AEROPORTOS

Prof. Dr.Yader A. Guerrero P.

Características do avião
 O avião
Um avião é definido como uma aeronave de asa fixa mais pesada
que o ar, movida por propulsão mecânica, que é mantido em
condição de vôo devido à reação dinâmica do ar que escoa
através de suas asas.
Formato => projeto

força de sustentação

Obedecem ao mesmo principio

 O avião
Empenagem

Asa

Fuselagem

Grupo Trem de
motopropulsor pouso
 O avião
Fuselagem
A fuselagem inclui a cabine de comandos, que contém os
assentos para seus ocupantes e os controles de vôo da aeronave,
também possui o compartimento de carga e os vínculos de
fixação para outros componentes principais do avião.

Tipo Número de lugares

• Tubular ou treliçada • Monoplace
• Monocoque • Biplace
• Semimonocoque • Triplace
• Multiplace
 O avião
Fuselagem
Classificação (Tipo)
 Treliçada ou tubular
 O avião
Fuselagem
Classificação (Tipo)
 Monocoque
Constituída de anéis (cavernas) dispostos
longitudinalmente e revestimento externo
de alumínio
 O avião
Fuselagem
Classificação (Tipo)
 Semi-monocoque

Composta de anéis, longarinas (vigas) e revestimento

Externo Reunião das estruturas anteriores (mais
utilizada)
 Monoplace
O avião
Fuselagem
Classificação (N. lugares)

Multiplace

Biplace

Triplace
 O avião
Fuselagem

Classificação (Velocidade)
 Subsónico
 Supersónico Mach 1
 Hipersónico Mach 5
 O avião
Asas Definição
As asas são superfícies sustentadoras unidas a cada lado da
fuselagem e representam os componentes fundamentais que
suportam o avião no vôo.
 O avião Podem também alojar trem de pouso,
tanque de
Asas – Classificação combustível e motores

Posição: Fixação: Número:

 Alta  Cantilever  Monoplano
 Meia  Semi Cantilever  Biplano
 Baixa  Triplano
 Parasol  Quatriplano
 Multiplano

Nomenclatura específica
(enflechamento, diedro, forma das asas)
 O avião
Número
 O avião
Posição
Asa parassol: fixada fora da
fuselagem

Asa baixa: fixada sob a fuselagem

Asa alta: fixada sobre a fuselagem

Asa média: fixada no meio da fuselagem

 O avião
Posição

Semi-cantilever: asas fixadas à

fuselagem através de montantes ou
estais (suportes externos)

Cantilever: asas fixadas

diretamente à fuselagem
(porcas/parafusos)
 O avião
ângulo formado entre o
plano das asas e o eixo
transversal do avião

Diedro positivo

Diedro negativo
 O avião
Enflechamento: ângulo
formado entre o eixo
transversal e a linha do bordo Enflechamento positivo
de ataque
Enflechamento variável

Enflechamento negativo
 O avião

Forma Geométrica das Asas

asa obliqua
.
 Asa - nomenclatura

Corda = Linha reta que une os bordos de ataque e de fuga

Envergadura = Linha de uma ponta de asa a outra
 Asa - nomenclatura

Corda = Linha reta que une os bordos de ataque e de fuga

Envergadura = Linha de uma ponta de asa a outra
 Asa - nomenclatura
 Empenagem
A empenagem possui como função principal estabilizar e
controlar o avião durante o vôo.
 Horizontal
 Vertical
 Trem de Pouso
Apoiar o avião no solo e manobrá-lo durante os processos de
taxiamento, decolagem e pouso.
.
Trem de pouso
Superfície de decolagem/pouso:
 Litoplano ,
 Hidroplano
 Anfíbio (ambas)
Trem de pouso
Classificação quanto à posição:
 convencionais,
 triciclos,
 hidroaviões

roda direcional
Trem de pouso
Classificação quanto ao recolhimento:
 fixo,
 retrátil,
 escamoteável
 Grupo Moto-Propulsor
Motores produzem a tração, jogando o ar para trás e
impulsionando o avião para frente
 Grupo Moto-Propulsor
Classificação:
Tipo:
 Convencional (motor a pistão e hélice),
 Turbo-hélice,
 Turbo-jato,
 turbo-fan (motores a reação - turbina)
 Grupo Moto-Propulsor
 Grupo Moto-Propulsor

Motor a reação: Pratt whitney j58 (turbina)

 Grupo Moto-Propulsor

motor a pistão: Lycoming O-540 (Aero Boero)

