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Capítulo I

Júlia

Hoje é o meu primeiro dia de trabalho, terminei a faculdade de Publicidade mês passado e consegui
graças a um primo distante chamado John Fish, uma vaga na Editora Novacius, responsável pelas
mais renomadas revistas e jornais de Nova York.

No que pese a ajudinha com indicação tenho um bom currículo e pretendo me empenhar ao máximo
para me firmar e ser reconhecida por meus próprios méritos.

Nasci em Seattle - Washington, tenho 25 anos, vim para Nova York a mais ou menos seis anos, logo
após a morte de meus pais em um terrível acidente de carro, para cursar a Faculdade e divido o
apartamento com minha amiga Luciana Frank, formada em arquitetura, que mesmo sendo totalmente o
meu oposto somos como irmãs.

Sobrevivi e paguei meus estudos graças a uma pensão mensal que recebi do governo americano até
meus 24 anos, com ela consegui pagar o aluguel, as contas e o que sobra tentei guardar para
emergências, o que significa nada de luxos, razão pela qual preciso tanto deste emprego.

- Jú, você está lindaaaa! Vá e arrase, mostre para aqueles reportezinhos que você não é só um
corpinho bonito. Disse Luciana, em sua tentativa de me trazer algum conforto.

Olho para ela com carinho – Estou bem vestida?

- Sim, agora vá, você não pode se atrasar no seu primeiro dia. Disse me empurrando em direção à
rua.

Eu estava muito nervosa, primeiro porque queria gerar uma boa impressão e aproveitar a excelente
oportunidade de trabalho, segundo porque tinha medo como meu primo John me trataria, já que ele
seria meu chefe imediato, podendo me considerar como um estorvo, e tendo me ajudado a conseguir
a vaga não pelo meu currículo, mas sim como um favor à memória de meus pais.

Fui caminhando ao trabalho já que por sorte a Editora ficava apenas a seis quarteirões de nosso
residencial, localizada no Edifício Comercial Black State Palace, que era simplesmente fenomenal,
uma torre imponente que sobressacia perante todas as demais do quarteirão.

Adentrei o prédio, e me dirigi até uma elegante atendente.

– Bom dia. Falei


- Bom dia Senhorita.

- Hoje é meu primeiro dia de trabalho na Editoria Novacius.

- Por favor, me dê seu documento de identificação.

Após uma serie de ligações, preenchimento de formulários, foto, recebi um crachá onde me
identificaria como funcionária e daria livre acesso aos próximos dias.

15 andares acima e lá estava eu na recepção da Editora Novacius, fui recebida por uma moça bem
arrumada denominada Lívia, com quem me identifiquei de cara.

- Bom dia, sou Júlia Maclay, nova publicitária assistente do Sr. John Fish. Informei.

- Sim claro Júlia, Sr, Fish avisou que iniciaria seu trabalho hoje, ele já está lhe esperando, me
acompanhe.

Entramos em um corredor que dava acesso a uma grande sala divida com várias baias, onde havia
pessoas de todos os tipos, algumas digitando, outras em ligações, um ambiente típico de uma grande
redação de jornal e revistas.

Fiquei hipnotizada com aquele ambiente maravilhoso e ansiosa por conhecimento, que até me
assustei quando Lívia me chamou e disse - Pode entrar Júlia, está é sala do Sr. Fish.

Faziam mais ou menos uns 10 anos que não revia John, e mesmo assim como ele sempre morou em
Nova York nunca tivemos muito contato. Porém, assim que entrei em sua sala, ele levantou e abriu os
braços em uma calorosa recepção.

- Júlia querida, que felicidade ter você em minha empresa, seu currículo é realmente impressionante,
jamais poderíamos perder uma joia preciosa assim, sente aqui que vou lhe passar tudo o necessário
para que comecemos a trabalhar imediatamente.

Passamos a manhã conversando e fiquei a par de todas as rotinas da Editora, eu iria trabalhar
diretamente com ele, como publicitária júnior, onde me seriam passadas certas edições que a priore
seriam supervisionadas por ele.

- E você Júlia? O que tem achado da vida em Nova York?

- Agitada. Falei já bem mais tranquila. – Como está Tia Carmem e Sandra? Disse me referindo à sua
mãe e irmã.

- Estão muito bem, mamãe quase não conteve a emoção quando soube que você iria trabalhar aqui
comigo, ela sente muita falta de sua mãe, e Sandra casou e tem uma filhinha e esta grávida
novamente.

- Mande um beijo enorme para elas, espero poder revê-las em breve, sua mãe e a minha eram irmãs
muito unidas, apesar de ser filha única imagino que deve ser um laço muito forte. Falei já
emocionada ao relembrar de meus queridos pais.

- Há eu já ia me esquecendo. Falou puxando um envelope colorido de dentro de sua pasta. – Sábado


é será o aniversário de 2 anos de meu filho Lucas e você está intimada a comparecer, assim poderá
dar pessoalmente o beijo em mamãe e Sandra.

Ele não me deu nem tempo de dar uma desculpa e eu realmente nem poderia lhe fazer esta desfeita.

- Vamos fazer um brinde e comemorar seu novo emprego. Disse Levantando seu copinho de café e
batendo levemente no meu.

- Tim tim. Respondi.

Capítulo II
Dominic

Levantei já desestimulado, pois seria mais um dia igual a todos os outros, de uma vida angustiante, a
qual me sentia um prisioneiro, saí do meu quarto, e para minha surpresa minha esposa Samanta já
havia levantado. Isso mesmo, dormimos em quartos separados, e ela quase nunca está acordada às
08:00 da manhã, então tomar café sozinho já virou um hábito para mim. Somos casados a 10 anos,
não temos filhos, pois Samanta nunca quis engravidar, acho até que foi uma dádiva divina pois
nenhuma pobre criança mereceria ela como mãe.

Perguntem-me, porque ainda estou casado? Eu mesmo me indago todos os dias, talvez por
comodidade, por consideração ou eu deva ser um frouxo de merda para não jogar tudo para o alto e
tomar uma atitude.

Sou Engenheiro Civil, Presidente da Cole & Black Indústrias Imobiliárias, tenho 36 anos, nasci em
uma família humilde, minha mãe só pensava em dinheiro e em casar-se com um homem rico, meu pai
eu nunca conheci, então assim que pude me empenhei nos estudos e saí de casa aos 18 anos, conheci
Samanta ainda na Faculdade, ela, muito bonita me envolveu imediatamente em sua vida, fui bem
recebido em sua família, onde me encontrei pois nunca tive uma família de verdade, meu sogro
Wladimir Cole, me deu a primeira oportunidade de emprego na vida, a qual agarrei com unhas e
dentes, trabalhei duro e arduamente e hoje transformei a Cole & Black Indústrias Imobiliárias entre
as 10 maiores empresas do país. A sede de empresa está localizada em nosso edifício comercial
Black State Pallace, onde ocupa os 5 últimos andares, sendo que minha sala está na cobertura.

Com o tempo, vi que essa ideia de família perfeita, esposa dedicada não existiam, e aqui estou em
minha vida ridícula, razão do meu atual mal-humor.

Moramos em uma cobertura duplex em um dos bairros mais nobres de Nova York.

Pois bem voltando, ao meu espanto matinal de encontrar Samanta acordada sábado às 08:00 da
manhã, tento manter a cordialidade e digo

- Bom dia Samanta! Deu formiga na cama? Não podia perder essa.

- Querido, bom dia, sempre são amável pela manhã, pois caso você não se lembre hoje é aniversário
de 2 anos do é Lucas e prometi que ajudaria Ana na organização da festa, já estou de saída.

Droga tinha esquecido, Lucas é filho de John Fish meu grande amigo, e no que pese se tratar de mais
uma dessas festinhas da sociedade, onde é um querendo aparecer mais do que o outro eu não poderia
faltar, então tentaria chegaria mais tarde para ficar o mínimo possível.

Fui para o escritório, pois mesmo sábado vou trabalhar, já que é só aqui em meu santuário que
encontro paz e consigo me desligar de casa e de Samanta.

Trabalhei tanto que nem vi a hora passar, meu telefone toca exatamente às 14:00, e quando olho o
visor é ela a minha “querida esposa”, atendo

- Sim Samanta

- Dominic o aniversário é às 18:00 horas, você não me fará a desfeita e não ir não é?

- Irei claro, porém tenho alguns trabalhos pendentes, minto, e creio que só chegarei em casa lá pelas
20:00h, como não quero lhe atrasar, vá na frente com o motorista e lhe encontro lá, ok?

- Perfeito Dominic. Desliga

É claro que não tenho nada urgente, então penso no que poderei fazer até a hora de Samanta sair de
casa? Poderia ligar para alguma das minhas diversões? Isso mesmo, não se espante, sou homem e
como todo homem que se preze necessito de sexo, muito sexo, o que não tenho com minha mulher que
é fria como gelo.

Samanta sabe que procuro sexo na rua, e ela não se importa para isso preciso apenas ser discreto
com meus casos, e continuar pagando de bom marido apaixonado para suas amigas e membros da
sociedade.

Porém hoje como estou de péssimo humor não vou conseguir nem aturar uma dessas putas que ligo
quando necessário, pois muitas delas sempre vêm com esse charminho forçado na esperança de
fisgar um otário rico e se dar bem, por isso vou malhar pesado e me contentar com uma boa punheta
na hora do banho.

Isso mesmo o mundo gira em torno de interesse, amor verdadeiro não existe, você ama o que lhe é
conveniente.

Me esgoto na academia e chego em casa ás 18:30 e graças a deus Samanta já saiu.

Júlia

A semana passou voando, mergulhei de cabeça no trabalho, conheci pessoas novas, e fiquei
apaixonada pelo dia a dia de uma grande empresa. John é muito inteligente, comecei a lhe admirar
profissionalmente além de ser muito atencioso, me tratando como igual, cheguei até a esquecer que
somos primos.

Sábado chegou e eu estava acabada, só queria ficar em casa jogada no sofá, me atolando em um pote
de sorvete e vendo filme, porém depois de tanta atenção e em consideração a meu chefe não poderia
deixar de ir a festa de seu filho Lucas.

A festa seria em uma das casas de recepção mais chiques de Nova York, eu não sabia nem que roupa
usar.

Porém é claro que Luciana resolveria esse problema, como eu não era de sair, assim que ela soube
dessa festa praticamente moveu uma tropa estelar para me deixar “MARAVILHOSA” como ela
mesmo diz. Quando dei por mim já tinha dentro de minha casa um cabeleireiro e maquiador, ele
enrolou meus longos cabelos loiros em cachos volumosos e fez uma maquiagem leve, porém marcou
bem meus olhos castanhos que realçaram imediatamente pintando meus lábios de um vermelho bem
vivo. Tenho que assumir que o resultado ficou muito bom, e até eu já estava animada para sair.

Eu iria usar um vestido preto que no que pese ir até em cima do joelho, abraçava todas as minhas
curvas como uma segunda pele, tinha em decote profundo em minhas costas que ia apenas um pouco
acima do bumbum, o sapado era lindo, saldo alto bem fino, também preto amarrado na panturrilha.
- Você não acha que é toda essa produção não é um pouco demais para uma festinha de criança?
Perguntei.

