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MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS


Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais
Coordenação-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas

NOTA TÉCNICA N o 368 /2011/CGNOR/DENOP/SRH/MP


Assunto: Deslocamento por motivo de afastamento do cônjuge

SUMÁRIO EXECUTIVO

1. O presente processo trata de solicitação de exercício provisório na Universidade


Federal de Santa Maria, pleiteado pela servidora XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX,
matrícula SIAPE nº 382880, ocupante do cargo de Secretário Executivo, classe E, padrão 202, do
quadro de pessoal da Universidade Federal de Goiás, nos termos do art. 84, § 2º, da Lei nº
8.112/90, com redação dada pela Lei nº 9.527/97, in verbis:

Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou
companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou
para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.
(...)
§ 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor
público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da
Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de
atividade compatível com o seu cargo .

ANÁLISE

2. O pedido de exercício provisório formulado pela servidora decorre da necessidade


de acompanhar seu cônjuge, XXXXXXXXXXXXXXXXXXX, que retornou à origem, conforme
OFÍCIO N. 163/2011, de 29 de junho de 2011 (fls. 6).

3. O cônjuge da requerente é servidor da Prefeitura de Seberi/RS e teve sua cessão


efetuada ao Estado de Goiás por intermédio da PORTARIA Nº 276/2009, em 13 de março de
2009 (fls. 3). Consta nos autos que a cedência foi renovada em 14 de outubro de 2009, mediante
PORTARIA Nº 942/2009 (fls. 4), e em 15 de outubro de 2010, por meio da PORTARIA N.
925/2010 (fls. 5), com vigência até 31 de dezembro de 2011. Em 29 de junho de 2011, mediante
OFÍCIO N. 163/2011 aquela Prefeitura solicitou seu retorno, a partir de 15 de agosto de 2011.

4. A servidora, por sua vez, solicitou vacância por posse em outro cargo
inacumulável, na Universidade Federal de Santa Maria/RS em 28 de janeiro de 2009, e tomou
posse na Universidade Federal de Goiás nessa mesma data.

5. Assim, verifica-se que o cônjuge da requerente é servidor efetivo da Prefeitura de


Seberi/RS, e o seu deslocamento se deu por ocasião de sua cessão para o Estado de Goiás (13 de
março de 2009) quando a servidora já havia tomado posse na Universidade Federal de Goiás (28
de janeiro de 2009).

6. Com efeito, quando o cônjuge retornou à Prefeitura de Seberi/RS, não houve


deslocamento e sim retorno ao seu órgão de origem, o que por certo se reveste de caráter
permanente, ao contrário do que ocorreu à época em que foi cedido ao Estado de Goiás, situação
esta, fato provisória.

7. A Consultoria Jurídica deste Ministério, ao analisar o alcance do art. 84, parágrafo


2º, da Lei nº 8.112/90, por intermédio do PARECER/MP/CONJUR/PFF/Nº 490-3.26/2009,
elencou os requisitos que devem ser observados para a autorização do referido exercício
provisório, para acompanhamento do cônjuge:

(...) a) deslocamento do cônjuge do servidor para outro ponto do território nacional, para o
exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo; b)
exercício de atividade compatível com o órgão; c) atender a uma necessidade transitória,
efêmera, passageira. (grifo nosso).

8. Assim, inferimos que para fazer jus à licença para acompanhar cônjuge ou
exercício provisório, é necessário que todos os requisitos exigidos pela norma sejam
cumulativamente atendidos, o que não se observou no caso em análise, eis que não se reveste o
retorno do cônjuge ao órgão seu de origem (Prefeitura de Seberi/RS), de caráter provisório, o que
impossibilita a concessão do exercício provisório pleiteado.
CONCLUSÃO

9. Pelo exposto, concluímos pelo indeferimento do exercício provisório solicitado


pela servidora XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, haja vista o não atendimento
dos requisitos necessários à sua efetivação.

10. Diante do exposto, sugerimos o envio dos autos à Coordenação-Geral de Gestão de


Pessoas do Ministério da Educação, órgão de vinculação das Instituições Federais de Ensino, para
conhecimento e providências pertinentes.

À consideração superior.
Brasília, 09 de setembro de 2011.

SEBASTIANA ALVES LOPES ANA PAULA DE OLIVEIRA FERNANDES


Agente Administrativo Chefe da Divisão de Movimentação

De acordo. Encaminhe-se à Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas do


Ministério da Educação, conforme proposto.

Brasília, 09 de setembro de 2011.

TEOMAIR CORREIA DE OLIVEIRA


Coordenador-Geral de Elaboração, Sistematização
e Aplicação das Normas - substituto

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