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Nascida em Taquaritinga ,interior de São

Paulo, licenciada em Letras, aposentada


na Rede Pública do Estado de São Paulo.

“Nossos momentos vividos, serão sempre


os precedentes de eternas histórias”.
Izildinha
Sinopse
Amor Renegado, uma história de amor,que vai
abordando outras histórias, entendendo que
nem todas as pessoas têm a capacidade de amar.
Fora um amor sincero, negado por uma
personalidade narcísica, frívola que vai
calculando ,impondo sua condição ,porém, o
amor relutara para poder se salvar.
Uma história leve, e ao mesmo tempo
forte,deliciosamente narrada.
A autora.
Amor Renegado
Romance
Izildinha
Todos os Direitos Reservados
Morando perto de Blumenau, sempre ouvimos falar de Erwin Curt
Teichmann..
Visitara algumas vezes o local onde foi sua residência e ateliê e em
uma das vezes encontramos sua esposa Hertha
pintando Bauernmalerei em pratos de madeira torneados na
companhia dos passarinhos, pois fazia sua arte na varanda.
Dissera uma repórter:
Fizera anos que convivêramos com o nome de Erwin Curt Teichmann
como um dos nomes da arte na região, que nunca recebera o devido
valor,mas estes continuaram pintando,pois a pintura fora para eles
uma realização.
Só muito tempo depois voltara e fora a casa do artista localizada ao
lado do Portal de Pomerode.
O Júnior sempre nos fizera companhia,antes de conhecer
Mirela,depois passara a não nos acompanhar mais,pois Mirela nunca
se interessara por arte.
Nascidos na Alemanha, trouxeram para Blumenau o que houvera no
mundo das artes.
Demorara um certo tempo para serem reconhecidos,segundo
relatos,mas conseguiram ser destaque da Arte em Blumenau.
Narrara uma repórter:
Surpresa então eu encontrara seu filho mais jovem – Arno Hercílio.
Teichmann (1942), que nos contara um pouco mais sobre a
personalidade e vida de seu pai e também, de seus irmãos: João Dieter
Teichmann , Hermann Theichmann ,fora a mais velha – Ingeburg
Teichmann , casada.
Vendo a reportagem ficáramos cientes que:
Erwin Curt Teichmann nasceu em 27 de julho de 1906 na cidade alemã
de Kiel, Schleswig-Holstein e fora filho dos pioneiros Joseph Heinrich
Wilhem Teichmann e Anna Bertha Jeske Teichmann.
A Família Teichmann migrou para o Brasil, por volta de novecentos e
dez quando Erwin Carl tivera aproximadamente sete anos.
Desembarcaram na Ilha das Flores no Rio de Janeiro, de onde
viajaram para o Porto de Itajaí com o Navio Hoepcke e depois
seguiram para Florianópolis.
Amanda houvera mudado para Florianópolis , ela e Júnior acabaram
com o namoro e também perderam o contato,porém diz Amanda ter
certeza de que se casaria com Júnior.
Muito tempo passara mesmo Júnior morando em Florianópolis,jamais
se encontraram,fora onde Júnior se envolvera com Mirela.
A igreja toda enfeitada, com um dedilhado clássico e vaporoso
entrava pelos nossos ouvidos ,como clarins vindos do céu.
Uma linda menina, vestida agora de mulher desfilava de braços
dados com Júnior, que quase roubara a cena, pelo menos para mim,
mãe e avó coruja, vestindo um terno cinza e uma camisa branca, com
gravata no tom do terno.
Amanda e Júnior,o resultado de tal amor .
Transpareceram um brilho de felicidade, postados em frente ao
altar.
Eu lançara um olhar para Amanda e agradecera a vida, por ter
colocado tal encanto de mulher, na vida de meu filho, depois de tanto
sofrimento.
Eu fora muito feliz no amor,mas por amor também sofrera muito
juntamente com a pessoa que eu amara que fora meu filho.
O tempo fora ajeitando tudo e sem que nos desesperássemos,uma
família,novamente fora se formando, a partir de um casal
maravilhoso,onde um dos componentes deste,era nosso querido filho.
Renato também sofrera juntamente comigo, como nosso filho, que
do abandono, um sobreviver dorido,em nossa maturidade.
Enfim,tudo parecera voltar ao devido lugar doravante.
Um final feliz sempre fora esperado por todos.
Amanda parecera um anjo flutuando, em passos lentos rumo ao
amor infinito.
Em cada olhar dos familiares podia ver saltando um sorriso, uma
emoção, um carinho pelo bem velado.
A rotina simplesmente parara dando passagem ao encantamento
esporádico, porém verídico na vida de quem luta e vence pelo amor.
Assim fora concretizada a união de nossos seguidores, que ao longo
da vida plantarão suas sementes que num outono qualquer
abrolharão no caminho.
Porque a vida sempre pedirá uma passagem, para alguém que
precisa deixar sua história.
Fazer o plantio para a colheita.
Lembrara de minha adolescência, que vira uma impossibilidade para
uma menina simples namorar um dos meninos mais badalados da
pequena cidade.
Quando somos jovens e também ao longo da vida,ás vezes,vamos nos
invalidando mediante situações,eu não me vira apta a ter um
namorado tão lindo quanto o Renato,mas eu o vira,com os olhos do
amor,e o amor ,nada mais é,que a valorização total do outro.
Renato me unira a tal possibilidade com a probabilidade e viráramos
uma história feliz.
O tempo contornara o desafeto o amor contrafeito e colocara tudo no
devido lugar.
Júnior sofrera dez anos,oferecendo um amor que fora renegado.
A música e Amanda tão linda sorrindo para os convidados e para
Júnior que a aguardara feliz em frente ao altar todo enfeitado.
Renato emocionado apertara a minha mão e me olhara nos olhos com
muito carinho e dissera:
Maira eu te amo!
Fora demais ouvir depois de trinta anos um reforço da declaração de
amor de um homem feito Renato.
E ele continuara:
Aquela noite no cinema eu queria ter dito para aquela menina que me
deixara sentar do lado dela,mas que não permitira que eu segurasse
suas mãos.
Eu respondera:
Meu amor,se tu soubesses o esforço que fiz para não agarrar tuas
mãos e manter entre as minhas!
Nos olháramos e lembrando do sofrimento de nosso filho,fora
impossível segurar as comportas , de um oceano inundando o olhar.
Eu chegara em casa e meus passos dentro de meu quarto pareciam
flutuar diante do espelho.
Meu nome Maira, minha paixão eterna, Renato, os ventos noturnos
passeiam pelas minhas lembranças,portanto sempre trazendo os tais
resquícios .
Ansiosa ficara ,naquela noite marcante,quando ele viera sentar ao
meu lado no cinema
Meus dedos ainda sentem suas mãos cruzando com as minhas, e em
minhas narinas um cheiro de hortelã.
Ainda recordo o nome do filme”Os Girassóis da Rússia”,lembro do
perfume suave,da calça jeans e um camisão branco e solto
enfatizando um corpo escultural e os cabelos louros prateados.
A minha primeira página fora de poucas palavras.
Pois eu sempre fora tímida e me mantivera assim naquela noite em
que ele sentara na cadeira ao lado dentro do cinema.
Eu me sentira sempre tão inferior a ele, no que tange status,pois sua
família,calculara eu,pelo que notara,mantivera sempre um lugar de
destaque em minha cidade.
Jurara que preferira ser tudo muito diferente,pois Renato estivera
sempre longe do alcance de minha mão.
Mas,naquela noite ,eu permitira que ele se sentasse de meu lado,eu
me mantivera estática e trêmula, na presença dele.
Contudo felicíssima!
Visto que,assistir aquele filme, ao lado daquele garoto
badaladíssimo, pelas meninas da cidade, fora um sonho quase
inatingível, que porém resvalara, em minha mão, quase ao meu
alcance.
As músicas do filme, pairaram em meus ouvidos, muito tempo, depois
que me deitei na cama, até eu adormecer.
Aquele leve toque de dedo, em minhas mãos, quando eu relutara
contra a tentação, quase insuportável, de agarrar literalmente suas
mãos, e as segurar, entre as minhas.
Renato escrevera, a mais linda história, em minha vida, quando
mediante tantas desavenças, diferenças, falar de amor, parecera
quase tempo perdido, mesmo em nossa temporada.
Renato viera aos poucos se aproximando e me passando uma certa
segurança,pois eu sempre morrera de medo de uma decepção
amorosa, e justamente por isso,com catorze anos ,nunca houvera
nem paquerado alguém.
Entendera que se me decepcionasse, além do sofrimento,seria muito
difícil eu confiar em outro alguém.
Eu me conhecera bem,contudo,era um risco que eu precisara
correr,caso contrário, jamais iria saber se dera certo ou não.
Trouxera como cultura o cuidado quando felicidade dera sinal.
Qual a tua idade Maira?
Catorze respondi
E porque me diz que é cedo para namorar?
Minha avó se casou com quinze.
Eu o achava atraente, mas também me sentia com medo de aceitar o
namoro, ele pertencia a uma família de mais possibilidades, enquanto
eu,tinha que trabalhar muito para vencer na vida.
Os Girassóis da Rússia, era o filme, ele queria segurar em minha mão.
Eu tentava tirá-la, então ele tocou forte com o dedo em mim e disse :
Tudo bem menina intocável!
Jamais esquecera o camisão branco por cima de um jeans, estava
muito bonito.
Soubera que toda história sempre começara muito bonita,embora
ainda bem jovem,mas sempre tomara cuidado para tornar minha
história sempre mais bonita,sonhara com tal fato.
Fora o começo de uma linda história de amor.
Houveram momentos apreensivos, porém jamais infelizes.
A felicidade, algo a ser velado,pois só fora perceber o quanto
incomodara algumas pessoas,quando estivera feliz.
Renato era bastante ciumento,mas sem exageros, assim como eu.
Éramos de uma dose infalível!
Naquela noite, pudera estar a sós com ele,não fisicamente,mas sim
estávamos ligados pelo afeto do instante.
Sempre fora um rapaz com porte de galã e eu uma tímida garota, mas
ele mexia com meus pensamentos, soubera, pois, seu estilo,
despertara sempre minha atenção de um jeito peculiar.
Conversamos pouco no cinema, eu sabia que os garotos sentavam com
as garotas no cinema para se aproveitarem e depois,talvez,nem mais
se falavam.
Então,embora simples, pairava em mim um zelo.
Renato me oferecera muitas balas de hortelã,e eu aceitara.
Existem momentos feitos para se petrificarem e permanecerem
eternamente na lembrança e aqueles foram.
Minha memória fora recorrente a tal fato, a ponto de rememorar
quase todos os dias, mesmo estando juntos.
Ele estivera vaporoso,lindo, espetacular!
O filme Os Girassóis da Rússia,mas voltara a vê-lo depois porque com
ele ao lado pela primeira vez,fora impossível!
Com o tempo eu me acostumara com a ideia de felicidade,de namorar
o menino que eu tanto amara em segredo,de constatar ,que a
felicidade afetiva fora um fato, em minha vida.
Fora a feliz realidade.
Porém, com constante inspiração, o coração me ensinara o caminho, e
as palavras começaram a nascer feito poema longuíssimo,quando as
páginas empurram, umas ás outras,porque as palavras fazem filas
para serem grafadas sem nenhuma articulação.
Renato fora o livro do pensamento que momentaneamente, pudera
ser editado e corrigido várias vezes,até sobrar somente a essência”a
felicidade”, a qual nunca fora navegar em plumas,muito menos
,encontrar todos os dias , ao abrir os olhos, uma receita pronta.
A felicidade, pode sim, ser confundida com fatos ínfimos, aos quais,
negamos, ou anulamos o devido valor.
Renato talvez pudera ser uma espécie de plágio de felicidade,em tal
momento,pois jamais ousara pretender namorar com ele.
Conversáramos bem pouca coisa,mesmo assim,o tempo passara voando
ao lado dele,que fora um sofrimento por causa da timidez e também
uma alegria pelo que eu sempre sentira por ele.
O filme terminara e ele quisera me acompanhar até em casa,mas eu
dissera que voltaria em companhia de minha amiga e vizinha.
Então ele agradecera por eu permitir que ele se sentasse de meu
lado,e eu sorrira para ele dizendo que fora um prazer.
Eu também o agradecera pela companhia tão agradável que fora ele.
Sorríramos quase nos despedindo.
Terminado o filme, esperei minha amiga, e ele do meu lado, me
seguiu até fora do cinema, depois despedindo apertou minha mão e
perguntou se poderíamos nos encontrarmos mais vezes.
Eu disse:
Claro, gostei de tua companhia e podemos nos ver mais vezes sim!
Eu fora para casa aquela noite ,cultivando esperanças.
Minha amiga me perguntara a respeito e eu negara um envolvimento.
Ela me aconselhara a tomar cuidado com Renato ele fora acostumado
a ficar com as garotas e depois largar e falar dela para os amigos.
Eu dissera:
Ele nunca me pareceu assim,Letícia!
Ela:
Maira,deixe de ser ingênua.