- Não querida você está linda, sexy e chic, e mais esses aniversários são quase um evento social
cheio de dondocas mega arrumadas, você vai ver.

Suspirei acatando sua opinião. – O que eu seria sem você?

- Nada meu amor você não seria nada.

- Sua exibida. Disse jogando um pincel de maquiagem em sua direção.

Peguei um taxi e fui ao local do evento, assim que cheguei realmente confirmei que minha amiga
estava certa, as mulheres estavam super arrumadas, era brilho, paêtes, pedras e mais pedras que eu
chegava a estar simples. Ao adentrar John me apresentou a sua esposa Ana, ela era muito bonita,
coberta de joias e exalava riqueza.

- Ana querida, essa é minha prima e nova publicitária da editora, Julia Maclay, a qual lhe falei.

Ela mal me olhou na minha cara e com uma aparência de desdém falou.

- Olá, olhe a mesa da família é a direita. Ao me dar dois beijinhos nem se quer encostou no meu
rosto, parecia enojada.

Que mulherzinha nojenta hem, deve ser impressão minha pois não poderia um homem tão bacana
como John casar com uma mulher assim.

Me dirigi a citada “mesa da família” e imediatamente fui abraçada por tia Carmem que ficou tão
emocionada em me reencontrar que seus olhinhos encheram de lágrimas

- Júlia meu amor, como estamos felizes com sua presença.

Atrás dela veio Sandra minha prima que também repetiu o gesto da mãe, daí me senti em casa,
colocamos os papos em dia, Sandra estava grávida de seis meses de outra menina, e já tinha uma
filhinha chamada Lulu que rapidamente me chamou de titia Jú e se sentou em meu colo como se me
conhecesse há anos.

A festa estava linda, comida e bebida a vontade, crianças felizes, principalmente quando a animadora
chegou e colocou todo mundo para brincar, em um determinado momento ela pediu para cada uma
das crianças trouxessem um adulto para participar, na hora lulu agarrou meus braços e pedia.

- Vamos titia Jú, por favor, quero muito ganhar um brinde. Como meu ponto fraco era crianças eu não
tive como negar e acompanhei a pequena.
Porém para minha completa vergonha a brincadeira era que os adultos deveriam dançar uma música,
a animadora colocou uma musica animada, e eu comecei timidamente a me balançar, o que não foi o
suficiente para a pequena Lulu que pedia:

- Dança mais titia, dança de verdade, as outras vão ganhar! dança até o chão! Onde essa menina
aprende isso? Pensei, e quando olhei para o lado vi que as outras mulheres realmente se empenhavam
na dança, então em consideração a pequena Lulu me entreguei a ritmo da musica dançando e
rebolando para ganhar o premio.

Em um momento quando dei um giro deparei com um par de olhos negros e penetrantes olhando
diretamente para mim, e o melhor era que além dos olhos existia um homem enorme com mais ou
menos 1,90 cm de altura, músculos nos lugares certos, seu cabelo era meio despenteado tipo “acabei
de fazer sexo”, vestido com uma calça jeans escura, camisa de botão com as mangas puxadas até o
meio dos braços, ele era um espetáculo, nunca vi nenhum mais lindo, voltei a dançar, porém estava
de pernas bambas, de onde surgiu esse Deus?

Dominic

Após bater uma deliciosa punheta, e gozar sonhando que era uma boquinha macia chupando meu pau,
saí do banho, me arrumei, peguei meu carro um Porsche Cayenne, preto, que era meu xodó, eu
adorava dirigir, principalmente de noite quando o transito não era tão intenso, daí porque sempre que
possível dispensava o motorista e ia levar esse bebê para passear.

Cheguei na casa de recepção, entreguei o carro para o manobrista e assim que entrei fiquei
petrificado com um par de pernas torneados e um traseiro redondinho e empinado em um vestido
colado que só servia para aguçar ainda mais a imaginação masculina. Meu pau ganhou vida na hora,
e ficou duro como uma rocha, de onde havia surgido essa obra de arte? E ela dançava com uma
entrega maravilhosa, completamente alheia a sua sensualidade, quando jogava a cabeça para traz ao
som da musica seus longos cabelos loiros encostavam na bunda gostosa e minha vontade era puxa-los
enquanto comia esse rabo, porém, quando ela virou, nada foi comparado a impacto daqueles olhos
castanhos fixos no meu, não sei quanto tempo ficamos nos olhando, mas logo ela começou a falar com
uma criança, e eu escutei a voz de meu amigo John:

- Dominic, até que fim alguém para me fazer companhia nessa loucura, que bom que veio meio
amigo! Assim virei e o cumprimentei tentando deixar de lado, pelo menos por enquanto, a deusa
dançarina, abracei o aniversariante pequeno Lucas, que gostava como se fosse meu próprio filho, dei
um beijo em Ana sua esposa, que imediatamente me lembrou de meu maior problema:

- Domi, Samanta está na mesa com as meninas, venha!

Meninas? Pensei, dentre elas existiam senhoras de todas as idades, uma com a cara mais esticada que
a outra, era tanto botox que algumas ficavam irreconhecíveis, porém bastava ter dinheiro e berço
para se tronar uma das “amigas” ou das “meninas” como ela mesmo falou.

Me dirigi até a mesa, cumprimentando-as com todo meu charme e educação, adorava fazer isso, não
porque queria seduzir qualquer uma delas, já que eram todas mulheres casadas, no que peses muitas
não valerem nada e já terem se insinuando diretamente para mim, eu pelo menos respeitava seus
pobres maridos, que na maioria das vezes se matavam de trabalhar para satisfazer seus caprichos.

- Boa noite para as senhoras mais bonitas e elegantes de toda Nova York. Disso dando um sorriso
torto

No exato momento que Samanta escutou minha voz seus olhos brilharam, pois havia chegado a hora
de seu showzinho particular, onde passaria a imagem de esposa amada por um marido rico e bonito
para causar inveja as outras.

- Meu amor, que bom que você chegou. Falou amorosa, levantando e se pendurando em meu pescoço,
dando-me um ardente beijo na boca, eu automaticamente entrei em seu jogo enlaçando sua cintura e
aprofundando o beijo apaixonado, típico de filme.

Na mesma hora pensei na Deusa dançarina, espero que ela não esteja por perto e tenha visto a farsa
que é esta minha vida ridícula.

Porém, imediatamente me espantei com meus próprios pensamentos, porque estava tão preocupado se
ela tinha ou não visto o beijo? Apesar de não usar aliança nunca escondi de nenhum de meus casos
que eu era casado, pelo contrário, sempre deixei isso bem claro e apesar de não amar minha esposa
utilizava esta desculpa para evitar qualquer tipo de cobranças.

Afinal de contas essas mulheres estavam longes de serem corretas não é? Pois mulher correta jamais
aceitaria ficar com homem casado, pode até ser um pensamento machista mais qualquer homem pensa
assim.

Algumas ainda tentam me enganar com aquele papinho de “eu sei que é errado ficar com homem
casado, mas existe tanta química entre nós”, ou “eu nunca fiz isso antes, você foi o primeiro”, tão
previsíveis, são todas iguais.
Não me acho um mau caráter, sou homem e procuro na rua o que não tenho em casa, não engano nem
minha esposa, nem iludo nenhuma mulher na rua, que sabem que o que é quero é apenas sexo.

Me despedi de Samanta, pedi licença as demais, e fui a procura da mesa dos homens, pelo caminho
meus olhos varreram o salão em busca dela, e como sou um filho da puta sortudo minha deusa estava
sentada na mesa da frente a qual me dirigia.

Ao chegar cumprimentei todos, alguns amigos, parceiros de negócios, ali o papo fluía bem, o clima
era mais tranquilo e descontraído, sempre conversávamos de futebol, negócios e mulheres, sendo a
única forma de conseguir aguentar os eventos tão chatos da sociedade.

Peguei um copo com gelo, coloquei whisky, e sentei de frente para ela, mesmo com a conversa ao
redor minha atenção estava na linda mulher sentada na mesa da frente.

Se eu tinha qualquer dúvida quando a reciprocidade de seu interesse essa sumiu nesse exato
momento, ela estava afetada por mim tanto quanto eu por ela.

Seus olhos não saiam de mim mas também não aguentava me encarar por dois segundos, era hilário
de se ver.

Eu resolvi lhe provocar com um sorriso de cafajeste, na mesma hora ela ficou vermelha como um
pimentão, aquilo fez meu pau ganhar vida imediatamente, como existe no mundo alguma mulher que
ainda fique corada assim?

Para me tirar do transe, John sentou do meu lado e falou:

- Aviso logo que ela está fora de cogitação Dominic! Há não está não, pensei.

- De onde surgiu essa Deusa?

- Essa Deusa se chama Julia Maclay, e além de ser minha prima é a nova Publicitária da editora, e é
muito competente então não quero correr o risco de perde-la por sair da empresa chorando
desiludida com causa de um babaca como você. Falou rindo

- Além do mais é uma moça de família e muito direita então não é para seu bico, e outra coisa, vê se
fecha a boca ou vou lhe colocar um babador, já que você está praticamente babando em cima dela e
Samanta vai acabar percebendo.

Que perceba e se foda, pensei.

Então quer dizer que minha deusa se chama Júlia e trabalha no meu prédio, isso está ficando cada vez
mais interessante.
Júlia

Meu deus que homem é esse? Ele é a personificação de meus desejos eróticos mais profundos, não
sei o que esta acontecendo comigo, acho que estou muito tempo sem sexo, e meu vibrador não vem
dando muito conta do recado.

Desde que ele sentou na minha frente e ficou me encarando já virei umas 3 taças de champagne, não
me concentrei em mais nenhuma conversa ao redor, e o pior foi quando me deu um sorrisinho
“desmancha calcinhas”, quase cai da cadeira.

Minha diaba interior gritava “se solta Julia, olha pra ele, ria, se insinue, ele é um estranho lindo e
gostoso que você nunca mais vai ver na vida, precisamos de sexo e orgasmo”, porém a minha anjinha
que era bem mais forte nesse momento falava “Julia, olha para o chão, não para ele, vá embora, isso
é perigoso”, ela venceu.

Após um tempo que pareceu uma eternidade em fim anunciaram a hora dos parabéns, consegui me
dispensar perante os convidados, dei um beijo rápido em tia Carmem e saí de fininho, esse homem
exalava riqueza e charme, realmente não combinava comigo, fui até a rua chamei um taxi rápido e só
me senti segura quando me afastei no local da festa.

Minha nossa senhora das garotas desamparadas, como pode um homem com apenas um olhar mexer
tanto comigo assim?

Graças a Deus Luciana não estava em casa, ela sempre percebe quando algo esta acontecendo
comigo e eu realmente não queria explicar nada para ninguém agora, muito menos falar do bonitão
afinal de contas o que realmente queria era tirar ele da minha cabeça.

