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DIVISÃO INVESTIMENTO

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

EQUIPAMENTO DE ALTA TENSÃO


DISJUNTORES

ET-EQAT-DJ001
Revisão: H

Junho 2012
ET-EQAT-DJ001
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
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DISJUNTORES Junho 2012

EQUIPAMENTO DE ALTA TENSÃO

DISJUNTORES DE 400 kV, 220 kV, 150 kV e 60 kV

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

INDICE

1. ÂMBITO ...................................................................................................... 3
2. NORMAS APLICÁVEIS ...................................................................................... 3
3. CARACTERÍSTICAS DAS REDES ........................................................................... 4
4. CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE SERVIÇO .................................................................. 4
5. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ...................................................................... 5
5.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS ............................................................................ 5
5.2 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ......................................................................... 7
5.3 SISTEMA DE COMANDO ................................................................................ 9
5.4 CARACTERISTICAS DE MONTAGEM, MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO ........................... 13
5.5 PLACAS SINALÉCTICAS ............................................................................... 13
6. ENSAIOS ................................................................................................... 14
6.1 ENSAIOS DE TIPO ..................................................................................... 14
6.2 ENSAIOS DE ROTINA (INDIVIDUAIS) ................................................................. 14
6.3 MONTAGEM E ENSAIOS NO LOCAL................................................................... 15
7. SERVIÇO APÓS-VENDA................................................................................... 15
8. DOCUMENTAÇÃO ......................................................................................... 15
8.1 DOCUMENTAÇÃO A ENTREGAR COM A PROPOSTA ................................................ 15
8.2 DOCUMENTAÇÃO A ENTREGAR APÓS A ADJUDICAÇÃO ........................................... 16

ANEXOS

I - LISTA DE CÓDIGOS REN

II - QUESTIONÁRIO TÉCNICO

III - ESQUEMAS DE PRINCIPIO DOS COMANDOS ELÉCTRICOS

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EQUIPAMENTO DE ALTA TENSÃO

DISJUNTORES DE 400 kV, 220 kV, 150 kV e 60 kV

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

1. ÂMBITO

A presente Especificação Técnica (ET) aplica-se ao fornecimento de Disjuntores, destinados a


instalações da Rede Nacional de Transporte (RNT).

2. NORMAS APLICÁVEIS

Os Disjuntores objecto desta especificação deverão ser desenhados, fabricados e ensaiados de


acordo com as Normas que adiante se indicam e que não colidam com as disposições indicadas na
presente especificação, as quais se sobrepõem.

As Normas devem ser sempre entendidas com todos os anexos na sua última versão e vigentes à
data da adjudicação.

CEI 60060 Técnicas de ensaio de alta tensão


CEI 60071 Coordenação de isolamento
CEI 60233 Ensaios de compartimentos isolantes destinados a aparelhagem eléctrica
CEI 62271-1 Cláusulas comuns - normas de aparelhagem de alta tensão
CEI 62271-2 Qualificação sísmica -tensão igual os superior a 72,5 kV
CEI 62271-100 Disjuntores de alta tensão - corrente alternada
CEI 62271-101 Ensaios sintéticos de disjuntores de corrente alternada de alta tensão
CEI 62271-303 Utilização e manuseamento de SF6
Ensaios de Endurance elétrica de disjuntores de tensão nominal superior ou
CEI 62271-310
igual a 72,5 kV
CEI 60358 Condensadores de acoplamento e divisores capacitivos
CEI 60376 Especificação e receção de SF6 novo
Ensaios sob poluição artificial de isoladores de alta tensão utilizados em redes
CEI 60507
de corrente alternada
CEI 60529 Graus de protecção oferecidos pelos invólucros (código IP)
CEI 60815 Guia de selecção de isoladores sob poluição
CEI 60947 Aparelhagem de baixa tensão - Regras gerais

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3. CARACTERÍSTICAS DAS REDES

Os Disjuntores aqui especificados destinam-se a ser instalados nas Redes de AT e MAT com as
seguintes características básicas:

Tensão nominal 400 kV 220 kV 150 kV 63 kV


Tensão máxima 420 kV 245 kV 170 kV 72,5 kV
Frequência nominal 50 Hz 50 Hz 50 Hz 50 Hz
Número de fases 3 3 3 3
Regime de neutro À terra À terra À terra À terra (1)
Constante de tempo da rede 45 ms 45 ms 45 ms 45 ms
Factor de defeito à terra ≤1,4 ≤1,4 ≤1,4 ≤1,4

Toda a rede tem o seu ponto neutro ligado directamente à terra. No entanto dado que os vários
pontos neutros poderão ser ligados à terra de maneira diferente, não deverá haver nenhuma
restrição ao modo de ligação dentro dos limites de isolamento especificados no Questionário
Técnico.

4. CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE SERVIÇO

As condições ambientais a que os Disjuntores estarão expostos são as seguintes:

Altitude de montagem < 1 000 m


Tipo de instalação Exterior
Temperatura máxima + 40 ºC
Temperatura mínima  25 ºC
Temperatura média diária + 30 ºC
Gelo (espessura) 10 mm
Humidade relativa máxima 100 %
Lavagem em tensão sim
Vento (velocidade / pressão) 34 ms-1 / 700 pa
Resistência sísmica – aceleração horizontal 5 ms-2 (0,5 g)
Resistência sísmica – aceleração vertical 3,67 ms-2 (2/3 x 0,5 g)

A qualificação sísmica é relevante, sendo os níveis de severidade sísmica pretendidos, os


classificados como AF5, para uma gama de frequência de 1 a 35 Hz.

(1) - No caso de painéis de Baterias de Condensadores, o Neutro das baterias é isolado.

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5. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

5.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS

Os Disjuntores são para montagem fixa (400, 220, 150 e 63 kV) ou extraível (63 kV), de
hexafluoreto de enxofre (SF6) como meio de extinção e accionamento por mola(s).

Deve ser indicado pelo fabricante a percentagem máxima de fugas de SF6 admissível por ano.
Requerido ≤ 0.5 %/ano.

As características mecânicas são definidas como classe M2 segundo a norma CEI 62271-100, isto é,
previstos para manobras frequentes e manutenção limitada.

No que respeita ao corte de correntes capacitivas requer-se a Classe C1:

 Classe C1, segundo a norma CEI 62271-100, isto é, de baixa probabilidade de


reacendimento no corte destas correntes, destinados a painéis de linha, transformador,
Interbarras e Bypass.

Quando solicitado, explicitamente, deverão ser Classe C2:

 Classe C2, segundo a norma CEI 62271-100, isto é, de muito baixa probabilidade de
reacendimento no corte destas correntes. Destinados a painéis de Bateria de
Condensadores

As caraterísticas da Função de Endurance Elétrica requeridas são Classe E1:

 Classe E1- Disjuntor cuja Endurance elétrica não se enquadra na categoria E2. Destinados a
Painéis de Linha, Transformador, Interbarras e Bypass.

Quando solicitado, explicitamente, deverão ser Classe E2:

 Classe E2 concebida de modo a que durante a sua vida útil do disjuntor, expectável, as
partes do circuito principal, em jogo, para o estabelecimento do fecho e abertura, não
necessite de qualquer manutenção e que as outras peças apenas necessitem de
manutenção mínima. Destinados a painéis de Reatâncias Shunt.

Relativamente ao corte de correntes de curto-circuito, de linhas em vazio e de pequenas


correntes indutivas, o fabricante deverá indicar claramente os critérios de manutenção
recomendados (número de manobras entre revisões de acordo com o tipo de serviço, situações
particulares, etc.).

Todos os elementos constituintes do Disjuntor que possam estar sujeitos à passagem da corrente
de curto-circuito deverão suportar os seus efeitos electromecânicos e térmicos durante 1 segundo
sem deterioração. Deverão ainda suportar, igualmente sem deterioração, os efeitos
electrodinâmicos produzidos pelo valor de crista da citada corrente de defeito.

Os Disjuntores deverão ser concebidos para efectuar religações rápidas mono-trifásicas (comando
pólo a pólo) ou trifásicas (comando tripolar), com ordens provenientes do Sistema de Comando e
Protecção exterior aos Disjuntores.

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Todos os elementos metálicos ferrosos do Disjuntor deverão ser devidamente protegidos contra a
corrosão durante um período mínimo equivalente à vida útil do equipamento, preferencialmente
através de galvanização por imersão a quente.

Os Disjuntores serão fornecidos completos - pólos, cabos e caminhos de cabo de interligação dos
pólos, estruturas metálicas de apoio para fixação por chumbadouros roscados a maciço de betão,
chumbadouros, porcas, anilhas e cérceas (por aparelho), para além dos armários de comando
e/ou accionamento.