Eu:
Não entendo porque não gostas dele!
Ela:
É apenas cuidado que tenho contigo amiga!
Continuara:
Não quero te ver sofrendo depois.
Fique tranquila,respondera.
Estava feliz e queria curtir aquele momento.
Eu a sentira magoada com minha resposta,porém eu também
magoada com a preocupação tola dela.
Renato vivenciara em meu pensamento desde e sempre,porém
custara eu entender a síntese da verdadeira sabedoria,sim custara
alguns momentos junto dele.
Eu me mantivera em silêncio com minha amiga no caminho de volta
para casa, depois do filme.
Morávamos num bairro pobre e afastado.
Eu nem percebera que quase não trocáramos palavra alguma depois
das grosserias.
Ela também se mantivera quieta,assim como eu,que ainda precisara
digerir o fato de ter ficado com Renato no cinema.
A noite estivera linda,e uma lua cheia prateada postada no céu
mexera com meus sentimentos ainda mais.
Naquela noite a paixão sobrepujara o amor!
Portanto, eu dormira sentindo o delicioso aroma de suas mãos,
quando ele segurara nas minhas,para me dizer boa noite.
Sua silhueta ainda brincava em meu pensamento com aquele
camisão branco sobre o jeans,todo elegante quando ele esticara a
perna para pular minha cadeira e sentar.
Lindo e vaporoso!
Quase sem perceber, o meu sonho abrira um caminho florido para a
realidade, o que eu sentira por Renato.
Sempre fora real,nunca me enganara.
A vida que desabonara alguém do amor e revestida somente de
sexo,simplesmente despira tal ser da essência.
A verdade fora trocada pelo embuste.
E este, para sempre,reinventará novo embuste ,para uma nova ou
novo paciente,tendo assim ,como se suprir ...
O sexo sempre trouxera um suprimento momentâneo,mas o amor
sempre socorrera seus adeptos ,colocando os corações amorosos,um
defronte ao outro.
Reconhecer um amor verdadeiro custa,porém,cara e custosa
também,porque este viera com simplicidade, que nascera como flor
campestre dentro de um olhar.
Eu tivera com Renato , a verdadeira constatação, do que seria um
amor verdadeiro,pois a fase da paixão houvera passado supunha
eu,pois há muito o conhecera e mantivera por ele tal sentimento.
Porém,em momento algum,dera algum indício do que eu sentira,mas
talvez,fora impossível ele não perceber,em minha maneira de abordá-
lo com meu olhar, ou coisa parecida.então .
Tudo fora recíproco então...
Em plena adolescência,eu ficara deslumbrada com o fato
propriamente dito,pois com Renato houvera me deslumbrado há
muito tempo.
Mas jamais vira possibilidade,pois eu sempre me considerara aquela
garota simples e pobre perante ele.
Uma história em linha reta, sem defeitos, não pode jamais existir,
pois histórias assim, são frequentemente, escritas invisivelmente,
em páginas transparentes, onde ninguém, as consegue registrar.
Pois então,tropeçando muito,acertando o passo também,viera pelo
caminho que me fora colocado,e se este eu o escolhera,nada pudera
asseverar,enfim, as páginas.
Começara o dia pensando em Renato,e ainda mais,pois a cada dia que
eu me deparara com ele,mais deslumbrante ele me parecera.
Eu pisara numa corda bamba,tal qual equilibrista,tentando me
conduzir mediante uma possível relação.
Fora meu primeiro amor,embora houvera perpassado e cruzado
olhares com mil garotos na época.
Porém nenhum intento de me envolver,então eu me voltara
totalmente ao que sentira por Renato,mesmo jamais querendo
sentir.
Estivera feliz!
O amor, um sentimento puro, mas jamais garantira a quem o porta,
estar ileso ao sofrimento.
Sofrer por amor, para mim,talvez significara me fortalecer no fato em
que a vida possui de mais nobre.
Um coração frio ,que não conseguira amar, obviamente sustentara um
inverno rigoroso, por uma vida inteira.
Eu Maira aprendera a amar com minha família e também ensinara meu
filho a amar com entrega total.
Porém, nem todas as pessoas que visitam este Universo, que se chama
Vida, têm a capacidade e a felicidade de saber amar.
Para estes, tristemente restando, apreciar no sofrimento alheio, um
conforto, um alento imediatista e sem conformidade.
Eu amara Renato,sentira meu coração bater mais forte mediante sua
presença.
Sentira que jamais pudera viver minha vida ,em tal
ausência,portanto,jamais pudera viver sem o amor.
Amor não correspondido fora triste sempre ,mas fora melhor,do que a
incapacidade para amar.
Fora um novo ciclo em minha vida,embora ainda bem pueril para
entender tanto assim de amor,mas tudo aquilo me fizera muito bem.
Fora a paixão,preparando o amor.
No outro dia ele viera ao portão de minha casa e tocara campainha.
Quase caíra das pernas,quando o vira!
Como passou de ontem Maira?
Perguntara:
Passei bem,gostei do filme,e da companhia também.
Renato:
Gostou mesmo da companhia?
Respondera :
Sim,muito!
Então,eu vim aqui te convidar para ser minha namorada,só minha!
Uau!
Porque ,seria eu de mais alguém?
Respondera eu:
Ele me olhara bem nos olhos e me perguntara:
Posso te beijar?
Dissera ele:
Assim,em pleno dia?
Ele me puxara até uma pequena árvore e nos beijamos.
Á noite vou te buscar na escola.
Dissera ele ao se despedir.
Quanta emoção!
Era início de inverno, porém o frio já incidia desde todo outono, os
passarinhos até mudavam seus pipilos, pois estes imitavam quase um
tiritar de frio.
Eu Maira olhava pela janela e sonhava com tanta coisa ao mesmo
tempo, no entanto,concluindo agora sonhos permeados de
possibilidades, vivos sonhos.
Minhas palavras fugiam do pensamento para elaborarem o meu
primeiro passo, depois do momento.
As recordações bruxuleavam, em minha memória,eu me sentira forte
e nutrida da esperança.
Renato era pois,uma linda realidade,então não houvera necessidade
de sonhar.
Renato e eu houvéramos iniciado um namoro bastante sério e
divertido também,pois eu fizera de Renato um motivo a mais para
minha alegria de viver.
Eu sempre considerara a alegria de viver,o ponto culminante para a
felicidade,quando este me permeara por inteiro,a vida para mim
fora um presente do céu.
O meu coração com sístoles fortes e descompassadas me dava sinais
da imensidade do amor que sentira,quando nos víramos.
Ele sempre fora a silhueta da paz.
Eu encontrara Renato todos os dias ,claro que com o nosso
relacionamento vieram alguns aborrecimentos,pois das meninas de
minha cidade,muitas eram apaixonadas por ele.
E tivéramos que estar preparados, para vencermos todos os
empecilhos possíveis.
Fora conversado e de comum acordo,pois Renato dissera me amar
muito também,por isso procurara evitar quaisquer constrangimento
entre nós.
Nós soubéramos , que fora muito valioso em nossas vidas,mas tivera
um preço,e nem todo mundo estivera disposto a pagar,mas nós
estávamos.
Sempre tivera receio de me envolver e fracassar,mas após o
envolvimento, não me restara outra alternativa, que não fora,uma
maneira sábia para vencer os aborrecimentos.
Letícia fora praticamente minha vizinha,ela estivera comigo no
cinema, quando Renato sentara ao meu lado para assistir ao filme
pela primeira vez.
Eu confidenciara com ela muita coisa,entre estas,o fato de ter receio
de namorar com Renato.
Vendo a infeliz, eu perguntara:
Tu pareces triste menina.
E continuei:
Letícia ficaste infeliz em me ver assim alegre?
Te prepare agora para sofrer Maira!
Eu perguntara:
Sofrer por que?
Ela me respondera:
Não me dissestes ser ele o menino mais badalado da cidade?
Eu respondera:
Sim,eu disse mesmo!
Ela respondera:
Então, e porque aceitou namorar com ele?
Eu respondera:
Nossa!
Tu sabes que eu amo o Renato,sempre te confidenciara tal fato.
Letícia:
Por isso, estou tão surpresa!
Eu respondera:
Puxa amiga,eu estou feliz,me anime por favor!
Letícia:
É problema teu amiga,não meu!
Tudo bem,dissera eu.
Ela dera uma risada sarcástica e dissera:
Namoro passa tempo faz bem amiga!
Eu:
Como assim,passa tempo?
Letícia:
Então, ele vai casar contigo?
Não disse isso amiga!
Dissera eu:
Letícia:
Ou o namoro é passa tempo,ou é namoro para casar.
É assim que fazem no Oriente!
Eu respondera:
Não estamos no Oriente querida!
Ela mais uma vez sorrira e não me dissera nada.
A partir de tal dia perdera a confiança na pessoa a qual eu sempre
considerei a minha melhor amiga.
Bastara ela me ver feliz,que não suportara tal fato e viera com
ironias para me desestruturar.
Chegara em casa,vestira meu pijama e caíra na cama cansada e
dormira feito um anjo,alegre e feliz.
Feliz mesmo!
Conversara com Renato no outro dia,e claro,contara sobre minha
conversa com Letícia.
Ele me dissera:
Maira ,meu amor,acho bom nos acostumarmos,já ouvi conversas de
meus supostos amigos também,mas eu nem me preocupei com tal
fato,tanto que nem te contara.
Eu dissera:
Me perdoe,não devia ter te contado!
Ele respondera:
Devia sim!
E te digo mais,ela já ficou comigo várias vezes em baladas.
Eu pasma:
Meu Deus!
Então, por que veio pedir a pessoa errada em namoro?
Ele:
Maira meu amor,ela fora ficante.
Eu nunca pedira ela em namoro.
Inclusive ela que me disse que tu eras ligada em mim.
Eu respondera:
Como ela é falsa!
Mas deixemos tudo isso desaparecer no tempo.
Renato dissera:
Sim,além de falsa,também perigosa.
Mas,se ela pensou de usar esperteza conosco,ela me deu na mão a
chance que tanto esperava,namorar contigo.
E continuara:
Eu sempre quisera me aproximar,mas tivera medo.
Medo de levar um não teu,medo de não ser aceito pela menina dos
meus sonhos!
Suas mãos apertaram as minhas e eu sentira o coração saltitando de
felicidade.
E nos beijáramos pela primeira vez,e muito!
Fora uma noite maravilhosa,passara pela vitrine de minha janela
antes de entrar em casa e vira minha silhueta
diferente,transformada.
Eu me achara linda e feliz!
Jamais pensaria diferente,prometera a mim mesma,pois tudo
estivera dando certo entre nós.
Também não procurara saber, quem foram os supostos amigos que
tentaram atrapalhar nosso namoro,mas achara bom ter contado a
conversa com Letícia,pois então soubera, o quanto ela fora
desonesta.
O tempo fora passando e o ano estivera quase terminando,e eu
terminando a oitava série e Renato o segundo ano de Biomédicas.
Ás vezes brigáramos por ciúme,eu sempre fora muito ciumenta e ele
também,porém,eu não lhe dera o direito de ser ciumento,achara que
nunca houvera motivos,mas ele me chamara de egoísta.
Uma noite estávamos na quadra da escola e os meninos estavam
jogando bola.
Renato ao meu lado e me impedira de prestar atenção no jogo,dissera
que fora melhor irmos para casa já que as aulas houveram terminado
aquele ano.
Eu nem perguntara nada,pegara minhas coisas e o acompanhara.
Paramos numa sorveteria e o sorvete estivera delicioso,depois
andáramos os dois em silêncio um ao lado do outro e ele com as mãos
no meu ombro.
Ele me perguntara:
Afinal, o que aquele idiota do Jorge quer contigo,não vê que estamos
juntos?
Sinceramente,eu nem notara nada.
Ele me abraçara e me beijara com sofreguidão.
Renato,meu pai pode aparecer!
Ríramos os dois!
Eu ficara zonza de paixão
Assim nós dois um lindo verão, e também de férias.
Andáramos todos os dias e por todos os lugares,por todas as
ruas,conversáramos muito e nenhuma briga entre nós.
Uma manhã Letícia me chamara no muro para conversar e
perguntar sobre meu namoro com o Renato.
Eu dissera que estava tudo bem,mas me limitara a detalhes.
Ela me dissera:
Ele ainda faz Biomédica?
Eu perguntara:
Como sabe?
Ela titubeara e dissera:
Ouvi por altos isso!
Eu literalmente fora bastante sincera e dissera que soubera que ela
fora ficante de Renato.
Ela respondera:
Mas ,não era namorados ainda!
Eu dissera:
Sim, não éramos,mas tu sabias do meu amor por ele,eras minha
suposta amiga e confidente.
Suposta?
Eu lhe dissera que sonhara futuramente me casar e ser feliz.
Ele também redarguira ter a mesma intenção,mas éramos jovens
ainda.
Eu soubera disso,pensara que não devera ter dito naquela época ,mas
eu precisara me soltar com um pouco de segurança.
Meu pai sempre fora rígido no que tangera a minha vida afetiva e
vivera sempre com muitos cuidados,percebera eu.
