Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
"Vai se aproximando o dia do culto e o tecladista já está com medo de tocar na igreja.
Ele não sabe de onde vem esse medo, e atribui tal sentimento à sua personalidade (sou
assim por que sou tímido). Baixa as cifras na internet, imprime e tenta tocar, mas como
ele depende apenas das cifras, isso o deixa ainda mais apreensivo, pois não pode dar
nada errado no culto.
Chega na hora de tocar, como ele só toca com cifras, ele não tem um ouvido treinado, e
isso deixa ele mais limitado. Às vezes atravessa no tempo, às vezes os acordes não se
encaixam, frequentemente alguém do louvor olha pra ele com cara de reprovação,
porque alguma coisa está errada e nem ele sabe o que é. Tá tudo travado. Diante de
tantas possibilidades, ele só consegue fazer o que está escrito no papel.
Pra piorar, surgiu uma necessidade de mudar o tom de uma música. Aí, não lhe resta
outra alternativa que não seja tirar as mãos do instrumento, colocar no bolso e ficar ali,
diante da igreja toda."
Agora, compare com esta:
"Vai se aproximando o dia do culto e o tecladista está animado. Ele era inseguro no
teclado, mas percebeu que com estudos, com constância e comprometimento ele seria
capaz de ser um músico excelente. Ouve as músicas do repertório e já consegue sentir o
tempo e a forma dos acordes, progressões e outras características da música antes
mesmo de parar pra estudar. Utiliza-se das progressões para fazer um mapa mental da
música e se for muito "encrenca" ele cifra apenas para se guiar e preparar-se para um
ensaio produtivo.
Chegada a hora de tocar, nem precisa mais das cifras, pois, ele usou vários sentidos
disponíveis para decorar (visual, mecânico, auditivo, teórico). Tudo flui lindamente, e os
olhares dos companheiros são de alegria, pois estão louvando a Deus juntamente, com
excelência, sem acordes trombando. Surgiu um hino pra tocar de última hora? Tudo
bem… Qual o tom da música? Pergunta o músico, confiante, pois ele estudou técnica,
ouvido, criatividade e cifras de forma equilibrada, constante e consciente"
Então, o que vai fazer diferença na hora do
play?
Somente ensaiar a música? Não. É necessário
um preparo individual, progressivo e
constante. Estudar as técnicas necessárias
para destravar mãos, reflexo e percepção. E
vamos falar de algumas técnicas básicas para
você nesta aula:
POSTURA
Sentado. Mantenha sempre o braço alinhado com o chão. Isso quer dizer que você não pode
dobrar o pulso para tocar.
Em pé. Cuidado para não deixar o teclado muito baixo. Se você dobra demais o pulso, você pode
se machucar
Coluna reta. Não se "dobre" sobre o teclado. isso dificulta sua mobilidade, expressão e ainda pode
trazer problemas futuros
Distância correta. A tendência comum é de aproximar-se demais do teclado, e isso não é legal.
Mantenha uma distância adequada para atingir a primeira tecla do lado esquerdo com a mão
direita, e vice e versa.
Use peso ao invés de força. Existe diferença em APERTAR a tecla e SOLTAR o peso do braço. Se
você somente "deixar seu braço" cair em alguma superfície, você vai ver o quanto de energia
disponível para produzir som.
Independência dos dedos. Nem pense em mãos separadas se você ainda não consegue controlar
os comandos dos seus dedos
Independência das mãos. Sim, você vai precisar de fazer várias ideias simultâneas e ter controle
sobre tudo isso
Dedilhado e posição de mãos. Sim, é muito importante a padronização de dedilhados para cada
coisa que você tocar. Dedilhado correto para acordes, para escalas, para frases. Uma vez definido
o dedilhado, é importante que você mantenha sempre. Posição é basicamente, aproveitar para
fazer o máximo de coisas possíveis onde a mão para.
EXERCÍCIO DE TÉCNICA 1