As estruturas de apoio, os "chassis" dos pólos e os armários de comando e/ou accionamento serão
dotados de tomadas de terra. As estruturas de apoio e os chumbadouros deverão ser galvanizados
por imersão a quente unicamente na parte roscada. As três porcas e duas anilhas, para fixação à
estrutura, deverão ser em galvanizadas.

Não é permitido amarrar cabos directamente à estrutura do disjuntor, os cabos deverão ser
encaminhados através de esteiras aramadas em galvanizado ou aço inox. As identificações de
cabos e respectivas abraçadeiras deverão ser em aço inox.

Os terminais de Alta Tensão deverão ser do tipo placa, de liga compatível ao contacto com o
alumínio. Os terminais de ligação à terra deverão ser de liga compatível ao contacto com o cobre.

Os cabos de interligação entre armários de comando deverão vir cablados de fábrica com fichas
tipo “Harting”. Quando os cabos são instalados nas caleiras, parque AT, deverão possuir proteção
mecânica.

As ligações exteriores em baixa tensão serão realizadas através de uma régua de bornes de acordo
com o anexo II – Esquemas de princípio dos comandos eléctricos. Em função da sua aplicação a
secção útil do borne será conforme se passa a indicar:

As condições a seguir descritas aplicam-se apenas para tensões de 110 VDC e para potências
máximas das bobines de 330 W.

 Alimentações VDC*: 2,5 mm2

 Comando e Controlo: 10 mm2

 Disparos*: 4 mm2

 Ligação à terra: 6 mm2

*No caso das instalações, cuja tensão é de 48 VDC e em função da potência das bobines e do
comprimento dos cabos (a solicitar à REN) deverá ser proposto pelo fabricante os bornes a
instalar.

Os isoladores devem ser do tipo cerâmico exterior e obedecendo às normas atrás indicadas.

O transporte de SF6 está sujeito às prescrições do Regulamento Nacional do Transporte de


Mercadorias Perigosas (REP), sempre que se proceda ao transporte de quantidades inferiores a
1000 litros de gás, o REP obriga à existência de um documento de transporte (guia de transporte
da mercadoria), na qual deverão constar a designação da mercadoria, a quantidade total e o
número e descrição dos volumes e ainda, nessa guia, deverá constar a seguinte frase:

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“Transporte que não ultrapassa os limites de isenção prescritos No ponto 1.1.3.6 do REP”
Para o transporte de quantidades limitadas na acepção do Rep, Decreto-lei nº 41-A/2010, de 29
de Abril, deverão ser seguidas as normas específicas de transportes indicadas no ponto 3.4.4 do
referido documento.

Após efetuada a montagem do disjuntor, o fabricante deverá assegurar gás para o 1º enchimento
de SF6 das câmaras de corte.

As garrafas de SF6 devem ser recolhidas pelo Adjudicatário, após o enchimento do disjuntor.

O disjuntor deverá estar equipado com um pressostato por pólo, de modo a que seja controlada a
pressão do SF6 em cada pólo, com dois níveis de indicação de pressão: Alarme e Bloqueio.

Todas as partes metálicas que estejam ao potencial da terra, em serviço normal, deverão permitir
uma ligação fácil e segura à rede de terra da instalação.

O atravancamento dos disjuntores deverá garantir as seguintes distâncias entre pólos:

Tensão nominal 400 V 220 kV 150 kV


Distâncias entre pólos (fases) 5.75 m 4m 3m

Nota: Antes da execução dos cabos de interligação o fabricante deverá confirmar, com a REN, o comprimento
total dos cabos a fornecer.