Renato era cabeludo,tinha os cabelos até os ombros,muito loiros
,finos e lisos.
Ele vivera os jogando de lado todo charmoso.
Eu lhe dissera:
Que não queria ficar com um rapaz aos beijos e depois ele partir e
nunca mais nos falarmos, sem contar que ele poderia sair falando
para todo mundo, que me beijou no cinema.
Era isso que acontecera com as garotas descuidadas, elas ficavam
com todos que apareciam, e depois ninguém queria assumir um
namoro sério, mesmo que ela fosse linda, mas por um certo orgulho e
machismo, ela ficava comentada por todos.
E obviamente, o rapaz que assumisse namoro com ela, fora motivo de
gozação entre todos.
Um certo machismo casual.
Nós morávamos em Itajaí é um município brasileiro localizado no
estado de Santa Catarina, na Região Sul do Brasil, distando noventa
e quatro quilômetros da capital catarinense, Florianópolis.
Tem uma população estimada em duzentos e doze mil e quinhentos
habitantes .
Sendo uma cidade de porte médio, é o sexto município mais populoso
do estado.
Localizada no litoral centro norte catarinense ,sempre fizera parte
da região do Vale do Itajaí, na margem direita da foz do rio Itajaí-
Açu.
Possui o segundo maior produto interno bruto e a maior renda per
capita do estado.
As praias encantadoras eram nossos refúgios, aos finais de semana.
E se estendera mesmo no inverno, pois os esportes amadores na
praia, atraiam a juventude da cidade e também, até os turistas.
Eu soubera que Renato jogava vôlei, e muitas vezes o via com o
coração sonhador.
Mas, ficara com ciúme quando as garotas o assediavam.
Ele sempre percebera isso,por isso,sempre dera um jeito de vir ficar
comigo depois dos jogos,se houvessem outros times para jogar.
Se houvera terminado íamos embora.
Eu oscilara muito, mas fora muito realista, e mesmo assim,
continuara, alimentando um sonho qualquer, querendo ser um dia,
apenas sua namorada de verdade e não a menina sentada ao lado
dele no cinema.
Ciúmes bobos talvez, e nada mais,pensara.
Porém,quando estivera ao lado dele,tudo se tornara lindo e
prazeroso e nossas conversas sempre nos levavam ao bom
entendimento,então eu jamais brigara com ele,mesmo sentindo o
ciúme do assédio.
Ele tentara ser,assim como todos os jogadores,simpáticos com as
meninas,por isso eu sempre me mantivera no meu lugar nos dias de
jogos.
Por outro lado,ver o Renato jogar me deixara muito alegre,gostara
daquela turma divertida que fizera da praia um divertimento
espetacular em todos os finais de semana e nas férias também.
Eu fora aos poucos,entendendo o comportamento que quisera de
mim Renato e acho que ele também sempre fizera de tudo para não
me magoar.
As férias talvez fossem para nós,uma espécie de paraíso,nos víamos
todo dia e saíamos muito mais,tínhamos mais tempo para namorar.
Para estarmos juntos.
Ás vezes eu sofrera uma ou outra decepção com Renato, mas eu nem
ligava, diante de tamanha paixão que nos envolvia.
Quando passei para o terceiro colegial, ele encontrara um jeito de ir
me buscar na escola todas as noites.
Eu jamais tivera dúvidas a seu respeito.
Os nossos laços foram se estreitando cada vez mais e nada mais
restara entre nós que não fosse o amor permeado pela confiança.
Eu passara a me cuidar bastante e sentira que me visual provocara
olhares de meninas e de garotos também,eu pensara:
Afinal,Renato merece!
Ele ficara bastante enciumado quando percebera tal fato,mas eu não
gostara,porque o ciúme fizera brigas entre nós,mas depois passara, e
ele me dizia:
É que não gosto que fiquem azarando a minha menina!
Eu dizia:
És um tolinho!
Ele respondera:
Será?
E nos abraçáramos e ríamos e tudo ficara bem.
Como éramos felizes!
Éramos a face do amor!
Eu cursara já ,o segundo colegial noturno e ele fizera Biomedicina,
já no último ano.
Eu tinha dezesseis e ele vinte um,bem,começamos nos encontrarmos
esporadicamente, mas ainda assim, via nele alguma possibilidade.
Ele me tratava com elegância, respeitava minha timidez e nunca
avançava os sinais .
Começamos a andar de mãos dadas, depois abraçados e eu havia
desencanado de todos os meus possíveis contratempos dentro de
minha cabeça.
Com a confiança, também surgiu uma grande paixão, e nos tornamos
ilimitados, quando estávamos juntos.
Eu fora adquirindo confiança em mim,não nele, fora me valorizando
e vendo em mim uma garota especial,assim como ele me vira
também.
Renato sempre tivera um certo ar
distinto, mas ao mesmo tempo também, uma gentileza simples e
acolhedora, que me faziam muito bem.
Começáramos desde o começo a nos ver mais vezes, até que dávamos
um jeito de nos encontrarmos todos os dias.
O nosso namoro já completara dois anos.
Quase sem brigas interessantes e nos amando cada vez mais.
Eu fora apresentada á família dele, sua mãe Clélia e sua irmã Luiza,
nos tornamos amigas, embora que meio distantes, mas amigas.
Ele conheceu meu pai Joaquim e minha mãe Leonor,também a minha
irmã Ana, então, em nosso namoro não havia mais mistérios,
estávamos felizes e livres para passearmos por todos os lados, andar
pela praia.
E quando ele jogava, sempre estava por perto torcendo com minha
irmã e minhas amigas.
Afastáramos de vez as fãs que viviam o assediando nos dias de jogos.
Eu estivera cada vez mais feliz,mais contente e saudável,pois a
alegria nos traz saúde ao corpo.
Ele tinha um corpo atlético devido ao esporte e eu ficava orgulhosa
de meu príncipe perante as outras meninas, que também o achavam
lindo.
E eu,uma garota ciumenta e feliz,o fato de amá-lo me fizera com que
eu cuidasse muito mais do meus visual,habilidade nata que sempre
tivera e colocara em prática.
Eu havia feito um pequeno jardim no quintal de minha casa com
muitas roseiras,ele sempre me ajudava a cuidar e levava broncas
carinhosas, quando apanhara algumas só para me oferecer.
Eu o amara!
O fato de namorar Renato houvera feito de mim,uma garota mais
solta, mais desinibida e também começara a me achar linda, visto
que ele tanto me elogiara.
Minhas amigas me olhavam diferente, parecia, já não viam em
mim,aquela garota tímida ,que tivera medo de namorar alguém.
Hoje as coisas são diferentes, mas naquele tempo, embora ainda
prevaleça, mas o machismo era evidente e gritante entre todas as
pessoas e de todos os gêneros.
Renato fora me pondo encanto e igualmente, alegria.
Eu fora acrescentando mais confiança em mim,e á medida que o
tempo passara eu o amara mais.
Entrei na faculdade de biomédicas por causa dele, pois sempre tivera
uma certa fascinação, pois indo ao laboratório onde ele trabalhava e
ouvindo o discorrer sobre o assunto, ficara completamente
fascinada, então não tivera dúvidas na hora do vestibular.
Ele ia na faculdade todos os dias, me esclarecia no que fosse
necessário perguntando se estava tudo bem, pois eu me virava,
trabalhando num pet shop .
Gostava de meu trabalho e amava nossos clientes.
Eles latiam,miavam,chiavam,pipilavam.
Meus doces clientes!
Lá desenvolvíamos alimentos para os animais, desde bovinos, suínos
até cães e gatos.
Também fazíamos rações para os pássaros.
Eu sempre fora contra manter pássaros em cativeiros,porém
chocados em viveiros eles eram adaptados.
Sempre fora muito bom participar do preparo dos alimentos, e de
qualquer forma, isso funcionava na minha vida como uma
aprendizagem.
Renato sempre levara seu cãozinho poodle para tosas, banhos e
também comprara alimentos produzidos pela loja.
Ele com tais atitudes, reforçara meu desenvolvimento no trabalho,
ao qual eu ficava sempre muito grata, mas eu adorava aquele
trabalho.
Parecia que havia alguma coisa interligada que sempre associava
uma parecença com a faculdade, ou talvez seja, porque eu estava
muito feliz mesmo e absorvia tudo com gratidão.
Amor pela vida.
Soubera também que Renato o fizera por gentileza,pois este soubera
o quanto tudo aquilo fora importante para mim.
A loja estivera sempre satisfeita com meu trabalho,o que me deixara
muito segura e feliz também,eu também os amara.
Em um mundo complicado onde tudo parecera seguir a mesma ordem
e a mesma receita, começara meu namoro com o coração inquieto,
achando que tudo doravante seria uma competição, porém quando
olhava e via o Renato, via o superficial, tal qual eu era na minha tosca
adolescência, onde o complexo de inferioridade me invadira de
maneira tal, que eu parecera fora de encaixe em tudo.
Os conselhos de minha amiga foram ficando para trás, junto de meus
complexos também, e começara a me sentir livre á medida que a
paixão, virara amor.
Então, deixara de me preocupar com coisas corriqueiras.
Eu gostara de escrever e tivera minhas escritas bem escondidas e
quando tivera algum tempo,sempre estivera eu rabiscando minhas
páginas que estivessem em branco.
Eu tivera a capacidade de captar momentos importantes de minha
vida,mesmo que fossem alusivos a terceiras pessoas e quando tivera
tempo,correra escrever o que se destacara como importante e digno
de ser lido talvez,por mais alguém.
Nunca dissera nada a Renato.
Estivera diagramando um livro de poesias,mas eu tivera um certo
receio em mostrar para Renato,quem sabe um dia, pensara eu.
Um dia mostraria.
E realmente começara a sentir muito mais harmonia em tudo que
realizávamos ou fazíamos juntos.
Renato, aquele rapaz com ar aristocrático, morava somente em
minha cabeça, em meus tolos pareceres ou nas enganosas conclusões,
tiradas de meu lado orgulho incapaz.
O amor nos potencializa de maneira tal, a sentirmos quando estamos
centralizados dentro de uma construção pacífica e verídica também.
Renato em sua essência era especialmente encantadora, pura
simplicidade.
O entorno de nosso mundo estivera feito da mais simples verdade.
Eu preferira não mais reclamar de nada,mesmo em relação ao
Renato,minha família,enfim,as pessoas que amara,e quanto a minha
vizinha e amiga Letícia,estivera torcendo pela sua felicidade,ela
estivera namorando um rapaz a quase um ano pela Internet ele viera
conhecê-la e tudo estivera dando certo.
Ele era turco e a pedira em casamento,houvera marcado um dia para
trazer os pais para conhecer Letícia e sua família.
A casa de Letícia ficara cheia ,os familiares dele,passaram um mês
inteiro indo nas praias todos os dias,amaram Itajaí.
Eu vira Letícia feliz!
Eu ficara feliz!
O tempo fora muito especial e o que importara reafirmo,é que fora
desbancando meu orgulho, minha maneira pouco letrada de apreciar
o mundo ,e as pessoas, eu fora crescendo junto com ele.
Ele reforçara meus alicerces e incluindo a cada dia mais sabedoria, de
modo tão intenso que passara ,intimamente,a me admirar, porque já
não era aquela garota de quatorze anos, que tivera medo de segurar
na mão dele dentro do cinema.
Afinal, passara a acreditar, depois disso, que adolescer, fora quase
uma fase dolorosa, onde se adoece, e os adultos nem percebem, porque
acham nossas constatações tão tolas, e sem valores, para depois
atingirmos uma certa maturidade jovial.
Assim começara entender a vida.
Gostara muito de minha cidade,minha vizinhança e ficara feliz com o
casamento de Letícia.
Depois de casada,como fora de costume,ela fora morar com a família
dele na cidade de Istambul.
Vez ou outra ela me ligara,dissera estar feliz,que todos eram bons
para ela,embora houvera sempre um choque cultural entre eles,pois
ela precisara usar roupas que cobriam o corpo todo ,e os cabelos
também,jamais pudera pensar em sair sozinha.
Porém,estivera feliz!
Letícia um dia me ligara chorando, dizendo que não aguentara mais
a diferença cultural,pois ele saíra todas as noites e ia para os cafés
com os amigos e ela tivera que ficar em casa lavando a louça do
jantar,depois ir para a cama e esperá-lo.
Também reclamara da falta de conversa entre os dois,ela nunca fora
fluente no Inglês,mas estivera aprendendo a língua turca,e os
diálogos entre eles eram monossilábicos,e ela sentira muita solidão.
Também me pedira para não contar nada aos pais.
Letícia sempre fora uma menina tranquila,porém muito mais
desinibida que eu,porém não estivera sabendo administrar tal
relação.
Ela também dissera ter que cuidar da casa,servir a sogra como um a
serviçal qualquer.
Ela aprendera a cozinhar a comida turca,mas para a sogra sempre
faltara algo mais.
Ela dissera ser Istambul uma linda cidade,mas saíra apenas com o
marido e nunca pudera olhar para os lados apenas para frente toda
coberta,com uma espécie de lenço escondendo os cabelos.