Como a semana de trabalho foi puxada, coloquei meu pijama de gatinho e apaguei caindo no sono em
menos de 5 minutos.

Capítulo III
Júlia
Acordei domingo às 09:00 horas, o despertador tocou me acordando do sono, ou melhor, sonho,
claro que com ele, ainda estava muito cansada e meu corpo não queria levantar, então fiquei mais
alguns minutos deitada e pensado se que só com seu olhar eu fiquei assim, imagina como me sentiria
em seus braços? Foi ai que percebi que precisaria sair e ocupar meu tempo antes de ficar louca
pensando nesse desconhecido maravilhoso.

Morávamos em um apartamento pequeno, com dois quartos, cada um com seu banheiro, uma cozinha
americana e sala com dois sofás e uma mesinha de centro onde adorávamos passar horas sentadas
toando um vinho e jogando conversa fora, que era exatamente o que eu precisava nesse momento.

Coloquei um tênis, uma roupa de ginástica e saí para dar uma corrida, no caminho parei em uma loja
de lingerie, sou completamente apaixonada por lingerie me sinto poderosa quando as uso, mesmo
sem mostrar para ninguém, na maioria das vezes, basta eu usa-las para a autoestima já ir às alturas.
Então não resisti e comprei um conjunto de renda, sutiã com uma minúscula calcinha preta, e um
espartilho de renda vermelho.

Minha vida sexual anda muito parada, na verdade apesar de eu ser muito bem resolvida comigo
mesmo, conheço meus pontos sensíveis e me viro muito bem como meu vibrador, nada substitui um
homem na cama.

Perdi minha virgindade aos 17 anos com um namoradinho de Seattle, porém éramos dois
adolescentes inexperientes, lembro que na nossa primeira vez o coitado gozou em uns 30 segundos,
poucos meses depois vim para Nova York cursar a faculdade e o namoro terminou.

Aqui, conheci o Pedro, um colega de sala e namoramos por dois anos, transavamos bastante no
começo, porém com o passar do tempo acabamos nos tornando mais amigos que namorado e assim
como o relacionamento o tesão foi esfriando cada vez mais.

Ou seja, acreditem estou a três anos sem nenhum homem, minha amiga Luciana brinca que já virei
virgem novamente, que quando transar vai doer como da primeira vez, mal ela sabe o que faço
sozinha.

Domingo passou voando, fiquei o resto do dia em casa, vendo filmes, comendo besteira e tentando
esquecer o lindo dos meus sonhos.

Segunda-feira chegou, como eu estava adorando meu trabalho, acordei cedo, tomei banho, coloquei a
lingerie preta que comprei ontem, um vestido tubinho vermelho elegante passei batom vermelho,
amarrei o cabelo em um rabo de cavalo bem alto e coloquei um sapato nude de saltos finos, olhei no
espelho para conferir o resultado e realmente gostei do que via, estava elegante, mas o vermelho
dava um pouco de sensualidade à roupa.

Cheguei na Editora às 08:00 e tudo já estava a pleno vapor, descobri que o local funcionava 24
horas, com profissionais sempre de plantão atentos a todas as notícias do mundo, John já havia
chego.

- Bom dia Julia, hoje teremos o dia cheio!

- Então por onde vamos começar?

- Hoje às 14:00 teremos uma reunião com Dominic Black, presidente da Cole e Black imobiliária,
venho tentando esse contrato a alguns meses, porém sem qualquer posição, só que agora a pouco ele
me ligou informando que se tivermos uma boa proposta de divulgação de novo empreendimento a
carteira é nossa.

- Então o que você precisa levar para a reunião?

- Primeiro nos precisamos levar pois você irá também, segundo faça uma pesquisa sobre estes
imóveis que serão lançados pelas empresas concorrentes, para estudarmos uma boa campanha.

- E onde será a reunião? Perguntei

- Aqui no prédio mesmo, a Cole e Black é a dona do Black State Palace, e sua sede ocupa os cinco
últimos andares, então no horário marcado basta pegarmos o elevador.

- Ah claro, Cole e Black, dona do Black State Palace. Liguei os nomes.

E foi exatamente o que fizemos as 14:00h em ponto.

O Hall de entrada era muito luxuoso, com design moderno, uma porta de vidro onde se lia Cole &
Black Empreendimentos Imobiliários em letras grossas e masculinas.

Fomos recebidos por uma simpática senhora, que nos conduziu a uma sala de reunião que ainda
estava vazia.

- O Sr. Black chegará em alguns minutos, fiquem a vontade, falou a senhora.

Quando ficamos a sós, João perguntou

- Está pronta?

- Como nunca. Respondi dando um suspiro.

A porta principal se abriu e fiz questão de colocar nos lábios um simpático sorriso, porém o mesmo
congelou em meu rosto quando o homem que entrou na sala foi o lindo desconhecido do aniversário.
Ele estava ainda mais maravilhoso, todo executivo, com um terno preto impecável e os mesmos
cabelos “acabei de fazer sexo”.

O tempo parou novamente e não sei o quanto ficamos nos encarando, até que John um tanto quanto
sem graça tomou a iniciativa e levantando-se falando:

- Dominic, meu amigo, em fim decidiu reconhecer meu trabalho dando a portunidade de gerenciar
esta conta tão importante. Disse levantando as mãos para o céu e, um brincalhão sinal de aleluia.

Primeiramente deixe eu lhe apresentar a nova publicitária da Editora, Julia Maclay, que estará
diretamente ligada a este projeto junto comigo.

Para minha total surpresa ele respondeu.

- Nos já nos conhecemos, como vai Júlia?

Hãm? Como é? Já nos conhecemos? Pensei! Que parte eu perdi?

Sua voz era grossa e máscula, mas quase morri quando senti aquela mão apertando a minha e
enviando arrepios por todo meu corpo, meu Deus que mãos são aquelas? Enormes.

- Sente Júlia. Falou como uma ordem, e se sentou em minha frente, do outro lado da mesa.

Mandão. Pensei.

Os próximos trinta minutos passaram com o Sr. Black nos colocando a par de seu novo projeto, um
edifício comercial acoplado com acomodações residenciais, de alto luxo, piscina individual,
elevador privativo, era uma verdadeira inovação, a empresa buscava modernidade, por isso o
empreendimento ainda era sigiloso, pois com os avanços da engenharia civil, não podia deixar que
essas informações caíssem nas mãos dos concorrentes.

Escutei e anotei os mínimos detalhes, fiquei encantada com a explanação de ideias feitas pelo eu
chefe e como ele falava com paixão de seu trabalho, consegui até esquecer do Sr. Black por alguns
minutos.

Quase deu um grito quando sentir uma coisa alisar minha perna por debaixo da mesa, fiquei tão
vermelha que John parou e perguntou:

- Julia, tá tudo bem?

- Sii-m ó-ótimo, é a empolgação com sua ideia! Gaguejei, ele pareceu acreditar, pois voltou a falar
incansavelmente.

Tentei me afastar mais o Sr Black continuava a alisar minha perna com seu pé, me levando a loucura,
subia com movimentos lentos, adentrando levemente até a barra do meu vestido, sem a mínima
pressa, torturando-me.

Eu o encarava com fúria e ele nem se dava ao trabalho de me olhar, fazendo sua cara de paisagem e
prestando atenção ao que John falava. Como ele conseguia fazer as duas coisas ao mesmo tempo? Eu
já estava revisando os olhos, quando ele parou bruscamente, se endireitou em sua cadeira, eu quase
suspirei de tristeza, foi ai que percebi que havia parado, pois John o estava aguardando para algumas
considerações finais, e ele começou a falar.

Na mesma hora minha diabinha interior criou vida e coragem, tirei o sapato e por baixo da mesa
também comecei a alisar sua perna, torturando-o da mesma forma.

Foi hilário! Ele começou a gaguejar e tratou de logo finalizar sua fala, jogando a bola novamente
para John, ocorreu que quando eu fui tirar meu pé, o bastardo segurou-o por baixo da mesa e levou
diretamente ao seu pau que estava duro como uma rocha, eu tentava puxar o pé, mas ele segurou com
firmeza.

Meu Deus! Só pisando já percebia que ele era enorme, foi então que quebrando meu sonho John se
levantou terminando a reunião e disse:

- Dominic, então ficamos acertados, ainda hoje lhe envio um email onde tentarei transcrever as ideias
aqui discutidas.

- Não John! como frisei, trata-se se um projeto secreto e meu email é corporativo não quero correr
risco de que nenhuma informação vaze, então assim que tiver pronto a Julia poderia trazer os papeis
pessoalmente para mim?

- Claro, ela trará, até mais.

- Até mais, ficarei lhe aguardando Julia. Falou dando um risinho cheio de segundas intenções.

Assim que descemos, me tranquei no banheiro para tentar digerir o que tinha acontecido, o lindo
desconhecido era simplesmente Dominic Black, além do mais era dono de todo o prédio que eu
trabalhava, nosso novo cliente, e eu simplesmente alisei sua perna e o senti completamente excitado.
Só posso ter ficado louca.

O homem era ainda mais lindo de perto, sua voz era grossa, sua presença imponente exalando
confiança, porém mesmo eu estando morrendo de tesão com tudo aquilo não ia deixa-lo sair
ganhando.

Foi ai que tive uma ideia que iria deixa-lo louco, joguei uma água no rosto para tentar amenizar o
calor, afrouxei o rabo de cavalo, e voltei para minha mesa.

As 18:00 em ponto, já tinha arrumando todas minhas coisas, estava só aguardando o John com o
relatório que eu deveria levar pessoalmente ao Sr. Black, era claro que eu não tinha acreditado nessa
história de que seus emails poderiam ser copiados, afinal ele era o Presidente de uma das maiores
empresas do País e a segurança de suas comunicações deveria ser muito rigorosa, o que ele queria na
verdade era ficar sozinho comigo, mas isso não iria acontecer mão fácil

- Júlia, está aqui o relatório, entregue para o Sr Black como combinado, já estou de saída, até
amanha.

Sai correndo atrás de águem para concretizar meu plano, encontrando Flávia uma estagiária
simpática da sala ao lado.

- Flávia, você poderia me fazer um grande favor?

- Claro Júlia só falar.

- Estou terminando um email urgente para o John, você poderia levar esse envelope para o ultimo
andar e entregar para o Sr. Domininc Black? Da Cole e Black empreendimentos?

- Claro, levo lá agora mesmo.

- Obrigada Flávia, fico de devendo uma.

Dez minutos depois ela retorna informando que havia entregado o documento em mãos ao Sr. Black.

Perfeito, pensei. Ele deve estar bufando de raiva.

Peguei minha bolsa e a mochila com roupa de ginástica, pois iria desfrutar das maravilhas deste
prédio luxuoso. No segundo andar havia uma academia de primeira qualidade amplamente equipada
para uso dos funcionários do prédio, uma maravilha não é, terei que agradecer ao Sr Black por isso.

Adentrei no elevador, parei no andar marcado e me dirigi ao vestiário feminino para trocar de roupa.

Capítulo IV

Dominic.
Essa mulher ia ser minha perdição!

