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Conhecimentos

Técnicos de Aeronaves
e Motores
Piloto Privado – Avião

Prof. STADNICK
giba.stad@gmail.com
Conceituação
Aeronave é todo aparelho capaz de se sustentar e navegar no ar.

Classificação
Aeróstatos e Aeródinos

Aeróstatos:
“Todo corpo mergulhado num fluido recebe um empuxo para cima
igual ao peso do fluido deslocado.” (Principio de Arquimedes)

Aeródinos:
“A toda ação corresponde a uma reação de igual intensidade, em
sentido contrário.” (3ª Lei de Newton)
Aeróstatos
Aeronaves baseadas no Princípio de Arquimedes.
(Veículos mais leve que o ar.)
Aeródinos
Aeronaves baseadas na 3ª Lei de Newton.
(Lei da ação e reação.)
Estrutura, Grupo Moto-Propulsor e Sistemas
Estrutura

- Asas
- Fuselagem
- Empenagem
- Superfícies de Controle
-
Esforços Estruturais
Tração Compressão
Motor puxando o avião. Freio do avião no pouso.
Flexão
Toque na pista do avião no pouso.

Cisalhamento
Chapa com rebite

Torção
Avião fazendo curva no ar
Asas
Tem a finalidade de produzir a sustentação necessária ao voo.
Classificações
Asa Baixa Asa Média

Asa Alta Asa Parassol


Fixação

Asa Cantiléver Asa Semi-Cantiléver


Plano / Asas

Monoplano Biplano Triplano


1 plano 2 asas 1 par 2 planos 4 asas 2 pares 3 planos 6 asas 3 pares
Fuselagem
Parte do avião onde estão fixadas as asas e a empenagem.
Ela aloja os tripulantes, passageiros, carga, sistemas, motor e em
muitos casos o trem de pouso.

Semi-Monocoque
Tubolar

Monocoque
Comandos de Voo
Superfícies Primárias

1 – Leme de direção – Guinada – Eixo Vertical


2 – Aileron – Rolagem/Bancagem – Eixo Longitudinal
3 – Profundor – Arfagem/Tangagem – Eixo Transversal / Lateral
Superfícies Secundárias
Compensadores:
- Aliviam os esforços do piloto;
- Tiram tendências indesejáveis do voo;
- Movimentam-se no sentido oposto das Sup.
Primárias.
CG – Centro de Gravidade

Os três eixos imaginários do avião cruzam-se em um


ponto chamado de Centro de Gravidade (CG).
Leme de Direção

Localizado na empenagem junto ao Estabilizador Vertical


(Deriva). Trabalha em cima do EIXO VERTICAL e é
responsável pelos movimentos de GUINADA.
Aileron

Localizado no Bordo de Fuga próximo a ponta das asas.


Trabalha em cima do EIXO LONGITUDINAL e é
responsável pelo movimento de
ROLAGEM/BANCAGEM.
Profundor (Leme de Profundidade)

Localizado na empenagem junto ao Estabilizador Horizontal. Trabalha


em cima do EIXO LATERAL/TRANSVERSAL) e é responsável pelos
movimentos de ARFAGEM/TANGAGEM.
Flape
É um dispositivo hipersustentador que serve para aumentar
a curvatura de um perfil e também como freio
aerodinâmico, os mais comuns são:

*O ângulo critico diminui um


pouco, pois o flape produz uma
perturbação no escoamento que
influencia no extradorso da asa.*
O flape tipo FOWLER é o que proporciona o maior aumento no
coeficiente de sustentação. É o único que aumenta a área da asa.
SLOT
Dispositivo hipersustentador que aumenta o ângulo de ataque crítico do
aerofólio, sendo uma fenda que suaviza o escoamento no extradorso da
asa.
SLAT
É um tipo de SLOT, que fica recolhido durante o voo normal,
entrando em funcionamento somente quando necessário,
acionado por molas.
Trem de Pouso
- Conjunto das partes destinada a apoiar o avião no solo;
- Amortecer os impactos do pouso;
- Frear o avião;
- Controlar a direção no taxiamento ou manobras no solo.
Hidroplano
Terrestre
Anfíbio
Mobilidade

Trem de Pouso Trem de Pouso Trem de Pouso


Fixo Retrátil Escamoteável
Aero Boero Douglas DC-3 A 380
Disposição das Rodas

Convencional Triciclo
Amortecedores
• Tipo Mola: É o mais simples. Consiste em uma lâmina ou tubo
de aço que atua como mola, absorvendo o impacto.