Mas concluíra depois:
Amiga eu não vivo sem esse turco!
E ríamos!
Terminando a faculdade, eu fora trabalhar no laboratório junto ao
Renato, trabalhávamos em repartições separadas, mas ele sempre
trocava ideias comigo, e me tirava das possíveis dúvidas.
Somos um Universo incrível e temos uma infinidade de outros
minúsculos seres que habitam nossa constituição, minha fé foi se
firmando cada vez mais, alguém usara a mesma receita, somos obras
de um Engenheiro do Universo.
Nosso sangue, uma organização conjuntiva líquida, produzida na
medula óssea vermelha, que escorre pelas veias, artérias e capilares
sanguíneos nossos, e de todos os animais vertebrados e
invertebrados.
O sangue forma um dos três componentes do sistema circulatório, os
outros dois, são o coração e os vasos sanguíneos.
Quando adentrava nesse universo, através de estudos
microscópicos,eu sentira que a vida pulsara dentro de uma
engenharia perfeita.
Ficáramos um tempão conversando a respeito eu e Renato, e quando
estávamos abraçados,eu sentia meu universo fundido ao universo
dele.
Eficácia que vibrara na mesma frequência, frase de um amigo.
A pura verdade!
Houvera descoberto um mundo diferente,mais solto e ao mesmo
tempo mais centrado na verdadeira essência.
Nesse momento então, percebia que isso fazia sentido,
constatando de tão de perto assim, nossas frequências, minha e do
Renato.
Quando temos a felicidade de encontrar na vida, alguém especial,
como sempre eu
ouvia dizer, a vida toma outro rumo tornando tudo possível e
pacificador.
Eu sentira que tudo estivera ali dentro de mim ,o tempo todo, bastava
que alguém me desse as coordenadas e me ensinasse o caminho.
Íamos á praia juntos e ele havia deixado o vôlei, agora ficávamos
juntos apreciando a Natureza em tamanho maior, um Universo que
comporta todos os outros universos.
Estivéramos vibrando na mesma assiduidade em tudo que fazíamos,
não de maneira condicionada e obcecada, muito pelo contrário, num
clima, da mais calorosa calmaria.
O amor era nosso combustível, nossas sustentações,
portanto, víamos em tudo, uma beleza singular.
Viver sem aborrecimentos também,nos seria um tédio.
Sempre fora maravilhoso refazermos um desentendido.
Assim, jamais houveram palavras para nos magoarmos, e fizéramos de
nosso silêncio, um ponto de reflexão.
Um motivo de crescer com o tempo sem perdermos nossos preciosos
dias.
O tempo passara tranquilamente,porém o calendário minutara o
tempo que estivéramos juntos e eu fora muito feliz no amor.
Renato fora como um livro,que eu fora lendo suas páginas todos os
dias,assim também eu fora para ele.
Jamais tivéramos a pretensão de um casal perfeito,mas nossas
fraquezas sempre foram ventiladas,logo pois,esquecidas.
Estivéramos nos preparando para nos casarmos,pois já namorávamos
há mais de sete anos.
Houvéramos aprendido a gastar e fizéramos uma conta conjunta na
qual depositáramos todos os meses nossas economias e já tivéramos o
necessário para montar um pequeno apartamento sem dívidas.
Tínhamos nosso carro e sonháramos futuramente termos nosso
pequeno e simples apartamento.
Fôramos abençoados pelo amor e pela contenção de despesas,tudo que
quiséramos fora nos casarmos,aí pudéramos gastar mais.
Planejáramos nosso casamento!
Renato parecera parte de mim!
Quando eu completara vinte dois anos e ele com vinte e sete, nos
casamos, fora uma cerimônia simples, as minhas amigas da
adolescência, meus familiares e os dele, nos despedimos na igreja e
viajáramos á Florença Itália.
Florença sempre fora um município italiano, sub-capital e maior
cidade da região da Toscana e da província homônima, por volta de
trezentos e setenta e sete mil habitantes .
Estendida em uma área de cento e dois quilômetros quadrados,
tendo uma densidade populacional de três mil e quinhentos
habitantes por quilômetro.
Florença fora durante muito tempo considerada a capital da moda.
Cidade considerada o berço do Renascimento italiano.
Simplesmente também, uma das cidades mais encantadoras do
mundo.
Tornara se célebre também por ser a cidade natal de Dante
Alighieri, autor da Divina Comédia, que é um marco da literatura
Universal.
Tão marcante que influenciara a língua modera italiana.
O Renascimento emocionara sem pedir licença.
Eu ficara com a sensibilidade á flor da pele,nunca imaginara estar
ali,ainda mais com Renato meu grande amor.
Na Divina Comédia, Dante Alighieri descreve a cidade de Florença
em muitas passagens, assim como alguns de seus contemporâneos
florentinos célebres.
E tal cidade sempre fora nosso sonho de consumo.
Enfim estivéramos nós felizes para sempre,desfrutando de belas
arquiteturas,ruas, praças e casas de Florença.
Sempre houvéramos dizer que Florença pudera ser tranquilamente
considerada o coração da Toscana, além de “berço da arte e da
arquitetura italiana”, principalmente do período renascentista.
Florença é indubitavelmente a cidade toscana mais famosa do
mundo.
Poggi construiu a praça como um monumento em obediência a
Michelangelo e suas obras, que deveriam ser exibidas em tal praça.
Tanto o “David” quanto às esculturas de Lourenço II de Médici.
O edifício nunca chegou a ser um museu e hoje abriga um famoso
restaurante panorâmico.
Há uma grande réplica em bronze do “David” de Michelangelo.
Tiráramos fotos em todos os lugares para enchermos nossa
casa,nossa cabeça,nossas lembranças que ficaram fixadas de
maneira tal a ponto de sentirmos saudades, e vontade de estarmos
sempre ali.
Nos desfrutamos do amor, assim esquecendo de tudo, afinal era um
momento único para nós dois.
Renato como meu esposo, preenchendo me em satisfações.
Era um sonho consumado, vestido com as vestimentas da
adolescência, doravante teríamos nossos filhos e éramos uma
família se formando.
Quando casáramos, eu estivera grávida de dois meses do Júnior
nosso bebê, que nasceu sete meses depois.
Trouxera para nós uma vida um pouco mais agitada, porém repleta
de felicidade.
Renato ajudava a cuidar do Júnior e nem precisamos de empregada,
nossa casa era organizada, o que nos permitia vivermos a vida sem
complicações.
Intercaláramos o horário no laboratório e tudo foi transcorrendo
perfeitamente.
Renato dava banho no Júnior e quando eu chegava de meu turno,
encontrava tudo muito organizado, ele realmente me encantava em
todos os sentidos, inclusive como pai.
Quando o Júnior completou um aninho, levávamos aos passeios na
praia á tardinha, quando verão, a brisa do mar, pareciam acalmar.
Júnior era um anjo!
Lembrara de quando conhecera Renato, quanta coisa eu superara
com a ajuda dele.
Invalidações deixada para trás, denotava que naturalmente,eu
houvera crescido e multiplicado os motivos para ser mais feliz.
Quando na adolescência tivera como felicidade um sonho, que não
conseguira decifrar, porém, ficara fortalecendo um absurdo
desconhecido dentro de mim.
Portanto, a maturidade jovial de Renato fora um excelente
trampolim, para que eu saltasse para uma vida mais elevada.
Jamais quisera que Júnior nosso filho viesse a sofrer na
adolescência,pois a adolescência para mim,fora como adoecer.
Não me sentira nem uma adulta e nem uma criança,então depois de
ler e estudar percebera quão difícil fase,tanto para os pais
entenderem,quanto para o adolescente.
Mas com o Júnior será diferente,pensara sempre eu.
Porém se em tal,fase, eu começasse a namorar um pervertido, talvez
teria saltado para a perversão, embora recebesse de meus pais,
sempre uma orientação adequada, ainda estivera imatura.
Quando imaturos,geralmente fragilizados,embora discordem
sempre,existem os que jamais amadurecem,imaturos a vida toda.
Pois é...
Porém mesmo assim, soara como um risco para mim,meus pareceres
absurdos de adolescência.
Eu sentira amor pelo Renato e além disso, uma imensa gratidão a
tudo que ele me era.
Aprendera a caminhar com passos firmes e equilibrados e quando eu
falhara, voltara e me refizera, entendendo, que teria que realizar
tal fato, a vida inteira.
Isso eu aprendera a conjugar como sabedoria,também estivera
sempre aberta a novos conhecimentos,novas descobertas,seriam tais
atitudes que fariam de mim,uma pessoa madura e sábia.
Eu quisera sempre com meus erros,prevenir os acertos de meu filho
Júnior,porém,fizera parte da sabedoria entender,que eu jamais
pudera ser super protetora,Júnior teria que viver a própria
vida,orientado,porém sozinho.
Quando eu pudera me definir, em antes, e depois de Renato, quando
dentro de mim,havia também uma ânsia de libertação de meus
medos, e da superficialidade, que tanto me sufocavam
então,tornando-me insegura e tola.
Eu tivera habilidades para jamais criar dependência,Renato sempre
fora algo mais e jamais um complemento para mim.
Éramos felizes de nosso jeito.
Quando o Júnior estivera com seis meses, comecei a sentir dores por
todo corpo, fizera uma série de exames e nada detectado, fiz a
Proteína C Reativa e não detectou mais reumatismo, o clínico que
me atendeu mediante exames de toque disse tratar-se de
fibromialgia.
O Renato ficou muito assustado, mas eu o animei dizendo que eu
sempre tivera fibromialgia também, a única diferença então, era o
diagnóstico dado, o que me favoreceria.
Passara a cuidar melhor da alimentação, fazer caminhadas e
exercícios físicos, isso já me animara bastante e as dores ficaram
sob controle.
Nosso filho,nossa alegria e á medida que o tempo passara estivera
mais esperto e lindo.
Em idade escolar nunca nos dera trabalho,nunca excedera em
nada,muito menos faltara,fora uma criança espetacularmente
normal,como eu sempre imaginara ter filhos assim.
Ele crescera então,apenas amparado,jamais tentáramos interferir
em suas decisões desde que fossem decisões sadias.
Júnior conosco aprendera, mas nos ensinara bastante também,pois
as crianças sempre têm a lógica inalterada.
Ele sempre fora tranquilo e feliz!
O Júnior sempre fora uma criança forte e saudável, fora uma bênção
em nossas vidas, e o Renato fora o pai mais amoroso do mundo.
Nós raramente precisáramos educar nosso filho, apenas tivéramos
como vida ,uma responsabilidade de sermos melhores, sem que
fizéssemos tanto esforço para isso.
Porém,sempre notara em Júnior,embora fosse bem tranquilo,mas me
parecera bastante perceptivo no que tangera ás coisas rotineiras.
Viera a idade escolar ele nunca fora o melhor aluno da sala,mas fora
naturalmente inteligente o suficiente para tirar boas notas.
Vez ou outra tivera algumas queixas a respeito de colegas,mas nada
fora grave,entreveros naturais de acontecerem em determinada
idade.
Um dia me dissera:
Mamãe,como é estar apaixonado?
Eu respondera:
É pensar na menina o tempo todo.
Ele concluíra:
Então eu estou apaixonado por Amanda.
Amanda?
É tua amiguinha de escola?
Sim!
Nas férias de Júnior, visitáramos Porto Alegre, cidade de serviços
centrados entre a parte industrial do estado nordeste, e a parte rural
sul.
É também chamado de "Capital do MERCOSUL"
Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul e a maior
afluência urbana do sul do Brasil.
Pudemos constatar a mistura perfeita de culturas brasileiras,
portuguesas espanholas.
Essas somas dão uma forte herança europeia, dá à cidade um fundo
único ao Brasil.
É uma das metrópoles mais ricas do país, a capital do estado com
maior qualidade de vida e taxa de alfabetização.
Tendo noventa e sete por cento das pessoas alfabetizadas, a capital
do livro do Brasil.
Os gaúchos são muito orgulhosos de sua terra e cultura.
Em mil oitocentos e trinta e cinco surgiu uma revolução, que
declarou o Rio Grande do Sul independente do Brasil, o conflito
nacional mais significativo do Império do Brasil de vinte dois á
noventa e nove.
Quando asseveramos que o Brasil é um país pacífico,
Costumamos chamar guerras de revoluções.
É realmente, ao longo da História a guerra foi abrandada pelo
eufemismo “Revolução”
Pois sempre soubéramos que houvera ódio predominante, em certa
parte populacional brasileira fora antigo.
Revolução Farroupilha, ou Guerra Farrapos, a mesma guerra
causou destroços em todo o estado durante dez anos sangrentos, Dez
anos que foram massacrando quase vinte por cento dos gaúchos e
levando a um tratado de paz onde a Republica do Rio Grande,
novamente se tornou parte do Brasil.