O susto que pegou quando me viu entrando na sala de reuniões foi impagável

Sua imagem não saiu de meus pensamentos por todo o final de semana, ela simplesmente havia
evaporado do aniversario no sábado, porém eu tinha minhas artimanhas para encontra-la novamente.

Já estava decidido a aceitar a proposta de John para tomar conta da campanha de meu novo projeto,
porém como tinha outras prioridades iria resolver essa etapa futuramente, só fiz adiantar as coisas
para poder rever a Deusa maravilhosa que estava tirando meu sossego.

Ela era a contradição em pessoa, não conseguia se quer me encarar nos olhos, corava com facilidade
e dificilmente disfarçava o quanto minha presença lhe afetava, porém ao mesmo tempo era bastante
atrevida, sua atitude de me provocar e também alisar minha perna quando comecei a falar me levou
até os autos graus de loucura e meu pau que havia ganhado vida no momento que a viu, só faltou furar
minha calça quando ela passou aqueles pezinhos maravilhosos em minha perna não me restando outra
alternativa senão segura-los e levar diretamente ao meu pau para ela aprender a não brincar com
fogo.

Foi ai que tive a magnífica ideia de inventar a historia de insegurança do email e lhe pedir para
trazer os relatórios pessoalmente o que claramente é uma mentira.

Pelo horário ela deve estar chegando a qualquer momento e eu confesso que estou ansioso como a
porra de um adolescente na puberdade.

O telefone de minha sala toca e atendo imediatamente:

- Pronto.

- Sr Black, tem uma moça que veio entregar um relatório da Editora Novacius para o Sr. poço
receber? Tem alguma recomendação?

- Mande-a entrar Carla, eu mesmo a receberei! Desliguei ansioso.

Pelo passar das horas eu já havia tirado o terno, a gravata e puxado a manga da blusa ate o meio dos
braços.

Levantei e fiquei aguardando minha Deusa entrar apoiado na frente da mesa, na direção dela. Estava
tão louco por aquela mulher que não sei o que faria, acho que puxaria ela para meus braços e lhe
agarraria ali mesmo, em cima da minha mesa.

A porta de abriu e junto com ela meu sorriso, porém quem entrou em minha sala foi uma garota
inibida e desengonçada, eu fiquei tão sem reação que a cara que fiz deve ter assustado a pobre
menina.

Me recompus rápido e voltei para meu lugar sentando em minha cadeira.

- Boa-a noite Sr. Black, fui encarregada-a de lhe entregar este envelope. Falou gaguejando.

- Boa noite respondi educadamente, John me informou mais cedo que Julia me traria esses relatórios,
você é a Julia? me fiz de desentendido, claro que aquela não era minha Julia.

- Não Sr., Julia estava ocupada e pediu para eu lhe entregar em seu lugar, espero que não se
incomode! Não me incomodar? Raiva e luxúria brotavam dentro de mim com a mesma intensidade.

- Obrigada por sua gentileza. Ela se virou e saiu.

Muito atrevida essa minha deusa, mas isso não vai ficar assim. Era a primeira vez que fiquei sem
saber o que fazer com uma mulher.

Sei que todos os funcionários que trabalham em uma das empresas do prédio possuem um crachá e
precisam passa-lo para entrar e sair do edifício ficando assim cadastrados seus horários, liguei para
a recepção:

- Boa noite, aqui é Dominic Black, preciso saber se a funcionária Julia Maclay já deixou o prédio?

Após alguns segundos a recepcionista respondeu.

- Senhor verifiquei em nosso sistema e só possui registro de entrada então ainda não deixou o
edifício

- Ótimo, estou descendo, se ela aparecer ai antes de eu chegar não a deixe sair.

Peguei minha pasta, a chave do carro, joguei o paletó nos braços e desci como uma bala, Carla minha
secretaria levantou pegando um susto.

Cheguei ao saguão principal do edifício e nada de Julia, fiquei aguardando-a um pouco ao lado para
evitar chamar atenção do demais, pois era uma hora de saída de funcionários e o fluxo de pessoas era
bem intenso no local.

Já haviam passados mais de 10 minutos sem nenhum sinal dela, então peguei o celular e disquei o
número da Editora Novacius, onde uma moça atendeu.

- Editora Novacius, Lívia boa noite!

- Gostaria de Falar com Julia Maclay, por favor.


- Senhor sinto muito, mas Julia já saiu tem uns dez minutos, deseja deixar algum recado?

- Não obrigada, falei bufando com minha raiva aumentando cada vez mais.

Eu ia matar o desgraçado que havia a deixado sair do prédio contrariado minhas ordens, voltei a
falar com a recepcionista que já estava visivelmente nervosa.

- Senhor, estou consultando aqui, ela não deixou o prédio, veja na tela, só temos o registro de sua
entrada!

Onde essa mulher se meteu? Chamei Carlos o chefe a segurança, e mandei localiza-la, como o
interior do edifício era todo filmado, ele que fizesse seu caminho assim que saiu da editora e a
encontrasse.

Em menos de dois minutos ele retornou ofegante.

- Sr Black, a encontramos! Ela desceu pelo elevador e parou no andar da academia, adentrou o
vestuário feminino e ainda não saiu de lá.

- Ótimo Carlos! Preciso que você venha comigo.

Pegamos o elevador e apertei o segundo andar quando Carlos falou.

- Chefe, desculpe me intrometer, porem como zelo por sua segurança, caso seja sua ideia invadir o
vestiário feminino acho que devo ligar para que a equipe de limpeza se certifique que a moça esta
sozinha não é? Afinal podem ter outras pessoas trocando de roupa

- Claro Carlos, faça isso, por favor!

Meu deus essa mulher me deixa tão louco que perco ate a capacidade de pensar com o mínimo de
sensatez.

- Ela esta sozinha, chefe. Informou com brevidade.

- Irei entrar, fiquei aqui na porta e não permita que ninguém mais entre ate sairmos.

Assim que entrei ouvi uma espécie de canto, tive que conter um riso aquilo era quase uma poluição
sonora, o vestiário era amplo com cabines de banheiro e de banho em ambos os lados, possuindo um
banco comprido bem no meio para apoio de sacolas e outros apetrechos.

Porém não estava preparado para a visão que tive. Primeiro vislumbrei um par de pernas, ocorre que
essa mera definição não lhe fazia justiça, era um par de pernas definitivamente moldado pelos
deuses, dignas de um show de streptease, apoiadas em um salto alto sexy pra caralho, e coroadas por
uma bunda redondinha e empinada mal, coberta por uma minúscula calcinha de renda preta, que
balançava deliciosamente ao som de sua horrível cantoria, enquanto tirava diversas coisas de dentro
de uma bolsa de ginástica.

Meu deus essa literalmente é minha deusa dançarina.

Confesso que sou um homem de atitude mas fiquei estático, de boca aberta, completamente
maravilhado e tão excitado que meu pau chegava a doer.

De repente, ela levantou a cabeça, olhando-se no espelho, e dando-me a visão de um sutiã de renda
também preto que mal cobria as curvas de seus seios.

- Ai meu Deeeeus! Deu um gritinho baixo a me ver, tentando se cobrir com as mãos, sem conseguir
esconder muita coisa.

- Você não pode entrar em um banheiro de mulheres, quer dizer tudo bem que você é dono de tudo
aqui, mas isso não é certo.

- O que não é certo é você me deixar lhe esperando e mandar outra pessoa em seu lugar entregar o
relatório. Chega de olhares e indiretas Julia! Vamos resolver agora toda essa atração que sentimos
um pelo outro.

Falei indo em sua direção, ela parecia um pimentão de tão corada, ficando ainda mais linda, se eu já
estava louco por essa mulher só vendo-a vestida, mas nada era comparável a vê-la apenas de sutiã e
calcinha, ela era perfeita e tinha certeza que a estava comendo com os olhos.

- Eu não sei do que você esta falando. Disse bem baixinho como se tentando se convencer, nessa hora
já estávamos frente a frente, seus seis subiam e desciam ofegantes, e eu usava todo meu autocontrole
para não toma-la ali mesmo, falei perto de seu ouvido:

- Quero você Julia, quero você inteira, sendo toda minha! Sua pele se arrepiou e ela não conseguiu
reprimir o gemido que saiu de sua boca deliciosa.

Eu juro que quando entrei naquele banheiro, tinha apenas a intenção de provoca-la e ensina-la que
não se brinca com Dominic Black, porém, encontra-la apenas com roupas intimas, e confirmar sua
entrega acabou comigo e nem eu mais sabia o que deveria fazer, só queria senti-la, toca-la e cheira-
la, a mulher tinha um cheiro incrível, então falei.

- Que se dane tudo! Você está fodendo com meu juízo garota.

Meti a mão em seus cabelos e ataquei sua boca, ela soltava gemidinhos que me deixava louco, tornei
o beijo ainda mais profundo, atacando sua língua com a minha, e colando seu corpo no meu, Julia me
agarrou com a mesma necessidade puxando meus cabelos e enfiando sua unha no meu braço.
Agarrei uma de suas pernas e levantei enlaçando-a em minha cintura para que sentisse o quanto a
queria, e ela correspondia se esfregando em mim.

Sentei-me no banco no meio do banheiro e a coloquei sentada encaixada no meu colo, com as pernas
enlaçadas em minha cintura, sem descolar nossas bocas, comecei a devora-la com beijos, mordidas e
lambidas em seu queixo e pescoço.

Foi quando Julia rapidamente levantou do meu colo assustada.

- Não Dominic! isso não esta certo, falou ofegante virando de costas para mim. Jamais obrigaria uma
mulher a nada, porém, definitivamente não estava no meu momento racional ainda mais com meu
rosto na direção daquela bundinha gostosa.

Agarrei-lhe por trás apoiando-a na pia, como ainda estava totalmente vestido me esfreguei em sua
bunda e puxei seu cabelo para traz expondo seu pescoço aos meus lábios, ela se entregou novamente,
sem aguentar mais enfiei a mão e sua calcinha e encontrei uma bocetinha quentinha e lisinha já
encharcada, enfiei dois dedos dentro dela e fiquei massageando seu clitóris com o polegar, ela
soltava gemidos abafados e rebolava, fiquei comendo-a com meus dedos, enquanto nossos olhos se
encaravam pelo espelho, era a visão mais erótica que eu estava tento em muito tempo, ela era puro
fogo, mas nada se comparou ao prazer de vê-la tendo um orgasmo, eu sou um homem maduro já tive
muito sexo na minha vida, mas juro que quase tive uma ejaculação precoce apenas em ver essa
mulher gozar.

- Deliciosa, porra! Grunhi, tirando a mão de sua calcinha e levando meus dedos até a boca, sentindo
seu gosto, ela se virou e ficamos frente a frente, vi na hora que aquela mulher foguenta havia sumido
e a Julia tímida estava lá novamente.

- Só não termino o que começamos agora mesmo porque quero comer você em uma cima cama, onde
possa me saciar e matar todo esse tesão que me consome, e lamber cada pedacinho desse corpo
gostoso!

Ela olhou para baixo para meu pau visivelmente marcado na calça e deu um pequeno rizinho, eu tive
que rir também, e continuei.