5.2 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Os Disjuntores deverão cumprir os seguintes requisitos técnicos:

400 kV 220 kV 150 kV 60 kV


Tensão nominal 400 kV 220 kV 150 kV 63 kV

Tensão máxima de serviço 420 kV 245 kV 170 kV 72,5 kV

2000 A
Corrente nominal de serviço contínuo 3150 A 3150 A 3150 A
3150 A
Poder de corte nominal em curto-circuito (valor 40 kA 31,5 kA
50 kA 50 kA
eficaz da componente simétrica) 50 kA 40 kA

Características mecânicas M2 M2 M2 M2
C1 C1 C1 C1
Corte de correntes capacitivas
C2 C2 C2 C2
E1 E1 E1 E1
Função de Endurance Elétrica
E2 E2 E2 E2
Mono- Mono- Mono-
Religação Rápida Tripolar
Tripolar Tripolar Tripolar

Valor da componente contínua da corrente de  35 %  35 %  35 %  35 %


curto-circuito

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220 kV 150 kV 60 kV 400 kV


Poder de fecho nominal em curto-circuito (valor de
100 kA 100 kA 100 kA 80 kA
crista)
Poder de corte estipulado em discordância de fases 10 kA 10 kA 10 kA 8 kA
Duração admissível da corrente de curto-circuito 1s 1s 1s 1s
Poder de corte de linhas em vazio 400 A 125 A 63 A 10 A
Poder de corte de cabos em vazio 400 A 250 A 160 A 125 A
Poder de corte de bateria única de condensadores --- --- --- 500 A
Tensão de ensaio à onda de choque atmosférico
1425 kV 1050 kV 750 kV 325 kV
1,2/50 s, à terra (valor de crista) – Disj. fechado
Tensão de ensaio à onda de choque atmosférico 1425
--- --- ---
1,2/50 s, à terra (valor de crista) – Disj. aberto (+240) kV
Tensão de ensaio à onda de choque atmosférico
1425 kV 1050 kV 750 kV 325 kV
1,2/50 s, entre polos (valor de crista)
Tensão de ensaio à frequência industrial, à terra, 1
520 kV 460 kV 325 kV 140 kV
min - Disjuntor fechado
Tensão de ensaio à frequência industrial, à terra, 1
610 kV 460 kV 325 kV 140 kV
min - Disjuntor aberto (entrada-saída)
Tensão de ensaio à onda de manobra 250/2500 s,
1050 kV --- --- ---
à terra (valor de crista) - Disjuntor fechado
Tensão de ensaio à onda de manobra 250/2500 s, 900
--- --- ---
à terra (valor de crista) - Disjuntor aberto (+345) kV
Tensão de ensaio à onda de manobra 250/2500 s,
1575 kV --- --- ---
entre pólos (valor de crista)
Duração estipulada de corte  40 ms  40 ms  60 ms  60 ms
Duração estipulada de abertura  120 ms  120 ms  100 ms  100 ms
Duração estipulada de fecho  ms  ms  100 ms  ms
Máximo desfasamento entre pólos, no fecho 5 ms 5 ms 10 ms 10 ms
Máximo desfasamento entre pólos, na abertura 3 ms 3 ms 5 ms 5 ms
Máximo desfasamento entre câmaras do mesmo
2 ms --- --- ---
polo, no fecho
Máximo desfasamento entre câmaras do mesmo
1 ms --- --- ---
polo, na abertura
Factor de 1º polo 1,3 1,3 1,3 1,5
25 mm/kV 25 mm/kV 25 mm/kV 25 mm/kV
Linha de fuga específica mínima
31 mm/kV 31 mm/kV 31 mm/kV 31 mm/kV
230/400 230/400 230/400 230/400
Tensão de força motriz
Vca Vca Vca Vca
48 Vcc 48 Vcc 48 Vcc 48 Vcc
Tensão auxiliar de comando
110 Vcc 110 Vcc 110 Vcc 110 Vcc

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5.3 SISTEMA DE COMANDO

O esquema eléctrico de comando do Disjuntor deverá estar de acordo com a especificação do


ponto respectivo, para além de satisfazer as características definidas nos pontos seguintes.

5.3.1 Vias de Disparo

O número de vias de disparo, galvânica e mecanicamente independentes, dispondo de elementos


de bloqueio próprios e actuando sobre disparadores distintos é o seguinte:

Número de circuitos de abertura 2


Número de circuitos de fecho 1
Número de bobinas de abertura 2
Número de bobinas de fecho 1

5.3.2 Reserva de Energia e Sistema de Accionamento

O sistema de accionamento deverá possuir uma reserva de energia que permita efectuar o ciclo O-
CO (abertura - fecho - abertura), a partir da posição fechado e para a corrente nominal de curto-
circuito, devendo ainda ser capaz de cumprir os seguintes ciclos de operação:

 O - 0,3 seg - CO - 3 min - CO


 CO - 15 seg - CO
 O - 0,3 seg C (fase U) - O - 0,3 seg C (fase V) - O - 0,3 seg C (fase W) - O (tripolar) - 1
min - CO (tripolar)

Como atrás referido, a acumulação de energia para o accionamento dos Disjuntores será por meio
de um sistema de molas. A carga das molas será obtida automaticamente, em regime normal,
através de um motor eléctrico accionado por corrente alternada 230/400 V (50 Hz); em regime de
recurso a referida carga será obtida através do accionamento manual por manivela que, ao ser
inserida, bloqueará automaticamente a alimentação do motor de accionamento automático, por
encravamento eléctrico e permitindo recolher a informação de manivela inserida. Deverá ser
fornecida uma manivela para cada accionamento.

A carga das molas deverá poder ser feita independentemente da posição de aberto ou fechado do
Disjuntor. O tempo de carga total das molas em regime automático normal deverá ser inferior a
15 seg.

Junto do ponto de inserção da manivela de carga manual deverá existir uma placa em material
resistente à corrosão marcada de forma indelével com o sentido de rotação adequado e ainda um
dispositivo que indique claramente que a mola atingiu a carga máxima.

O motor eléctrico de carga automática das molas deverá funcionar para valores de tensão de
alimentação compreendidas entre - 30 % e + 15 % da tensão nominal. O circuito de alimentação do
motor deverá dispôr de um disjuntor magnetotérmico de protecção dotado de dois contactos de
sinalização de abertura (2 NC).

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5.3.3 Comando

O Sistema de Accionamento e o Comando que lhe está associado deverão garantir, no mínimo, os
seguintes requisitos de segurança:

 Qualquer ordem de abertura deverá ser cumprida imediatamente, mesmo que uma
ordem de fecho esteja presente.
 Deverá ser impedida uma nova manobra de fecho, após um ciclo CO, enquanto a ordem
de fecho primitiva se mantiver (anti-bombagem).
 Deverá verificar-se uma abertura automática em caso de discordância de pólos (defeito
evolutivo), temporizada de modo a permitir a religação monofásica, no caso deste tipo
de religação for especificado, devendo o disjuntor ficar bloqueado até aceitação com
chave de quitação pelo operador.
 Deverá ser assegurado o bloqueio de qualquer manobra do Disjuntor em caso de falta
de pressão de SF6. Este bloqueio será eléctrico, através de um relé energizado com a
presença de tensão. Nestas condições, deverá ainda ser possível a opção entre a
abertura automática e a manutenção do disjuntor na posição de fechado.

 O arranque dos motores deve ser escalonado, com vigilância do tempo de


carregamento das molas. Em caso de alguma mola não carregar devidamente, o
disjuntor deve ficar bloqueado até aceitação com chave de quitação pelo operador.
E/ou em caso de bloqueio do disjuntor por falha de força motriz deve ser executado o
cancelamento automático a quando o retorno da força motriz.
 O accionamento das manobras de abertura e fecho deve ser protegido com condições
tanto pela polaridade positiva como pela negativa.
 Interface da polaridade de comando (C) com a polaridade de funcionamento do
disjuntor (D1/D2).

 A bobine de abertura 1, deve ser accionada pela polaridade D1.

 A bobine de abertura 2, deve ser accionada pela polaridade D2.

 As funções internas de funcionamento e vigilância do disjuntor devem ser accionadas


por ambas as polaridades (D1 ou D2). Em caso de falha de uma das polaridades é
assegurada a outra.

O sistema deverá conter contactos livres de potencial de reserva no mínimo 6 NA e 6 NF, da


posição do disjuntor.

O Disjuntor deverá ser dotado de resistências de vigilância das bobines de disparo de 10 kΩ, 5 W,
para a Tensão auxiliar de comando de 48 V e 20-22 kΩ, 5 W, para os 110 Vcc.

O disjuntor deverá prever três bornes para receber as várias ordens de fecho e abertura do
Sistema de Comando, Comando e Protecção.

O Sistema de Accionamento deverá permitir quer o comando eléctrico normal, local e à distância,
quer o Comando manual local de emergência.

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Entende-se comando manual local de emergência, a abertura ou fecho passíveis de serem levados
a cabo ao nível de cada pólo por um dispositivo próprio para esse fim, independentemente da
presença de tensões auxiliares.

