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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E ARTES


DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
CURSO DE JORNALISMO

JORNALISMO CULTURAL
PAUTAS DO SEMESTRE LETIVO 2023-2
Interstício 2023-2 a 2024-1
Docente: Yuji Gushiken
Discentes: 3º semestre de Jornalismo
Disciplina: Jornalismo Cultural (carga horária 32 horas, exige prática)
Última atualização: 27 de dezembro de 2023
E-mail institucional da disciplina: jornalismocultural.ufmt@gmail.com

Conceitos, noções, categorias, vocabulários:


Pesquisa sobre cultura e produção de pauta em jornalismo cultural

Método de estudos e produção em Jornalismo Cultural


■ Pesquisa bibliográfica e de fontes documentais (ver documento anexo)
■ Seminário de produção de pauta: Estudo dos conceitos que atravessam as pautas
(pesquisar e fazer exposição oral do grupo de pesquisa sobre os conceitos, categorias,
noções, termos, vocabulários desta lista). Conforme necessidades do semestre letivo, o
seminário poderá ser realizado ao longo da produção das pautas.
■ Palestra com pessoal dos distintos campos culturais e artísticos (presença dos
discentes da turma toda nas palestras sobre os temas de pauta)
■ Roda de conversa/plateia-foyer/bate-papo/entrevista coletiva (para a disciplina, o
termo mais adequado) logo após a palestra (atividade a ser realizada necessariamente

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pelo grupo de trabalho responsável pela pauta e, de modo mais amplo, pela turma em
geral)
■ Redação de textos jornalísticos (gêneros a escolher – ensaio, notícia – junto ao
docente da disciplina, mas cabendo aos discentes exercitar autonomia intelectual na
prática dos gêneros jornalísticos, segundo as características e interesses de cada um na
profissão de jornalismo.
■ Entrevista com a/o palestrante a ser realizada por todos os membros de cada grupo
(trabalho de aplicação teórica; agendar data e horário para realização de entrevista com
o/a palestrante sobre o tema abordado). Prazo: até duas semanas após a realização da
palestra.
■ Gravação, decupagem, transcrição, redação e edição da entrevista em Word
(realização de trabalho técnico em que serão considerados o desempenho na formulação
de perguntas e a rigorosa edição do texto final).

Conceitos, categorias, termos, vocabulários correntes nos diversos


campos culturais e relacionados às pautas do semestre letivo

PAUTA 01
K-Pop
Emilly Rafaelly M. Rocha
Stephane Lima Gomes
Yasmin Yegros
Pedro Augusto de Assis

- Participação de Quise Gonçalves Brito, publicitária, produtora cultural, doutora em


Estudos de Cultura Contemporânea pela UFMT, fã de k-pop.
- Argumento de tese de doutorado de Quise Brito: O k-pop é mais que um gênero musical,
é um método de produção econômica na Coréia do Sul. O que é e como funciona este
“método” ou conjunto de métodos (musicais, coreográficos, administrativos,
audiovisuais, identitários)? Este é foco da tese, logo, o foco da palestra e, na sequência,
da compreensão jornalística sobre o argumento de tese.
- K-pop: a ocidentalização da Coréia do Sul ou atualização oriental da cultura pop?
Por que o k-pop vai além do conceito de “boy band” de décadas anteriores?
- K-pop: o hip hop mundializado e a força da cultura negra pelo mundo?
- Cópia e legitimidade na cultura do capitalismo.
- As identidades culturais móveis: o próprio do mundo contemporâneo?
- Seul: escolas de k-pop, tão disputadas e tão caras quanto as melhores universidades do
país?

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- Seul: candidata a metrópole global (foco de irradiação de informações em design,
tecnologia e, agora, cultura pop)?
- Coréia do Sul: pobreza e riqueza no país asiático e a cultura pop com recurso econômico.