- Alias já nos arriscamos muito dentro de um banheiro, onde outras pessoas podem chegar, não pense
que me importo por mim, mas sim me importo por você, pois as pessoas são maldosas e não quero
ninguém falando de você por ai. Só esse pensamento me deixou louco, eu arrebentava a boca de
quem falasse da minha Julia, e conclui.

- Cadê seu telefone?


- Na bolsa. Ela respondeu.

Peguei o celular e disquei meu numero nele, assim que tocou meu desliguei e disse:

- Vou anotar seu telefone, anote o meu também, e aprenda a nunca mais fugir de mim.

Nisso virei e sai do banheiro com o cheiro de minha deusa em minha mão e em minha boca. Essa
mulher ia me matar.

Cheguei em casa e graças a Deus Samanta não estava, deveria ter saído para algum evento social,
como fazia quase todos os dias.

Apesar de não trabalhar ela sócia acionista da Cole e Black, seu pai quando se aposentou a três anos,
possuía 60% da sociedade e eu 40% apesar de eu já ser Presidente há oito anos, dando metade das
cotas de presente a Samanta que hoje possui 30% das ações.

Ou seja, tenho certeza que no momento que eu pedisse o divórcio seria destituído do cargo de
Presidente que seria ocupado por alguém sem capacidade e levaria a empresa a qual dediquei minha
vida à falência.

Então não tinha outra saída a não ser continuar com essa farsa de casamento.

Capítulo V
Júlia

Cheguei em casa acabada, depois do que aconteceu no banheiro, tive que malhar como uma
condenada para tentar tirar do meu corpo tanto tesão e me esgotar fisicamente para quem sabe, tentar
dormir e não passar a noite fantasiando com Dominic.

O homem era uma maquina, ele conseguiu me dar mais prazer apenas com suas mãos do que qualquer
outro homem me deu com uma relação sexual completa.

Então tomei um banho, fiz um sanduíche e fui me deitar, iria procurar na internet alguma coisa sobre
ele, afinal não sabia nada de sua vida, porém quando peguei meu celular, havia acabado de chegar
uma mensagem.

Dominic Black – 21:01 - A propósito você canta horrível.


Dei uma risada alta.

Júlia Maclay – 21:02 - Você não parecia nenhum pouco incomodando.

Dominic Black – 21:05 - Realmente não estava, até porque depois da visão que tive não conseguia
mais nem escutar sua bela canção, só de lembrar de você rebolando naquela lingerie já fico louco,
não sou mais um adolescente para ter sexo por telefone.

Júlia Maclay – 21:06 - Poxa velhote, então terei que me resolver sozinha com meu vibrador! Beijos

Dominic Black -21:06 – Você, tem um vibrador ai?

Dominic Black - 21:07 - Julia porque faz isso comigo?

Dominic Black - 21:07 - Julia? Fala comigo!!!!

Dominic Black -21:06 - Preciso saber o que é estar dentro de você, estou morrendo de vontade

Eu só lia a mensagem rindo de seu desespero, liguei o vibrador e me deixei levar sonhando com meu
Deus lindo e suas mãos mágicas.

Acordei na terça-feira com uma mensagem de John no meu celular:

John Fish – 06:00 - Julia querida, sei que é cedo, mas assim que possível corra pra cá, temos muito
trabalho hoje.

Me arrumei voando, coloquei um vestido azul levemente rodado, arrumei os cabelos e fiz uma
maquiagem simples, peguei um café e um sanduiche para ir comendo no caminho, normalmente ia
caminhando ao trabalho, mas hoje peguei um taxi para ser mais rápido.

Cheguei em minha mesa, deixei minhas coisas e fui a procura de meu chefe.

- Entre Júlia! Estamos abarrotados de trabalho, Dominic me mandou uma mensagem hoje de manhã
dando ok para o projeto que discutimos ontem e temos que organizar uma bela propaganda para
apresentar em uma festa da Cole & Black Empreendimentos Imobiliários que acontecerá em menos
de suas semanas. Estou entrando em parafusos aqui. Falou sorrindo, sua empolgação era palpável.

Com uma manhã tão ocupada, o tempo passou voando e simplesmente me esqueci de tudo, não tive
tempo de pensar em Dominic, olhar meu celular nem se quer almoçar, foi quando mais ou menos às
15:00, decidi que precisava me alimentar, então desci até o primeiro andar do edifício onde haviam
vários restaurantes e lanchonetes, optei por esta última onde comi um delicioso sanduiche com suco
de laranja.

Quando estava voltando para pegar o elevador e retornar ao trabalho escuto aquela voz
inconfundível.

- Senhorita Maclay, você perdeu seu celular ou resolveu me evitar?

Estanquei na hora, meu corpo já todo arrepiado.

- Senhor Black, tive uma manhã muito ocupada e realmente não tive tempo de olhar o celular. Disse
virando em sua direção e continuei:

- Mas como estou aqui na sua frente pode me falar o teor das mensagens?

Ele estava lindo, com um terno desenhado para seu corpo, perfeitamente arrumado.

- Poço falar e mostrar, pois dizia o que queria fazer com você e essa sua boca atrevida.

Nisso ele agarrou meu braço, fazendo-me acompanha-lo, quando abriu uma porta que dava acesso à
escada de emergência do prédio.

Ele mal fechou a porta e já estávamos nos atacando, ele me beijava como se fosse uma necessidade,
parecia que iria enlouquecer se não o fizesse e não aguentasse mais esperar. Chupei sua língua com a
mesma volúpia que chuparia outro lugar.

Com uma das mãos procurei a barguilha de sua calça abrindo o botão e o zíper, fazendo-a cair entre
seus pés, peguei-o nas mãos e ele gemeu, estava duro como uma rocha e era enorme, batia pouco
abaixo de seu umbigo, deslizei minhas duas mãos fechadas por toda sua extensão.

- Júlia, não da para esperar mais.

Me virou bruscamente e me imprensou de cara para a parede, ficando de costas para ele.

- Segura aqui. Disse brutamente colocando minhas mãos no corrimão.

Suas mãos subiram pelas minhas pernas e minha bunda e ele rasgou minha calcinha com apenas um
puxão me penetrando por traz com seus dedos.

Apesar dos dedos grossos e deliciosos não eram suficientes, eu precisava senti-lo todo dentro de
mim.

- Preciso de Você Dominic. Sussurrei quase sem fôlego.

- Você me deixa louco. Disse ele com um rosnado.

- Gostosa pra caralho.

Com a outra mão agarrou meus cabelos com força


E nesse mesmo momento ele enfiou seu pau grosso e duro dentro de mim, suspiramos juntos
extasiados.

- Ahhh; Gemia toda preenchida por seu pau enorme.

- Droga, Julia, e metia mais e mais – eu. estou. sem. camisinha, e metia mais – não, tenho, nenhuma,
aqui, puta merda.

- Merda.

Nesse minuto ele saiu de dentro de mim e se apoiou na parede oposta da escada a uns 5 metros de
distancia, falando:

- Só Deus sabe o quanto me custou sair de dentro de você, então não dê um passo em minha direção
ou eu não me responsabilizo por meus atos, e vou encher essa bocetinha apertada com minha porra.

E foi exatamente o que fiz. Fui andando em sua direção, olhando para seu pau que estava duro em sua
mão, lambendo os lábios de desejo.

- Júlia eu não estou brincando!

- Nem eu Sr. Black! Infelizmente você não ira encher minha boceta, mas irá encher outro lugar.

Disse caindo de joelhos na sua frente e abocanhando seu pau, chupando primeiro a cabeça bem de
leve, já sentia seu gosto de líquido pré-ejaculatório, Dominic foi a loucura, ele gemia, grunia, falava
coisas desconexas.

- Puta que pariu, rosnou segurando meus cabelos e começou a meter forte em minha boca, ele
literalmente fodia minha garganta. Percorri com a língua toda sua extensão virando a cabeça para
contemplar cada uma das suas veias, até que escutei:

- Júlia, vou gozar! Foi ai que intensifiquei os movimentos, apertando suas bolas.

O jato de sêmen foi tão forte que quase me engasguei, mas engoli até a ultima gota, seus murmúrios e
gemidos foram os sons mais excitante que escutei na vida. O mais impressionante é que ele ainda
estava duro. Eu precisava ir embora se não ia implorar para ser comida sem camisinha mesmo.

Ele me levantou me virou e me imprensou contra na parede falando.

- De hoje você não me escapa, me espera a 18:00 horas no saguão de entrada você vai embora
comigo. Isso não é um pedido.

Virou-se e saiu subindo as escadas.


- Minha calcinha, pedi!

- Vai ficar comigo, para eu sentir seu cheiro o resto do dia.

Capítulo VI
Dominic

Julia me despertava um instinto animal.

Assim que cheguei ao escritório pela manhã havia lhe mandado diversas mensagens sem obter
qualquer resposta, também não queria ligar para seu trabalho e parecer um maluco atrás dela, então
avisei para Carlos, chefe de segurança do prédio para ficar de olho nela e me avisasse se saísse,
sendo imediatamente informado que as 15:00 horas ela encontrava-se na área de alimentação do
prédio. Não pensei duas vezes e fui atrás dela.

Dificilmente me enganava com as pessoas, e ela era uma garota que parecia ser bem certinha, de
família, totalmente diferentes das mulheres com quem já me envolvi, e era muito estranho ela
concordar em transar com um homem casado sem nem questionar ou mostrar qualquer rancor por
fazer isso. E apesar de ser o que sempre quis e exigir de minhas amantes, dessa vez estava me
incomodando.

Me tirando dos pensamentos em Julia, meu telefone toca, pelo identificador vejo que é Samanta.

- Alô.

- Dominic, hoje receberei umas amigas da escola para um chá da tarde às 17:00, então esteja em casa
cedo, não quero minhas amigas falando que meu marido fica fora de casa até altas horas.

- Impossível Samanta. Tenho compromissos.

- Desmarque. Não se atreva a não comparecer.

- Fale que estou viajando.

- Você quem sabe, eu se fosse você viria. Desligou.

Vagabunda, xinguei jogando um copo contra a parede. Samanta tinha um sensor pronto para atrapalhar
os melhores momentos de minha vida, porém mal ela sabe que essas pressões me faziam ter vontade
do jogar tudo para o ar.

Eu não teria coragem de ligar para minha Deusa e desmarcar nosso encontro, pois se escutasse sua
voz seria capaz de mandar Samanta, casamento e tudo mais para o espaço para ficar com ela essa
noite, então como não me restava outra saída, liguei para meu motorista e mandei me pegar.

No caminho de casa o instrui a voltar para a empresa, esperar Júlia sair e se desculpar pelo
imprevisto ocorrido bem como a levar com segurança até sua casa, peguei sua calcinha do bolso, e
não resisti cheirei me torturando, querendo essa mulher em meus braços mais do que qualquer coisa
nesse mundo.

Cheguei em casa e Samanta já estava reunida com mais três amigas, assim que entrei o seu olhar
vitorioso me enfureceu.