Outra grande revolução brasileira também começara no Rio Grande
do Sul, fora a Revolução Federalista de mil oitocentos e noventa e
três, defendeu a descentralização de poderes e maior autonomia
para os estados, e só terminara em mil oitocentos e noventa e cinco
Porto Alegre faz jus ao povo alegre e hospitaleiro, uma mistura de
raças resultando de homens e mulheres com aspectos simples e
requintados.
Isso nos fizera entender, que um povo se destaca a poder de duras
conquistas, fora o caso da cidade orgulho do Brasil.
Literalmente uma cidade de primeiro mundo.
Um povo bastante alegre,que gosta de conversar e contara muitas
histórias também,o prato preferido sempre fora o churrasco.
Visitáramos o Caminho dos Antiquários, encantara me
. antiga ,que nos remetera á
com a proximidade de uma decoração
História.
.Deliciosos pratos das culinárias portuguesas,espanholas e
simplesmente gaúchas inspirada na fusão de um povo, que carrega
em si o orgulho da procedência.
O Brasil sempre fora um país pronto para receber qualquer
imigrante de braços abertos,um país onde o preconceito perdeu sua
vaga.
Caminhando entre estes,sempre percebera a beleza da
diversidade,pois a miscelânea de raças dera espaço para um povo
alegre,porém diferente de todos os povos do mundo.
O Brasil sempre fora um país onde as pessoas de bem vivem e
exercitam suas crenças e gostos,onde a moda nunca existira porque
o povo brasileiro sempre descomplicara em tudo.
Gostáramos de viajar e conhecer cidades próximas ou mesmo
distantes, aqui no Brasil.
Júnior sempre estivera conosco, e também desenvolvera o gosto
pelas maravilhosas viagens.
O Brasil é um país imenso e por mais que viajáramos,jamais
conheceríamos tudo,mas sempre estivéramos planejando viagens.
Olhara ao lado de Renato,vira meu filho Júnior, o tempo voara e eu
não percebera tudo era prazeroso, que mesmo em face de
aborrecimentos corriqueiros,eu conseguia manter um equilíbrio,
que me deixara pasma comigo mesma.
O melhor da vida de toda pessoa, sempre fora, quando ela mesma
se encanta com suas atitudes, com sua calma, com sua paz e
tranquilidade.
Eu precisara de tais, no controle da fibromialgia.
Para isso colocara a nossa vida galopando com as rédeas nas mãos
do amor.
Quando vamos nos aborrecer, o amor nos mostra, que de outro jeito é
melhor.
Eu sempre observara que estivera melhor no dia seguinte,mas
quando eu regredira,ficara muito chateada comigo
mesma,então,com cuidado voltara a virtude da paciência para
angariar o amor e seus complementos.
Júnior,sem a nossa interferência optara por Biomédica também.
Tudo fluíra naturalmente e Júnior estivera ficando um rapaz lindo
e amoroso quanto o pai,ele houvera ficando com algumas
meninas,mas nunca nos dissera que estivera namorando.
Mas estivera.
Júnior estivera quase formado,eu e Renato estivéramos felizes .
Um dia minha amiga Letícia viera visitar os pais que assim como os
meus,já bem idosos juntamente com a filha ,o genro e uma neta.
Letícia estivera completamente mudada, e já não articulara bem o
nosso português brasileiro.
Tivéramos falado pouco depois de seu casamento e nos
perdêramos,cada uma cuidando de sua vida.
O marido não lhe acompanhara,mas ela havia adotado certos hábitos
que foram como uma lavagem cerebral,pois se entregara totalmente
á cultura turca.
Conversáramos muito uma noite,ela tivera uma netinha linda,sua
filha fizera magistério e dava aulas numa escola de crianças.
Me dissera que no começo pensara em fugir,mas não tivera
como,sempre fora rechaçada por ser estrangeira e principalmente
brasileira e pobre.
Ela era uma serviçal que morava com os sogros cunhados,cunhadas e
a medida que o tempo passara a família fora aumentando.
Carecera da autorização dele para viajar com a filha,genro e neta.
Ela de qualquer forma estivera feliz,pois se adaptara com aquela
vida,cujos serviços domésticos não lhes fizera mal.
Ela fora flexível e se adaptara.
Planejáramos uma outra curta viagem e Júnior fora conosco
também.
Situada em meio a um grande túnel verde, a Gonçalo de Carvalho foi
eleita a rua mais bonita do mundo.
Fizemos um maravilhoso passeio e admiramos as mais de cem
árvores da classe Tipuana, que chegam a atingir a altura de um
prédio de sete andares.
Visitamos as exposições do museu Iberê Camargo, um dos principais
da Capital.
Também concluímos a tarde, assistindo ao sucessivo e belo pôr do
sol do Guaíba. Habitantes de Porto Alegre não precisam de lugar
nem horário específico para degustar um chimarrão, e unindo o útil
ao agradável visitamos a Praça Carlos Simão Arnt, a Encol.
Fora um passeio maravilhoso, nosso filho Júnior ficara encantado
com Porto Alegre e dissera que sabia muito bem localizar a cidade
no mapa, e que agora conhecera essa linda cidade bem de perto.
Passáramos quinze dias incríveis desvendando a Porto Alegre,
conversamos muito, falamos uma porção de coisas, que ás vezes no
dia á dia, deixamos de lado.
Júnior sempre fora um filho amoroso, mas tinha verdadeira paixão
pelo pai, mesmo porque não tinha como não ter.
Voltamos da viagem com nossa cabeça organizada e descansada, pois
conhecer o Brasil, sempre é um motivo de orgulho patriótico,
quando muitas pessoas buscam lá fora o que tem de sobra aqui, em
beleza de espaço físico, humano e cultural.
Voltamos ao trabalho e Júnior ás aulas, e nos programávamos
sempre para passearmos juntos nas férias, isso era muito bom para
nós todos.
Júnior começara a crescer e sair com o pai para ir á praia, quando
eu não podia.
Eles iam jogar futebol na praia,nadar,fazer uma infinidade de coisas
juntos.
Aos domingos, nos divertíamos os três.
Ás vezes eu me preocupara com Júnior,poucos amigos,tranquilo
ouvindo música ,jogando bola e fazendo companhia aos pais.
Mas,conversando com Renato ele me dissera:
Maira!
Esquecestes como fora eu quando adolescente?
Então eu voltara no passado,e realmente Júnior tivera um estilo de
vida ,muito parecido com o pai.
Futebol sempre fora a paixão de Renato e de Júnior também .
Júnior tivera poucos amigos que sempre nos fizera companhia.
O tempo correra muito e quando percebêramos, Júnior já era um
moço lindo de dezoito anos no segundo ano de biomédicas também.
Fora escolha dele, não houvera interferência nossa e se interferimos
não fora de maneira não intencional, porque conversávamos muito
sobre nosso trabalho, então ele ficara fascinado fazendo perguntas
e mais perguntas, quando ainda bem criança.
Um dia ele nos apresentou uma garota Mirela de Joinville, que
fizera biomédicas na sala dele.
Joinville fica pertinho de Itajaí, cerca de aproximadamente oitenta
e nove quilômetros.
Uma garota espetacularmente linda!
Ficáramos felizes e encantados com a beleza da moça.
Eu dissera:
Meu filho tem bom gosto Mirela!
Ela sorrira e nos dissera:
Eu também!
Todos sorríramos e conversamos aquela tarde toda na praia.
Ela me dissera ser modelo e que tal trabalho a atrapalhara nos
estudos,pois tendo desfiles,precisara faltar ás aulas, e sempre .
Mas Júnior sempre a ajudara.
Fizera o que pudera para Mirela.
Mesmo namorando Júnior só nos apresentara dizendo:
Mãe,pai,esta é a Mirela!
Como chegaram de mãos dadas e ficaram juntos conversando o tempo
todo, sentimos, que se tratava de um relacionamento muito sério,
pelo menos denotara isso.
A Mirela no outro dia ,fora um sábado, almoçara conosco e passara a
tarde todinha com o Júnior vendo um filme.
Ela nos pareceu uma garota bastante simpática, sem contar que era
absurdamente linda.
Depois que nos apresentou conversamos á respeito durante a semana,
falamos sobre sua beleza e ele disse que ela era modelo também.
Ela nos contou:
Dissera eu ao Júnior.
Ele rira e dissera:
Como as mulheres são rápidas!
Depois rimos todos.
Renato dissera:
Agora tua mãe tem alguém para contar sobre nosso namoro.
Eu rira!
É mesmo,dissera Júnior!
Rimos todos!
Á medida que o tempo passara Mirela passara o tempo todo no
apartamento Júnior,eles eram apenas namorados,segundo
Júnior,mas facilitaria para ela fazer a faculdade.
Ela precisara trabalhar e viajara para o exterior,ficava semanas e
Júnior se incumbira de pegar a matéria e também responder a
chamada,uma vez que estavam na mesma classe.
Júnior soubera que não era certo ele fazer isso,mas fizera por
influência dela para não estourar por falta.
Portanto, ás vezes, ela faltava da faculdade por causa do serviço.
Eu sempre apreciara a carreira de modelos, achava muito linda, mas
confesso que levei um grande susto ao saber que meu filho namorava
uma delas.
Era preciso ele ter uma cabeça muito boa, e treinada para
administrar possíveis ciúmes.
As viagens e ausências da namorada, eram constantes, em função do
trabalho.
Depois passei a observar mais o Júnior, e ele sempre me parecera
bem feliz.
Isso era muito importante.
Júnior era literalmente apaixonado por Mirela,eu percebera logo.
Literalmente!
Porém, depois de um tempo, também percebera meu filho muito
envolvido, fazendo de tudo para manter seu relacionamento com
Mirela.
Ás vezes o pegara muito preocupado, mas me dizia que ela era a
mulher de seus sonhos, então ele achara bom demais para ser
verdade.
Sempre o acalmei ,dizendo que confiasse mais nele, pois era um rapaz
incrível, bem preparado e que poderia ainda fazer outras faculdades.
No entanto, rapidamente eles começaram a morar juntos e viverem
grudados o tempo todo.
Assim como também,ficavam distantes por longas semanas em que
Júnior passara triste e silencioso.
Evitara sempre conversar conosco e se afastara literalmente,de
Renato e eu.
Quando sozinho nos finais de semana o convidáramos para o futebol
na praia,ele se negara dizendo que precisara estudar.
Pois ela viajara e passara meses sem voltar ele permanecia á sua
espera, se comunicando com ela através do Skype.
Então ele passara o final de semana dentro de casa,plantado em
frente ao Skype esperando que ela ligasse.
Ela sempre lhe dissera para não ligar.
Nesse dia eu nem acreditara que meu filho houvera saído de tal
condição em que vivera.
Ele houvera se fechado e não quisera nos ouvir e também muito pouca
coisa mediante tal situação,pudéramos fazer.
Ele estivera sob o domínio de uma sociopata,que resolvera viver da
maneira que ela bem entendesse e que Júnior a aceitasse assim.
Júnior não encontrara forças para impor suas condições,então
enquanto estivera fragilizado viviam a vida a dois,do jeito que ela
determinara.
Renato:
Meu filho,essa maneira de viver está errada,pois está acabando
contigo!
Júnior:
Papai,por favor,não venha se por no meio de nós,eu e Mirela sabemos o
que é melhor para nós dois.
Renato; Mas meu filho,ela te trai com outros homens e o pior nuca
fora isso,podes ter alguma doença sexualmente transmissível.
Júnior:
Por favor papai,se forem para vossas casas eu agradeceria.
Fomos para nossa casa chorando e muito bravos.
Júnior houvera mudado!
O tempo passara rapidamente sempre percebera quando estivera
feliz,porém quando estivera vivenciando momentos de
infelicidade,parecera que tudo ficara estagnado e que teria que me
conformar,pois tudo estivera definitivamente resolvido e assim
permaneceria para sempre.
Fora muito difícil Júnior se convencer de que estivera sendo
manipulado por Mirela,houvera um tempo que ele não enxergara
nada,ou pelo menos fingira não enxergar para não sofrer.
Depois que se convencera,pior ainda,ele aceitara o fato,pois não
conseguiria viver sem ela,nos dissera sempre.
Então ele houvera se tornado um escravo dela,praticando atitudes
ilícitas como responder a chamada dela na faculdade.
Ele estivera pondo sua honestidade em perigo,pois já não sabíamos
mais quem fora realmente nosso filho.
Ele se tornara cúmplice de uma mulher sem escrúpulos e quando ela
soubera,que nós soubéramos,jamais se preocupou.
Um dia viera em nossa casa com Júnior e nos dissera:
Maira e Renato:
Por favor!
Não atrapalhem as nossas vidas,estão nos sufocando!
Ficáramos pasmos!
Tentáramos dizer:
Mirela querida,se não quiser abandonar a carreira,tranque a
matrícula,quem sabe mais adiante a carreira de modelo se torne
mais tranquila,então tu continuas.
Ela respondera com tranquilidade:
Não!
Parem de tentar decidirem minha vida,eu sei bem o que preciso
fazer,O Júnior sabe de minha luta para poder manter minha
presença no mundo da moda.
E continuara:
É bastante cansativo,bastante exigente,mas é o que eu escolhi para
mim,pois me proporciona uma vida mais tranquila financeiramente.