Para compreender o que é:


- K-Pop
- Hip hop
- Army: o que é
- Idol Group: o que é
- Début (o termo em francês, o que significa no universo do k-pop?)
- Coréia do Sul: o estado nacional após domínio do império japonês
- Cultura pop x cultura popular: relações, proximidades, equivalências?
- Cultura internacional popular (Renato Ortiz)
- Música pop (toda cultura popular é pop?)
- Gênero musical (o que é)
- Globalização (o que é)
- Mundialização da cultura (Renato Ortiz)
- Cultura como recurso (George Yúdice)
- Paisagens e fluxos globais (ethnoscapes, technoscapes, financescapes, ideoscapes,
mediascapes) (Arjun Appadurai)
- Comunidade transnacional de consumidores (Néstor Garcia Canclini)
- O que significa um vídeo de k-pop com quase 50 milhões de visualizações?
- Cibercultura: midiatização pela internet e a crise da comunicação de massa
(notadamente da TV aberta)?
- Por que o k-pop não depende de visibilidade na televisão, ao menos no Brasil?
- Prossumo
- Entretenimento

Pauta em jornalismo cultural/k-pop (orientações gerais, flexíveis)


- Compreender o conceito de k-pop
- Conhecer o k-pop como fenômeno cultural e comunicacional
- Interpretar o k-pop através da tese de Quise Brito (o k-pop como método de produção
econômica)
- Relacionar o conceito de k-pop com outros conceitos mais genéricos (indústria
cultural, indústria do entretenimento, cultura brasileira, cultura internacional popular
etc.)
- O argumento de pauta: Se o k-pop é um conjunto de métodos (um “metamétodo”, que
se citam e se atravessam uns aos outros) de produção (audiovisual, coreográfico,
administrativa etc.), indo além do conceito da categoria de gênero musical, como
explicar/compreender sua necessidade como elemento estruturante da economia sul-
coreana e como esta “onda” se espalha pelo mundo através da internet e como é
recebido/consumido no Brasil?
Texto 01: Notícia sobre a palestra de Quise Brito (2 a 3 páginas, em espaço 1,5).
Texto 02: Ensaio/Resenha (2 a 3 páginas, em espaço 1,5) sobre o argumento da tese da
palestrante (tese disponível em documento da disciplina no AVA)
Texto 03: Ensaio (2 a 3 páginas, em espaço 1,5) sobre o fenômeno do k-pop no Brasil,
na percepção/interpretação do próprio estudante/redator (2 a 3 páginas, em espaço 1,5)
Texto 04: Entrevista coletiva exclusiva com pelo menos duas questões (identificadas
pelo nome completo) de cada membro do grupo com a palestrante, ou seja, todos os
membros do grupo de trabalho devem participar.

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Ex.:
Nome completo do aluno – Questão feita ao entrevistado.
Nome completo do entrevistado – Resposta transcrita e editada

Obs.: optativo ao grupo fazer todos os textos e a entrevista coletivamente.

PAUTA 02
Pintura corporal indígena e moda indígena
Anna Clara Cardoso Furtado
Maria Eduarda Alcântara
Juliana Alves dos Santos
Felipe Alves dos Santos
Aline Silveira Borges

- Isabel Taukane: brasileira, indígena, mestiça, doutora em Estudos de Cultura


Contemporânea, ativista do movimento indígena em MT
- Grafismos indígenas: recuperação através de entrevistas
- Performance: pintura corporal com performance
- Corpo: corpo como tela e suporte de arte?
- Povo Kurâ-Bakairi: memórias de um povo
- Etnia: conceito e o que significa pertencer à etnia Kurâ-Bakairi
- Karib (família linguística)
- Clã, mito, cosmologia, espiritualidade (não é o mesmo que religião?): o que
significam?
- Karl Von den Steinen: quem foi e sua relevância como fonte para a pesquisa da
palestrante?
- Terra Indígena (o que é)
- Aldeia
- Território e territorialidade: qual a relação entre estes conceitos e cultura para os Kurâ-
Bakairi?
- Questão indígena no Brasil
- Resistência cultural
- Ancestralidade: o que significa?
- Cosmologia: o que significa?

- A moda indígena na experiência Kurâ-Bakairi


- Os grafismos ancestrais como base de um pensamento visual
- Moda indígena: a busca por subsistência na aldeia
- Resistências contra o modelo econômico vigente em Mato Grosso
- Semiótica da cultura: saberes indígenas sobre corantes e fiação/tecelagem
- Modos de inserção da juventude indígena na cosmologia ancestral
- Tradição como modo de ser, o tempo da aldeia como estilo (e não como atraso),
modos de resistir à modernização

Pauta em jornalismo cultural (orientações gerais, flexíveis)


