Colom, 1964); es- cos e aromáticos (Bradley, 1945; MacEwan, 1948; Barrer, 1957; Brunton, 1962; Greeland,
se inchamento ocorre também em compostos de vermiculita com aminoácidos (V\'.: alker, 1963; Eltantawy, 1972; German e Harding, 1969; Reynolds, 1965; Kinter e Diamond, 1958;
1961). Garrett e Walker (1962) estudaram a reação de vermiculita do antigo Quênia, Africa, Johns e Tettenhorst, 1959; Torrence Martin, 1959; Parfitt, 1970); açúcares (Greenland,
com um conjunto de compostos catiônicos de quaternários de amônio (do tipo n-alquila- ~956; Lyn~h.' 1956; Emers~n, 1960); acetona e etanol Glaeser, 1949; 1954; Bissada, 1967);
mônio), com 1a18 átomos de carbono na cadeia alquílica; eles observaram que compostos ester~s de. acidos graxos (Brmdley, 1958); detergentes não-iônicos do tipo "polyoxyethylated"
com 3 (propil) e 4 (butil) átomos de carbono apresentam inchamento (swelling) em meio alquifen01s (Schott, 1964); altos polímeros naturais e sintéticos e polieletrólitos como algina-
aquoso, na direção perpendicular ao plano basal 002 dos macrocristais lamelares de vermicu- to de sódio; carboxi~etilcelulose, ácidos poliacrílicos; álcoois polivinílicos (Emerson 1955;
lita. Essa troca e a intercalção por cátions quaternários de amônio em vermiculita são facili- 1960; 1964; Warkentm, 1958; Packer, 1957; Schnitzer, 1967); polissacarideos (Parfitt, 1970;
tadas (e são praticamente completas) quando Mg é substituído por Na'; se o diâmetro dos Clapp e Emerson, 1972, o dextranas (Olness, 1975); dioxana (Brindley, 1972); betumes
cristais lamelares de vermiculita diminuírem, eles e os microcristais de esmectita, com cá- (Czarnecka e Gillot, 1980) e fenóis (Deuel, 1951; 1958); trimetilclorossialna - (CHl)l SiCI
tions butilamônio intercalados, não apresentam inchamento em água. (Ar.agon, 1970); ácido úmico p~.odriguez.' 19?0); ~tanol (Dowdy, 1967); oxina (8-hidroxiqui-
Walker (1950) mostrou que vermiculita exerce um efeito catalítico na decomposição de glice- nolma) (Yamamoto, 1969; oxido de tnbutllfosfina (Camazono, 1973); aldeídos e éteres
rol: um macrocristal de vermiculita do Quênia, fervido alguns minutos em glicerina, adquire (Theng, 1974); solos podem conter compostos entre esmectitas e ácidos úmicos (Rodrigues
uma camada negra com brilho metálico, com intercalação entre as camadas 2: 1 (cuja distân- 1970; Theng, 1986) e fúlvicos (Schn~tzer, 1967; Theng, 1974). '
cia interplanar passa a 14,06Á ), de dupla camada de átomos de carbono com arranjo da es- COMPOSTOS POR TROCA CATIONICA COM ESMECTITAS:- Foi mostrado por Hau-
trutura da grafita (Walker, 1967). ser (1955) e por Jordan (1949; 1954; 1961) que esmectita-Na troca o cátion Na' por cátions
Na literatura publicada não foram encontradas informações sobre usos industriais dos com- aminicos, formando compostos esmectitas-aminas; as aminas mais estudadas são os compos-
postos de vermiculita com substâncias orgânicas. ' tos quaternários de amônio ou "quats" (Reck, 1985; Herga, 1985). Quando uma esmectita
ESMECTITAS:- A quase totalidade dos compostos argilas-substâncias orgânicas foi sinteti- inorgânica e hidrofílica, na forma de um sol a 1 % em água, troca o sódio por um "quat", 0
zada com esmectitas; desses argilominerais, montmorilonita propriamente dita foi a esmecti- composto formado é hidrofóbico e n~o dispersável em água; há então floculação e subseqüen-
ta mais usada, sendo a bentonita de Wyoming a bentonita utilizada; beidelita e hectovita fo- te ~r~cipitação do composto esmectita-"quat" qu~ é chamado esmectita ou bentonita orga-
ram muito utilizadas. A preferência quanto ao uso de esmectitas nessas sínteses deve-se às nofihca. Hauser (1955) mostrou que algumas ammas produzem reações coloridas comes-
pequenas dimensões dos cristais e à elevada CTC desses argilominerais: isso faz com que as mectitas e ~ambém que alguns compostos esmectitas-aminas possuem a propriedade de in-.
reações de intercalação sejam muito rápidas (veloeidade de troca muito elevada) e que astro- char e de dispersar expontaneamente em alguns líquidos orgânicos; assim, podem ser forma-
cas sejam 100% completas; de outro lado, a expansão que ocorre na distância interplanar ba- das graxas lubrificantes denominadas "bentonas". Esses compostos receberam uma grande
sal permite seu estudo preciso por difração de raios-X e por espectroscopia no infravermelho. atenção pelas novas propriedades de interesse quanto aos usos industriais, bem como pelo as-
Como é conseguida a intercalação de substâncias orgânicas em esmectitas? Em primeiro lu- pecto cientifico relativamente à forma pela qual ocorre o arranjo desses cátions de forma
gar, a forma sódica de esmectita é aquela que melhor permite a troca de moléculas de água e alongada ou planar dentro das camadas 2: 1; de outro lado, esses compostos podem também
dos cátions (inorgânicos) intercalados entre as camadas 2:1 da esmectita, especialmente na interagir com outras moléculas e/ou cátions orgânicos, intercalando-as aditivamente entre as
bentonita de Wyoming. A transformação de uma esmectita policatiônica em esmectita-Na camadas 2:1; isso pode ocorrer inclusive com água (hidratação dos compostos esmectita-
pode ser feita com Na2 C03 ou NaCl pelo procedimento de Van Olphen (1963). Em primeiro cátions orgânicos).
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940 Ciência e Tecnologia de Argilas


Compostos de argilas + substâncias orgânicas 941
Depois dos álcoois, a formação e a estrutura cristalina dos compostos entre esmectitas e ami-
Dos estudos sobre intercalação de cátions orgânicos em esmectitas e vermiculitas, além dos
nas, tanto alifáticas como aromáticas, são as mais estudadas, tanto pelo interesse cientifico
fenômenos de inchamento em água e líquidos orgânicos, outros fenômenos novos foram de-
despertado pela organização das moléculas orgânicas intercaladas entre as camadas 2:1 co-
tectados: (a) é possível intercalar entre as camadas 2:1, já saturadas por cátions orgânicos,
mo também pelas propriedades de interesse industrial que esses compostos possuem. Talco-
unidades neutras ("moléculas") de cristais sólidos; exemplificando: em esmectita-N~ é pos-
mo os álcoois, a série homóloga de alquilaminas (RNH2 ) pode ser facilmente sintetizada e de
sível intercalar AgCl; neste caso, o valor do 01 = 12,5Á; outros compostos intercaláveis são:
outro lado, CH3 .NH2 reage com HCl formando o cátion quaternário de amônio [CH3 .NH3:t
AgBr; Agi; ZnS e CdS (Bloch, 1950); nesse caso está incluída a intercalação de hidróxidos co-
que pode trocar com o Nit da esmectita-Na; o interesse em se estudar uma série homóloga de
mo de Al (Meyers, 1975); dai resultam os argilominerais pilarizados que serão tratados em
c~mpostos ~ode que se pode esperar uma variação regular de propriedades à medida que o
outro Capitulo (Dred e Wey, 1978); (b)esmectitas de Cu; Ni; Coe Cd; Zn; Hgeoutrosmetais
numero de atomos de carbono aumenta nos membros da série.
Sais de cátions quaternários amônio, em que um ou dois grupos de hidrocarbonetos de ca- de transiçã,° podem também intercalar moléculas orgânicas neutras, como etilenodiamina;
deia longa estão ligados diretamente ao átomo de nitrogênio, constituem um grupo impor- pode tambem ocorrer a formação de compostos de coordenação e também haver efeito catalí-
tico desses metais pesados sobre as moléculas intercaladas, tal como se fosse um microreator,
tante deprodutos químicos industriais, cujos usos incluem floculação; e~tabilização de solos
análogo ao que acontece nos canais das zeólitas e da paligorsquita/sepiolita (Bodenheimer,
e a fabricação de "colóides organofilicos" ou argilas organofillcas. O consumo médio nos
1963; 1964; Solomon, 1965; 1968; Doner e Mortland, 1969; Thompson, 1973; Triker, 1975;
EUA desses compostos vem sendo da ordem de 10 5 toneladas por ano. Esses compostos não
Hellair, 1966; Rezerat, 1972; Mortland, 1971; Pinnavaia, 1974; Esatman, 1984; Farmer e
são tóxicos; são biodegradáveis e tenssoativos ou surfactantes; em usos domésticos, são em-
Russell, 1971; McBride, 1979; 1982; Hatworne, 1974; Stoessel, 1977); (c) compostos entre
pregados como amaciantes de tecidos (fabric softners); como condicionadores do cabelo (hair
esmectitas-Na e compostos orgânicos neutros ou catiônicos podem adsorver seletivamente
conditioners) e como germicidas; "colóides organofilicos" são utilizados também em uso do-
moléculas orgânicas, intercalando-as entre as camadas 2:1 sem haver substituição; outras
més!ico em .cosméticos, graxas lubrificantes e tintas. As aminas de cadeia longa são produzi-
substâncias orgânicas e inorgânicas podem ser adsorvidas; exemplificando: hidrocarbonetos
?as mdustnalmente a partir de ácidos graxos (que, por sua vez, são produzidos a partir de
e alcóois em fenil-montmorilonita (Cruz, 1966); na separação de isômeros (Yamagushi,
oleos e gorduras naturais como tallow, côco e dendê), os quais são misturas de ácidos com
comprimentos diferentes da cadeia alquilica. A conversão dos ácidos graxos e a hidrogenação 1985). Uma listagem dos valores dos espaçamentos basais do 01 para os compostos entre es-
mectitas e substâncias orgânicas encontra-se em Brow (1961) e Grim (1968).
des~a~ le~a a aminas primárias e secundárias. A amina quaternária (ou cátion quaternário de
Weiss (1972) propôs que os compostos entre argilominerais e substâncias orgânicas fossem
amo~10) e completada pela adição de grupos metil ou benzil; as condições da conversão de-
termm~m se aminas quaternárias mono; bi ou trialquilicas são produzidas; se o processo visa
classificados segundo a "natureza química da substância orgânica" ou então, segundo os ca-
pro.duz1r uma ~elas, as outras duas sempre se formam como impurezas. racterísticos da ligação química formada; essa classificação é a seguinte: (a) formação do
We1ss (1963), mtercalando cáions n-alquilamônio em uma vermiculita especial (batavita); "complexo" entre o composto orgânico com cátions intercalados (interlayer), quer diretamen-
planar basal aumentava, quando o número era par e ficava constante quando o número era te, quer via moléculas de água; (b) solvatação das camadas 2: 1 em presença de cátions inorgâni-
ímpar; exemplifi~ando: C5 (16,0Á ); C6 (18,2A ); C7 (18,2Á ); C8 (20,4Á ); C9 (20,4Á ); cos intercalados; (c) cátions orgânicos intercalados por meio de troca catiônica; (d) solvatação
Cio (22,4aÁ); Cu (22,4Á); C12 (24,2Á). Jordan (1949) mostrou fato análogo nos compostos de das camadas 2:1 por compostos orgânicos polares e por interação hidrofóbica na presença de
montmorilonita-Na cqm aminas alifáticas: C3 (13,6Á ); C4 (13,6Á ); C5(13,6Á ); C10 (13,6Á ); cátions org!nicos intercalados; (e) derivados orgânicos a partir da superfície externa.
Cu (16,0Á ); C12 (l6,0A ); a C18 (16,0Á ). Esses fatos mostram que o aumento da distância in- A~LIC~ÇOES INDUSTRIAIS DE ESMECTITAS ORGANOFÍLICAS:- Os exemplos se-
terplanar basal, em função do aumento do número de átomos de carbono, é feito por "saltos gumtes ilustram alguns dos usos de esmectitas organofilicas e/ou da interação entre esmecti-
ou degraus" (stepwise). De outro lado, Weiss (1963), em revisões sobre as formas de interca- tas e substâncias orgânicas.
lação de aminas alifáticas ou alquilicas de cadeia normal em esmectitas e vermiculitas com (1) MEDIDA DA ÁREA ESPECÍFICA DE ESMECTITAS:- A adsorção de cátions orgâni-
diferentes valores da CTC (ou da carga da cela unitária), apresentou esquemas muito interes- cos coloridos e de moléculas neutras, como glicol etilênico e glicerina, é um método rápido
p~ra a med~~ª, da área especifica total (incluindo a área entre as camadas 2: 1) de argilomine-
santes e ilustrativos de como uma molécula de amina alinfática pode se acomodar entre as ca-
ra1s esmectltlcos (Gregg, 1951; 1967; Faruqi et ai, 1967; Hang e Brindley, 1971; Dyal and
madas 2:1; exemplificando: a molécula linear pode se apoiar totalmente nas faces e o efeito
Hendricks, 1950; 1952; Woodside e Ormsby, 1960; Mortland, 1954; Diamond e Kinter,
no valor da distância interplanar basal das folhas oxigênio contigaus das camadas 2:1 segui-
das de (d = 13i\ ); as moléculas podem se apoiar umas nas outras; fazendo ângulo de 45° 1958; Haynes, 1961; Greene-Kelly, 1964; Emodi, 1949; Kiplig e Wilson, 1960; Bergmann e
O'Konski, 1963; Brooks, 1964; Brindley, 1970); outros exemplos foram dados em capitulos
com~ s~perficie das folhas (d = 19,3Á ); as moléculas fazem ângulo de 65º (d = 24,2Á ); a
cadeia hnear das moléculas faz 90º com a superfície das folhas de oxigênio ou "interlayers anteriores.
surface~" com d ~ 27,68 ; esses esquemas de Weiss foram amplamente reproduzidos, inclusi-
(II) COLORAÇÃO DE ESMECTITAS:- Esmectitas, especialmente na forma ácida, reagem
ve no~ hvros de Grrm (1968) e de Theng (1974). O efeito da temperatura nesses compostos foi com aminas aromáticas e leucobases dando compostos coloridos; exemplos são: bendizina;
descrito por Lagaly e Weiss (1972). alfa-naftilamina; quinolina; leucobases de lactona de violeta cristal e de n-benzil-azul de
metileno; substâncias fluorescentes são também adsorvidas por esmectitas; exemplos são:
S~i!o (1967),l~r MET, observou, em cristais de compostos entre esmectita/cátions quater-
nanos de amomo, os valores das distâncias entre os planos basais 002 com esses cátions inter- auramina; tioflavina e rodamina B. Essa coloração do composto esmectita-substância orgâ-
calados entre as camadas 2:1; os valores medidos foram os seguintes: (a) octadecilamônio - nica foi usada para identificação comv.lementar de esmectitas e demarcação de superfícies na
25Á ; (b) trimetiloctadecilamônio - 40Á . mineração de argilas contendo esmectitas; atuahnente o grande uso é nafabricação de papel
Exemplos de estu~os sobre a formação de compostos entre esmectita-Na e cátions orgânicos, (NCR) copiativo sem carbono (Hauser e Leggett, 1940; Faust, 1940; Hambleton, 1953;
com~ azul de metileno e outros corantes catiônicos, são os seguintes: Faruqiet ai, 1967; Hang
Dodd, 1955; 1960; White e Cowan, 1960; Fahn, 1955; 1963; 1968; 1983; Theng, 1971). Os li-
e Brmdley, 1970; Ensiminger e Gieseking, 1939; 1941; McAttel, J.L., 1975; 1959; 1962; vros de Grim (1968) e de Theng (1974) apresentam extensa bibliografia sobre as reações colo-
1963; 1964; Brindley, 1962; Rowlande Weiss, 1963; Jordan, 1949; 1950; 1954; 1961; White e ridas de argilominerais.
Cowan, 1958; 1960; 1962; Diamond e Kinter, 1961; Birne, 1953; Rodriguez, 1978; 1960; (III) CONTROLE DO INCHAMENTO DE ESMECTITAS:- O inchamento (sweeling) de
1962;, ~ach-Ali; 1969; Greaver e Wilson, 1969); proteínas; polipeptideos; aminoácidos; ba- argilas contendo esmectitas quando' essas entram em contato com água é um problema sério
ses e ac1dos nucléicos) (Greaves e Wilson, 1969; Talibudeen, 1955; Pinck, 1962; Estermann, em Geotécnica e em Tecnologia de Petróleo, na perfuração de poços e na recuperação de po-
1959; Cloos, 1966; Samii e Lagaly, 1985); porfirinas (Cady e Pinnavaia, 1978). ços; são os "heaving soils" e as "sensitive clays and rocks" discutidos em capitulo an'terior.
Essas propriedades indesejadas podem ser controladas pelo tratamento (reação) das esmecti-
942 Ciência e Tecnologia de Argilas Compostos de argilas + substâncias orgânicas 943
tas com polímeros (Slobad, 1968; 1970) ou com frações pesadas (heavy ends; bitumen) do pe- tuir-au complementar os métodos convencionais de aplicação de biocidas sobre as folhas os
tróleo (Czarnecka e Gillot, 1980; Clementz, 1976; 1977; 1982). quais são eficientes, na maioria, somente após a população de microrganismos haver se e~ta­
(V) DISPERSÃO EM SOLVENTES ORGÂNICOS; BENTONAS:- Os compostos entre es- belecido e ter havido um prejuízo à plantação. Um dos métodos mais eficientes de tratamento
mectitas (montmorilonita; hectorita; beidelita) e compostos quaternários de amônio (dodeci- preventivo das plantações é aquele da aplicação rotineira ao solo de inseticidas sistêmicos das
lamônio; dimetilbenzilaurilamônio; dimetildioctadecilamônio e outros) podem se dispersar plantas (plant systemic). Essas substâncias (geralmente muito tóxicas) são adsorvidas pelas
espontaneamente em solventes orgânicos (tolueno; e outros hidrocarbonetos; piridina; cloro- raize~ das plantas e transportadas às folhas e frutos, tornando a planta tóxfoa às pragas e, as-
benzeno; nitrobenzeno; álcool benzilico e outros, podendo haver gelificação do sistema; esses sim, imune aos estragos causados por elas. Um exemplo dessas substâncias é o carbonato de
gels recebem o nome comercial de bentonas. Essas bentonas são utilizadas como agentes li- nome comercial Aldicarb; sua estrutura é a seguinte 2-metil-2(metiltio)propionald~ído
gantes para areias de moldagem para fundição que não usam água (waterless); na Tecnologia 0-(metilcarbanoil)oxima; como o Aldicarb é tóxico e possui alguma solubilidade em água
de Petróleo em fluidos não-aquosos (oil-based); como agente dispersante (emulsificante) qe (6.000 ppm), a sua retenção pelos argilominerais e a sua movimentação na água do solo deve
alcatrão em água (emulsões de alcatrão; creolina; asfalto); como agente dispersante e estabi- ser bem conhecida, para evitar que haja contaminação dos lençóis de água subterrâneos usa-
lizante de tintas com veiculo (solvente) orgânico; massas para redação (vedantes), colas e dos para suprimento; assim, há um grande número de estudos visando caracterizar o que
adesivos, além de produtos derivados de ceras naturais e sintéticas, tais como lápis-de-cera; ocorre com os inseti~idas sistêmicos em relação aos argilominerais e a água dos solos agrícolas
agente dispersante para emulsões aquosas de monômeros e polímeros (Jordan, 1949; 1950; (Supak, 1978; Rodriguez, 1978; 1985; Weed e Weber, 1969; Rosenfield e Valkenburg, 1965;
1954; 1961; Eickhoff, 1953; Schwindt, 1988; Damerell, 1956; Tschapek, 1954; Vold, 1962; Camazano, 1973; Fusi, 1985).
Granquist, 1963; Beasley, 1965; Prikryl, 1985; Fahn, 1968). O poder gelificante das esmecti-
tas, associado ao poder microbicida de alguns "quats", são usados em cosméticos (Noble,
1985). Argilas e bentonitas organofilicas já são produtos comerciais, inclusive no Brasil
(ECC, 1985; Castor Oil, 1979; United Catatysts, 1988). A BIBLIOGRAFIA
(V) COMPOSTOS ESMECTITAS-SUBST ANCIAS ORGANICAS COMO ADSORVEN-
TES ESPECÍFICOS:- Alguns compostos de esmectitas (aminas) e vermiculitas (hidrazina) GRIM, R.E. (a) Applied Clay Mineralogy, p. 307; McGraw-Hill; NewYork, 1962; (b) Clay Minera-
podem apresentar poder seletivo de adsorção entre as camadas 2:1 de outras substâncias or- logy, 2nd Ed., p. 353 McGraw-Hill, NewYork, 1968; (e) Bentonites, p. 233, Elsevier, Amsterdam, 1978.
gânicas e inorgânicas permanecendo as moléculas inicialmente intercaladas; dimetildiocta- THENG, B.K.G. -The Chemistry of Clay/Organic RE!'actions, halsted Press; New York, 1974.
decilamônio e dimetiltrioctadecilamônio-montmorilonita são os sistemas mais estudados; é a SERRATOSA, J.M. - Reunión Hispano-Belga de Minerales de Arcilla; CSIC; Madrid, 1970.
redação de arrasta (entrainina reaction; Schleppreaktion; W eiss, 1966); as moléculas que po- GLASSTONE, S. - Textbook of Physical Chemistry; 2nd Ed., p. 1974; Van Nostrand, N.Y., 1946.
dem ser adsorvidas seletivamente são, por exemplo: água; metanol; benzeno; tolueno; orto- DAl\jlELS, F. - Physical Chemistry, p:522: Wiley, N.Y., 1955.
xileno; hexana; ciclohexana; fenol e outras (Van Olphen, 1962; Slabaugh e Kennedy; 1963; BRUNAUER,.S.-The Adsorption of Gases and Vapors, p. 3, Princeton University Press; Prince-
Cowan, 1963; Street e White, 1963; White, 1963; Robertset ai 1964; Mortlandet ai, 1986). ton, 1942.
(VI) CONTROLE DA ATIVIDADE DE ENZIMAS IMOBILIZADAS POR COMPOSTOS PONEC, V.; KNOR, Z. e CERNY, S. -Adsorption by solids, p. 11; 352; Butterworths London,
ESMECTITA-SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS:- Os compostos entre esmectitas e substân- 1974.
cias orgânicas podem adsorver enzimas por mecanismos envolvendo ligações hidrofóbicas; os UYTIERHOEVEN, J. - Les dérivés organiques des silicates et des alumino-silicates - Silicates In-
cátions empregados são: hexadeciltrimetilamônio; trimetilfenilamônio; hexadecilpiridinio e dustrieis, p. 1, Septembre, 1960.
[Fe(bipiridylh] 2 • (Boyd e Mortland, 1985; 1986). GREGG, S.J. - The Surface Chemistry of Solids, p. 210; Reinhold, N.Y., 1951.
(VII) O efeito catalítico de argilominerais em reações químicas com substâncias orgânicas se- GREGG, S.J. e SING, K.S.W. -Adsorption, Surface Area and Porosity, p. 277, Academic Press,
rá estudado no Capítulo 35; as interações de argilas com o meio ambiente serão analisadas no London, 1967.
Capitulo 38. FARUOI, F.A.; OKUDA, S. e WILLIAMSON, W.O. - Chemisorption of methylene blue by kaoli-
(VIII) DESESPUMANTES (DEFOAMERS):- Entre os produtos comerciais usados com o nite - Clày Minerais 7; 19 (1967).
nome de desespumantes (defoamers) ou de antiespumantes (anti-foaiµers) são usadas disper- HANG, P.T. e BRINOLEY, G.W. - Methylene blue adsorption byclayminerals: determination of
sões de sólidos com elevada área específica; talcos e ~rgilas são cada vez mais utilizadas para surface areas and CTC's - Clay and Clay Minerais 18, 203 (1970).
essa finalidade; esses produtos são chamados "dispersion-type defoamers" (Lichtman, e GERMAN, W. L. e HAROING, O.A. - The adsorption of aliphatic alcohols by montmorilonite and
Gammon, 1979) os talcos e argilas são tratados por siliconas e polímeros para torná-las hidro- kaolinite - Clay Minerais 8, 213 (1969).
fóbicas (Patentes USA 2.843.551; July, 15, 1968 paraNopco Chem. Co., 3.951.882; April 20, MORTENSEN, J.J. - (a) Adsorption of hydrolysed polyacrylonirile on kaolinite: effect of solution
1976 para Diamond Shamrock Co); o meio dispersante é um líquido orgânico (Lichtman e of electrolytes - Soil Sei. Soe. Amer. Proceed. 23; 199 ( 1959); (b) Adsorption of hydrolysed polyacrylo-
Gammon, 1979). nitile on kaolinite - Clays and Clay Minerais 9; 530 (1962).
(IX) USOS ANTIGOS:- Lagaly (1984) em revisão sobre interações entre argilas e substâncias BLACK, A.P.; BIRKNER, F.B. e MORGAN, J.J. -The effectof polymer adsorption on the elec-
orgânicas cita usos industriais desde o ano 7.000 A.C.; os Gregos usaram taninos (ácidos tâ- trokinetic stability of dilute clay suspensions - J. Coll. Surf. Sei. 21; 626 (1966).
nicos) e cinzas (carbonato de potássio) para produzir tanato de potássio para deflocular: argi- McLAREN, A.O.; PETERSON, G.H. e BARSHAO, 1. - The adsorption of enzymes and proteins
las; posteriormente, a argila era fracionada por sedimentação para produzir as decorações on kaolinite - Soil Sei., Amer. Proceed. 22; 239 (1958).
vermelhas e pretas características da Cerâmica Grega. O uso de urea na China para dispersar BIOWELL, J.I.; JEPSON, W.B. e TOMS, G.L. - lnteraction of kaolinitewith polyphosphate and
e melhorar a resistência mecânica a verde de caulins para a Cerâmica Branca, em peças com polyacrylate in aqueous solutions - Clay Minerais 8; 445 (1970).
paredes finas,~ outro exemplo de uso antigo dos composto~ argila/compostos orgânicos. OENNISON, S.R. e TOMS, G.L. - Surface properties of china clay in relation to its use as coating
(X) INTERAÇOES ARGILAS DO SOLO-BIOCIDAS SISTEMICOS:- Nos últimos 20 anos, pigment (synthetic lattices) - Tappi 50(10); 502 (1967).
entomologistas;· fabricantes de biocidas (inseticidas; pesticidas; herbicidas; toxicantes e ou- JEFFS, O.G. - Methods for increasing the efficiency ofthe silane treatment of china clays- Salo-
tros defensivos agrícolas) e cientistas de diversas áreas tem dedicado um grande esforço para ne della Gouma, Veneza, 1978.
o desenvolvimento de métodos preventivos para emprego no controle de microrganismos BEAZLEY, K.M. - Rheology of china clays flocculated in organic liquids - Rheol. Acta 4(4); 248
(pests-pragas) prejudiciais às plantações. Esses métodos preventivos são destinados a substi- (1965).
944 Ciência e Tecnologia de Argilas Compostos argilas + substâncias orgânicas 945
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Min. Petrogr. Acta 29; 155 (1985). dores: (a) eles alteram a velocidade da reação, mas não são eles mesmos alterados e podem
FUSI, P. - lnteractions of chlortiamide with AI and Ca-montmorillonite - Min. Petrogr. Acta 29· ser recuperados inalterados no fim da reação química; (b) eles não alteram o ponto de equili-
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YAMAGASHI, A. - Separation of optical isomers by an organic-clay mineral complex - lnt. Clay. mais uma quinta propriedade: (e) o catalisador não deve aparecer no produto final, como
Conf. Denver 1; 329 (1985) parte do mesmo.
SAMll, A.M. - Adsorption of nuclein bases on smectite - lnt. Clay Conf. Denver 1; 363 (1985). Segundo Wittcoff e Reuben (1980), são raros os catalisadores industriais que apresentam e
THOMPSON, T. D. - (a) Adsorption of pyrimidines, purines and nucleosides by Na; Mg; Cu-illite - seguem precisamente essas cinco propriedades; são dados exemplos reais onde essas proprie-
Amer. Miner. 54; 858 (1969); (b) Oxidative power of smectites measured by hydroquinone- Clays and dades não são seguidas. Em catálise heterogênea, os catalisadores podem sintetizar; ser cor-
Clay Minerais 21; 337 (1973); (e) Alteration of some aromatic aminoacids and polyhydric phenols by roidos; mudar de área especifica e ser envenenados por reações quimicas ocorrendo no pro-
clay minerais - Clays and Clay Minerais 21; 351 (1973). cesso industrial: é comum a substituição total ou parcial e/ ou a regeneração de catalisadores
LAGALY, G. - Clay-organic interactions - Phil. Trans. R. Soe. London, 1311; 315 (1984). sólidos em reatores industriais após intervalos regulares de alguns meses de uso. Assim essas
cinco propriedades devem ser consideradas como um "desideratum" nem sempre possivel de
ser totalmente atingido na fabricação do catalisador para o processo industrial.
Se o catalisador estiver no estado sólido e os reagentes estiverem em fase liquida ou gasosa, o
sistema é chamado heterogêneo e esse adjetivo estende-se ao catalisador (catalisador hetero-
gêneo); em Cerâmica, os reagentes podem estar em fase sólida, juntamente com o catalisa-
dor. A reação quimica catalisada em um sistema heterogêneo é considerada ocorrer nas eta-
pas seguintes durante o processo químico industrial; (a) difusão dos reagentes desde a fase
fluida até a superficie do catalisador sólido; (b) difusão dos reagentes para dentro dos poros
abertos do catalisador; (c) adsorção dos reagentes à superficie do catalisador, dentro e fora
dos poros; (d) reação quimica entre'os reagentes adsorvidos sobre a superficie do catalisador;
(e) desorção dos produtos da reação quimica; (f) difusão dos produtos de dentro para fora
dos poros do catalisador; (g) difusão dos produtos desde a superficie de catalisador até a fase
fluida.
As etapas (b) até (f) são dependentes de como o catalisador foi projetado e fabricado indus-
trialmente. De uma forma geral, os catalisadores sólidos costumam ser subdivididos, em
função da estrutura cristalina dos compostos sólidos ativos no efeito catalitico, em condu-

(*)Em colaboração com o Dr. Antonio Carlos Vieira Coelho, DEQ-EPUSP.

955
956 Argilas pilarizadas e argilas para catalisadores 957
Ciência e Tecnologia de Argilas

tores elétricos (metais e semi-condutores) e isolantes (sólidos que não passam elétrons co envolve uma série de exigências que o catalisador deve ser capaz de satisfazer, tais como:
livres). estabilidade térmica nas condições de processo; resistência ao atrito (tanto o causado pelo
Exempl?s. de catal.isadores heterogêneos são os seguintes: (a) metais (Ni; Pd; Pt; Ag); (b) óxi- contato com os reagentes como o causado pelo contato entre as particulas do próprio catalisa-
dos metahcos semi-co.ndutores (V20 5 ; Cr20 3 ; Mo03 ); (c) sais metálicos, especialmente clore- dor); resistência mecânica à compressão (muitos processos utilizam empacotamento de par-
tos e sulfetos (CoS; NiS; CuCl2); (d) óxidos metálicos isolantes ácidos e básicos (AI2 O · SiO . ticulas de catalisador, que devem ser capazes de resistir ao peso do próprio empacotamento,
MgO; Z~02; Al20r_nSi02); (e) bifuncionais (Pt sobre AI20 3 ). 3
'
2' isto é, caso de processos industriais que utilizam colunas de enchimento).
Os catahsadores soh?os possuem elevados valores da área especifica de várias dezenas a cen- d) Vida Útil Longa:- um catalisador deve ter a capacidade de manter sua atividade e seletivi-
2
tenas d~ m /g: º,efeito do c,a~alisador, na.velocidade de uma reação química, é linearmente dade por um tempo suficientemente longo.
proporcional a area espe.cifica do catalisador (Boudarte Anderson, 1981; Penningston e) Fácil Regeneração:- se, por algum fenômeno próprio do processo químico, o catalisador
1984). P;ocessos.para fabricação de catalisadores, inclusive à base de argilominerais, acham: perder a capacidade catalitica inicial, deve ser possivel restaurá-la ao nivel original (ou pelo
se descritas no hvro de Mukheyounov (1976). menos um nivel muito próximo do original), por meio de uma reação química facilmente rea-
U~ conceito que dev~ ~er lembrado é o de sítio ativo (também chamado sitio catalitico), mui- lizável (Ciola, 1981).
to imp01:tante na catahse hete;ogênea. Quando uma reação se dá, estando os reagentes em f) Custos de Produção, de Operação e de Regeneração Baixos:- um catalisador deve apresen-
f~se hqmda ou gasos~ e o c~tahsador em fase sólida, geralmente não é toda a superficie do só- tar um custo adequadamente baixo, não só de produção, como também de operação<*) e rege-
hd~ _que tem ~?1ª açao efetiva .sobre a reação quimica; a reação se desenvolve sobre pontos ou neração. Em função das condições experimentais de operação dos processos industriais,
regioe.s es~ec~fic.as da superficie do sólido, que são os sitios ativos (a velocidade da reação, em (Ciola, 1981; IBP, 1984) e com relação à sua composição química, os catalisadores podem
casos ideais, e diretamente proporcional ao número desses sitios). O número dos sitios ativos apresentar-se de várias formas:
cresc~, geralmente, com a área especifica ou total do catalisador (IBP, 1984), mas depende
tambem de outros fatores, como o volume de poros. 1) Catalisadores Mássicos :- são aqueles constituidos por aglomerados de grãos da fase
"ativa" pura (ou quase pura); as composições da superficie e do interior das particulas são
Atuahnente, numa av~liação bastante prudente, estima-se que aproximadamente 20% de
muito pouco diferentes; como exemplo podemos citar ferro para síntese de amônia; platina
todos os produtos fabricados na Indústria Química apresentam, pelo menos uma etapa de
para hidrogenação; óxido de cobre para desidrogenação e alumina para desidratação.
seu processo na qual são usados catalisadores (Boudart e Anderson, 1981). Se levarmos em
conta o vo~ume d.e p;odução e não a quantidade de produtos, no entanto, a porcentagem au- II) Catalisadores Suportados:- são aqueles onde a natureza da superficie das particulas que
menta.mmt~, principalmente pelo fato de que é da Indústria de Processamentos Orgânicos contém a fase ativa é quimicamente diferente do seu interior. A fase ativa é depositada sobre
qu~ s~i a ma!or pro~ução da Indústria Quimica: assim, 70% da produção total da Indústria suportes, que são materiais geramente inertes ou então que normalmente não podem promo-
Qmm1ca seriam obtidos por processos catalíticos (Jones, 1971). ver a transformação desejada sozinhos; os suportes podem ser utilizados visando atingir vá-
Atua!mente e~iste uma q11:anti?ade muito grande de processos quimicos onde são utilizados rias características desejáveis, tais como: conferir resistência mecânica; permitir uma distribui-
c~tahsa~ore~ abas~ de arg~ommerais (ex.: craqueamento de petróleo; alquilação; isomeriza- ção homogênea de um componente ativo caro ~obre uma grande área de um material suporte
çao, ammaç~o'. des1drataç~o e ~utro~), o que justifica plenamente um estudo mais detalhado barato; permitir um melhor desempenho, térmico (com relação ao transporte e distribuição de
das caracteristicas dos arg!lommera1s mais apropriados a essas finalidades çalor); exemplo desses catalisadores: niquei sobre alumina; platina sobre carvão ativo.
Características d~sejávei~ de um catalisador para catálise heterogênea . Um .bom catalisador Propriedades que devem ser controladas visando a escolha de um bom suporte para
para us~ come~cial precisa apre.sentar uma série de propriedades, das quais as mais impor- catalisador-: Uma descrição completa de um catalisador é dificil, uma vez que, além dele ser
tantes sao consideradas as segumtes:
um produto extremamente complexo, a sua fabricação é, geralmente, objeto de sigilo indus-
a)Ativida:!-e :- ~ p;ime.ira avaliaç~o quantit~tiva de um fenômeno catalitico, por exemplo, em trial. A primeira especificação que obviamente vem à mente é a da composição química do
11:ma reaç~o ~mmica simJ?les do tipo: A catahsador B, é a "atividade" do catalisador, que pode- catalisador, especificada pela sua análise quimica; nessa composição deve ser especificado
ria ser ~efi~id~ ou conceituada como a sua capacidade de "promover a reação* em questão .. qual é o componente que é ativo para o processo industrial onde o catalisador é usado. Assim,
Na Industria sao ~sadas formas menos rigorosas para medir a atividade catalitica, tais como para um c'atalisador que seja constituido, por exemplo, por "platina suportada sobre silica",
o grau de convers~o dos reag~ntes a um~ dada temperatura; a temperatura requerida para deverá ser apresentada uma composição com os teores ponderais de Si02 e de Pt, esse último
uma dada conve~sao e a velocidade espacial necessária para uma dada conversão a uma tem. elemento químico listado como teor da fase ativa. A composição quimica adequada não bas-
peratura determmada (IBP, 1984).
ta, porém, para garantir a atividade de um catalisador: está suficientemente comprovado
b) Se_!etividade :- o catalisador deve ser capaz de acelerar somente a velocidade de algumas que a estrutura cristalina é um fator determinante da capacidade catalitica. Essa afirmação é
reaço~s, freqü~ntemente reaçõ~s isoladas, sem no entanto afetar a velocidade de outras que comprovada pelo fato de que o aquecimento de um catalisador acima de uma temperatura
tambe~ P_?d~riam ocorrer: assim'. na presença de um catalisador apropriado, produtos com "critica" pode cauar a perda de sua atividade, às vezes, de modo permanente: as atuais pes-
predommanc1a do comp~sto desejado podem ser obtidos<ll). A seletividade, contudo, pode quisas sobre catalisadores estão principalmente voltadas para a estrutura cristalina dos sóli- 1

ser alterada pelas condiçoes de operação do processo.


dos componentes, especialmente dos defeitos estruturais.
c) Estabilidade nas Condições de Operação:- a operação industrial de um processo cataliti- Além da estrutura do catalisador a nível "microscópico" (usaremos esse nome para designar
a estrutura cristalina), é importante também controlar as caracteristicas estruturais a nível
!'macroscópico": as características superficiais e a porosidade superficial interna. No contro-
(*)Uma proI?riedade que n~o. é a de catálise é a de "iniciação" de uma reação química: um iniciador in- le do primeiro desses dois aspectos, alguns parâmetros úteis são: área especifica do catalisa-
tr?duz energia, de forma eficiente, em um pequeno número de moléculas do reagente· se a reação quí-
dor como um todo; área ativa, que é a área ocupada pelo composto ou "compostos ativos",
mica. fo~ espsontânea, as moléculas "energizadas" propagam a reação química por u:U mecanismo de
c~de1a;, isso ocorre !reqüen~emente com radicais livres, entretanto, em estágios subseqüentes um "ini- geralmente de O, 1% a 5,0% da área especifica do catalisador; porcentagem exposta, tam-
c:ador pode tambe~.c~t~hsar ª.:eação química. Wittcoff e Reuben (ref. 10, pág. 281) chamam aten-
ça? ao fato .de que os m1c~~dores de reações químicas de polimerização são muitas vezes chamados ca-
tah~ado;es, ~ontu?o, f_:equentem,en~e, eles a~arecem como grupos finais das macromoléculas no fim da (*)No custo de operação estão incluidos os efeitos de variáveis, como por exemplo: os tempos de vida útil,
pohmenzaçao e nao sao recu!'erave1s; tambem, eles não alteram a velocidade da reação, de fato eles o rendimento e as conversões exequiveis, a resistência ao envenenamento e as velocidades espaciais per-
causam ou promovem a reaçao. ' missiveis que con1;rolam o tamanho do reator (ref. 6, pg. 95).
Ciência e Tecnologia de Argilas Argilas pilarizadas e argilas para catalisadores 959
bém chamada de dispersão, que é o parâmetro dado pela relação entre o número de átomos res (Robertson, 1948; Milliken, 1955; Ovcharenko, 1981: Pinnavaia, 1983; Fripiat, 1972;
acessiveis ao reagente e o número total de átomos do composto ativo (IBP, 1984). 1974; Theng, 1978; Grim, 1962; Engelhard, 1984; Sud-Chemie, 1985; Anônimo, 1986; Bar-
Ambos, caracteristicos superficiais e porosidade, estão intimamente ligados. Para obter rer, 1984). De todas as propriedades, no entanto, algumas se destacam: (a) a estrutura crista-
áreas especificas elevadas, por exemplo, é necessário que as particulas de catalisador tenham lina dos argilominerais constituintes das argilas tem um papel fundamental na suas proprie-
diâmetros pequenos, ou então tenham porosidade elevada, o que aumenta muito a área espe- dades catalíticas, sendo que a estrutura da folha tetraédrica de silicato, especialmente o ar-
cifica: aumenta porque a área interna é dada, num sólido poroso, pela soma da área interna ranjo hexagonal dos átomos de oxigênio da superficie dessa folha, tem o papel mais impor-
de todos 's poros; é muito maior que a área externa de particula (que é igual a área externa da tante no que toca às propriedades cataliticas; (b) a estrutura cristalina original dos argilomi-
particula como um todo). nerais pode ser alterada de forma controlada, através de tratamentos com ácido e/ ou com la-
Para descrever adequadamente a porosidade de um sólido é importante determinar: volume vagens sucessivas, obtendo-se assim materiais mais apropriados para uso como catalisado-
especifico de poros (é o espaço vazio por massa de poros); tamanho médio do poro (micropo- res; grande parte das argilas utilizadas no preparo de catalisadores são ativadas(*) por trata·
ros com d ~ 2,0 µm; mesoporos com 2,0 µm ~ d ~ 20,0 µm; macroporos éom d > 20,0 µm; a mento ácido; (c) a morfologia anisométrica dos argilominerais e os seus pequenos tamanhos
distribuição do tamanho dos poros representa a freqüência de aparecimento dos poros de ca- de particulas (cristais) são bastante apropriados para uso em catálise, já que geram elevada
da tamanho. área especifica; (d) os argilominerais apresentam uma porosidade natural (por exemplo: o es-
A área especifica de catalisadores é medida pela adsorção de gases em temperaturas abaixo paçamento basal nas esmectitas e caulinitas e os canais das sepiolitas e paligorsquitas) que
de - 140°C, utilizando moléculas de formas e dimensões conhecidas, como hélio e nitrogê- podem ser alterados - seja no tamanho dos poros, seja na distribuição desses mesmos poros
nio: é o método BET (Brunauer, 1941). As dimensões dos poros e a respectiva distribuição - por meio de tratamento ácido para ativação das esmectitas; o inchamento ou aumento do
são medidas pelo porosimetro de mercúrio (Whittemose, 1981). A natureza da superficie de espaçamento basal das esmectitas expansiveis e das vermiculitas).
catalisadores é estudada por instrumentos de elevada sofisticação, como os vários tipos de Por todas essas propriedades, pode-se afirmar que certos argilominerais existentes nas argi-
microscópios eletrônicos (transmissão; varredura), e por equipamentos geralmente indicados las são boas matérias-primas naturais para a produção de catalisadores. Todas essas caracte-
com as siglasXPS; AES; SIMS; ISS; ESDIAD; RAIR; EELS; LEED; LAMMA; TPD; TPR rísticas, no entanto, não levam a uma regra geral quanto ao comportamento catalítico, que
(Hercules, 1985; Sanders, 1986), bem como de outros equipamentos que permitem caracteri- confirme a aplicabilidade geral dessas argilas em todos os processos cataliticos heterogêneos;
zar a interface do sólido e suas transformações. assim, a possivel aplicabilidade de argilas especifkas em catalisadores para as diversas rea-
Propriedades desejáveis para um suporte de catalisador ·Chama-se "suporte de catalisador" ções especificas deve ser estudada individualmente.
a um material que constitui a maior parte do catalisador e que serve de base, suporte ou li- Reações químicas catalisadas por argilas<**) <21 1:. Muitas reações quimicas envolvendo com-
gante do constituinte ativo, mas que por si possui pequena ou nenhuma atividade em relação postos orgânicos pódem ser catalisadas por catalisadores fabricados com a utilização de argi-
à reação quimica considerada (Ciola, 1981). Entre as várias funções que um bom suporte de- las; entre elas, podemos citar (Mukhlyonov, 1979).
ve desempenhar, pode-se citar as seguintes: (a)Função Mecânica: um bom suporte deve for- I. Craqueamento Catalítico de Hidrocarbonetos:- (Ciola, 1981; Milliken, 1955; Robertson,
necer uma base com resistência mecânica apropriada às diversas solicitações mecânicas que 1948; Grim, 1968; Ovcharenko, 1981; Occelliet ai, 1984). O craqueamento catalitico de fra-
ocorrem no processo industrial, essencialmente para o componente ativo; (b) permitir que o ções pesadas de petróleo foi introduzido inicialmente em 1936; é o Processo Houdry, a partir
componente ativo seja exposto na maior área possivel na superficie e nos poros da particula de caulinita e haloisita, com o objetivo de diminuir as temperaturas necessárias para o pro-
do catalisador, com um conseqüente aumento de atividade; (c) permitir um aumento de esta- cesso e assim aumentar a produção de frações mais leves, e cresceu tremendamente devido ao
bilidade no catalisador, espaçando seus cristais e impedindo a perda,da atividade catalitica, largo emprego das frações mais leves obtidas. As reações de craqueamento de hidrocarbone-
por exemplo, por sinterização; (d) proteger o componente ativo de venenos (inibidores da ati- tos referem-se à ruptura da ligação carbono-carbono, que é termodinamicamente favorecida
vidade); (e) ter um bom comportamento frente às exigências térmicas do processo (por exem- a altas temperaturas por ser um processo endotérmico. Os produtos que se obtêm são hidro-
plo: dissipar o calor, o qual em reações fortemente exotérmicas, sinterizaria os componentes carbonetos de menor peso molecular: dai o emprego industrial na transformação de óleos pe-
ativos); (f) ter caracteristicas superficiais, porosidade e granulometria adequadas ao processo sados em gasolina. Por outro lado, ocorre, em pequenas quantidades, a formação de compos·
industrial em questão; (g) se possivel, possuir também alguma atividade catalitica desejável tos de alto peso molecular, chamados geralmente de coque, que se depositam sobre as super-
para o processo, por si só ou então devida a algum tratamento durante a preparação do cata- ficies dos catalisadores, desativando-os. Para o craqueamento catalítico de hidrocarbonetos
lisador. são utilizados dois tipos por condensação diólica de catalisadores, ambos geralmente conten-
Em função das caracteristicas apresentadas, pode-se agora listar alguns fatores e proprieda- do elevado teor de silico e aluminio; (a) catalisadores sintéticos (preparados geralmente a
des fisico-quimicas que devem ser considerados para a escolha de suportes para catalisadores partir de óxidos puros); constituídos principalmente por silica-alumina (cerca de 10% · 25%
industriais: (a) possivel atividade catalitica do suporte; (b) possivel modificação das proprie- de alumina); silica/zeólitas sintéticas; (b) argilas (esmectita; paligorsquita; haloisita; cauli-
dades (com melhora de desempenho) do componente ativo suportado; (c) área especifica e nita) geralmente ativadas por tratamento ácido, seguido ou não de tratamento térmico, em-
porosidade as maiores possiveis; (d) distribuição de poros adequada à área quimica; (e) es- bora ocorram casos em que a ativação não é necessária.
trutura cristalina e composição quimica adequadas; (f) tamanho de particula (do agregado Historicamente, os primeiros catalisadores utilizados em 1936, no processo Houdry de leito
ou pelota); (g) calor especifico e condutividade térmica elevados; (h) densidade aparente ade- fixo, foram à base de argilas. Com o desenvolvimento do processo utilizando leito fluidizado
quada; (i) resistência ao atrito, dureza e resistência à compressão elevadas; (j) estabilidade (PCC), os catalisadores à base de argilas continuaram a ser utilizados, até por volta do fim da
mecânica e tefmica às condições de operação no processo industrial. Segunda Guerra Mundial, quando começaram a ser substituídos pelos catalisadores sintéti-
Como se pode notar pela extensa lista de variáveis que devem ser fixadas para a escolha de
um bom suporte, essa lista deve ser muito criteriosa, seja o material analisado natural ou sin-
téico. (*)Os tratamentos de ativação por meio de ácidos inorgânicos substituem cátions alcalinos e/ou alcali-
A seguir são apresentadas as razões pelas quais em uma sêrie de reações quimicas industriais no-terrosos (presentes na estrutura cristalina ou como cátions intercalados trocáveis) por cátíons hid'ro-
(conversões químicas) já estão sendo utilizados catalisadores fabricados com a utilização de gênio, muitas argilas só têm aplicabílídade industrial no preparo de catalisadores após tal tratamento.
argilas. (**)Quando se escreve "catálise por argilas", deve-se entender que o catalisador é um argila (ou mistu-
Uso das argilas na produção de catalisadores:- Todas as propriedades listadas anteriormente ra de argilas) que.contém argilominerais específicos, os quais são os responsáveis pela "atividade catalí-
fazem com que as argilas sejam bastante apropriadas para o uso na produção de catalisado- tica da argila."
960 Ciência e Tecnologia de Argilas Argilas pilarizadas e argilas para catalisadores 961
cos (silico-alumin<;>sos) e, eventualn;iente, pelas. ~eól~as (Occ~lli et ai, 1984). Atualmente
otássio; (d) haletos metálicos, co~o.AIC13 FeCl~ e o S~C~;.(e) alg~ns óxidos, como ~lumina
ocorre um ressurgimento das pesquisas para utihzaçao de argilas cauliniticas e haloisiticas
em catalisadores para craqueamento de petróleo. ~misturas de silica/alumh~a; (f) zeohtas, natur~i~ ou smtetl~as (Ctola, ~979). As argilas, c?-
0 são materiais que contem elevado teor dos oxidos menc10nados no Item (e).' podem agir
Argilas esm~ctiticas d~ Arizona e do Mississip~ EUA, são u~ilizadas, com ativação ácida pa-
ra preparaçao de catahsa?~res bem como .caulms da Georgia, EUA e caulins haloisiticos da :mo catalisadores para isomerização; assim é que aldeídos podem ser conv.ertt?os em c:t~-
s pela ação de catalisadores à base de argilas (Robertson, 1948); montmonlomtas, cauhm-
Eureka (Utah, EUA) (Milhken, 1955; Gnm, 1962; Engelhard, 1984). Bentonitas do Azer-
baidzhan, URSS, são utilizadas in natura, como catalisadores na produção de óleo diesel tna vermiculitas e micas hidratadas, após ativação ácida, mostram boas propriedades catali-
as, · para can f e~o e ou~ras sub stAancias
· do _?r~po
partir de petróleo e/ou óleos pesados (Ovcharenko, 1981). ª ticas para a reação de isomerização de p!nenos
dos terpenos (Ovcharenko, 1981); é poss1vel a transfor~açao de hidrocarbonetos naft~m~os
II. Desidratação e hidratação de compostos orgânicos:- Por desidratação entende-se a elimi-
nação de uma ou mais mo~éculas de água ~e u~a só molécula de um composto orgânieo, e ("Naphtene hydrocarbons") em frações típicas da gasolma, na prese~ça de montmorilomt.a
por hidratação, o processo mverso. Esme~titas atlvadas por ácidos são bons catalisadores pa- ' 'da (montmorilonita-H). A isomerização do xileno é realizada em leitos contendo bentom-
ra desidratação (Ovcharenko, 1981) Ipatleff observou que caulim é capaz de desidratar ál- :~; (argilas esmectiticas) ativadas com ácidos (Mukhlyonov, 1979). As ~iclizações são tam-
coois (Ciola, 1981), Grim (1961) menciona o uso de catalisadores à base de caulim no proces- bém possíveis de ocorrer com a utilização de catalisa?ores à base de arg~as; por exemplo, a
so de desidratação de álcool amilico. Por meio de desidratação, pode-se obter etileno ou éter partir de ácidos alifáticos insaturados pode-se obter ciclopent~nonas. Mmt.o~ exempl?s desse
dietilico a partir de álcool etilico, usando esmectitas ativadas por ácidos ou caulinita. tipo de ciclização podem ser encontrados nos estudos das reaçoes onde participam os oleos es-
Álcoois resinosos, produzidos a partir do ácido abiético por hidrogenação, podem ser desi- senciais (Grim, 1962)', . . _ , _ . _ . A •