Aquele dia quem ficara com vontade de mandá-los embora de casa
fora eu,o Renato se mantivera em silêncio e pedira licença para sair
da sala.
Ela e Júnior levantaram de mãos dadas e se despediram.
Tudo houvera se modificado em nossa casa,já não éramos mais os
mesmos.
Júnior que sempre fora tranquilo e amoroso estivera diferente.
Ansioso e preocupado!
Extremamente inseguro!
Presumira que ele estivesse bastante feliz, mas achara meio
estranho esse relacionamento distante dos dois.
Por outro lado, imaginava que com o tempo, Miranda decidiria por
trabalhar apenas no Brasil.
Depois ficara sabendo através dele, que ela alugara um apartamento
na Califórnia, mas ele parecia concordar, pelo menos não
argumentara nada a respeito, quando ela voltava, ele a enchia de
presentes, e também comprara um carro novo só para ela , me
comunicou um dia muito feliz.
Afinal, a felicidade de meu filho, sempre fora a minha felicidade e do
Renato também.
No entanto,nunca entendera tanta ingenuidade por parte dele,não
fora assim que eu entendera o amor,ao me apaixonar por Renato.
Renato conversara comigo,porém jamais quisera se interpor entre
os dois e sempre me dissera:
Maira:
Uma hora o Júnior se cansa e por si só resolve tal relacionamento
sem nossa interferência,mas esse tempo parecera nunca chegar.
Ás vezes,Renato pressentira algo,mas calara.
Talvez nossas interferências pudessem complicar a situação,então
deixáramos Renato resolver.
Renato estivera muito cansado, pois havia cobrindo o horário de
uma biomédica, que estivera com o filho doente, mas depois tudo
voltara ao normal.
Começara eu, sentir um cansaço meio estranho,insônia e muitas
dores pelo corpo, fizera uma bateria de exames e nada fora
detectado.
Além disso, passei a me sentir desinteressada um pouco das coisas
que eu mais adorava fazer que eram passear, ir na praia, viajar.
Eu não quisera estragar os finais de semana do Renato, mas era
muito difícil criar coragem para sair.
Nunca eu fora assim.
Então visitando um clínico ele me assegurou que a fibromialgia era
assim mesmo.
A partir daí minha vida tornara um pouco mais delicada, pois as
dores voltaram a tomarem conta de mim no inverno principalmente,
e associadas sempre por uma fadiga imensa. Já no verão, uma
sudorese intensa acompanhada de exaustão.
Realmente um fardo pesado para carregar, fazendo tudo para que
isso não complicasse nossa relação familiar, que era tudo para mim.
A fibromialgia é uma doença estranha para muitos .
As pessoas acometidas por essa doença, nunca sabem quando ela vai
agravar.
No meu caso sempre fora a fadiga meu agravante juntamente com a
sudorese.
Eu me tornara uma chata quando chegara o verão,não conseguira
sair de casa,transpiração excessiva e com esta muita fadiga.
Já estivera acostumada e Renato também,portanto eu aprendera a
conviver em tal condição.
Supõe a Ciência, que seja uma deficiência de neuro- transmissores,
que fabricam a endorfina.
E, ao longo do dia, uma pessoa sem deficiência de endorfina
contunde o corpo ao andar,sentar,dirigir,enfim realizando todas as
atividades possíveis, sem nenhuma dor.
Já com o fibromiálgico,por não portar endorfina, tudo é motivo de
dor.
O Renato lembrara de minhas antigas queixas quando garota, vendo
ele correndo para jogar vôlei na praia.
Mas quando jovem, vamos ignorando todos os sintomas e relevando ,
porém com mais idade, sentimos parecer mais denso e dificultoso.
Mas houveram tempos em que as fases acalmavam, e tal doença
parecera não existir.
Eu começara a praticar atividades físicas, e nos dias em que estava
deprimida, me recolhia no silêncio e ele passou a entender. Então,
aos poucos fui trabalhando a fibromialgia e seus sintomas para que
não aniquilasse minha vida.
Jamais fora fácil fazer de conta que não sente dor, mas começara a
me cuidar como alguém que estivesse se fortificando para jogar
algum incômodo bem longe.
Muitos dias , minha dor foi contornada, com convivência de Renato,
que me tratara de um jeito, como se estivesse me curando uma
ferida estranha dentro da alma.
Eu pressentira algo muito estranho acontecendo ao nosso entorno.
Soubera que meu corpo reagira ao ver meu filho sofrendo,mas
fingindo estar feliz.
Estivera sempre sozinho,ela quase nunca o acompanhara porque
estivera trabalhando e o pior não fora isso.
Ela estivera atrapalhando os estudos de Júnior e o colocando numa
situação desconfortável perante a faculdade.
Não precisara muito tempo para percebermos que se tratara de uma
pessoa egoísta e fria e que Júnior se tornara seu subalterno.
Fora muito difícil para nós ,os pais nos mantermos calados mediante
o obvio.
Ainda bem criança sentira as dores da fibromialgia,mas naquela
época,o médico dizendo tratar-se de febre reumática ,que eu houvera
contraído numa infecção de garganta.
Quando adolescente, tomava doses homéricas de Benzetacil,então
toda dor que me aparecia nessa fase, era da febre reumática que foi
mascarando o diagnóstico.
Ou simplesmente,o médico desconhecera tal condição.
O difícil mesmo era carregar a depressão, ela me deixava
pesada,letárgica,lenta e outras vezes, tão ansiosa.
Os anti depressivos sempre ajudaram,mas conviver com uma possível
depressão aparecendo a qualquer momento sempre fora
desconfortante.
Nesse tempo, voltara um pouco para mim,meu filho estava se
formando, era uma alegria para todos nós,eu pensava na dificuldade
que teria em participar de sua formatura.
Renato ia até a praia comigo,mas me faltava coragem para nadar,
fazer caminhadas, mesmo assim,eu vencia meus limites e ia para me
exercitar.
Tais fatos, sempre surtira um efeito positivo.
E quando mal percebera nem pensara mais na fibromialgia.
Esta não existira mais!
A compreensão de Renato, sempre me ajudara em tal fase fora a
minha felicidade, amava meu marido e meu filho, era doida por eles,
então tudo ficava muito mais fácil.
Eu me sentira melindrada porque vira uma relação disfuncional
entre Júnior e Mirela.
Sentira tristeza ao ver meu filho triste fingindo estar feliz,ou
simplesmente nos evitando para não demonstrar sua tristeza.
Ele se afastara eu nós ficáramos meio distantes porque não
queríamos ser o motivo de uma separação inevitável,mas meu filho
precisara perceber tudo.
Mirela estivera sempre muito linda,maquiada e bem vestida,no
entanto,jamais fora uma elegância normal.
Ela provocava olhares por onde ela passara com meu filho pelas suas
roupas ousadas e extravagantes.
Eu,sinceramente gostara do estilo dela,mas Renato achara bastante
estranho uma moça se maquiar para ir á praia porque fora viciada
na maquiagem.
Eu quisera ver meu filho feliz,mesmo com ela e sua maneira de
ser,mas isso não acontecera,eu o percebera triste e desapontado
sempre.
Sempre!
Como com a fibromialgia, quase não há o que se fazer, a não ser
melhorar a qualidade de vida, cercara me de pessoas, no mínimo
compreensivas.
Isso tudo eu tinha de sobra.
Renato começara também a ficar pálido e abatido , pensáramos que
fosse estresse, mas em um certo dia ele disse que não ia trabalhar
porque estava se sentindo muito mal.
Justo o Renato que sempre fora tão saudável,ex atleta que soubera
tudo sobre alimentação saudável e qualidade de vida.
Alguma coisa devia estar acontecendo.
Pensei.
E realmente a fisionomia demonstrara alguma anormalidade.
Fomos ao clínico que receitou uma bateria de exames laboratoriais,
o Renato se submeteu aos exames todos.
Ao voltar para casa foi para cama, e eu muito preocupada, ele não
queria me preocupar, mas eu o sentia muito mal.
O Júnior também estava preocupadíssimo com o pai ,sentando de seu
lado e conversando muito, depois o deixara descansar por longas
horas.
Júnior parecera bem triste.
Bem preocupado!
Com os exames prontos tivemos a alegria de constatar,que tudo
estava dentro dos parâmetros da normalidade.
Porém Renato ainda estivera muito atenuado fisicamente.
Nosso filho formado trabalhando em um grande laboratório de
Florianópolis morando com a Mirela, tiramos umas férias mais
esticadas e fôramos visitar a África do Sul.
Quanto ao relacionamento dos dois, a nós convinha esperar que
melhorasse , Júnior parecera ter se adaptado a vida de Mirela.
Renato presumira tratar-se de uma garota de programa e não uma
modelo.
Eu a priori ficara liquidada,mas depois viajáramos,para espairecer.
África do Sul, oficialmente República da África do Sul, é um país
localizado no extremo sul da África, entre os oceanos Atlântico e
Índico, com aproximadamente ,dois mil e setecentos quilômetros de
litoral.
É rodeado pela Namíbia, Botsuana e Zimbábue ao norte; Moçambique
e Suazilândia a leste; e com o Lesoto, um enclave totalmente rodeado
pelo território sul-africano.
O país conhecido pela biodiversidade e pela grande variedade de
culturas, idiomas e crenças religiosas.
Que maravilha!
A Constituição reconhece onze línguas oficiais. Duas dessas línguas
são de origem europeia: o africâner, uma língua que se originou
principalmente a partir do neerlandês e que é falado pela maioria
dos brancos e mestiços sul-africanos, e o inglês sul-africano, que é a
língua mais falada na vida pública oficial e comercial, mas é apenas
o quinto idioma mais falado em casa.
Adentrar a África do Sul é cercar-se de uma magia única, cuja
população vem emergindo no que tange a economia de renda média.
Fora uma oportunidade quase única, poder pessoalmente constatar,
uma página da história editada em livros.
Livros de memória!
A África do Sul é uma democracia constitucional, formando uma
república parlamentar; ao contrário da maioria das repúblicas
parlamentares, os cargos de chefe de Estado e chefe de governo
combinados em um presidente dependente do parlamento. Um dos
poucos países africanos que nunca passaram por um golpe de Estado
,ou entraram em uma guerra civil depois do processo de
descolonização, além de ter eleições regulares sendo realizadas por
quase um século. Grande parte dos negros sul-africanos, no entanto,
foram completamente emancipados apenas depois de mil novecentos
e noventa e quatro com o fim do regime do apartheid.
Nosso intento fora,jamais deixáramos que o relacionamento de
Júnior estragasse nosso aproveitamento a tal viagem que talvez
fosse única para nós.
No entanto, não conseguíramos.
Mirela fizera com que Júnior se afastasse completamente,então
nunca mais viajáramos juntos,Renato embora parecesse tranquilo
mas a situação de nosso filho o estivera deixando doente.
Renato:
Ela é tão tóxica que não consigo ficar por perto.
Não que não queira,não consigo!
Passo mal!
Renato:
Eu conversei com nosso amigo psiquiatra Sérgio e ele disse
certamente ela ser uma sociopata ou coisa assim,mas o pior,essas
pessoas gozam de boa saúde física porque se suprem do
aborrecimento que causam ás outras.
Houvéramos lido livros e visto muitos vídeos a respeito.
Infelizmente tudo fechara!
O difícil seria convencer Júnior.
Mas claro!
Júnior sempre fora esclarecido.
A África estava nos encantando,apesar da dor pelo sofrimento de
nosso filho.
Soubéramos que no século XX, a maioria negra lutara para angariar
seus direitos abolidos durante décadas pela minoria branca, uma
luta que teve um grande papel na História recente do país.
Fora um dos membros fundadores da União Africana, da
Organização das Nações Unidas e da Nova Parceria ao
desenvolvimento da África ,era membro do Tratado da Antártida, do
Grupo dos setenta e sete, da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico
Sul, da União Aduaneira da África Austral, da Organização Mundial
do Comércio , do Fundo Monetário Internacional ,sendo ainda,
melhor infraestrutura e a segunda maior economia do continente.
Encontrando mil motivos para se declarar a favor da paz e da união
entre os povos.
Assim tentáramos fazer do tempo e do conhecimento, os nossos
aliados.
E de exemplos populacionais,pudéramos tirar nossas conclusões no
que tange família.
Júnior jamais pudera ser interferido por nós.
Ele estivera tentando se livrar dos laços que o prendiam á Mirela.
Fora uma tarefa árdua!
Fora humanamente impossível não nos surpreendermos, ficarmos
pasmos com uma biodiversidade interligada dentro de um mesmo
continente como a junção das diferenças formando o belo.
A chamada Nação Arco-Íris oferece uma enorme variedade de
paisagens, que vão de praias selvagens a vinícolas de primeira.
De trilhas entre montanhas a passeios nas vibrantes metrópoles.
Kruger Nacional Park , local mais popular para fazer safáris na
África do Sul.
Contudo o país oferece uma infinidade de outros lugares onde é
possível ver a fauna africana.
Um deles é o Madikwe Game Reserve, que ficara ao noroeste.