• Tipo Sandows: O trem de pouso é de estrutura rígida e


articulada. O amortecimento é feito através de aros de borrachas.

• Amortecedor Hidráulico: É constituído por uma haste que


desliza dentro de um cilindro contendo fluido oleoso.
Amortecedor Hidropneumático
Também chamado de óleo-pneumático, o ar
ou gás dentro do cilindro é comprimido a
uma pressão suficientemente elevada para
suportar o peso do avião.

• Toque: O orifício restringe a passagem


do fluído, absorvendo o impacto.

• Fim de curso: O ar está comprimido ao


máximo e o orifício está mais fechado,
tornando o amortecedor “duro”.

• Retorno: A pressão do ar provoca o


retorno da haste, o orifício restringe o
fluxo do fluido, suavizando o retorno da
haste.
Amortecedor de “SHIMMY”
Shimmy é a vibração direcional do trem do nariz e que pode ocorrer
durante a corrida da decolagem ou em outras situações.
Conjunto das Rodas
Conjunto das Rodas
Tem a finalidade de permitir a rolagem do avião no solo e a sua
frenagem.

• Pneu
• Roda
• Freios
Pneus

Alta Pressão: Para pistas pavimentadas ou duras


(Asfalto, Concreto).
Baixa Pressão: Para pistas macias (Grama, Terra).
Estruturas das Rodas
Freio a Tambor
Freio a Disco
Resumo
Sistema Hidráulico

“A pressão aplicada a um ponto de um fluido transmite-se igualmente para


todas as partes desse fluido.” (Lei de Pascal)
O sistema hidráulico é utilizado quando houver a necessidade de aplicar
uma grande força sobre um determinado componente. Nos grandes
aviões ele é usado para acionar o profundor, leme de direção, flape,
trem de pouso, etc.

Nos pequenos aviões, geralmente é utilizado somente nos freios, porque


a força muscular do piloto já suficiente para acionar os demais
comandos.
Vantagens do Sistema Hidráulico

- Amplia as forças com facilidade;

- É bastante confiável;

- É um sistema leve;

- É de fácil instalação;

- Fácil manutenção;

- É controlado com facilidade.


Motores
Máquinas que produzem energia mecânica a partir de outros tipos
de energia, são denominadas, motores.

Todos os motores que transformam energia calorífica em energia


mecânica, são denominados motores térmicos.

• Combustão externa: Maria Fumaça e Navio Antigo.

• Combustão interna: Aviões e Carros.


Definições
Potência: Trabalho produzido por unidade de tempo.
(P = Força x Velocidade)

Aceleração: Variação de velocidade por unidade de tempo.


Matematicamente, a aceleração é diretamente proporcional a força
aplicada e inversamente proporcional a massa do corpo.
(A = Força / Massa)
Motor a pistão: É semelhante ao motor dos automóveis, é
construído dentro das exigências aeronáuticas de leveza,
confiabilidade, alta eficiência, etc.
Qualidades de um Motor Aeronáutico
- Segurança de funcionamento;

- Durabilidade;

- Ausência de vibrações;

- Economia;

- Facilidade de manutenção;

- Compacidade;

- Eficiência térmica;

- Leveza.
Eficiência Térmica
É a relação entre a eficiência mecânica produzida e a potência térmica
liberada pelo combustível. Na pratica a eficiência dos motores
aeronáuticos é na ordem de 25% a 30%.