dratados com o uso de esmectitas - H (ativadas com ácido), produzindo assim, hidrocarbone- VI. Hidrogenação e H1drogen6lise :- Hidrogenaçao e a reaçao d~ adiçao de hid~ogemo a ~m
tos insaturados usados na Indústria Têxtil (Robertson, 1948). composto orgânico insaturado; as argilas funciona~ como cat~h~adores pa_:a hidrogenaçao,
Reações químicas simples foram estudadas para a produção de hidrocarbonetos insaturados seja numa simples mistura com niquei ou outro catalisador me~ahco, ou ent~o. entram n~ pr:-
e éteres a partir de álcoois primários alifáticos: sob altas temperaturas, pode-se conseguir a paração de um catalisador onde o niquei é depositad? e reduzido na superficie dos argll01.m-
pirólise dos compostos iniciais, obtendo-se assim muitos compostos químicos de baixo peso nerais constituintes da argila. Como os compostos msaturados tend~m a ser preferencia!-
molecular (IBP, 1984). mente adsorvidos na superfície das partículas da argila (geralm,e?te attvadas en_i um ~rocedi­
A desidratação do 4-metoxifenilpropanodiol em 4-metoxifenilacetona, bem como a síntese mento térmico ou químico), pode-se supor que o processo catahtlco do qual o mquel e o com-
de cetonas por condensação diólica de catalisadores, ambos geralmente contendo elevado ponente ativo é mais eficiente na camada de reagente ~dsorvida ~Robe;tson, 1948;. o.vcharen-
teor de silico e alumínio; (a) catalisadores sintéticos (preparados geralmente a partir de óxi- ko, 1981). As hidrogenações, (como por exemplo a hidrogenaçao de oleos vegetais i~satur~­
dos puros); constituídos principalmente por silica-alumina (cerca de 10% - 25% de dos para produção de margarina) devem ser feitas em condições c~ntro!adas para evitar~ hi-
alumina); silica/zeólitas sintéticas; (b) argilas (esmectita; paligorsquita; haloisita; caulinita) drogenólise, que é definida como sendo uma reaçã? de ruptura de hga~oes, com a co~seque~ -
geralmente ativadas por tr~ta~ent~ á~ido, seg_u~do ou não de tratamento térmico, embora te adição de hidrogênio e formação de duas ?u mais ~ole~ulas ~,vartrr de uma molecul~ on-
ocorram casos em que a atlvaçao nao e necessana. ginal; existem casos, no entanto, em que a hidrogenohse e desejavel, ,como no caso de hidro-
III. Condensação:- Um grande número de reações de condensação pode ser catalisado por craqueamento de ale ano S de alto peso molecular e, nesses casos, o mquel suportado se mos-
argilas. Aldeídos e cetonas, quando em contato com caulim (caulinita), na presença de amô- tra como um dos melhores catalisadores para esse fim (Ciola, 1981).
nia, levam à formação de bases piridínicas ("pyridine bases"). Nitrilas podem ser produzidas O Brasil é rico em argilas contendo argilominerais niqueliferos (Souzaet ai, 1978).
pela reação de amôn.ia com ácido ~cético, ácido adipico e ácidos graxos, catalisada por argi- VII. Desidrogenação :- Os catalisadores de desidrogenação mais comuns são em geral, cons-
las. Membros da séne da antraqumona condensam com anidrido ftálico sob ação de catali- tituídos por óxidos facilmente redutíveis ou seus, metais, ~om? po~ e~emplo cob:e, pr~ta, co-
sadores à base de argila (Robertson, 1948). balto e zinco; sulfetos de zinco e cádmio; carbono não-cnstalino; oxidos e/ou hidroxidos co-
Diacetato de acroleína pode ser produzido a partir de acroleína e anidrido acético com um precipitados com amônia a partir de soluções de nitratos de niquei e de cobre; cobre, ou se~s
rendimento de 82% em relação à acroleina, com o uso de uma montmorilonita atÍvada por óxidos, sobre suportes; cobre, com 1-5% de crômia, sobre vário~suport:s (esses suportes sao
ácido; isocanfilguaiacol é produzjdó a partir de canfeno e guaiacol, com rendimento de 62% geralmente silico-aluminosos); c~bre ativado~ com cobalto e crom~a (C10la, 1981).
em relação ao canfeno, com o uso de um cat~lisador semelhante (Sud-Chemie, 1985). Um catalisador preparado a parttr de esmectlta tratada com soluçao 0,1~ de CrC13 (cromos
IV. Eliminação e adição de átomos de cloro:- Atomos de cloro podem ser removidos de com- fixado na argila por troca iônica) mostrou ser eficie~te para, a sintes~ de hidroc_arbone~os al-
postos orgânicos clorados pela.ação catalítica de argilas em condensações, tais como a que quenilaromáticos, ("alkenylaromatic hydrocarbons ) atraves da desidrogenaçao do ~tllben:
ocorre quando cloreto de benztla e benzeno reagem formando difenilmetano. Clorobenzol, zeno ("ethylenebenzene") e do isopropilbenzeno ("isopropylenebenzene"); um catahsador a
clorotoluol e parafinas clora~as podem ter seus átomos de cloro eliminados através de reações base de benzeno e de óleos graxos ("fatty oils"); um catalisador à base de argila tratada com
químicas catalisadas por argtlas (Robertson, 1948). Inversamente, pode-se fazer a monoclo- paládio (1 % em relação à argila) é especialmente ativo na hidrogenação do furano (Ovcha-
ração de bifenóis empregando catalisadores à base de bentonita - argilas esmectiticas (Sud- renko, 1981). ,
Chemie, 1985). VIII. Aminação :- Catalisadores à base de esmectitas tratadas com ácido.ou abas: de esme~­
V. Isomerização e ciclização: O estudo da isomerização é extremamente importante, e ao titas, com 8% de óxido de ferro, mostraram ser efetivos na produção de ci,cl?examm~ ~ parttr
mesmo tempo complexo, porque ela pode ocorrer por via térmica, com o uso dos mais varia- da aminação de cicloexanol. Catalisadores à base de óxidos de prata, vanad10, m~gnes10, fer-
dos tipos de catalisadores, sob quaisquer condições de catálise. Por outro lado, a isomeriza- ro e cromo, suportados em uma esmectita da Georgia, URSS, .mbstraram ser atlv~s na pr?-
ção catalítica é uma das reações mais importantes na Indústria do Petróleo, pois permite au- moção da amoniólise oxidativa ("oxidative amoniolysis") de hidrocarbonetos alquil-aroma-
mentar o indice de octanas da gasolina. A isomerização de butano em isobutano é feita indus- ticos (Ovcharenko, 1981). . . . , . A •

trialmente por catalisador à base de haloisita (Mukhlyonov, 1975). IX. Alquilação :- A alquilação é uma reação que permite su?st~t~tr,u~ ion de hidrogemo (u~
A isomerização catalisada por ácido é o mais importante processo para isomerização indus- próton) por um agrupamento alquila, sendo que essa substttuiç~o e feita, geralment~, em hi-
trial e é levada a termo em grandes quantidades pela Indústria Petroquímica. Entre os catali- drocarb.onetos parafínicos, aromáticos ou alquil-aromáticos (Ctola, 1?~1). Os catahsadores
sadores ácidos utilizados industrialmente temos: (a) ácidos orgânicos, como os ácidos mono normalmente utilizados em processos de alquilação (cloreto de alumm~o, fluoreto de boro,
di e tricloroacético; (b) ácidos inorgânicos, como o HF e o H3P04 ; (c) sais, como 0 sulfato d~ ácidos fortes como o clorídrico e o sulfúrico) normalmente corr,?em o eqmpamento: ~nqua~to
as resinas de troca iônica, que também podem ser utilizadas, tem uma baixa estabihdade ter-
962 Ciência e Tecnologia de Argilas Argilas pilarizadas e argilas para catalisadores

mica. Esses inconvenientes podem ser contornados com o uso, como catalisador de uma es- propileno, pode ser conseguida coni um catalisador à base de esmectitas (Sud-Chemie,
mectita da Georgia, URSS, tratada com uma solução O, 15N de cloreto de aluminlo; esse mes- 1985).
mo pesquisador vem testando um catalisador à base de caulinita para o processo de alquila- A conversão catalitica de epoxiestireno em fenilacetaldeido, catalisada por vários argilomine-
ção de benzeno com propileno (Ovcharenko, 1981). rais, tais como sepiolita (de Yunclillos, Toledo, Espanha); caulinita (de Liria, Valência, Es-
A alquilação de fenol e de cresol pode ser obtida com o uso de uma montmorilonita tratada panha); haloisita (de Eureka, Utah, EU A); paligorsquita (de Serradillo, Caceres, Espanha) e
com ácido, com rendimentos que dependem da temperatura e dos reagentes utilizados: são pirofilita, foi obtida com sucesso por Casal e-Ruiz-Hitzky (1985); o talco (de Puebla de Lillo,
c~tados rendim~ntos de atê 100% em processo utilizando fenol e isobuteno gasoso, na propor- León, Espanha) e montmorilonita (de Upton, Wyoming, EUA) tambêm foram testados, mas
çao 1:3 (a reaçao ocorrendo a 70°C por um tempo de 120 min (Sud-Chemie, 1985). apresentaram conversões menos satisfatórias.
X. Polimerização iônica :- Argilominerais, ativados por ácidos, são possiveis catalisadores de Aminas aromáticas podem ser convertidas nos seus derivados coloridos quando postas em
grande potencialidade para processos de polimerização catiônica de monômeros. Ovcharen- contato com argilas esmectiticas; a polimerização de estireno na presença de montmoriloni-
ko e Bryok estudaram a polimerização de ciclosiloxanas (em especial, a octametilciclotetrasi- tas tratadas com ácido foi obtida por Bittles et ai., com um rendimento considerável em po-
lo~ana), catalisada P?~ argilominerais em diferentes formas honioiônicas (-Li, -Na, -K, -Ca, - liestireno; Paecht-Horowitz et ai. Observaram que montmorilonitas podem catalisar a for-
Ni, -Al, e -H3 0-, verificando que as formas que apresentaram maior atividade foram' as for- mação de polipeptideos a partir de aminoácidos ("amino acid adenylates"), como o alanila-
mas homoiônicas de hidrogênio e aluminio (Ovcharenko, 1981). denilato (Theng, 1978).
XI. Uso em processos utilizando g/icerfdeos:-Catalisadores à base de argilas podem ser utili- A retirada de compostos orgânicos coloridos de óleos e gorduras minerais, vegetais e animais
za~os na desidratação de óleos de mamona e de peixe para a produção de óleos secativos; na ê obtida por meio da adsorção e posterior polimerização, dessas substâncias catalisadas na
Chma, onde produtos à base de petróleo eram de dificil obtenção na dêcada de 40, óleo de superficie de argilominerais paligorsquiticos (eXistentes nas terras-fuller) e de esmectitas ati-
tungue e outros glicerideos craqueados, com a utilização de um catalisador à base de argilas vadas com ácidos minerais (argilas descorantes "bleaching clays" (Grim, 1962; Sidiqui,
para produção de hidrocarbonetos (Kuwata, 1940; Suen, 1941); (Robertson, 1948), Weyn; 1968). Geologicamente, os petróleos parecem haver sido gerados pela pirólise de óleos e gor-
(1986; 1987) estudou o craqueamento por esmectitas de vários óleos vegetais brasileiros. duras animais e vegetais, catalisada por esmectitas e paligorsquitas, agindo sobre os ácidos
XII. ~so em processamento de óleos essenciais:- Desde 1915, quando Gurwitsch mostrou graxos desses compostos (Shinoyama e Johns, 1971; 1979; Heller-Kallai, 1984; 1985; Davis,
que rmeno ~inha s~a poli,n:erização ~ sesqui e poli-terpenos favorecida pela presença de ata- 1982; Fripiat, 1974; Yariveheller-Kallai, 1984; Almon e Johns, 1975; Barrer, 1984; Johns,
pulgita (paligorsquita), vanos pesquisadores vem estudando a ação catalítica dos diversos ar- 1981; Pearson, 1981. Outros exemplos de usos de argilas como catalisadores na Indústria
gilominerais (de espaçamento basal de 7Á , lOÁ , 12Á e 14Á ) em processos envolvendo óleos Química encontram-se nas publicações de Delmon e colaboradores (1986).
essenciais; praticamente todos os tipos de reações químicas que são promovidas por catalisa- Um ponto interessante a ser assinalado ê o de que a fabricação de catalisadores ê um dos seto-
dores (tais como desidratações, esterificações, polimerizações, quebras de molêculas ("de- res da Cerâmica de Alta Tecnologia ou Cerâmica Avançada (Westwood, 1984). Empresas
~olymerizations"! iso~eriza~ão (incluindo ciclizações) foram desenvolvidas. Os produtos ob- produtoras de argilas de diversos tipos, como a Ehglish China Clays, e a Engelhard Minerais,
tidos nessas reaçoes sao de interesse especialmente para o segmento da Indústria Química possuem fábricas de catalisadores industriais; muitos outros exemplos são conhecidos de em-
que opera com perfumes e flavorizantes; entre as argilas utilizadas se incluem caulinitas es- presas cerâmicas entrando nesse momento na Indústria Química (Anônimo, 1986).
mectitas, bauxitos e vermiculitas (Grim, 1962). ' Conclui-se que um número m~ito grande de reações químicas pode ser catalisado por argilo-
XIII. Esterificação :- A reação química de esterificação entre n-butanol e ácido acêtico (numa minerais existentes em argilas; são mais usadas argilas cauliniticas, haloisíticas, esmectiti-
proporção de 1,1:1,?), produzindo acetato de butila normal pode ser conseguida industrial- cas, vermiculíticas e paligorsquíticas. Um i.nteresse cada vez maior vem sendo despertado pa-
mente com um rendimento de 90,8% em relação ao ácido acêtico com o uso (como catalisa- ra processos catalisados por argilas, especialmente naqueles que utilizam argilas tratadas de
dor), de uma montimorilonita ativada com ácido clorídrico (conformada em esferas com 4 modo a conterem, nos seus espaços interlamelares, cátions grandes - cátions complexos ou
mm de diâmetro/ e submetida a um tratamento têrmico posterior. A esterificação de ácidos então polioxicátions - , que agem como "pilar" entre camadas consecutivas de argilomi~e­
gr.axos, ácido. ~aleico e ácido citrico,, utilizando os álcoois metilico, etílico e alílico, pode ser ral. Essas argilas assim tratadas, denominadas de "pilalar compounds" ou "pillared clays",
feita com facilldade pelo uso de um catalisador à base de esmectitas (Sud-Chemie, 1985). vêm sendo muito estudadas para uso em catálise (Pinnavaia, 1983; Burch, 1988).
XIV. Usos diversos:- Coleman e McAuliffe indicam o uso de uma montmorilonita tratada Argilas intercaladas:- Em Química, intercalaçãorefere-se à inserção reversível de compostos
com ácido (monocatiônica, com cátion hidrogênio) como catalisador para hidrólise de êste- numa estrutura "hospedeira", com a manutenção da estrutura desta última (Whittingham,
res. ~inversão de sacarose; Kayser e Bloch mostraram que esmectitas catalisam a inversão da 1982). O fenômeno de intercalação, apresentado especialmente pelos sólidos que possuem
sacarose e a formação do ácido sulfanilico (Grim, 1962). morfologia lamelar oufibrilar, tem sido bastante estudado nos últimos anos (Whittingham,
Catalisadorés formados por complexos da ródia (do tipo Rh(NBD) (dppe)', onde NBD = 1982; Rouxel, 1986). Isso porque ê reversível (uma de suas principais caracteristicas); essa re-
norbordardieno e dppe = 1,2 bis (difenilfosfinoetano) (intercalados nos espaços interlamela- versibilidade pode ser efeito de um tratamento químico, elêtrico ou têrmico; envolve, geral-
res de argilominerais esmectiticos àpansiveis, tais como a hectorita homocatiônica de sódio mente, pequena quantidade de energia, uma vez que boa parte dos compostos se intercalam
como cátion trocável no espaço interlamelar), podem ser usadas como precursores para as em temperaturas que vão das ambientes até 80ºC/100ºC (Rouxel, 1986); pode levar a uma ga-
reações de hidrógenação-isomerização que levam o 1-hexeno a metanol (Raytata e Pinnavaia ma de produtos interessantes, pois, em geral, combina algumas propriedades desejáveis tanto
1983; Pinnavaia, 1975). ' do composto intercalado quanto daquele que o acolhe, sendo que propriedades desejáveis tam-
O uso de montmorilonitas como catalisadores ácidos foi investigado para as reações seguin- bêm podem ser geradas pela própria intercalação (porosidade, por exemplo).
tes: .<a) decomposição de êsteres ciclohexilicos ("cyclohexyl esters"); (b) dimerização de pro- Os argilominerais são compostos altamente indicados para a preparação de materiais inter-
penilbenzenos; (c) lactonização do ácido cicloocteno-5-carboxilico; a primeira e a segunda calados, graças à sua estrutura anisomêtrico-lamelar, fibrosa ou ripiforme. Muitos argilomi-
das:eações. citadas foi c~nseguida com rendimentos aceitáveis, enquanto a reação de lactoni- nerais - especialmente alguns entre os de 2:1, cuja estrutura ê formada por duas folhas te-
zaçao catalisada por argilas mostrou-se menos eficiente que a mesma reação realizada em ca- traêdricas de Si02 , ligadas por oxigênios apiucais a uma folha central, octaêdrica, de hidró-
tálise homogênea (Pinnavaia, 1983). xido de aluminio, com eventuais substituições isomórficas de cátions, como as esmectitas e as
A alcoxilação de aldeídos insaturados, como a de acroleina levando a 1,1,3-trimetoxipro- vermiculitas - apresentam, naturalmente, cátions, geralmente acompanhados de suas
pa~o, pode se; ~evada a ~ermo com o uso de catalisadores à base de esmectitas, a produção de águas de hidratação, intercalados entre suas camadas. Esses cátions balanceiam a carga elê-
ammas aromat1cas alquiladas, como por exemplo a 2-isopropilanilina, a partir de anilina e trica de toda a estrutura e são facilmente trocáveis, sendo que sua natureza pode alterar algu-
965
Argilas pilarizadas e argilas para catalisadores
964 Ciência e Tecnologia de Argilas

mas propriedades do argilomineral, sem, no entanto, modificar sua estrutura. Assim, alguns
argilominerais constituem um conjunto de compostos naturais de intercalação bastante ade-

ª ª
quado para a preparação de outros compostos semelhantes, graças à troca de cátions presen-
tes nos espaços interlamelares. (J) ~o
Os compostos de intercalação apresentam vantagens evidentes para a catálise heterogênea, ~ z ~
pois podem fornecer uma matriz porosa com tamanho e distribuição de poros controlados e ~o a.. ã: ~
~ CXl

.,
~
1
ª
com centros ativos adequadamente dispersos, o que pode permitir pensar em processos cata- ':í (J) dJ
<(
liticos com atividade e seletividade elevadas. As argilas, nesse sentido, apresentam uma série dJ <(
::.!
~
>- <( Q)
ffia.. w
de caracteristicas desejáveis (Thomas, 1982): ~ 2 1--
a) podem incorporar dife~e~tes teores.de água, dependendo do cátion intercalado e da força o
z
<( ~
:r: fr, ffi1--
2
motriz do processo qunmco envolvido; ã:
CXl ~ :) g (J)

b) podem ser convertidas de hidrofilicas para organofilicas e vice-versa;


c) podem aceitar, além da água e dos cátions hidratados, diversos compostos intercalados p
em seus espaços interlamelares, como compostos orgânicos (tanto neutros como ioniza- "'
"u - p
lE ®
..,
dos), cátions complexos (inorgânicos ou organometálicos) e hidroxicátions (monoméricos .,e. --"' o
ou oligoméricos); 8l}. 8 "'
g
d) podem apresentar forte acidez, de Bronsted ou de Lewis. Esta última pode ser elevada, se "'~
a estrutura contiver centros elétron-aceptores, como, por exemplo, Fel• em substituição
isomórfica. A acidez de Bronsted pode ocorrer devido à dissociação da água interlamelar,
causada pelos fortes campos elétricos devido às camadas 2:1 negativas e aos cátions pre-
·<(
* ê
pp. p
C/) Ul
sentes, sendo neste último caso especialmente marcante o efeito do AJl+>, que poderia ge- <(
e<(
E
e ~~ o
a>.~ 51i!
rar sitios ácidos pela seguinte equação:
N
Eco-
"'~ ~ Eê ~~ ..,E
[Al3 + (H20)ml--+- [Al(H20)m -1 OH]2+ + W; ã: l€ CXl N ex> CX> ~

e. ~~ ±~ CX>
<( 8l ~
...J
e) podem ser preparados, a partir de argilas, compostos com características de peneiras mo-
ã::
leculares, como as argilas intercaladas com polioxicátions, chamadas de argilas pilariza-
das, que são estáveis termicamente.
:b
C")
CIJ
<(
<( ...J
~
Argilas pilarizadas :- Podem-se definir como pilarizadas as argilas, geralmente 2:1, que con- ...J
w a
a:
~
·~o
têm no espaço interlamelar, grandes cátions estáveis termicamente (ou passiveis de serem C:l
<( ·~o ~
tra~sformados em compostos estáveis) que impedem o colapso do empilhamento das cama- j:f w ~
e ~ -~
das 2:1 quando aquecidas a mais de 400°C. O espaçamento basal de uma argila pilarizada,
oa: ~o ~
portanto, deveria ser mantido num valor elevado (pelo menos, à temperatura ambiente), não E.,·
oEZ
"'
E z"' .o
baixando até 9-10 Á com o aquecimento, o que caracteriza o colapso da estrutura.
Esmectitas e vermiculitas que contêm grandes moléculas orgânicas em seus espaços interla- ~
w
melares e, conseqüentemente, apresentam grandes espaçamentos basais já foram estudadas a:
Q.
e estão razoavelmente bem documentadas na literatura (Barrett, 1982; Theng, 1979; Wal-
~
ker, 1975). Esses compostos de intercalação, no entanto, não são estáveis termicamente: o
aquecimento leva à decomposição das moléculas intercaladas e à dessorção dos produtos de ·~
.2
decomposição, os quais, por si só, são incapazes de impedir o colapso da estrutura cristalina '§
do argilomineral. Têm-se produzido argilas pilarizadas pela intercalação tanto de cátions or- ~o
ganometálicos complexos quanto de polihidroxicátions, que, por aquecimento posterior, ge- E
ram compostos estáveis. A forma de introdução desses cátions tem obedecido essencialmente
a dois procedimentos: a) titulação - o argilomineral tem seus cátions trocados por outros, que o
I~
serão hidrolisadosin situ, resultando na produção de um poli-hidroxicátion no espaço inter- ::;_
lamelar, que agirá como "pilar" (utilizado por Yamanaka & Brindley (1978) para produzir
uma montmorilonita com uma folha brudtica de Ni(OH)2 intercalada); b)troca - o composto ~~
:e z
de intercalação contendo os cátions que agirão como pilares é preparado; em seguida, esses o E
:=- o
cátions são trocados com os que estão presentes no argilomineral (os quais podem ser tanto os z"
naturalmente presentes, quanto outros, que podem ser inseridos para tornar a argila ho- ·e:o ·e:o
•O
:~
moiônica). Q)
"O
~
.N .,
A literatura apresenta argilas pilarizadas segundo ambos os métodos, com hidróxidos e com- Q) "O

~
"O
postos organometálicos dos mais diversos elementos químicos (alumínio, ferro, zircônio, ni- o
quei, titânio, cromo, bismuto, vanádio, manganês, urânio, nióbio), originando, após calci-
"O ·x
~ o
nação, óxidos ou diversos compostos de decomposição. Um resumo dos resultados de alguns
trabalhos é apresentado na Tabela 35-1.
TABELA 35-1 (continuação)
PREPARO DE ARGILAS PILARIZADAS TEC.T4/95 81
Pilar após Composto Intercalado às
Calcinação Temperaturas Ambientes Espaçamentos
(Método) (a) Argilomineral Áreas Específica
Basais (m'g)
(A) Autores
Óxidos de zircônio [Zr,{OH) 8 (H2 0) 16 ] 8 • hidrolisado (dois métodos de montmorilonita (h)-1\Ía
preparação distintos: mistura da argila seca com de 12,5 a 19,6 ( + de 138 a 305 (depende
produtos da hidrólise do ZrOCI, em solução BURCH & WARBURTON (1986)
amb.) (depende do do método de prepara-
aquosa; predisposição da argila numa mistura método de prepa- ção e da maturação)
50/50 acetona/água e posterior adição de solu- ração e da matura-
ção aquosa de Zr0Cl2 ção

Óxidos de ferro ffe 6 (0H) 12 (H 2 ) 12 ] 6 , e montmorilonita (i)


[Fe13 0,(0H) 24 (H2 0) 12 J'• (inserção, de 14,25 ( + amb.) 40 (100ºC)
cátions, do cátion complexo de 13,8 (620ºC) DHAR et a!ii ( 1986)
125 (370ºCl
[Fe3 (CH 3 C00) 7 0H.2H,OJ•) 30 (620°CJ
Sulfeto de ferro Não mencionado (pilar de óxido de ferro
montmorilonita (g)-Na
submetido a tratamento com uma mistura 128
de 10% H,S em H, a 400ºC) BURCH & WARBURTON (1987)

Óxidos de cromo Não definido, depende da relação molar


montmorilonita (d)-Na 16,8 (+ amb.
OH!Cr usada inicialmente (inserção, por
280 (OH/Cr = 2,0) YAMANAKA & BRINDLEY (1978)
troca de cátions, dos produtos da reação OH/Cr = 2,0) (200ºC)
de Cr(N03 )3 e NaOH)
Sílica (Óxido de
silício)
Triacetilactanato de silício, que, ENDO et alii (1980)
montmorilonita (d)-AI 12, 1 (550ºC)
decomposto, libera (Si02 ) x (H2 0) _,. 100 (550ºCl
2 hectorita (j)-Li
(trocado, hidrolisado e a seguir decomposto) 12,6 (550ºC) 76 (550ºC) n
hectorita (j)-Na 12,6 (550ºC) êi»
(reação in situ entre Hacar) e SiCI,, a seguir 50 (550ºCl :::i
(")
montmorilonita (d)-AI 15,5 ( + amb.) ;;;·
hidrolisado e decomposto)
12,6 (500ºC) Cll
montmorilonita (d)-Cu -;
12,8 ( + amb.) Cll
(")
10,0 (500ºC) :::i
hectorita (j)-Li o
14,5 ( + amb.) õ
Otl
12,6 (500ºC) ;;;·
montmorilonita (d)-Ca 14,7 ( + amb.) a..
Cll
12,6 (500ºC)
montmorilonita (d)-Li >
13,4 (+ amb.) @.
9,6 (500ºCl
hectorita (j)-Na 14,4(+ amb.)
~
12,6 (500°C)

>
TABELA 35-1 (continuação) @.
~
PREPARO DE ARGILAS PILARIZADAS "2.
~
;;:r
Pilar após Composto Intercalado às Espaçamentos O>
Áreas Específica a..
Calcinação Temperaturas Ambientes Argilomineral Basais (m'g) Autores ~
{Método) (a) {A) Cll
O>
óxido de bismuto Essencialmente [8i6 (0H) 12 ] " (inserção, montmorilonita (d)-Na
@.
CV 15,7 (100ºC) 80 (100C; YAMANAKA et a/ii (1980)
por troca de cátions, dos produtos de 9,8 (500ºC) OH/Bi =O)
~
reação entre ácido de bismuto dissolvido "O

em HCIO, E NaOH)
25 (500ºC;
OH/Bi = 0)
~
(")

50 (100ºC; O>

OH/Bi = 2,0)
g_
v;·
15 (500ºC; O>
a..
OH/Bi = 2,0 o
Óxidos de alumínio [Al 13 0,(0H) 24 (H 2 0) 12 J'• (inserção, por montmorilolita (i)-Na cv 19,0 (amb.) 370 (i) VAUGHAN & LUSSIER (1980)
~
troca de cátions, dos produtos de hidrólise montmorilonita (d)-Na CV 18,8 (550ºC) 470 (d)
de ACH'l
Óxidos de alumínio montmorilonita (d)-Na 17,6 (100ºCl
Presumida [Al 13 0 4 (0H) 24 (H 20) 12 J'' 16,9 (650ºCl 270 (100ºC)
(inserção, por troca de cátions, dos produtos 180 (650ºCl
da hidrólise de ACH 8 )
Óxidos de ferro Íon [Fe3 (0COCH 3 ) 7 (0HJ• paciente montmorilonita (m)-Na 21,5 ( + amb.) 150 (100ºC) YAMANAKA et alii (1984)
hidrolisado (inserção do íon por troca de 16,7 (500ºC) 270 (500ºC)
cátions)
Óxidos de alumínio Não mencionado (insrção, por troca de hectorita (n)-Ca 16,9 ( + amb.) 253 (250ºC) SHABTAI et a/ii (1984a)
cátions, dos produtos da reação de AICl 3 hectorita (n)-La 18,0 ( + amb.) 248 (250ºCl
e NaOH) fluorectorita (o)-Li 18,9 (25ºC) 297 (250ºC)
18,4 (400°C) 206 (400ºC)
fluorectorita (o)-L 19, 1 (25ºC) 338 (25ºC)
18, 1 {400ºC) 283 (400ºC)
Óxidos de alumínio Não mencionado (inserção, por troca de montmorilonita (p)-Ce 18,2 (400ºC) 463 (400ºCl SHABTAI et alii ( 1984b)
cátions, dos produtos da reação de AICl 3 montmorilonita (p)-La 18,6 (400ºCl 430 (400ºC)
com NaOH) montmorilonita (p)-Li 17,9 (400ºC) 295 (400ºC)
montmorilonita (p)-Na/Ca
e.o
18,4(400ºC) 329 (400ºCl
~
(continua/
TABELA 35-1 (continuação) (O

~
PREPARO DE ARGILAS PILARIZADAS
Pilar após Composto Intercalado às
Espaçamentos
Calcinação Temperaturas Ambientes Áreas Específica
Argilomineral Basais (m'gJ -
(Método) (a) Autores
(A)

óxidos de alumínio Estudos sugeridos (não se afirma nada a


montmorilonita (p)-Ce 18,4 (25ºC)
respeito) (inserção, por troca de cátions, 491 (250ºC) TOKARZ & SHABTAI (1985)
17,0 (500ºC) 404 (500ºC)
dos produtos da reação de AICl 3 com NaOH) montmorilonita (p)-La 18,6 (25°C) 497 (250ºC)
[Al 13 0 4 (0H) 28 J'• ou [Al 13 0 4 (0H), 4 ] "
16,8 (700°C) 248 (700ºC
montmorilonita (p)-Na 19,0 (25ºC 408 (250 ºC)
17,6 (500°C) 346 (500ºC)
Óxidos de cromo Cr(OH)j:q (troca de cátions, realizada
montmorilonita (g)-Na q = O, 17-27,6 (25
a quente (95ºC) e sob refluxo, com os 353 (350ºCJ PINNAVAIA et alii (1985)
ºC) 21,0 (500ºC) 61 (350ºC)
produtos da reação de Cr(NO,), e Na 2 C0 3 )
q = 0,32-16,8 (25 61 (350ºC)
ºC 13,7 (500ºC)
q = 0,48-26,8 (25 433 (350ºC)
ºC 21,0 (500ºC)
óxidos de nióbio e M,0 5 (onde M = Nb ou Ta) (decomposição
montmorilonita (q)-Ta 18,3 (25ºC)
tántalo térmica dos cwster cátions de cloretos dos 32 (240ºC) christiano et alii ( 1985)
metais) 9,7 (400°C) 70 (350ºC)
montmorilonita (q)-Nb 18,4 (25ºC) 58 (130ºC)
10,0 (450°C) 63 (325°C)
Óxidos de cromo "difícil a especular" (sic) (1nserção, por
montmorilonita (d) 15,78 (+ ·amb.)
troca de cátions, de complexos de 69 (400ºC) DHAR (1986)
19,8 (400ºC) ()
acetilacetonato de cromo) e;;;
:::i
Óxidos de ferro Similar ao [Al 6 (0H) 12 (H 2 0) ]6 +
12
(Inserção, por troca de cátions, de
montmorilonita (d) 14,97 ( + amb.) 125 (400°C) "
iõ'
(!)

complexos de acetilacetonato de ferro) -i


(!)

Óxidos de vanádio "difícil a especular" (sic) (inserção, por montmorilonita (d) 15,2 ( + amb.)
"
:::i
o
troca de cátions, de complexos de 25 (400ºC) õ
13,8 (400ºC)
acetilacetonato de vanádio) °"o..iõ'
(!)
Óxidosdemanganês"difícil a especular" (sic) (inserção, por
montmorilonita (d) 14,72 ( + amb.) >
troca de cátions, de complexos de
acetilacetonato de manganês)
14,0 (400ºC) aJ
~

>
TABELA 35-1 (continuação) ~­
PREPARO DE ARGILAS PILARIZADAS ~
~.

Pilar após Composto Intercalado às Espaçamentos Áreas Especifica


~
N.
Calcinação Temperaturas Ambientes Argilominera.I Basais (m'gJ Autores !»
(Método) (a) (AJ
o..
~
(!)
Óxidos de zircônio [Zr4 (0H) 14 !H 2 0) 10 ]'• (inserção, por montmorilonita (d) 14,7 ( + amb.) 47 (400ºC)

troca de cátions, dos produtos de hidrólise 14,3 (400ºC) @.
de soluções aquiosas de ZrOCI,)
~
Óxidos de alumínio [Al 13 0 4 (0H) 24 (H 2 0) 12]7• e/ou montmorilonita (d) 15,22 ( + amb.) 40 (400ºC) "O

[Al 6 (0H) 12 (H,0) 12 ] 6 • (inserção, por troca 14,2 (400ºC) @
de cátions, dos produtos da reação de AICl 3
e NaOH)
"!»
[
Óxidos de titânio Não mencionado (titulacão de esmectita beptonita ( r)-Ca 26,2 ( + amb.) 204 (300ºC) GUIDA et alii (1986)
v;·

- Ti(S04 ) 2 com NaOh, ~eguida de 156 (500ºC) o..
o
aquecimento)
rn
óxidos de alumínio Presumivelmente cristalitos de boemita montmorilonita (d)-Na 18,6 + amb; ACH 350 (250ºC; tratamento STERTE & OTTERSTED (1986)
fibrilar, carregados positivamente, em sem tratamento da solução inicial a
solução coloidal (inserção presumivelmente hidrotermal) 140ºC)
por troca de cátions dos cristalitos 14,6 ( + amb; ACH 160 (250ºC; tratamento
preparados a partir de soluções de ACH tratada a 140°C) 160 (250ºC; tratamento
submetidas a tratamento hidrotermal) 160ºC)
Misto: óxidos de Não mencionados (adição de ACH' à montmorilonita (d) 17,7 (+ amb. 392 (inicial) SUIB et alii (1986)
alumínio + uo, bentonita - uoi· homoiônica) colapso a 730ºC) CV270 (700º C)
óxidos de cromo Cr2 0 3 presumido (hidrólise de bentonita (g) 14,3 (400ºC/H 2 ) CARRADO et a/ii (1986)
+ CrC3 6H 2 0)Cr3 • + [Al 13 0 4 (0H 2,. •• delaminada (após
Óxidos de alumínio (H 2 0) 12 ] " (argila-Cr + ACH' hidrolisado bentonita (g) T.C.)
[Al 13 0 4 (0H) 24 (H 2 0) 12 ] " dopado com 18,4 (400ºC/H 2 )
Cr3 • (não mencionado) 17,8 (após T.C.)

Observações:

(a) Método de preparação utilizado, em relação ao item 3.1, titulação ou troca (i) Bentonita microfina HPM-20 - American Colloid Co.
(b) De Formosa (China Nacionalista) (j) 8aroid Division of ANL Industries.
(c) Não é exatamente um pilar que se forma neste caso, mas sim a intercalação *
(l)Bentonite 325, American Colloid Co., Wyoming.
to
de toda uma camada do tipo da brucite de Ni(OH) 2 ; é constantemente citado (m) "Kunipia G", Japão.
em todos os artigos sobre intercalação. (n) Hector, Califórnia, The Clay Minerais Society.
ffi
d) De Wyoming - "Volclay" - American Colloid Co. (o) Sintética.
(e) Fisher Bentonite - Uniat Bentonite - Upton Wyoming. (p) Belle Fourche, Dakotas do Sul ("Accofloc 350") American Colloid Co.
(f) Libby, Montana. (q) Source Clay Repository, Universidade do Missouri.
(g) Procedência desconhecida (não mencionada no artigo). (r) Província de Lianong, China Popular.
(h) "Fulbent 570" Laporte Industries.
971
970 Ciência e Tecnologia de Argilas Argilas pilarizadas e argilas para catalisadores

Variáveis envolvidas no processo de pilarização ou de pontagem :- O principal objetivo a ser uma argila pilarizada (aqui chamadas de "propriedades físicas") (Fig. 1) pode~ ser determi-
atingido quando se produz argila pilarizada a partir de uma expansível é conseguir o maior nadas ou avaliadas com boa precisão por meio de várias técnicas experimentais:
espaçamento basal possível, a fim de que a superfície interna dos empilhamentos das cama- O espaçamento basal (do 01 ) pode ser determinado com precisão por d}fr~ção de rai~s ~ ..A es-
das 2:1 elementares das argilas (a superfície das plaquetas de argila que "enxergam" o espa- tabilidade dessa dimensão com a temperatura é de extrema importancia para a viabilldadc:
ço interlamelar) possibilite a absorção. Obtêm-se, assim, produtos com grandes áreas especi- da utilização do argilomineral pilarizado como catalisado~, uma vez que ele deve ser capaz de
ficas e com volume e· distribuição de poros adequados à catálise, utilizáveis diretamente como resistir às condições de operação e de recicla_gem do ca!ahsado~, por vezes ~~veras. O ~s~aça­
catalisadores ou como suportes (Plee, 1985; 1987). mento basal deve ser elevado (acima de 16 A , se possivel), a fim de permitir a exposiçao de
Estudos mais aprofundados das variáveis envolvidas no processo de pilarização só foram fei- uma maior área interna da argila. .
tos para o caso de esmectitas pilarizadas com cátions poli-hidroxialumínicos. Como esses tra- Como a espessura da camada 2: 1, em geral, é conhecida (ou'. no limite, pode ser determ~nada
balhos fornecem um modelo de abordagem para o estudo dos processos de pilarização, as va- por microscopia eletrônica de transmissão), pode-se determmar a espessura do espaço mter-
riáveis neles estudadas serão listadas a seguir. lamelar no argilomineral pilarizado. .
Em relação ao argilomineral, as variáveis que se têm mostrado importantes são: a) a carga Avaliações de área especifica, de tamanho e da distribuiçã~ de y~ro~ p~dem s~r ?btidas ~
da camada 2:1m elementar do argilomineral e sua localização (se na folha tetraédrica ou oc- partir de dados de adsorção de nitrogêni? ~temperatura do mtogemo hqmdo (Caillere, 1982,
taédrica) são importantes no processo e na estabilidade do produto formado; consideram-se Gregg & Sing, 1967; Van Olphen & Fnpiat, 1979). . _ ,
os argilominerais com carga na folha tetraédrica e as beidelitas (Plee, 1985; Pinnavaia, Podem-se avaliar as dimensões laterais dos poros por medidas de adsorçao de mole~ulas ~ro­
1985a) mais apropriados à elaboração de produtos mais estáveis, pois haveria uma reação máticas de diversos tamanhos (Pleeet alii, 1987; Shabataiet alii, 1984a); pode-se, m~lusive,
entre a folha tetraédrica e o pilar de alumina quando do aquecimento a temperaturas entre avaliar a distribuição dessas dimensões laterais - se homogê!1ea ou não :--- ~or .~edidas de
300°C e 500°C; b) a localização da carga da camada e a composição do argilomineral são, adsorção de moléculas que apresentem dimensões que permitam uma distnbmçao regular
segundo Pinnavaia (198Sa), importantes para a produção de argilas pilarizadas mais está- dos pilares essencial para que ocorra a adsorção (Plee, 1987). . .
veis termicamente; c) o envelhecimento da suspensão do argilomineral de partida (antes da Avaliação das propriedades químicas superficiais:- Podem-se avali,a~ as prop~1edades super-
pontagem, ou seja, adição da solução hidroxialumínica do argilomineral), que deve ser de ficiais - essencialmente a acidez, de Lewis ou de Brõnsted - de vanas manerras - boas re-
uma a duas semanas, segundo o Dr. Georges Poncelet, (da Univ. Louvain); d) a controle visões encontram-se em Benesi & Winquist, 1978; Jacobs, 1984: Rupert, 1987. Duas d~ssas
da concentração das suspensões antes e após a pontagem, especialmente esta última; reco- maneiras, ligadas à espectroscopia no infraverme1:11º• são aqui citadas. Uma delas baseia-se
mendam-se, respectivamente, concentrações da ordem de 2% e acima de 0,1 % (Plee et ai, no espectro do argilomineral com NH3 quimissorvido; o espectro ~presenta bandas, caracte-
1987; Schutz, 1981; 1985). rísticas do NH quando existem sítios de Lewis (aceptores de eletrons) e bandas do NH 4
Quanto à solução hidroxialumínica, consideram"se mais importantes, para fins de controle, quando existe~ sítios de Brõnsted (doadores de prótons) (R~p.ert, 1987~. Por u~ processo se-
as seguintes variáveis: melhante, com a adsorção de piridina, podem-se consegurr mformaçoes eqmvalentes (Ru-
- a relação molar OH/ AI, pois controla a natureza dos poli-hidroxicátions presentes; a ma- pert, 1987). . ,. d
turação da solução de partida, importante também para a formação das espécies presentes Outras propriedades químicas superficiais, relacio!1~das à ativi.dade catahtica, po em ser
(alguns autores, como Plee (1985) e Schutz (1985), sugerem a maturação por tempos curtos, avaliadas em relação ao desempenho em testes catahticos padromz~dos. Entre estes, podem -
da ordem de 1-2 h, a temperaturas de 50-60°C; outros, como Lahav (1978) e Shabtai (1984a, se citar alguns: a) craqueamento do cumeno, utilizado por Shabatai (1984a); b) craqueamen-
b) propõem maturação por tempos mais longos, de cinco dias até 18 meses, às temperaturas
ambientes); a concentração em A}!• na solução de partida, também controlada por alguns
autores (sendo mantida, por exemplo, a 0,1 M, por Schutz (1985).
Em relação ao processo de pontagem e à suspensão já pontada, a importância de variáveis
tem sido realçada por vários autores: a temperatura a que é feita a pontagem (Plee, 1987); a A - Camada 2:1 elementar
relação entre a quantidade de alumínio presente e a massa de argila, geralmente citada na li- B - Espaço interlamelar
teratura em meq Alig de argila seca; a lavagem da suspensão final, para eliminação do exces- P - Unidade pilarizante ("pilar')
so de cátions e dos ânions, que influi na qualidade do produto final (Plee, 1987; Schutz, D - Distância entre camadas
1981; 1985); a maturação da suspensão após a pontagem e antes da lavagem (Plee et alii, d001 - Espaçamento basa 1
1987; Schutz, 1985; Tokarz & Shabtai, 1985); a forma de secagem da suspensão de argila E - Distância entre pilares
pontada e dialisada, que condiciona a estrutura do produto final (Pinnavaia, 1984). 9- Grupos funcionais
Tais variáveis foram estudadas para o caso dos argilominerais expansíveis às temperaturas O- Cátions trocáveis residuais
ambientes com poli-hidroxicátions de alumínio (os cátions serão transformados em óxidos_de
alumínio peló aquecimento). As mesmas variáveis - ou aquelas que, embora difer~tes,
controlem de forma semelhante as características do produto final - devem ser consideradas
para os casos de argilominerais expansíveis pilarizados com outros cátions. A seguir,
apresentam-se as propriedades importantes para um argilomineral pilarizado com vistas à
sua utilização como catalisador.
Propriedades a serem controladas numa argila pilarizada para uso como catalisador ou ad-
sorvente :- A literatura tem apresentado, nos últimos anos, uma série de artigos a respeito de
argilas pilarizadas testadas como catalisadores em várias reações. As propriedades interes-
santes podem diferir um pouco, dependendo da reação particular em estudo, mas a metodo-
logia de caracterização dessa categoria de catalisadores envolve, em geral, duas áreas de in-
vestigação, descritas a seguir. FIGURA 35.1. _Vista esquemática de uma argila 2: 1 expansível pilarizada (adaptado de Shabtai, 1984 e
Avaliação das propriedades físicas:- As dimensões características da estrutura cristalina de Vieira Coelho e Sousa Santos, 1988).
-~-- ---- ----------------------
972 Ciência e Tecnologia de Argilas Argilas pilarizadas e argilas para catalisadores
973
to degas oil {ga~ ?il cracking!, util~ado por Occe~i (~984); c) desidrogenação de ciclohexeno 2 3
em benzeno, ~t.illzado por Pmnavaia (1985); d) hidroisomerização - hidrocraqueamento do
n.-heptano, utilizad~ P?r.Schutz (1985), que fornece informações a respeito da catálise bifun-
c10nal - uma funçao acida e outra metálica-, uma vez que é realizado com materiais im- "Freeze Ar
pregnados com platina; e) craqueamento do cumeno e isomerização dom-xileno utilizados
por Schutz (1985) (!ornecem informações sobre o caráter ácido do material test~do). Dry"
Todos e_sses test~s sa~, no entanto.' de validade muito restrita. Para alguns, cujo mecanismo
da reaçao envolvida e bem conhecido, o resultado pode trazer informações muito interessan
tes sobre a nature~a_do argil?mineral pilarizado. Para outros, porém, cujo mecanismo nãos; !-Argila "pilorizoda" em suspensão,floculodo
~onh:ce com ~xatI?ao, a vahdade das informações obtidas restringe-se à possibilidade de uti- 2-Argilo seco por liofilizoção,mantendo umo "estrutura floculodo"
hzaçao do argllommeral pil~rizado como catalisador para aquela reação-_especifica. Em am- 3-Argilo seco ao ar
~os os casos, no e~tanto.' as mformações, ?eralmente, são relativ,as - um argilomineral pila- FIGURA 35.3. - Um modelo de agregação das camadas 2:1 para argila seca por liofilização ("frleze
°;Zado sempre se~~ considera~o bom catahsador para determinada reação em relação ao ren- dry") ou seca ao ar, a partir de ~ma mesma amostra de argilafloculada. (Vieira Coelho e Souza Santos,
~imento e a seletivi~a.de desejados, e, em geral, em comparação a outros catalisadores já uti- 1988).
hzados (como as zeohtas) na mesma reação quimica.
Argilo~inerais pilari~ados e argilominerais delaminados :- Alguns autores (Pinnavaia, 1984; Reações químicas que utilizam argilominerais pilarizados como catalisadores :- Há uma
Occelh, 19'.W; 1987) fizer~m um levantamento sobre a possibilidade e as vantagens do prepa- grande variedade de_reações quimicas que poderiam utilizar argilominerais pilarizados como
ro de catahsadores ~parti~ de argilominerais pilarizados e parcialmente delaminados. A es- catalisadores. isto porque se pode conseguir, dentro dessa classe de materiais, uma série de
trutura do produto final (Fig. 2) contém regiões não só com microporosidade ("regiões de mi- produtos com as mais diversas caracteristicas, variando-se o argilomineral de partida e os cá-
croporosida~e ~eolítica", segundo,~innavaia, 1984), mas também com macroporos, 0 que tions "pilarizantes" ou misturando-se dois tipos de cátions. Apesar de não conhecermos ne-
P?de ser ~mto mteres.sante ~ara vanas reações, como, por exemplo, o craqueamento degas nhum artigo sobre argilominerais pilarizados com "pilares mistos", que foram preparados
oil .<Occelh, 1984). Tais catahsadores à base de argilominerais pilarizados e delaminados são no Groupe de Physico-Chimie Minérale et Catalyse, Université Catholique de Louvain-la
h?Je preparados. a~enas .c~~ argilominer,ai~ 2:1 expansiveis, pilarizados às temperaturas am- Neuve, Bélgica, que tais produtos já vêm sendo testados com relativo sucesso, o que permite
b~entes co~ pol~-hid~oxi~at~ons de alummio, seguindo G procedimento utilizado na elabora- supor que, num futuro imediato, constituirão uma realidade industrial.
çao dos ar?llo~merais pilanzados. O processo de secagem final parece ser 0 que define a es- Apenas para exemplificar, apresentamos algumas das inúmeras aplicações possiveis dos ar-
t~tura cnstalma:.segu~do os autores citados no parágrafo anterior, às temperaturas am- gilominerais pilarizados: a) pilarizados por polioxicátions (polihidroxicátions antes da calci-
~i~nte~ e ao ar, sen~ obtida u~a estrutura essencialmente ordenada; já uma secagem por lio- nação), esses argilominerais podem catalisar as reações de conversão degas oil em frações
fihzaçao ifreeze_ drymg) levaria ~ uma estrutura cristalina com regiões de macroporosidade, mais leves, utilizadas como combustiveis (Occelli, 1984; 1987); b) a elevada área especifica,
pe~a manutençao ao menos parcial da estrutura da argila floculada no processo de pontagem aliada a uma distribuição de poros que pode ser controlada e à estabilidade térmica, pode su-
(Fig. 3).
gerir o uso de argilominerais pilarizados como peneiras moleculares (Endo, 1980); c) uso de
A principal vantagem dos argilominerais delaminados (cremos que o termo é válido embora montmorilonitas - H+, La 3 + e Ce 3 + - pontad~s com polioxialuminatos (após queima) em
esses não tenham si~o ~el~mina~os completamente e possam apresentar estrutura ~ristalina reações de craqueamento é relatado por Shabtai (1984a); d) montmorilonitas sódicas ponta-
ordenada a curtas distancias, p01s a longas distâncias a estrutura não é ordenada) é que eles das com polioxialuminatos (após queima) são mencionadas como catalisadores ativos para
p~ssu~m ;'11acroporos e apresentam melhores pn>priedades de difusão do que os argilomine- reação de conversão de metanol em olefinas, embora apresentem problemas de desativação
rais pllanzados ordenadamente. (Occelli, 1985); e) reações de conversão de hidrocarbonetos aromáticos, como a de isomeriza-
ção do xileno e a de desproporcionalização do tolueno, interessantes para a indústria petro-
quimicll., pois levam a matérias-primas para a produção de polimeros, foram realizadas ten-
do como catalisadores argilominerais pilarizados com óxidos de zircônio ou de aluminio (Ki-
kuchi, 1984; 1985); f) argilominerais pilarizados com polióxidos de zircônio, misturados me-
canicamente com catalisador de Cu/ZnO, foram utilizados como catalisadores para a reação
de CO/H2 , produzindo metanol e diversos hidrocarbonetos (Bartley e Burch, 1986); g) Sterte
(1986) propôs a utilização de esmectitas pontada com polióxidos de titânio nas reações de
craqueamento catalitico de frações pesadas de petróleo e de óleos originários de biomassa,
por causa de seus grandes poros; h) pilarizados com U02 , esses argilominerais podem ser
utilizados em reações fotoquimicas, cobrindo um vazio existente entre as zeólitas - que con-
têm pequenos poros - e os silicatos de aluminio não-cristalinos que contêm poros grandes,
uma vez que a seletividade em tais reações (como nas de craqueam~nto catalitico) é controlada
pelo tamanho dos poros e pela área especifica (Suib et alii, 1986); i) algumas reações de alce-
Macroporosidade nos e dialcenos (incluindo a protonação desses compostos) foram estudadas por Adams &
Chapp (1985), envolvendo o uso de montmorilonitas pilarizadas com polióxidos de cromo co-
mo catalisadores; j) argilominerais pilarizados com polióxidos de cromo foram utilizados por
FIGURA 3~.2. - Mod~los de associação das camadas individuais de argilominerais nos casos de Pinnavaia (1985b) na reação de desidrogenação de ciclohexano em benzeno; i) argilominerais
A) argilas delammadas
pilarizados com polióxidos de zirc6nio foram estudados por Burch e Warburton (1986) na
8) argilas pilarizadas
reação de conversão de metanol em olefinas; os mesmos autores propõem o uso de tais argilas
Am~as co~tendo como elementos ligantes polioxicâtions de alumfnio (círculos brancos). (Adaptado como catalisadores e absorventes utilizáveis em condições severas, pois o zircônio tenderia a
de Pmnavara, 1984 e Vieira Coelho e Souza Santos, 1988). estabilizar a e~trutura, prevenindo a sintetização (Burch e Warburton, 1986).
974
Ciência e Tecnologia de Argilas Argilas pilarizadas e argilas para catalisadores
975
Argilominerais intercalados com complexos metálicos como catalisadores:- Argilominerais
(em especial, os do tipo 2:1 expansíveis, mas também haloisitas e caulinitas), em seu estado
natural ou, mais comumente, após sofrerem tratamento ácido, podem ser usados como cata- Cii
lisadores em diversas reações: craqueamento catalítico, polimerização de olefinas, isomeriza- E
Q)

