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História da Língua
Portuguesa
Turma 211
Lauro Henrique Rehr de Almeida
Montenegro-RS
O português tem origem do latim vulgar que era falado pela
grande massa popular quase inteiramente analfabeta do
Império Romano.
Brasil
Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes
De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre,
e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante
mais meu pensamento Quero vivê-lo em cada vão momento E em
louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu
pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais
tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do
amor (que tive) Que não seja imortal, posto que é chama Mas que
seja infinito enquanto dure
Portugal
D. SEBASTIÃO, Rei de Portugal...
Louco, sim, louco, porque quis grandeza Qual a sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza; Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há. Minha loucura, outros que
me a tomem Com o que nela ia. Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia, Cadáver adiado que procria?
Angola
FREDERICO NINGUE
Títulos de Areia Ainda que mordas as minhas
unhas eu quero ser o chefe destes títulos de areia
nesta plaqueta política Ó meu pai eu estou bem
com Deus bem do dedo. Mas falta o anel que vós
me prometestes nas eleições sem as críticas
furibundas já não me dói o pénis quando pinto no
ejaculatório porque quando fotografo o dedo
dispara clic Luanda já não é a Pátria nesta vida nós
os destas mágoas.
Cabo verde
Poema do Mar
drama do Mar, O desassossego do mar sempre sempre dentro de
nós! O Mar! cercando prendendo as nossa Ilhas! Deixando o
esmalte do seu salitre nas faces dos pescadores, Roncando nas
areias das nossas praias, Batendo a sua voz de encontro aos
montes, baloiçando os barquinhos de pau que vão Poe estas
costas... O Mar! pondo rezas nos lábios, deixando nos olhos dos
que ficaram a nostalgia resignada de países distantes que chegam
até nós nas estampas das ilustrações nas fitas de cinema e nesse
ar de outros climas que trazem os passageiros quando
desembarcam para ver a pobreza da terra! O Mar! a esperança na
carta de longe que talvez não chegue mais! O Mar! dentro de nós
todos, no canto da Morna,* no corpo das raparigas morenas, nas
coxas ágeis das pretas, no desejo da viagem que fica em sonhos
de muita gente! Este convite de toda a hora que o Mar nos faz para
a evasão! Este desespero de querer partir e ter que ficar!
Guiné-Bissau
Nostalgia
Cinzento nicotina serpenteia o meu quarto argola o tempo que não
passa Tu não apareces nada acontece…. O som sobe em 33
rotações a voz sofrida de Ottis Reding sustenta o calor de um canto
soul Emerges de uma nota de piano por momentos bailas na
circunferência de uma bola de fumo que se esquiva pela persiana
Fica o som dilatado do sax a dar passagem a Ottis a sentenciar
“time is over” Nada acontece… Nicotino o espaço que se fecha
sobre mim sem ti
Guiné Equatorial
Fomos enganados
Juan Tomás Ávila Laurel
Enganaram-nos, fomos enganados. Mas se fosse só
isso, se pudéssemos escapar da sua rede maliciosa e
viver arredados do seu jugo, olharíamos de longe para
ver se tudo o que descobrimos continua a ser um
engano ou se vemos tudo torcido pela nossa própria
incapacidade. Mas não podemos. A rede dos
poderosos, tecida com os tentáculos da mesma ONU,
que antes acreditávamos ser a nossa salvação, impediu
que em 40 anos pudéssemos acreditar que, todavia,
haveria alguém que se salvaria da acusação de ter
tomado parte na maldade constante de que temos sido
testemunho. Enganaram-nos todos.
Moçambique
Moçambique Quando me sento descalça sobre o sapato do menino
pobre que me enche o pé muito mais que outro qualquer me
lembro que existir não é sozinha é com toda gente. E me lembro
que tenho de embebedar-me de ti Moçambique Porque tenho
saudades de mim
Timor-Leste
Meninos e Meninas
Todos já vimos nos livros, nos jornais, no cinema e na televisão
retratos de meninas e meninos a defender a liberdade de armas na
mão. Todos já vimos nos livros, nos jornais, no cinema e na
televisão retratos de cadáveres de meninos e meninas que
morreram a defender a liberdade de armas na mão. Todos já
vimos! E então?
Curiosidades
Brasil: A palavra “brasil” significa “vermelho como brasa”.