A África do Sul tem mais de seiscentas vinícolas espalhadas pelo seu
território, que produzem vinhos aclamados mundialmente.
E pudemos comprovar.
Um dos destaques ,a região vinícola de Constantia, a mais antiga do
país.
Enfim, visitar a África do Sul parece estabelecer em cada ser uma
paz, uma tranquilidade, como se fosse um grande espelho refletindo
como se vive com autenticidade, sendo um ser humano bem melhor.
Mia Couto nos viera a lembrança,ilustre figura com seus poemas
contendo relatos incríveis.
Mas de uma coisa eu tivera certeza,eu jamais pudera me declarar
tão moderna,tão compreensiva a ponto de ver um filho sofrendo por
uma moça que esfregara na cara dele o tempo todo que ele fora um
trouxa.
Eu chegara a ficar magoada com Júnior,visto que ele não estivera
fazendo isso somente para ele,mas respingara em mim e no Renato
também.
Temporariamente,iríamos parar com nossas viagens e iríamos ficar
focados na relação de meu filho,Renato soubera que ela fora garota
de programa porque fizera uma busca na Internet com a foto dela.
Ele me mostrara um site onde ela fotografara para sites pornôs.
Tivera um certo requinte,pois os frequentadores era uma elite
mundial e que lá deixara muito dinheiro.
Renato estivera esperando o momento exato para desmascará-
la,poderia até soar como mal caráter, investigar a vida de
alguém,mas mediante o que nos fora gritante,não teríamos outra
saída,quando ela jogara nosso filho contra nós.
Sinceramente não sabíamos como Júnior se envolvera com uma
mulher assim.
Parecera soar como preconceito,mas ela era perversa.
Cínica e perversa!
Ela houvera renegado o amor de Renato,e preferira continuar sua
vida particular,mentindo para ele que fora uma modelo.
Interessante é que ela nunca aparecera em revista
alguma de moda,a família morando na França dissera ela ,sem
muitos detalhes.
E Júnior aceitara tudo isso de bom grado,ela era apenas corpo e
beleza,não tivera nada de complemento,não era inteligente,tão
pouco sábia e se formara,não soubéramos como.
Afinal existe preço para tudo,chegara eu a pensar.
Não me importara se ela fosse uma garota de programa até
encontrar Júnior,mas que tivesse vontade de ascender na vida como
pessoa de bem e largasse tudo,pois acredito que Júnior a mantivera
até que ela arrumasse um emprego,o que não seria difícil.
Porém,o que me deixara muito brava é que ela arrastara Júnior
para sua condição de vida.
Júnior houvera comprado um apartamento em Joinvile de bom
tamanho para um casal de classe média viver e bem.
Tivera três quartos,dois banheiros e muito bem decorado.
Eu e Renato houvéramos feito uma economia e o ajudáramos
comprar,antes de conhecer Mirela,onde ele passara a morar com ela.
O tempo passara e Renato mostrara o Site ao Júnior que chorou a
ver tudo.
E quando ela voltou da viagem ele conversou com ela a respeito.
Júnior:
Dez anos de casados,eu respeitara a opção de não querer filho,de
continuar sendo modelo,de estar sempre sozinho,mas nunca te
acompanhara,confiara em ti.
Mostrara o Site e dissera:
O que me diz a respeito disto?
Mirela:
Eu não tenho nada a mais para te contar além do que sabe.
Júnior:
Então tudo vai ficar por aqui.
Nosso filho depois de dez anos de casado, não suportando mais
tamanho ciúme, separara de Mirela que continuara sua vida fingindo
ser modelo, foi um baque para ele e todos nós.
Meu coração parecera doer fortemente, meu filho andava solitário
pelas praias, sem sequer tentar se dar uma chance por dois longos
anos.
Trabalhara aos trancos e nós ficávamos sem saber como ajudá-lo.
Literalmente!
Pois ele quase nem se abrira conosco.
Em um país machista como o Brasil, falar que um homem sofre a
perda de um amor, quase ninguém daria crédito, mas eu via meu
filho se desmoronar aos poucos e todo dia.
Em dias em que ele não suportava mais, me ligava e perguntava se
eu permitira que ele chorasse um pouco, e chorávamos juntos.
Quando era meu bebê,eu trocava as fraldas, tentava fazer de tudo
para que ele nunca chorasse, mas agora, homem feito,me sentia
totalmente impotente sem poder, sequer fazer alguma coisa para
aliviá-lo.
Eu sempre o incentivara a chorar quando sentira vontade,assim a
dor fora aliviando aos poucos.
Ele sempre fora alucinado por aquela mulher,fria ,calculista que
renegara seu amor.
Vivera viajando,fora prática e sempre dissera a ele que jamais iria
exercer a profissão de biomédica.
Enquanto tudo que Júnior estivera sentindo não passasse,melhor
que não arrumasse ninguém.
O tempo diria muita coisa e com certeza ele encontraria alguém.
Alguém que tivesse a capacidade e as mãos delicadas para tocar o
coração ferido de Júnior.
Eu insistira para que voltasse á nossa casa, mas ele relutara, porém
os anos passavam e eu não via nenhum interesse de meu filho por
outra mulher.
A vida é simples, porém dependendo muito também de quem cruza
nossos caminhos.
A Mirela era uma moça de rara beleza,que dizia sentir um certo
fascínio por aquilo que fizera, fascínio este, que fizera com que ela
se ausentasse muito, até chegar a um ponto em que ele não
suportara mais.
Ele tinha muito do Renato, mas parece que certas mulheres
aventureiras,não se sentem atraídas por homens assim.
Apesar de toda beleza exterior faltara lhe a beleza interna.
Depois de dois anos ela se casara com um cliente renomado e
milionário bem mais velho que ela .
Fora noticiado na Internet num canal que se prestara a publicar
coisas supérfluas sobre a vida de pessoas que apenas têm dinheiro ou
mesmo fama.
Os amigos de Júnior comentaram ,porém ele ficara indiferente e não
dissera nada,como fora seu feitio sempre,então tudo fora passado,e
Júnior parecera mais animado,mais alegre e feliz também.
Que maravilha!
Júnior nos dissera tratar-se de um gringo da Califórnia, empresário,
e quando ela viajara,fora ficar com ele.
Ele fora antigo cliente da boate onde ela trabalhara ,e os dois se
apaixonaram e ele a tirara do trabalho e a mantivera numa vida
luxuosa.
Júnior nos dissera que, mesmo assim, durante muito tempo ele a
aceitara em casa,mas ela dizia não gostar dele.
Tivera uma personalidade estranha!
Dissera Júnior:
E dizia fingir amar o gringo,pois ela gostara da vida que ele
proporcionara a ela,e que quando se envolvera com Júnior,tivera
esperança de um dia vir a gostar,mas isso nunca acontecera.
Eu e Renato ficamos perplexos de nosso filho estar nos contando
somente depois,os tais fatos.
Eu percebera que ele houvera se libertado,fora isso.
Júnior começara a vir mais em nossa casa,conversara bastante,mas
procuráramos não falarmos de sua vida particular.
Fora muito bom,termos nosso filho de volta,alegre ,contente,livre e
feliz.
Ele houvera feito uma terapia nos contara depois.
Agora já quase curado.
Júnior ao iniciar a terapia e descobrira que se tratara de uma
narcisista perversa, onde nenhum sentimento veiculara em seu
coração, porém com uma habilidade malévola de prender a outra
pessoa, se suprindo do sofrimento da vítima
Se desvincular de um relacionamento ,com tal pessoa, sempre fora
muito doloroso, pois acima de tudo veiculara o desprendimento do
amor próprio, e mais o sentimento de culpa.
Houveram dias nublados e cinzas na vida dele, que nem ele soubera
como conseguira suportar, por não se tratar de um relacionamento
sadio.
Ela apesar da beleza, tivera também uma visão inflada de si mesma.
Assim, se permitindo, dominar e controlar o Júnior.
Ela sempre visara suas prioridades, interesses, opiniões e convicções,
atribuindo valor nenhum a presença de Júnior.
Todas as festas importantes na vida deles, foram passadas separados
um do outro, mesmo que ele implorasse, ela sempre tinha uma
desculpa plausível para tal.
Meu filho vivera aos trancos, sempre e á margem de uma relação
quase sem sentido.
Sendo bonito, inteligente, mas tendo dificuldades para se livrar.
Isso fora absolutamente normal.
Em fase escolar Júnior tivera uma namorada por muito tempo.
Ele sempre me dissera que a amara e que se casaria com ela.
Eu nunca o levara a sério,mas mesmo assim,sem constrangimento
ele vivera me falando dela.
Eu sempre o ouvira,mas não o incentivara porque ele tinha que
estudar e uma paixão naquela época poderia atrapalhar os estudos.
O que me deixara intrigada que agora sendo um homem formado e
empregado,não gostara de falar sobre si,sobre seu
relacionamento,ele dissera que precisava preservá-la.
Eu e Renato ficáramos tristes porque jamais tivéramos o intento de
denegrir a imagem da pessoa a qual meu filho amara.
Um dia estivéramos na praia eu e Renato e uma garota toda delicada
se aproximara.
Boa tarde,dissera ela:
Eu e Renato:
Boa tarde!
Quando virem o Júnior,digam que a Amanda mandou um abraço!
Diremos sim querida!
Ela:
Fomos amigos da escola.
Ok!
Isso nos passara despercebido...
Lemos que narcisistas são toxicas e perigosas,porém,livrar-se da
dependência destas,custoso á vítima.
Mirela frequentemente ostentava uma vida repleta de fantasias e
quase nunca se satisfazia com o meramente ordinário, por mais
satisfatório ou maravilhoso que fosse.
Eterna inquietação com a fantasia ,impedira sua personalidade
narcisista de levar uma vida real e estável.
Alimentando sempre desejos de riqueza, fama, muito poder ou
status obsessivamente.
Ela nunca quis filhos e depois percebi que alguma coisa boa restara
disso, pois uma mãe narcisista pode deixar sequelas terríveis nos
filhos dependendo deste.
Meu filho passara a frequentar grupos de ajuda também.
Então, conversara com pessoas, que também foram abusadas por
narcisistas, histórias idênticas.
Fora um tempo difícil, quando meu filho correra sério risco, pois
existem pessoas, que depois de abusadas e descartadas, acabam indo
ao fundo do abismo, correndo risco de suicídio.
Nos juntamos a ele e com muita fé ,e as coisas foram se
esclarecendo.
Meu filho, em primeiro lugar aprendera a se amar e respeitar, depois
se perdoar, por ter se deixado levar por uma abusadora sem
escrúpulos,eu e Renato também nos sentíamos culpados.
Júnior sentira a culpa por tudo que acontecera em tal relação,antes
da cura.
Sentira culpa por ter se afastado de nós,de não nos ouvir e também
de aceitar uma relação com uma mulher feito Mirela,mesmo sabendo
de tudo,inclusive que ela não o amara.
Aos poucos e um dia de cada vez,vimos nosso filho retornando á vida,
resgatando a alegria de viver.
Ás vezes, ele tinha recaídas mediante alguma notícia dela, embora
ele optasse por contato zero sempre.
Júnior começara a sair com os amigos, focou-se mais no trabalho e
cessaram os medicamentos.
Enfim, ele parecera estar dando a volta por cima,também
entendíamos o quanto fora difícil sair de um relacionamento toxico
e abusivo.
Ela sempre fora dissimulada e quando percebera ele se afastando,
começara ligar e dar novas esperanças.
Porém,Júnior,agora mais fortalecido,não lhe oferecia mais reações.
Houvera se munido de ações.
Como ele fora alucinado por ela, fora um sofrimento dobrado ter que
renunciar, mas agora ele tivera certeza com quem ele estivera
lidando.
Depois ela desaparecia, então ele se equilibrava voltando a sorrir e
sair de casa novamente,portanto,não demorava muito tempo para
que ela voltasse de novo.
Meu filho fora orientado pelo terapeuta, de que ela iria se
comportar de tal jeito por longo tempo, não porque gostasse dele,
mas para se divertir com tal sofrimento.
É uma perversidade sem tamanho, mas nosso filho fora a luta e
enquanto o tempo passava ele ganhava forças para se libertar, para
se resgatar de novo á vida e sair do sofrimento.
O narcisista é um ser desprovido da emoção,portanto incapacitado
de amar, se nutre ao ver sua vítima sofrer.
Por mais que sempre acháramos estranho, nunca dissemos nada a
ele ,achando que um dia ele poderia acordar.
Porém, não tínhamos noção do quão perigosa a moça fora, com traço
de personalidade abusivo e dominador.
Questionamos muitas vezes que criamos o nosso filho de maneira
errada, sem deixarmos que ele aprendesse com os nãos da vida.
Júnior estivera fortalecido com dolorido fato.
Assim, como se formasse uma ferida interna, que aos poucos fora
cicatrizando, porém, mediante qualquer aborrecimento, esta
sangrara de novo.
Ele se mantivera firme, se concentrara em inúmeras atividades, que
o ajudaram a esquecer.