- Conhecer o conceito de pintura corporal indígena
- Ler a tese de doutorado de Isabel Taukane (disponível no documento da disciplina no
AVA)
- Compreender a pintura corporal como elemento constituinte da cultura do povo Kurâ-
Bakairi
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- Apreender os sentidos da visualidade praticada nos grafismos da pintura corporal
indígena
- Interpretar a relação entre pintura corporal indígena e outras questões: o movimento
indígena, a resistência cultural indígena na modernização brasileira.
Texto 01: Notícia sobre a palestra de Isabel Taukane (2 a três páginas, em espaço 1,5).
Texto 02: Ensaio/resenha sobre o argumento de tese de Isabel Taukane, com base na
leitura da tese, disponível em documento da disciplina no AVA (2 a 3 páginas, em
espaço 1,5).
Texto 03: Ensaio sobre a experiência de moda indígena na aldeia, com base no relatório
de Isabel Taukane e na palestra (2 a 3 páginas, em espaço 1,5)
Texto 4: Texto sobre a etnia Kurâ-Bakairi (história, localização, tronco linguístico,
problemas socioeconômicos e dados gerais que permitam ao leitor compreender os
sentidos da pintura corporal e da moda indígena como recursos culturais daquele povo.
(2 a 3 páginas, em espaço 1,5).
Texto 05: Entrevista coletiva exclusiva com pelo menos duas questões (identificadas
pelo nome completo) de cada membro do grupo com a palestrante, ou seja, todos os
membros do grupo de trabalho devem participar.
Ex.:
Nome completo do aluno – Questão feita ao entrevistado.
Nome completo do entrevistado – Resposta transcrita e editada

Obs.: optativo ao grupo fazer todos os textos e a entrevista coletivamente.

PAUTA 03
Livro infantil: Cabelo Ruim?
Ingrid Alvarenga Camolesi
Thaís Rolim de Moura
Maria Eduarda Belchior de Souza
Natália de Andrade Rodrigues

- Neusa Batista: jornalista, escritora, mestre em Estudos de Cultura Contemporânea pela


UFMT, ativista do movimento negro em MT
- Questão negra no Brasil: por acaso, nestas semanas, o IBGE divulga que mais da
metade da população brasileira se declara negra e parda.
- Negritude: Como questão desde a segunda metade do século XX, de modo mais
intenso, com os Panteras Negras, nos EUA, e o Movimento Negro, no Brasil?
- Educação antirracista: como e em que medida o livro colabora na produção de um
novo imaginário sobre a visualidade do cabelo afro.
- Relações étnicas: mediadas pela literatura infantil e produzidas por uma jornalista
negra
- Representações étnicas: autoconsciência e autorrepresentação
- Corpo: assim como para os indígenas (palestra de Isabel Taukane), o corpo como
questão representacional para a população negra (o cabelo, a moda, a visualidade)
- Crespo: o que significa?
- Cabelo Afro: as singularidades visuais relacionadas à etnicidade.
- Feminismo negro: e a literatura infantil produzida por uma mulher negra e ativista
- Literatura infantil: modos de representação étnica e os impactos na imaginação do
público infantil.
- A ilustração na literatura infantil: modos de se expressar, além da linguagem verbal
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- As três personagens do livro: o que dizem, o que representam
- Editoração em Cuiabá: dificuldades e possibilidades.

Pauta em jornalismo cultural (orientações gerais, flexíveis)


- Compreender o conceito de negritude e, portanto, a questão geral que argumenta a
favor da pauta sobre o livro infantil
- Ler o livro infantil “Cabelo Ruim?”, de Neusa Baptista Pinto
- Interpretar a obra em suas condições de produção, circulação e consumo
- A produção: Quem é Neusa Baptista Pinto, por que uma mulher negra escreve um
livro sobre cabelo afro?
- A circulação: Editoração de livros em Cuiabá?
- O consumo: A quem se destina a obra? Crianças até 12 anos, aproximadamente?
Notadamente, embora não apenas, garotas negras?
- Outras questões a serem produzidas pelo grupo de trabalho.

Texto 01: Notícia sobre a palestra (duas a três páginas, em espaço 1,5).
Texto 02: Ensaio sobre o livro (duas a três páginas, em espaço 1,5).
Texto 03: Ensaio sobre as ilustrações do livro (entrevista por videoconferência com a
ilustradora).
Texto 04: Entrevista coletiva exclusiva com pelo menos duas questões (identificadas
pelo nome completo) de cada membro do grupo com a palestrante, ou seja, todos os
membros do grupo de trabalho devem participar.
Ex.:
Nome completo do aluno – Questão feita ao entrevistado.
Nome completo do entrevistado – Resposta transcrita e editada

Obs.: optativo ao grupo fazer todos os textos e a entrevista coletivamente.