ção de terpenos, desulfurização de gasolina, conjugação de duplas ligações para converter "õ
óleos insaturados não-serativos, dimetização de ácidos graxos nos chamados ácidos dimeri- ~
zados e hidrólise de ésteres de dissacarideos (Rupert, 1987). Grande parte dessas reações quí- o"'
e:
Q)
+
micas é usada para sínteses de laboratório (Adams, 1983; Rupertet alii, 1987); a maioria dos '23
processos aproveita as propriedades ácidas dos argilominerais, que derivam, em grande par-
.5 Q)

+ + +
te, da dissociação das moléculas de água interlamelares coordenadas com os cátions trocáveis z"' 'b
(Adams, 1983). É importante, no entanto, distinguir as reações químicas catalisadas que Q)
u ?E
ocorrem nasuperfÍéie dos argilominerais daquelas que ocorrem entre as camadas 2:1. A pri- + .;; + +
~ :::i
?:e
meira categoria apresenta elevado número de reações e sínteses de aminoácidos, purinas, pi- <( u ?:e
ridinas e hidrocarbonetos (Thomas, 1982). Já o segundo grupo de reações, apesar de ainda 1 1 1 1

"'"'e:
pequeno, vem crescendo constantemente (Thomas, 1982).
Uma car&cterística dos argilominerais muito interessante para o estudo de reações químicas
.~
e:
,g
-~e:
o .~oe: ·ª
.2
e:
;!:
o
.~
e:
.2
que ocorrem em seu espaço interlamelar consiste no fato de as propriedades desse espaço (di- o ~ 5 '§ ~ '§
"'~ "'
E
mensões, por exemplo) poderem ser variadas, seja pela troca dos cátions presentes, seja pela ~ ~· E
'Eo
E
1:o
E
E
§
e: Q)
fil
alteração das condições externas (por exemplo, a umidade relativa do meio e a temperatura o o o o E E
regulam a quantidade de água presente no espaço interlamelar de uma esmectita) ou ainda E E E E E E
pela troca da água intercalada naturalmente presente por outras moléculas orgânicas. Estas
podem tanto manter as propriedades expansivas do argilomineral, como no caso do glicerol e
<-.
~e:
Q)
do etilenoglicol, como não causar inchamento significativo (no caso do benzeno, por exem- -e :i:
z
plo) (Thomas, 1982). É necessário frisar, todavia, que o grau de controle que se tem sobre tais
o
'f :i:°"'
propriedades é limitado: o máximo que se consegue é fazer com que elas variem dentro de
uma faixa de valores. -e "'e. Q) u

Uma série de reações químicas que ocorrem no espaço interlamelar dos argilominerais já é le-
"'e "'oe:
o oe: ci
o
r:l:
Q)

vada a efeito em escala de laboratório (Tabela 35-2). Tais reações são muito influencia-
-e
:.e
Q)
o "'
]i '+:l
•Ql
-e
~ ·e: ()
"'
.!!!
das pelo cátion intercalado presente; no entanto, não são desprezíveis as outras condições
Q)
E
o "'
o :::i

"'
()
o -e
que se encnntram no "microrreator" formado pelos espaços interlamelares. Os mais variados ."1 o
-e
1_ "õ
•Q)
o
cátions intercalados podem ser utilizados. Além dos metálicos comuns, hidratados (como
1 o ~
_g
Q) '"'
Q)
E
Nit, Cu?•, Fe1+, AP•, Ni • ), os argilominerais podem receber uma série de outros cátions inte- ii
E :;;
o
e:
oe: "'"'
:::i
-e
.s"'
ressantes para diversos processos catalíticos, como cátions complexos metálicos. Mcbride Q)
()
-e
Q)

(1977) e Mcbride et ai (1975) observaram que íons como Cu 2 • e Mn 2 " hidratados intercalados em il1 "'o ~ Q)
-e
-e o
argilas 2:1 expansíveis atingem rapidamente um estado em que suas vizinhanças se asseme- "õ -e E
lham às do caso dos mesmos íons em solução quando da expansão do argilomineral em água. '"'E Q)
o
Com base nesses estudos, Pinnavaia (1979) propuseram a utilização de tais complexos metá- Q) ."1
~
licos intercalados eni processos catalíticos semelhantes aos que ocorrem em solução. Essa ~ Q)
ü
proposição foi testada por Pinnavaia (1983) e Rupert et alii (1987), que utilizaram como cá-
tion intercalado o cátion complexo de trüenilfosfina com ródio, representado na literatura
como Rh (PPh1 '! "; o material final apresentou as mesmas propriedades como precursor ca-
*
•Q)
Q)
-e
~
Q).,;
-e e:
o "'
t~ ffi
o
6


Q)
-e
o
talítico para hidrogenação de olefinas com o complexo em solução. Esses estudos possibilita- .e ~~ o
-e i
oe: e:
Q)

ram a condução de reações típicas da catálise homogênea (reações em solução) com materiais à u .e
Q)
·<(
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em estado sólido (argilominerais expandidos em água ou outras moléculas orgânicas com
complexos metálicos intercalados), o que tende a minimizar vários dos problemas técnicos e
econômicos do uso dos catalisadores em solução. Dentre as vantagens dessa classe de mate- "'
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riais, podemos citar: a) a diminuição do problema da separação do catalisador dos produtos
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finais formados, uma vez que as moléculas do complexo metálico usado como catalisador <Ql
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(com cargapositiva) estariam relativamente fixados por forças de atração eletrostática às ca-
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madas 2:1 dos argilominerais, carregados negativamente; b) a possibilidade de se obter au- ua
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sorção do substrato e dos produtos da reação, que se baseia no tamanho, forma e polaridade N
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tanto do substrato como dos produtos (Pinnavaia, 1983; Pinnavaia, 1979).
Algumas desvantagens também podem existir. Uma delas seria o fato de, às vezes, os empi- o
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Argilas pilarizadas e argilas para catalisadores 977
976 Ciência e Tecnologia de Argilas

lhamentos de argilominerais não apresentarem espaçamentos interlamelares homogenea- JACKSON, T.A. - Adsorption and polymerization of aminoacids on edgeiaces of kaolinite- Ex-
mente distribuidos, ocorrendo alguns espaços maiores e outros menores que o espaçamento perientia 27; 242 (1971). .
basal médio indicado por difração de raios-X. Assim, uma seletividade por meio.de separação PINNAVAIA, T.J. _Catalytic hydrogenation of unsaturated hydrocarbons by rhod1um complexes
do substrato por tamanho de molécula (algo como a ação de uma peneira molecular) só pode intercalated in smectite - Proc. lnt. Clay Conf. Mexico 1; 373 (1975); J. Catalysis 80; 47 (19~).
ser adequada se as diferenças entre os tamanhos de moléculas do substrato forem maiores ALMON, w.R. e JOHNS, W.D. - Petroleum forming reactions; clay catalysed fatty ac1d decar-
que a vari~ção apresentada pelas dimensões dos espaços interlamelares (Pinnavaia, 1983). boxilation - Proc. lnt. Clay Conf. Mexico 1: 399 (1975). .
Outro fenomeno a ser estudado para obter bons resultados nas reações de que estamos tra- FRIPIAT, J.J. - Properties de surfaces des argiles - Proc. lnt. Clay Conf. Madnd 1; 499 (1972) ·
tando é a formação, ao longo da reação, de complexos intermediários neutros. Caso isto ocor- WEISS, A. - Aminoacids to peptides on kaolinite and montmorillonite - Angew. Cheum (Engl.
ra, tais complexos tendem a ser dessorvidos dos argilominerais e podem ser perdidos na solu- Ed.) 20; 850 (1981). . .
ç~o. Apesar desses problema~, as ;antag~ns são bem interessantes em várias reações, espe- SOLOMON D.H. - Reactions catalysed by clay minerais. 1. Polymnzat1on of sty~ene - J. Appl.
cialmente nas de htdrogenaçao e 1somerização de alcenos e alcinos. Até o momento, duas Polymer Sei. 9; Í261 (1965); li. Chair termination in free ~adi.cal .polymeri~~tion - lb1?em 11;. 2567
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(1987), esta última com abundante bibliografia. As Tabelas 35-1e35-2 apresentam uma lis- (1968).
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Métodos modernos óptico-eletrônico para o estudo de argilas e argilominerais 983

CAPÍTUL036 TUBO DE RAIOS


CATÓDICOS (TRC)

MÉTODOS MODERNOS o
óPTICO-ELETRÔNICO PARA O ESTUDO
DE ARGILAS E ARGILOMINERAIS
Helena Souza Santos
Chefe do Laboratório de Microscopia Eletrônica; Depto. de Física Experimental, s c
Instituto de Fisica da Universidade de São Paulo; São Paulo, S.P.
FIGURA 36-1 - Diagrama esquemático do microscópio eletrônico de varredura.
INTRODUÇÃO
Nos últimos 15 anos tem havido um grande desenvolvimento e aperfeiçoamento dos mé- um espécime?- sólidos S. A sonda varre o espécimen na forma de um rastro quadrado, da
todos e equipamentos óptico-eletrônicos usados na caracterização de materiais sólidos, em mesma maneira que o ponto varre o anteparo de uma televisão comercial. Essa varredura é
especial de argilominerais em argilas e solos. O presente capitulo visa apresentar de forma re- conseguida pela passagem de uma corrente de um gerador dente de serra G, através de bobi-
sumida os principais métodos óptico-eletrônicos, além da MET, que vem sendo aplicados; nas de varredura, geralmente localizados entre as lente Li e L:J. A mesma corrente "dente de
não são apresentados exemplos, mas a extensa bibliografia publicada desde 1975 ilustra a serra" passa também através de bombinas correspondentes de um tubo de raios catódicos
maioria das aplicações com exemplos em argilas. Os títulos das referências são apresentados (TRC), de forma a produzir um rastro idêntico, porém maior, sobre o anteparo visor. A son-
de forma resumida, indicando o método experimental e a natureza da argila ou dos argilomi- da incidente sobre a superfície do espécimen faz com que os elétrons deixem a superfície. Os
nerais estudados elétrons alcançam um coletor C, e o sinal corrente resultante, amplificado por um amplifica-
dor, é usado para controlar a intensidade do TRC. Existe uma correspondência exata ponto a
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) ponto.
Quando, em 1965, o microscópio eletrônico de varredura (MEV) tornou-se comercial, a Por outro lado é um fenômeno conhecido que uma região da superfície do espécimen
principal vantagem do instrumento era a de que podiam ser obtidas micrografias diretamen- atingida por um feixe de elétrons dá origem a diversos sinais (FIGURA 2) que podem ser de-
te de espécimes sólidos, com um poder de resolução e uma profundidade de foco considera- tectados independentemente, convertidos em pulsos elétricos e, em seguida, amplificados
velmente melhores do que aquelas obtidas com o microscópio óptico de luz. Desde então, o convenientemente por um sistema eletrônico. .
desempenho de MEV melhorou consideravelmente, aproximando-se do poder de resolução Se a partir de um desses sinais amplificados, modula-se intensidade do feixe de um tu-
do MET; técnicas analíticas associadas estão sendo empregadas rotineiramente, tais como bo de raios catódicos, ter-se-á sobre o anteparo um registro das váriações de emissão de ~inal
microanálise elementar por raios-X e canalizações eletrônicas para determinação cristalográ- para diferentes regiões do espécimen. As zonas claras e escuras sobre o anteparo constituem
fica; o instrumento está também operando na modalidade de transmissões para a observação assim a imagem.
de espécimes delgados. Assim, seu intervalo de aplicações se ampliou consideravelmente.

Princípios do instrumento FEIXE INCIDENTE

O princípio do MEV, na sua forma .µiais comum, está esquematicamente ilustrado na


FIGURA 1; o instrumento é constituídcrfundamentalmente pelos módulos seguintes:
1) uma coluna óptico-eletrônica geradora de um feixe de elétrons finamente colimados que
incidem sobre a superficie de uma amostra;
RAIOS -

CATODOLUMIN~SCÊNCIA~\
X~ ;f ELÉTRONS SECUNDÁRIOS

//EL~TRONS RETRO ESPALHADOS


2) um sistema de bobinas de deflexão do feixe eletrônico;
FORÇA ELETROMOTRIZ~ ~ ELETRONS AUGER
3) um sistema de detecção dos sinais originados a superfície da amostra sólida;
--~~-
4) um sistema de amplificação dos sinais; ELÉTRONS ABSORVIDOS

5) um sistema de visualização das imagens (tubo de raios catódicos). ESPÉCIMEN


Elétrons provenientes de um filamento aque~ido F são acelerados por uma alta tensão, ELÉTRONS
normalmente no intervalo 1-40 kv e atravessam uma coluna óptico-eletrônica. Os elétrons TRANSMITIDOS
são tomados em uma sonda por três lentes magnéticas L1 Li L:i e focalizados na superfície de
FIGURA 36-2 - Sinais que se originam da superfície de um espécimen ao ser atingido por
um feixe de elétrons de alta energia (cerca de 25 KV).
982
Ciência e Tecnologia de Argilas Métodos modernos óptico-eletrônico para o estudo de argilas e argilominerais 985
984
Na modalidade de operação mais utilizada, denominada "emissiva", o sinal que se de- mensões em cada uma das modalidades está determinado pelas dimensões do volume onde
teta é a emissão de elétrons secundários pela superficie que está sendo analisada. A imagem são gerados os respectivos sinais. Terceiro, o sinal coletado precisa ser suficientemente gran-
dada pelo tubo de raios catódicos visualiza, nesse caso, os pontos da amostra caracterizados de, e, portanto, também a corrente eletrônica 1 de sonda, a fim de superar o ruido. A cor-
por uma alta emissão secundária entre o rastro sobre a superficie do espécimen e o rastro so- rente minima do feixe 1 necessária para evidenciar uma dada imagem é chamada corrente
bre o anteparo do TRC; a intensidade de cada ponto é uma medida direta do número de elé- limiar. Para se obter a corrente limiar necessária, muitas vezes é preciso aumentar a dimen-
trons coletados do ponto correspondente da superficie do espécimen. Como resultado, será
são da sonda d para um valor considerávelmente maior do que o minimo possivel.
progressivamente construida sobre o anteparo do TRC uma imagem da superficie do espéci-
men. O contraste de imagem é construido porque, durante a varredura, ocorrem variações Uma alternativa para aumentar a corrente da sonda I, e assim evitar o ruido, é usar
locais no sinal coletado. uma fonte eletrônica com maior brilho B (1 = d 2 (2 {3 2) Bonde B é o brilho da fonte eletrôni-
ca) grampo de tungstênio. Canhões eletrônicos com fontes de hexaboreto de lantânio (La
Sistema de lentes de varredura B6 ), filamentos de ponta e emissão de campo são atualmente comercialmente disponiveis e
podem aumentar B de 5 a 1000 vezes.
Um MEV normalmente possue pelo menos duas lentes eletrônicas, denominadas con-
densadora e objetiva. Ambas reduzem a fonte de elétrons, cujo diâmetro é geralmente d 0 =
50 µm, e focalizam um feixe muito fino sobre o espécimen. O diâmetro gaussiano d desse fei- Parâmetros da sonda eletrônica
xe, na ausência de aberrações, é dado por d = A1 A2 d 0 , onde A1 e A2 são reduções de cada Os parâmetros principais associados com a sonda focalizada são, portanto, a dimen-
uma das lentes. No caso real, as aberrações tornam a dimensão real d1 do feixe sobre o espéci- são da sonda d, o ângulo de abertura a e a corrente da sonda 1:
men, maior do que d. Os valores A1 e A2 dependem das correntes nas lentes e em particular
A2 depende também da distância de trabalho L entre o espéciemen e a lente objetiva. A diver- Tabela
Símbolo Parâmetro Intervalo de valores
gência (3 do feixe e o diâmetro D da abertura final, determinam a densidade de corrente do
feixe incidente sobre o espécimen. Valores tipicos são os seguintes: d diâmetro de sonda lOnm - lOµm
D = 200 µm; L = lOmm; [3 - 10-2 rad, sendo a corrente total do feixe da ordem de 10-9 2a divergência de sonda .10- 2A - 10- 1A rad
Amp = lnA. 1 corrente de sonda 10- 12 A - 10- 7A
Em geral, as correntes nas lentes 1 e 2 são usadas para estabelecer o valor de de a corrente
Poder de resolução do MEV na lente 3 para focalizar a sonda sobre a superficie do espécimen. Um certo valor é usado na
coluna a fim de limitar o valor de 2a. A corrente da sonda 1 é então dada por:
De acordo com as definições usuais, denomina-se poder de resolução de um MEV, a
minima distância entre dois pontos dados de um espécimen, para o qual é possivel diferen- 1 = d 2 (2a) 2 B
ciar os sinais emitidos. De acordo com essa definição, o poder de resolução é fundamental-
mente dado pelo diâmetro do feixe eletrônico incidente; entretanto, outros fatores também onde B é o brilho da fonte eletrônica, tipicamente 10 5 Acm- 2 Sr- 1 fn para um filamento
afetam a resolução da imagem; assim existem três fatores básicos que limitam o poder de re- aquecido de tungstênio, tipo grampo, operado a 30 kv; essa equação é baseada em óptica
solução de MEV. Primeiro, como já dito, o poder de resolução não pode ser menor do que a geométrica.
dimensão da sonda eletrônica d. Devem também ser consideradas as aberrações das lentes É vantajoso acertar os valores ótimos para parâmetros de sonda para uma dada moda-
magnéticas. Segundo, o feixe vai sofrer espalhamento dentro do espécime após atingir a sua lidade de observação, tipo de espécimen e ampliação empregados. Esses valores podem va-
superficie: os diversos processos de interação com os atomos desse, fazem com que o feixe riar bastante e comumente ocorrem no intervalo apresentado na Tabela. Realmente, depen-
primário se espalhe dentro de um volume com a forma de uma pera, esquematizada na FI- de grandemente da,habilidade e experiência do operador na seleção correta desses parâme-
tros a determinação da qualidade da imagem.
GURA 3. O poder de resolução em cada uma das modalidades está determinado pelas di-
Ampliação
FEIXE ELETRÔNICO As três lentes no MEV agem como lentes formadoras da sonda, isto é, como lentes
condensadoras. Não existem lentes formadas da imagem do espécimen, no verdadeiro senti-
do da palavra. A ampliação se dá devido às diferenças nas dimensões dos rastros sobre o an-
SUPERFÍCIE DO teparo do TRC e a superficie do espéciemn, a qual pode ser prontamente alterada pelava-
ESPÉCIMEN riação da corrente nas bobinas de varredura. Se s (mm) é a dimensão linear da zona varrida,
e 1 (mm) é a dimensão do visor do tubo, geralmente igual a lOOmm, a ampliação A será da-
1 100
da por A =--g= s (mm)
VOLUME DA EMISSÃO DE
ELÉTRONS RETRO ESPALHADOS Para um anteparo do tubo de raios catódicos de lOOmm, áreas varridas no espécimen de
l,Omm e o O,Olmm dão ampliações de lOOx, lOOOx e 10.000x respectivamente. A variação
VOLUME DA EMISSÃO DE na corrente da bobina de varredura não afeta o foco da sonda sobre a superficie do espéci-
RAIOS-X CARACTERÍSTICOS men, de forma que a imagem permanece em foco, ao se variar a ampliáção.

Modalidades de observação
FIGURA 36-3 - Volume no qual se espalham os elétrons de um feixe incidente sobre a su- Diferentes tipos de sinais podem ser coletados do espécimen para formar a imagem deseja-
perfície de um espécimen. da, dando origerfl a uma grande variedade de modalidade emissiva, elétrons secundários
986 Ciência e Tecnologia de Argilas Métodos modernos óptico-eletrônico para o estudo de argilas e argilominerais 987
emitidos são coletados, enquanto que na modalidade refletida, são os elétrons retroespalha- FEIXE
dos que o são. Os elétrons secundários possuem energia no intervalo de O - 30 eV e vêm de
cerca de Snm dentro da superfície do espécimen, enquanto os elétrons retro-espalhados têm
energia desde 30 eV até aquela da sonda eletrônica incidente e vêm de profundidades de 1 a
2 µm. Consequentemente, a modalidade emissiva é mais usada para informação topográfica
da superfície e a modalidade refletiva para informação sobre espécimens maciços. Na mo-
dalidade absortiva (ou de corrente do espécimen), a corrente que flui para terra através do
espécimen é usada para produzir uma imagem. Na modalidade para condutividade induzi- FM GL
da do feixe, usada principalmente para espécimens semicondutores, a sonda eletrônica inci-
dente produz transportadores, a sonda eletrônica incidente produz transportadores dentro
do espécimen: esses induzem uma corrente em um circuito elétrico externo, e essa corrente é
usada para produzir a imagem. Todas essas imagens fornecem informações relativas às pro-
priedades elétricas do espécimen. As modalidades descritas são adequadas para espéci- -50V
~ens, tanto ~aciços quanto delgados. Para os espécimens delgados, pode ser usada tam- +250V
bem a modalidade transmitida, os elétrons transmitidos produzindo a imagem.
, Além dessas modalidades de observação, outros sinais, como por exemplo os raios-X
ou fotons, podem ser coletados para dar informações analíticas. Na modalidade de raios-X;
raios-X característicos emitidos pelo espécimen são utilizados para prover uma análise es- FIGURA 36-4- Esquema de um detetor de elétrons secundários; B = elétrons retroespalha-
pectroscópica. Na modalidade de catodoluminescência, a luz emitida pelo espécimen é cole- dos; Se = elétrons secundários; F = gaiola de Faraday; S = cintilador; GL = guia de luz;
tada, e a seleção dos comprimentos de onda podem oferecer dados relativos à estrutura de FM = fotomultiplicador.
bandas do espécimen, por exemplo, as fases presentes. Na modalidade Auger, os elétrons
Auger característicos emitidos são usados para fornecer a composição química elementar.
Para as modalidades de raios-X e catodoluminescência, os sinais vêm de 1a2 µm da superfí- trons secundários coletados ocorrerá para aquelas facetas que olham para o detetor, que se
cie do espécimen, enquanto que, para a modalidade Auger, o valor correspondente é acha geralmente localizado um lado do espécimen; portanto, qualquer protuberância sobre
0,Snm; portanto, nas modalidades raios-X e catodoluminescência, o sinal fornece uma aná- a superfície do espécimen aparecerá na imagem brilhante de um lado e escura de outro, en-
lise do espécimen maciço, e a modalidade Auger fornece uma análise química da superfície.
quanto que depressões vão exibir o contraste oposto. O resultado final é o de que a imagem
Detetores vai apresentar um efeito tridimensional, semelhante àquele obtido por espécimens observa-
dos por microscopia óptica de luz com iluminação lateral. O contraste de topografia ocorre
Para diferentes modalidades, são usados diferentes tipos de sinais; idealmente, o dete- também para a modalidade refletiva; entretanto, é usado, principalmente na modalidade
tor deve aceitar uma porção significativa do sinal total emitido, prover uma amplificação li- emissiva (elétrons secundádos), porque a resolução é melhor e porque as trajetórias curvas
vre de ruído e possuir um tempo curto de resposta. dos elétrons secundários revelam detalhes em trincas e cantos reentrantes.
O detetor mais eficiente para elétrons secundários é que também pode detetar elétrons O contraste de voltagem ocorre quando diferentes áreas do espécimen estão a diferen-
retro-espalhados, é o ET (Everhart -Thornly), que é uma combinação de cintilador, guia te voltagens e é usada a modalidade emissiva. É um efeito de trajetória. Para aquelas áreas
de luz com foto multiplicador (Figura 4). Os elétrons são conduzidos através de uma tela do espécimen a voltagens positivas mais baixas, a diferença de voltagem entre a área does-
que est~ a um potencial positivo em relação ao espécimen, passa através dessa, são acelera: pécimen e o detetor de elétrons secundários é mais alta a fração de elétrons secundários é
dos e atmgem um cristal cintilador. O sinal luminoso resultante passa através de um guia de maior e, então, essas áreas aparecem mais brilhantes na imagem.
luz, e ,ªt~nge um tubo fotomultiplicador; a cascata.de fótons resultante é convertida em pul- O contraste magnético ocorre com certos materiais, quando existem campos magnéti-
sos eletricos pelo detetor final, e esses pulsos se amplificam por meio do sistema eletrônico cos associados com o espécimen fora da superfície deste, e a modalidade emissiva é usada: é
subseqüente. Para elétrons secundários (baixa energia), a grade é polarisada positivamente um efeito de trajetória. Os elétrons magnéticos emitidos das superfícies são defletados pelos
a cerc~ de 250 volts; para detetar elétrons retro-espalhados (alta energia), o potencial da campos magnéticos e, então, a fração coletada varia de área para área, produzindo altera-
grade e levado a zero, de forma que somente os elétrons retro-espalhados podem chegar ao ções locais no brilho da imagem. Um contraste análogo pode ocorrer quando existem cam-
cintilador. pos elétricos associados a certos espécimens, fora da superfície desses.
Muitos outros tipos de detetores são usados, por exemplo: dispositivos de silício com Contraste magnético pode também ocorrer com materiais que não possuem campos
junções p -n para elétrons retro-espalhados. magnéticos fora da superfície do espécimen e a modalidade refletiva é usada: é um efeito de
Contraste da imagem - O contraste da imagem observado no anteparo de um MEV é deter- espalhamento. A sonda eletrônica incidente é defletada dentro do espécimen por· campos
minado pelas variações da intensidade dos sinais emitidos pelo espécimen. Podem aparecer magnéticos internos, de forma que os elétrons de alta energia estarão ou próximos ou afasta-
de duas maneiras diferentes. Primeiro: à medida que a sonda eletrônica incidente varre a dos da superfície inclinada do espécimen. Esse fato aumenta ou diminui o número total de
supe?ície do.espécimen, ocorrem variações locais no número total de elétrons produzidos; elétrons refletidos gerados, produzindo variações locais no brilho da imagem. O contraste
esse e um efeito de espalhamento e se passa dentro do espécimen. Segundo: variações locais magnético provindo do desse mecanismo de espalhamento é mais fraco do que o contraste
ocorrem. também na fração coletada do número total de elétrons produzidos; esse é um efei- magnético que mecanismo trajetória. A vantagem importante do mecanismo de espalha-
to associado com a trajetória dos elétrons entre o espécimen e o detetor. mento é a de que possibilita que o contraste magnético seja obtido de materiais magnéticos
O contraste de topografia ocorre quando existem diferenças no contorno de superfície cúbicos, tecnológicamente importantes, como Fe e das ligas Fe-Si, que possuem campos ef-
do espécimen e a modalidade emissiva é usada. Esse contraste é devido a ambos os efeitos, ternos negligenciáveis e anteriormente não podiam ser examinados dessa forma.
espalhamento e trajetória. Assim, para um espécimen com uma superfície facetada, o nú- O contraste de número atômico ocorre quando diferentes áreas do espécimens contêm
n;iero total ~e elétrons secundários gerados vai ser maior para aquelas facetas cujas superfí- materiais de diferentes números atômicos e a modalidade refletiva é usada: é um efeito de
cies fazem angulos menores com a sonda eletrônica. Mais ainda, uma maior fração de elé- espalhamento para áreas com números atômicos mais altos, o número total de elétrons re-
Métodos modernos óptico-eletrônico para o estudo de argilas e argilominerais
989
988 Ciência e Tecnologia de Argilas
· · m número cada vez maior de aplicações, tais como estu-
tro-espelhados gerado é maior e, portanto, essas áreas são mais brilhantes. O conjunto de dade emisstva. ~ntreta~todpa~~! outros procedimentos, como a observação de um tipo ~s­
número atômico também ocorre a modalidade emissiva, mas é menos pronunciado. dos de topografia combm; ~s b'm procedimentos analíticos para análise elementar. Exis-
Contraste cristalográfico ocorre quando o ângulo entre os planos cristalográficos does- pecial de contraste, u~an o am e . rocedimento especial é usado como o uso de
pécimen e a sonda eletrônica incidente varia e a modalidade refletora é usada: trata-se de tem ainda outras aph~aç~s, nas q~~~~X::e~efeitos dentro do espécimen. Além dos mine-
um efeito de espalhamento. Esse efeito pode ser obtido em micrografias ou o efeito pode modalidade de transmissa~ ~ara o e dem ser examinados usando o MEV, incluem: metais,
produzir um diagrama de canalizações eletrônicas, que constitue a difração eletrônica no rais e rocha~, ?utros ~~tenais que po d tores semicondutores, materiais cerâmicos, crist~is
microscópio de varredura. ligas, matenais magnetlcos, sup~~c~~ol~ntes.' de outro lado tópicos de investigações atuais,
Contraste de condutibilidade - Se um feixe de elétrons de um MEV incide sobre um semi- iônicos, altos polímeros erX::·~~en~~ ~e cristais, deformação: fratura, recuperação, ~ecristali­
condutor, produz pares elétron-lacuna. Ao se aplicar um campo elétrico através do espéci- incluem crescim~nto: so i l'. tcaçt cânico contactos elétricos, dispositivos semiconduto-
men, os dois tipos de carga se deslocam em direção a eletrodos oposto. Esse movimento de zação, fatiga,. ox1~açao, p~ i?1en o me '
carga elétrica é-conhecido como condutividade induzida EBIC (electron beam induced con- res e micro-circuitos eletromcos.
ductivity), e podem dar origem a pulsos de correntes detetáveis em um circuito externo. As
micrografias obtidas visualizando essa corrente proporcionam informações sobre as proprie- MICROANÁLISE POR RAIOS-X . . ,
dades em cada ponto do espécimen. . , d'
tem uma distribuição bem def1mda de eletrons
Alguns espécimens contêm campos elétricos internos que separam as cargas induzi- ·~ad~t eleme~t~i~:o~:~:~fs:~~~a:~:-X vai depender da excitação desses elét:ons, para
das, e nesse caso não é necessário aplicar uma tensão externa. Um exemplo desse caso é a
junção p-n, que a não ser no caso de polarização nula, contém regiões com campo elétrico ~;~~~zi~ ~~~~~ectro característico dos raios~~e~~~~~~~~~a~~~~~~~~~~~u;::i~ºde análi-
associado. A fim de estabelecer uma bdase par8:dª flu - s na prática da análise de energia de raios-
de elementos e para algumas as consi eraçoe
Catodoluminescência - Parte dos elétrons secundários produzidos pelo feixe incidente não
~. será dado um sumário breve dos fundamentos.
chegam a voltar à superfície e se espalham no material, até serem recapturados. Esse último
processo (recombinação elétrons-lacuna) ocorre acompanhado pela emissão de um fóton de
Modelo do átomo ,
freqüência próxima à da luz visível. Esse é o fenômeno de catodoluminescência que se produz im les do átomo O núcleo, composto de protons
em plásticos, materiais orgânicos e semicondutores; denomina~se também recombinação ra- A Figu;a 5 rep~esenta u1!1 esquema ~ir!lam em órbiÍas. Cada órbita corresponde, de
dioativa. Para que exista o fenômeno apreciável de catodoluminescência, a vida média doselé- e neutrons, e envo~vi~o porA el~trons, que rto nível de energia dos elétrons. O número dess~
trons "radioativos" deve ser menor que a dos elétrons secundários não radiativos. Em geral, a acordo com a mecamca quantica, a um ced d' soe-s e· do estado do átomo, e as órbitas
· ' · d aia dependem as imen . .
relação entre os valores das vidas médias vai depender do conteúdo de impurezas e de tempe- órbitas e os mve1s e :ner.,,. ' . h d s camadas; Os elementos são assim caracten-
são agrupadas em umdades ma10~es ~ a~~o ~a ener ·a de suas órbitas eletrônicas. Os ele-
ratura.
O processo de catodoluminescência é muito apreciável em cristais tais como de Ge, Si,
zados pela carga nucle~r e pela distdnbmça r n,
mentos pesados, tendo atomos gran es, con em u
m::os grandes de órbitas eletrônicas e de
GaAs, ZnS. O contraste que se pode observar ao detetar a catodoluminescência depende
também das irregularidades da superfície do cristal. Dessa forma, certos defeitos, como dis-
FEIXE ELETRÔNICO INCIDENTE
cordâncias ou precipitados, alteram as condições de emissão de catodoluminescência dando
origem a um contraste.

Processamento do sinal
ELÉTRON
O sinal que forma a imagem, sendo obtido como uma função do tempo, se encontra REMOVIDO
em uma forma ideal para o processamento. Cada ponto pode ser individualmente processa-
do e visualizado, e assim a maior quantidade de informações pode ser extraída.
A operação de processamento mais comum é a retirada de parte do nível CCH do sinal
para aumentar o contraste. Esse procedímento possibilita que contraste de menos do que
1 % antes da retirada de CCH, sejam diretamente observados no anteparo, enquanto o con-
traste mínimo que pode ser observado, sem processamento, seria de 5-10%. Apesar da reti-
rada de CCHacentuar o contraste, não melhora a relação sinal/ruído.
Outra operação de processamento útil, é a diferenciação elétrica do sinal com o auxílio
do circuito resistência-capacitância. Esse procedimento tem o efeito de nivelar variações de
intensidade, por exemplo grandes diferenças em brilho em certas áreas das micrografias e
enfatizando variações de intensidade tais como detalhes finos. Uma terceira operação de RADIAÇÃO
processamento usa análise de energia eletrônica para apresentar uma imagem correspon- BRANCA
dente aos elétrons retro-espelhados que perderam pouca ou nenhuma energia, isto é, os elé-
trons espalhados elasticamente. Dessa forma, o contraste da imagem de canalizações eletrô- RADIAÇÃO-X
nicas pode ser aumentado. CARACTERÍSTICA

Aplicações
NÚCLEO
Para a maior parte das aplicações no estudo de minerais e rochas, o MEV é ainda usa-
do, como no princípio, para estudos de topografia de superfície de sólidos, usando a modali- · l'f d de átomo
FIGURA 36-5 - A produção de raios-X em um modelo s1mp 1 ica o .
991
Métodos modernos óptico-eletrônico para o estudo de argilas e argilominerais
990 Ciência e Tecnologia de Argilas

unidades de camadas. Nesse modelo simples as camadas mais próximas ao núcleo são toma.
das como contendo os elétrons com menor potencial de energia. Às camadas são dadas as
notações: K, L, M, etc. e em cada camada existe um certo número de níveis de energia.
Fluorescência, ou a produção de radiação secundária a partir de um átomo, é conse-
guida por interações com o átomo que realmente efetuem a remoção de um elétron de uma ELÉTRON ORBITAL
camada. São possíveis dois tipos de remoção. De pouca importância para as nossas finalida- -+ - 9 REMOVIDO
des é a chamada excitação de ressonância. Isso se passa quando um átomo recebe uma
quantidade exata de energia, elevando um elétron de um nível para outro mais alto, mas
ainda um nível de ligação. O processo mais importante é a completa remoção de um elétron '
/
"' ' o

l
do átomo. Nesse caso, a condição é menos restrita, no sentido que requer a disponibilidade / ELÉTRON PRIMÁRIO
/
de ao menos a energia de ligação do elétron. A remoção de um elétron da sua camada cons- ESPALHADO
titue uma excitação do átomo, elevando sua energia acima da configuração estável. O áto·
mo vai subsequentemente procurar readquirir uma energia estável, revertendo à configura·
ELÉTRON
INCIDENTE
d
ção eletrônica original. Isso se passa por meio de elétrons de alguma camada mais alta se
transferindo para a posição desocupada do elétron. Tais transcrições eletrônicas, em virtude
do carater discreto das camadas permitidas, implica em uma perda de energia bem definida
do sistema atômico. Entretanto, a condição fundamental da conservação de energia não
permite a perda de energia, e essa condição é acomodada pela emissão de uma radiação ele·
tromagnética carregando uma quantidade de energia equivalente à diferença de energias
entre as duas camadas do elétron em transição. A energia da radiação será: E = E;· B1 on·
de E1 e E, são as energias final e inicial do elétron que está sofrendo transição. Os elétrons do RELAXAMENTO ELETRÔNICO
átomo estão em níveis discretos de energia, descritos pelos números quânticos do átomo. As E GERAÇÃO DE FÓTON
restrições sobre esses números permite um nível de energia para n = 1 (camada K), três ní·
veis de energia para n = 2 (camada L), cinco níveis de energia para n = 3 (camada M),

~TRON
etc., onde n é número quântico principal. Desde que os elétrons estão em níveis discretos de
energia, o fóton de raio· X emitido terá também uma energia discreta igual a diferença de
energia entre os estados final e inicial do átomo. Portanto, os comprimentos de onda dara· RAIO-X -
diação característica são específicos para átomos de um dado número atômico. A definição FÓTON EMITIDO
da presença de uma linha característica de raio-X indica que o elemento está presente na
amostra. Essas linhas características podem ser usadas também para obter a composição de
uma amostra de interesse.
A Figura 6 mostra esquematicamente o processo que ocorre quando elétrons mais in·
/. ELÉ~MITIDO AUGER

temos de um átomo são bombardeados por elétrons incidente de alta energia. Na Figura 6 é
mostrado o processo de excitação do elétron, enquanto cada camada eletrônica K, L, M,
etc. é ilustrada, para propósitos de simplificação, como tendo apenas um nível de energia.
Um elétron impingindo sobre camadas mais internas do átomo, um fotoelétron é ejetado e o
átomo é elevado a um nível mais alto de energia. A energia do átomo, sendo reduzida a ní·
veis mais baixos, ocorre a transição de um elétron. Por exemplo1 um elétron pode saltar da
camada L para preencher a posição desocupada na camada K. E também possível para um
elétron saltar da camada M para preencher a posição desocupada na camada K. As transi· FIGURA 36-6 - A origem de raios-X característicos e elétrons Auger.
ções das camadas de L para K produzem a radiação K/3. Alternativamente, se um elétron
incidente ejeta um elétron da camada L, será produzida a radiação L. Nesse processo um
elétron da camada M pode saltar da camada M para a posição desocupada da camada L. .ais de excitação crítica necessários para ejetar um. el~­
O processo para a obtenção da radiação característica pode ser visto mais facilmente Expresso de outra forma, os pot~c: E e E respectivamente. As radiações La e Mf3 sao
usando-se um diagrama de nível de energia (Figura 7). Na Figura, a energia do átomo é tra· tron da camada Leda ca~ada, sao L 1 M-o aos raios-X K e Kf3; é importante, notar
çada assumindo que o átomo está normalmente a uma energia zero quando é um átomo produzidas de uma ma~eira a~alog~ ~m re açr: ex elir um elét~on K, ele pode tambem ex-
neutro. Para um elétron incidente ionizar a camada K, isto é, ejetar um elétron da camada que se um eletron possui energia suficient~ap rt pnto todas as linhas especiais que resul-
K, ele requer uma certa quantidade de energia. Esse valor da energia é chamado energia EK pelir qualqu~r elétron ~as camadas L ~u ietr~n~as ~ais internas excitadas, assim ~orno
de excitação. Esse processo deixa uma lacuna na camada K e eleva a energia do átomo para tam de transições de ele~ro~ das cama as eem simultaneamente. Em geral, todas as lmhas
BK. Para reduzir a energia do átomo, um elétron das camadas L ou M cai na vacância da ca· de todas as camadas mais distantes, a~are~t ente Mesmo apesar das camadas L, Me
mada K. Essa redução de energia, que pode ser vista na Figura 7 de E,, para EL ou EM pro· de um dado tipo K, L ou M aparecem s~mu aneam de ~eleção limitam o número de transi-
duz um foton de radiação característica Ka ou K/3. A energia das linhas características e da· N conterem mais de um nível de energia, as regr~s bastante simples com somente poucas
da por E,a = E, · EL e E,f3 = EK • EM. O comprimento de onda das linhas características ções eletrônicas possíveis resultando em um es~~c ro ã eletrônica d: um dado elemento é
pode ser calculado pela equação: !"
linhas importante pa~a cad~ elemento. co~l~gu~~cío iode exclusão de Pauli, que estab~­
determinada por consideraçoes de energia e p p . ~ de números quânticos n, 1, me J.
Ieee que nunca dois elétrons pode ter o mesmo con3un o
À= hc/eE = 12,398/E (1)
992
Ciência e Tecnologia de Argilas Métodos modernos óptico-eletrônico para o estudo de argilas e argilominerais 993
K --i:---r--.----ELÉTRON REMOVIDO·K mero de fatores, incluindo o número de átomos do elemento que está sendo irradiado, o nú-
mero atômico, a voltagem da sonda e a corrente do feixe eletrônico.