Entende-se por comando eléctrico local aquele passível de ser levado a cabo a partir de duas
botoneiras, uma de fecho e uma de abertura, localizadas no armário de comando do Disjuntor.
Estes comandos serão tripolares e destinam-se essencialmente à realização de manobras locais
durante os trabalhos de manutenção. Estas botoneiras deverão estar protegidas por uma tampa,
ou outro dispositivo equivalente, que impeça o seu acesso directo, de modo a evitar qualquer
manobra involuntária.

Entende-se por comando eléctrico à distância aquele passível de ser levado a cabo pelo envio, a
partir de um qualquer ponto distante do Disjuntor, de uma polaridade. A abertura do Disjuntor
deverá ser assegurada pelo envio de qualquer uma de duas polaridades distintas e o fecho pelo
envio de uma única polaridade.

No interior do armário deverá existir um comutador selector "Local - 0 - Distância". Este


comutador deverá ser de chave e terá o seguinte modo de funcionamento:

 Com a chave na posição "Distância" os circuitos de comando serão transferidos para o


armário de comando remoto (casa de painel, edifício de comando, ou outro local) e
será inibido o comando local do Disjuntor.
 Com a chave na posição "Local" será inibido o comando remoto.
 Na posição de “Local”, o Disjuntor não deverá permitir os disparos dados pelas
protecções.
 Com a chave na posição "0" ficarão bloqueadas todas as ordens de comando eléctrico
(local ou distância).

5.3.4 Sinalização

Os Disjuntores deverão ser fornecidos com os relés e contactos auxiliares (livres de tensão)
necessários para sinalizar os seguintes acontecimentos:

 Disponibilização das sinalizações de OFO e FO permitido.


 Posição de aberto ou fechado, através de acionamento mecânico, (6 contactos NO + 6
contactos NF, de duplo corte e com In  10 A).
 Bloqueio de fecho.
 Bloqueio de fecho há mais de 3 minutos.
 Bloqueio de fecho por defeito de mola (mola frouxa, mola partida ou qualquer defeito
de mola).
 Informação da ordem de fecho do disjuntor, recolhida do contator que dá a ordem de
fecho à respetiva bobina.
 Bloqueio de abertura, com sinalização luminosa no armário de comando central.
 Alarme por falta de pressão de SF6 na câmara de corte.
 Bloqueio de manobra por falta de pressão de SF6 na câmara de corte.

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 Vigilância da força motriz temporizada ao tempo de arranque do grupo de socorro.


 Contadores do número de manobras: um por pólo nos Disjuntores com comando polo a
polo, ou um tripolar nos restantes Disjuntores.
 Contador do número de arranques dos motores de carga das molas.
 Defeito nos motores de carga das molas.

 Supervisão do tempo de funcionamento do motor.

 Defeito evolutivo.

 Disjuntor local/remoto.

 Falha de Aquecimento.

 Manivela inserida.

 Sinalização de Discrodância de pólos em função da tipologia:

 Disjuntor e meio - Sinalização: 2,5s

 MAT duplo Barramento – Sinalização 1,5 s

Cada pólo do Disjuntor será dotado de um indicador de posição clara e directamente visível do
solo, com o seguinte código:

 Aberto: O
 Fechado: I

5.3.5 Armários de Comando e/ou Accionamento

Os Armários de Comando e/ou de Accionamento serão fabricados em chapa de aço galvanizada


por imersão a quente, aço inoxidável, ou alumínio. Destinam-se a ser instalados no exterior em
ambiente exposto e deverão possuir um grau de protecção não inferior a IP 54. Deverão ainda
possuir nas portas juntas de estanqueidade em neopreno. As portas deverão ser dotadas de
alhetas com orifícios destinados à utilização de um cadeado.

Cada armário deverá ser provido de ventilação natural protegida com rede mosquiteira em aço
inoxidável, de um sistema de aquecimento anticondensação controlado por termóstato. A
resistência de aquecimento será do tipo hermético.

As entradas de cabos ou tubos serão feitas pela parte inferior e através de bucins em inox ou de
outros dispositivos estanques equivalentes.

Cada armário deverá ainda alojar no seu interior, os seguintes elementos:

 Iluminação accionada pela abertura da porta.

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 Tomada de energia estanque do tipo schuko de 16 A / 230 V.


 Circuito de aquecimento regulável por pólo.
 Manivela para accionamento manual.
 Bolsa porta-esquemas para formato A4.

