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Trainee: Gustavo Henrique Romão

Número de matrícula: 212050008

Curso: Ciência da Computação

A seguir está presente o resumo do Capítulo 6 do livro Miranda – Fundamentos da


Engenharia Aeronáutica como parte do processo de trainee do projeto de extensão TKV.

O capítulo trata do estudo sobre os elementos estruturais que compõem a aeronave a


participar da SAE AeroDesign. A escolha e elaboração dos elementos estruturais devem estar
fundamentados nos requisitos da missão e do uso correto dos parâmetros previamente
obtidos em fases de teste ou competições anteriores.

A estrutura de um aeronave de asa fixa pode ser dividida em cinco partes: fuselagem,
asas, estabilizadores superfícies de controle e trem de pouso.

Os membros estruturais da aeronave são projetados para suportar cargas (de tração,
compressão, torção e flexão) ou para resistirem aos esforços solicitantes (tração e compressão
e cisalhamento, torção e flexão).

Componentes da aeronave de asa fixa:

 Fuselagem: Estrutura principal da aeronave. Compõe espaço para a carga, controles,


acessórios, passageiros e outros equipamentos e motores (no caso de aeronaves
motomotoras).
o Tipo treliça: Fuselagem geralmente construída por tubos, soldados de tal
forma que todos os membros da treliça possam suportar cargas de tração e
compressão.
o Tipo monocoque: Fuselagem que se baseia na resistência do revestimento que
a encobre em suportar as tensões atuantes. Uma grande dificuldade é conciliar
o revestimento do material resistente e o peso que ele traz para a aeronave.
o Tipo semi-monocoque: Fuselagem que surgiu da necessidade de conciliar o
peso e revestimento do material.
 Configuração das asas: As asas são construídas de acordo com os requisitos da missão,
podendo variar de forma e tamanho.
 Longarinas de asa: São os principais membros estruturais da asa. São as longarinas de
fuselagem, que correm paralelas ao longo da asa, geralmente presas à fuselagem.
Quando outros membros estruturais são submetidos a força de carga, a maioria
transfere a tensão resultante às longarinas das asas.
 Nervuras da asa: Membros estruturais que compõem a armação da asa. Responsáveis
pela curvatura das asas e transferem os esforços do revestimento e reforçadores para
as longarinas.
 Superfícies auxiliares das asas: Os airleons são as superfícies primárias de vôo das asas.
As auxiliares são os flapes de bordo de fuga, flapes de bordo de ataque, freios de
velocidades, os “spoilers” e os “slats” de bordo de ataque.
 Cargas nas Aeronaves.

O problema fundamental do projeto de AeroDesign é conseguir um peso baixo


com um custo de produção aceitável. Além de assegurar resistência, rigidez e
funcionalidade. E o projetista deve assegurar a integridade da estrutura frente à fadiga
e corrosão. E as exigências para a fuselagem se baseiam em dados de vôo sob condição
de: manobra simétrica do vôo e casos de turbulência do ar, vôo assimétrico, cargas
que se manifestam enquanto o avião está em contato com o solo e casos
suplementares para assegurar situações específicas ou componentes da fuselagem.

 Cargas Atuantes nas Asas.

A estrutura da asa deve incluir os seguintes papeis:

o Transmitir a força de sustentação da asa para a fuselagem.


o Suportar as cargas ao longo da corda e cargas da superfícies de
controle e transferi-las para a estrutura principal.
o Transmitir cargas da inércia de componentes motrizes, do trem de
aterragem e da própria asa para a fuselagem.
o Reagir a cargas devido ao trem de aterragem.
o Fornecer tanques de combustível.
o Fornecer a rigidez de torção adequada à asa de modo a satisfazer a
exigências de aeroelasticidade.
o Suportar cargas aerodinâmicas e de propulsão no plano da asa.
o Reagir possivelmente cargas pontuais.

Principais cargas a serem determinadas para o dimensionamento estrutural de uma


asa:

o Carregamento estático e dinâmico.


o Tração no intradorso.
o Compressão no extradorso.
o Flexão na estrutura.
o Torção na estrutura.
 Critérios do dimensionamento da fuselagem da aeronave:
o Fornecer habitáculo para a tripulação e um compartimento para a
carga.
o Reagir as cargas do trem de aterragem e possivelmente de
componentes motrizes.
o Transmitir as cargas do controle e estabilização das superfícies da
empenagem ao centro de gravidade do avião.
o Fornecer volume para aviônicos e sistemas embarcados.