O efeito Auger
Esse é um processo atômico interno, que reduz a saída ou fornecimento de raio-X caracte-
~
o rístico. Apesar de não se passar nenhuma emissão de raio~X em seguida à excitação do áto-
EMISSÃO
""~
O· Ka Kp
mo (esses são processos simultâneos, competitivos), o efeito pode ser visualizado como a
reabsorção do raio-X carcterístico interno do átomo. Se, por exemplo, uma vacância da ca-
ü mada K foi criada, o fóton raio-X característico que segue é suficientemente energético para
)(
w criar vacâncias pela ejeção de elétrons de camadas mais altas no mesmo átomo. Portanto, o
1 raio-X que é induzido através da absorção fotoelétrica primária é "perdido". Nesse caso,
duas vacâncias são efetivamente criadas na camada L e uma absorção fotoelétrica secundá-
<( ria interna ejeta um elétron L, conhecido como elétron Auger.
a
a: -r--ir--!----,.----ELÉTRON REMOVIDO· L
w Raios-X contínuos (radiação branca)
z
w
La A radiação X característica descrita acima ocorre quando elétrons primários intera-
o gem com elétrons orbitais do átomo. Outro tipo de radiação ocorre quando o feixe de elé-
•<(
()- trons primários interage com o núcleo de um átomo (Figura 6). Os elétrons são desacelera-
M
~ n:--~-..L.......--ELÉTRON REMOVIDO· M dos no campo que envolve o núcleo carregado e são efetivamente espalhados inelasticamen-
u
)( M te. A quantidade de energia perdida durante esse evento cobre um intervalo contínuo de ze-
w Ma ro até a energia inicial dos elétrons primários. Essa radiação contínua é chamada "bremss-
N trahlung" "continua" ou "radiação branca".
-r--J-t---.N--...1..-El ÉTRON REMOVIDO- N
O espectro contínuo de raios-X produzindo quando elétrons incidentes são espalhados
NORMAL ::--: -~ -:::--:-: -::::-:-;:.._:--::_-:::,:'VALÊNCIA DO inelasticamente pelo núcleo pode tomar todos os valores até aquele do elétron incidente EQ.
ELÉTRON REMOVIDO A maioria dos elétrons cedem sua energia não em um único passo, mas antes em numerosos
FIGURA 36-7 - Diagrama de níveis de energia de um átomo. incrementos desiguais E. A relação entre À, o comprimento de onda e a energia dos fótons
de raios-X é:
O comprimento de onda da radia ão r . . À = hc/eE = 12,398/E (4)
mero atômico. Esse fato é expresso ç Maio-X produzida decresce com o aumento do nú-
por oseley: onde h é a constante de Planck, c é a velocidade da luz, e é a carga do elétron, E é a energia
dos raios-X (K e V) e À é o comprimento de onda em angstroms. A perda máxima de energia
• = K!(Z-a)2 2 ocorre quando toda a energia é absorvida em uma colisão. Desde que o comprimento de on-
onde K e a são constantes que diferem ar . ' ( )
rístico do raio-X. P ªcada séne e e o comprimento de onda caracte- da do raio-X é inversamente proporcional à energia, os raios-X mais energéticos vão ter um
comprimento de onda Àm1n (short-wavelength limit - ÀswL). Toda a energia do elétron é ab-
Ionização eletrônica sorvida e a energia dós raios-X correspondentes será EQ, a energia do feixe eletrônico inci-
dente. A intensidade da radiação contínua de um alvo de molibdênio como função do com-
A microanálise requer a produção d . . primento de onda está mostrada na Figura 8. Nessa Figura a intensidade do raio-X contínuo
dos átomos dentro do espécimen N . e rai~s~X ª pa~~ de um espécimen pela ionização foi traçada versus o comprimento de onda da radiação para várias voltagens do feixe eletrô-
feixe eletrônico primario que deve. terº mtcr?scop~~ eletromco essa ionização é causada pelo nico (5, 10, 15, 20 e 25 KV). O comprimento de onda mínimo do contínuo, também chama-
mada mais interna do átomo em que ~~er~a suficien~e rara remover um elétron de uma ca- do limite do comprimento de onda, varia como função da voltagem do feixe, decrescendo
citação crítica e possue um valor dis s ~º· ssa energi_a e conhecida como o potencial de ex- para comprimento de onda mais e mais curtos, à medida que a voltagem aumenta.
0
ca. Os elétrons K requerem maior e cr?t ~ar; cada mvel, de energia de cada órbita eletrôni- A intensidade do contínuo é uma função do número atômico e da voltagem acelerado·
rem entre os elementos geralment xci açao 0 que os eletrons L e os níveis de energia dife- ra. À medida que a voltagem aumenta, o espectro contínuo se move para comprimentos de
F · ' e aumentando com 0 n'
01 mostrado por Green e Cosslett (196
r ·
.. .?m~ro a om1co.
· onda mais curtos e aumenta em intensidade. O aumento em intensidade é devido ao fato
um elemento é uma função do forn . l) que a ef1c1enc1a da produção de raios-X de que, estatisticamente, o feixe de elétrons pode descer a maiores desacelerações. Em adição,
onde E. é a energia potencial do feix'eec1mlet i:to. da fluorescência desse elemento e de (E. - Ec). a quantidade de radiação contínua também aumenta diretamente com o aumento do núme-
f1ca associa
· do com uma dada linha dee e .romco -X primário. e. E e e' o pot enc1a
· l de excitação
· crí- ro atômico, desde que elementos pesados possuem mais espalhamento nuclear e menos per-
zado por um elétron de energia E ( hraio d ·A prob~~ihdade de que um átomo seja ioni- da de energia por interações elétron-elétron.
por: º c ama ª
probabilidade de ionização relativa) é dado
DETETORES DE RAIOS-X
Q =
(l!E. Ec) log. (E.!Ec) (3)
Q é também chamado de s - t A finalidade do detetor de raios-X é receber a maior quantidade possível dos raios-X
A eficiência máxima de pro~~ç~~ ;ansyersal ,de i~nização. que emergem de áreas ou volumes do espécimen bombardeado por elétrons e analisar as vá-
satisfeita. Na prática, a intensidade ~o ra~or~os-X e obtida quando a condição E. ;;i, 2, 7Ec é rias energias (ou comprimentos de onda) desses raios-X, para identificar os elementos na
- de uma amostra vai depender de um certo nú- fonte.
995
Métodos modernos óptico-eletrônico para o estudo de argilas e argilominerais
994 Ciência e Tecnologia de Argilas

6 FEIXE
1 ESPAÇAMENTO DA
ELETRÓNICO
?> REDE CRISTALINA (d)

énct 5 .....................
ii:
ct
IX
1- .....................
iii
IX RADIA,ÇÃO
ct
(/)
w
e~~-~-·~-~~- ......
e
cJ
z
2
e
w ':"""'"')""'""" ESPÉCIMEN
::!Z
~
iii FIGURA 36 _9 _Coleta de raios-X por um espctrômetro de cristal. Os raios-~ são ge~ados
zw
1-
ossuindo um intervalo de comprimento de onda l À, mas apenas ~m comprimento e on-
~
o
SWL.._ ~a À, é seletivamente difratado pelo detetor, correspondendo ao angulo 0 ·
o 1.0 2,0

COMPRIMENTO DE ONDA À(À)


'd d di'dor (RM) sobre uma fita registro. Uma análise qualitativa típica,
mo a sai a e um me . . · X ft como
FIGURA 36-8 - Espectro de raios-X do molibdênio como função da voltagem aplicada. t t envolve a obtenção de um registro da mtens1dade. do raio- , ne~s.as las, d
por ~n o, A 1 do cristal a conversão das posições dos picos em compnmento de on .ª
funçao. do angu o e então u~ando a relação de Moseley (equação 2), relaci~~ar os co~pn-
A emissão de energia eletromagnética pode ser caracterizada de duas maneiras. O !:!~t~~ ~= ~~~!gdetetados com a presença de el~mentos esl?ecíficos. Na aratica, ~s ~1:::~~
conceito de fóton caracteriza a emissão como uma entidade bem definida de energia E, en-
tão como uma partícula. Esse aspecto forma a base para a espectroscopia de energia de ~~se~;~::::~~ºe~ ~~:;~:e~~f~~p~~~~;a~:;ss:;i~~~~~m::a~a~et~~el:sº;Id~õ:s para a
raios-X, no sentido que a emissão é detetada e medida baseada em sua energia. As radia- identificação dos elementos. . d 1 de A

ções eletromagnét~cas possuem, entretanto, um caráter dualístico, e podem também ser as- Assim para um cristal de espaçamento de reticulado conhecido e para um angu od
sociadas COJil uma propriedade ondulatória, e descritas por comprimentos de onda (A), fre-
qüência (1) e propagação de velocidade (c =velocidade de luz). O aspecto ondulatório for- ~~~~~ên~!~=l:::~~~~~l:d~s~':p;~~~~~ Z~~~t~~ i~~;:~~;~!d~if::::!~s d~u~::~:V~fo ~~
ma a base para a chamada espectroscopia dispersiva de comprimento de ondas para a análi- A P t' m "pi'co" ou máximo de intensidade seja notado no detetor.
angu1os a e que u
se de raios-X.
Existem dois tipos de detetores de raios-X em uso com os sistemas ópticos-eletrônicos:
O espectrômetro de cristal comprimento de onda dispersivo e o detetor do estado sólido de
energia dispersiva. Cada detetor tem vantagens e desvantagens que serão enumeradas antes FEIXE SAiDA
ELETRÔNICO FILTRO DE DADOS
de se descrever como podem ser combinados em uma coluna óptica-eletrônica.
Vejamos os métodos para a detecção e medição dos raios-X.

Espectrômetro de cristal de comprimento de onda dispersivo


O princípio do espectrômetro de comprimento de onda dispersivo está ilustrado na Fi- ANALISADOR
gura 9. Sob o bombardeio eletrônico os vários elementos no espécimen emitem raios-X com COMPUTADOR
MULTICANAL
um intervalo de comprimento de onda "l ". Esses raios-X deixam o espécimen por todo o
ângulo sólido, mas devido às dimensões finitas do cristal (geralmente 2,5 cm x 1 cm), apenas
um estreito cone de raios-X é aceito pelo espectrômetro. A fração do feixe de raios-X que é
refletido depende do princípio da difração - somente um dado comprimento de onda À é
fortemente refletido a um certo ângulo, com exclusão de todos os outros. Este princípio é
descrito pela lei de Bragg que estabelece que: nÀ = 2d sene, onde n é um inteiro, À é o com-
primento de onda do raio-X que é precisamente difratado, d é o espaçamento do reticulado
dos planos em questão no cristal, dando origem ao feixe difratado e eo ângulo de incidência
(e de reflexão) dos raios-X que chegam ao cristal.
Se a lei de Bragg é obedecida nÀ = 2d sene, os raios-X vão ser difratados e detectados VISOR
por um contador proporcional. Os componentes do espectrometro de cristal acha-se ilustra- RAIOS-X
do na Figura 10. O sinal vindo do detetor é amplificado, convertido em um pulso padrão por FIGURA 36-10 _ Componentes básicos de um espectrômetro de cristal.
um analisador de um único canal (SCA), e então ou passa por um contador ou é exibido co-
996
Ciência e Tecnologia de Argilas Métodos modernos óptico-eletrônico para o estudo de argilas e argilominerais
Cristal Difrator 997

São usados dois tipos de geometria para 0 A 10 µm), de tal forma que a absorção pelo ar de raios-X de longos comprimentos de onda não .
tria Johann' o cristal é curvado a um raio R (F' espectrometro. Em uma, chamada geome- ocorra. Se as janelas são incluídas, então os raios-X de comprimentos de onda longos (baixa
arranjo mais preciso, chamado geometria d ~~ra lla), e~quanto que na outra é usado um energia) e os elétrons erráticos podem ser filtrados. A maioria das microssondas e dos MEVs
meiramente curvado a um raio R e entã f' e do ansson ~Figura llb). Nessa, o cristal é pri- podem ser equipados com mais de um espectrômetro de cristal.
tos de foco se dispõem exatamente sobreºu~~, a a um rato ~v.2, de f~rma que todos os pon- Com os espectrômetros de cristal, elementos do Be (Z = 4) para cima podem ser de-
de serem produzidos e muito dispendiosos d trculo ..Esses ult1mos cnstais são muito difíceis tectados. O limite de detectabilidade míhima varia de elemento para elemento e depende
comumente utilizada. , e maneira que a geometria de Johann é a mais das condições de operação do instrumento e da composição da matriz. Em condições ótimas
O intervalo de comprimentos de onda . . é raramente menor do que 50 ppm e requer que o espectrômetro seja girado para um dado
dos ~ngulos eatravés dos quais eles podem s!uei e~~es c~sta1s p~dem focalizar vai depender comprimento de onda e o sinal seja controlado por 10 minou mais. Durante análises quali-
cobnr somente um intervalo de poucos décimo g;a os.A onsequentemente, um cristal pode tativas, os espectrômetros varrem porções de espectro por periodo que vão de poucos minu-
mento de onda, correspondente às linhas de s. e nanometros (1 nm = 10-9 Aº) de compri- tos a várias horas, dependendo do nível de sensibilidade desejado.
tab~la periódica. Para extender este intervalo r~1os-X det s?mente ~ns pou~os elementos na
eq?tpado com um certo número de cristais te~d~r:pec :ometro dtfrator e freqüentemente Detetor do Espectrômetro
talmos, de modo que para o mesmo intervalo de A eren es val~res dou espaçamentos cris- Após ter sido seletivamente difratados pelo cristal, os raios-X de um dado comprimen-
de onda (A) se extende e um maior núm d 1angulos ~0), o mtervalo dos comprimentos to de onda passam através de um colimador em direção do detetor do espectrômetro. O tipo
ero e e ementos e coberto.
de detetor mais comumente usado é um contador proporcional. Esse consiste de um cilindro
Operação no Espectrômetro cheio de gás (Figura 12). Os raios-X são colimados via uma fenda e entram no detetor atra-
Espectrômetros de cristal modernos od ~és de uma janela delgada. Uma pressão positiva do gás é mantida no interior com um fio ao
vácuo de um microscópio eletrônico ou seppar ~m ser conect~dos diretamente ao sistema de longo de seu eixo, usualmente tungstênio, mantido a um potencial de 1-3 kV. Os raios-X en-
a os por uma Janela delgada de plástico (0,1- tram no detetor atraves de uma janela delgada de plástico, que é tipicamente um filme de
2µm de espessura de policarbonato ou polipropileno e que deve manter a pressão positiva do
gás no cilindro.
-., - CRISTAL CURVADO (R) Os contadores proporcionais podem ser do tipo selado ou de fluxo de gás. Nos conta-
··--.\... dores selados são usadas janelas de raios-X ralativamente espessas, para evitar vazamentos
do gás. No tipo de fluxo-gás são usadas janelas ultra-finas (algumas vezes até 100 nm) e o
\_...CÍRCULO DE gás tem de ser continuamente bombado através do cilindro, para manter uma velocidade de
\ ROWLAND fluxo constante. O tipo de fluxo de gás é usado também quando raios-X muito fracos (lon-
) gos comprimentos de onda) devem ser detetados e onde janelas mais espessas causariam o
enfraquecimento. O gás que é frequentemente usado nos contadores proporcionais é o PlO,
,.;..-DETETOR DE
, RAIO-X uma mistura de argônio (90%) e metano (10%) e é suprido por um cilindro "avulso" que fi-
\
\
\
,
'\\'
ca ao lado do microscópio.
Quando um fóton de raio-X entra no contador, ele colide com uma molécula de gás,
\ \
cedendo uma porção de sua energia e ionizando a molécula. Isso produz um par de elétron-
\~\ íon. O potencial positivo do fio atrai o elétron que ganha então energia suficiente para ioni-
GEOMETRIA JOHANN
zar outras moléculas. Qresultado final é uma avalanche de elétrons caminhando em direção

RAD.-X
JANELA DELGADA

-CRISTAL CURVADO (hR)


....,\
•,
\
\ ......-CÍRCULO DE
! ROWLAND
j
: ,.....-DETETOR DE

jfci
RAIO-X
+HV
-------·············/
GEOMETRIA JOHANSSON GÁS
SAIDA
FIGURA 36-11 - Espectrômetros de cristal f . -
e b) sistema Johansson. para a ocahzaçao de raios-X: a) sistema Johann FIGURA 36-12 - Contador proporcional em gás, usado em conjunção com o espectrômetro
de cristal.
998
Ciência e Tecnologia de Argilas
ao fio e p_roduzindo ~m pu~o elé~rico, com uma amplitude que vai de e d d , . . Métodos modernos óptico-eletrônico para o estudo de argilas e argilominerais 999
nal de ra10-X. Os raios-X sao assim converti"dos em . . l't . P n er o foton ongi-
d . sma1s e e ncos e podem s 1-
processa os por nucleômcas convenientes A int n .d d d ji • • • er ana 1sados e FED5E
tá sendo analisado é assim convertido err: um n~ s1 a e o e~e ongmal de raio-X que es- ELETRONICO
Os tipos de cristais cdmumente usados no~:ero ri:._oporc1onal de pulsos elétricos. .tvJv....f\._

um ou mais espectrômetros de cristal podem ser f!~:~ ~~r;iet~os ~e M_EVs ~quipados com REGISTRO
naturalmente, como por exemplo mica ou · sit ga as e minerais que ocorram CONTADOR
te, como por cristais de estereatos', que são fa~a:· ou ~~?elm ser preparados sinteticamen- PROPORCIONAL
e que são usados para a difração de raios-X de com;~~~nfu ~~ :;~:o~eculares de sabões,
mentos leves. Para uma boa resolução e difração lt t f . mto longos, paraele-
cristal deve ser de excelente qualidade e sem def \ ª~~n e~ •ciente das linhas de raios-X, 0 AMPLIF.
cristais analisadores para cobrir e otimizar o des e~os, ehas~m usada ;ima ampl~ seleção de

0,2 a 140 Aº. Os cristais mais freqüentemente ~sifa~~ .º espectrometro no intervalo de
KAP (ftalato ácido de potássio), RAP (ftalato ácido de m~~~m) quartzo, fluor~t~ de lítio,
tearatos de chumbo. ru 1 10 • PET (pentacntntol) e es-