- Meu amor, que bom que chegou, nem lhe avisei, mas temos visitas, junte-se a nós em um chá.

- Boa tarde a todas, vou dispensar o chá.

Dirigi-me ao bar e enchi um copo com whisky.

- Mas então se junte a nós, Bianca está me contando da ultima viagem que fez à Europa, precisamos
pegar novas dicas. Falou docemente, porém eu sabia que Samanta queria aparecer perante as amigas
posando com seu apaixonado marido bonito e rico, mas hoje ela não conseguiria isso de mim.

Sentei com a cara fechada e escutei a conversa idiota sem dar nenhuma palavra, ela exalava ódio,
porém não perdia a pose de distinta dama. Pura falsidade.

Às 20:00h as mulheres graças a Deus foram embora, e assim que saíram pela porta Samanta despiu
sua capa e mostrou seu verdadeiro eu:

- Seu desgraçado, ficou louco de vez? Você me envergonhou na frente de minhas amigas! O que vão
falar de mim?

Hoje eu estava por um fio e definitivamente não ia ficar escutando seus surtos. Peguei minha chave e
falei.

- Já fiz meu papel, agora vou embora terminar o que estava fazendo quando você me interrompeu.

- Não me provoque Dominic, você é quem tem mais a perder!

Bati a porta de casa.

Liguei para meu motorista que me confirmou que deixou Júlia em casa com segurança às 18:00 horas,
me passando seu endereço. Passei em um mercado, comprei uma garrafa de vinho e uma rosa, passei
também em um restaurante japonês e comprei comida para um batalhão e fui recuperar o tempo
perdido.

Júlia

Fiquei o resto do trabalho todo sem calcinha, isso elevou meu tesão a níveis máximos, pela primeira
vez na vida iria deixar a timidez de lado e me entregar por completo para esse homem.

John iria me matar, mas não consegui produzir nada o resto do dia.

Pra onde será que ele vai me levar? O que vai fazer comigo? Ai meu Deus, esses minutos que não
passam.

Ás 17:50, peguei minha bolsa e fui correndo para o banheiro tentar me ajeitar um pouquinho, penteei
os cabelos, escovei os dentes e desci, torcendo para Dominic já estar me aguardando.

Cheguei no saguão central procurando por ele, mas não o encontrei, estava me dirigindo para um dos
sofás de espera, quando um senhor elegantemente arrumado, me chamou:

- Senhorita Maclay?

- Sim. Respondi.

- Sou Charles, motorista do Sr. Black.

- Olá Charles, Sr. Black já desceu?

- Srta, ele teve um problema familiar e não pode lhe aguardar, me ordenou a lhe informar de seu
pesar e de lhe levar em segurança até sua casa.

Ai, não acredito.

- Sim, então vamos. Tentei falar simpática escondendo a decepção na voz. Custava dar uma ligação
ou mandar uma mensagem?

Entendi de verdade, como foi ele quem propôs o encontro mais cedo, acredito que realmente queria
comparecer, porém o imprevisto ganhou, e se foi um imprevisto familiar eu tinha mais que entender.
Mas estava triste apenas porque esperei tanto por essa hora.

Charles me perguntou varias vezes se eu precisava de alguma coisa, que ele trouxesse um jantar, mas
neguei, não iria abusar do simpático senhor.
- Obrigado pela carona Charles, e uma boa noite. Agradeci quando cheguei em casa.

Além de não ter Dominic, ainda estava sozinha, pois Luciana havia viajado e só retornava sexta-
feira. Tomei um Banho, coloquei uma blusa sem sutiã e uma calcinha rosa me sentando na mesinha da
sala para por o trabalho atrasado em dia, já que passei a tarde fantasiando meu encontro fracassado.

De repente o interfone da rua toca, olho no relógio e vejo que são quase 21:00, quem deve ser essa
hora? Penso.

- Alô.

- Boa noite, nesta residência mora alguma donzela capaz de perdoar um pobre senhor atrasado para
um encontro mas morrendo de saudade?

Fiquei em choque ou escutar a voz de Dominic, jamais imaginaria que ele iria aparecer, e ainda em
minha casa, esse homem literalmente não parava de me surpreender, fiquei tão em choque que não
disse nada, então ele continuou:

- não quero subornar ninguém, mas trouxe vinho e bastante comida japonesa. Sorri e novamente não
falei nada, porém apertei o dispositivo que abria o portão dando-lhe entrada ao condomínio. Menos
de um minuto depois a campainha da porta toca.

Quando abro vejo-o lindo, ainda com a roupa de trabalho, cheio de sacolas de comida, uma rosa
apontada para mim e uma cara de cachorro arrependido.

Porém sua fisionomia mudou completamente quando me olhou e viu que estava vestido apenas uma
blusa colada sem sutiã e minha minúscula calcinha rosa.

- Devo ter feito algo de muito bom nessa vida para ser recebido assim, não sei se ter agarro ou se
dou umas boas palmadas nessa sua bunda, por abrir a porta com essa roupa, se algum vizinho te visse
assim ia ter que matar o pobre coitado, já pensou?

Não falei nada apenas pulei em seu colo e nossas bocas se devoravam com todo o desejo reprimido.

Ele me ergueu do chão apenas com um braço, colando-me a seu corpo e a outra mão apertava
fortemente minha bunda. Fomos entrando em casa aos beijos e ele fechou a porta com seu corpo.

- Desculpe pelo atraso minha deusa, não tive tempo nem de tomar um banho. Falou ofegante.

- Quero você assim mesmo, suado.

- Você está quebrando todas as minhas regras.

- Regras são feitas para ser quebradas. Respondi.


Ele me jogou no sofá, e ficamos nos amassando, Diminici, passou a mão por cada pedacinho do meu
corpo.

- Julia, não aguento mais, sei que nossa primeira vez deveria ser lenta e deliciosa mais eu realmente
não vou conseguir, estou para explodir.

Nessa hora ele me carregou apontando para a porta a direita.

– Seu quarto? Afirmei com um movimento de cabeça e ele seguiu em direção, tomando posse do meu
corpo.

Ele me deixou deitada e se levantou tirando do bolso uma cartela com umas 15 camisinhas, fazendo a
maior cara de sínico.

- Quanta expectativa hem! Brinquei com a quantidade de preservativos.

Mas ele continuou me olhando sério, desabotoando a blusa, depois a calça e a cueca foram ao chão,
era uma visão hipnotizadora, não havia nada em excesso ou pequeno em seu corpo, o homem era uma
massa de musculo, ele era tão grande que não sei se caberia em mim.

Quando menos percebi ele vinha em minha direção com uma expressão predatória, e atacou minha
roupa, rasgou minha blusa e depois minha calcinha, ficando em cima de mim e beijando-me
profundamente.

Agarrou meus seios com as duas mãos apertando com perfeição, depois agarrou um mamilo com o
dente intercalando mordidas com fortes chupadas e me levando ao céu.

- Dominic. Preciso de você agora.

- Ainda não Deusa, você tem que estar bem prontinha, pois tem uma boceta bem apertada e não quero
te machucar.

Foi descendo pela minha barriga, até que enfiou o rosto entre as minhas pernas, primeiramente me
lambeu por inteira, abrido caminho dentro de mim e me penetrando com sua língua, até em fim dar a
tão esperada atenção para o meu clitóris, gritei de prazer.

- Essa boceta é mais gostosa do que eu imaginava. Disse intensificando mais suas lambidas e
colocando dois dedos dentro de mim, fui ao ápice na mesma hora quando o orgasmo me invadiu tão
forte que apaguei por alguns minutos.

Só voltei à realidade quando senti sua boca novamente, agora no meu pescoço, se remexia tentando
colocar a camisinha o mais rápido possível, precisava dele agora mesmo.
- Me fode Dominic, por favor!

- Há Júlia. Rosnou ao entrar completamente em mim, metendo até o talo. Seu corpo todo enrijeceu, e
tive que me acostumar com seu tamanho, era um misto de dor e prazer, ele me torturava com
movimentos lentos tirando quase tudo e colocando de novo até as bolas, em cada estocada acelerava
mais e indo mais fundo.

- Você. É. Muito. Gostosa. Disse metendo mais forte agora.

- Minha Deusa gostosa, você é tão apertada, vou arreganhar toda essa bocetinha com meu pau.

E ficou remexendo os quadris.

- meu pau nunca ficou tão duro!

E o orgasmo se formou como uma tempestade era tão forte que nem parecia que tinha acabado de
goza, cheguei ao clímax chamando seu some. Dominic estava tão preocupado com meu prazer que
estava se segurando e assim que me viu gozar em fim se entregou ao orgasmo jogando a cabeça para
traz e me marcando como sua.

- Cansada? Perguntou ainda dentro de mim.

- Humm. Só tinha forças para gemer.

- espero que não, porque estou só começando!

Meus Deus de onde vem tanta virilidade. Ele saiu de mim, tirou a camisinha e foi em direção ao
banheiro. Além de se apossar de mim e do meu corpo o homem ainda ia se apossar da minha humilde
casa.

Quando retornou me virou e com um único movimento me colocou de quatro com os joelhos na cama,
e se acomodou entre minhas pernas.

- Preciso te comer olhando esse bumbum gostoso que tanto me perturbou esses últimos dias. Disse
dando uma tapinha em minha nádega direita, depois começou a alisa-lo, falando safadezas de como
iria me preparar para poder comer meu buraquinho proibido, involuntariamente comecei a rebolar.

Dominic.

Porra! Mal saí dela já estava duro novamente, muito duro. Não pensei duas vezes, coloquei
novamente uma camisinha e penetrei naquela bocetinha, ela estava de quatro com aquele rabinho
empinado balançando, agarrando-a fortemente comecei a meter bem rápido e duro era sexo puro e
gostoso, disse a mim mesmo.
Ela era deliciosa, apertadinha, quentinha e molhada, quando estava perto de gozar se contraia
ordenhando ainda meu pau, e então ela veio com um orgasmo maravilhoso gritando e caindo na cama
sem forças. Eu não aguentei, segurei forte sua bunda e meti com violência e descontrole, sem dó
vindo junto com ela, um tesão forte e violento percorreu todo meu corpo e gozei tão forte que
literalmente encontrei o paraíso.

Ficamos deitados juntinhos por vários minutos, ela estava muito fraca e precisava se alimentar.

- Já jantou? Perguntei.

- Não, afinal de contas só lhe deixei entrar porque me prometeu comida. Disse.

- Então vamos lá minha deusa, não quero frustrar suas expectativas.

Julia colocou um roupão de seda eu tinha colocado minha cueca boxer e já ia colocar o resto da
roupa, quando ela me puxou.

- venha assim mesmo! Minha companheira de apartamento esta viajando então não corremos o risco
de ser surpreendidos.

Abrimos toda a comida ela serviu o vinho em duas taças e sentamos no chão usando como base a
mesinha de centro no meio da sala, era tão gostoso vê-la comendo, parecia uma menina, de pernas
cruzadas e rosto corado.

- Deve está assustado não é?

- Porque assustado? Perguntei.