Na bolsa porta-esquemas deverão constar, no mínimo, os seguintes elementos:

 Desenho de atravancamento
 Esquemas de comando
 Consumos das bobinas de accionamento
 Correntes de arranque e nominal dos motores de carga das molas

5.4 CARACTERISTICAS DE MONTAGEM, MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO

A escolha dos materiais e a construção dos aparelhos deverão permitir reduzir ao mínimo as
operações de conservação e manutenção. O fabricante deve fornecer instruções detalhadas de
conservação, de acordo com a publicação CEI 60694 em forma de guia/notícia de montagem e de
conservação em Português.

5.5 PLACAS SINALÉCTICAS

Cada Disjuntor deverá dispor de uma Placa Sinaléctica em aço inoxidável de características
insensíveis à intempérie e à corrosão, fixada através de rebites, parafusos ou outro meio de
durabilidade equivalente. Desta placa deverão constar os seguintes dados escritos em Português:

 Nome do Fabricante
 Tipo de aparelho e número de série
 Ano de Fabrico
 Contém gases fluorados (SF6) com efeito de estufa abrangidos pelo Protocolo de
Quioto
 Tensão nominal (kV)
 Frequência nominal (Hz)
 Nível de isolamento (kV) à frequência industrial (Hz), 1 minuto
 Nível de isolamento (kVcrista) à onda de choque atmosférica 1,2/50 s
 Nível de isolamento (kVcrista) à onda de manobra 250/2500 s
 Corrente nominal em serviço contínuo (A)
 Factor de 1º polo
 Poder de corte em curto-circuito (kA)
 Duração máxima admissível do curto-circuito (s)
 Componente contínua da corrente de curto-circuito (%)
 Poder de corte em discordância de fases (kA)

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 Poder de corte de linhas em vazio (A)


 Poder de corte de cabos em vazio (A)
 Poder de corte de bateria única de condensadores (A)
 Poder de corte de bateria múltipla de condensadores (A)
 Poder de fecho de bateria de condensadores (kA)
 Classificação do Disjuntor (CEI 62271-100) para o serviço (Mi/Ei/Ci)
 Peso de cada polo (kg)
 Peso o(s) armário(s) de comando e/ou accionamento (kg)
 Peso total do Disjuntor, completo com SF6 (kg)
 Massa da carga de SF6 por polo e total (kg)
 Pressão nominal de SF6 a 20 ºC (MPa ou bar)
 Linha de fuga total à terra (mm)
 Tensão de alimentação da força motriz (V, Hz) e tolerâncias (%)
 Tensão de comando (V, Hz) e tolerâncias (%)
 Tensão de alimentação do aquecimento (V, Hz)
 Esquema do comando (número e versão)

6. ENSAIOS

6.1 ENSAIOS DE TIPO

Os Ensaios de Tipo deverão ser realizados de acordo com a Norma CEI 62271-100 e serão da
responsabilidade do Fabricante do Disjuntor.

O Fabricante obriga-se a entregar uma cópia dos Certificados dos Ensaios de Tipo realizados por
um laboratório de reconhecida reputação. No caso do programa completo de ensaios normativos
não tiver sido realizado, a REN reserva o direito de exigir que o mesmo seja completado num
laboratório independente e na presença da REN ou de um seu representante, sendo os respectivos
custos suportados pelo Fabricante.

Em qualquer caso, a REN poderá exigir a repetição de qualquer dos Ensaios de Tipo num
laboratório independente, sendo neste caso os respectivos custos suportados pela REN que os
acordará com o Fabricante.

6.2 ENSAIOS DE ROTINA (INDIVIDUAIS)

Os Ensaios de Rotina, cujo custo deve estar incluído no preço do aparelho, deverão ser realizados
na fábrica sobre a totalidade dos aparelhos, reservando a REN o direito de assistir aos mesmos.

Os Ensaios serão realizados de acordo com a Norma CEI 62271-100. O fabricante enviará todos os
Relatórios dos ensaios, dos quais constará uma cópia dos registos obtidos.

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6.3 MONTAGEM E ENSAIOS NO LOCAL

Com a entrega do equipamento em obra, o fabricante efectuará o transporte e a montagem dos


aparelhos (incluindo estruturas metálicas), para o local a indicar pela REN, realizará o enchimento
das câmaras de corte com SF6 e todas as ligações e aos ensaios previstos na norma, antes da
entrada em serviço.