PAUTA 04
Videodança: Pas de deux à deriva (Comadança)
Evelyn Victória
Vitor Gabriel Figueiredo
Andrey R. B. Leite
Gabiru dos Reis Silva
Kayo Henrique Rodrigues Neves
Lorenza Vieira Neves dos Santos

- Comadança: Alguns anos de produção coreográfica em MT


- Clodoaldo Arruda: bailarino, coreógrafo, produtor cultural, diretor de vídeo
- Jean Pablo: ator, diretor teatral, produtor cultural, diretor de vídeo
- Dança clássica, dança moderna, dança contemporânea: nuances e transformações nos
modos de se conceber dança nas artes cênicas
- “Pas de deux à deriva”: A dança como artes cênicas em diálogo com a produção
audiovisual.
- Afinal, trata-se de uma obra de dança ou vídeo? Dança pensada para o vídeo?
- Hibridação das artes? Dança e vídeo: videodança? Dança contemporânea?
- O que significa o contemporâneo? Um passado que não passa e um futuro que ainda
não chegou? Um entretempo? Um gerúndio? Um “sendo”? Algo em trânsito?
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- Videodança: um trânsito das artes cênicas ao audiovisual? Ou vice-versa?
- Um videodança pensado no/para o Centro Histórico da cidade: a cidade que dança
- Uma bailarina de 50 anos e um bailarino de vinte e poucos: que corpo se tem para se
fazer dança e, mais especificamente, videodança?
- Corpo: pensar uma dança para “o corpo que eu tenho”, e não um corpo idealizado
(Clodoaldo Arruda)
- Pas de deux (o que é na dança clássica)
- “Pas de deux à deriva”: releituras do pas de deux da dança clássica na dança
contemporânea (mutações no pensamento coreográfico contemporâneo)
- Comadança: como é possível haver dança e companhia de dança em Cuiabá?
- Videodança: não é dança filmada, mas um modo de fazer artes cênicas?
- Fotografia: como é operacionalizada no videodança
- Dança contemporânea: intertextualidade com outras artes
- Produção audiovisual: A quem compete pensar e fazer vídeo? Ao pessoal graduado em
- Cinema e Audiovisual? Ou não necessariamente?
- Coreografia: a dança pensada, a dança como projeto
- Movimento e gesto: o que são
- Artes híbridas: conceito
- Coreografia: o que é
- Cidade: a sociedade contra a cidade
- Centro Histórico de Cuiabá: imaginário da cidade

Pauta em jornalismo cultural (orientações gerais, flexíveis)


- Compreender o conceito e a prática artística chamada de videodança
- Assistir uma obra de videodança (Pas de deux à deriva, do Comadança)
- Analisar a poética da obra (as leis desta obra)
- Quais são as “leis” de uma obra de videodança?
- A lei do audiovisual em Pas de deux à deriv (a fotografia, movimento de câmera,
disponibilidade em plataformas digitais?)?
- Versões dos diretores: o que eles mostram como dança, o que eles consideram que seja
dança, especificamente videodança
Texto 1: Notícia sobre a palestra do(s) diretor(es) de Pas de deux à deriva (duas a três
páginas, em espaço 1,5).
Texto 2: Texto (ensaio) sobre a obra, propriamente (duas a três páginas, em espaço 1,5).
Texto 3: Breve história da companhia. Linha do tempo do Comadança (as obras e o ano
de cada obra; duas a três páginas em espaço 1,5).
Texto 4: O imaginário do Centro Histórico da cidade que serve como cenário e ao
mesmo tempo condição material da obra Pas de dex à deriva. (duas a três páginas, em
espaço 1,5)
Texto 4: Entrevista coletiva exclusiva com os diretores de coreografia e de vídeo, com
pelo menos duas questões (identificadas pelo nome completo) de cada membro do
grupo com o(s) palestrante(s), ou seja, todos os membros do grupo de trabalho devem
participar.
Ex.:
Nome completo do aluno – Questão feita ao entrevistado.
Nome completo do entrevistado – Resposta transcrita e editada

Obs.: optativo aos alunos a produção de todos os textos coletivamente

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