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Estimativas da ONU afirmam que, em 2050,

pouco mais de dois terços da população mundial
(68%) viverão em centros urbanos, o que
significa que haverá 2,5 bilhões de pessoas a
mais nas cidades.

O nosso hábitat também

precisa ser considerado

Desafios: bem estar x sustentabilidade

Dasgupta, P. 2021. The Economics of Biodiversity: The Dasgupta Review.

(London: HM Treasury)

McDonald, R.I. et al. 2018. Nature

in the Urban Century: A global
assessment of where and how to
conserve nature for biodiversity
and human wellbeing. The Nature
Conservation.

Ellis, E.C. & Ramankutty, N.

2008. Putting people in the McDonald, R.I. et al. 2018. Nature
map: anthropogenic biomes in the Urban Century: A global
of the world. Front. Ecol.
Environ. 6:439-447.
assessment of where and how to
conserve nature for biodiversity
and human wellbeing. The Nature
Conservation.
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Heterogeneidade espacial

McDonald, R.I. et al. 2018. Nature

in the Urban Century: A global
Pickett, S.T.A. et al. 2017. Dynamic heterogeneity: Lepczyk, C.A. et al. 2017. Biodiversity in the city:
assessment of where and how to
a framework to promote ecological integration and fundamental questions for understanding the
conserve nature for biodiversity
hypothesis generation in urban systems. Urban ecology of urban green spaces for biodiversity
and human wellbeing. The Nature
Ecosystems, 20:1-14. conservation. BioScience, 67: 799-807
Conservation.

Espaços verdes urbanos incluem uma variedade de tipos de hábitats, de áreas verdes a terrenos
baldios. Para a conservação da biodiversidade em áreas urbanas, compreender a dinâmica desses
espações é fundamental.

Tanner, C.J. et al. 2014. Urban ecology: McPhearson, T. et al. 2016. Advancing
advancing science and society. Front. Ecol. Urban Ecology toward a Science of
Aronson, M.F.J et al. 2017. Biodiversity in the city: key challenges for urban green space management. Environ., 12:574-581. Cities. BioScience.
Front. Ecol. Environm., 15:189-196.
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Cidades como sistemas sócio-eco-evolutivos Cidades como sistemas sócio-eco-evolutivos: escalas espaciais

Des Roches, S. et al. 2020. Socio-eco-evolutionary dynamics in cities. Alberti, M. et al. 2020. The Complexity of Urban Eco-evolutionary
Evolutionary Applications, 14:248-267. Dynamics. BioScience.

Cidades como sistemas sócio-eco-evolutivos: escala biológica Cidades como sistemas sócio-eco-evolutivos

Anolis cristatellus
Indivíduos amostrados em cidades em relação aos de
florestas apresentam maiores temperaturas de atividade (a),
temperatura do poleiro (b) e temperatura corpórea (c), o que
os capacita a lidar com ilhas de calor.

Environmental variation can affect individual and population-level variation. Individual variation
affects individual fitness which then can lead to changes at the population-level.

Ouyang, J.Q. et al. 2018. A New Framework for Urban Ecology: An Integration of Proximate and Ultimate Responses Campbell-Staton, S.C. et al. 2020. Parallel selection on thermal physiology facilitates repeated adaptation
to Anthropogenic Change. Integrative and Comparative Biology, 58:915-928. of city lizards to urban heat islands. Nat. Ecol. Evol. 4:652-658.
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Cidades como áreas de conservação de espécies ameaçadas

A comunidade biológica das cidades é determinada

por vários filtros:
Verde: distribuição de espécies em diferentes
escalas espaciais e temporais;
Branco: comunidade em diferentes escalas;
Azul: Ecologia.

Aronson, M.F.J. et al. 2016. Hierarchical

Soanes, K. & Lentini, P.E. 2019. When cities are the last chance for saving filters determine community assembly of
urban species pools. Ecology, 97:2952-2963.
species. Front. Ecol. Environ., 17:225-231.

comunidade em diferentes escalas Por que conservação nas cidades?

Dearborn, D.C. & Kark, S. 2010. Motivations for
Conserving Urban Biodiversity. Conservation
Biology, 24:432-440.

Principais motivações para conservação de biodiversidade

em áreas urbanas
transdiciplinaridade

Bonthoux, S. et al. 2019. More than weeds: Spontaneous vegetation in streets as a neglected elemento of
Zari, M.P. 2018. The importance of urban biodiversity – an ecosystem
urban biodiversity. Landscape and Urban Planning, 185:163-172.
services approach. Biodiversity Int. J., 2:357-360.
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Pessoas são importantes!!! Pessoas são importantes

porque fazem parte da
dinâmica do ecossistema
urbano

Barot, S. et al. 2019. Urban ecology,

stakeholders and the future of
ecology. Science of the Total Gounand, I. et al. 2018. Meta-Ecosystems 2.0: Rooting the Theory
Environment, 667: 475-484. into the Field. Trends Ecol. Evol., 33:36-46.