- Com a minha fome! Você todo Senhor Musculoso e Gostoso deve ser todo regrado com a comida,
então deve estar pensando que sou a louca esfomeada.

- Primeiro, adoro comer, como de tudo, odeio essa história de contar calorias, segundo estou
adorando ver você comer, odeio mulheres que se preocupam apenas com a aparência exterior. Disse
desconfortável lembrando de meu maior problema, pois Samanta era assim. – e terceiro, sou gostoso
por natureza, é genética. Disse sorrindo e recebi um rolinho primavera na cabeça.

- Você é engraçado.

- Engraçado? Quase me engasguei de tanto rir, dei uma verdadeira gargalhada como não fazia a
muito tempo.

- Nunca ninguém me chamou de engraçado, já me chamaram de manipulador, controlador, possessivo,


autoritário, obsessivo por comando, mal-humorado, mas engraçado com certeza nunca.

- Bom eu acho, aliás de onde veio esse negócio de me chamar de Deusa?

- Chamo porque foi a primeira coisa que veio em minha cabeça quando coloquei os olhos em cima de
você, dançando essa bundinha gostosa, então ficou minha Deusa Dançarina. Disse puxando-a e
acomodando-a no meio de minhas pernas onde fiquei lhe abraçando.

- deusa dançarina? Ela quem riu, - tá vendo como você é engraçado.

Ficamos ali só abraçados, comendo e bebendo um bom vinho, falando besteira, ela me disse que
nasceu e Seattle, que perdeu os pais em um acidente de carro quando adolescentes vindo estudar
Publicidade em Nova York, contou também que divide o apartamento com sua amiga Luciana, que
segundo ela era uma excelente arquiteta.

Com ela era tudo tão simples, a vida parecia tão fácil e gostosa, nunca imaginei que ficaria sentado
no chão, com uma mulher nos meus braços, namorando como se o caos de minha vida não existisse e
por algumas horas realmente não existiu.

Assim que ela começou a fazer perguntas sobre minha vida, comecei a dar respostas vagas e simples,
apesar Júlia nunca ter contestado ou reclamado pelo fato de eu ser casado esse não era realmente um
assunto que eu queria discutir com ela, não nesse momento, pois no que pese eu querer me separar de
Samanta não sei como ou se um dia eu realmente conseguiria fazer isso, e além do mais não iria lhe
dar esperanças já que estava interessado apenas em sexo e um novo relacionamento está
completamente fora dos meus planos.

Então busquei desconversar da melhor forma possível, puxando Júlia para minha frente e tomando
novamente sua boquinha falante.

Depois mais umas duas rodadas de sexo maravilhoso, Júlia dormiu em meus braços e no que pese
minha verdadeira vontade de ficar e passar a noite com ela, levantei me arrumei e saí em silencio.

Cheguei em casa e, graças a Deus, não havia nenhum sinal da Samanta. Dormi feliz e tranquilo pela
primeira vez em muitos anos, sonhando a noite toda com minha Deusa.

Acordei cedo, como de costume, malhei em minha academia particular e quando estava indo em
direção à sala para tomar café da manhã, ainda suado, meu telefone apitou com uma mensagem:
Júlia Maclay – 07:12 - Se não fosse meia dúzia de embalagens de camisinhas vazias espalhadas
pela casa, ia achar que tinha sonhado a noite toda com um certo velhote gostoso. Tenha um bom dia.
Beijinhos.

Dominic Black – 07:15 - Bom dia minha Deusa gostosa, já eu tenho absoluta certeza de que não foi
apenas um sonho, quer dizer foi o meu sonho que se tornou realidade ontem de noite. Me aguarde que
hoje quero muito mais você

Não consegui disfarçar o sorriso bobo em meu rosto, e estava tão distraído escrevendo que nem vi
Samanta sentada na mesa, já tomando seu café.

- O que tem de tão interessante neste celular Dominic? Falou com falsa doçura.

- Nada que seja de seu interesse. O telefone apitou novamente:

Júlia Maclay – 07:16 - Olha Sr. Black, pare de me torturar com suas promessas sexuais, preciso me
concentrar no trabalho, se não serei demitida então conte logo quais são seus planos??? ;*

Depois responderia à Júlia, então coloquei o telefone no silencioso, agora teria de cuidar de Samanta
antes que ela percebesse alguma coisa. Então ela falou:

- Na sexta teremos a reunião trimestral da empresa então irei visitar algumas obras com papai para
estarmos a par dos futuros investimentos.

Droga! Havia esquecido completamente da reunião de sexta-feira, eu teria de elaborar e organizar


vários relatórios, planilhas de gastos e orçamentos, meu Deus, como pode uma mulher desestabilizar
completamente um homem? Pois Júlia fez isso comigo, nesses últimos dias só pensei nela e deixei
meu trabalho de lado.

Capítulo VII

Júlia

Acordei gostosamente dolorida, estava totalmente nua, e os resquícios da noite passada estavam por
todos os lugares, eram roupas jogadas, embalagens de camisinha pelo chão e o cheiro de Dominic
por toda a casa.
Me arrumei para trabalhar e então resolvi lhe enviar uma mensagem, ele respondeu na hora e ainda
disse que hoje eu teria mais, porém quando perguntei qual eram seus planos ele não respondeu, na
verdade já eram meio dia e nada dele, vai entender, homem louco.

Sinceramente eu me perguntava o que ele havia visto em mim?

Dominic além de lindo era um executivo de sucesso, presidente de uma das maiores empresas do
País e podre de rico, devia ter mulheres lidíssimas se jogando aos seus pés, então porque ficaria
comigo?

Ontem quando estávamos conversando me abrir completamente para ele, falei de minha vida,
inclusive da morte de meus pais que era um assunto muito delicado pra mim, porém quando perguntei
de sua vida ele logo desconversou, fingi que não mas percebi tua tática de desviar minha atenção das
perguntas com seus beijos deliciosos e confesso que surtiram êxito porque logo esqueci. Será que ele
tinha alguma namorada?

Ai meu Deus, só de pensar já me incomodava. Ele não era nada pra mim, não nos conhecemos nem a
uma semana e eu já estou tendo pensamento ciumentos.

– Pode parando de loucura Júlia. Disse para mim mesmo.

– Aproveite o momento, curta o bonitão e não crie expectativas.

E pensando assim esqueci completamente o fato de ele não ter respondido a mensagem, fui almoçar
com algumas novas colegas de trabalho e passei a tarte toda concluindo o projeto do novo
empreendimento da Cole & Black, que teríamos que apresentar na próxima semana.

Às 18:00h, já estava me arrumando para ir embora e já tinha perdido completamente a esperança de


Dominic aparecer, quando meu celular toca, olho no visor e era ele, mesmo tentando resistir meu
corpo todo se acendeu com a expectativa:

- Alô!

- Júlia, tudo bem? Falou carinhoso acabando com todo o gelo do meu coração.

- Tudo bem e com você?

- Melhor agora, tive um dia de cão, uma pequena Deusa tirou minha atenção a semana toda e esqueci
que sexta tenho uma reunião com os acionistas da empresa, então hoje tive que recuperar o tempo
perdido e trabalhei sem parar. Para você ter uma ideia estou voltando para o prédio de uma visita ao
nosso contador e ainda nem almocei.
- Nossa Dominic, assim você vai ficar doente.

- Não vou não, estou ligando para me desculpar, sei que já virou rotina desmarcar nossos encontros
mais terei uma reunião com meus sócios daqui a 40 minutos.

- Claro, sem problemas nenhum, entendo perfeitamente, já estava de saída do trabalho, vou para casa.
Respondi triste mas compreendendo de coração.

- Está saindo agora? Perguntou.

- Sim, entrando no elevador.

- tive uma ideia para matar um pouco da saudade, tenho 40 minutos até minha próxima reunião, que
tal comermos uma coisa rapidinho e te deixo em casa, topa?

- agora mesmo. Disse já super animada.

- Então venha, estou em um carro preto na garagem dois, vou te esperar bem próximo ao elevador.

Fui correndo, cheguei na garagem indicada e tinha um carro lindíssimo preto que parecia tão caro e
chic que eu nem sabia o nome, só podia ser ele, quando estava me aproximando, ele desceu abrindo a
porta do lado do passageiro para que eu entrasse, como um devido cavalheiro.

- Muito obrigado Sr. Black.

- Para minha deusa só o melhor. Disse dando a volta no carro e entrando no lado do motorista.

- quem lhe ver diria que o Sr. está sendo romântico. Falei irônica.

- primeiro engraçado e agora romântico, realmente são adjetivos novos para mim. Falou sorrindo e
dando um cheiro no pez!
Júlia era sinônimo de paz.

Com ela não havia tristeza, problemas, guerras de poder, preocupação com a aparência ou com que
os outros vão pensar.

Ela era diferente das mulheres com as quais já me envolvi, no que pese ser fogosa e devassa na hora
do sexo, tomando iniciativa, como agora no carro, era recatada e até tímida depois e o pior é que sua
entrega total e a confissão de que a tempos não estava com um homem me gerava um sentimento
possessivo até antes desconhecido. E isso era perigoso.

Tão perigoso que transamos sem camisinha, eu confiava tanto nela e sabia que não era uma golpista
que não me preocupei em ser acertado por nenhum golpe da barriga, o que seria meu primeiro
pensamento relativo a qualquer outra mulher.

Meu deus! O risco valeu a pena porque nada foi comparável a sensação de estar plenamente dentro
dela, pele com pele, sem nada entre nós.

Em menos de uma semana ela me levou a lugares até então desconhecidos, namorar no sofá de sua
casa, comer no McDonald’s e fazer sexo no carro literalmente eram novidades em minha vida. E eu
estava adorando.

Outra coisa, a mulher é tão louca que me acha engraçado e romântico, dei uma gargalhada me
lembrando, só ela com seu senso de humor para tirar as melhores conclusões das pessoas. E lá estava
eu novamente com esse sorriso idiota na cara e mais de 30 minutos atrasados para a a porra da
reunião.

Havia combinado de me encontrar no escritório com Samanta e meu Sogro Wladimir, onde lhes
entregaria as planilhas da reunião de sexta-feira, para que estivessem a par das pautas que seriam
discutidas. Merda! Seria culpa do transito! Que esperem não devem ter nada de importante mesmo
para fazer.

Retornei ao prédio, estacionei o carro na garagem privativa e subi até minha sala e como imaginei os
dois já estavam impacientes com cara feia me esperando.

- Ah até que fim! Eu já ia embora. Falou Samanta, batendo o pé.

- Desculpem me atrasei por causa do transito. Não quis ser indelicado com ela na frende de seu pai,
então ignorei.

- Sem problemas Dominic! falou Wladimir paciente, rindo do mal humor da filha. Era esse seu
problema, ele era um bom homem porém nunca soube dizer não aos caprichos de Samanta e sempre a
viu como uma criança.

Durante mais ou menos as duas horas seguintes repassamos todos os pontos importantes da reunião
de sexta-feira, projetos, custos e fornecedores, deixando alinhavadas decisões importantes. Quando
estávamos terminando meu sogro pediu.