A montagem e alinhamento das estruturas metálicas nos respectivos maciços de apoio, a fixação
dos armários e assemblagem dos pólos do disjuntor é responsabilidade do adjudicatário.

Estes ensaios têm por finalidade a verificação de que o transporte, armazenagem e montagem não
introduziram avarias e que os aparelhos estão em perfeitas condições de funcionamento e que
mantêm todas as características iniciais. Os resultados destes ensaios serão registados no
respectivo Relatório.

Com a conclusão dos trabalhos o fabricante fará a recolha das botijas de gás de SF6 utilizadas no
processo de enchimento, assim como, assegurar a deposição dos resíduos, resultantes da
montagem, nos locais apropriados existentes em obra. Todos os meios serão da responsabilidade
do adjudicatário.

7. SERVIÇO APÓS-VENDA

O fornecedor do equipamento deverá indicar os meios disponíveis para prestar serviços de


assistência quer durante a montagem quer após o período de garantia, sendo requeridos no
mínimo os seguintes meios:

- Mobilização de um técnico/equipa qualificado, especializada para intervenções críticas, com


capacidade de intervenção no local em 48 horas. Todas as intervenções realizadas com SF6
(instalação, detecção de fugas, manutenção, assistência e recuperação) têm de ser realizados por
técnicos habilitados por organismos de avaliação/certificação.

- Em caso de ocorrência de defeito abrangido no âmbito da garantia, salienta-se que será da


responsabilidade do Adjudicatário proceder a todos os trabalhos de desmontagem (incluindo
ligações AT e/ou BT), embalamento, transporte, remontagem e ensaios do equipamento em
questão.

8. DOCUMENTAÇÃO

8.1 DOCUMENTAÇÃO A ENTREGAR COM A PROPOSTA

Sem prejuízo de qualquer outra documentação adicional, o fabricante deverá entregar a seguinte
informação com a proposta de fornecimento:

 Descrição do aparelho, incluindo as respectivas características eléctricas e mecânicas.

 Tipo e dimensões dos terminais de alta tensão e de terra.

 Plano de atravancamentos, pesos e esforços aplicados admissíveis.

 Questionário Técnico preenchido.

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Será motivo de exclusão o não preenchimento e entrega dos questionários técnicos anexos a esta
especificação.

O concorrente deverá entregar os questionários técnicos, à semelhança dos mapas de preços, em


formato digital.

8.2 DOCUMENTAÇÃO A ENTREGAR APÓS A ADJUDICAÇÃO

Um mês após a adjudicação, o fabricante deverá fornecer os seguintes elementos:

 Cópia dos Certificados dos Ensaios de Tipo (quando solicitados).

 Plano temporal de fornecimento por encomenda.

 Plano de montagem, em papel e em suporte informático (formato DWG, DXF, IGS ou


compatível).

 Esquemas eléctricos, em papel e em suporte informático (formato DWG, DXF, IGS ou


compatível).

 Plano de Inspecção e Ensaios e Protocolo de Ensaios.

 Certificados de avaliação/certificação dos técnicos para as intervenções relacionadas


com SF6 (instalação, deteção de fugas, manutenção, assistência e recuperação)
emitidos pela Agência Portuguesa do Ambiente. Dadas as especificidades dos
equipamentos, poderão ser aceites pela REN técnicos certificados pelos organismos de
certificação/avaliação de outros Estados-Membros da UE.

Após os ensaios de rotina e recepção dos equipamentos e antes da respectiva montagem, o


fabricante deverá fornecer os seguintes elementos:

 Certificado dos Ensaios de rotina.

 Guia de montagem.

 Guia de manutenção e conservação.

 Preenchimento e entrega do ficheiro, com as características de todos os aparelhos


adjudicados. O ficheiro será entregue pela REN após a adjudicação.

 Documentação de Segurança (procedimentos, seguros, documentação da empresa, dos


trabalhadores e máquinas).

Após a montagem e os respectivos ensaios no local e antes da entrada em serviço, o fabricante


deverá fornecer os seguintes elementos:

 Certificado dos Ensaios no Local de Conformidade para Entrada em Serviço;

 Impresso IP-0189 (disponibilizado pela REN) devidamente preenchido, com a informação


relativa aos volumes de SF6.

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