Quando estava bem fortalecido, saíra uma foto dela estampada numa
capa de revista masculina e era o suficiente para ele escorregar de
novo, fora um processo mesmo assim, bastante doloroso.
Ele passara a evitar fotos ou coisas que lembrassem a Mirela.
Até chegar um ponto em que pudera vê-la sem sentir absolutamente
nada,sem ódio,nem rancor.
Quando ele estava mais forte, ela aparecera na casa dele
momentaneamente, sempre usando uma desculpa, dizendo palavras
que mexiam com seu coração.
Novamente eles ficavam juntos duas semanas ou mais, depois ela
arranjava outra desculpa e ia embora.
Chegando lá, as semanas meses que sucediam, jamais um email,uma
ligação, nada!
Pior, que ele ainda ficava um bom tempo esperando, com recaídas,
quando pensáramos ter se restabelecido totalmente.
Que tristeza!
Tal fato fora recorrente, durante uns dois anos, depois da
separação, ela vinha lhe dando esperanças, mas depois desaparecia.
Ele houvera feito promessas de mudar de profissão, no fundo ele não
acreditara, mas estava tão fragilizado,quando não conseguia dizer
não e trancar definitivamente as portas para Miranda.
Alguns amigos tentavam ajudá-lo, apresentando outras garotas,
porém, parecia que ele se mantinha completamente alienado a tudo,
que não viesse dela.
Era comum ver meu filho andando solitário pelas praias aos finais
de semana, uma dor latente me perpassava a alma, sem no entanto
conseguir arrancar essa moça de dentro de seu coração.
O lixo narcísico incrustado dentro de Júnior ainda permanecia.
Depois de três anos separados, ele começou a namorar Amanda uma
médica pediatra, de uma clínica de Porto Alegre, ela tinha quase a
idade de Júnior e viera de um relacionamento desfeito, por isso
ambos estavam bastante machucados.
Talvez fossem empatas, pessoas com uma sensibilidade extrema.
Sentira tal fato no Renato ao conhecê-lo, depois me aprofundara
num auto conhecimento, que tirara de mim aquela garota cheia de
complexos, e que passara a ter amor próprio de maneira acentuada.
Uma tarde Júnior estivera na praia e vira uma moça caminhando
pela orla sozinha.
Ao passar por ele,ela o olhara com um ar meio conhecido e dissera:
Júnior?
Ele respondera:
Sim!
Lembra de mim Júnior?
Dissera ela:
Parece que te conheço mas tudo me foge da memória.
Amanda,dissera ela:
Eu nunca te esqueci.
Subitamente Júnior levantara e a abraçara.
Como você está,meu primeiro amor?
Amanda:
Devo estar te esperando,depois rira.
Ele meio tímido dissera:
Onde está ele?
Ela respondera:
Só existe tu,ele jamais existira!
E se abraçaram demoradamente.
Amanda sentara ao seu lado e dissera:
Sabe Júnior?
Naquela época de crianças até a adolescência eu jurava para mim
mesma que iria me casar contigo.
Mas depois te envolvestes com aquela moça e me esquecestes.
E continuara:
Eu sofri muito com a pessoa errada,assim como tu.
Como sabes de mim?
Perguntara Júnior.
Eu sempre estive ligada em ti!
Dissera Amanda:
Mas a tua vida fora se fechando e nunca mais eu pude te ver.
Júnior dissera:
Nossa!
Como estás linda!
Amanda:
Tu também querido!
Quero me casar contigo meu amor,dissera Júnior.
Amanda:
Fora para isso que te esperei!
Eles passaram o resto da tarde conversando,á noite foram ao cinema
e depois deram uma esticada pela cidade.
Amanda havia se mudado de Joinvile para Blumenau,Júnior também
morara em Blumenau,porém nunca se encontraram.
Amanda dissera:
O importante é estarmos juntos e continuarmos de onde paramos.
Júnior respondera:
Vamos precisar sermos fortes,porque a hora que Mirela souber,ela vai
tentar estragar tudo.
Amanda:
Como assim?
Estás casado com ela?
Júnior:
Felizmente nunca me casei com ela,moramos juntos apenas.
Amanda:
E tu a ama ainda?
Não!
E continuara:
Te sentindo por perto a minha vida voltara a fluir como pude quase
perder te meu amor?
Amanda:
Saibas que nunca te esqueci,eu soubera de teu tumultuado
relacionamento,mas eu jamais pudera me aproximar de ti,mesmo
porque nunca mais me procurastes.
Júnior:
Quando ela se aproximara de mim,me deixara atordoado,esquecera
até quem realmente fora eu e agora liberto eu te encontro
novamente,nada pudera ser melhor.
E continuara:
Vamos nos casar meu amor?
Reunimos nossas famílias e tu vens morar comigo em meu
apartamento em Blumenau.
Amanda:
Eu estava lecionando na Faculdade lá e pedira transferência.
Júnior:
Eu abri um laboratório lá.
Tudo bem dissera Amanda,eu tenho como voltar.
Amanhã ligo para a faculdade e digo que voltarei ás minhas aulas e
tudo ficará perfeito,meu amor.
Os dois riam e falavam.
Júnior se devolvera para si mesmo.
Júnior precisara se livrar da mira de uma personalidade narcísica,
Pois ele possuíra muita luz e Mirela com todo seu esplendor e beleza,
jamais brilhou perante Júnior, parecendo fútil, apagada e
extremamente superficial.
Quando ele nos apresentou Amanda, pude sentir uma ligeira
simpatia por aquela moça, que com o passar dos tempos, só veio me
convencer mais ainda.
O Renato também gostava muito dela, já a conhecera,e depois
conversando com o Renato,ficara sabendo que Amanda fora aquela
garotinha que Júnior quando ainda no colégio me dissera que a
amara.
Júnior já não vivia ás voltas com uma paixão intensa, mas sim
desfrutava de um amor tranquilo, sentira meu filho renascendo para
a vida.
Fora um guerreiro que saíra vitorioso.
Quando Júnior falara sobre o que ele houvera feito vistas
grossas,Amanda dissera que ele não tivera culpa alguma,e que a
personalidade narcísica tenta prender suas vítimas,pois delas se
suprem.
Mas agora tudo fora passado e fora bom esquecer.
Tranquilidade e paz!
Jamais sabemos quando o coração vai nos fazer sofrer,ao
conhecermos alguém, porém não podemos nos esquecer, que ainda
somos novidades para as pessoas narcisistas perversas, o tempo nos
encaminhará para uma conclusão mais acentuada.
Geralmente as pessoas narcisista são sedutoras, porém uma sedução
sem brilho e superficial, a percepção pode dizer muito a quem tem a
empatia aguçada, mas nunca acreditamos.
Ao conhecer Renato definitivamente, foi como folhear um livro e a
cada dia se encantar com novo capitulo,quanto ao meu filho, ao
conhecer Mirela, adquiriu um livro com uma bela capa revestido de
páginas frias e cinzas.
Júnior,com o casamento marcado,e ficáramos sabendo que Mirela
fora presa,pois ela mexia com coisas pesadas,além da prostituição.
Eu que sempre me considerara uma pessoa que houvera adquirido
sabedoria ao longo da vida,recebera em minha casa uma moça que
pudera jogar nossas vidas todas no lixo.
O nosso filho que consideráramos tê-lo criado da maneira certa,não
tivera capacidade de entender,ou apenas perceber.
Sinceramente, eu ficara muito revoltada com tal fato,mas por outro
lado feliz porque Júnior iria se casar com Amanda.
Estávamos felizes!
Amanda naturalmente, fora curando as feridas de Júnior, e as nossas
também, pois para se envolver com pessoas vitimadas por um
relacionamento narcisista, ela precisara ter muita paciência.
Alguma coisa dentro da pessoa fica completamente lesada e aos
poucos, vai se resgatando por inteira.
Estávamos saindo de uma fase cruel para todos nós, a fibromialgia
havia me aborrecido também ,pois a dor de meu filho, houvera
refletido muito em mim.
Agora tudo estivera clareando de novo.
Felizmente ela fora presa,mas sabíamos que ela pudera armar uma
cilada para Júnior quanto ao romance dos dois.
Ela usara o apartamento do Júnior, para ter onde ficar para fazer
seu trabalho sórdido.
Ela houvera feito uma lavagem cerebral na cabeça dele,então o
intento era fazer tal lavagem conosco.
Mas tudo estivera passado,Amanda precisara saber de tudo,pois a
verdade prevalecera,ela soubera de tudo,antes de contarmos.
Uma vida simples no entorno dos dias fora enchendo de paz os
nossos dias,pois Júnior e Amanda começaram uma história
verossímil.
O amor é tranquilo!
Sempre fora muito bom, ver Amanda e Júnior, casal romântico
passeando pelas praias, contente e felizes, se mantendo como
eternos namorados.
Sentira de novo, meu filho sorrir encantado pela vida, solto e livre
com a liberdade que só o amor oferecera.
Á medida que o tempo passara, mais segurança acrescentava a nova
vida de ambos.
O sol dos finais de semana, podia fotografar a imagem feliz de um
casal desfrutando da vida despreocupados e felizes.
O amor, quando rechaçado por alguém, se mantivera dentro do
coração de quem o ofereceu...
Isso implicara bastante sofrimento, porém também crescimento
espiritual.
A vida,grande aprendizado,ás vezes, pensamos que tudo é
maravilhoso e que podemos relaxar e curtir.
Sempre fora grata por ser uma história com final feliz,pelo Júnior
ter conseguido dar a volta por cima.
Amanda houvera relatado que esperara o Júnior,que sempre
confiara na percepção dele,mas infelizmente, ela não pudera fazer
nada,pois o Júnior estivera apaixonado e preso no relacionamento
tóxico.
A pessoa que sofre por amor, sempre sai do sofrimento fortalecida.
E novas páginas em branco, se abrem á sua frente, para que escreva
uma nova história, e a partir dos erros, dos sofrimentos,
maravilhosos acertos são elaborados.
O amor verdadeiro, embora pareça mito, mas realmente existe e
anda a procura de um coração amoroso para neste habitar.
Jamais existem pessoas mal amadas, o que existem são pessoas frias,
sem reservas de amor para doar.
Quando alguém sofre uma desilusão amorosa,certamente o coração
já descobrira o caminho do amor afetivo e simplesmente, abrirá
novamente suas portas,para possível recomeço.
O rechace de Mirela reforçara o amor de Júnior por Amanda que
viera como água fresca para regar um vaso ressecado.
Os nossos dias passaram a ser diferentes,com a alegria de viver em
paz.
O casamento fora simples,apenas nós os familiares ,mas com tudo
que fora possível.
Júnior exibira outro rosto,alegre , feliz e Amanda sempre dona de
uma tranquilidade que envolvera todos nós,e em poucos dias tudo
fora esquecido,tudo ficara para trás.
O amor assumira sua postura tranquila.
Depois de um ano juntos, Amanda engravidara de uma menina, pois
ficamos felizes e o Júnior estava completamente restaurado.
Ela e Júlia formavam um casal harmônico e completamente pacífico.
Quando Maria nascera, fizemos uma festa entre famílias e
brindamos a vinda de uma menina linda e muito esperada por todos
nós.
Os pais de Amanda e toda sua família estava reunida no hospital,
comemos bolo,estouramos champanhe e ficamos encantados com o
rostinho lindo de Maria.
Fora tudo superado, e além da superação houvéramos recebido um
lindo presente a nossa neta, o grande amor de minha vida.
E nossa neta Maria estivera crescendo muito linda,e se parecera
muito com a mãe,pois Amanda era uma moça linda por dentro e por
fora.
Mirela houvera feito ameaça, de aparecer na hora do casamento, e
dizer que morava com Júnior,mas eles já estavam separados há
quase um ano.
Finalmente estávamos caminhando a largos passos para uma vida
mais tranquila, nossa netinha crescia linda e inteligente e era nossa
paixão.
Maria era inteligente e literalmente linda!
Amanda diminuíra seus honorários para poder ficar mais com Maria,
a presença do pai e da mãe fora extremamente essencial para Maria.
Quando Maria fez um aninho, comemoramos o aniversário de
maneira simples ,porém, fora uma festa inesquecível.
Naquele dia eu abracei bem forte o Renato e elevei meu pensamento
a Deus, agradecendo por ter colocado uma pessoa tão íntegra em
minha vida e também agradeci pela vitória do Júnior e pela neta
linda que tínhamos.
O fato de encontrar Renato,muito tivera acrescentado em minha
vida,pudera ver com a triste experiência de meu filho,ele houvera
conhecido Mirela em Redes Sociais,porque estivera de briga com
Amanda e logo a trouxera para dentro de sua casa,julgando ter
encontrado o amor de sua vida.
Além de bonita ela sempre tivera um discurso que atordoara Júnior
e ele fora se fechando no mundo dela.tanto que já nem nos ouvira
mais.
A Festa de Aniversário de Maria
A sala cheia de crianças,um cheiro adocicado no ar e um bolo rosa e
bem no centro da mesa cheia de doces,muitos doces mesmo,doces de
frutas de todos os sabores...
Doces estes,que representaram a vida.

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