 Cargas atuantes na Fuselagem.


o Cargas na empenagem devido a trimagem, manobras, turbulências e
rajadas.
o Cargas de pressão na superfície da aeronave.
o Cargas provenientes do trem de pouso devido ao impacto de pouso,
taxiamento e manobras no solo.
o Cargas provenientes do sistema propulsivo da aeronave.

A forma geométrica costuma variar bastante de equipe para equipe nos projetos de
AeroDesign.

 Trem de aterragem.
Funções principais do trem de pouso: Apoiar o avião no solo e manobra-lo durante os
processos de taxiamento, decolagem e pouso.

Variam entre o modelo tricilo (mais utilizado) e o convencional.

 Cargas atuantes no trem de pouso:


o Carregamento estático no solo.
o Carregamento dinâmico no pouso.
o Tipo de esforço que depende do modelo adotado para o trem de
pouso.
o As cargas podem ser de tração, compressão, cisalhamento torção ou
flexão.
o Existem componentes de forças verticais e horizontais.
 Cargas na empenagem.
o Estabilizador horizontal: quando o estabilizador horizontal é
construído como componente único que atravessa o plano de simetria
do avião e sua estrutura e construção são semelhantes a asa.
o Estabilizador vertical: Normalmente projetado como uma extensão da
fuselagem. Uma nervura é feita para coincidir com a superfície da
fuselagem e é utilizada para transmitir as tensões no revestimento do
estabilizador diretamente para o revestimento da fuselagem. A flexão
longitudinal do estabilizador é transmitida à fuselagem como torção da
mesma.
o Superfícies de controle: As superfícies de controle são suportadas por
dobradiças, que devem ser posicionadas nas extremidades das
nervuras.
 Principais configurações da empenagem.
o Cauda T: Possui estrutura mais pesada e a superfície vertical deve
possuir uma estrutura mais rígida para suportar cargas aerodinâmicas
e o peso da superfície horizontal.
o Cauda V: Pode ser usada como tentativa de reduzir a área molhada da
empenagem, além de propiciar um menor arrasto de interferência.
Porém o seu contraponto é com relação a complexidade dos controles.
o Cauda dupla: Usada normalmente como forma de se posicionar o
estabilizador vertical fora da estreia de vórtices principalmente em
elevados ângulos de ataque.
o Cauda cruciforme: Situação intermediária entre a convencional e a de
formato T.

 Diagrama v-n de Manobras e Rajadas.

Representa uma maneira gráfica de se verificar as limitações estruturais de uma


aeronave em função da velocidade de vôo e do fator de carga n a qual o avião está submetido.

 Limitações estruturais:
o Fator de carga limitante: É associado com a deformação permanente em uma
ou mais partes da estrutura do avião. (ex: caso durante um vôo de fator de
carga n seja menor que o fator de carga limite, a estrutura da aeronave irá se
deformar durante a manobra, mas irá voltar ao seu estado original quando n =
1.
o Fator de carga último: Caso n seja maior que o fator de carga limite, a
aeronave permanece deformada.
 Principais materiais usados na Indústria Aeronáutica.
o Considerações:

o Diagramas de tensão de corte, momentos de flexão e torsão, incluindo todas


as concentrações de carga relevantes.
o Todos os critérios de rigidez e requisitos necessários à vida da aeronave.
o Na localização inicial das principais partes constituintes da aeronave, deve ter-
se sempre em conta a possibilidade de revisão e alteração à medida que o
projeto vai sendo executado e se torna mais detalhado e preciso.
o Fazer estudo de todas as opções antes das comprais iniciais do material de
construção.

São esses os principais materiais:

Alumínio, titânio, madeira, fibra de vidro, fibra de carbono, aço, ligas metálicas
em geral e materiais compostos.

 Método do Elementos Finitos.

Tem como objetivo a determinação do estado de tensão e de deformação de um


sólido de geometria arbitrária sujeito a forças externas. Serve como método de verificação dos
pré-requisitos funcionais e regulamentares através de uma sucessão de análises e
modificações das suas características.

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