Detetores de raios-X do estado sólido


Uma limitação do espectrômetro de cristal é ser ele ii:J. • •-
e exibir simultaneamente todas as energias dos raio -X cadp~, por defi~ 1?ªº• de detetar
..._._ , • _. _ s que eixam o espec1men
rnuc1p10s ue operaçao - Em 1968 Fitzgerald Keil H · · h bl" ·
~~~:~%~i~~oa~::.~~:~::~~:!~~~~::~:i:~~ ~u~~!e;•~r~e~tt~r d~~:~:-~n:i~r:~:~:ºs~~~
solver elementos adjacentes, ficou demonstr~dapa poss;;~~;i~te~a ser a~enas capaz de re-
dois instrumentos, e os anos seguintes viram um período deªra'ep1"de udma mtel~ace entre os FIGURA 36-14 - Diagrama esquemático de nucleonicas associadas à um EDS.
· te de um coletor de radiação d il' .
Ess e det etor cons1s o esenvo
, v1mento . , .
no intervalo de 5 a 200 mmz localizado entre d . te s icio com uma area de superf1c1e
1
aplicada uma voltagem polarlzada (Figura 13) ~:i: e rod~s ~e ~~ta~, atr~vés dos quais é novamente amplificada e passada a um analisador multicanal, no qual os pulsos são separa-
dida no cristal de silício, formando um semi-co~dutorc;i{1~) ªo e ~t~o le/arc1alme~te dif~n­ dos em termos de amplitude e estocados nos canais de memória, correspondentes a essa
em alto vácuo e à temperatura do nitrogênio líquido O .1 . X cns a o detetor e mantido energia. O espectro de energia resultante pode ser exibido em um osciloscópio (Figura 14).
vés de um delgada janela de berílio . , · s raios- que entram no detetor atra-
1
tetor. O número desses pares é pr~p~~:::::a~r:~:e~~on-lacun~or ioniz~ção dentro do de- Princípio de Operação
detetor Si(Li) a energia requerida para criar um , ªrequeri a para criar o par. Em um
ga total produzida por um único fóton de raio-X~~:~ cer~a de 3,8~V (elétron volts). A car- Por definição, um semi-condutor é um material que é mau condutor (isto é, possue al-
ta resistividade) de carga elétrica. O uso de um semi-condutor, como um detetor de radia-
tão alimentada por um transistor de efeito de cam e:~;.ª porco et~ nos el~~rodos e é en-
posicionado próximo ao detetor para reduzir o ruí~º (A l)tem umdpre-amphf1c~dor' que é
ção, repousa na absorção de radiação no material e na sua efetiva ionização, tornando-o
__ o. vo agem e pulso de sa1da é então momentaneamente condutor. Na configuração cristalina da maioria dos semi-condutores,
essa ionização~ descrita como a criação de um par: lacuna-eletron (a lacuna é uma localiza-
TRANSISTOR DE ção do retículado efetivamente carregando uma carga positiva, em virtude da elevação de
EFEITO DE CAMPO =:_-___________-------_ um elétron a um nível de energia que é "compartilhado" pelo cristal todo, a banda de con-
dução). Portanto, com um potencial elétrico (comumente conhecido como "polarização")
aplicado através do cristal, o semi-condutor permite que muito pouca corrente flua no esta-
do latente. A absorção da radiação ionizante cria uma quantidade de carga "livre", que é
idealmente proporcional à energia depositada pela partícula incidente. Essa carga (elétrons
e lacunas) é varrida pelo potencial aplicado como uma carga de pulso, que por sua vez for-
ma a base para a "deteção" qualitativa do evento, assim como carrega uma medida de ener-
RAD.-X PARA O gia da partícula absorvida. A proporcionalidade entre a carga e a energia depositada, é a
AMPLIFICADOR chave para a "espectroscopia de energia", pela qual esses sistemas permitem a medida dos
espectros. A capacidade de alta resolução do detetor semi-condutor repousa na precisão de
estatística na sua ação transportadora, isto é, na conversão de energia em carga. Se a ener-
gia requerida para a criação de um par elétron-lacuna é pequena, um grande número de pa-
res elétron-lacuna vai resultar de um dado depósito de energia, fornecendo excelente defini-
ção estatística da "dimensão" do pulso de carga. Ao mesmo tempo, a energia não deve ser
pequena demais, pois a excitação térmica de elétrons vai criar constantemente pares de elé-
CAMADA . PAR DE tron-lacuna (condutividade "intrínseca"). Esse fator estreita o número de semicondutores
POSITIVA ELETRON- LACUNA que possuem o compromisso necessário quanto ao intervalo de valores para a energia. Um
FIGURA 36-13 - Representação esquemática d d segundo requisito importante é que o cristal deve ser bastante puro. Certos tipos de átomos
e um etetor de estado sólido (EDS) impuros combinam ativamente com os átomos básicos do reticulado, fornecendo portadores
de carga "livre" e aumentam a condutividade do cristal, causando altas correntes de fuga.
1000 Ciência e Tecnologia de Argilas Métodos modernos óptico-eletrônico para o estudo de argilas e argilominerais 1001
As impurezas criam também os centros chamados armadilhas, tendo a capacidade de cap- 10 eV podem ser conseguidas com tais sistemas, dependendo do cristal escolhido para a
tar cargas e, portanto, caus~ndo a perdll; de sinal e possível polarização. O efeito disso pode análise.
ser um deterioramento efetivo da capacidade de resolução do detetor. Sensibilidade· A capacidade de resolver linhas de raios-X é insuficiente, a menos que os
Somente dois materiais semicondutores que preenchem todos os parâmetros foram en- sistema do detetor permita também que contagens adequadas de raios-X sejam acumuladas
contrados até o momento, silício e germânio; portanto, predominam no campo de detetores em tempos de análises razoavelmente curtos. Entretanto, uma distinção deve ser feita entre
do estado sólido. sensibilidade de velocidade de contagens e "sensibilidade de deteção de m:assa".
A produção de silício e germânio de alta pureza, suficiente para formar um bom semi- O detetor do estado sólido possui a grande vantagem de ser capaz de ser colocado mui-
condutor intrínseco (intrínseco = condutor somente por excitação térmica) é muito difícil to próximo ao espécimen (algumas vezes, apenas a alguns milímetros de distância). Isso au-
Pequenas quantidades de certas impurezas têm o efeito de aumentar a condutividade ~ menta muito o ângulo sólido de coleta de raios-X, aumentando assim a velocidade de conta-
ponto de destro.ir as propried~des desejáv~is. Dependendo do tipo do átomo da impure~a, gem. Entretanto, uma velocidade de contagem mais rápida em si nao aumenta a sensibili-
esta pode combmar com o reticulado do cristal, fornecendo um excesso de elétrons "livres" dade de deteção de massa, desde que isso depende criticamente da relação das contagens de
ou de lacunas, assim como portadores extrínseco de carga (extrínseco= condutor por meio pico pelas contagens do fundo.
~e porta?or~~ de cargas criados pAor impurezas). O silício de alta qualidade é geralmente do Com respeito à sensibilidade de deteção de massa (a quantidade em gramas de mate-
ttpo-p, .s~gmfic~ndo qu~ ele prove um excesso de portadores de carga positiva (lacunas). A rial presente) no limite detetável da técnica, de novo não é possível generalizar devido à va-
condutividade mtroduzida desta forma toma impossível a manufatura de detetores espes- riação que pode ocorrer de um espécimen para o outro em efeitos tão importantes como es-
sos, que possam sustentar a voltagem polarizada necessária e o campo elétrico interno e ter palhamento eletrônico, radiação branca, linhas de raios-X superpostas, etc ...
~ resolução de energia necessaria. Isso pode ser remediado pela introdução propositada de Uma grande vantagem do analisador de energia dispersiva, ou detetor do estado sólido
1mpurez.as !1~ reticulado do cristal, que vai neutralizar ou compensar efetivamente as impu- (EDS) é que ele pode ser colocado muito próximo à fonte de raios-X e dessa forma aceitar
rezas primanas. Por exemplo, colocando átomos de lítio no cristal (de silício ou germânio) um largo ângulo sólido de radiação.
esses átomos de lítio vão compensar as impurezas e efetivamente criar material intrínsec~
com alta resistividade. Esses detetores são chamados Si(Li) e Ge(Li) respectivamente, indi- Absorção de raios-X
cando que são compensados com l!tio. Entretanto mesmo com esses detetores dopados, os
Em adição à absorção de raios-X que acompanha a fluorescência, descrita acima,
portadores de cargas gerados termicamente, impedem o desempenho característico deseja-
existe também um outro tipo de absorção. Essa tem origem quando os raios-X são simples-
d~ a resolução de radiações de energias relativamente baixas (tal como espectroscopoa de
mente barrados a caminho do detetor. Esta absorção pode ocorrer dentro do espécimen ou
raio-X), os detetores devem ser resfriados a temperatura do nitrogênio líquido (77ºK ou .
na passagem através de materiais da janela, cristais de difração, ou mesmo do ar, após dei-
320ºF). Por outro lado, a mobilidade do lítio é alta à temperatura ambiente e o resfriamento
xar o espécimen. Os raios-X de energias mais altas (de elementos mais pesados) são menos
do detetor é, portanto, também necessário a fim de manter a compensação do Li. Assim
absorvidos do que aqueles de elementos leves com baixas energias.
deve ser provido um criostato de nitrogênio líquido (fora da coluna do microscópio) e ess~
precisa ser mantido sempre cheio. Se a absorção ou espalhamento ocorre dentro do espécimen, os raios-X emergentes po-
dem interagir com elétrons muito ligados ou frouxamente ligados e podem ou não perder in-
tensidade. Obviamente, esses espalhamentos ocorrem em maior probabilidade em espéci-
Comparação de detectores de raios-X mens mais espessos, e vão depender da direção na qual os raios-X deixam o espécimen. Os
raios-X deixando o espécimen a um ângulo alto são menos prováveis de serem auto-absorvi-
. Um ~e.tetor ideal deve ser pequeno, barato, fácil de operar, coletar a maioria dos dos do que aqueles que deixam a uma incidência mais rasante. Por essa razão, ângulos
raios-X emitidos de uma amostra, possuir urna resolução melhor do que a largura da linha "take-off" relativamente altos são empregados na maioria dos instrumentos.
natural de raios-X que está sendo medida (uns poucos elétrons volts), e ser capaz de coletar Para maximizitr as leituras dos picos para qualquer feixe difratado, o espectrômetro
d~dos espectrais repidamente sem perda de informação. Nem os espectrôrnetros de deve:
cnstal,nem os detetores Si(Li) tem individualidade todas essas características· mas quando
usados juntos, as duas técnicas, de fato, complementam uma à outra. ' (1) coletar os raios-X a um ângulo "take-off" alto, para minimizar a absorção no espécimen;
, Quando .um certo. número ~e elementos estão presentes na região do espécimen que es- (2) coletar os raios-X sobre um ângulo sólido o mais alto possível; (3) minimizar as perdas no
ta .se_nd? a~ahsada, e~istern !11~ita~ outras linhas superpostas no espectro de energia, em cristal difrator e na trajetória completa entre o espécimen e o contador; (4) usar um conta-
ad1çao as lmhas de raio-X pnncipais. A capacidade de resolver duas dessas linhas depende dor eficiente para a medição da intensidade dos raios-X; (5) possuir amplos ganhos e preci-
da altura relativa dos picos, isto é, das contradições relativas dos elementos. são na eletrônica de medição. É ainda importante maximizar o pico em relação ao fundo, ou
O detetor do estado solido tem uma resolução de cerca de 150 eV a 5 9 ke V e essa reso- relação sinal/ruido.
lução está sendo melhorada. O desempenho pode também ser melhorado por técnicas de Facilidade de operação - Existem muitos fatores envolvidos no uso de detetores de raios-X
computação de amaciarnento de dados, pelas quais o ruído e a flutuação estatísticas são que requerem especial atenção para que resultados sensíveis e precisos sejam conseguidos.
~m~ciados. As limitações físicas (ruído térmico e quântico), provavalmente, determinam o A primeira vista, parece que o detetor do estado sólido, com o seu desenho estatístico e exi-
hm1te sobre a resolução provável de ser conseguida com um detetor do estado sólido a cerca bição simultânea de todos os picos elementares em um único espectro, é muito mais fácil de
de 100 eV ..Par11;._ o~te~ a ~solução máxima e o ruido mínimo, o detetor é mantido à tempe- operar do que é o método relativamente laborioso de ajuste do espectrômetro de cristal, adi-
ratura ~o mtrogemo hqmdo. A resolução aumenta com a diminuição da energia no espec- ferentes comprimentos de onda para elementos individuais. O que realmente importa é o ti-
t~o. Ass.1m, res,olução de 150 eV pode ser possível a 5,9 keV, enquanto que a 1,04 keV (só- po de informação que é produzida e a credibilidade dos resultados quantitativos obtidos.
dio) sena possivel uma resolução tão baixa como 120 e V. Pode ser mais fácil conseguir uma avaliação da composição do espécimen com o espectro de
Os espectrômetros de cristal funcionam com resoluções muito melhores devido à natu- energia EDS, mas para um resultado quantitativo de um número limitado de elementos
reza de sua operação, A téc~ica da dispersão do comprimento de onda para difração, asse- dentro de um espécimen, a resposta linear do espectrômetro de cristal pode ser preferida,
gura que somente ~q~eles raios-X d~ comprimento de onda muito precisos (ou energia) atin- dependendo do tipo de espécimen.
gem o detetor. ~s limitações desse sistema repousa na forma e quaHdade do cristal refrator, Assim, os dois tipos de espectrômetrosão complementares ao invés de competitivos. O
no detetor de raio-X ([-mi,ta,cior ~ª gá~s1(l~ nas~(Jl(ltJ:ô11kas (ruído). Resoluções melhores do que espectrômetro de energia dispersiva pode fazer três coisas que o dispersivo de comprimento
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Métodos modernos óptico-eletrônico para o estudo de argilas e argilomin~rais 1003
1002 Ciência e Tecnologia de Argilas
O espalhamento elástico é definido como uma interação do feixe eletrônico incidente
de onda não pode; obter um espectro rapidamente, obter resultados úteis com correntes com os núcleos dos átomos no sólido, resultar em não perda de energia do feixe incidente,
baixas dos feixes (essencial para espécimens frágeis) e obter análises de superfícies rugosas. mas não em direção.
Por outro lado, o espectrômetro dispersivo de comprimento de onda possue uma precisão e Espalhamento quasi-elástico ou fonon resulta das interações dos elétrons incidentes
desempenho melhores com elementos leves. A escolha do espectrômetro depende assim da com as vibrações térmicas dos átomos no sólido. A energia perdida nessas interações é da or-
aplicação: o dispersivo de comprimento de onda, onde a ênfase está na melhor precisão da dem de 0.025 eV e está abaixo dos limites de resolução dos melhores espectrômetros existen-
análise de energia dispersiva onde os sistemas EDS são facilmente adicionados ao MEV, e tes. A importância relativa para o EELS é a distribuição angular que o espalhamento fonon
são muito menos complicados de uso do que os sistemas de comprimento de onda (WS). Os apresenta. .
primeiros podem ser facilmente empregados quando o total dos raios-X gerados são fracos, Finalmente, apresenta especial interesse a distribuição angular do espalhamento me-
e podem também ser usados em análises de filmes finos. O sistema tem algumas desvanta- lástico.
gens comparado com o sistema WD. Sua resolução de espectros é limitada em detectabili- É interessante examinar como a técnica EELS pode ser usada associada com um mi-
dade à ligas em torno de Z < 10. croscópio eletrônico, a fi~ ?e prover um métod? ~icro~~alítico qu; ~ornece informação
O silício dos semi-condutores deve ser mantido à temperaturas criogênicas e esses de- quantitativa sobre um especimen de natureza qmmica, flSlca e eletromca.
vem ser isolados de contaminação por uma janela de berílio que exclui comprimentos de on- Os três componentes necessários para a técnica EELS são (1) uma fonte de elétrons;
da longos. Entretanto, suas muitas vantangens compensam suas desvantagens. As vanta- (2) um dispositivo (espectrômetro) para a análise da energia de elétrons espalhados; e (3)
gens incluem desenhos e operação simples, velocidade de análise, detetor de boa resolução e um espécimen conveniente do material que se deseja estudar. Esses componentes são com-
uma alta sensibilidade. Como a eficiência de coleta não é sensível à altura do espécimen ou a patíveis com a operação de um microscópio eletrônico de transmissão (ou varredura - trans-
efeitos de desfocalização durante a varredura, não é necessário a focalização de raios-X (um missão STEM). Nesse caso a fonte de elétrons será o canhão do microscópio., e assumiremos
trabalho consumidor de tempo no sistema WD) e são possíveis sistemas de computadores que os elétrons incidentes tenham uma energia no interval? de 50 a 200 keV; Supondo-~e .º
compatíveis completamente automatizados. uso de um microscópio, o feixe incidente poderá ser focalizado sobre uma areado es~eci­
men cujas dimensões e posições podem ser controladas, e da qual pode-se formar uma ima-
ESPECTROSCOPIA POR PERDA DE ENERGIA DE ELÉTRONS gem 1com o sistema óptico eletrônico do instrumento. O espécimen deve s~r suficienteme~te
(ELECTRON ENERGY-LOSS SPECTROSCOPY - EELS) delgado para que forme uma boa imagem na tensão aceleradora escolhida; dev~ tambem
fornecer dados úteis de EELS. O espectrômetro é então colocado após o espécimen para
Introdução analisar os elétrons transmitidos.
O arranjo experimental do EELS no microscópio analítico é, e~ princípio, bastante
Ao atravessar a amostra, os elétrons do feixe podem interagir com os átomos mediante
simples. Um feixe de elétrons mono-energético é ~irigido para o espécimen e~ ~stu?~; em
um processo de espalhamento inelástico e perder uma pequena parte de sua energia sem
seguida por meio das lentes colocadas após o especimen, faz-se com q~e a dist;ibui~ao de
grandes variações na sua trajetória. A espectroscopia de perdas se baseia precisamente na
elétrons entre no analisador de energia. Esse analisador pode estar localizado apos o sistema
análise da distribuição de energias dos elétrons do feixe transmitido, que interagem com o
de registro da imagem do microscópio (filme, dete.tor do STEM º1:1 câ~ara de TV) ?1:1 real-
espécimen pelos processos de espalhamento inelástico. Por meio dessa técnica, é possível
mente dentro do sistema de lentes formadoras da imagem. As aplicaçoes em materiais ten-
realizar uma análise quantitativa dos elementos leves. Teoricamente, poder-se-ia detectar
dem em se concentrar sobre o espectrômetro ao invés da modalidade espectrográfica e for-
hidrogênio, porém na prática consegue-se detectar elementos de número atômico igual ou
mação de imagem, apesar de ambas possuírem suas apl~cações ,especüicas. . .
maior do que o boro.
A relação, entre a espectroscopia por perda de energia do eletron e a da en~rgia dtsper-
Em uma determinação por EELS, consegue-se coletar todos os elétrons espalhados
siva de raio-X, ajuda enormemente na compreensão e aplicação do EELS. ?~raios-X carac-
inelasticamente e, portanto, o sinal detectado é muito maior do que no caso do EDS. Além
terísticos são gerados pela incidência de um feixe de elétro~s so~re .º espec~men dent~o do
disso, a resolução espacial de análise é muito maior e se aproxima das dimensões do feixe in-
microscópio com' a respectiva ionização. Nesse evento, o eletron mcidente e1eta um eletron
cidente.
orbital do átomo por um processo de espalhamento inelástico. Esse processo requer uma
A análise por EELS deve tornar-se uma técnica complementar de EDS, fundamental-
quantidade de energia finita e característica denominada ~nergia crítica, de excitação ~E:_}.
mente para a detecção de elementos leves.
Os princípios da conservação de energia requerem que o eletr?? respo.ns~vel y~r essa ejeç~o
Historicamente, o EELS é uma das técnicas de microanálise mais antigas. Mil!ier e
perca uma quantidade de energia correspondente. Isso mo~ift~a ª. d!stnbutç~o de energia
Baker em 1944 foram os primeiros a demonstrar o princípio do método em uma coluna ele-
mono-energética inicial do feixe incidente, para uma no~a ~isti:i~m~a? ~ue vai conter um.a
trônica, mostrando a capacitação de detecção de elementos leves por essa técnica. Infeliz-
fração de elétrons, de energia menor do que aquela da distnbmç~o micial, ~e um~ 9u~ntl­
mente esses pesquisadores foram limitados pela sensibilidade do detetor, constituído por
dade Ec. Depois da ionização, o átomo estará em um estado excitado. (de nao eqm,h~no) e
um filme fotográfico. Cerca de 25 anos depois, a técnica foi retomada por Willy, Ferrier e
procura voltar ao seu estado de equilíbrio, através da emissão de um ra10-X caractensttco ou
Cosslleht (1969), Crewe (1970), Collie Gouffrey (1972) e mais tarde colocada em base· quan-
titativa por Isaacson e Johnson (1975) e Egerton (1975, 1978). de um elétron Auger.
Em contraste com o caso do EDS, para cada evento de ionização característica em um
sólido no EELS o elétron incidente deve sempre perder energia de uma quantidade Ec. As-
Espalha~ento de elétrons
sim o EELS provê a mais alta informação característica sobre um espécimen por evento de
Os componentes de um feixe eletrônico transmitido podem em geral ser descritos por 4 espalhamento inelástico. . , .
termos: 1) elétrons não espalhados; 2) elétrons espalhados elasticamente; 3) elétrons fonon Todas as informações que podem ser obtidas sobre o especimen nesse caso a~h~m-se
espalhados; e 4) elétrons espalhados inelasticamente. Cada um desses possuem característi- contidas nas distribuições angular e de energia dos elétrons que atr~vessam o es~e~imen.
cas diferentes quer na sua energia e/ou na distribuição angular. Desses quatro termos tem Pelo estudo dessas distribuições que resultam de interações entre os elet~ons e o e~pecimen .e
interesse especial no EELS a contribuição inelástica. pela análise em termos de um modelo adequado, pode ser encontr~da a mfor~aç~o requeri-
Os elétrons não espalhados são aqueles que atravessam o espécimen sem interação com da. A forma mais geral de caracterizar essas interaç~e~ é pela me~ição ?as variaç~es de ~o­
os átomos do sólido. Sua distribuição de energia é equivalente à de fonte eletrônica -2-3eV pa- mento sofridas pelos .elétrons ao atravessarem o especimen. Isso e realizado medmdo o an-
ra a fonte termoiônica, 1-2 eV para o La B6 e 0.1-0.3 eV para a fonte emissão de campo.
1004 Ciência e Tecnologia de Argilas
Métodos modernos óptico-eletrônico para o estudo de argilas e argilominerais 1005
gulo (}através do qual um elétron é espalhado, e sua variação em energia relativa à sua ener-
gia incidente Eo· Para alguns tipos de estudo, esse procedimento é necessário· usualmente
entretanto, é suficiente coletar todos os elétrons transmitidos, dentro de um c~ne de abertu~
ra (w~~th~ (J na dir:ção do feixe incid:nte, e analisá-los quanto à sua perda de energia. Isso
d~stroi a m!ormaçao sot;>re a transferencia de momento, desde que o espectrômetro integra
a mfon~a~ao de todo o mte~alo angular; mas por outro lado permite o uso de espectrôme-
tr~s m;us s~mples, e como a mfo~mação produzida pode ser prontamente relacionada às pro-
?ned.ades importantes d.o matenal por modelos matemáticos simples das interações, é 0 que
e m~is comume~te usado. O resultado obtido desse experimento é o espectro de energias
perd~das pelo el~tron, ~o qual traça-se a intensidade do sinal transmitido I (E) como uma
funçao da energia perdida E para todos os elétrons espalhados dentro do cone angular (J
aceito pelo espectrômetro.

O Espectrômetro Magnético

O de~ector EELS é um espectrômetro magnético que discrimina as energias dos elé-


trons do feixe que atravessa o espécimem (Figura 15). o 50 100 150 200
. Em um campo magnético uniforme, os elétrons possuem trajetórias circulares cujos ENERGIA ev
ra10s são u~a função ~a energia dos ~létrons incidentes e da potência do campo mag~ético.
P?~tanto, eletrons de diferentes energia são desviados de maneiras distinta pelo campo mag-
netlco do espe,ctrômetro, seguindo trajetórias de raios de curvatura diferentes. Uma vez se-
p~rados, os eletrons P?dem. ser ~e~ectados e o sinal respectivo pode ser processado. o espec-
~1 ...l-2-I 3---
tr?metro _EELS permlte a identificação dos elementos presentes na zona atravessada pelo FIGURA 36-16- Espectrômetro típico de perda de energia de elétron (EELS). Nota-se três
fei~e~ assim como uma análi~e qua,nt~tativa dos mesmos ou a obtenção de mapas de distri- .regiões bem determinadas, originadas por diferentes interações.
bmçao de elementos, se o m1croscop10 opera na modalidade STEM.

O espéctro de perda de energia


um fônon da rede é da ordem de 0,02 e V, valor que não pode ser medido com o espectrôme-
. A Figura 16 apresenta um espectro EELS típico. Podem ser vistas três regiões bem de- tro magnético. O pico de energia zero é o mais intenso de todo o espectro EELS, contendo
termmadas, cada uma originada por interações distintas entre os elétros e 0 espécimen. 70% do número total de elétrons. Não contém informação que seja útil à microanálise, mas
é utilizado na calibração da escala de energias do espectrômetro.
Região 1 (0-10 e V)
Região 2 (J0-60 eV)
~o~responde aos elétrons que não foram espalhados, isto é, que emergem da superfície
de es~ec1mes com a ?1esma :nergia do feixe incidente; àqueles espalhados elasticamente; e Corresponde às perdas baixas de energia. O número total de elétrons dessa região é da
aos eletrons que excitaram fonons no espécimen. A perda de energia devida à excitação de ordem de 5 a 10% da região anterior. O pico se origina do processo de interação com plas-
mons e a sua intensidade aumenta com a espessura do espécimen. Isso vai permitir métodos
de determinação d~ espessuras. A composição química pode ser determinada a partir dessa
regiã9 do espetro somente em alguns sistemas metálicos com grande número de elétrons le-
ves. E utilizado também para determinar composições de materiais orgânicos, desde que o
espectro de plasmons é muito sensível a interações de elétrons incidentes com orbitais mole-
culares.

Região 3 (> 60 eV)


Esse é o intervalo do espectro mais importante para a micro-análise, desde que a ener-
gia de ionização de uma camada é propriedade única do elemento do qual provém. Nessa
-- _____:_JURA CINTILADOR FDTOMULTIPUCADOR região o sinal é muito tênue e deve ser amplificado de 50 a 100 vezes para poder ser utiliza-
do. Os picos provêm de interações entre o feixe incidente e os elétrons das camadas externas
ENERGIA E ---- -------, ~ dos átomos do espécimen. Quando um elétron incidente ioniza um átomo, perde uma quan-
tidade específica de energia, que é precisamente a perda de energia .6.E que se mede na es-
pectroscopia EELS. Conhecendo-se o valor de .6. é possível conhecer o tipo de ionização que
se passou. Como cada tipo de átomo possui uma estrutura eletrônica bem determinada, as
PRISMA perdas de energia dos elétrons também são definidas e, portanto, o tipo de átomos presentes
E-AE MAGNÉTICO no espécimen. Então cada elemento químico produz uma série de bordas (edge) de ioniza-
ção no espectro EELS. Uma análise mais detalhada das bordas de ionização presentes no
FIGURA 36-15 - Esquema do espectrômetro magnético e dos detetores utilizados na técni- espectro, mostra uma estrutura fina, com uma borda de pré-ionização para energias meno-
ca por perda de energia dos elétrons (EELS). · res e outras de pós-ionização para valores maiores de .6.E. Essa última é a que se utiliza na
análize de materiais.
1007
Métodos modernos óptico-eletrônico para o estudo de argilas e argilominerais

1006 Ciência e Tecnologia de Argilas

TÉCNICAS DE MICRODIFRAÇÃO DE ELÉTRONS

Entre os instrumentos modernos que permitem a microcaracterização, certamente o


microscópio eletrônico de transmissão (MET) é o mais poderoso, desde que permite a obser-
vação de imagens com resolução melhor que cerca de lOÁ , associada a técnicas espectros-
cópicas para a análise do mesmo espécimen que está sendo observado. No caso de amostras
cristalinas, é ainda possível determinar a natureza e a distribuição de defeitos contidos na
sua estrutura.

Microdifração
As técnicas convencionais de difração permitem obter diagramas de difração mediante
o método de área selecionada. As dimensões mínimas, a partir da qual é possível obter um
diagrama sem superposição, são da ordem de 1 micrometro. Essa limitação é devida funda-
mentalmente à aberração esférica da lente objetiva. Nos últimos anos essa limitação foi su-
perada pelo desenvolvimento de um conjunto de técnicas conhecidas pelo nome ,de micro di-
fração, que permitem obter diagramas de difração de regiões da ordem de lOOA . Utilizan-
do-se um canhão eletrônico de emissão de campo, pode-se analisar regiões de lOÁ de diâ-
metro.
No caso convencional de difração por uma área selecionada, uma ampla região do es-
pécimen acha-se constatemente iluminada por um feixe de elétrons, e se seleciona a área
que vai constituir o diagrama de difração por meio de uma abertura colocada no plano ima- Ig(Sl I 0 (Sl
gem da lente objetiva. Com as técnicas modernas de microdifração, o sistema de iluminação
é utilizado para focalizar todo o feixe incidente em uma região muito pequena do espéci- btencão de um diagrama eletrônico de feixe convergente
men. Isto não poderia ser feito nos microscópios tradicionais, desde que as lentes condensa- FIGURA 36-17 - Esquema d a o .
doras não seriam capazes de produzir um feixe tão fortemente focalizado sobre a amostra, (CBED).
além do fato da contaminação deteriorar rapidamente as condições de viabilidade. Entre-
tanto, nos microscópios de última geração é possível obter-se as condições necessárias para . - . al modalidade TEM, o espécimen é il~m~-
essas experiências. No microscópio de transmissao conve~cio~ d' plano focal posterior da lente obJetl-
O fator instrumental que limita o diâmetro do feixe eletrônico sobre a superfície do es- nado por um feixe paralelo de elétr?ns, rro ;zm d~ ~e~xe difratado é focalizado em um pon-
pécimen contínua sendo a aberração esférica das lentes; porém na realidade o limite será va o diagrama de difração convencionad º~·t ca_ também é produzido pelo feixe, porém,
dado pelo volume que irá contribuir para a microdifração, devido ao alargamento do feixe to'. Na modalidade STEM; o ?ia?rama ~ ~r:ª~;o o diagrama consta de uma série de discos
dentro do espécimen. De todas as técnicas de microdifração desenvolvidas nos últimos tem- dada a convergência do feixe mcidente (F g . al) ângulo de convergência do feixe. Esses
pos, as mais utilizadas e são também as que são passíveis das interpretações mais confiáveis sendo o diâmetro de c~da um dele~ pro~~r~n_ d1;EDP (zero order Laue zone-converg~nt
são aquelas chamadas de feixe convergente. diagramas são conhecidos pelas sigl~s t i desses diagramas é a mesma que a dos dia -
beam electron d~ffra~tion ~atterns~ r~~~~~::to para a sua indexação.
Em uma experiência de difração com feixe convergente, o feixe de elétrons focalizado
.
se fixa sobre uma região do espécimen e o diagrama de difração resultante é observado so- gramas convenc10nais, assim c~m p , si informa ões distintas daquelas fornecid~s
bre o plano focal posterior imagem da lente objetiva (Figura 17). Para obter esse tipo de dia- Os diagramas CBEDP nao co?tem em t' ni'c~ são eliminados os feixes produzi-
grama não se necessita apenas senão obter-se com o sistema de lentes condensadoras o feixe . l · porem com a nova ec . , , 1
fortemente focalizado sobre o plano do espécimen. A geometria desse tipo de diagrama é tal Por um diagrama .
convenciona'
· - s presentes na mo a
d li'dade convencional. Assim, e possive
dos pela matriz ou outras reg10:_ de rede de regiões muito pequenas. -
que o feixe transmitido e cada um dos feixes difratados a um disco no diagrama. Cada pon- determinar a estrutura dos parametros d' . al quando são realizadas observaçoes em
to dentro de um dado disco corresponde a um dado ângulo de incidência do feixe de elétrons Entretanto, pode-se o?ter informação a :~io:adas nas lentes condensadoras é possiv~l
sobre o espécimen. A distribuição de intensidades vai corresponder a um mapa de variação condiçõs particulares. Mediante at;rtura~t~d ~por grandes discos, porém sem superposi-
das intensidades difratadas em função do ângulo que os elétrons incidentes formam com a obter-se diagramas ZOLZ - C~EJ? cons m ~ssuir uma certa espessura, vai aparecer uma
estrutura cristalina. Essa técnica, assim como as outras técnicas de micro difração, propor-
Ça-o · Se a região .analisada
'd d
na lamma delgada p d
ntraste em ca a um
dos di' scos sendo possível observar
' . K
cionam valiosa informação para a caracterização de materiais cristalinos, porém não está
clara sua utilidade no caso de materiais amorfos.
distribuição de mtensi a es, ou co d 1 Esses diagramas são conhecidos como os-
franjas de mesma espessura em cada um e es.
sel-Mollenstaedt (K-M). d for aumentado e as correntes das lentes
Difração de elétrons por um feixe convergente Se o diâmetro da abertura do condensa ort ntando o ângulo de convergência
. . . t das adequadamen e, aume d Q d
Em um microscópio analítico o feixe de elétrons pode ser concentrado em um diâme- . condensadoras e objetiva aJUS ª. . dia rama também é aumenta o. uan o
tro final sobre o espécimen da ordem de 20Á . Esse fato permite tanto a obtenção de ima- do feixe incidente, o diâm~tro fmal,d~sn~::a~~ de kossel. Os diagramas de difração, por
gens de varredura por transmissão (STEM), como a obtenção de diagramas de difração do os discos se superpõe, o diagra~a ~· ~ d Kikuchi que são variações em fundo contmuo
feixe convergente. As técnicas de microdüração permitem analisar volumes de amostra infe- feixe convergente contém tamb~m dm as·~s muito p~quenas da lâmina delgada, por exem-
riores ao O,Sµm de diâmetro obtidos com a técnica de área selecionada. A técnica mais co- item a orientação precisa e regi .
que perm . i'tados mencionados anteriormente.
mum de microdifração é a do feixe convergente (CBED = convergent beam electron dif- plo dos pequenos precip •
fraction). ·
1008 Ciência e Tecnologia de Argilas Métodos modernos óptico-eletrônico para o estudo de argilas e argilominerais 1009

. Se o ângulo .de c?nvergência. do feixe incidente for suficientemente grande aparecerá todo padrão. A introdução de varredura adicional e bobinas de deflexão em um instrumento
no diagrama de dtfraçao as sucessivas ordens de difração correspondentes a n = 2,3, ... na capaz de produzir uma sonda eletrôni.ca da ordem de poucos nanômetros, torna possíveis
equação de Bragg. Essas ordens correspondem à segunda, terceira, etc zonas de Laue na técnicas de difração de micro-áreas. Em particular, a técnica por feixe convergente e a ob-
~onstruç~o de ?~ald. ~ssim é possível, em um ~nico diagrama de feixe convergente, ter-se a servação de zonas de Laue de alta ordem (HOLZ), provê outras informações sobre a sime-
mformaçao trtdimensional sobre o espaço reciproco do espécimen. As ordens sucessivas tria do cristal.
aparecem como anéis ao redor do diagrama correspondente da primeira zona de Laue. A Com um dispositivo de varredura, a cadotoluminescência e a corrente induzida do fei-
nomenclatura utilizada é a seguinte: xe eletrônico (EBIC) de dispositivos semicondutores podem ser registradas e a imagem, po-
HOLZ = higher order Laue zones de ser obtida. Isso permite a transferência de métodos que se mostraram bem sucedidos na
FOLZ = first order Laue zone microscopia de varredura para microscópios de transmissão, onde complementam as técni-
. Normalmente aparece somente o diagrama FOLZ, e em alguns casos é visível um anel cas, permitindo a análise elementar e a imagem de defeitos de reticulado em alta resolução .
de discos ªº, seu redor, .correspo~den~e ao HOLZ. Os diagramas de difração de ordens altas A integração de elétrons rápidos, acelerados por potenciais da ordem de kilovolts em
se obtem ate 1~ . Os discos de ddraçao dentro dos HOLZ, assim como o disco central (000)
0 um microcópio eletrônico com um lâmina delgada, vai produzir uma variedade de sinais
pode~ c?nter hnha.s HOLZ, que são extensões das linhas de Kikuchi dos diagramas ZOLZ. que podem ser nionitorados com detetores apropriados a fim de prover uma riqueza de in-
~sses ultt~~s permitem a dete.rmina.ção de parân:ietros de rede com uma precisão de S x 10- formações sobre a cristalografia, química e a estrutura eletrônica da amostra. Com o adven-
Á . A anahs: detalhada das m~ensidades ~os discos ZOLZ, da distribuição de discos dos to de projetos avançados de óptica-eletrônica e tecnologia de vácuo/voltagem é cada vez
HOLZ e das lmhas HOLZ permite a determmação do grupo pontual e espacial da rede cris- mais possível a obtenção de caracterizações microanalíticas a altas resoluções espaciais. A
talina correspondente à amostra. informação cristalográfica e estrutural está contida nos feixes espalhados elasticamente e
Podem ser obtidas as seguintes informações para materiais cristalinos: 1) identificação pode efetivamente ser interpretada ou pela medição dos diagramas de difração eletrônica ou
de fases conhecidas; 2) cela unitária, simetria e posições atômicas em fases não observadas· pelo registro de imagens apresentando contraste de difração (convencional) e contraste de
3) espessura, deformação e defeitos. ' fase (alta resolução). Por outro lado, a distribuição de intensidade de elétrons rápidos espa-
lhados inelasticamente e a variedade de emissões produzidas pela amostra quando excitada
MICROSCOPIA ELETRÔNICA ANALÍTICA (MEA) pelo feixe incidente, incorporam informações de estrutura química e eletrônica. Em parti-
cular, os processos de excitação são bem compreendidos e formam a base de uma série de
1!'- _MEA constitui at~almente uma das ferramentas mais poderosas para o estudo de métodos de caracterização analítica bem estabelecidos; esses incluem, como visto, a espec-
matertais, desde que permite a observação de imagens diretas de microestruturas assim co- troscopia de emissão de raios-X, além de espectroscopia eletrônica Auger e a catodolumi-
~? a ?bte~ção simul~ân_.ea de informações sobre a estrutura e a composição qufutica de re- nescência.
gtoes mfertores ao micrometro. . · Assim, em um MEA é possível obter-se as seguintes informações sobre a microestrutu-
O MEA é contituído de uma coluna óptica-eletrônica convencional com um canhão ra da amostra:
eletr~nico, um sistem~ de len~es eletrom~gnéticas para focalizar o feixe s~bre o espécimen, 1) imagem eletrônica de alta resolução
um ,s~stema de deflexao do feixe e um sistema de detetores dos sinais. 2) difração por área selecionada (SAD)
As lentes ~ocalizam sobre a amostra um feixe de diâmetro menor do que 20Á . Um fei- 3) microdifração por feixe convergente (CBED)
~e de el~trons fixo, com estas c~racterísticas, dá origem a um diagrama de difração denomi- 4) microscopia analítica por energia dispersiva (EDS)\
nado feixe convergente. Esse diagrama provém de uma região do espectro muito menor do 5) microscopia analítica de elementos leves por perda\de energia (EELS)
que o diagrama de difração convencional. . 1

. _Espectrômetros de cri~tal podem ser acoplados a um microscópio eletrônico de trans- \


missa,? como esse, para registrar quantidades dos raios-X emitidos do espécimen. Comes- 1

pectrometro por rato-X de energia dispersiva, é possível a análise quantitativa para elemen- BIBUOGRAFIÀ SOBRE ESTUDOS DE ARGILAS POR MÉTODOS ÓPTICO
tos com número atômico acima de dez. ELETRÔNICOS .
Espectrômetros de elétrons incorporados à coluna ou disposto abaixo do anteparo fi-
nal podem ser usados par~ registrar espectros por perda de energia, que contém informação ANGEL, B.R. - Electron spin resonance of synthetic kaolinite - Clay Minerais 10; 247; 313 (1974).
sob~e a estrutura eletrômca e a composição elementar do espécimen. Elementos para os AZEVEDO, A.M.V. e SOUZA SANTOS, P. Estudo da utilização do acetato de potássio na identifica-
quais Z > 4 podem ser detectados e essa técnica é mais eficiente do que a análise por raios-X ção de caulinita e haloisita em caulins brasileiros - Cerâmica 21(83), 191 (1975).
porque o espec~rômetro pode coletar .uma grande fraÇão de elétrons espalhados inelastica- ALVARES, T.F. - MET of heated palygorskite and sepiplite - Clay Minerais 13; 325 (1978).
ment:, que es!ªº concent~ados dentrõ de pequenos ângulos de espalhamento. Um filtro de ADAMS, J.M. - Uptake of cations by layered silicates by X-ray photoelectron spectroscopy (XPS)
energia dos eletrons permite que se ·trabalhe na modalidade de formação da imagem ·por se- Clays and Clays Minerais 27 (4); 248 (1979).
l~ção, de e.n~rgia, que pode, por exemplo, ser usada para mapeamento elementar. Essa téc- AGLIETTI, E.F. - MEV da moagem de gibsita - 1? Congresso lberoamericano de Cerâmica Vol. 11, p.
mca e aphcavel aos elementos leves (Z < 10) e se denomina EELS (espectroscopia por perda 691, 1982.
de energia do elétron). . AMOURIC, M. e PARRON, C.-Growth mechanism of glauconite as seen by HREM - Clay$ and Clay
Métodos de difração eletrônica são empregados para a identificação de substâncias Minerais 33 (6); 473 (1985).
p:la medi~ão. de es~açament?s .de r~ticulados de planos e para a determinação de orienta- ANGELERI, F.B.; CARDOSO, S.R.F.; SOUZA SANTOS, P. e SOUZA SANTOS, H. - Corrélação én-
çoes de crtStais em ftlmes pohcrtstalinos (textura) ou lâminas de cristal único. A determina- tre os resultados do ensaio de dilatação de caulins e argilas brasileiras usados na fabricaçã·o de louça
ção da estrutura é possível, mas difícil, devido a fortes efeitos dinâmicos. Pontos extras e sanitária e os respectivos característicos mineralógicos - Cerâmica 31(181), 5 (1985).
traços causados por estruturas de antifase ou precipitados, por exemplo, podem também se- AHN, J.H. - TEM of illite - smectite - Clays and Clay Minerais 37(6), 542 (1989).
rem observados na formação da imagem de uma área selecionada. AH N, J. H. - Transmission and analytical electron microscopy of smectite-to illite transition - Clays and
~ técni~a de área selecionada na difração, na qual uma área de ordem de um micro- Clay Minerais 34(2); 165 (1986).
metro e selecionada por uma abertura na primeira imagem intermediária, constitue um mé- ARGAST, S. - SEM of sepiolite - Clays and Clay Minerais 37(4), 341 (1989).
1010 Ciência e Tecnologia de Argilas
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Transformações topotáticas dos argilominerais com a temperatura 1021
tância ou mismra de substâncias, sem mudar a sua forma externa), contendo um ou mais
produtos em uma orientação cristalográfica bem definida; a conversão se passa através de
todo o volume do cristal. Para existir a verdadeira topotaxia deve haver alguma cor:espon-
dência tridimensional, entre as estrumras cristali?as do produto, e ?e. seu ~ospedeiro (em
contraste com a epitaxia, na qual a corrspondência p_reci~a ser. so bidin:iensi?n.al). .
É bem conhecido que muitos, senão todos os argtlommerais, se desi~roxtlam topota~i­
CAPÍTULO 37 camente, isto é, cada monocristal do material dá iníci~ ª.algo que se a~roxima ?º monocris-
tal do produto, que é formado em uma orientação defimda e reprodutivel, (Brindlay, 1963;
1976),As reações químicas de transformação dos arg1'lommera1s
. . po_dem s~r ~u.bd'1v1'd'd
TRANSFORMACÕES TOPOTÁTICAS DOS 1 as em
reações em baixas e em altas temperamras: com uma separa~ao arbttr:ria a ce;ca ~e
ARGILOMINERAIS COM A TEMPERATURA tOOOºC. A mais importante das reações em baixas temperamras sao as reaç~e~ de des1drox1-
lação, que ocorrem no intervalo de 500° · 700°C e dependem da con:ipos1çao e estru~~a
Helena Souza Santos cristalina dos argilominerais envolvidos. Freqüentemente, uma ou mais fases de transtçao
Che!e do Lab~r~tório de ~icr~scopia Eletrônica; Depto. de Física Experimental; metaestáveis são formadas, antes da recristalização em altas temperamras. .
Instituto de Fisica da Umversidade de São Paulo · São Paulo . SP. Acima de lOOOºC, as fases desenvolvidas sãó principalmente aqu.elas previstas pelos
diagramas de equilíbrio de fase e são, geralmente, as esperadas a partir dos comp~nent~s
INTRODUÇÃO (óxidos) principais. Entretanto, alguns óxid~s ~resentes em pequenas proporçõ~s (mmer~h­
zadores) podem desempenhar um papel mais import~nte do .qu~ ~qu~le sugerido ~elo. dia-
As transformações de fase, cristalinas e não-cristalinas, que os argilominerais sofrem grama, positivamente porque contribuem com quantidades s1gmficahv~s, d~ fases hqmdas,
co1? a elev~ção d~ temperamra, tem sido objeto permanente de pesquisas, que visam carac- que vão ajudar em reações 9uímicas entre as partículas, antes do eqmhbrio das fases ser
terizar mais precisamente a namreza das fases formadas, bem como mecanismos (Ball em atingido, agindo como catalisadores. . . . . .
Taylor, 1961, 1962, 1963) pelos quais essas fases estão se transformando. Esses estudos fo. GrimM Bradley e colaboradores (1940-1965) estiveram entre os primeiro~ a.e?fatizar a
i;am inici~~os p~r DRX, por m~todos ópticos e por métodos térmicos (ATD e ATG); porém importância de um desenvolvimento topotático de fases a altas temperamras; tsto_e, eles en-
o grande salto na compreensao ocorreu com os trabalhos de Brindley e Nakahira (1959) e fatizaram que durante a formação de uma fase a alta t;mperamra; a transformaçao proc.ede
de Comer (1960) utilizando simultaneamente DRX MET e SAED no estudo de monocris- de uma maneira ordenada. A estrumra da nova fase e herdada diretamente do ~~gtlomme­
ta~s ~ilimétricos de caulinita. Foi então demonst~do que a metacaulinita, suposta não- ral original; assim, as reações de argilominerais individuais. s~o, .em geral, topotat1casA(Tay-
cristalma, apresentava uma certa cristalinidade, tendo sido, ainda identificada uma nova lor, 1964). Esse termo, como visto, significa que as fases origmais e os produtos 1?-antem re-
fa~e ~ristalin.a ;~bica s~melh~nte à alumina-gama, porém com defeitos e substituição iso- lações cristalográficas simples entre si. Essas relações envolvem nã? so:nente as direções dos
m~rfica (~spmeho AI/Si). Brindley (1961, 1963, 1970) sumarizou os resultados dessas pes- eixos cristalográficos, mas também os parâmetr?s de .red~ nessa~ direçoes. O comportamen-
q.msas, nao somente a suas, mas também as de outros autores, especialmente nas referên- to topotático já é encontrado nas reações de desidroxtlaça.o a baixas t~1?pe~amras, ?nde po-
cias do Congresso da AIPEA do México. Os esmdos tratados concentram-se em caulinita de ser esperado devido a natureza às alterações entrumra1s e compos1c10na1s envolvidas, co-
hidróxidos de alumín~o, serpentinas e em silicatos de cálcio; não houve, porém, exame da~ mo também nas recristalizações a altas temperamras.
fases formadas por metodos como MET e SAED. Nesse período desenvolveu-se experimen- Uma forma extremamente frutífera de ataque ao problema é a utilização de esmdos
talmente a "imagem de reticulado" por microscopia eletrônica de alta resolução (Menter de difração de cristitl único. A estratégia consiste no reconheci~ento de u~a orien!~ção
1956). ' cristalográfica esp~cífica do material original. S~o ~~o!adas a.s orientações cri!talografic~s
. A prática industrial precede, muitas vezes de anos, o conhecimento científico que ex- preferenciais da nova fase com respeito ao material i~ic1al, a~sim como alteraçoes Ano~ para-
phca as ;az~~ q~e leva,ram a essa prática. Namralmente, no momento em ,que esse conheci- metros da rede. Realmente, o que está sendo determmado s~o .as coor?enadas. atom1c~s .da
mento cientifico mterv_em; acontece um surto de desenvolvimento nos mais variados aspec- nova fase em relação àquelas do material original. O Laboratorio de Microscopia Eletromca
t?s. Entre outras, as tecmcas modernas de mocroscopia e difração eletrônicas de área sele- do Instimto de Física da USP vem desenvolvendo uma linha de pesquisa, .utili~a~do mi- .ª
cionada, são essenciais tanto para a compreensão das microestrumras dos diferentes mate- croscopia eletrônica de transmissão de média e ~lta :esolução ~emp;e ass?ciad~ ~ tecmca de
riais, como p~ra permitir relacionar essas micrestrumras com as propriedades tecnológicas. difração eletrônica de área selecionada, com a fmahdade d~ v1suahz~r e 1?ent1!1car as.fases
Em mmtas reações químicas em cristais sóilidos, as estrumras cristalinas são parcial- que ocorrem no aquecimen.to progres~ivo a!é ~300º_C ou mAai~, de ar,gilommer.ais. A micro~­
n:ient~ preservadas, e d~ssa forma, a estrumra e a orientação cristalográfica do material ini- copia eletrônica de transmissão associada a ?~fraçao eletromca. de area sele~10nad.a const~­
cial pode controlar a orientação e mesmo a namreza dos produtos da transformação. O pro- tuem métodos extremamente adequados e eficientes para esse tipo.de I?esqmsa, pois perm~­
blema que se tenta resolver é o de se conhecer quais os planos cristalinos que vão ser forma- ?e
tem a caracterização das modificações que ocorrem na estrumra cri~talma uma for~a di-
dos com o a9uec~mento à custa dos planos do mineral original. Isso é conseguido não so- reta. Essas observações, de caráter científico fundamenta~, per?1tte?1 a ~nte~retaça? e o
mente pela visuahzação direta do reticulado cristalino, isto é, da estrumra cristalina, acha- controle de um conjunto de processos industriais, nos quais argllommera1s s,ao aqu~c1~os.
mada imagem do reticulado, como também pela difração eletrônica de área selecionada As transformações térmicas dos argilominerais 1:1 e 2:1 esmdadas por metodos ophco-
(SAED) do espécimen. Essas ;eações, portanto, só podem ser adequadamente explicadas se eletrônicos serão apresentadas para alguns argilominerais esmdados no LME-FUSP.
as estrumras relevantes do cristal forem levadas em consideração. Dois diferentes graus de
As transformações do grupo da caulinita em metacalaunita-mulita
co~trole est,ru~r~l po~em ser distinguidos: epitaxia, que é um efeito bi-dimensional e topo-
tax1a, que e tridimensional. Aquecendo-se um argilomineral do grupo da caulinita em :empe,ra~ras crescent~~·
Na. epitaxia, .ºs cristais cr~s~em sobre a superfície de uma outra substância sólida, (o observa-se uma seqüência de transformações, resultantes de reaçoe~ qmm1cas e de m~d~f1-
~ospedei~o) em orientações defmidas. Na topotaxia, um monocristal de um material inicial cações das estruturas cristalinas. A decomposição térmica da cauhmta em metacauhmta
e convertido em um pseudomorfo (pseudomorfo = cristal que se converteu em outras subs- obedece à equação:
1022 Ciência e Tecnologia de Argilas Transformações topotáticas dos argilominerais com a temperatura 1023

2[Si 2Al 20 5(0H)4 ] 2[Si 2Al20 7 ] (1) Diquita difere dos outros argilominerais do grupo da caulinita (isto é: caulinita; haloi-
caulinita pietacaulinita (sólida) sita e nacrita) pelo fato de desenvolver u~a fase transitória de "14Â " quando é desidroxila-
do entre 550ºC-700ºC; a expressão "14A "é convencional, pois a distância interplanar ba-
sal precisa desenvolvida é de 13,7Â -13, 8Â. Esse comportamento da diquita foi estudado
Comeforo, Fisher e Bradley (1948) observaram ssa~, i e' uller e Rad~zewki (1943) e
Usando o microscópio eletrônico de transmi - fft 1 M"
por Hill (1955); Roy e Brindley (1956); Brindley (1975) e por Brindley e Wan (1978); entre-
caulinita persistia através da fase metacaulinit ~ll:e a r~ª hexagonal do cristal lamelar da tanto, ainda não há interpretação adequada para o mecanismo de formação e· a natureza
de que um resíduo ordenado e relacionado co~' :s:~;:~ mte~r~tado como u~a indicação dessa fas~,de 14Â (Brindley e Wan 1978). Outros argilomineirais 1:1 apresentam também
formação da nova fase anidra metacaulinit F t ura origmal pe:manecia durante a uma fase de 14Â após aquecimento entre 550°C-800ºC: são os argilominerais do grupo das
(1948) consideraram a metacaulinita como a~ r;n e ~ esslas observaçoes, Comeforo et ai serpentinas (Brindley e Zussman, 1957) e as nepouitas, que são serpentinas ricas em níquel
Brindley e Hunter (1953) u. a ase smgu armente organizada. ,
. usaram um cristal de alg n T t d (Brindley e Wan, 1975).
_ du s mi ime. r?s e diametro de na-
•A

cnta para estudar, por difração de raios-X a f O desenvolvimento da mulita a partir de um mineral caulinítico especial de Piedade, de
do o diagrama de rota ão em torno . , or~açao a metacaulmita e da mulita. Usan-
~orfologia tubular, foi estudado por Campos (1974( = ), por Campos, Souza Santos e Souza
nessa temperatura, a ~aioria das reg~x~~sº:· nao .foram .detectadas ~udanças até 670ºC:
foram interpretados como mostrando u a nacnta ~~via desaparecido. Esses resultados Santos (1976), por Lopes e Souza Santos (1982; 1987) e por Lopes (1984). Nos trabalhos de
truturais da folha hexagonal de silicatoqd:s ~~!~cau~~~~ta era consti~uídayor.resíduos es- Campos (1974)1e Campos et ai (1976) foram usadas a microscopia eletrônica de transmissão, a
firmada nos trabalhos de Brindley e Nakahira (19~7-Í9S;~sa conclusa~ f?i mais tarde con- difração de raios-X e a análise térmica diferencial: esses autores observaram que no aqueci-
Nesse último trabalho Brindle e Nakahi a com a cauhmta. mento em temperaturas acima de lOOOºC, os tubos, por apresentarem grandes dimensões
qual a metacaulinita se dec~mpõe emy temper tr (19d59) pdropuseram uma teoria, segundo a (diâmetro= 0.40 µme comprimento= 13,5 µm), se achatam em forma de fitas (com refle-
· d · ' a uras a or em de 950º 980ºC ( · , xões basal intensa), mostrando assim uma estrutura lamelar com empilhamento das cama-
mico a ATD), em um espinélio AI/Si (es . T . . - pico exoter-
ra da mulita; esse espinélio misto corresp~~~e i? ~iro), que ~ena a fase cristalina precurso- das 1: l, semelhante à da caulinita; isso explica a possibilidade e a facilidade da formação das
ra de "alumina-gama" que também é er~a ,ª. ase anteriormente chamada na literatu- agulhas de mulita, dispondo-se em ângulo de 120º entre si; os trabalhos de Campos (1974) e
Al/Si tem estrutura cúbica porém defe~ espmeho; !ª1 como a alumina-gama, o espinélio de Campos et ai (1976), entretanto, limitaram-se ao estudo das transformações a partir de
Uma das maidres vantagen~ da teoria do esosi~~loss~md,o espaçamentos d quase idênticos.
de estrutural no estado sólido pode ser manf de. i.o mist~, ~·ªde que uma melhor continuida- lOOOºC.
na lamelar da metacaulinita não precisar pa~s:; is~o es a ~g:do ao !ato ~a ~strutura c~istali­
Posteriormente, foi realizado um estudo das transformações de fases do mesmo argilo-
fase mulita. O mecanismo de forma ão da m p ruma . e ormaçao dr~st~ca para atmgir a mineral caulinítico até pico de Piedade, SP (Figura 1), quando aquecido a temperatura atés
Brindley e Nakahira (1959) pode seçr d 't uhtla a partir _da metacauhmta, proposto por progressivamente mais altas (600ºC a 1300°C) por microscopia eletrônica de transmissão,
' escri o pe as equaçoes: associada à difração eletrônica de área selecionada (Figura 2).
Até 600ºC, não existem transformações morfológicas detectáveis nos tubos de Piedade;
2[Si2Ali0 7] 950ºC 2Al20 3. 3Si0 2 + Si02 (II)
entretanto entre 500ºC e 600ºC, o diagrama de difração dos pseudomorfos dos tubos, identi-
metacaulinita 980ºC espinélio AI/Si sílica (não cristalina) ficado como da metafase metacaulinita , revela a existência de um certo grau de ordem cris-
3(Si3Al4 0 12 ) 1200ºC 2(3Al203. 2Si02) + 5 Si02 (III) talina. A 600ºC, ocorre uma contração nos parâmetros b e e da cela unitária do argilomineral
original, levando aos parâmetros da metacaulinita. A metacaulinita formada apresenta are-
espinélio AI/Si mulita cristobalita lação topotfttica bp/ lb .. (*).Foram observados estrias longitudinais nas superfícies dos tubos
Comer (1960) usou quatro caulins de d' õe ., . de Piedade, desde o argilomineral sem tratamento até a temperatura de 800°C; essas estrias
cristalinidade para estudar a formação da m i~;~s d s variaveis e com diferentes graus de foram interpretadas como sítio propício à nucleação, para o desenvolvimento da fase cristali-
cristais de caulinita, com pequenas dimensõ~ ~a, , ess~s e~tud~s, Comer concluiu que os na espinélio, formada a seguir. Foi possível seguir, morfológica e estruturalmente, o desen-
abaixo da temperatura a partir da ual rt ma cnstahzaçao, perdem ~eus contornos volvimento da fase espinélio, cuja nucleação ocorre entre 750ºC e 800ºC (Figuras 3 e 4). Essa
nos cristais de caulinita bem cristali~ada \~u 1 ~ po.de ser_detectada; ~onclm também que,
mulita, relacionada ao cristal original. p~rt:~:a ori~~t~~~~ p~ef~renc1a~ ~o crescimento da
fase aparece inicialmente como grânulos sem orientação preferencial, dispostos sobre a su-
significativa na formação e orientaçã~ da m rt' a~ns a 1(~1 a e a ~auhmta tem influência
perfície dos pseudomorfos dos tubos originais. Foi verificada a permanência do eixo b nas di-
nita a 850ºC e 95ÔºC durante 20 h u i a. omer 962) queimou amostras de cauli- ferentes fases, desde a caulinita original até o espinélio. As relações topotáticas entre toda a
ção aquosa de 10% d~ NaOH po oras; as amostras foram depois colocadas em uma solu- série de transformações de fases desde o argilomineral de Piedade ate a fase final da cristali-
· t r
~~o-cns a ma; assim,
r uma semana para remover a sílica - zação da mulita foram estabeleciadas: bp/ /bm/ !boi /Cm ou seja, a direção do eixo b persis-
os cristais observados anteriormente;(Com r 1967) d .
nélio misto. Foi mostrado, também, ue ase; lh pu er~m ser 1den~1ficados como o espi- te inalterada durante as três primeiras fases (Piedade, metacaulinita e espinélio), tornando-',
mente com respeito à fase espinélio ~dicandgu as de ~~ht~ eram orientadas preferencial- se, na última fase, paralela ao eixo e da mulita.
d~ espinélio. Nos trabalhos de Chakraborty eºJ~~s~ 1(1~~~ª ~~~r°fu;o d~ decomposição As transformações de fase de três caulins brasileiros, contendo quantidades significati-
foi observado que 0 tratamento com a sol _ ,. 10 ' e e. erc1val et ai (1974) vas de haloisitas tubulares, aquecidas a temperatura progressivamente mais altas (600ºC a
lita (silicato de alumínio e sódio hidratad~r~ a 1 % .de Na~H dava ongem a uma fase zeó- 1300ºC), foram estudadas por microscopia eletrônica de transmissão, difração eletrônica de
ASTM para essas duas aluminas (chi e ka ; )s a ummas-c 1e kappa; os dados dos cartões área selecionada e difração de raios-X. Paula Leite 1985; Paula Leite e Souza Santos, 1990).
gramas de DRX· portanto as observa õep da apresentam uma grande semelhança nos dia- Os parâmetros da metacaulinita foram obtidos a 700ºC, o eixo b sendo encontrado paralelo
por essas transf~rmações.' ç s e Comer (l969; 1961) podiam ter sido afetadas
ao eixo b dos cristais da haloisita original. A primeira transformação morfológica foi detecta-
Brindley (1963; 1964· 1975· 1976· 1978 ) f .
mento das fases form~das e~ dive~sos argi~i::1s~s bastadntes completas sobre o conheci-
gressivamente mai lt · .. °
~r~is, quan aquecidos a temperatura pro-
(*) O símbolo bp // bme significa: a direção do eixo cristalográfico bme é paralela à direção do eixo bp
0
da haloisita queii:a~aª!ine~~es~~l:~~!: ~ª(~~~i~:~i, e ~~~~~nto, os dados óptico-eletrônico
1 do argilomineral de Piedade.
1024
Ciência e Tecnologia de Argilas
Transformações topotáticas dos argilominerais com a temperatura 1025

tada a 800ºC, como uma leve rugosidade sobre as superficies dos tubos de haloisita. A
900ºC, uma granulação definida de natureza cristalina foi detectada sobre a superficie dos
tubos. A lOOOºC foi possivel identificar a fase espinélio, que se desenvolveu topotaticamente
em relação à metacaulinita, apresentando os planos (440) paralelos ao eixob da metacauli-
nita. A llOOºC e/ou 1200°C, desenvqlvimento de cristais de mulita a partir dos grânulos
puderam ser seguidos. A presençalsimultânea das fases espinélio e mulita foi observada a
llOOºC, apresentando o eixo e da mulita paralelo ao plano (440) do espinélio. A l300°C, os
pseudomorfos tubulares coalesceram em agregados eletronicamente densos, de cristais de
mulita. A seqüência de relações topotáticas dos tubos de haloisitas - 7Á queimados até
1300ºC puderam assim ser estabelecidas: bH//b... (440).1 /c""'

Transformaçõs térmicas do amianto crisotila


Numerosas publicações descrevendo a transformação térmica dos minerais serpentíni-
cos indicam que quando uma fibrila de crisotila é aquecida no ar, a fase forsterita é forma-
da topotaticamente (Hey e Bannister, 1945, Ball e Taylor, 1969); isto é, um pseudomorfo é
formado contendo forsterita em uma ou mais orientações definidas com respeito à fase origi-
nal crisotila. Análises térmicas diferencial (ATD), análise termogravimétrica (ATG) difra-
ção de raios-X e espectroscopia no infravermelho foram usadas por muitos investigadores no
estudo das propriedades térmicas e das estruturas formadas durante as transformações das
serpentinas. Existe uma transformação endotérmica, representada por um pico largo abai-
xo de 150°C durante ATD, devido à remoção de água adsorvida da superficie. As duas prin-
cipais reações com a temperatura que caracterizam os minerais serpentinicos, e em particu-
lar a crisotila, são representadas por um grande pico endotérmico entre 600°C e 750°C, de-
vido à desidroxilação,e um pico exotérmico a 810ºC,causado pela f~rmação da forsterita. A
perda de massa na ATG abaixo de 150°C é devida à umidade da superfície, e a perda
maior, cerca de 14%, de 600º a 750°C, corresponde à desidroxilação endotérmica verifica-
da na ATD.
Essa fase amorfa à difração de raios-X pode ser considerada como uma
"metacrisotila", a qual não foi ainda bem caracterizada, tal como foi feito com a metacauli-
nita. Essa fase "meta ou anidrido" não foi observada na antigorita.
Aproximadamente 810ºC ocorre uma transformação do "anidrido de crisotila" dentro
das fibrilas, o que càusa o pico exotérmico observado na ATD, sem entretanto destruir a
aparência fibrilar do pseudomorfo do argilomineral. Alguns desses estudos foram feitos com
crisotila, outros com lizardita e serpentins maciças. '
A desidroxilação e a recristalização-das serpentinas se processam de uma forma orde-
nada cristalograficamente. Um grande interesse foi despertado quanto aos possíveis meca-
nismos pelos quais essas relações topotáticas são desenvolvidas. O desenvolvimento topotáti-
co de fases a altas temperaturas em lizarditas lamelares foram inicialmente interpretadas
em termos de um processo homogêneo por Brindley e Zussman (1957) que escreveram a
equação de transformação, como:

2 [Mg 3Si20s(OH)4]
600°C 3Mg2Si04 + Si02 -t 4H20
serpentina 700ºC forsterita + sílica(*) + água (gás)

FIGURA 37.1. Micrografia· eletrô . d . - Nessa transformação, a desidroxilação ocorre uniformemente através do cristal pela
dade, SP. nrca e transm1ssao de cristais de caulinita atípica de Pie- química entre duas hidroxilas, como se segue:
FIGURA 37.2. Diagrama de difracão eletrô . d , .
atípica de Piedade SP· · nrca ª
area selecionada de cristal da caulinita
F!GURA 37.3. e 37,.4. Micrografia eletrônica de tra . - .
nica de área selecionada de caulinita d p· d d nsm1~sao e diagrama de difração eletrô-
e ie a e aquecida a 1100ºC
(*)Sem precisar se é cristalina ou não.
1027
Transformações topotáticas dos argilominerais com a temperatura
1026 Ciência e Tecnologia de Argilas

Apesar dessa transformação oferecer uma explicação do porque a ordem cristalográfi-


ca se mantem, não explica como ocorre a expulsão do vapor d'água e a natureza da sílica a
altas temperaturas, sem modificações drásticas na estrutura cristalina, com a preservação
da morfologia externa do cristal; isto é, a formação do pseudomorfo fibrilar.
Ball e Taylor (1963) e Brindley (1963) sugeriram que uma interpretação mais satisfató-
ria poderia ser dada em termos de um mecanismo heterogêneo. Ball e Taylor (1961) investi-
garam a desidroxilação da brucita, Mg(OH)i, e propuseram um mecanismo de desidroxila-
ção, que aplicaram também à formação da forsterita a partir de serpentinas. Eles concluí-
ram que a desidroxilação e a recristalização consistem em uma reação combinada. Em
1963, Ball e Taylor consideraram que a desidroxilação e a recristalização da serpentina no
ar, procede em quatro paso, como se segue:
1) Desidroxilação - São formadas regiões doadoras e receptoras, e prótons migram para zo-
nas 1de reação, onde são liberadas moléculas de água na forma de gás. Simultaneamente,
íons Mg e Si contra-migram; e os empacotamentos de oxigênio permanecem essencialmente
intactos.
Isso significa que, após a perda de água de uma região, essa se torna porosa, e os oxi-
gênios que permanecem acomodam todos os íons Mg e Si.
2) Reorganização dos cátións - Os íons Mg e Si começam a se difundir em direções opostas,
formando regiões ricas em Mg e em Si.
3) Formação de forsterita - Regiões ricas em Mg se transformam em forsterita (Mg2 Si0 4),
envolvendo uma reorganização dos cátions.
4)Formação de enstatita - Em temperaturas mais altas, as regiões ricas em Si se transfor-
mam em enstatita (MgSi0 3).
A visualização dos diferentes estágios (transformações morfológicas dentro das fibri-
las) foi estudada por microscópio eletrônico de alta resolução associada à difração eletrônica
de área selecionada (Souza Santos e Yada, 1974).
As fibrilas de crisotila de Uruaçu, Go, Brasil, sem tratamento térmico (Figura 5) for-
neceram diagramas de difração (SAED) típicas de clinocrisotila (Figura 6).
A temperaturas abaixo de 600ºC, as fibrilas e seus diagramas SAED são indistinguí-
veis daqueles da fibrila original sem tratamento térmico.
A 600ºC, as fibrilas se apresentam ainda cristalinas com as características de clinocriso-
tila; um sistema novo de franjas de espaçamento de lOÁ - 15Á aparecem esporadicamente,
paralelo às franjas de 7,3Á da crisotila. As áreas das fibrilas que produzem franjas extras,
provavelmente causadas pelo processo de desidroxilação, parecem constituir sítios favorá-
veis para a nucl:eação de forsterita.
A 650ºC, a estrutura da crisolita é difícil de ser detectada, quer cristalograficamente
(torna-se difícil identificar os pontos 7,3Á) ou morfologicamente (a imagem do reticulado
apresenta-se indistinta). As áreas delgadas e alongadas, em forma de fitas, detectadas den-
tro das fibrilas, podem ser interpretadas como núcleos da fase forsterita formados na região
defeituosa.
A 700ºC, a crisotila não pode ser detectada, que na imagem do reticulado ou no dia-
grama SAED, isto é, nem o sistema de franjas de 7,3Á nem os pontos típicos de crisotila no
diagrama SAED podem mais serem observados. Os novos pontos presentes no SAED po-
dem ser indexados, como devidos à forsterita. Assim a 700ºC, a forsterita pode ser clara-
mente identificada.
A 800ºC, a morfologia externa das fibrilas ainda é mantida, e entre 800ºC - 900°C, as
áreas de forsterita começam a se definir como "inclusões" dentro das fibrilas, sugerindo que
o crescimento nesse estágio se passa de uma forma tridimencional, modificando completa- • . · - diagrama de difracão eletrô-
mente o perfil das fibrilas. A Fi@ra 7 é um exemplo de imagem de reticulado, mostrando os FIGU RA 37.5 e 37.6. Microscop.ia eletr~nic~ d~ tr~n~~~~sa~; Notar as franjas ~orrespon-
três sistemas de franjas (de 3,9Á ) 5, lÁ e 5,9À (2 x 2,99Á) correspondentes respectiva- nica de área selecionada de amianto cnsot1 a e r . ' .
mente aos planos (021), (020) e (001) da forsterita. O sistema de franjas de 5,9Á pode ser dentes à distância interplanar basal de 7 ,3Á .
observado fazendo um ângulo de 67° com o comprimento da fibrila. A Figura 8 é o diagra- . • . . - diagrama de difraçào eletrô-
ma SAED correspondente, cujas reflexões podem ser indexadas como da forsterita na orien- FIGU RAS 37 .7 e 37 .8 Microgr~f1a .eletronica de transn:~ss:~~ºC mostrando três sistemas
tação (011). Pode ainda ser verificado que a forsterita é formada em, pelo menos, duas nica de área selecionada de cnsot1la de Uru.açu aqueci a
orientações: a direção da fibrila de crisotila se torna ou a direção b da forsterita ou uma di· de franjas da estrutura cristalina da forstenta formada.
reção no plano bc acerca de 60° da direção b da forsterita.
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1028
Ciência e Tecnologia de Argilas
Transformações topotáticas dos argilominerais com a temperatura 1029
A 1000°C são formados grânulos muito pequenos de enstatilt 1d d A

forsterita. No nível de imagem de reticulado podem s b d ª.ao ª 0 os gr~nulos de Notar que, apesar da antigorita ser um argilomineral 1:1, não ocorre a formação de
t d 4 3Á Á ' er o serva os sistemas de frallJas d
paçamen os e ' e 6,3 ' correspondentes às reflexões (020) (111) e (210) d t e_es- uma fase "meta" análoga à metacaulinita.
De 1100º a 1300ºC ocorre o crescimento tridim . 1 ' . a ens atita. Em todo o intervalo de temperatura estudado, foram obtidos diagramas SAED de
uma transformação topotática em relação à forsterita~ns10na da enstatita com evidência de pseudomorfos, afim de identificadas as fases presentes, e determinar as orientações prefe-
renciais que cada fase possui.
Transformações Térmicas da Antigorita Até 600ºC, as partículas de antigorita não apresentaram variações quer morfológica
O que realmente caracteriza a antigorita , f t d . ou cristalográficas, desde que o super-reticulado se manteve presente e inalterado todo o
parâmetro a. Foi mostrado por Brindle Co e o Ua o e possuir um grande valor para o tempo de aquecimento, tanto nos diagramas SAED como nas imagens de reticulado.
que havia sido feito por Menter (1956) y, m~r, t yeda e Zussman (1988), a exemplo do A temperatura 650°C é muito importante, por se tratar de uma temperatura de transi-
vados em micrografias eletrônicas de' que conJ?~ o~ de franj~s p~ralelas podiam ser obser- ção, onde diferentes fases onde ainda pode ser verificado que a forsterita é formada em, pelo
franjas espaçadas de cerca de lOOAº conumadvane a e de ant1gonta da Manchúria. Essas menos, duas orientações: a direção da fibrila de crisotila se torna ou a direção b de forsteri-
cor am em espaçament0 d" -
~ e rreçao com o parame- ta, ou uma direção no plano bc a cerca de 60° da direção b forsterita.
A
tro do super-reticulado (A)(*) medid f d d"
mo cristal. Esse super-reticulado emº a palr ir - e , iagramas de difração eletrônica do mes- As Figuras 9 e 10 são exemplos típicos respectivamente, da imagem do reticulado e do
, . ' gera , nao e constante mas pod · diagrama de difração da antigorita de Castro, apresentando um A igual a 45,4Á . Quando
numero de diferentes valores da distân . . q: 1 '. e assumir um certo
é constituída por camadas l ·1 corrug ~a m rp ~n:r de um ~1'."stal para outro. A antigotita os cristais são alongados, a face maior encontra-se paralela ao eixo b da antigorita, tendo os
em dois andares, de tal for~a que as ~n~:~~ã~n u ªt~s de s1~1cato de magnésio, dispostas planos basais (001) normais ao estágio suporte do ME. A reflexão (020) corresponde a um
do eixo a, de acordo com a constante do s Pt_aral e as ao eixo b, e se alternam ao longo valor de b de 4,6Á . Se um espécimen, que se dispõe sobre os planos (001), for inclinado em
. uper-re 1cu ado sendo A - A torno do eixo a, as reflexões (020) do diagrama de difração se apresentam separadas, como
super-reticulado está associada à ondulação ou corru _, . , . - n.a. natureza desse
das, isto é, o super-reticulado resultari d t gaçao penod1ca da estrutura em cama- pode ser visto a Figura 10. As franjas correspondentes ao espaçamento de 4,6 A desse espé-
tendo cerca de 8 sub-celas em cada umª de ui;a c;_s T?tura on~ulante de camadas 1:1, con- cimen ligeiramente inclinado, apresentam uma aparência ondulada, como é ilustrado na Fi-
sim, os super-reticulados mais freqüen~ema:n/stanc1a~ redetidas na direção do eixo a. As- gura 9. Essa aparência ondulada pode ser vista como uma reflexão característica do reticu-
apresentam valores da ordem de 8a. e encon ra os estão na direção do eixo a e lado cristalino corrugado da antigorita.
Menter foi o primeiro a por em evidência MET , . As constantes dos super-reticulados da antigorita foram estabelecidas, de um lado, a
do reticulado" (1956), usando a ftalocianina lºrl . 'o que e hoje ch~ma~o de '.'imagem partir das medidas das distâncias entre as reflexões da difração eletrônica e, de outro, medi-
1956i Menter trabalhou com um MET Siemen: at~na. Como a pesqmsa foi realizada em
G1 das diretas das rugosidades dos cristais; quando medidos nos diagramas de difração e/ou
de 6A) e os cristais desse composto po f ~l~kop 1 (que possue poder de resolução nas micrografias eletrônicas, apresentam vários valores que variam de 38,SÁ a 47,SÁ, em
Uma argila branca associada a ~:::::r: icu a o de espaçamento da ordem de lOÁ . diferentes cristais. Isso não apresenta um interesse apenas acadêmico, uma vez que, de
por análise química, difr~ção de raios-X e an Ta d~ tal~o e~ Cast~o, Paraná, foi mostrada, acordo com Kunze (1956), a constante do super-reticulado da antigorita está relacionada
cialmente de antigorita pura (Brindle S a ise term1ca diferencial, ser constituída essen- com a curvatura das corrugações nas camadas e depende de certas tensões nas estruturas;
partículas individuais (de o 5 a 2 0 :::. d º~~a San:o~, 1 ~71). Nessa.antigorita de Castro, as de forma que pode servir como um manômetro ou termômetro pouco usual, registrando as
transmissão uma morfologi~ mu1·t'o van· , e l ime?tsao exibem ao microscópio eletrônico de
A condições de formação da rocha correspondente.
ave : mm as tem a form d I l · A recristalização acontece muito próxima à desidroxilação; entretanto, um fato muito
pas ou bastonetes e outras apresentam uma m 0 rf . . ª e P acas, a gumas de n-
01
Quando preparados · . ogia peculiar com furos através delas interessante é observado: a estrutura do super-reticulado desaparece nesse estágio: assim, a
cristais em forma de placisª~: ::::;~~ft~º~~a ~le~ônica (S?uza Santos e Yada, 1983), ~s estrutura da forsterita surge e coexiste com uma "metafase" metaestável ou instável da anti-
(001) sobre o filme suporte. Os diagramas d d.;s r~ s~o º1'."enta?o~ com os planos basais gorita, sem a estrutura do super-reticulado. Essa antigorita não-ondulada seria então a meta-
ção (hk) típica da antigorita, com agrupame:to 1~açao o cns~al un~c? apresentam a difra- fase equivalente à metacaulinita.
posto ao longo da direção do eixo z corr ds e pontos muito prox1mos, cada grupo dis- A 800ºC, a cristalização levando à forsterita ocorre em um estágio muito mais adianta-
valor do parâmetro a. As distâncias entree:~~~fl ~n:: ª~.super-reticulado, isto é, do grande do. As regiões contendo forsterita podem ser facilmente reconhecidas como inclusões dentro
retamente o valor de A ex s ª Jacentes em um grupo fornecem di- das partículas; as partículas originais, tendo a morfologia original de antigorita, não são mais
A antigorita de C~stro PR apre t T , . antigotita, mas sim pseudomorfos com a estrutura cristalina da forsterita, o que pode ser fa-
reação endotérmica princiP.;l co~eça:~~ a, ~ 0~ª ise termica ~i~erencial, uma intensa
imediatamente por um pie~ agu' do (exot' ~
6 ' e tendo o max1mo a 700ºC, seguida
cilmente identificado por SAED.
A lOOOºC, a antigorita desapareceu completamente e somente a forsterita se encontra
. . erm1co) a cerca de 830ºC d
de forstenta cristalina· esse último pico . , ' causa o pe1a formação presente, o que pôde ser comprovado na imagem de reticulado (Figura 11) e no SAED corres-
caso da caulinita. ' 1
sena ana ogo ao da formação do espinélio AI/Si no pondente (Figura 12). A transição da forsterita para enstatita foi observada a 1300°C.
A desidroxilação da antigorita e a imediat f - .
sentadas pela seguinte equação: a ormaçao das forstenta podem ser repre- Transformaçõpes térmicas de taleo

MgSiO(OH) H2 (g) + Mg2Si04 + Si02 A transformação do argilomineral talco em enstatita e, posteriormente, em forsterita e
cristobalita, é representada pela equação(*):
antigorita forsterita
Mg6 Si 802o(OH)4 800ºC 6MgSi0 3 + 2Si0 2 + 2H 20
talco 900ºC enstatita sílica não água (g)
(*) Quando átomos de um elemento component cristalina
átomos de outro elemento ocupam outro sítio 0e ocup~m u'1? ~?do local na cela unitária, enquanto os
de super-reticulada. ' especimen e ito ordenado e a estrutura é designada
(*) Notar que os silicatos de Mg ao se desidroxilarem produzem forsterita
1030
Ciência e Tecnologia de Argilas Transformações topotáticas dos argilominerais com a temperatura 1031

Nakahira e Kato (1961) usando difração de raios-X e de elétrons para o estudo do meca-
nismo de desidroxilação do talco (e da pirofilita), observaram ·que ambas as fases enstatita e
cristobalita, formam-se topotaticamente com respeito à estrutura original do talco (e da piro-
filita).
No estm:lo criStalográfico dessa reação feito por Nakahira e Kato (1961), esses autores
observaram que enstatita (MgSi0 3) e também sílica (cristobalita) acham-se orientados de
uma forma significativa com respeito à estrutura inicial do talco; os átomos e os volumes cor-
respondentes às celas unitárias do talco e da enstatita são respectivamente:

V,= 12mg + 16Si + 480 + 8H


V.= 16mg + 16Si + 480

Assim como no caso da reação serpentina-forsterita, também nessa reação o conteúdo


de oxigênio de volumes correspondentes de celas unitárias permanece constante; a reação en-
volve a perda de 8 prótons cuja carga + 8 é compensada por 4 íons Mg2•
Nos seus estudos de decomposição do talco e da formação da enstatita por métodos
ópticos-eletrônicos e de difração de raios-X, Papst e Eberhart (1970) observaram três orienta-
ções dos cristais de enstatita em relação ao talco original.
Daw et ai estudaram a transformação do talco por microscopia eletrônica de transmis-
são e difração eletrônica a altas temperaturas e descreveram a desidroxilação do talco e o de-
senvolvimento de enstatita; esses autores propuseram que as discordâncias presentes no tal-
co, serviriam como sítios preferenciais para nucleação de enstatita, e que os cristalitos deens-
tatita se formam topotatiéamente (1972).
Apesar do argilomineral talco ter uma estrutura cristalina em camadas e a enstatite em
cadeias, a transformação de uma na outra se passa por um processo simples e organizado.
Souza Santos e Yada (1988) fizeram um estudo mais profundo dessas transformações
topotáticas e deram um interpretação para os diagramas SAED em forma de estrela, com al-
ta simetria observados após a desidroxilação.
Transformações Térmicas - Os cristais do talco fibrilar (Quebec; Canadá, Aumento, 1970)
usado nesse estudo ocorrem com a forma de ripas lon&as e delgadas (Figura 13). Dos diagra-
0

mas SAED foram calculados os parâmetros a= 5,6 A , b = 9,16 A , c = 19,06 Á (Figura


14) da cela unitária. Somente pequenas modificações das dimensões dos parâmetros a e b da
cela unitária puderam ser observados até 500°C, mas as ripas do talco não se alteraram mor-
fologicamente até 800ºC a 900ºC forma-se enstatita, ocorrendo a desidroxilação entre 800ºC
e 900ºC. A silica liberada é não-cristalina à DRX. A desidroxilação e a formação de enstatita
não acontecem simultaneamente, não havendo a formação de uma "anidrido do talco" como
uma fase intermediária, tal como acontece com a pirófilita; a 800°C, começam a aparecer
"estriações" nos cristais e a se desenvolver reflexões satélites em forma de traços muito tê-
nues; a 900ºC, essàs estriações já podem ser caracterizadas como cristalitos; o diagrama
SAED consiste de uma nova fase além daquelas do talco original. Os parâmetros a, b e c da
nova fase são compatíveis com a estrutura da cela unitária da enstatita.
As evidências obtidas por MET e SAED mostram que os cristalinos de enstatita
formam-se em três orientações correspondentes aos três eixos a pseudohexagonais (imagem
de reticulado de um cristalito de enstatita - Figura 15). Assim, a tripla superposição do dia-
grama SAED nos três ângulos equivalentes explica a alta simetria do diagrama em forma de
estrela (Figura 16). Os diagramas SAED de ripas aquecidas entre 900ºC e llOOºC são, por-
tanto, o produto da superposição de cristalitos de enstatita dispostos em três direções rotacio-
nadas de 60º uns em relação aos outros.
Fl?~R~S ~7.9 e 37 ..10. Micrografia eletrônica de transmissão e diagrama de difracão ele- Ball +Taylor (1963), usando difração de raios-X, afirmam haver encontrado enstati-
tr~nrc~ e area selecionada de antigorita de Castro, PR. Notar a "rugosidade" da e ·t t ta em apenas uma das três possíveis orientações; Nakahira + Kato (1961) sugeriram que a
crrstahna causada pela periodicidade de 45,4Á . s ru ura simetria pronunciada observada nos diagramas de difração de talco tratado termicamente,
seria devida a uma igual probabilidade do eixo a e dos pseudos-eixosa do talco serem trans-
Fl_G~RAS ~7.11. e 3!.12. Micrografia eletrônica de transmissão e diagrama de difracão ele- formados no eixoc de enstatita. Daw et ai (1972) também observaram que a enstatita pro-
tronrcaº de area selecron~da ~a antigorita,de Castro, PR aquecida a 1000ºC. Notar as' fran·as
de 5,9A da estrutura crrstahna de forsterita formada. J duzida por talco ocorria em apenas uma das três possíveis orientações e sugeriram como
causa um "desajuste" dos reticulados cristalinos entre mineral original e as fases produzi-
1032
Ciência e Tecnologia de Argilas
Transformações topotáticas dos argilominerais co111 a temperatura 1033
das. Diferencialmente desses autores, Souza Santos e Yada (1988) mostraram em microsco-
pia de alta resolução que os cristalitos de enstatita encontram-se realmente dispostos nas
três orientações possíveis.
Acima de 1200°C os cristalitos de enstatita crescem e as suas três direções de cresci-
mento são unificadas em apenas uma.
A 1300°C já pode ser detectada a cristobalita em alguns diagramas SAED; os eixos
cristalográficos e os parâmetros das celas unitárias do talco e de enstatita estão relacionados
como se segue:

ª1 (5,3Á) // Cc (5,Á); b 1 (9,16Á) // be (8,8Á);


d(OO!)t (18,84Á) / / ae (18,2Á)

As relações topotáticas entre os minerais enstatita e cristobalita são difíceis de serem


estabelecidas, provavelmente devido ao fato da quantidade de enstatita presente ser cerca
de três vezes maior do que aquela de cristobalita, o que torna as presenças de ambas as fases
no mesmo 'SAD muito difícil de ser resolvida. Foi encontrado um exemplo raro, no qual está
presente a imagem de cristobalita coexistente com a da enstatita, SAED correspondente
apresenta um arranjo retangular dos pontos de enstatita, superposto ao arranjo quadrado
dos pontos de cristobalita a (sistema tetragonal) em uma relação explícita. Assim, pode ser
estabelecida a seguinte relação topotática entre a cristobalita e a enstatita: b, (8,8 Á) / / b,
ou a, (4,97 Á ); c, (5,2 Á ).
Mecanismo de desidroxilação - A idéia de um mecanismo não homogênio para a desidroxi-
lação de minerais foi desenvolvida independentemente por Ball e Taylor (1961) ; Taylor
(1962) e Brindley (1963). De acordo com Taylor (1962), a desidroxilação por um mecanismo
não-homogênio ocorre em três estágios: a) migração de cátions; b) formação de moléculas
de água como um gás em uma região doadora, e sua expulsão subseqüente, e c) re-
empacotado do arranjo de oxigênio dentro de uma região. receptora. Souza Santos e Yada
(1988) mostraram que os resultados óptico-eletrônicos obtidos no estudo do talco apoiam o
mecanismo não-homogênio. Taylor (1962) e Ball + Taylor (1962) afirmaram que a decom-
posição do talco provavelmente ocorre por um mecanismo não homogênio, e que o estágio
inicial da desidroxilação acontece pela expulsão de água como um gás da região doadora,
formando assim um produto sólido parcialmente desordenado. A presença de estriações a
900°C (que é a t~mperatura de desidroxilação) nas micro grafias sugere que essas constituem
o local por onde o vapor d'água é expelido das ripas desidroxiladas. Após a desidroxilação a
800°C - 900°C, são, provavelmente, desenvolvidos sítios favoráveis nas estriações sobre a
superfície das ripas para nucleação da enstatita.
· A.hipótese básica do mecanismo não-homogêneo é a de que não haja perda de nenhum
átomo de oxigênio nas partes do talco onde a enstatita deve ser formada (regiões receptoras).
Nakahira + Kato (1961) mostraram que a reação do talco ao se transformar em enstatita
ocorre cristalograficamente com V, ~ V, isto é, o número de ânions de oxigênio permanece
constante, e o intercâmbio catiônico é representado por 8H+ = 4Mg 2 +: assim, cátions Mg 2 +
migram para a região receptora, na qual o arcabouço de oxigênio é mantido praticamente in-
tacto; portanto, na transformação do talco em enstatita, essa enstatita formada deve estar to-
potaticamente relacionada com a estrutura original do talco. Souza Santos e Yada (1988)
confirmaram não apenas todas as relações topotáticas observadas por Nakahira + Kato
FIG~RAS 37.13 e 37.14. Micrografia eletrônica de . - .
(1961) como também demonstraram que a enstatita formada está disposta ao longo das três
trônica de área selecionada de talco de Q b ctransm1ssao e diagrama de difracão ele-
ue ec, anadá. · possíveis direções dos três eixos equivalentes do pseudomorfo do cristal do talco.
De acordo com Brindley (1963), nas reações dos silicatos magnesianos, a desidroxilação
FIGURAS 37.15 e 37.16. Micrografia eletrônica de . - .
trônica de área selecionada do talco de Quebec a tra~~m1ssao eº diagrama de difração ele- e a recristalização procedem simultaneamente, e a região doadora fica com excesso de sílica.
A da estrutura cristalina de enstatita formada~ quec1 o a 1100 C. Notar as franjas de 4,4 No estudo de Souza Santos e Yada (1988) a desidroxilação e a formação de enstatita foram
observadas dentro de um pequeno intervalo de temperatura; as regiões doadoras não são
completamente destruídas (ver Taylor, 1962), e permanece um pequ::no resíduo de sílica de-
1035
Transformações topotáticas dos argilominerais com a temperatura
1034 Ciência e Tecnologia de Argilas

sorganizada (não-cristalina), que em condições adequadas se recristalizam, dando cristobali-


ta em temperaturas abaixo de 1000°C. Foram observadas regiões não-cristalinas entre os
cristalitos de enstatita por MET e SAED a partir de 900ºC (temperatura logo acima de desi-
droxilação) até 1100°C; observa-se que essas regiões se tornam progressivamente cada vez
mais raras. Assim, a liberação de sílica não-cristalina provavelmente começa a 900ºC,
intensificando-se principalmente entre lOOOºC e 1100ºC. A 1200°C essas regiões não cristali-
nas não são mais observadas: provavelmente a sílica não cristalina foi usada para formar cris-
tobalita, que foi detecfada a 1300°C.

Transformações térmicas da piromita


As transformações térmicas do argilomineral pirofilita, dadas pelas equações:

Al203 . H 20 Al20 3 . 4Si0 2 + H 20


pirofilita - pirofilita anidra vapor d'água

3(Al20 3 . 4Si02) 3A!i03 . 2Si0 2 + 10 (Si02)


pirofilita anidra - Mulita Cristobalita

foram estudadas (Salvadori; 1988; Souza Santos e Salvadori, 1989) basicamente por micros-
copia eletrônica de transmissão associada à difração eletrônica de área selecionada (Figura
17 e 18) aplicada a uma amostra bastante pura coletada em Diamantina, MG. Foram ainda
utilizadas outras técnicas auxiliares como a difração de raios-X, análise termogravimétrica
aplicadas a algumas amostras de pirofilita. Um estudo teórico baseado na Termodinâmica é
feito, onde se estima um intervalo para a entropia de formação, entalpia e capacidade térmi-
ca molar da pirofilita anidra.
A 650ºC as figuras de Moiré, já presente no material original, se acentuam (Figura 19).
Os estudos por MET e SAED mostram que nenhuma alteração é observada até a tem-
peratura de 700°C, quando surgem "marchas irregulares" sobre as placas típicas de pirofili-
ta de Diamantina, a identificação por SAED não detetando senão pirofilita. A 800ºC apare-
cem "pontos eletrônicos densos", que parecem ser uma condensação dessas manchas irregu-
lares. A 900ºC surgem "fibras curtas em dfreções preferenciais", normalmente, formando
ângulos de 120° entre si, ângulo que parece ter uma correlação direta com a estrutura do ar-
gilomineral original; essas fibras devem ser formadas pela fusão dos pontos eletronicamente
densos, sendo que a SAED desse tipo de morfologia sugere estágios de nucleação de mulita.
Finalmente, a cerca de 900°C, aparecem também '\:ristais aciculares'', que surgem com fre-
qüência juntamente com as fibras curtas em direções preferenciais, parecendo serem origina-
dos delas; a análise por SAED dessa morfologia acusa a presença de mulita. A análise por
SAED dessas transformações de fase permitiram ainda o estabelecimento de relações topotá-
ticas entre os produtos e o mineral original.
As transformações de fase de pirofilita de Diamantina foram estudadas também por
DRX, o que permitiu uma visão estatística dessas transformações, desde que as técnicas de
MET e SAED análisam cristais individualmente. A análise por DRX acusou o surgimento da
mulita apenas a 1100°C, temperatura mais elevada quando comparada com a de deteção
desse mineral por SAD (800°C), o que indica que a ocorrência de mulita a 800ºC deve serpe-
quena; esse fato é confirmado no estudo termodinâmico teórico, onde a diferença de energia
livre de Gibbs para a reação de recristalização a essa temperatura é negativa, mas próxima de
zero. De forma semelhante, através de DRX, tem-se que o surgimento da aristobalita se dá a • . . - e diagrama de difração ele-
1200ºC, enquanto que por SAED já se deteta este mineral a 800ºC. A Figura 20 apresenta FIGU RAS 37.17 e 37 .18. Microgr~fi~ ~letrorn~a de tr~nsm~s~aoNotar as figura de Moiré.
cristais aciculares de mulita a lOOOºC. trônica de área selecionada de p1rof1hta de Diamantina, . . . MG
• . . - d irofilita de Diamantina, '
Considerações gerais sobre as transformações térmicas topotáticas dos argilominerais. FIGURA 37.19. Micrografia eletrornca de tra~sm1ssao Meoi~é
'd 650ºC Notar a permanência das figuras de .
Considerando que foram estudados alguns argilominerais 1:1e2:1, pode-se conduzir a aqueci a a . • . . - de irofilita de Diamantina, MG,
discussão sob diferentes pontos de vista, a fim de se considerar as fases formadas a diferentes FIGURA 37 .20. Micrografia eletron.1ca. de '.ransm1s~ao lit~ fazendo ângulos de 120º en-
temperaturas em função das peculiaridades das estruturas cristalinas, tais como: (a) folhas aqueci'd a a 1000ºC · Flecha indica cristais aciculares e mu
trioctraédricas e dioctaédricas; (b) folhas silicatos (ensanduichando ou não as folhas gibsíti- tre si.
1037
Transformações topotáticas dos argilominerais com a temperatura
1036 Ciência e Tecnologia de Argilas
· ,· na forma de cristobalita é orientada pelos planos do tal-
gram para a fase enstattta. A stltca, t Asst'm o mecanismo heterogêneo ocorre com a de-
cas ou brucíticas em camadas 2:1 e 1:1, assim como (c) mecanismos homogêneos e não- rsão de uma na ou ra. , . · - d'f
co, durant e a conve . . - rocedendo simultaneamente. Nesse sentido, a sttuaçao t e-
homogêneos. A discussão será dirigida também considerando os argilominerais já estudados, sidroxilação e a recrtstahza~ao p 1 .d s durante a mulitização da caulinita.
a saber: duas serpentinas - (a) crisotila e (b) antigorita; (c) talco; (d) pirofilita; (e) uma cauli- re marcadamente das ~eaçoes en~o v:i ~ sformação para os três argilominerais magnesia-
nita atipica; f) haloisitas; as caulinitas são estruturalmente análogas aos minerais serpentíni- 0 primeiro estágio das rea~oes ed r~nd .1 - 0 seguida de perto por uma recristaliza-
cos e a pirofilita apresenta analogia com o talco. . t' 't talco) e o da est roxt aça , . 1 A
nos (crisottla, an 1gor1 a e . . as serpentinas e enstattta para o taco. s
A reação química mais importante em baixas temperaturas é a desidroxilação que ocor- 't , duto prtnctpa1para ' .
Ção , na qual forstert a e o pro , t' comum o produto anidro leva a uma mter-
re no intervalo de temperatura de 500° a 700°C e que depende da composição química e da _ 1 mas caracterts tcas em · ·
três reaçoes possuem a gu . - de prótons a sítios favoráveis com a contra m1gra-
estrutura cristalina dos argilominerais considerados. É interessante comparar as fases forma- pretação da reação baseada em ID;tgr~ç~o te Mg2+ e ocasionalmente, Si4•. O alto grau de
das com a elevação da temperatura dos mineias serpentínicos (crisotila e antigorita) e do talco ção compensadora de c,átion~, p~~p~ m~nt ma de oxigênio com apenas pequenos ajustes
(que são silicatos de magnésio trioctaédricos) com a seqüência de transformações da caulinita orientação é atribuído aA c?ntmut a e o sts e .
e pirofilita (que são silicatos de alumínio dioctaédricos). locais nas posições dos an:ons. . d ·1 - dos silicatos hidratados de aluminio e a recrts-
No caso da caulinita, a seguinte série de reações é observada: caulinita-+ metacaulini- Por outro lado a reaçao de dest roxt a~ao das· nesse aspecto os silicatos hidrata-
ta-+ espinélio...... mulita + cristobalita. A natureza topotatica dessa série de reações foi de- .. t
talização subsequen e, ocorre . .
m como reaçoes separa • '
. bTt ) diferem grandemente daqueles de magnesto.
, ·
finitivamente demonstrada por Brindley e Nakahira (1959) e por Comer (1966, 1961); os cris- dos de alumínio (caulinita, halmstta, ptro t te .. A i de reações da caulinita e da pirofilita,
tais da metacaulinita retêm uma camada de sua estrutura organizada bidimensionalmente, Assim a diferença mais · o'b vta
· entre as ,sequenc
f as-o de uma metafase anidra mterme
. d"
ta-
apresentando entretanto, um empilhamento desorganizado da camada na terceira dimen- de um fado e serpentinas e talco, de outro, e a ~rmaç~ssim comparando as reações a altas
são. A natureza da fase espinélio, se trata ou não de um espinélio defeituoso, encontra-se ain- ria antes da formação da fase a altas temlp~~a :-:~ta pir~filita-mulita (de um lado) e
da em discussão (Brindley, 1975), apesar de não haver dúvida de que o espinélio se desenvol- te~peraturas dos dois grupos, .ª cau mt a- d~m ser notadas as grandes diferenças
ve topotaticamente a partir da metacaulinita. O desenvolvimento da mulita a partir de um es- serpentinas-forsterita, talco-enstattta (de ~utro)d ~~nde da reação de desidroxilação prece-
pinélio misto, torna-se mais fácil de ser compreendido devido ao caráter topotático de sua seguintes: a) o que ocorre_ a altas temper~ :r~ec:nismos distintos de desidroxilação, h?mo-
formação. dente e de como essa reaçao se desenv?lve, ) diferenças estão diretamente·rela~tona­
O comportamento térmico da pirofilita apresenta grande interesse, desde que após a gêneo e heterogêneo, oco~rem ,no~ dots( gruro~t c) aspirofilita) e trioctaédrica (serpentmas e
desidroxilação, essa retém uma estrutura cristalina bem organizada, o que permite um estu- d s com as estruturas dtoctaedrtcas cau tm a e
do mais detalhado de sua desidroxilação. A mulita pode assim se desenvolver com uma orien- a , . t
talco). . bl mas relativos às transformações term1cas opo-
tação definida em relação à estrutura de pirofilita original. Foi também verificado que a rea- Entretanto, ainda existem muttosdp~o e 1 recidos· exemplificando: (a) porque a de-
ção de desidroxilação (que como no caso da caulinita possue uma distinta separação da re- táticas dos argilominerais a serem est1:1 a o~ e esc a ma m~tafase cristalina, e sim uma fase
cristalização subseqüente) ocorre apenas com pequena reorganização da estrutura anterior. sidroxilação da d!quita e das serpe_n~mashn~~s1~:~ ~acrita geram a metacaulinita; (b) como
Assim, o grau de ordem mantido durante as reações de desidroxilação é relativamente transitória de 14A , enquanto c~uhmta, /r s nos argilominerais quando esses são ricos em
baixo no caso da caulinita, mas é mantido em pelo menos duas dimensões. Na pirofilita, a de- ocorrem as transformações t~rmtcas top~ a ~a t (formadores de vidros com a sílica libera-
sidroxilação ocorre com pequena alteração estrutural, provavelmente porque os íons hidroxi- elementos químicos minerahzadores ou un en es r em substituição isomórfica nas fo-
las com menor teor na camada 2:1 (5% na Pkvs 13,9% na C), desempenha um papel menos - l' uidos acima de 800ºC) e que ocorrem que '
importante na sua estabilidade como um todo. A desorganização da caulinita devida à reação t:~sq~~:~~:i~as, quer intercalados entre as camadas 2:1.
de desidroxilação é conseqüência consistente da interação dos pares (OH-) para formar molé-
culas de água como gases e 0 2- em toda a estrutura. A ausência da pirofilita (forma-se o ani-
drido da pirofilita bem cristalino) não é especialmente significativa por causa do pequeno
teor de íons de hidroxila. a reação à alta temperatura, levando à formação de mulita a partir
do anidrido sem fase intermediária, ocorre com um grau significativo de ordem; no caso dos .BIBLIOGRAFIA
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partir de 600ºC, desenvolve-se a fase forsterita, que exibe um alto grau de orientação prefe-
rencial relativamente ao cristal de serpentina original. Essas relações indicam que uma he- BALL, M.C. e TAYLOR, H.F.W.
rança estrutural acha-se envolvida; isto é, a distribuição de átomos na serpentina predetermi-
thermal eonditions Mineral. Mag. 33, 467-~~) - A X-ray study of some reaetions of ehrysotile. J.
na, e, em conseqüência, orienta as fases a serem formadas pelo aquecimento, e pro111ovem BALL, M.C. e TAYLOR, H.f.W. (1 n
um desenvolvimento dos cristais da fase forsterita. As serpentinas (crisotila e antigorita) se
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to·de que ânions de oxigênio requerem apenas pequenos movimentos locais e que da mesma layer-type minerais. J. Min. Soe. Japan 5, 217-2h~7. ts of some deeomposition and reerystalliza-
forma, os cátions estão envolvidos principalmente em posições com pequenas diferenças em BRINDLEY, G.W. (1963) - Crystallograp ie aspee
coordenadas. A sílica liberada é considerada como produzida naquelas partes do talco origi- tion reaetions. Prog. Ceram. Sei 3, 3-55.
nal onde prótons +H reagem com íons (OH)- para formar água, e das quais os íons Mg 2+H mi-
1038
Ciência e Tecnologia de Argilas Transformações topotáticas dos argilominerais com a temperatura 1039
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e eetrornque d'une phase de superstrueture de . ' • '. u e par m1eroseope exemplificando: no solo que sustenta as construções de Engenharia Civil as argilas são com-
ris) 2(5); 1471 (1967). museov1te ehauffee dans le vide - C.R. Aead. Sei. (Pa- ponentes importantes dos solos estudados em Geotécnica, especialmente na Mecânica dos
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UGADAWA S -( )Th 1 o ~1eas-Proeeed .. lnt.ClayConf.Tokyo 1·81(1969) 1985; Rosenquist, 1984; Bryhn, 1985). De outro lado, os solos agrícolas, ricos em argilas, são
' · a erma transformat1on f ·1r J e . ' ' ·
Crystal strueture of museovite dehydroxilate J CI s ºs '. ite - . lay Sei. Japan 13; 96 (1973); (b) fundamentais para a produção vegetal, da qual depende a alimentação do Homem e dos ani-
- · ay e1. Japan 14; 11 (1974). mais; são os argilominerais que fixam os fertilizantes NPKS e os micronutrientes de forma
accessível às raízes das plantas. O estudo dos solos com finalidades agrícolas constitue a área
de Pedologia (Moniz, 1972; Jackson, 1981; Newman, 1984; Souza Santos, 1985). Essas duas
áreas (Geotécnica e Pedologia), apesar da importância econômica e social, ainda não serão
tratadas neste livro, por já terem sido consideradas exaustivamente nas referências supra. O
que será considerado neste Capítulo (Souza Santos, 1987) serão os aspectos pouco conheci-
dos da influência dos argilominerais no meio ambiente e vice-versa, tanto as influências boas,
como as influências más; exemplos a serem considerados (a) o uso controlado do amianto cri-
sotila; (b) o efeito destrutivo de algumas substâncias químicas inorgânicas e orgânicas sobre
as argilas que participam nos revestimentos ("clay liners") e nas paredes-suporte de lagoas de
represas e açudes para o armazenamento de efluentes líquidos domésticos e industriais; (c)
resíduos sólidos provenientes de rejeitos industriais e domésticos; exemplo: lamas estabiliza-
das contendo esgotos domésticos misturados com argilas provenientes de enxurradas, após
chuvas que arrastam argilas do solo; (d) interação entre detergentes (tensoativos; surfactan-
tes) degradáveis e não-biodegradáveis e argilas; (e) uso direto de argilas como material de
çonstrução civil no 3? Mundo; (f) efeitos de efluentes e rejeitos domésticos e industr,iais nas
águas subterrâneas; (h) disposição de rejeitos sólidos (wastes). A seguir serão apresentados
exemplos de interações entre argilas (ou argilominerias) e o meio ambiente, interações essas
causadas pelo Homem, com efeitos benéficos ou maléficos, quer para o meio ambiente, quer
para os seres vivos.
REVESTIMENTOS COM ARGILAS (CLAY LINERS): - As bentonitas sódicas são usadas
para revestimento superficial do fundo de lagoas (ponds) e açudes para água doce, tornando-
as impermeáveis, isto, é, a água doce não é perdida (o nível da lagoa é estável porque não há
infiltração no solo; esse é um revestimento permanente (Baroid, 1987). Caulinitas sódicas e
argilas plásticas contendo caulinita e gibsita bem compactadas (compacted clays) e em cama-
das espessas podem agir como meio impermabilizante para água doce ou potável. Caso haja
salinificação da água (por exemplo: por penetração de água do mar contendo NaCl e outros
sais) ou águas contento sais de Mg 2• ou Ca2• ou ácido (H 3Q•),há alteração do cátion de argi-
la, tornando o revestimento permeável à água salina; esse efeito nocivo das águas salinas so-
bre a bentonita - Na pode ter origem natural ou pode ser provocado involuntariamente pelo
Homem (Grim, 1962; Milne, 1964; Lee, 1940); contudo, a impermeabilização pode ser refei-
ta, uma vez que a troca catiônica é reversível. Esse efeito é conhecido há bastante tempo;
mais recentemente foi descoberto que também efluentes líquidos orgânicos, armazenados
em lagoas revestidas com bentonitas-Na, podem afetar negativamente a dupla camada iônica
e a hidratação da bentonistas-Na (ou da caulinita-Na) podendo até destruir a estrutura cris-
talina da esmectita; assim, a capacidade de impermeabilização do revestimento de argila po-
1044 Ciência e Tecnologia de Argilas Argilas e o meio ambiente 1045

de ser destruida d~ forma irresistível (Malcon, 1975; Gree, 1981; Daniel, 1985; 1986· 1987 . ser atenuado significativamente pelo tratamento por argilominerais de origem local; exemplo
Grube, 1987; White, 1966; 1968). ' ' desses procedimentos encontram-se nos trabalhos de Perry e Bücher, já citados, bem como
" Barragens e ~~westimentos de terr,a (ar~i~a) n~~ podem ser usadas para lagoas contendo de Griffin (1976; 1977) e Robinson (1979).
a l~ma :rermelha , (~ed mu.d~, a qua! e o reJeit~ ~ohdo d? ataque do bauxito por NaOH, na É importante assinalar que detergentes biodegradáveis, como os sabões de sódio de áci-
fabncaçao de .alumimo; o rejeito contem uma zeohta de sodio; o solo, por troca catiônica, é li- dos graxos, ou não-biodegradáveis, como dodecilbenzenossulfonato de sódio, são agentes de-
berado no meio :iq~oso _:orno carbonato de sódio, o q_ual provoca a defloculação da argila (e a floculantes dos argilominerais, fato esse que pode favorecer a fluidificação de paredes e ca-
~onsequente ~mdlficaçao) provocando a destruição da parede da barragem, lagoa ou açude; madas de argilas, especialmente cauliníticas; exemplos do estudo de interações entre argilo-
e por essa raza? que as lagoas de lama vermelha são hoje revestidas com filmes ou películas minerais e detergentes sódicos encontram-se nos artigos de Mortland (1975); Flegmann
espessas ~e pohetdeno (Good, 1968; Hood, 1985; 1987; Bureau of Mines, 1980); outras for- (1963); Pusch (1985); Chilingar (1975); White (1966; 1968); Gruffin (1976; 1957); Pusch
~as de evitar o prob_Ie~a da armazenagem da lama vermelha são as de tentar recuperar 0 só- (1985); Chilingar (1985); _White (1966; 1968); -yveinberg (1988).
d~o por troca com ca;ci?, gerando uma lama vermelha cálcica ou então utilizá-la na fabrica- ARGILA NA DISPOSIÇAO DE REJEITOS SOLIDOS (SOLID WASTES) E PASTOSOS -
çao de p~odutos ceramicos para construção civil (Tanber, 1971) ou reagindo termicamente Os rejeitos sólidos constituem um problema ao meio ambiente, pois existem poucas aplica-
com calc10 (lamas marrons) (Thomas, 1985; IPAI, 1982). ções para a sua disposição ou, se possível, eliminação; os aterros, o preenchimento de bura-
A per~eabilidade de cam~das de bentonita-Na e outras argilas pode ser testada facilmen- cos e os empilhamentos são a forma usual de disposição, geralmente após a recuperação (Bu-
te e experimentalmente (Queiroz et ai, 1988). reau of Mines, 1973; 1980) dos componentes recicláveis, tais como os metais e polímeros; vi-
"SYNTHETIC ORGANIC CLAY LINERS" - Essa expressão é aplicada a revestimentos sin- dros; energia (no caso de celulose e combustíveis) no caso do lixo urbano; no caso de "entu-
téticos constituídos por compostos esmectita-cátions orgânicos, os quais são capazes de atr i lho" ou de escombros de edifícios, não há recuperação, normalmente; e os rejeitos da indús-
ou arrastar (adsorver) compostos orgânicos, não-reativos para dentro das camadas 2:1 in~r~ trias Química, além dos efluentes tipicamente líquidos e gasosos, existe um grande número
cala~as c~m. ess;s cátions ~~g~nicos ch~ma,~os '.'.reativ?s."; esse mecanismo de adsorção ou de rejeitos que são massas plásticas ou pastas quase-sólidas, tais como a b~rra de óleo c?m-
r~aça,o qmmica e cham.ado SCJlepreaktiom ou entrammg reaction" (Weiss, 1966). Hidra- bustível· o óleo usado de corte de motores de combustão; gesso e outros; a listagem dos tipos
z~na e um so;bato reativo ex~elente par~ s.er intercalado em caulinita; cátions alquilamônio de resíd~os ou rejeitos de Indústria Química no Brasil pode ser encontrada na Bolsa de Resí-
sao os preferidos para esmectitas; esses ultlmos são os chamados "adsorventes do tipo B" por duos da FIESP, citada mais adiante. Após formado o aterro ou as pilhas de rejeitos sólidos,
Bai:rer (1984) ..N.os adsorventes desse tipo, cátions orgânicos trocados devem poder separar, começa a aparecer o problema dos líquidos de lixiviação, já discutidos anteriormente. A me-
mais d~ que ongmalmente, as cam~das 2: 1 da esmectita, porém não devem preencher todo 0 lhor maneira para evitar o acúmulo os rejeitos sólidos é a de reciclá-los em produtos úteis;
esp~ço u~terlamelar, de forma ~-deixar c~minhos ou regiões livres entre os cátions orgânicos frente à elevada quantidade diária de rejeitos sólidos gerados pelos grandes aglomerados hu-
reativos mtercalados; essas reg10es permitem o arraste ou a introdução das moléculas "hós- manos e industriais como São Paulo, a solução mais eficiente é a de reciclá-los em produtos
pedes", não-reativas co~ a esmectita-N~; esse modêlo foi proposto e estudado por Barrer e para Construção Civil, tais como tijolos e agregados leves, cujo custo é barateado pela utiliza-
colaboradores no Impenal College of Science and Technology da Universidade de Londres ção de subveções dos órgãos governamentais, decorrentes do desvio, para essa finalidade dos
(ver Barrer e McLeod, 1954 e outras publicações); os cátions trocados e intercalados foram recursos utilizados para a disposição do lixo industrial e doméstico (Tyrrel, 1956; Gilbert,
(~H3)NH3+); (CH3),2~H 2 +; (C!f3) 3NW; ~CH3) 4W = TMA; (C2H 5 ) 4W; a pesquisa foi esten- 1958; Sareda, 1974; Barton, 1975; Anônimo, 1980; Corsan, 1987).
dida para outros cat10D;s , ate 1976 e f01 tomada por outros pesquisadores (ver também em Assim, argilas locais (para baratear o custo de reciclagem) podem ser incorporadas (ou
Barrer. e McLe~d); f~i demonstr~do por Bai:rer e Craven (1976) que esses compostos
A não) aos rejeitos sólidos para a fabricação de produtos cerâmicos, como tijolos e agre~ado~ l~­
esmectitas-alqmlamomo podem agir como peneiras moleculares, com cavidades e canais fei- ves, após a queima em fornos industriais em temperaturas adequadas; o exemplo, hoje cl~ssi­
tos sob medida, completamente análogos às zeólitas (Barrer, 1978; Rodrigues e Souza San- co, de fabricação de tijolos de alvenaria é o que foi feito pela moagem, conformação e queima
tos, 1987). dos escombros do bombardeamento de Berlim e de outras cidades alemãs após a 2? Gerra
. ~ e.mprego ?e be~tonit~: T~A como "clay liner" de lagoas contendo substâncias orgâ- Mundial outros exemplos são: (a) produção de agregado leve pela piroexpansão do lodo esta-
mcas toxicas, no~ivas, mdesejaveis ou poluentes (exemplo desse tipo de contaminação: Cáce- bilizado da cidade de São Paulo, os quais contém teores elevados de argilas carregadas pela
res et ai, 1987) foi proposto por Perry et al (1986; 1987); Perry é antigo colaborador de Barrer enxurrada após as chuvas (Souza, 1978); Anônimo, 1987; Chambon, 1986; Martinez, 1986;
e também pertence ao Imperial College; bentonitas-TMA, preparadas a partir das bentoni- Goubier, 986; Amaral, 1985); cinzas de carvão mineral (é o caso das locomotivas da Inglater-
tas de Wyoming e de Campina Grande. PB, foram estudadas por Büchler (1986· 1987) como ra) e as escórias de alto forno costumam ser misturadas com argilas para a produção de agre-
adsorventes da "carga orgânica" de vinhoto ou vinhaça, efluente líquido altame~te poluente gado leve piroexpandido; também escórias de alto forno, com composição química adequa-
que é o rejeito da destilação fracionada a part~r de caldo de cana-de-açucar fermentado para da, podem ser recicladas misturando-as com cimento para a produção "cimento de alto for-
a produç~o de etanol para uso como combusttvel (Monteiro, 1975; Orlando, 1980; Mataraz- no", seus agregados leves podem ser usados para a purificação de águas conta~inadas c~mo
zo e Glona, 1987) no Programa Pró-Alcool do Brasil. suportes de filtros biológicos (Além, 1983). O emprego de cinzas de carvão mmeral; de oleo
Exemplos de adsorção específica por arraste de moléculas orgânicas por compostos combustível e de cinzas volantes (fly ashes) na fabricação de produtos cerâmicos para cons-
esmectita-alquilamômio são os seguintes: Slabaugh, 163; Roberts, 1964; White, 1964; Sawh- trução Civil é forma usual de disposição desses rejeitos sólidos, que são geradores de lixivia-
ney, 1981-1985). dos nocivos (Gilbert, 1958; Anônimo, 1967; Krug, 1976); (b) produtos cerâmicos de Constru-
ATEN1!A~ÃO_DE LI~IVIADOS (LEACHATES): - Os aterros sanitários, os depósitos de li- ção civil podem ser obtidos pela queima de misturas de vidros moídos (do lixo doméstico ou
xo domestico e mdustnal, as lagoas de estabilização e de esgotos domésticos de efluentes in- urbano) com argilas locais (Tauber, 1968; Heginbotham;1978; Souza Santo~, 1978). Ou~ros
dustriais e_dep.ó~it.os ?e rejeito~ sólidos de indústrias de mineração podem, pela percolação produtos possíveis foram anteriormente listados no Capít?lo 33,_ sob~e a reci~lagem do x~sto
P?~ extraçao (hxmaçao) pelas aguas pluviais e por lençóis de água subterrâneas, através dos retortado do Processo Petrosix, em São Mateus, PR; por isso, nao ha necessidade de recitar
solido,:; e. das ~ar.edes poros'.1s das l~g?as g~rarem soluções aquosas (lixiviados) contendo as publicações feitas a respeito por Souza Santos e colaboradores; ver também (Bonne, 1981;
s?bstancias qu1;'1ucas ?issolvidas orgamcas e morgânicas, altamente poluentes, tóxicas e no- Zamberlan, 1987).
c~vas pa~a ~ me1~ a~b.ie_nt~; u_ni exemplo é da~o pelas "águas ácidas" l'. "águas com nitritos e Outro caso, associado à disposição de rejeitos sólidos, é o de rejeitos radioati."os: ilita
n.itratos tao preJudic~a1s as vidas vegetal e ammal, bem como ás vigas de concreto dos edifí- parece ser o melhor argilomineral adsorvente de cátions radiativos, como césio; a literatura
cios, como ocorre na cidade de São Paulo. O efeito poluente desses lixiviados (leachates) pode específica cuida, em detalhe, do desempenho, a longo prazo, dos "compactos" feitos comes-
1046 Ciência e Tecnologia de Argilas Argilas e o meio ambiente 1047

se argilomineral e outros com cátions radioativos (Tamura e Jacobs, 1960; Grim, 1963; Ta- ciente comprimento/diâmetro é igual ou superior a 20:1 (Ross et ai, 1984; Clifton, 1985); es-
mura, 1966; Dyal, 1981). sa é a definição do U .S. Bureau of Mines; (d) no Brasil, o Fundacentro, órgão do Ministério
O estudo do efeito ou da interação entre argilominerais e biocidas sistêmicos e sua in- do Trabalho, usa a definição seguinte: fibras são partículas com diâmetro menor do que 2µm
fluência nos lençóis subterrâneos de água foi discutido no Capítulo 35. Atualmente, nos cen- e comprimento maior que 5µm (Teixeira, 1986); (e) fibra é a partícula com comprimento aci-
tros mais industrializados do Brasil, existe uma publicação chamada "Bolsa de Rejeitos", ma de 5µm e "aspect ratio" igual ou superior a 3:1 (OSHA).
onde são oferecidos rejeitos industriais a baixo custo ou custo nulo·para quem retirá-los dos Segundo Costa (1986), os amiantos e mais 150 minerais fibrosos são constituintes nor-
depósitos das fábricas (em São Paulo: Federação das Indústrias do Estado de São Paulo; De- mais e naturais do ar existente no meio ambiente (environmental air) porque esses minerais
partamento do Meio Ambiente e _Uso do Solo; Av. Paulista, 1313; CEP 01311, SP. existem na Natureza e sempre irão existir; segundo ele ninguém pode eliminar, do meio am-
REJEITOS DE MINERAÇAO: - A produção industrial a partir de recursos naturais de biente, uma substância (como sílica; mármore; carvão) que existe na Natureza.
origem mineral provoca sérias alterações no meio ambiente e a produção de argilas não é ex- O problema de saúde ocupacional com pessoas que trabalham normalmente em am-
ceção; os vazios ou buracos deixados após a retirada das argilas são usualmente impermeá- bientes carregados com poeiras ricas em amiantos é bem anterior a 1970; ele foi notado nas
veis à água, em conseqüência da própria argila; assim, é normal que esses buracos se encham Marinhas norteamericana e europeia com operários que trabalhavam com isolamentos tér-
com água e se transformem em pequenas lagoas; essas lagoas são muitas vezes formadas pela micos de amianto ou de amianto + carbonato de cálcio ou mais recentemente amianto + si-
água proveniente do processamento industrial da argila, como é o caso das unidades produ- licato de cálcio; o efeito maior nos operários foi observado com amosita, que era usado para
toras de caulim para diversas finalidades (é a "lavagem" do caulim). Essas lagoas podem se isolamento para temperaturas mais altas; a história detalhada do que aconteceu nos EUA até
tornar perigosas se não forem adequadamente planejadas; já existe legislação que obriga a 1970 encontra-se na monografia de Artabame e Baumer (1986).
reconstrução da área de onde argilas, bauxitos e outros minérios foram extraídos. Em 1968 houve o famoso "Selikoff Statement" (*).O Dr. lrwing Selikoff, do Mount
Outro problema para o meio ambiente são os rejeitos sólidos (éstéreis) que são empilha- Sinai of Medicine of the City of New York, relatou que o intervalo de tempo entre a exposição
dos em montes com algumas dezenas de metros de altura; isso é comum para caulim; amian- excessiva e não-controlada a amiantos e o aparecimento de doenças relacionadas com amian-
to; diatomito, que são minérios que podem gerar grandes quantidades de rejeitos sólidos. O tos, como asbestose (uma pneumoconiose ou fibrose do pulmão, análoga à silicose); câncer
emprego desses rejeitos para preencher buracos e fazer aterros é a solução óbvia, desde que as do pulmão e mesotelioma (um câncer raro associado à exposição a amianto) está entre 20 e 30
distâncias para movimentação sejam economicamente viáveis; caso contrário, os montes de anos; ele relatou também que autópsias realizadas no Hospital Monte Sinai, de pessoas que
rejeitos continuam a existir e a crescer em número e em altura. As publicações listadas a se- trabalhavam com amiantos em estaleiros navais, revelaram uma incidência anormal de as-
guir ilustram exemplos de soluções industriais específicas para rejeitos de indústrias de mine- bestoses; esses depoimentos foram prestados a representantes dos seguintes órgãos do gover-
ração de argilas (Clark, 1973; 1975; ECC, 1987; Mantell, 1975; Bureau of Mines 1968; 1972; no dos EUA: "Public Health Service"; "Navy Bureau of Medicine and Surgery"; "Dept. of
1974; Davenport, 1969; Bureau of Mines, 1975; 1979). Nessas referências estão também in- Labor" e o "Select Subcommittee on Labor and Education" (Artabane e Baumer, p. 20,
cluídas as cinzas volantes (fly ashes), as cinzas da combustão de carvão mineral (coai ashes) e 1986). Em conseqüência, o jornal "The Washington Post" publicou, na edição de 4 de de-
o xisto oleígeno retortado; as possibilidades de reciclagem desse último em produtos úteis fo- zembro de 1968; pg. A4; coluna 1, o depoimento do Dr. Selikoff sob o título:
ram descutidas no Capítulo 33. "U.S. warned of asbestos perfil" (os EUA alertados do perigo de amianto). Detalhes dos
Nos EUA, as empresas produtoras de argilas e de outros materiais pulverulentos são acontecimentos até 1978, envolvendo o U.S. National Cancer Institute (NCI) e o National
obrigadas a fornecer, aos consumidores e outros, folhas de dados sobre seus produtos intitu- Instite of Environmental Healt Sciences (NIESH), estão discutidos por Efrom (1984); 1987).
l~dos "Material Safety Data Sheet" (Folha de Dados de Seguridade do Material); é subdivi- Em 1970, o Congresso dos EUA publicou o "Clean Air Act": um ítem (provision) da-
dida nos ítens: (1) Informações do fornecedor ou fabricante (supplier); (II) Informações sobre quele Ato permitia ao Administrador da "Environmental Protection Agency (EPA)" a desig-
os componentes que oferecem risco (hazardous ingredients; ver Developort, 1969); (III) Ca- nar substâncias como "hazardous air pollutants" (poluentes perigosos do ar). Uma das 3
racterísticos físicos e químicos; (IV) Dados sobre riscos de incêndio e de exploração; (V) Da- substâncias enumeradas na primeira lista de 31 de março de 1971 foi o amianto (asbestos). O
dos de reatividade; (VII) Riscos à saúde (health hazard); (VII) Precauções para manuseio e EPA foi o primeirb órgão federal a se dirigir à controvérsia crescente sobre os efeitos de poeira
uso seguros; (VIII) Medidas para controle do uso do produto; (IX) Regulamentações e fede- de amiantos sobre a saúde de seres humanos.
rais e estaduais. 'I_'ive a oportunidade de consultar essas folhas para os produtos de Enge- Não existe até o presente um consenso sobre um limite de tolerância à exposição per-
lhard, denominados Filtro!, que são bentonitas ativadas por ácido; esses tipos de exigência missível (permissible exposure limit - PEL) ou mesmo um método para medir os níveis de ex-
deveriam existir no Brasil. posição à poeira de asbestos (Clifton, 1985; Teixeira, 1986). O EPA indicou que não existe,
~~~REGO CO~TROLADODO AMIANTO (*):-Nos anos 70, nos EUA e na Europa, foi até 1985, um método aceitável para medir o teor de asbestos no ar ambiente. O "OSHA" -
miciado um movimento governamental contra o uso do amianto; as propriedades perigosas Occupational Safety and Helath Administration" do "U.S. Departament of Labor" usa um
(hazardous) das várias variedades de amianto foram atribuídas à morfologia em forma de fi- filtro de membrana perfurada e microscopia; o valor padrão (mínimo) do PEL é de 2 fibras
bras (fibra = agregado de fibrilas) dos cristais desses minerais; muito embora seja experi- por cm 3 de ar respirável, sendo fibra (definição (e) anteriormente dada) a partícula com com-
mentalmente fácil caracterizar crisotila e os amiantos anfibólicos, não há consenso quanto à primento acima de 5µm e um "aspect ratio" igual ou superior a 3:1. O método da "MSHA" -
definição de fibra aplicável aos amiantos encontrados no ar respirável (airborn asbestos); as Mine Safety and Healt Administration" aproxima-se daquele do OSHA e usa um PEL de 2 fi-
definições são as seguintes: (a) fib'ra de amianto é a partícula com diâmetro (ILO, 1984· IAI bras por cm 3 • Desde 1961, Uma seqüência de regulamentações foram feitas por órgãos gover-
1982); (b) fibra é uma partícula com um comprimento mínimo de 5µm; um diâmetro má'.xim~ namentais para minimizar os perigos perceptíveis da exposição dos amiantos; alguns deles
de 3µm e um quociente comprimento/diâmetro de, no mínimo, igual, a 5:1 (ASTM, 1986); são os seguintes (**)
esse quociente recebeu o nome de "aspect ratio"; (c) fibra é uma partícula cujo valor do quo- No "Federal Register (FR" de 27 de maio de 19830 EPApublicou sua regra (rule) sobre