 Monomotor
 Bimotor
 Trimotor
 Quadrimotor
 • Multimotor: mais de quatro motores
Sistema reverso - jogar o ar para frente para frear o avião
 Turbo-hélices: hélices mudam ângulo de rotação
 Motores a jato: superfícies defletoras impedem que ar saia
pelo bocal de descarga e é mandado para frente
Outros sistemas
 Hidráulico
 Combustível
 Lubrificação
 Resfriamento
 Elétrico
 Proteção contra fogo
 Degelo e antigelo
 Pressurização
 Pneumático
 Iluminação
 Sistema de Coordenadas
O padrão utilizado na indústria aeronáutica e possui sua origem
no centróide da aeronave.
 Movimentos da Aeronave
Durante o vôo uma aeronave pode realizar seis tipos de
movimento em relação aos três eixos de referência, ou seja, um
avião pode ser modelado como um sistema de seis graus de
liberdade.

Dos movimentos possíveis de uma aeronave, três são lineares e

três são movimentos de rotação.
Movimentos da Aeronave
 Os movimentos lineares ou de translação são os seguintes:
(a) para frente e para trás ao longo do eixo longitudinal,
(b) para a esquerda e para a direita ao longo do eixo lateral e
(c) para cima e para baixo ao longo do eixo vertical.
Movimentos da Aeronave
 Os outros três movimentos são rotacionais ao redor dos eixos
longitudinal (movimento de rolamento), lateral (movimento
de arfagem) e vertical (movimento de guinada).
 Superfícies de Controle
Um avião possui três superfícies de controle fundamentais que
são:
Superfícies de Controle
 Ailerons responsáveis pelo movimento de rolamento,
 o profundor responsável pelo movimento de arfagem e;
 o leme de direção responsável pelo movimento de guinada.
 O avião
Componentes
 Superfícies móveis (alerões, elevadores, lemes, flapes): para
controlar a atitude da aeronave.
 Atuação dos Ailerons
Os ailerons são estruturas móveis localizadas no bordo de fuga
e nas extremidades das asas,
 Atuação do Profundor
O profundor atua com a finalidade de executar os movimentos
de levantar ou baixar o nariz da aeronave (movimento de
arfagem em relação ao eixo lateral).
 Atuação do Leme
na superfície vertical da empenagem, mais especificamente
acoplado ao estabilizador vertical,
O Avião
Noções de Mecânica de voo
 O avião
O avião é um veículo que voa graças à força de sustentação
obtida pelo efeito dinâmico das asas sobre o ar, ou seja, pela
ação mútua de forças entre o ar (fluido) e avião (corpo em
movimento).
 Aerodinâmica
Parte da Física que estuda o movimento (escoamento) de
fluidos gasosos e as forças envolvidas
Superfície aerodinâmica: oferece pequena resistência ao avanço
 Aerodinâmica
Parte da Física que estuda o movimento (escoamento) de
fluidos gasosos e as forças envolvidas
Irregular
regular
 Pressão
 Pressão: Força aplicada sobre uma área

 Pressão estática: exercida pelo ar em um corpo na atmosfera

(ex.: pressão atmosférica – peso da coluna de ar)

 Pressão dinâmica: impacto do vento (aumentam com

densidade e velocidade do vento)
 Tubo de Pitot
 Instrumento que mede a pressão total (estática + dinâmica)
para o altímetro e o velocímetro
 A Física da Força de Sustentação
A força de sustentação representa a maior qualidade que uma
aeronave possui em comparação com os outros tipos de
veículos e define a habilidade de um avião se manter em vôo.
 Princípios físicos
 Equação da continuidade:

 Teorema de Bernoulli:

 Terceira lei de Newton

 Número de Reynolds
 Princípios físicos
 Equação da continuidade: se o fluido é constante, quanto
mais estreito for o tubo de escoamento, maior será a
velocidade do fluido e vice-versa.
 Princípios físicos
 Teorema de Bernoulli: quanto maior a velocidade de
escoamento, maior será a pressão dinâmica e menor a pressão
estática (conservação de energia)
 Princípios físicos
A Terceira Lei de Newton
Para qualquer força de ação aplicada existe uma reação de
mesma intensidade, direção e sentido oposto
 Princípios físicos
 Número de Reynolds
É um número adimensional usado em mecânica dos fluídos para
o cálculo do regime de escoamento de determinado fluido
sobre uma superfície.
 Diferença de Pressão
Para o caso de um perfil inclinado de um ângulo positivo em
relação à direção do escoamento, as partículas de ar terão uma
maior velocidade na superfície superior do perfil quando
comparadas a superfície inferior, desse modo, a diferença de
pressão estática existente entre a superfície superior e inferior
será a responsável pela criação da força de sustentação.
Como voar?
Aeronave: aparelho manobrável em voo, que possa sustentar-se e
circular no espaço aéreo mediante reações aerodinâmicas