Classification of ecosystem services based on the Millennium Ecosystem Assessment (MA

2005) and the Economics of Ecosystems and Biodiversity initiative (TEEB 2012)

Diferentes agentes e
escalas

Serviços ecossistêmicos

Elmqvist, T. et al. 2013. (eds.). Urbanization, Biodiversity and Ecosystem Services: Challenges and Opportunities:
A Global Assessment, DOI 10.1007/978-94-007-7088-1_11.
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Zoocoria em áreas urbanas

Efeito direto de alteração do Dispersores moldam a

ambiente sobre zoocoria: abundância vegetação urbana,
de dispersores ou seu sucesso; reforçando ou
mudanças no comportamento de enfraquecendo o
dispersão ou interação entre novas processo.
espécies.

Redes de interações complexas

se formam por meio de Zoocoria tem potencial para
comportamentos e adaptações influenciar adaptações locais se
locais de plantas e animais. atuar como força seletiva.
Maes, M.J.A. et al. 2019. Mapping synergies and
trade-offs between urban ecosystems and the
sustainable development goals. Environmental Gelmi-Candusso, T.A. & Hämäläinen, A.M. 2019. Seeds and the City: The Interdependence of Zoochory and
Science and Policy, 93:181-188 Ecosystem Dynamics in Urban Environments. Front. Ecol. Evol. 7:41

Desserviços

Lyytimäki, J. et al. 2008. Nature as a nuisance? Fischer, L.K. & Kowarik, I. 2020. DogWalkers’ Views of Urban
Ecosystem services and disservices to urban lifestyle. Biodiversity across Five European Cities. Sustainability
Environmental Sciences, 5:161-172. 2020, 12, 3507.
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Manejo

Bem estar humano

Schröter, M. et al. (eds.). 2019. Atlas of Ecosystem Services;

https://doi.org/10.1007/978-3-319-96229-0_26

De Neve, J.E. & Sachs, J.D. 2020. The SDGs and human well-being: a global analysis of synergies, trade-
Sachs, J.D. et al. 2019. Six Transformations to achieve the offs, and regional differences. Sci Rep.
Sustainable Development Goals. Nat. Sustain., 2:805-814
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Estimativas acima da linha tracejada indica alto risco de desenvolver algum

problema psiquiátrico em crianças (0-10 anos) que vivem em áreas com menor
cobertura vegetal nos arredores.

A associação entre risco relativo de desenvolver problemas psiquiátricos e

presença de áreas verdes foi consistente em diversas localidades com
diferentes níveis de urbanização.

Morar em áreas com menor cobertura vegetal esteve

Engemann, K. et al. 2019. Residential green space in childhood
associado com 15 a 55% mais risco, exceto habilidade Aerts, R. et al., 2018. Biodiversity and human health: mechanisms
intelectual e esquizofrenia. Efeitos psicológicos e and evidence of the positive health effects of diversity in nature
is associated with lower risk of psychiatric disorders from
fisiológicos estão associados com esses resultados. and green spaces. British Medical Bulletin, 127:5-22.
adolescence into adulthood. PNAS, 116: 5188–5193

Exemplos de interação homem-natureza de acordo com cinco dimensões e suas tipologias

Schram-Bijkerk, D. et al. 2018. Indicators to support healthy urban gardening in urban management. Science of the
Total Environment, 621:863-871 Soga, M., & Gaston, K. J. 2020. The ecology of human–nature interactions. Proceedings of the Royal Society B,
287(1918), 20191882
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Exemplos de interação homem-natureza

Os três principais mecanismos que moldam as dinâmicas de interações

homem-natureza são (i) humanos (distribuição e comportamento das
pessoas), (ii) oportunidade para interagir com a natureza (e.g. distribuição de
hábitats e espécies, padrões fenológicos de plantas, padrões de atividade de
animais) e (iii) nível de engajamento com a natureza.

Dinâmica temporal
Dinâmica espacial

Dinâmica sócio-
Os três tipos de dinâmicas podem estar
econômica
relacionados uma vez que mudanças nos
padrões das interações espaciais, temporais e Soga, M. & Gaston, K.J. 2016. Extinction of
sócio-econômicas frequentemente ocorrem experience: the loss of human–nature
simultaneamente ou consecutivamente. interactions. Front. Ecol. Environ., 14:94-101.