(*)A Organização Internacional do Trabalho (OIT ou ILO), em sua reunião de 1986, propôs a expres- (*)Para evitar dúvidas quanto à origem, alguns termos foram mantidos em inglês, sem tradução.
são "controlled use of asbestos"; nessa reunião foi votado o apoio ao emprego controlado do amianto
(Asbestos · The Convention of Asbestos 2(1); 8 (1986), resolução essa que foi ratificada pelos países par- (**) As informações listadas foram retiradas do Capitulo sobre Amianto, escrito pelo Dr: R. A. Clifton
ticipantes da OIT, inclusive o Brasil. do Bureau of Mines; Dept. of Interior; EUA (Clifton, 1985).
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amiantos em edifícios escolares. De acordo com a regra, vistoriasi e a identificação de mate- Em notícia no FR de 10 de abril de 1984, OSHA publicou sua propO'sta, aguardada há
riais friáveis contendo amiantos são obrigatórias em todas as escolas, governamentais e parti- muito tempo, de revisar o padrão para o PEL- limite de tolerância do amianto; além disso a
culares, dos 1? e 2? graus. Os resultados da vistoria devem ser registrados e comunicados à proposta de 1975 do OSHA foi retirada formalmente e substituída pela nova proposta. O tex-
associação de pais e mestres de cada escola. Os funcionários da escola devem ser notificados to regulamentador é limitado por dois valores do PEL, os quais são 0,2 fibra por cm 3 e 0,5 fi-
sobre a localizaçào dos materiasi friáveis contendo amiantos e devem ser informados com ins- bras cm 3 por 8 horas de trabalho; obrigatoriedade de um programa para informação e treina-
t~uções de como reduzir a e~posição a esses materiai~. Em conseqüência, dois problemas prá- mento dos empregados; sinais de advertência devem ser fixados em cada local onde o PEL re-
ticos aparecem: (a) como evitar que, durante a demolição, extração e o transporte dos isolan- visado pode ser superado. O "U .S. Departament of the Interior strongly suggests" que a defi-
tes, o teor de amianto no ar respirável superasse o limite de tolerância, isto é, valor máximo nição de fibra de amianto da ASTM seja adotada como definição federal (Clifton, 1985).
aceit~vel; (b) con:o dispor o reje~to sóli?o, friável. e rico em ~mianto, de forma a evitar que es- Mais detalhes e resumos sobre a evolução da legislação e programa do governo dos EUA para
se amianto fosse liberado no meio ambiente. Assim, procedimentos foram estabelecidos para o problema da proposta do OSHA de banir o uso de amianto em 10 anos acham-se nos artigos
o caso (a) e extrapolados para o processamento industrial e para transporte de crisotila · 0 do Dr. R.L. Virta (1985; 1986; 1987; 1988), o qual substituiu o Dr. Clifton, a partir de 1985,
E.PA s~i:eriu que u~a ár~~ separad.a .da r~~ião a ser aterrada (landfill) seja reservada par~ a na Divisiom of Industrial Minerais; Bureau of Mines, U.S. Departament of the Interior,
d.1spos1çao do matenal fnavel ou rejeito sohdo contendo amiantos; que haja um registro ofi- EUÀ; ele é também responsável pelo setor de talco e pirofilita.
cial dessa área separada e que valas ou trincheiras (trenches) sejam cavadas: nelas serão colo- O FR de 14 de setembro de 1988 traz documentos do OSHA, in~itulado "Occupational
cados os sacos plásticos contendo os rejeitos com amiantos: essas trincheiras devem ser reco- exposure to asbestos, tremolite, antophyllite and actinolite: final rules and amendment"; o
bertas com uma camada de solo ou material sem amianto, com 6 polegadas de espessura até novo PEL é de 1 fibra/cm 3 após coleta de 30 minutos no ar do ambiente de trabalho. Maiores
24 horas depois do preenchimento da vala; substâncias encapsulantes ou ligantes são consi- informações podem ser fornecidas pelo Dr. James Poster; OSHA; U.S. Department of La-
deradas as formas melhores para controlar os efeitos perigosos de produtos friáveis ou de pós bor; Office of Public Affairs; Room N3647; 200 Constitution Avenue N.W.; Washington,
c?~tend? .amianto~; os mais utili~ados são silicato de sódio, polimeros vinílicos, copolimeros D.C. 20210.
vmli-acrillcos, pohesteres e copohmeros de acetato de polivinila (ILO, 1984; EPA, 1985; AI, O grupo de trabalho da ISO/TC 146/SC 2/WG5, em 1986, aprovou a versão revisada
1986; Bennett, 1987). O caso (b) foi resolvido transformando o rejeito sólido, que contém sili- intitulada "Determination of the number concentration of airbone inorganic fibres by phase
catos d~ M~ e Ca, em produtos ~erâmicos pela queima em fornos projetados especialmente contrast optical microscopy - membrane filter method; a revisão se aplica ao método da AIA
para a fmahdade. de forma a evitar que a fumaça produzida liberasse amianto ao meio am- (1982) citado anteriormente.
biente. O Canadá e outros países produtores de amiantos procuraram argumentar e contestar
O EPA, em 27 de julho de 1983, em testemunho prestado ao "Senate Subcommittee on as propostas e decisões do EPA; OSHA e NIOSH em publicações e congressos; em Montreal,
Toxic. Substances and Environmental Oversight" informou que, dentro de 1 ano, iria propor Província de Quebec; a região produtora de crisotila no Canadá foi criado o Asbestos Institu-
o bammento (ban) nos EUA de certos produtos contendo amiantos. O EPA, em 1? de feverei- te, congregando grandes cientistas especialistas em tbdos os aspectos das propriedades cien-
ro de 1985, anunciou sua interação de transferir (refer) a segurança ocupacional e os riscos tíficas, tecnológicas e médicas do amianto crisotila; o Institute possue um ele1,1CO considerável
d~s ~onsumidores associados aos. amiantos ao OSHA e aos "Consumer Product Safety Com- de publicações, uma já tendo sido citada; outros exemplos são (AI, 1986; 1987; Nadeau e Be-
m1ss1ons (CPSC), under the sections of Toxic Substances Control Act (TSCA)". Essa deci- gin, 1986).
são, de fato, coloca uma parada indefinida (indefinite hold) nas propostas pendentes do EPA Segundo algumas dessas publicações (Nadeau e Begin, 1986), existe quantidade subs-
P.ara banir (to ban) alguns produtos contendo amiantos (tubulações de cimento-amianto; te- tancial de dados epidemiológicos para apoiar o conceito de um limite de tolerância (threshold
cidos, mantas e tapetes; mantas para revestimentos de teto; laminados e placas vinílicas re- folerance) de exposição ao amianto crisotila, acima do qual irãO aparecer doenças do pulmão
forçadas) e a eliminação (phase out) em 10 anos dos usos restantes dos amiantos. Bennett (asbestose e câncer) após.20 ou 30 anos, muito embora essa opinião seja contestada; uma dis-
(1987) escreveu o seguinte sobre a posição do EPA: O "Toxic Substances Act" encarrega cussão a respeito encontra-se nas páginas 7 e 8 da publicação "Facts on Asbestos" (AIA,
(Changes) o EPA de banir qualquer substância suspeita de ser carcinogenic. Amianto foi 1986); aí é·apresehtada uma definição de "threshold", isto é, uma dose de nível baixo e abai-
uma vez (once) pensado ser um carcinogênico potente. A comunidade científica agora está de xo da qual nenhum efeito irá ocorrer; desse conceito decorre o fato que existem doses que são
acordo que os controles tem reduzido muito os perigos possível para certos operários; os ris- completamente seguras porque o mecanismo de defesa do corpo humano as anulará; esse li-
cos para os cidadãos normais são mínimos. Mas ós funcionários do EPA acreditam que ainda mite existe para asbestose e também para câncer do pulmão.
possuem mandato legal (mandate legally) para pensar, em termos críticos, como "one fiber O Dr. Dunningan, também do Asbestos Institute, publicou uma série de monografias
c~n kill". E assim, a divisão de substâncias tóxicas do EPA está procurando (seeking) um ba- demostrando que materiais fibrosos, iiiorgânicos e inorgânicos naturais e sintéticos podem
mm~nto total dos amiant~s. O q~e está errado nisso? Primeiro, um banimento completo é produzir doenças do pulmão em seres humanos, análogas às dos amiantos; paligorsquita está
considerado (thought) ser 1mposs1vel, uma vez os amiantos ocorrem na Natureza. Segundo, entre os exemplos estudados (Dumingan, 1986; 1987); eu propus ao Dr. Dunningan estudo
um tal banimento pode ferir (hurt) muito mais do que poderia ajudar, nisso adotando um em colaboração para verificar o que ocorre com haloisita tubular nesse contexto.
ponto de vista internacional.Representantes do Canadá, da Comunidade Européia.da OIT A Associação Internacional do Amianto (AIA) realizou em Montreal 1987, a 6'1' Biennal
(I.LO) - Organização Internacional do Trabalho e da Organização Mundial da Saúde (WHO) Conference on Asbestos; aí formam discutidos os diversos aspectos do emprego do amianto
argumentaram que um banimento no amianto crisotila necessário para a fabricação de tubu- crisotila; a conferência do Prof. J. Bigon foi extremamente interessante, pois ele mostrou que
lações podem colocar um perigo (endanger) milhões de vidas, por prolongar desnecessaria- células isoladas quando atravessadas através do núcleo por fibrilas de crisotila, mostravam
mente a exposição de pessoas nas regiões subdesenvolvidas da Terra a doenças provenientes degenerescêbcua cancerosa. Os Proceedings dessa conferência podem ser obtidos da AIA, 68
da água (waterborne diseases). O número de vidas potencialmente. poupadas do câncer por Gloucester Place; London WIH 3LHL; England. Essa conferência teve 18 conclusões e 10 re-
um banimento total dos EUA seria de menos de que algumas centenas (amount to less than a soluções de interesse internacional; algumas das conclusões valem a pena ser transcritas a se-
few ~~ndre.d), no total, nos próxi~os 15 anos, de acordo com os funcionários do EPA (que guir: (1) "An asbestos ban should not be the solution to the asbestos problem". (4) "Scien-
admitiram isso em resposta a uma cross-examination ata hearing last fali" (Bennett, 1987 - tists say that there does not exist any detectable risk dueto asbestos in the environment" (5)
M.J. Bennett é editor da revista bimensal "Asbestos Control Report, Silver Spring, Md). Os "If we say - safe use of asbestos is possible"; we say also, "if the dustis properly controlled"
argumentos do EP A para justificar a regulamentação proposta em 29 de janeiro de 1986 po- (ver ILO, 1984); a conclusão (4) é importante: "AIA will compare the ISO/EEC/ILO/ AIA
dem ser encontradas no artigo de Dessantis (1986). methods of counting fibers.
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Ciência e Tecnologia de Argilas Argilas e o meio ambiente 1051
Assim,. resumindo, são as seguintes as conclusões de Clifton (1985) sobre as p MONIZ, A.C. - Elementos de Pedologia; Polígono; São Paulo, 1972.
áreas de . consenso sobre a "tox1,'dA
es " (t · 'ty) d os am1antos:
. ox1c1 · (a ) Exposição profissional
oucas
ou FLEGMANN, A.W. - Adsorption of sodium dodecylsulphonate by kaolinite - lnt. Clay Conf.
ocupac1ona~ por tempos longos a poeira contendo amiantos, na ausência de equipamentos stockholm 1; 333 (1963).
pa~a prot~çao pessoal, pode ~umentar quantitativamente probabilidade de uma pessoa con- ERNSTSEN, V. - lnorganic nitrate reduction and reduction capacity in clayer till - Clay Minerais:
trair um tipo de pneumocomose chamada asbestose; (b) exposição prolongada a ami t Modem Society, p. 49; Uppsala, 1985.
pode aumentar probabilidade de contrair um tipo de câncer muito raro chamado meantos PUSCH, R. - Bentonite based isolation of waste products - Clay Minerais: Modem Society, p. 163;
r1oma; (c ) op~rarios
, . trabalhando com amiantos e expostos a concentrações
' ' elevadas de poeira
so e-
Uppsala, 1985.
co~tendo amiant~s.' sem a proteção respiratória, estão mais sujeitos a contrair câncer do pul- WENDELBO, R. - pH dependence of sulphate adsorption by clay in relation to clay-acid soil wa-
mao; :ssa probabilidade de contrair câncer do pulmão aumenta significativamente se as pes- ter interaction - Clay Minerais: Modem Society; p, 211 Uppsala, 1985.
soas sao fumantes (tabagismo). TAMURA, T. - Developmente and applications of clay minerais in radioactive waste disposal -
De outro lado, os amiantos anfibólicos amosita e crocidolita, dos quais a África dos 1 lnt. Clay Conf. Jerusalem 1; 425 (1986).
(Central Asbestos, 1986) é a maior produtora, são altamente cancerígenos pelo fato de q u QUINLEY, R.M. - Soil mechanics research problems caused by AI and Fe adsorption on clay mi-
Pel a o r'ige m geol'og1ca
· (H armgton,
· 19 62; 1963), as fibras desses amiantos acham-se impreg- ue, nerais - lnt. Clay Conf. Tokyo, 1 793 (1969).
n~das com s~bstâcias orgânicas experimentalmente comprovadas como sendo produtoras de HAYASHI, H. - Structural changes of fibrous minerais asbestos, sepiolite and palygorskite on
c~nce.r; essa unpregnação natural é análoga à que ocorre "sinteticamente" com as fibras de heat tratment and their effect on oxicity to the cells - lnt. Clay Conf. Tokio 1 903 (1969).
cr~sotila embutidas elD; mat~iz poliméri~a, .quando a lona-de-freio é aquecida na freagem de MORTLAND, M.M. - lnteration between clays and inorganic and organic pollutants - lnit. Clay
ve1culos aut?motores; isso libera essas f1brilas impregnadas no ar (Herington, 1977) respira- Conf. Mexico 11 469 (1975).
do nas localiclades onde existe tráfego intenso. A importação desses dois amiantos anfibóli- MALCON, R. L. - Dissolution of aquifer clay minerais during deep-well disposal of industrial or-
cos, por essa razão, está proibida em muitos países, inclusive no Brasil. ganic wastes - lnit. Clay Conf. Mexico 1; 477 (975).
As doenças ligadas a~s amiantos, in~lusive no Brasil, acham-se discutidas nos artigos MOORE, C.A. - Nutrient transport by sediment water interaction - lnt. Clay Conf. Mexico 1; 495
de Costa (1984), de Algranti (1986) e Ferreira Jr. (1986). O uso controlado do amianto nas in- (1975).
dústrias está discutido por Massetto (1981). SHEERAN, D.E. - Soil composition: control of fabric and response behaviour - lnt. Clay Conf.
USO C?N'I_'ROL~DO DO AMIANTO CRISOTILA NO BRASIL: - A indústria de amianto Mexico 1; 663 (1975).
no Brasil foi des~~1ta por Ferrantini (1986); a mina de Canabrava, no Município de Minaçu CHILINGAR, G.V. - Chemistry of interstitial solutions in undercompacted versus well-
<:x-Uruaç~), Go1as, a 200 km ao norte de Brasília, é de propriedade da SAMA S.A. Minera- compacted shales - lnit. Clay Conf. Mexico 167391975).
ç~o ?e Amianto; produz 165.oqü tonelad!JS de fibras de crisotila por ano, suprindo a produ- ROBERT, M. - Action of amorphts compounds on clay particle association - lnt. Clay Conf. Bo-
çao mterna exportando para a Africa e a Asia. Os produtores de amianto no Brasil acham-se logna 1; 411 (1981).
c?ngregados no ABRA-Associação Brasileira do Amianto; a ABRA tem sido muito ativa nas JACKSON, M. L. - The role of clay minerais in environmental science - lnt. Clay Conf. Bologna
d1ver.sas atividades científicas, tecnológicas e sociais relativas à aquisição e á difusão de co- 1; 641 (1981).
nhecimentos sobre os pro?l~mas relaciona?os com amianto crisotila e a saúde das pessoas DA YAL, R. - Role of clay minerais as backfill in radioactive waste disposal lnt. Clay Conf. Bo-
que trabalham com materiais contendo amiantos. A ABRA apoiou, juntamente com o Fun- logna 1; 771 (1981).
dacent_:o : MT e a CETESB, o 1? Seminário Internacional sobre Exposição a Asbesto, cujas BONNE, A.A. - lnvestigation on the Boom clay a candidate host rock for final disposal of high
conferencias.e trabalhos f~ra?I publicados na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, mui- levei solid waste - lnt. Clay Conf. Bologna 1799 (1981).
tos ~el~s reg1strad?~ na Bibliografia desde Capítulo; também a ABRA organizou o comitê BRYHN, O.R. - StabiliZ:ation of sensitive clays (quick clays) using AI (0H)2,5 CI0,5 - lnt. Clay
brasileiro que participou da 6~ Conferência da AIA em Montreal em 1987, referida anterior- Conf. Denver 1; 427 (1985).
mente; algumas publicações sobre amianto foram feitas e distribuídas aos interessados WENDELBO ,, R. - Effects of anion adsorption on mechanical properties of clay-water systems -
(ABRA, 1987); a ABRA publica regularmente o Informativo Carta da ABRA· é associada à lnt. Clay Conf. Denver 1; 422 (1985).
AIA; contribuiu para a organização do CEA = Cort1itê de Estudos de Amiant~, coordenado VANIALE, F. - The role of microfabric in clay soil stability - Min. Petrog. Acta 29; 101 (1985).
pela Fundacentro, órgão do Ministério do Trabalho. KONT A, J. - Crystalline minerais and chemical maturity os suspended solids of some major
. ~ CEA possui vários grupos de trabalho sobre problemas relacionados com amianto word rivers - Min. Petr. Acta 29 121 (1985).
msotlla ~ trabalha com o GIA - Grupo lnteristitucional do Asbesto; algumas publicações já ROSENQVIST, l.T. - The importance of pore water chemistry on mechanical and engineering
f~r~m feit~s (exemplos: CEA FUNDACENTRO, 1988; a CEA também organizou o 1? Semi- properties of clay soils - Phil. Trans. R. Soe. London A31.
nano Nacu:mal sobre Ex~osição Ocupacional ao Asbesto em Brasília, Julho de 1988. WEISS, A. - Neue Kaolinit-Einlagerungsverbiduguen - lnt. Clay Conf. Jerusalem 1; 277 (1966).
O SEMA - Secretaria Especial do Meio Ambiente baixou relativamente ao amianto as BARRER, R.M. - Sorption and molecular sieve properties of clays and their importance as ca-
Portarias n?s 29 (de 13.02.86); n? 80 (de 09.07.86) e a Resol~ção n? 7 (de 16.08.87), ' talysts - Phil. Trans. R. Soe. Londom A311; 333 (1984).
Em março de 1989, em Pari~, realizou-se o 1" International Conference on Health Rela- BARRER, R.M. e MCLEOD, D. M. - (a) Trans, Faraday Soe. 50; 980 (1954); 511290 (1955); (b) e
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Apêndice IV
1059