Estaticamente (flutuab.) X Aerodinamicamente (sustentação)

 Aeróstato Aeródino
 Princípio de Arquimedes  Princípio de Bernoulli /3ª
 (Empuxo) Lei de Newton
 Mais leve que o ar  Mais pesado que o ar
 Balão, dirigível  Helicóptero, planador,
Avião
 Teoria do Perfil Aerodinâmico
Um perfil aerodinâmico é uma superfície projetada com a
finalidade de se obter uma reação aerodinâmica a partir do
escoamento do fluido ao seu redor.
Os termos aerofólio ou perfil aerodinâmico são empregados
como nomenclatura dessa superfície.
 Nomenclatura do Perfil
 A linha de arqueamento média representa a linha que define
o ponto médio entre todos os pontos que formam as
superfícies superior e inferior do perfil.
 Nomenclatura do Perfil
 A linha da corda representa a linha reta que une os pontos
inicial e final da linha de arqueamento média.
 Nomenclatura do Perfil
 A espessura representa a altura do perfil medida
perpendicularmente à linha da corda.

A razão entre a máxima espessura do perfil e o

comprimento da corda é chamada de razão de
espessura do perfil.
 Nomenclatura do Perfil
 O arqueamento representa a máxima distância que existe
entre a linha de arqueamento média e a linha da corda do
perfil.
 Ângulo de Ataque
Ângulo formado entre a linha de corda do perfil e a direção do
vento relativo.
Representa um parâmetro que influi decisivamente na
capacidade de geração de sustentação do perfil
 Ângulo de Incidência
 O ângulo de incidência q pode ser definido como o ângulo
formado entre a corda do perfil e um eixo horizontal de
referência.
 Geralmente as asas são montadas na fuselagem de modo a
formarem um pequeno ângulo de incidência positivo
Ângulo de Incidência x Ângulo de
Ataque
 Aerofólio
Superfície aerodinâmica que produz reações úteis ao voo:
sustentação/elevação
Aerofólio (perfil de asa)
 Sustentação
A diferença de pressão é a principal fonte de sustentação do
avião (aprox. ¾)
Também ocorre deflexão para baixo do ar que atinge a parte de
baixo da asa (aprox. ¼), ocorrendo assim uma reação de subida
 Sustentação
Depende de cinco fatores (quanto maior o fator, maior a
sustentação):
 Área da asa
 Velocidade
 Densidade do ar
 Formato do perfil
 Ângulo de ataque/incidência
 Tipos de aerofólio
 Simétrico: pode ser dividido por uma linha reta gerando duas
metades iguais (empenagem)

 Assimétrico: ao ser dividido por uma linha reta gera duas

metades diferentes (asa)
Forças atuantes no avião

Voo horizontal: Sustentação = Peso

Velocidade constante: Tração = Arrasto
 Resultante Aerodinâmica
 Superfície aerodinâmica: pouca resistência ao avanço
 Depende da área da asa, velocidade, densidade do ar, formato
do perfil, ângulo de ataque e de incidência
 Eficiência Aerodinâmica
 Expressa o desempenho aerodinâmico do avião, ou
também chamada de Razão Sustentação / Arrasto
 Forças atuantes no avião
 Sustentação
Componente da RA perpendicular ao vento Somente existe se
estiver em movimento
 Arrasto (Resistência ao avanço)
Componente da RA paralela ao vento Resistência ao avanço
(partículas de ar no caminho)
 Tração (Empuxo)
Aceleração do avião (força motora)
 Peso
Peso da aeronave (força da gravidade)
 Forças atuantes no avião
 Força de Tração e Potênica Necessária ao Vôo
O grupo Moto-Propulsor fornece a força para acelerar o avião
e mantê-lo em vôo, contrariando o arrasto. Nos motores o
pistão costuma dar potência em HP, para os Turbo-Hélices em
HP equivalentes, enquanto que nos Turbo-Jatos e Turbo-Fans
não se fala em potência, mas sim em tração (força).

A potência média necessária para o vôo é dada pela seguinte

expressão:
Potência = Força de Tração x Velocidade erodinâmica
 Forças atuantes no avião
Estol
Perda de sustentação quando o ar deixa de acompanhar a
curvatura da asa e o escoamento torna-se turbulento
 Avião em vel mín => ângulo de ataque grande => CL máx.