Efeito de fatores sócio-econômicos, riqueza

de espécies, características ambientais e
acesso a áreas de recreação sobre
felicidade em diversos países da Europa
B A

Costa, A.B.S. et al. 2020. Cognitive and emotional

Methorst, J. et al. 2020. The importance of species diversity for responses to urban and nature exposures in the
human well-being in Europe. Ecological Economics, 2020; 106917 Brazilian Cerrado. Heringeriana, 14:21-32.
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Buijs, A. & Jacobs, M. 2021. Avoiding negativity

bias: Towards a positive psychology of human- Em busca de ambientes urbanos mais sustentáveis
wildlife relationships. Ambio, 50:281-288.

Notem a diferença de
amplitude das mesmas
variáveis de acordo com o
tipo de desenvolvimento

Cepeliauskaite, G. & Stasiskiene, Z. 2020.

The framework of the principles of
sustainable urban ecosystems development
Naeem S. et al. 2016. Biodiversity and human well-
and functioning. Sustainability 2020, 12, 720.
being: an essential link for sustainable development.
Proc. R. Soc. B 283: 20162091.

Urbanização sustentável Almere, The Netherlands

Em busca de ambientes urbanos mais Soluções baseadas na natureza (Nature-
sustentáveis based Solutions, NbS) são definidas pela
IUCN como “ações para proteger,
sustentar e recompor ecosistemas
naturais ou modificados que considerem
desafios sociais e, simultaneamente,
forneçam benefícios à biodiversidade e
bem-estar humano”.

World Cities Report 2020:

Key Findings and Messages Yick Fat Building, Hong Kong
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Esquema descrevendo
os três caminhos para
uma cidade mais verde e
a sustentabilidade. Setas
marrons demonstram os
benefícios de cada
caminho; setas
tracejadas benefícios
indiretos. Setas laranjas
são trade-offs (conflitos)
entre caminhos e a falta
de conhecimento em
questões que envolvem infraestrutura
esses conflitos.

Colléony, A. & Shwartz, A. 2019. Beyond Assuming Co-Benefits in Nature-Based Solutions: A Human-Centered Approach to Optimize
Social and Ecological Outcomes for Advancing Sustainable Urban Planning. Sustainability, 11, 4924

Em busca de ambientes urbanos mais sustentáveis

Cidade dos 15 minutos

Priorização de pedestres ao invés de carros

Integração social, benefícios para saúde, biodiversidade, economia: diminuição de

atropelamentos, mais compras…
McDonald, R.I. et al. 2018. Nature in the Urban Century: A global assessment of where and how to conserve nature
for biodiversity and human wellbeing. The Nature Conservation.
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Devemos ser racionais

Para evitar a negação e permanecermos
fundamentados na realidade, devemos reconhecer a
necessidade de equilíbrio entre otimismo e
pessimismo. O uso persistente de pessimismo pode
criar fadiga no assunto de conservação, o que
desengaja o público e aprofunda as divisões
culturais entre as partes interessadas (em
vermelho). Essa desconexão pode tornar o governo
mais cauteloso em relação à publicidade e
colaboração negativas, adotando uma gestão
conservadora de cima para baixo, na qual os setores
científicos e públicos podem permanecer isolados
da gestão ambiental. No outro extremo, o otimismo
ambiental descontrolado pode levar à fantasia. O
equilíbrio pode não apenas aumentar o
envolvimento público com questões ambientais
urgentes, mas também encorajar a colaboração
efetiva entre os setores da ciência, governo, público
e indústria para tratar das questões ambientais.
(em amarelo).

Dasgupta, P. 2021. The Economics of Biodiversity: The Dasgupta Review.

McAfee, D. et al. 2019. Everyone Loves a Success Story: Optimism Inspires
(London: HM Treasury) Conservation Engagement. BioScience.

Lembrando que:
1. A diversidade de
1. o pensamento conservacionista surge tendo como espécies e comunidades
base a filosofia e a religião. biológicas deve ser
preservada
2. A Biologia da Conservação atuará de maneira
multidisciplinar, cujo maior desafio é a consolidação de
uma relação estável entre demanda humana e recursos
naturais.

3. A Biologia da Conservação é sustentada por uma

série de princípios, que não são características
exclusivas dessa disciplina nem devem ser totalmente
aceitas pelas pessoas:
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2. A extinção deve ser evitada Claravis godefrida 3. A complexidade das interações ecológicas deve ser
mantida
Melanophryniscus macrogranulosus

Fábio Colombini

Saguinus bicolor

Iandumoema uai

Júlio César Bicca-Marques

Pedro Gnaspini

5. Diversidade biológica tem valor intrínseco

4. A evolução deve continuar

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http://fauvesdumonde.free.fr

valor ético, onde as espécies têm valor pelo simples fato de

existirem. Não há como colocar um preço nisso mas talvez seja uma
das principais razões para se preservar a biodiversidade

Fernando Gonsales

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