North and Chandler, 1953; Cowling and White, 1954; Kimpflin, 1954; Midgley and Midgley,
1960; Grace, 1971).
Construção Civil:- Componentes não combustíveis de gesso + vermiculita; concreto anti-
chama; isolamento térmico e acústico como material de enchimento granulado ou solto
(bulk); isolamento de paredes de alvenaria; concretos isolantes usaqos como pisos e tetos; iso-
lamento térmico para temperaturas baixas; concreto leve pré-moldado com chapas para co-
bertura de edifícios industriais; isolamento de portas contra fogo.
Cerâmica:- Blocos para construção; refratários isolantes; concretos isolantes; chaminés pré-
fabricadas.
Metalurgia:- suporte para aditivos; revestimento de moldes (lingoteiras); lubrificantes para
APÊNDICE V extensão e estiramento de metais em temperaturas elevadas; isolamento térmico para cobrir
zinco e chumbo fundidos; isolante térmico na movimentação de lingotes aquecidos.
Indústria Química:- Absorventes; suporte; diluentes; revestimentos protetores isolantes; pe-
neiras moleculares; isolante térmico para gases liquefeitos; elemento filtrante; adsorvente de
CAPÍTULO 30 - Vermiculita óleos e gorduras; lubrificante sem óleo.
Agricultura:- Condicionador de fertilizantes; suporte para inseticidas; herbicidas; fungicidas
Página 717 - A grande semelhança entre as estruturas cristalinas das vermiculitas e esmec · e fumigantes; condicionadores de solos; condicionador de sementes de pequenas dimensões;
tas, os ;alores el~va___do~ da .capacidade de troca de cátions; a inexistência de macrocristais ~i­ solo artificial e modificador de solos; suporte para micronutrientes; pavimentação de tanques
es~e~tltas e a existencia apenas de microcristais de esmectitas puras· a existência de e para criação de peixes e outros animais aquáticos.
~ns:ais de ;~m!culitas e ~inexistência de microcristais de vermiculit~s puras, todos e::~~~: Usos Gerais:- Material anti-choque para embalagens de vidros; isolamento de recipiel).tes e
o~ t~·a~ a ipot~se, aceita por alguns, de que as vermiculitas macroscópicas são os macro- tanques de gases liquefeitos; isolamento de eletrodomésticos; condicionador de lixo atómico
º
cns ai~_ e esmectltas .. ~r. G.F. ,Walker, pouco antes de falecer, publicou excelente arti
de revisao sobre vermicuhtas no livro de Gieseking sobre componentes dos solos a ricol!~
para rejeito e/ou disposição; mais informações sobre usos recentes de vermiculitas encon-
tram-se nos trabalhos de Souza Santos e Navajas (1976; 1977; 1984).
;walker, ;975), no qual e~crev,e o,s~guinte: "Especificamente, macrovermiculitas nfo ocor- "O grau de exfoliação" da vermiculita depende não somente da temperatura a que e subme-
em em so os. C?nt~do, ~ao ha duvida de que argilominerais tendo uma semelhança nitida tida, como também do "tamanho da partícula", isto é, do diâmetro e da espessura da placa:
c~m ~acrovermicuh!as sao encon~:ados em solos em todo 0 mundo; quando ocorrem nas fra- diminuindo o diâmetro das placas, aumenta a área externa e a água interlamelar sai mais fa-
çoes fmas de solos, sao chamadas clay vermiculites" isto é argilas vermiculiti · cilmente: assim, as placas grandes aumentam mais de volume do que as partículas menores.
vermiculitas As m · l 't - ' ' cas ou micro-
. _ :. . . acrovermicu. i as sao minerais formadores de rochas como macrocristais, Nos usos industriais citados da vermiculita, são usadas partículas de pequenas dimensões,
que sao frequente nente provementes da alteração de macrocristais de micas de onde h, b · para isso, as placas grandes são moídas (ou o material natural é fracionado granulometrica-
t~ macro das macr?ver~iculitas. As microve.rmiculita~, diferente das macro~ermiculi~as ~~~ mente) para haver a posterior piroexpansão (a vermiculita exfoliada é resiliente e não é fácil
P dem ser p~ras, isto e, sem outras contammantes mmerais nos macrocristais não - ser moída). A partícula exfoliada deve, de preferência, ser aproximadamente cúbica: assim,
ras ' sendo as. impuresas
. mais. frequen
.. tes as camad as mistas regularmente interestratificadas
' sao pu-
antes da piroexpansão, as placas de diâmetro d devem ter a espessura de d/10, se o aumento
~o~ esmectltas, m1cas e clontas. Assim, neste capítulo (gielseking) sobre vermiculitas 0 lei- de dimensões for de 10 vezes; isso é o que deve ser conseguido no "beneficiamento" da vermi-
1?r eve sempre ter e:n mente a distinção entre 'clay vermiculites" e macrovermiculitas' e rea- culita natural, após extração da mina, May (1965); Schroeder (1970); Singleton (1975; 1985);
iza: que .extrapolaçao de uma para outra deve ser feita com cuidado (discretion) caso se Strand (1976 e I;Iaines (1978, enfatizam o fato de que um único uso industrial de vermiculita
queira evitar confusões." '
não viabiliza economicamente a exploração de um depósito do argilomineral.
Nc::ste.Capítu~o 30 da~~ edição, as informações apresentadas referem-se apenas a macrover-
mi~uhtas. Ale~ das d1~ensões dos cristais, a principal diferença entre os grupos das vermi- Página 718 - A expressão "crude vermiculite" (vermiculita crua) indica vermiculita, benefi-
cuhtas e esmectitas esta nas respectivas capacidades de trocas de cátions (Walker 1975)· ciada e separada granulometricamente (sized), pronta para ser piroexpandida ou esfoliada
bos ~s grupos poss_uem uma faixa ampla de valores, porém sempre as vermiculit~s com~:~: em forno (May, 1965; Schroeder, 1970; Singleton, 1975; Haines, 1978); atualmente a expan-
res astant~ supenores aos das 7sm~ctitas; pode-se considerar que as esmectitas passam, de são "vermiculite concentrate" (concentrado de vermiculita) é a recomendada (Messinger,
form~ co~tm~a (gr~de), a ver~icul.itas, ~ssas com maior carga por cela unitária; a CTC das 1985); Messinger assinala o fato de que o termo "vermiculita" é usado, tanto para o argilomi-
vermicuhtas e a maior dos argilommerais (Strand, 1976). neral, como para a vermiculita piroexpandida ou esfoliada.
Págin~ 718 - A batavita de Kropfmüll é designada como "vermiculita fibrosa" (Walker Página 718 - Ladoo e Myers (1951) e May (1965) reportam piroexpansão volumétrica· de ver-
~975}, se~undo Hofmannet ~l (1956), os cristais de batavita são "solid rods" (bastões sólidos miculita comercial, de seis a vinte vezes, com um valor recomendado de 16 vezes; publicações
isto e, pnsmas retos de perfil retangular) e tubos ôcos, cheios ou vazios. ' mais recentes indicam valores de 8 a 12 vezes (Schroeder, 1970); macrocristais individualiza-
dos podem piroexpandir até 30 vezes (Strand, 1976). O produto comercial vermiculita pi-
P~ginad718 - ~xi~tem poucos estudos sobre as fases formadas após a queima das vermiculitas roexpandida ou esfoliada é também chamado simplesmente "vermiculita"; macroscopica-
~i~a le959700GC: parece que se formam enstatita e olivina (Walker e Cole 1957· Kulbicki e mente o produto esfoliado é bastante diferente do cristal original. A vermiculita esfoliada é
nm, ; nm e Kulbicki, 1961). ' '
um agregado (não um aglomerado) segundo a definição inglesa (Gray, 1968) dada anterior-
Pát~ª;18 - Us?s lndust;ia1~ da Vermiculita :- O interesse em vermiculita piroexpandida ou mente. Nos EUA, a ASTM possui especificações e métodos de ensaios para agregados de ver-
es o ia a como 1solant~ termico, para economizar energia fez prever um aumento significati- miculita piroexpandida para concreto (C-332); para gesso (C-35) e para isolamento térmico e
acústico, como enchimento granulado solto (loosefill, C-516). No Brasil a ABNT possui comi-
~~;f ~~~a~~~s~;;~ ª~~r~:~o f~2)(~~ines, 1978; .souza San.tos, 19'.9~. Publicações (Grace, tê para a normatização de produtos de vermiculita piroexpandida (CE-22; 03.01: Vermiculi-
. '. ' is amos segumtes usos mdustnais para vermiculita pi-
rocxpand1da, especialmente como isolante térmico e acústico (Valey, 1952; Ficar, 1953; ta e seus produtos).
1060
Ciência e Tecnologia de Argilas Apêndice IV 1061
O sistema de classificação da vermiculita de Palabora na África d s , .
o u1 e o seguinte: 800°C (g/cm 3): 3 lOOOºC (g/cm3 ):
Aditivo: 900ºC (g/cm ):

Nova Classificação: Diâmetro Máximo das Placas: Água 0,28 0,26 0,24
Sistema Antigo: 0,25 0,21
Premium 16 mm Etanol 0,22
Grande 6
8mm Glicerol 0,13 0,13 0,12
Médio 4
4mm Solução aquosa
Fino 3 de Sacarose (10%) 0,21 0,19 0,17
2mm
Superfino 2 Hidróxido de
lmm 1 Amônio (28%) 0,27 0,25 0,24
Microm 0,5mm
o Sem aditivo 0,25 0,24 0,23

O sistema de classificação da W.R. Grace para as vermiculitas norte-am · ' .


. encanas e o segumte: Os cristais foram imersos nos liquidas (aditivos) por 24 horas e secos sobre papel absorvente
Grau: Diâmetro Máximo das Placas: antes do ensaio de piroexpansão. Os aditivos ensaiados diminuem a densidade aparente após
a piroexpansão, sendo o glicerol o mais eficiente para diminuir essa densidade entre 800°C e
6,7mm lOOOºC. A densidade aparente foi medida pelos métodos B.S. 1460 e STM 560-65.
2 2,4.mm
3 l,6mm Página 721 - Usos Industriais de Vermiculitas Brasileiras:- Em setembro de 1980, a SUDE-
4 NE - MINT promoveu em Recife, PE, o Encontro Nacional sobre Vermiculita; não foi feita
0,6mm publicação oficial a respeito; os artigos foram publicados individualmente em revistas (San-
5 0,4mm tos, 1981; Nunes 1981; Penna e Chaves, 1981. Discrições e usos de vermiculitas brasileiras
acham-se também na publicações: (Ferraz, 1971: Hennies e Stellin, 1976; Stellin, 1976;
Araújo, 1977; Rosemburg, 1979; Mont'Alverne, 1978; Anônimo, 1975, 1977, 1978; Assum-
Peneira Tyler:
Densidade Aparente (libras por pé cúbico) ção, 1985). Empresas que comercializavam vermiculitas piroexpandidas de Goiás, Bahia e
Entre 3 e 10 Pfaui, quer na forma granular solta (loosefill), quer na forma de placas e peças como isolante
Entre 4 e 7
Entre 8 e 14 térmico não-combustível e acústico possuem excelentes catálogos descrevendo os seus produ-
Entre 4 e 8 tos (Minebra, 1984; Eucatex, 1982). O DNPM-MME publica o Anuário Mineral Brasileiro
Entre 10 e 35
Entre 5 e 9 (DNPM, 1988) contendo dados estatisticos sobre a produção brasileira de vermiculita, bem
Entre 28 e 65 como um apanhado sobre as ocorrências brasileiras (Parente e Oliveira, 1986). O emprego de
Entre 6 e 10
Acima de 35 vermiculita em Agricultura foi discutido por Reichadt (1980; 1981) e outros (Anônimo,
Entre 8 e 11 1986). Vermiculita piroexpandida de Paulistana, PI, vem sendo comercializada para uso do-
m.éstico como "privada para cães e gatos" sob o nome "Mitzi".
~;~~)ªJ20 -Piroexpansão de Vermiculitas Brasileiras:- N avajas e Souza Santos (1976· 1977 e Publicações Estrangeiras:- Nos EUA, o Vermiculite Institute, que congrega produtores de
ese?volveram ,um forno pi~oto vertical, com gradiente de temperatura contr~lável e vermiculita piroexpandida e fabricantes de produtos à base de vermiculita, possui várias es-
c?m aque~1ment? a gas, que p~rm1te estudar a piroexpansão dinâmica de vermiculitas de vá- pecificações sobre produtos à base de vermiculita piroexpandida (Vermiculite Institute,
~~as granutfme~n~s esses ensaios são correlacionáveis com os ensaios de piroexpansão estáti- 1972). Os grandes produtores de vermiculita norte-americanas e ingleses possuem excelentes
e~ mu. a eletnca. Foram estudadas duas vermiculitas uma de Brumad B h" catálogos descrevendo os seus diferentes produtos à base de vermiculita piroexpandida ou es-
d: ~~o Luiz d~ M?nte _Belo, Goi~s; foi definido um índice que foi chamado ~~ra: á~ =s~~l~:~
é foliada (Mandoval, 1972; Grace, 1971; American Vermiculite, 1975).
fª.º d da ver~1c~hta piroexpand1da, como sendo o quociente entre a densidade real dos cris- As propriedades de vermiculita para a distribuição de amônia como fertilizante são discuti-
d~s a ~erm1cu lta e~ d;ns1dad~ aparente min_ima das partículas de vermiculita piroexpandi- das por Alrich (Alrich, 1972) e por Russell (Russell, 1977); ativação para aumentar as pro-
na emdperatura T C, ~btem-se os seguintes valores para essas duas amostras cada priedades adsortivas é revista por Gregg (Gregg, 1954), por Lopes Gonzales (Lopes Gonza-
uma com uas granulometnas: '
les, 1957) e por Vdovenko (Vdovenko', 1966).

Amostra: Página 721 - Inchamento em Água:- Como foi acentuado no Capitulo 25, as esmectitas de li-
Densidade real (g/cml): Densidade aparente (g/cml): tio e sódio incham em água (inc}J.amento de Poster) pela intercalação de moléculas de água en-
Ba23 0:
2,70/3,18 0,24 (a 1000°C) tre as camadas 2:1; (Quirk e Theng, 1960; Norrish e Raussell-Colom, 1963); de outro lado,
Ba04 11/13 vermiculitas podem inchar e~ água após o tratamento com diversas substâncias químicas,
2,70/3,18 0,46 (a 900°C)
Go 23 06107 tais como água oxigenada, ácidos fracos e outros eletrólitos (Drosdoff e Miles, 1938; Greaves,
2,70/3,18 0,21 (a 1200°C) 13/15 1939; Raman e Jackson, 1963; Shridar e Jackson, 1973; Strand, 1976).
Go 04 2,70/3,18 0,24 (a 1000°C) 11/13 Compostos quaternários de amônio (ou "quats") são cátions orgânicos, isto é, aminas deriva-
dos do amônio (NH:i) em que os hidrogênios são substituidos por radicais orgânicos; exemplo
é o TMA - tretrametilamônio [N(CH3 ) 4 J. Jordan (Jordan, 1949) mostrou que duas gramas de
Fo\ta~bém es.tud~do o efeito de alguns aditivos, voláteis por pirólise, sobre a densidade apa- esmectita de dodecilamônio incham a volumes desde 2,0 ml (em água) até 88,0 ml (em nitro-
r(eSn e ªs vertm1cuNhta ~a 23; os resultados obtidos em três temperaturas foram os seguintes benzeno ); a bentonita sódica original inchava a 31,0 ml em á~a; W alker, utilizando macro-
ouza an os e ava3as, 1981):
cristais de uma vermiculita muito pura da antiga Quênia, Africa, preparou vermiculita de
1062 Ciência e Tecnologia de Argilas Apêndice IV 1063

butilamônio; esses cristais sendo colocados em água, incham significativamente na direção bequer de 150 ml contendo 25 ml de solução aquosa 0,2 M do cloreto inorgânico; o bequer é
perpendicular ao plano de clivagem dos macrocristais (Walker, 1960; Garrett e Walker, colocado aberto em estufa a 85°C ± 5ºC por 144 horas, sendo deixado secar completamente;
1962; Raussell-Colom, 1963). Macrocristais de vermiculita do Quênia foram deixados por resfriar e adicionar 100 ml de água destilada; após 24 horas observar se houve ou não o incha·
quatro dias em solução aquosa saturada de cloreto de litio às temperaturas ambientes; após mento dos cristais; é dada uma nota de Oa 4 segundo o critério seguinte: O· Não foi observado
lavagens com água, os cristais de vermiculita de litio, sendo imersos em água, inc_havam de 10 nenhum inchamento; 1 · inchamento incipiente; 2 · inchamento regular; 3 · inchamento
a 20 vezes, a ponto de separar lâminas ou lamelas (Walker e Milne, 1950), Norrish, 1954); 0 bom; 4. inchamento grande (aumento acima de 40 vezes a espessura do macrocris~al; a Ta·
mesmo efeito foi observado usando solução aquosa lM de cloreto de litio a 80°C por uma se- bela 30.2 resume os resultados obtidos com 18 amostras brasileiras e 3 estrangeiras; con-
mana no mínimo mantendo o volume constante (Garrett e Walker, 1962). clui-se que os cátions lítio e alumínio hidratado são aqueles que, consistentemente, produ-
Vermiculitas brasileiras de Brumado, Bahia e de São Luiz qe Monte-Belo, Goiás foram trata- zem os maiores inchamentos nas 21 amostras estudadas.
das por solução aquosa lM de cloreto de litio, a 85°C por 6 horas e por 24 horas; após lava- Utilizando vermiculita de Paulistana, Piauí (Eucatex; Araújo, 1977), com 92,4% de cristais
gem, 1,0 g do vermiculita foi colocada em proveta de 100 ml e deixada inchar por 24 horas, com diâmetros entre peneiras de aberturas de 2,362 mm e 0,495 mm, foram estudadas, em
segundo o ensaio de Poster para esmectitas; a tabela seguinte mostra os resultados obtidos escala de laboratório, as variáveis seguintes: concentração e volume da solução para uma da-
para o inchamento, expressos em ml/g de vermiculita: da massa de vermiculita; temperatura do tempo de tratamento, com a secagem da solução
aquosa de cloreto de lítio; as condições experimentais de inchamento foram aquelas do en-
saio de Poster para esmectitas; o "grau de inchamento" foi expresso em ml/g (Vieira Coelho
Amostra: 6 Horas: 24 Horas: Original:
e Souza Santos, 1984; Vieira Coelho, 1986; 1988); o inchamento máximo obtido acha-se com
Brumado 23 14 ml/g 17 lJl.l/g 0,3 ml/g valores entre 11 e 12 ml/ grama; esses valores correspondem a um aumento de cerca de 8 vezes
São Luiz 23 12 ml/g 12 ml/g 0,3 ml/g 0 volume aparente da vermiculita original, na granulometria ensaiada. Tal inchamento é
Brumado 27 12 ml/g 10 ml/g 0,3 ml/g possível a ser obtido em condições de temperatura, de tempo de aquecimento e de concentra·
ção da solução de tratamento, diversas daquelas citadas, porém a secagem da solução aquosa
São Luiz 27 12 ml/g 9ml/g 0,3 ml/g

TABELA 30.2 Ensaios com vermiculitas de várias procedências tratadas com diversos cloretos
Com o objetivo de verificar se o inchamento prévio, após o tratamento com Li', afetava a den- (Vieira Coelho, 1986)
sidade aparente dos vermiculitas após a piroexpansão, as amostras de vermiculitas de lítio fo.
ram queimadas a 750°C, segundo os precedimentos já descritos (Navajas e Souza Santos, li+ NA+ (NH4 1+ CA2 + MG 2 + BA,+ AL3 +
1976; 1977; 1981); os resultados obtidos foram os seguintes (Riego e Souza Santos, 1982) pa-
ra as densidades aparentes: 1. Paulistana
2. Massape/ Paulistana
3. Seridó
Amostra: Original: Inchada: Diferença: 4. Frade/ Jaguaretama 4 4
5. Floresta 3 4 4
Brumado 23 0,200 gim 0,133 g/ml 0,067 g/ml 4
6. Oroco 3
São Luiz 23 0,180 g/ml 0,111 g/ml 0,069 g/ml 7. Arcoverde/ Buique
Brumado 27 0,280 g/ml 0,118 g/ml 8. Santa Inês 4 2
0,162 g/n;il
9. Brumado 3 2
São Luiz 27 0,400 g/ml 0,111 g/ml 0,289 g/ml 10. Capim Grosso 2
11. Catalão
12. Santa Fé/ Juçara 4 2
13. Santa Fé/lbrasmi 4 2 4
Os cristais piroexpandidos dessas vermiculitas continuaram a ter boas resistências mecânicas 14. Catalão/Metago 3 2 2
e resiliência; um maior inchamento do que aqueles utilizados provoca a delaminação total 15. São Luis de Monte-Belo 2
dos macrocristais, que perdem a propriedade de piroexpansibilidade. 16. Mercês 4 4
17. Brás Pires 3
Inchamento e De laminação de Vermiculitas Brasileiras:- Walker e Milne, bem como Garrett 2 4
18. Tatuí 4 1 2
e Walker, enfatizaram que o efeito do cátion Li' foi bem evidenciável graças à "pureza" da 2 4
19. Palabora/ AfSul 4 2
vermiculita do Quênia, apesar dos resultados erráticos freqüentemente obtidos: o bom in- 20. Zonolite Lq-0/EUA 4
chamento somente era conseguido quando Mg+ era substituido por Nlt, antes do tratamento 21. Santa Ollala/ Espanha 4
com cloreto de lítio; essas observações podem levar à interpretação de que o efeito do Li' não
era facilmente obtido, dependendo da "pureza" da amostra de vermiculita; no caso dos ver-
miculitas da Bahia e de Goiás esse efeito foi obtido com bastante facilidade (Riego e Souza N ot as:4 = Inchamento proncunciado
3 = Inchamento Bom
Santos, 1982), porém esse comportamento errático também foi observado. Experimentos ex· 2 = Inchamento Regular
ploratórios mostraram que esse efeito errático desaparecia quando, em vez de se manter ovo· 1 Inchamento Incipiente
O= Inchamento não observável visualmente
lume constante da solução, essa era deixada secar completamente com a conseqüente crista·
lização do sal; esse efeito de "secagem e cristalização" é fundamental para que ocorra o in· Tratamento por 144 horas com soluções aquosas de Cloretos; 0,2 m;
chamento da vermiculita assim tratada (Vieira Coelho e Som;a Santos, 198.5; 1986; 1988); Volume da solução de tratamento = 25 mi
Temperatura do tratamento = 85° ± 5ºC;
nesses estudos foi utilizado um procedimento-padrão, em escala .de laboratório, que é o se- Inchamento contra 100 mi de solução;
guinte (Vieira Coelho, 1986): 5,0 gramas de macrocristaís da vermiculita são colocadas em Tempo de inchamento = 24 h.
1064 Ciência e Tecnologia de Argilas Apêndice IV 1065
de cloreto de Utio é fundamental para que seja obtido um inchamento em água pronunciado colhidos após monitoração ou filÚação do ar em ambientes é feita após a combustão em tem-
na vermiculita de Paulistana, PI, dentro das faixas de tempo, temperatura e concentração peraturas não elevadas das fibras orgânicas naturais (vegetais e animais) e sintéticas; os
utilizadas neste trabalho, inclusive em cristais lamelares com até 8 cm dé diâmetro. Deve-se amiantos, sendo não-combustiveis, permanecem intactos se a estrutura cristalina não for
deixar claro que, por secagem, entende-se um procedimento que se inicia com a evaporação destruida por desidroxilação em temperaturas acima de 600°C; a morfologia em forma de fi-
da água da solução de tratamento até a saturação, seguida pela deposição de cristais de LiCl bras permanece intacta (outra caracteristica dos amiantos), se bem que fibras inorgânicas
a partir da solução saturada; com a completa evaporação de água, no final do procedimento sintéticas também ficam preservadas. A identificação dos amianl:os é feita pela morfologia
tem-se as placas de vermiculitas cobertas por cristais de LiCl (e possivelmente contendo cris- em fibras por microscopia óptica ou eletrônica (M:ueller, 1972), sendo que, nessa última, a
tais também no espaço interlamelar). Esse resultado final do processo de secagem difere difração eletrônica pode ser utilizada para identificação precisa com base na estrutura crista-
substancialmente daquele obtido pela simples mistura de vermiculita seca com cristais de lina (Smith, 1973). Quando a identificação é apenas morfológica, é necessário que seja ba-
LiCl desidratados, embora o aspecto fisico possa ser muito semelhante. seada em uma definição cientifica (ou então legal) de "fibra" com base em um pressuposto,
Modelo Proposto para o Inchamento: Todas as observações que foram feitas conduzem ao nem sempre confirmável cientificamente, de que "fibra" seja a mesma coisa que "fibra de
modelo proposto a seguir para explicar o mecanismo do inchamento em água, após trata- amianto", o que nem sempre é verdade.
mentos com sais inorgânicos, de cristais macroscópicos de vermiculitas; o modelo de meca- Essa questão fez surgir a discussão da necessidade de uma definição oficial ou legal do que é
nismo proposto se comporia das seguintes etapas: (a) troca dos cátions naturalmente presen- amianto, que fosse coerente com a conceituação cientifica. Esse problema foi discutido em
tes pelo cátion da solução aquosa de tratamento (solução de LiCl); (b) com o aquecimento do detalhe pelo Dr. R.E. Clifton, responsável pelas revisões anuais sobre amianto do U.S. Bu-
sistema, como é permitida a evaporação, a vermiculita é submetida à solução que tem con- reau of Mines, em artigo intitulado: "Uma definição de amianto" (Clifton, 1984); esse tópi-
centrações crescentes, o que favorece a entrada (intercalação) do sal no espaço interlamenlar; co, foi também tratado no Capitulo 29 relativamente à presença de amiantos anfibólicos em
(c) com a evaporação total da solução de tratamento, haveria a deposição de crostas de sal na talcos tremoliticos de Gouverneur, O Estado de Nova York, EUA.
superficie da vermiculita; concomitantemente, haveria a desidratação de cátions U presen- Clifton (1985) escreveu: "Durante os 1970's foi observado que entre os minerais constituintes
tes no espaço interlamelar, o que permitiria a sua entrada para dentro da estrutura cristalina de alguns depósitos de talcos havia minerais naturalmente fibrosos, isto é, havia variedades
da vermiculita através dos espaços hexagonais existentes no plano de oxigênio das folhas te- asbestiformes e não-asbestiformes, que são descritas como contaminantes desses minérios e
traédricas da vermiculita; (d) com a localização desses cátions U em posições "não seus produtos industriais. O problema foi exacerbado pela falta de diferenciação semântica
trocáveis", deve cair a CTC (uma vez que baixaria a carga negativa da camada); (e) com a entre rochas maciças anfibólicas e respectivas variedades anfibólicas. Tremolita é o único no-
imersão em água, a rehidratação tanto dos cátions interlamelares quanto do sal presentes no me para ambas, a rocha e a variedade com hábito asbestiforme, isto é, amianto". Nesse arti-
espaço interlamelar levaria ao inchamento; (f) esse mecanismo é adequado para explicar o fe- go, Clifton menciona a definição de amianto da ASTM, na qual o quociente comprimen-
nômeno de inchamento em água que ocorre com outros cristais de vermiculita tratados com to/diâmetro é 20/1, o qual foi diminuído mais tarde para 3:1 e depois para 5:1 (ASTM,
soluções aquosas de LiCl e outros sais. 1986). Clifton (1985) escreveu o seguinte: "A ASTM possui uma nova publicação destinada,
Aplicações do Inchamento:- O tratamento com sais inorgânicos permite, controlando as va- na maioria, às definições do que é amianto ou asbestos (Rosset ai, 1984). A definição estabe-
riáveis concentrações - temperatura - tempo, obter inchamentos parciais ou até um valor lecida por consenso, que será útil para as comunidades minerais e de meio ambiente, está
máximo que provoca a delaminação das camadas 2:1 das vermiculitas. O inchamento parcial apresentada a seguir, com algumas adições a partir de definições mineralógicas feitas nessas
de vermiculitas brasileiras em solução aquosa aquecida de hidróxido de cálcio permite a libe- publicações: Amianto (asbesto) é um termo aplicado a 6 minerais naturais que são explora-
ração de inclusões minerais entre as placas (Minebra, comunicação pessoal). A empresa ICI dos comercialmente pelas suas propriedades fisicas desejáveis as quais são, na maioria, de-
delaminando placas de vermiculita e adicionando monômetros produz películas e laminados correntes do hábito asbestiforme; os minerais são: o argilomineral do grupo das serpentinas
flexiveis de cor creme (Rideal, comunicação pessoal; Ballard e Rideal, 1983; Birchall e Kelly, denominado "crisotila" e os 5 minerais anfibólicos (que não são argilominerais): (a) amianto
A. 1983); a mesma empresa fabrica uma série de produtos, sob o nome comercial de "Layer grunerita (amosita); (b) amianto riebequita (crocidolita); (c) amianto antofilita; (d) amianto
Mineral Products" (ICI, 1985), à base de vermiculita. tremolita e (e) amianto actinolita. Particulas (cristais) minerais individualizadas, não impor-
Vieira Coelho e Souza Santos (estudos ainda não publicados), utilizando vermiculita delami- ta como foram processadas industrialmente e não importa qual o nome cientifico que lhe fo-
nada de Paulistana,PI após o inchamento máximo, produziram, em escala de bancada telhas ram atribuidas, não são consideradas (demonstrated) ser amianto (asbestos) se o quociente
+
onduladas de cimento vermiculita, com propriedades equivalentes às telhas onduladas de comprimento/largura for inferior a 20:1. Esse quociente 20:1 passou para 3:1 de amianto a
cimento-amianto fabricadas em São Paulo; esse mesmo uso foi proposto pela empresa Ma- partir da publicação de 1986 (ASTM, 1986), referente à definição de "fibra".
rietta (1983, usando mica moscovita. Conceito de Fibra de amianto:- OSHA nos EUA e o AIA na Inglaterra usaram a seguinte de-
finição de fibra: "Uma fibra contável é definida como qualquer objeto tendo um diâmetro
máximo menor do que 3 µme um comprimento máximo maior que 5 µme um quociente com-
primento/ diâmetro maior do que 3:1". O OSHA aplicou esse valor de 3:1 para o quociente
comprimento/diâmetro (length-to-width ratio) para distinguir a fibra de um fragmento mi-
neral. Nessa definição não havia qualquer preocupação quanto à natureza da fibra, se era
CAPÍTULO 31 - Amiantos Industriais e Argilas inorgânica ou orgânica, natural ou sintética, isto é, se a fibra era ou não de um amianto; era
uma atitude radical, que visava evitar a possibilidade de existir ou de se aceitar a presença de
Niquelíferas qualquer fibra de amianto nos talcos e outros minerais industriais. A ASTM (1986) reconhe-
ceu as falhas da definição de fibra e fez nova definição no texto (item 3.2.2) das normas E-
Página 728 - Definição de Amianto:- Os amiantos ou minerais asbestiformes recebem esse 849-82 e 86 da "ASTM/Practice for Safety and Health Requirements Relating to Exposure to
nome devido à clivagem de seus cristais em fibras ou ripas; a identificação da espécie minera- Asbestos": "Fibras em amostras coletadas de ar (monitored asbesttiform particulate or par-
lógica de amiantos, quando em quantidades superiores a algumas miligramas, por métodos ticles) são particulas que tem um valor do quociente comprimento/diâmetro", no mínimo,
físicos como difração de raios-X e de eletrons, de preferência associada com a análise quimica de 5:1; um comprimento minimo de 5,0 µm; um diâmetro máximo dt; 3,0 µme o aspecto de
elementar é bastante precisa. feixe de (fascines or bundles of sticks) varinhas.
A identificação de fibras (fibra = feixe de fibrilas no caso de crisotila) de amiantos em pós re- Virta (1987) escreveu: "a OSHA prolongou até 28 de julho de 88 a validês de sua portaria de
I'•