- Dominic, você pode me passar novamente o contato daquele bom hotel que nos hospedamos da
última vez no Japão?

- Claro, só um minuto.

Estava tão envolvido no trabalho que tirei distraidamente o celular do bolso para verificar o número
em meus contatos, que junto com o celular caiu no chão a calcinha vermelha de Júlia que estava no
meu bolso.

Puta que pariu, pensei! Samanta estava do meu lado e viu tudo. Seu olhar era de ódio que apesar de
magrela quebrou no meio o lápis que estava em sua mão.

Eu não lhe dei nem bola, peguei a calcinha do chão, que ainda estava úmida de sua bocetinha e
coloquei no bolso. Até nessas horas tensas eu tenho pensamentos eróticos com ela.

Repassei o número para Wladimir, e encerramos a reunião descendo juntos.

- Dominic, irei direito para casa, você pode deixar papai?

- Claro, vamos, chamei-o.

Fomos trocando ideias sobre a empresa durante todo o percurso, sua casa ficava um pouco distante
então fui com calma, na esperança de que Samanta não esteja me esperando para discutir, porém se
bem a conheço eu sabia que quando chegasse em casa, poderia me preparar porque iria estourar a
terceira guerra mundial.

Só que para total surpresa, ao abrir a porta do apartamento, me deparei com a sala à meia luz, uma
mesa posta com jantar a luz de velas e Samanta estava sensualmente sentada no sofá com uma
camisola de seda branca e que ia até seus pés.

Fiquei chocado com o que vi.

- Que palhaçada é essa Samanta?

- Palhaçada Dominic? Estou aqui pronta para lhe satisfazer e mostrar que você tem uma mulher linda
e cheirosa lhe esperando em casa, não precisa procurar nada na rua.

- Uma mulher linda e cheirosa? É esse o seu problema, seus adjetivos são só exteriores, mas você é
seca por dentro. Sua farsa de mulher carinhosa loco começou a cair e eu via ódio em seu olhar.

- Quer dizer que agora você quer amor? Nós somos assim Domicic, somos secos por dentro, somos
iguais por isso damos certo.

- Não somos iguais e nunca demos certo Samanta! É difícil enxergar isso?

- Você só é o que é graças a mim.

- Não! Gritei. Sou o que sou graças ao meu trabalho e aos anos que me doei integralmente àquela
empresa enquanto você pagava de socialite por ai sem nunca mover uma palha. Nem seu papel de
esposa você cumpriu. Quantas vezes implorei por atenção, por amor e carinho, mas você só sabe me
dar isso na frente dos outros porque entre quatro paredes nada nunca existiu. Hoje dormimos em
quartos separados porque você reclamava que eu acordava cedo para trabalhar na porra da empresa
que sustenta sua vidinha de luxo e fazia barulho atrapalhando seu sono. Falei aos berros e ela me
olhava com ódio.

- Pois essa é a vida que você escolheu, é assim e sempre será queira você ou não. Você pensa que
sou idiota que não vi você de risadinha trocando mensagens hoje de manha e que engoli essa historia
de transito para você chegar tarde a reunião? Sempre soube dos seus casos mas você era discreto, o
que aconteceu esta apaixonadinho agora? Falou ironizando.

- Tai novamente você mostrando sua cara, não lhe importa eu ter outras mulheres lhe importa é o que
os outros vão pensar, veja Samanta nos não gostamos um do outro, vamos viver livre e em paz.

- Nunca!! Ela gritou jogando um copo em minha direção, que por pouco não me acertou em cheio.

- Já lhe falei que no dia que você ousar pedir o divórcio, uso minhas cotas e de papai assumo a
direção e afundo de vez aquela porcaria de empresa.

- E vai viver do que? Poço saber?

- Dominic, não menospreze minha inteligência, tenho dinheiro suficiente para não ter que trabalhar
nunca mais na vida.

- E as milhares de pessoas que trabalham para nós e sustentam suas famílias com seus salários, não
lhe importa? Ela gargalhou tão forte que chegavam a sair lágrimas de seus olhos.

– Você se preocupa com os funcionários? Quanto falso moralismo, estou até emocionada, pois saiba
que eu quero mais é que todos se danem, uma bando de pobres e mortos de fome sem berço. Meu
deus eu vivia com um mostro.
- Você me enoja cada dia mais. Entrei no meu quarto batendo a porta na cara de Samanta que ficou
gritando coisas inconsistentes, me tranquei no banheiro para tomar um banho e não escutar sua voz
irritante.

Antes de dormir, peguei o celular e tinha uma mensagem de minha deusa.

Júlia Maclay- 22:43 – Sei que deve estar em reunião e não quero atrapalhar, então apenas Boa
Noite, se precisar de ajuda, só gritar.

Há Júlia, eu preciso de sua ajuda para apagar o foto que me consome sempre que penso em você.

Dominic Black – 00:50 – Indo dormir só agora. Boa noite minha Deusa, como sempre estou com
você em meus pensamentos.

Então com suas palavras de conforto e carinho consegui dormir em paz.

Quinta-feira, passou voando, visitei várias obras, atualizei planilhas e no que pese estar doido para
encontrar Júlia, hoje realmente seria impossível.

Entre o caminho de uma das visitas, parei em uma floricultura e comprei um buquê de rosas
vermelhas e escrevi um cartão e mandei Charles entregar para ela.

“Rosas vermelhas para lembrar do presentinho que você me deu ontem, e para lhe falar que você
não sai dos meus pensamentos. D. B”

Meia hora depois recebo uma mensagem.

Júlia Maclay – 16:02 – Amei as rosas, amei ainda mais o cartão. Saudades de você.

Essa mulher falava coisas que me davam arrepio, era tão carinhosa e verdadeira que me colocava no
bolso, eu que sempre fui dominador nato estava completamente dominado por ela.

Como não podíamos nos ver, passamos o dia trocando mensagens que variavam de engraçadas,
eróticas ou simplesmente coisas banais, apenas para saber que ela esta lá.

Sexta chegou rápido, me arrumei logo cedo, pois o dia seria longo, Samanta já estava na sala me
aguardando.

Em dias de reunião eu, ela e seu pai chegávamos juntos à empresa, como uma técnica de mostrar
união, solides e confiança aos demais diretores do grupo.

- Pronta?
- Sim. Respondeu sem interesse.

Descemos até a garagem de nosso prédio, Charles já havia apanhado Wladimir e estava apenas em
nosso aguardo.

- Chegamos ao Black State Pallace às 08:00 em ponto.

Aguardei todos saírem do carro e orientei Charles a passar na farmácia mais próxima e comprar o
remédio anotado no papel que lhe entreguei, após era pra providenciar que Júlia o recebesse em
mãos. Era a pílula do dia seguinte, eu quase havia me esquecido de comprar, resquício de nossa
estripulia de anteontem.

Paramos na garagem privativa que ficava no subsolo, Samanta enlaçou seus braços nos meus e
entramos os três no elevador vazio.

Porém por ironia do destino, o elevador parou dois andares acima no saguão principal, onde
entraram duas senhoras e logo atrás toda apressada estou Júlia, meu coração quase parou. Ela estava
linda com uma calça justíssima e uma blusa rosa, os cabelos presos em um rabo de cavalo alto, um
copo de café na mão e uma sacolinha, provavelmente cheia de besteiras dentro, assim que me viu deu
rosto claramente se iluminou e ela deu um tímido sorrisinho, que murchou assim que olhou
diretamente para meus braços enlaçados com de Samanta.

Sua expressão foi como uma facada no meu coração, ela ficou em seu cantinho olhando para o chão,
para o lado, nunca para mim. Eu fiquei da mesma forma que estava desde que entrei no elevador,
olhando-a pelo canto do olho, porém minha vontade era abraça-la e acabar com toda essa farsa.

O elevador parou no décimo quinto andar e antes de sair, ela virou me olhou profundamente com os
olhos visivelmente magoados, se virou e saiu, me deixando angustiado com uma sensação de
despedida insuportável.

Eu sei que era difícil.

Sé eu pudesse ter previsto eu jamais permitiria esse encontro, apesar de meu coração querer outra
coisa, eu nunca fiz promessas para Júlia e ela nunca me cobrou nada sobre meu casamento, então
porque aquele olhar tão magoado? E porque isso estava acabado comigo? Eu devia ter feito como
sempre fiz e deixado claro para Júlia que não iria deixar minha esposa e não aparecíamos em
público, mas não fiz porque realmente queria fazer todas essas coisas por ela.

Minha pequena Deusa me trouxe dias de tanta felicidade e eu só lhe proporcionei tristeza.

Assim que terminasse o dia e desse fim em todas essas reuniões iria lhe recompensar pela situação
constrangedora.

Capítulo IX

Júlia

Acordei super atrasada saindo correndo para o trabalho, no caminho parei numa padaria e comprei
um café com leite e um saco de rosquinhas de chocolate. Entrei correndo no prédio e já ia perdendo
o elevador quando acelerei o passo e ainda consegui entrar logo atrás de duas senhoras.

Assim que entrei meus olhos encontraram diretamente os de Dominic, meu corpo todo arrepiou,
porém hoje, seus olhos eram frios, olhei melhor e minha visão foi caindo para uma mão feminina,
com unhas perfeitamente pintadas entrelaçada em seus braços.

O que isso? Procurei novamente seus olhos, porém ele fingiu nem se quer me conhecer. Me senti um
lixo, olhei para chão, para o lado e para o teto tentando segurar as lágrimas. Como você é burra
Júlia! Como pode um homem como Dominic Black querer alguma coisa com você? Era claro que ele
logo a trocaria por outra, ou vai ver ela era sua namorada.

A mulher era deslumbrante, devia ter mais ou menos uns trinta e poucos anos, porém muito bem
cuidada exalava riqueza e graças a Deus acho que nem percebeu minha mortal existência.

O elevador chegou em meu andar e não aguentei lhe dei uma ultima olhada, falando com os olhos que
não se desse mais ao trabalho de me procurar. Ele engoliu seco mas continuou ali com toda sua pose
e poder.

Mas também isso era para eu aprender, como me deixei envolver com um homem que conheci em tão
pouco tempo? Eu não sabia nada de sua vida.

Como Jonh passaria a manhã fora da Editora e eu não estava com cabeça para trabalhar, iria procurar
no Google sobre Dominic, e tentar ao menos saber um pouco de sua vida.

Assim que joguei seu nome na barra de buscas, apareceram várias fotos, muitas dele sozinho, outras
com vários homens e muitas outras com essa mesma mulher, meu Deus é namorada dele pensei já
desesperada e com ódio, porém nada se comparou à dor que senti ao abrir a primeira reportagem.
“Dominic Black e sua esposa Samanta Black, marcam presença em evento social em prol do
combate a fome mundial”.

Sem acreditar abrir outra foto.

“Em reportagem exclusiva a socialite Samanta Black nos mostra sua casa e conta os segredos de
um casamento duradouro de mais de 10 anos com o milionário Dominic Black”

MEU DEUS! Já estava caindo em lágrimas, ele era casado?

CONTINUA....

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