CL =Coeficiente de
Sustentação
Diagrama de uma aeronave em voo normal e em estol (no caso, um estol
profundo, no qual os profundores - ou lemes de profundidade - perdem sua
utilidade)
 Forças atuantes no avião
Cada força atua em um ponto:

 W (Weight, Peso) – centro de gravidade (CG)

 L (Lift, Sustentação) – centro de pressão (CP)
 T (Thrust, Tração) – centro de tração
 D (Drag, Arrasto) – centro de resistência ao avanço

Obs.: centro = ponto central da distribuição da variável em

torno de toda a aeronave
 Forças que atuam sobre a superfície
de um aerofólio
 Forças Normais: de pressão em reação à pressão do
escoamento livre.
 Forças Tangenciais: de atrito e cisalhamento.
 Forças de Pressão: devidas às diferenças de velocidade no
dorso e no ventre do aerofólio.
 Arrasto de Atrito: É o ar exerce uma força resultante na
asa do avião para cima, deve a asa, portanto, provocar um
efeito igual e contrário no ar.
videos
 Forças que atuam sobre a superfície
de um aerofólio
 Forças de Pressão: devidas às diferenças de velocidade no
dorso e no ventre do aerofólio.
 No dorso (superfície de cima) a velocidade de escoamento é
maior que a do escoamento livre, aparecendo, portanto uma
Pressão Negativa.
 No ventre a velocidade de escoamento é menor que a do
escoamento livre, acarretando uma Pressão Positiva.
 Forças que atuam sobre a superfície
de um aerofólio
 Forças de Pressão:
 A Pressão Negativa do dorso e Positiva no ventre são
responsáveis pela força de sustentação e por parte da força de
arrasto (arrasto de pressão ou de forma).
 Devido ao escoamento do ar em contato com o aerofólio
aparecem as forças tangenciais.

Esforços
 Forças que atuam sobre a superfície
de um aerofólio
 Forças de Pressão:
O ar incidindo tangencialmente ao corpo sofre uma
desaceleração na região de contato fazendo aparecer uma força.
 Os vetores paralelos à superfície do aerofólio representam as
forças de atrito por unidade de área que agem essencialmente na
direção paralela ao escoamento.
Conceitos aplicáveis
• Centro de gravidade
• Equilibrio
• Estabilidade (Estática, dinâmica)
(longitudinal, Lateral, Direccional)
• Fator Carga
• Peso e balanceamento
 Elementos do Aerofólio e do Seu
Perfil
 Velocidade Aerodinâmica: é a velocidade de escoamento do
ar em relação ao aerofólio, fora da zona de perturbação por
ele causada.
 Corda Geométrica: linha de referência do perfil. Medida da
largura do aerofólio.
 Ângulo de Ataque: ângulo entre a corda e a velocidade
aerodinâmica.
 Área ou Superfície Alar: é a área em projeção no plano das
cordas, que é usado como referência.
 Alongamento: é a medida da forma do aerofólio no plano das
cordas
Centro de gravidade (CG)
Eixo: centro de um movimento giratório
 Equilíbrio
Condição de um sistema em que as forças que sobre ele atuam
se compensam, anulando-se mutuamente
 Estabilidade
Tendência permanente de um avião retornar à posição de
equilíbrio após sofrer perturbação
Estática Dinâmica

CG
 Estabilidade
Tendência permanente de um avião retornar à posição de
equilíbrio após sofrer perturbação
Longitudinal Lateral Direccional
Longitudinal
 Fator carga
Relação existente entre a sustentação produzida (L) e o peso do
avião (W)
 Em um vôo reto nivelado o fator carga é 1

 G < 1 o peso diminui (sensação de ser empurrado para cima)

 G = 0 flutua (caso se mantenha o vôo em parábola)

 G > 1 o peso aumenta (> 2 pode desmaiar)

Peso e balanceamento
 Balanceamento
Distribuição correta da carga no interior do avião respeitando
os limites estabelecidos pelo fabricante (de acordo com a
posição do CG ao longo do eixo longitudinal)

Baseia-se na CMA (corda média aerodinâmica): corda onde se

encontra a resultante das forças de sustentação de todos os
aerofólios
 Manifesto de Peso e Balanceamento
 Peso médio dos passageiros: 75 kg (70 + 5 de bagagem de
mão)

 Bagagens despachadas: valor anotado no check-in

 Total é transmitido para despachante técnico (DT) ou

Despachante Operacional de Voo (DOV), que finaliza os
cálculos utilizando programa de computador
 Balanceamento
O CG varia levemente em vôo com o deslocamento de pessoas
a bordo e o consumo de combustível

O CG possui os limites dianteiro e traseiro

Importância da correta distribuição
do peso nos veículos