1066
Ciência e Tecnologia de Argilas Apêndice IV 1067 'li
1988 regulando o cont~to de operários às variedades não-asbestiformes de actinolita, antofili-
ta e tremolita. Durante essa validês, A OSHA (1988) irá continuar a analisar 0 impacto do
Compostos crisotila-substâncias orgânicas foram sintetiz~dos via as hidroxilas superf~ciais
que estão mostradas na Figura 31.3 (Rodrigue, 1975; Pap1er, 1956; 1975; 1977). O a~manto
J
uso do padrão de asbestos ou amianto para regular também as variedades não-asbestiformes crisotila, no teor de 3% em peso, aumenta significativamente a retenção de cargas e pigmen-
desses minerais". Virta (1989) escreveu: "a OSHA prolongou até 21 de julho a regulamenta- tos pela folha de papel (Britt, 1970). . . . .
ção supra citada, isto é, de um máximo de 2 fibras por cm3; assim, para um col).tato de 8 ho- Desde 1977, o U.S. Bureau of Mines vem se preocupando em reg1strar novos usos mdustna1s
ras, o limite máximo será de 0,2 fibras por cm 3 e para 30 minutos, de 1 fibra por cm3; a BPA para amiantos; exemplos serão listados a seguir. Cimento amianto é o material de construção
continua sua revisão dos padrões nacionais de efluentes gasosos para poluentes perigosos (ha- para grandes torres hiperbólicas para resfriamento de água em edifícios e cen_trais nucleares;
zardous); assim, continuou a coletar dados para um estudo do teor de amiantos e fibras mi- tubulação de cimento-amianto são usadas para transportar água sob pressao elevada para
nerais dos gases emitidos por indústrias de mineração que produzem 8 comodities, entre elas resfriamento de estações para distribuição de energia elétrica (Clifton, 1977). Resíduos de
o talco. As questões levantadas nos EUA e na Europa sobre o efeito dos amiantos no meio crisotila são utilizados para fabricação de magnésio metálico por extração química; fração
ambiente serão também tratadas no Capítulo 38.
desses resíduos, por tratamento térmico podem ser usados para produzir produtos refrat~ri~s
~de'!tificação de :1-r;niantos :- A identificaç,ão de amiantos, crisotila e anfibólicos, por métodos de cordierita e de olivina (Clifton, 1980). A Marinha dos EUA testou transformadores eletn-
optlcos de luz VlSlvel, DRX e MET esta tratada em detalhe nas publicações de Mueller cos usados em navios, com e sem amianto, tendo demonstrado as melhores propriedades iso-
(1972); Smith (1973); Langer (1974); Champness (1976); Pooley (1976); Miller (1976); Taylor lantes dos papelões e placas à base de amianto crisotila (Clifton, 1983). Um catalisador para
(1980); AIA (1980); Sempere (1980) Campbell e Virta (1980); Chatfield (1988). O National transformar metanol em gasolina, constituid_o por zeólita + crisotila, foi desenvolvido na
Bureau of Standards nos EUA fornece padrões analíticos para identificação e contagem de Universidade de Comórdia, Montreal; paligorsquita vem sendo usada como substituto de
fibras de crisotila (Small, e Steel, 1985). Microscopia eletrônica de alta resulução de amian- crisotila em tintas; a superfície das fibras de crisotila tratadas por oxicloreto ou pentacloreto
tos anfibólicos foi feita por Hutchison (1975).
de fósforo tornam-se menos ativas biologicamente sem perda nas propriedades mecânicas
Microencapsulação de Amianto:- O processo denominado "beater saturation" deposita a (Virta, 1987; Grifft, 1987; Clifton, 1984; 1985) esse tipo de amianto modificado foi desenvol-
borracha dispersa em um latex de borracha sobre as fibrilas de amianto em suspensão aquo- vido pela Societé Nationale de l'Amiante de Quebec. Zeólita sintética pode ser produzida a
sa; dai resulta uma suspensão que pode ser transformada em uma folha de papel de "amian- partir de crisotila; as fibras testadas até 1986 como substitutos de crisotila em tubulações de
to + latex que é usado como suporte aberente e antiderrapante para laminados e gachetas vi- alta pressão de cimento-amianto não conseguiram atingir os valores do poder reforçador des-
nilicas (Feigler, 1956; Martinez, 1963).
se amianto até essa época, o Instituto do Cloro (Chlorine Institute, USA) não havia encontra-
Define-se "microencapsulação" (Sparks, 1981) como sendo o processo industrial no qual do material adequado para substituir o amianto, antofilita em células de diafragma de
partículas sólidas ou micro-gotas de um liquido são envolvidas completafilente por uma co- amianto para produção de cloro (Clifton, 1986), Plásticos reforçados com amiantos oferecem
bertura ou pelicula (coating) visando produzir uma. microcápsula com propriedades úteis. O menos perigo na combustão e em ambientes quentes; rejeitos contendo crisotila podem ser
material de~tro da cápsula é chamado núcleo (core); fase interna ou enchimento (fill); a pa- transformados em vidro a 1400ºC, o qual pode ser reciclado, rejeitos de crisotila pode ser de-
rede (wall) e chamada casca (shell); cobertura (coating) ou membrana; a forma mais fre- composto com produção de sal de magnésio por reação química com sulfato de amônio a
qüente ~a .microcápsula é a de uma micro-esfera com uma parede uniforme e contínua; o pa- 260ºC (Virta, 1987).
~e~ cop1at1vo sem-carb.~no NCR mencionado em capitulo anterior contém microcápsulas es- tJm manual técnico sobre produtos de cimento-amianto foi publicado pela ABCI (1988). As
fencas com 20 µm de d1ametro contendo solução de corante como a lactama de violeta de me- propriedades mecânicas dos amiantos foram revistas por Aveston (1969). Aplicações indus-
tila. Existem numerosas patentes norte-americanas descrevendo métodos para encapsular triais de crisotila foram exaustivamente listadas em boletins da Asbestos Corporation (1966).
partículas inorgânicas; contudo, esses métodos falham quando aplicados a fibrilas de crisoti- O emprego de amiantos como suporte para microrganismos utilizados na fermentação de es-
la em suspensão aquosa, devido à morfologia dessas fibras; devido às dimensões muito pe- gotos domésticos (iodo ativado) era bastante difundido na Alemanha (Zigerli, 1937; Imhoff,
~u~nas d:is fibrilas a micro~ncapsulação pelo pol!mero deve ser feita pela deposição na super- 1966).
fic1e da fibra de macromoleculas por macromolecula, em vez de uma precipitação das mes- Virta (1988) lista a seguinte distribuição dos usos industriais do amianto, nos EUA em 1988:
mas; Xanthos e Woodhams (1972) desenvolveram método para essa deposição não-maciça de vedação de coberturas (roofing products) - 28 % ; freios (function products) - 26% tubulações
polímeros sobre crisotilas.
de cimento amianto - 14 % ; juntas, gachetas e peças para vedação - 13 % ; papel e papelão de
Usos Industriais dos Amiantos :- Amianto é adaptável para mais de 2.000 usos; devido à sua amianto - 6%; outros usos -13%. Apesar das questões levantadas pela EPA: Environmental
e!evada re~istência à tr~~ão em temperaturas elevadas é material sem substituto pai:a uma sé- Protection Agency - que serão descritas no Capitulo 38; o EUA continua a produzir e im-
rie de eqmpamentos m1htares (Averton, 1969; Clifton, 1985). Nessa referência estão listados portar amiantos: em 1984 produziu 57 mil toneladas e importou 210 mil toneladas; em 1988
os 9 maiores usos industriais nos EUA do amianto (especialmente crisotila): produtos para produziu 18 mil toneladas e importou 93 mil toneladas; no,periodo 1984/1987, 94% do
atrito ou fricção: lonas para freios; superfícies de transmissão (facings) de embi:eagens = amianto importado provém do Canadá'e 6% da República da Africa do Sul (Virta, 1988). Foi
22%; produtos para pavimentação (laminados)= 21 % ; tubulações de cimento-amianto = publicado livro descrevendo todas as propriedades e usos de amiantos (Chisick, 1988).
12%; revestimentos e composições (compouds) contendo amianto = 11 % ; gachetas e emba- Substitutos do Amianto:- Fibras de vidro e lã de rocha são hoje (Virta, 1988) os substitutos
lagens (packings) = 6%; papelão de amianto=~%; produtos para vedação em edifícios
aceitos de amiantos para isolantes térmicos do tipo silicato de cálcio + amianto; de outro la-
(roofing) = 3%; plásticos= 1 %; têxteis= 1 %; os restantes 18% são para os demais usos· do, vários tipos de fibras vem sendo estudadas como substitutos de amianto em diferentes
nessa publicação é mostrado que nos EUA houve significativa redução (de até 79% por us~ produtos industriais: fibras orgânicas naturais e sintéticas; fibras de vidro resistentes a álcalis
especifico) do consumo de amianto crisotila; a redução total foi de 73% entre 1977 e 1983.
para fibro-cimento; (Jones, 1957); fibras de carbono; fibras cerâmicas ou refratárias e fi~ra~
Clifton (1975) assinala o fato de que o melhor substitutivo encontrado, até a data para 0
metálicas; também vários minerais não fibrosos vem sendo estudados para usos em que nao e
amianto crisotila é um produto desenvolvido pela Societé Nationale de Amiante (empresa do necessária a propriedade reforçadora das fibras de amiantos; segundo Virta (1988) "no single
governo do Canadá), em Quebec, denominado "Chrysophosphate": é fabricado alterando a substitukwas as versatile and as cast effective as asbestos"; o mesmo já era afirmado por
superfície das fibrilas (constituída por grupos OH da folha brucitica externa - ver Figura Pleitton (1984). É interessante assinalar que empresas internacionais produtoras e/ ou consu-
31.3) por um processo de fosfatização; ainda, a matéria-prima é amianto crisotila. A fosfati- midoras de amiantos são aqu~las que mais tem gasto para desenvolver substitutos de amian-
zação da crisotila por oxicloreto de fósforo e pentacloreto de fósforo, via hidroxilas da super- tos. No Brasil, existe muito interesse em usar fibras de Sisai em substituição do amianto cri-
fície, foi descrita por Clifton (1983; 1984; 1985).
sotila em produto de cimento amianto. Celanese produz fibra de PBI (polibenzilimidazol)
1068 Ciência e Tecnologia de Argilas Apêndice IV 1069

que resiste até 500°C; Dupont produz fibras aramidicas de nome Kevlar com menos de um
micrômetro de diâmetro; outras fibras sintéticas foram patenteadas pelas empresas Badische
CAPÍTULO 32 - Caulins da Amazônia
Corp. Eternit e Kwakay como substituição da crisotila; a empresa Eternit, na Bélgica, desen-
volveu fibras sintéticas inorgânicas como alternativa para usos industriais de amianto crisoti- Página 781 - Descrição da geologia, da mineração e da mineralogia de caulins dos rios Jari e
Capim e de argilas para Cerâmica da Amazônia encontram-se no excelente artigo de Pandol-
la em materiais de construção civil, inclusive isolantes térmicos (Promat, 1985).
fo (1979) e também no artigo de Souza Santos e Souza Santos (1968), além das referências ci-
Página 763 - Szrpentinas :- Argilominerais do grupo cias serpentinas continuam a ser estuda- tadas na 1!1 Edição. Publicações em que os caulins dos rios Jari e Capim são mencionados são
dos quanto à estrutura cristalina (Hall e Bailey, 1976; Wicks, 1977). As transformações ~ér­ as seguintes: Carvalho (1976); Anônimo (1976); Anônimo (1977); Salles (1978); Paiva
micas de crisotila e de antigorita foram estudadas por métodos óptico-eletrônicos por Souza (1979); Santos (1981).
Santos e Yada (1979: 1983). A geologia, a mineração e as propriedades para revestimento de papel do caulim do rio Jari
Argilas Niquelíferas :- As argilas niqueliferas foram objeto de estudos intensivos entre 1970 e foram descritas e discutidas nas publicações de Eisenlohr (1975; 1977; 1980); Haas (1975);
1980. O cátion Ni1• pode substituir Mg• facilmente na estrutura cristalina dos argilominerais Anônimo (1976); Halward; Sanchez e Oliveira (1977; 1978; 1979); Moeri, Hennies e Coura
do grupo das serpentinas bem como nos argilominerais 2:1 (esmectitas; talcos; cl9ritas; mi- (1987); Almeida (1987); nessas publicações são encontrados dados de ensaios de laboratório
cas; vermiculitas e paligorsquita/sepiolita). Clinocrisotila contendo 51,0% de NiO e 0,5% de do caulim "Amazon 88" e onde pode ser observada a faixa de variação das propriedades para
MgO recebe o nome mineralógico de Pecoraita (Faust et ai, 1969). Talco contendo 34,55 de recobrimento de papel. Estudos por microscopia eletrônica de transmissão e de varredura
NiO e 7,09% de MgO recebe o nome de Willemseita. Kühnel, Roorda e Steensma (1978) des- dos caulins dos rios Jari e Capim acham-se·nas publicações de Kiyohara (1984; 1987) e de
crevem uma sepiolita da Indonésia contendo 2,28% de niquei. Brindley descreve (1978; Campos e Souza Santos (1986). O c'aú:lim "Amazon 8~" está sendo comercializado no Brasil
1980) crisotila e lizardita contendo 4,4% e 5,5% de NiO dos e Conseo Moros do Niquei pela empresa CADAM-Caulim da Amazônia e distribuído internacionalmente pela Euro-
Minas-glass. As cloritas niqueliferas de Jacupiranga, São Paulo (Felicíssimo, 1969) clay, a qual possui uma coleção de folhas de dados técnicos sobre esse caulim (Euroclay,
assemelham-se à Schuchardetita, clorita com 19 a 20% de MgO e 3 a 7% de NiO (Brindley e 1975).
Souza, 1975a). As esmectitas niqueliferas de Niquelândia, Goiás, contém niquei em parte na O caulim do rio Capim foi objeto de artigo de Krebs e Arantes (1973); o Projeto Caulim, da
folha octaédrica e, em parte, como cátion intercalado trocável (Brindley e Souza, J975a). As empresa Caulim do Pará, uma "joint venture" entre Construtora Mendes Júnior e a J.M. Hu-
cloritas de cordonrada de Morro do Niquei, Minas Gerais, contém niquei na folha octaédrica ber Corporation), foi implantado em 1972, porém foi posteriormente desativado; em 1988
(Brindley e Souza, 1975b). houve uma grande movimentação em torno da reativação industrial desses caulins (Alcânta-
Brindley e colaboradores realizaram exaustivos.estudos s~bre argiloniinerais de diversas loca- raz, 1988).
lidades do mundo, inclusive das transformações térmicas dos argilominerais niqueliferós Artigo de Ian R. Wilson e P. Souza Santos sobre depósitos brasileiros de caulim está sendo
(1973a; b; c;, 1974: 1975a; b; c; 1977a; b; 1978a; h; 1979; 1980). completado (1989).
A classificação proposta (Brindley e Maksimovic, 1974) dos argilominerais niqueliferos e re-
produzido na página 765 da 1!1 Edição foi ligeiramente modificada (Brindley, 1978) e é a
seguinte:

Argilominerais 1:1:- crisotila (Mg) - percoraita (Ni)


lizardita - nepouita
bertierina - brndelyta
CAPÍTULO 33 - Xisto Pirobetuminoso: Utilização
das Cinzas de Xisto e do Xisto Retortado
Argilominerais 2:1:- talco - willemseita
kerolita - pimelita Página 785 -'BIBLIOGRAFIAS SOBRE XISTO OLEÍFERO E DERIVADOS:- Além da Bi-
clinocloro - nimita bliografia do Xisto já citada (1971), o Projeto Xistoquimica mantém ~tu_alizada em c~mpu~a­
sepiolita - falcondita dor uma bibliografia brasileira sobre xisto oleígeno e derivados. A Biblioteca do Projeto X1s-
toquimic<;i publicou a Bibliofrafia de Xistos Oleigenos brasileiros, cobrindo artigos publicados
entre 1942e1987 (BPX, 1988); essa bibliografia contém as referências dos artigos sobre xisto
Além dos estudos supra, as argilas niqueliferas brasileiras foram também estudadas por Mel- retortado por autores brasileiros. Este capitulo cuida apenas de utilização e/ou reciclagem de
fi e colaboradores (1974); 1988; 1983); Trescoses e Oliveira (1978; 1979); Esson e Santos xistos ret9rtados brasileiros, especialmente do Processo Petrosix.
(1978); Conceição e Halt (1977); Câmara (1980); Anônimo (1986); Souza, Souza Santos e·
Souza Santos (1978); Lages (1975); Andrade e Botelho (1974); Goni e Amon-Chokroum pu- SIMPÓSIO SOBRE XISTO:- Em 1971, foi realizado em Curitiba, PR, o Simpósio sobre
blicaram os trabalhos de um colóquio sobre a mineralogia de lateritos niqueliferos (1978). O Ciência e Tecnologia do Xisto (Costa Neto, 1971), no qual é descrito o Processo Petrosix usan-
U.S., Bureau of Mines publicou revisão sobre o metal niquei no mundo (Matheus, 1974) do o xisto oligeno da Formação Irati, em São Mateus do Sul, PR (Varisco, 1971). O Projeto
Haloisita cronifera foi descrita por Maksimovic (1973); argilominerais 2: 1 de Campo Formo- Xistoquimica do Instituto de Quimica da UFRJ organizou, em 1971 e em 1976, reuniões ge-
so, Bahia, associados ao depósito de cronita foram descritos por Besnus (1976). rais nas quais foram apresentados os resultados das pesquisas sobre xisto e derivados (Costa
Em 1989, o Brasil já é auto-suficiente como produtor e consumidor de amianto crisotila pro- Neto, 1976), além das reuniões anuais na Academia Brasileira de Ciências. Em 1981, a
veniente da mina de Uruaçú, no agora chamado Município de Mineraçú no Estado de Goiás; ACIESP -Academia.de Ciências do Estado de São Paulo - organizou simpósio sobre apro-
a produção e a exportação de amianto crisotila brasileiro é feita pela SAMA - Sociedade Bra - veitamento do'xisto; os trabalhos foram publicados em Anais, que constituem a Publicação
sileira de Mineração de Amianto, com sede em São Paulo, SP; existe também, com sede em n? 29 da ACIEP (Watanabe, 1981). A Secretaria do Estado da Indústria Comércio, Ciência e
São Paulo, a ABRA - Associação Brasileira do Amianto, a qual vem apoiando materialmente Tecnologia do Estado de São Paulo criou um grupo de trabalho do "Pró-Xisto"; esse grupo
o desenvolvimento da produção, beneficiamento e utilizações industriais dos amiantos brasi- elaborou um relatório final em janeiro de 1982, com excelentes conclusões e sugestões para
leiros, bem como tendo participação ativa nas reuniões internacionais sobre os empregos in- pesquisa sobre os xistos brasileiros; infelizmente não foram implementadas até o p~esente.
dustriais de amiantos. Três excelentes publicações (Costa Neto, 1978; Suszczynski, 1981: Moreira, 1981) discutem
1070 Ciência e Tecnologia de Argilas Apêndice IV 1071
a utilização dos xisto~ oleigenos no Brasil; um sumario mais recente foi feito or e outros ligantes (Zakon, 1989); (h) de vidro e vitro-cerâmica (Fonseca, 1989); uma súmula
Almeida (1989). p
dos vários artigos, sumarizando os aspectos e resultados mais importantes desses estudos, es-
XISTO OLEÍGENO DO VALE DO RIO PARAÍBA, SP:- Os depósitos do vaie do rio Par '-
baforam revistos em publicações da Cia. Energética de São Paulo (CESP, 1974) e por
li~k, (1976); a Petrobr~s desi~teressou-se em explorar esse xisto. A CIRB - Compania Indu~­
s: 1
_
tá sendo publicado pelo boletim Técnico da Petrobrás (Fonseca et ai, 1989).
Outras propriedades de interesse cientifico e tecnológico do xisto do Irati acham-se nos arti-
gos de Costa Netoet ai (1977; a; b; 1978) e Ferran (1975); em julho de 1989, os jornais noti~ia­
taal de Rochas Betummosas mteressou-se, em 1969, em explorar tanto o xisto como a argila ram que a Petrobrás iria desativar a usina de São Mateus do Sul; mais tarde parece ter havido
verde de recobrimento ou intercalada entre as camadas de xisto (Campos, 1948; 1951; 1953) um retrocesso nessa decisão.
na F~zenda Mombaça, e~ Pindamonhangaba (Almeida, !969); entretanto, a empresa foi OUTRAS PUBLICAÇÕES SOBRE XISTO RETORTADO (Spent Oil Shale; Oil Shale
desativada alguns anos mais tarde. Havendo produção de xisto retortado a 550°C pela CIRB Ash):- Além do texto de Prien (1972) é interessante citar: Earnest (1977); Burwell (1974);
somente em escala de laboratório, os estudos de sua utilização foram apenas exploratórios e Mehta (1980); Ish-Shalom (1980); Anônimo (1981) e Parker (1976).
constam de relatório confidencial do IPT à CIRB (Souza Santos, estudos não publicados)· as- COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA DE XISTOS:- Estudos sobre as composições mineraló-
sim, as publicações existentes referem-se apenas às "argilas verdes" que se encontram no vaie do gicas e químicas de xistos e do querogênio encontram-se em artigos de Glass (1956); Bates
rio Paraíba capeando e intercalando-se entre as camadas de xisto; mineralogicamente essa (1977; 1960); Moort (1972); Cole (1974); Potter (1980); Oberlin (1971; 1974; 1975); Durand
argila é constituída essencialmente por ilita e esmectita, com camadas mistas interestratifica- (1972; 1973); Tissot (1974; 1975) e Huizinga (1987).
das, além de pequeno teor de caulinita e um teor variável de matéria-orgânica (Paiva Neto e ARGILOMINERAIS E A GÊNESE DO PETRÓLEO:- É geralmente aceito que xistos olei-
Nascimento, 1956); algumas amostras as esmectitas apresentavam reflexão basal a 17Á _ genos são a mais importante rocha para gerar petróleo na Natureza; os argilominerais que
19Á , que é devida a substâncias orgânicas já intercaladas na Natureza entre as camadas 2: 1 ocorrem nos xistos agem como catalisadores para gerar hidrocarbonetos a partir dos lipideos
(Souza Santos, estudos não publicados.) existentes na matéria orgânica insolúvel (querogênio) existente nesses sedimentos. Estudos
E~sas argilas verdes são excelentes agentes descorantes naturais (terra fuler) para óleos vege- em escala de laboratório contendo ampla bibliografia sobre a produção de hidrocarbonetos a
tais (Souza Santos et ai, 1969: 1963; 1975); são comercializadas por empresas situadas nova- partir de ácidos graxos estão nos artigos de Johnset ai (1972: 1975; 1979; 1981; 1985); Wea-
le do rio Paraíba (Taubaté). Essas argilas verdes, por conterem argilominerais 2: 1 e não esta- ver (1960) e Hower (1976).
rem na forma sódica naturalmente, podem ser ativadas por HCl ou H2 S04 ; os produtos obti- O efeito catalitico de esmectitas brasileiras na conversão de óleos vegetais em hidrocarbone-
dos são bons descorantes de óleos vegetais, como os óleos de soja e de milho (S_ouza Santos, tos de líquidos foi estudada por Weyne (1986; 1987).
estudos não publicados). O uso dessas argilas como ligantes para areia de moldagem para
fundição foi proposto por Brosch (1953). Os teores de elementos fundentes e de ferro tornam
essas argilas verdes facilmente piroexpansiveis a 1200°C; o agregado leve com casca obtido
por piroexpansão é de boa qualidade; essas argilas· verdes constituem a segunda opção no Es- CAPÍTULO 30 - BIBLIOGRAFIA ADICIONAL
tado de São Paulo para a produção de agregado leve de argila piroexpandida para concreto
estrutural; possuem as vantagens de conterem um elevado teor de material carbonoso com- WALKER, G.F. - Vermiculites - Capítulo 6 em Soil Components, J.E. Gieseking; Vol. 2, p. 155,
bustível, útil também para a piroexpansão por já estar intimamente ligado (intercalado) aos Springger, Berlin, 1975.
argilominerais 2:1, bem como por estarem no eixo rodoviário São Paulo-Rio (Souza Santos, HOFMANN, U.: WEISS, A. e KOCH, G. - lntracrystalline swelling, cation and anion exchange in
estudos não publicados). Estudos dessas argilas verdes como matérias-primas para fabrica- minerais of the montmorillonite and kaolinite groups - Clays and Clay Minerais 3, 312 (1956).
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de Padula (1968), de Varisco (1971) e de Moreira (1981) trazem extensas bibliografias refe- Am. Miner. 35; 1329 (1961).
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784 ~ 785 deste livro (Prien, 1972), foi organizado um programa de estudos sobre a utilização COWLING, K.W. e White, J. - Vermiculite: its properties and uses - lnternational Congress of
do xisto retortado do Processo Petrosix entre o grupo de Química Industrial do DEQ-EPUSP Ceramics, pg. 331, Firenze, 1954.
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se projeto sarram e estão em andamento diversas dissertações, teses e publicações sobre a (1954).
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bem como sobre diferentes aplicações industriais; as publicações versam sobre: (a) composi- 650, p. 1263; Washington, 1970.
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tos ~e Cerâmi~a V~rmel~a (Co~ta N~toet ai, 1981; Fonseca, 1981); (c) Agregado leve de argi- 667, p. 1, Washington, 1975.
la p1roexpand1da, mclus1ve usma-p1l?to para produção desse agregado (Aquino Neto et ai, HAINES, S.K. - Vermiculite-Mineral Commodity Profiles MCP-T9, U.S. Bureau of Mines; Was-
1979; Costa Netoet ai, 1981; 1984; K1yoharaet ai, 1982); (d) extração em meio ácido dos ele- hington, 1978. .
mentos componentes do xisto retortado (Fonseca, 1983; Fonsecaet ai, 1984; 1985); (e) como MEISINGER, A.C. (a) - Vermiculite-Mineral Facts and Problems, U.S: Bureau of Minés Bulletin
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1072
Ciência e Tecnologia de Argilas 1073
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1082 Ciência e Tecnologia de Argilas Índice Remissivo 1083

- composição em argilominerais, 46 - descoramento de óleos e gorduras, 335


- composição para limpeza e de polimento, - diagênese de, 86
771 - difórmico, 47
- cor após queima, 179, 183, 189 - dimensões de particulas de, 117
- dados para projeto, 172 - distâncias interplanares, 52
- de Jundiai, 172, 445, 462 - efeitos de defloculantes cru, 111
- definição, 408.02 - efeitos de eliminação de água em, 100
- disposição de rejeito radioativo, 771 - efeitos de ions na plasticidade de, 112
- do Missouri, 408.31 - efeitos de ions na superficie, 100
- especiais, 185 - ensaios de, 164
ÍNDICE REMISSIVO DOS VOLUMES 1, 2 E 3 - fertilizantes, 124, 267, 781 - estrutura cristalina de, 51, 46, 60, 207, 233
- indice de plasticidade industrial, 408.4, - fases em alta temperatura, 1034
15, 17 - geis organofilicos, 763, 787
- industriais, 126 - hidrotermais, 74
acetato de amônio, 231 - interação entre particulas, 106 - influência sobre proriedades, 11
- usos industriais, 1066
ácido úmico, 231 aminas, 760, 801 - Keuper-Marl (marga), 717 - intercalações complexas, 814
agentes de emulsificação, 771 - Iama de perfuração, 611, 759 - lama de perfuração, 616
amostragem de argilas, 152
agentes de suspensão, 771 - Iamas terapêuticas, 782 - nomenclatura, 46, 51
análise (difração) de raios-X, 264, 408.25
agentes estabilizantes, 771 análise, - limite de liquidês, 225 - origem (veja origem de argilomineral), 74
agentes plastificantes, 771 - limite de plasticidade, 225 - origem hidrotermal, 74
agentes reforçadores, 527, 731 - granulométrica, 165 - material "amorfo", 408.28 -phem, 94
agentes tixotrópicos, 611 - quimica, 210, 231 - medicina, farmacêutico, cosméticos, 782 - plasticidade de, 110
agregação, 108 - racional, 210 - método de fragmentação, 133 - POZOLÂNICOS, 426
análise do teor de, - mineração-massas especifica aparente,
~gregado leve, argila para, 149, 445, 462 - reação com compostos orgânicos, 787, 792
agua, 379, 414 - ferro, cuidados com, 212 195, 170 - recuperação secundária de petróleo, 762
- adsorvida, 380 análise quimica, 214, 408.24 - minério de aluminio, 341, 408.25 - refino de petróleo, 771
- coordenada, 97, 101 análise racional, 218, 408.25 - movediças, 762 - reversibilidade de cátions adsorvidos, 214
- de cristalização, 97 análise térmica diferencial, 278, 408.25 - para concreto, 179 - sorção seletiva, 771
- de hidratação, 96 análise termogravimétrica, 278, 408.26 - para moagem, 177 - tensõe sde ruptura de, 120
- de plasticidade,. 157, 393 anatásio, 138 - pelicula "alsifilm", 771 - tixotropia em, 119, 592, 758
- efeito de ions na estrutura, 101 anisometria de partículas, - pesticidas, 796 - trioctaédricos, 45
- eliminação de, 99, 100 - Atterberg, limite de, 109 - pintura e tintas, 537, 733 - viscosidade de, 114, 757, 760
- em argilominerais, 99, 100 - definição, 108 - plástica para cerâmica branca, 471, 722 atapulgita (paligorsquita), 797
- intercalada, 231 - e viscosidade, 116, 757 - plásticos, 537, 732 átomos, estrutura, 29
- rigida, 99, 102 - grau de, 115, 758 - pozolanas, 426 ball-clay, 95
- sistema HzO +argila, 99, 105 anisotropia, 120 - privada p11ra animal doméstico, 797 - ácidos úmicos, 106
- zeolitica, 100, 231, 427 antigorita, 408.6 - produção de catalisadores, 809, 819 - características, 113, 139
água, de têmpera, 400 antigorita, 460 - recuperação secundária de petróleo, 762 - coloide protetor, 95
alofano, 175 - refratária, 507, 726 - definição, 20, 139
alteração de forma, 192 - transformações topotáticas com - sabões, 730 - e adsorção lateral, 108
temperatura, 1028 - sais solúveis, 90 - e argilas transportadas, 154
alteração hidrotérmica de rochas, 75
- causas, 75 antofilita (amianto), 65, 732 sementes revestidas, 1058 - usos, 113, 139
- ciclos, 86 área especifica de argilas e argilominerais, 5, - textura, 11 bauxito, 773, 408.28
408.10, 38 - tinta, 537, 733 bentona, 760, 771
- intemperismo, 75
- mecanismos, 75 areia de moldagem, 631, 735 - usos não-tecnológicos, 408.4 - ab-adsorventes, 771
alterações das cinzas vulcânicas 592 argila argila ativada por ácido, 676 - areia de moldagem para fundição, 611, 765
alumina-alfa, 341 ' - absorção de água em, 195, 197, 199 argila de Jundiai, 172 · - argentinas, 766
amesita, 732 - ácida ativada, 650, 767, 769 - ardósias, 149 - ativadas, 771
amianto, 66 - adsorção de água ~e inchamento, 744 - para concreto, 179 - ativas, 767
amiantos, - agregado leve, 445, 462 Argilominerais, 45, 56 - beneficiamento, 169
- Brasil, 745 - água de plasticidade, 268 - água adsorvida em, 101, 168 - bentonita branca, 747, 767
- cara.cterização, 1066 - alimento, 783 - água de plasticidade, 111 - bentonita colorida de Boa Vista, PB, 756
- cimento-amianto, 745 - altamente aluminosa, 408.31 - área especiica, 723 - brasileiras, 621, 747, 761, 762
- classificação, 732 - ardósias, 149 - cátalise, 809, 819 - clarificação de caldo de cana-de-açúcar,
- crisotila, 742 - atividade, 767 - cerâmica, 471, 722 659, 771
- definição (amianto e fibra), 1064 - borracha, 527 - classificações, 45 - C.T.C. usadas em fundição, 765
- emprego controlado, 1046 - coeficientes de difusão de, 116 - consolidação quimica de solos, 762, 764
- branqueamento (clarificação) de óleos 771 - contendo potássio, 68
- fibra e fibrila, 1065 - catálise, 809, 819 ' - dados do Brasil, 147
- serpentinas, 1068 - CTC de, 231 - definição moderna, 742
- cimentos, 415, 416, 717
- serpentinas niqueliferas, 1068 - da amazônia, 179 - defloculação, 118
- clarificação de água, 771
- substitutos, 1067 - de camadas mistas, 70 - de Wyoming, 27, 102
- clarificação de vinho, cerveja e cidra, 771 - descoberta de petróleo, 779 - ensaio pádua, 756
1084 Ciência e Tecnologia de Argilas Índice Remissivo 1085
- especificação API e Petrobrás, 758, 760 - capacidade de troca de, 93, 231
- estabilização de folhelhos, 760, 761, 764 - especial de Piedade, SP, 1021 - fabricação de ácido sulfúrico, 717
- classificação, 180, 190
- e viscosidade, 111, 119 - complexos, 97, 101, 170
- esquemas de cristal defloculapo, 108 - filitos cerâmicos, 480, 706, no, 722, 723
- fabricação de bentonita-na e indústria - esquemas de tipos de agregação, 109 - fillers, 687, 728, 780, 783
- cores (dicionário de Munsell), 179 - estrutura cristalina, 58, 62
química, 745, 746 - efeito na plasticidade, 111 - fluidos de perfuração: classificação, 758
- fluido de perfuração, 611, 763, 759, 764 - fases em alta temperatura, 1020 - gênese do petróleo, 1071
- facilidade de troca, 94 - formação, 78
- fundição: inchamento de Poster, 766 - fixação, 763 - "grossalmerode ton", 727
- grau de tixotropia, 758 - intercalação, 810 - inertes (fillers), 687, 728, 780, 782
- hidratação, 93 - metacaulinita (transformação em), 1021
- inchamento de Poster, 744 - hidratados, 93, 101 - intercalação, 819
- influência da secagem prévia na troca, 751 - mulita (transformação em), 1020 - lápis, 782
- influência na floculação, 100 - papel, 548, 562
755 - ions de coordenação de, 97 - louça (gres) sanitária, 482, 706
- microscopia eletrônica de peliculas, 765 - minerais do grupo, 47, 557 - materiais conjugados, 729
- na queima, 179 - revestimento com moléculas orgânicas, 792
- organofilica, 760, 763, 801, 803 - poder de orientação estrutural, 101 - materiais fundentes, 480, 706
- otimização de propriedades, 747, 753 - tipos de clivagem, 59 - meio ambiente, 1043
- tamanho, 32 - transformações topotáticas com
- pelotização de minérios de ferro, 639 catodoluminescência, 983 - métodos óptico-eletrônicos, 982
- pilarizada, 810 temperatura, 1028 - microanálise por raios-X no me, 989
caulim, 132 - utilização industrial, 136, 138
- polímeros na estabilização, 764 - alvura, 740 - microscópio eletrônico analitico, 1008
- temperatura máxima de secagem, 748, 552, - variação em cristalinidade, 557 - microscopio eletrónico de varredura (mev),
- Amazônia, 776, 1069 cerâmica
553 - amido para papel, 738 982
- transformações em sódicas, 592, 743 - avançada, 408.38, 39 - microssilica, 718
- área especifica por corantes, 723 - definição, 140, 141
- tratadas cpm sais de potássio, 763 - azulejos, 492, 720, 721, 723 - negro-de-fumo, 730
- troca com sais de sódio, 748 - vermelha ou estrutural, 408.37, 41 - niquelifera, 1068
- beneficiamento, 169 cerâmica branca, 471, 722, 723, 725
- uso para impermeabilização, 761 - borrachas, 527, 731 - organofilicas, 763, 787
- usos em engenharia civil, 761 - absorção, 787 - perlita, 720
- branqueamento de, 136, 170 - adsorção, 787
- usos industriais, 771 - calcinado como pozolana, 719 - pigmentos, 728
- viscosidade plástica, 757 - agalmatolito, 705 - pilarização, 810
- calcinado para opacificação do papel, 741 - agregado leve, 439, 461, 719, 720
- volume do filtrado, 758 - características na queima, 181 - pilarizada, 768
bentonita, 28, 61, 84, 95, 143, 771 - alimentos, 783 - ponteada, 1034
- carbonato de cálcio em papel, 738 - alteração de lixiviados, 1044
- adsorção de água e inchamento de Poster, - cerâmica branca, 471, 720, 721, 723 - pozolana de Nápoles, 718
408.16, 744 - alumínio, 717 - reação química (definição), 745
- "china-clay", 132 - área especifica, 767
- alimento, 783 - como argila residual, 155 - reatividade, 767
- areia de moldagem, 631, 765 - argamassa refratária plástica, 514 - reciclagem de rejeitos sólidos, 1044
- cone pirométrico, 140 - ativação, 767
- beidelita, 60 - cornwall, uk, 737 - refratários silicoaluminosos, 507, 727
- clarificação de água, 771 - atividade de um sólido, 769 - revestimento com argilas, 1043
- delaminação, 739, 741 - azulejos, 492, 720
- clarificação de vinho, cidra e cerveja, 771 - enchimento, 737 - revestimento com argilas sintéticas, 1044
- descoloramento de óleos, 771 - "bali clays", 476, 720, 721, 722, 723 - sólido ativo: sólido ativado, 767
- estensor (extender), 734 --,. batavita, 1058
- graxas, 760, 771 - estrutura de caulinita em, 60 - solos, estabilização, 762
- impedância (vedação) à água, 761 - bomba vulcânica, 727 - terra fuller, 769, 770
- feldspato em, 181 - cargas, 717
- lama de perfuração, 611, 763 - fibras cerâmicas, 726 - tonsil, 769
- medicina, farmacêutico e cosméticos, 782, - cargas (fillers), 687, 728, 780, 782, 783 - topotaxia, 1020
- Georgia, USA, 742 - cargas anti-chàmas, 780
408.16 - hidrociclones, 740 - transformação com temperatura, 1034
- pelotização de minérios, 639 - carga ativa, 769 - troca de cátions (efeito da temperatura),
- intercalação, 814 - carga inativa, 769
blocos cerâmicos, 408.40 596
- louça (grês) sanitária, 482, 720, 721, 723, - catalisador (definição), 807
borracha, argilas usadas, 527, 731 725 - troca de cátions como reação química, 745
- especificações de caulins, 527, 731 - catalisadores, 809, 819 - "wonderstone", 796
- organofilico, 731, 792, 793, 795 - chamota, 512, 726
boemita, 341 - papel, 546, 737 - xisto oleígeno, 784, 1069
branqueamento de caulim, 136, 170 - cimento portland, 410, 717 - xisto retortado, 784, 1069
- preparação de, 165 - cinza de palha de arroz, 718
Brasil, 621, 747, 761, 762, 147 - plásticos, 537, 732 - xisto retortado; usos, 784, 1068, 1070, 1071
brucita, 742 - cinzas volantes, 718 - zeólitas sintéticas, 650, 779
- produção - Brasil, 725 - compósitos ou materiais conjugados, 729
- estrutura cristalina, 62 chamosita, 732
- revestimento, 737 - concretos refratários, 515
- folha de, 64 ciência dos materiais, definição, 408.39
- Rio Capim, 778, 1069 - diatomito, 666, 773 cimento
camada iônica, 56 - Rio Jari, 738, 776, 1069
- camada de Stern, 104 - diatomito no Brasil, 779 - agregado leve, 445, 442
- usos não-cerâmicos, 193, 730 - disposição de rejeitos sólidos, 1044
- camada dupla, 103, 108 caulinita, 18, 342 - portland, argilas usadas, 410, 416
- camada iônica difusa, 98 - economia de energia na indústria cerâmica, - pozolanas, propriedades do argilomineral,
- adsorção de corantes, 723, 724 727 426, 719
capacidade de troca de cátions, 210, 408.25 - área especifica, 723
características cerâmicos, 194, 199 - enchimentos, 787, 737 cimento e aditivos para concreto, 718
- classificação, 557 - epitaxia, 1020
- das argilas-padrão, 194, 199 cinzas vulcânicas, 742
- complexos orgânicos, 792 - espectroscopia de perda de elétrons (eels), clarificação de água, 771
- decomposição de rochas, 80 - complexos, intercalações, 814
caracterização: definição, 408.3 1002 clarificação de cerveja, 771
- compostos com substâncias orgânicas, 792 - estabilização de solos, 762 clarificação de vinhos, cidra e cerveja, 771
catalisadores, argilas para, 157, 809, 819 - dimensões de placas, 117
cátions - expansíveis (heaving clays), 761, 762 clivagem, 317
- distância interplanar e basal, 52 - extensores (extenders), 687 - basal e ion Na+, 111
1086 Ciência e Tecnologia de Argilas indice Remissivo 1087

- e substituição isomórfica, 67 - dos argilominerais, 86 - como argilas transportadas, 154 - jazimento, 140
- em argila + água, 102 endelita (haloisita), 557 - definições, 148 imogolita, 112 0

- lamelar em folhelho, 149 energia de ligação, 36, 37 - ilita em, 181 indianaita (haloisita-lOA), 557
cobertura de sementes, 1058 ensaio de coloração, 723 fases de transformação térmica de: indústrias quimicas, 79
coloide ensaios - amianto crisótila, 1025 íons (veja cátions), 86
- definição, 5 - certificados, modêlo, 204 - antigorita, 1028 - aniônico, 101
- esferocoloide, 114 - completos, 193 - caulinita, 1021 - "counter-ions", 103
- liofilico, liofóbico (hidrofilico: hidrofóbico: - de queima e classificação, 155 - caulinta atípica de Piedade, 285, 1021 - determinações do potencial, 103
organofilico: organofóbico), 102 - especificações para, 176 - haloisita, 1021 - estabilidade, 103
- protetor, 105 - marcha analitica, 176, 177 - pirofilita, 1039 lama de lubrificação de brocas, 611
- representação, 98 - preliminares de argilas, 174 - talco, 1029 lama de perfuração
- soluções e emulsões, 97, 98 - quimicas, 155 forsterita e enstatita, formação a partir de: - argilas para, 157, 764
complexos organofilicos e argilominerais, - tecnológicos, 164, 165 - antigorita, 1028 - e bentonitas, 145, 611
760, 787, 801, 810 epitaxia, 1020 - crisotila, 1025 - propriedades, 146, 233, 764
constante dielétrica, 96 esmectitas, 592 - talco, 1029 laterito, 719
- cálcio - areias de moldagem para fundição, 631 géis limite de Atterberg
- efeito em argilominerais, 112 - clarificação de caldo de cana-de-açúcar, 659 - definições, 109 - de Atteberg, 178
cordierita, 784 - compostos esmectitas + substâncias - e tixotropia, 109, 143 - liquidez, 111
córidon, 341 orgânicas, 787, 792 gibsita, 408.6 - plasticidade, 110
corrente induzida do feixe (ebic), 983 - ensaio com azul de metileno, 765 - em caulinita 67 lizardita, 742
corpos de prova, 178 - fluidos de perfuração, 611 - estrutura cristalina, 62 manilha de esgoto, 394
corrensita, 1058 - intercalação, 810 grês cerâmico, 182 matéria orgânica, 476
couro de montanha (paligorsquita), 799 - octaédricas, 56 grês rosso, cottoforte, maiolica, 408.40 material
crisotila, 742 - pelotização de minérios de ferro, 639 haloisita, 557 - refratário, 185
cistais, 208 - pilarizadas (ponteadas), 810 - acelerador de pega de cimento Portland, - sanitário, 182
- classificação, 43 - ponteadas, 810 718 metahaloisita (haloisita - 7l\), 557
- definições, 29 - tetraédricas, 56 - caulim chinês original, 740 mica, 45, 56
- propriedades, 42 - transformação em sódica, 592 - classificação, 557 microanálise por raios-XA, 989
- solubilidade, 97 espuma do mar, 799 - complexos orgânicos, 792 microdifração de elétrons por feixe convergente
cronstedtita, 732 estrutura cristalina - compostos com substâncias orgânicas, 792 (CBED), 1006
dados de difração de raios-X, 264 - classificação, 41 - definição, 58, 78 microscopia eletrônica, 303
defloculação, 63 - Einstein, equação-de, 114 - dimensões, 117 microscopia eletrônica análitica (MEA), 1008
- agentes peptizantes, 107, 118, 119, 170 - esferocoloides e coloides anisodiamétricos, - estrutura unitária, 61 microscopia eletrônica de transmissão (MET),
- curvas de, 118 114 - fases em alta temperatura, 1021 303, 982
- de argilominerais, 45, 52 - expansão basal, 143 - interações entre partículas, 106 microscopia eletrônica de varredura (MEV), 982
- de barbotinas, 118 - expansão de queima, 191, 192 - intercalação, 814 microscopia eletrônica de varredura por
- definição, 100 fabricação de alumínio, 354, 717 - intercalação complexa, 814 transmissão (STEM), 986, 1006
- distancia basal fases em altas temperaturas de: - micrografia eletrônica, 107 mineral: definição, 408.1
- eletroforese, 103, 104 - antigorita, 1028 - papel, 548, 738 minério de alumínio (bauxita), 719, 773
- eletronegatividade, 36, 37 - caulinita, piedade 1020 - plasticidade, il3 - argila, 341
- escala de dimensões, 4 - crisotila, 1025 - porcelana francesa, 721 - bauxita, 719
- exemplo de NaOH, 100 - haloisita, 1021 - transformação topotáticas com - processo baier, 360
- exemplos de AGBR + KBR, 103 - pirofilita, 1034 temperatura, 1021 montmorilonita, 45; 742
descoramento de óleos, 768 - talco, 1029 Helmoltz, equação de, 103 - distância interplanar, 52
- argila ativada por ácidos, 652, 767 fertilizantes, 781 hidratação esmectita, 66
- coloides e emulsões, 97 fixação de cátions, 751 - de cátions, 101 - formação de, 79
- definições dos tipos de argilas, 92 filossilicatos, definição, 50 - definição, 95, 96 - intercalação, 814
- delaminação, 138 fixação de potássio, 8, 10 hidratação de íons, 95 - minerais do grupo, 47
- diatomitos, 148, 666, 773 floculação hidroxônio - momento dipolar, 96
- difração de raios-X, 190 - ação da cal, 105 - como cátion-trocável, 68 - pilarização, 810
- difração eletrônica, 146 - e defloculação, 108 - definição, 101 - ponteação, 810
- difusão, coeficiente de, 115, 116 - em cerâmica branca, 181 Hoffmann e Haack, cálculo de, 210 - produção, 146, 148
- dilatância, 120 - filitos, 180, 181 ilita - propriedades, 66, 146
- ditindalismo, 120 - fundentes, 180 - características e propriedades, 69 - transformações térmicas, 287
- propriedades distintas dos agilominerais, 6 - ions floculantes, 103 - covalente, 35 mulita, formação a partir de:
- viscosidade de, 113 - irreversibilidade, 168 - de hidrogênio, 40 - caulinita, 1020
desestabilização de solo, 761, 762 fluidos de perfuração rotativa, 611, 759, 764 - de Van der Waals, 40 - haloisita, 1021
detetores de raios-x, 160, 993 - conceitos, 592, 743 - degradada, 94 - pirofilita, 1039
dimensões, 42 - função, 758 - energia de, 36 Munsell, dicionário de cores, 192
de corpos de prova, 178, 190 - óleo-lama base, 760 - homopolar, 35 número de coordenação, 33
- de particulas, 92, 111, 117 - propriedades, 611 - identificação de argilominerais, 51 paligorsquita (e sepiolita)
- escalas, 4 folhelhos, 148, 154 - iônica, 30 - argilominerais do grupo, 48
1088
Ciêncià e Tecnologia de Argilas Índice Remissivo 1089
- em tettas Fuller, 148 - propriedaaes coligativas, 97
- esquema de distância interplanar, 52 - cerâmica, 784 troca de ânions, 210
- tintas, 735, 801 - controlador do piche em papel, 739 troca de cátions, 210
papel, 546, 737 - usos industriais, 797
pedra sabão (saponito), 82, 784 - 'cosméticos, 788 tufo vulcânico, 80
- veículos para tintas, 801 - defensivos agrícolas, 789 xistos betuminoso, 784, 1069
película alsifilme, 771 queima
peneira molecular (ze61itas), 408.6 - farmacêutico, 793 - bibliografia, 1069
- alteração de forma, 192 - industrial, 792 - São Mateus, 1070, 1071
peninita, 45 - antes e depois da, 183
peptização (defloculação), 92 - meio ambiente, 791 - simp6sios, 1069
- atmosfera de, 185, 190 - papel, 787 - Vale do Paraíba, 1070
permutitas (ze61itas), 408.6 - características cerâmicas ap6s, 194
pesticidas (biocidas), 789 - plásticos, 787 Van der Waals, ligação de, 40
- cores na, 179 - tintas, 786 vermiculita, 718, 1058
petr6leo (pesquisa e processamento), 611 - patamar de, 183
- descoloração de 6leos, 767 transformações topotáticas com - argilominerais do grupo, 47
- temperaturas de, 183 temperatura, 1029 - batavita, 1058
-fluidos de perfuração, 611, 759 "quickclays" (argilas movediças), 762
pinturas e tintas - usos industriais, 784, 790 - Brasil, 720
raio iônko, 30 - vedantes, 789 - cerâmica e construção civil, 1059
- propriedades da atapulgita (paligorsquita), raios-X, 242
735, 801 técnicas agregado-orientado, 251 - crua, 1059
- procedimento analítico, 252 - difração de raios-X, 264 - definição, 1058
pirofilita
- tratamento com glicol, 264 telhas, 393 - definição e propriedades, 70
- Brasil, 797
reações compostos orgânicos polares- temperatura de fusão, 214 - delaminação em água, 1062
- carga, 699
argilominerais, 763, 787 tensões de ruptura, 120, 212, 195 - esfoliada (expandida), 1059
- cerâmica, 795
reciclagem de 6leos, 767 - ap6s queima de argilas, 196 - inchamento em água, 1061, 1064
- defensivos agrícolas, 796 rectorita, 1050
- transformações topotáticas com terra Fuller, 143, 149, 230, 797 - intercalação, 810
refratariedade, 179 terracota, 408.40 - piroexpansão, 1059, 1060
temperatura, 1034 refratários, 507, 726, 727
- usos industriais, 784, 794 tintas (pintura, gráficas ou impressão), 537, 733 - semelhança com esmectita, 1058
- alta alumina, 727 titânio, 82 - usos industriais, 718
- Wonderstone, 796 - argila de funição, 631, 765
plásticos, argilas usadas em, 537, 732 - em caulinita, 546 vinhos, clarificação, 767
- plásticos, 514 tixotropia, 109, 119, 120 viscosidade, 757
- propriedades do caulim, 537, 733
reservas e recursos minerais, definição, 408.18 topotaxia, 1020 vitrificação, 393
- revestimento com moléculas orgânicas reticulado cristalino: uso incorreto, 408. 4
(CA), 737 transformações térmicas topotáticas de volconscoita, 46
retirada da tinta de papel de jornal, 771 argilominerais, 1020 ze6litas, 408.6
p6, definição, 408.38
revestimento com moléculas orgânicas (CA), 760
Poisson, distribuição de, 104 saponito, 784
polarização sepiolita, 70
- dos ions, 34 serecita, 79, 181, 211
- e solubilidade, 96 serpentina, 732
- polarização sílica, 38, 39
ponte de hidrogênio, 40 silicatos, 38, 39
porcelana, 471, 720 Simha, equação de, 116
potássio sol
- fixação no solo, 94 - aquoso, 108
- poder floculante, 100
- com partículas anisométricas, 114
potencial zeta - tixotr6pico, 143
- critico, 104 solos lateríticos, 408.34
- definição, 103
- fabricação de tijolos, 408.41
- e defloculação, 108, 119 solubilidade
- e floculação, 108, 119 - de cristais, 96
pozolana, 423, 426, 719 - e constante dielétrica, 97
previsão de usos de argilas, 175 solvatação (hidratação), 95
propriedades no acerto porcelana-esmalte, 720 - camada de, 105
pseudoleucita, 480, 706, 720 Stern, camada difusa de, 104
sistemas coloidais, 233 stevensita, 45
- ab-adsorventes, 799 substituição isom6rfica
- armazenagem de gases, 800 - e capacidade de troca de cátions, 231
- Brasil, 802 - em argilominerais, 67
- especificações API e Petrobrás, 758, 760, superqueima, 170
764 taguá, 108, 149, 181, 230
-fertilizantes, 781 taipa, 18
- fluidos de perfuração, 611, 801 talco, 67, 784, 790
- paligorsquita, 800 - agente separador em plásticos, 736
- papel, 739, 800 - borrachas, 789
- pesquisas em campo para caraterizar, 799 - Brasil, 792
- pigmentos, 801 - carga, 691
- pilarizadas, 810 - catálogos, 791
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