Leveza
É a relação “massa / potência”, massa do motor e a sua potência. Essa
relação deve ser a menor possível.
TBO (Time Between Overhauls)
Tempo entre revisões, determinado pelo fabricante do motor.

Consumo Horário
É a quantidade de combustível consumida em uma hora de
funcionamento.

Consumo Específico
Este consumo leva em consideração a potência do motor. Um
consumo específico de 0,2litro/HP/hora indica que o motor consome
0,2 litro de combustível por HP produzido em cada hora de
funcionamento.
Motor a Pistão
O motor a pistão aproveita a energia da queima do combustível no
interior de um cilindro, onde os gases da combustão impulsionam
um pistão. O movimento do pistão é transformado em movimento
de rotação através de uma biela acoplada a um eixo de manivelas
(virabrequim). O motor funciona através da sucessão de impulsos
sobre o pistão.
Motor a Quatro Tempos
Pontos Mortos e Curso

Ponto Morto Alto (PMA)


Ponto Morto Baixo (PMB)
1º Tempo e 1º Fase: Admissão

O primeiro tempo chama-se “admissão” e


corresponde ao movimento do pistão do PMA
ao PMB com a válvula de admissão aberta.
Nesse tempo ocorre a primeira fase, que
também se chama “admissão”, porque o
pistão aspira a mistura ar-combustível
para dentro do cilindro. Quando o pistão
chega ao PMB, a válvula de admissão se
fecha e a mistura fica presa dentro do
cilindro.
2º Tempo e 2º Fase: Compressão

O segundo tempo chama-se “compressão” e


corresponde ao movimento do pistão do PMB ao
PMA com as duas válvulas fechadas. Nesse tempo
ocorre a segunda fase, que também se chama
“compressão”, porque o pistão comprime a
mistura ar-combustível que ficou presa dentro
do cilindro.
3º Tempo (Tempo Motor), 3º, 4º e 5º Fases.

Antes do 3º tempo, ocorre a terceira fase,


denominada “Ignição”, quando a vela produz a
faísca dando inicio a quarta fase, que é a
“Combustão”. O terceiro tempo, chama-se “Tempo
Motor”, corresponde a descida do pistão do PMA
ao PMB, provocada pela forte pressão dos gases
queimados que se expandem, e essa é a quinta fase
de funcionamento do motor e chama-se
“Expansão”.
4º Tempo e 6º Fase: Escapamento

O quarto tempo chama-se “escapamento ou


exaustão” e corresponde ao movimento do pistão
do PMB ao PMA com a válvula de escapamento
aberta. Nesse tempo ocorre a sexta fase, que
também se chama “escapamento”, porque os
gases queimados são expulsos do cilindro pelo
pistão.
Quando esse chega ao PMA a válvula de
escapamento fecha-se, encerrando o primeiro
ciclo e tudo volta a se repetir.
O ciclo Otto, como é chamado, é completado em quatro tempos ou
seja, 4 cursos, dando duas voltas completas do eixo de manivelas
(720°), durante as quais o pistão recebe somente um impulso motor.
Em resumo: 4 Tempos e 6 Fases
Modificações no Ciclo a Quatro Tempos

- Avanço na abertura da válvula de admissão;

- Atraso no fechamento da válvula de admissão;

- Avanço de ignição;

- Avanço na abertura da válvula de escapamento;

- Atraso no fechamento da válvula de escapamento.


Modificações nos tempos de admissão
Tem a finalidade de aumentar a carga combustível (mistura) admitida
no cilindro.

Modificações no ponto de ignição


A ignição deve ocorrer antes do PMA, porque a mistura leva certo
tempo para se queimar. Portanto a combustão no motor REAL inicia-se
no segundo tempo (Compressão) e termina no terceiro tempo (Tempo
Motor).

Modificações nos tempos de escapamento


Tem a finalidade de eliminar os gases queimados da maneira mais
completa possível.

Cruzamento de válvulas
Quando a válvula de admissão e de escapamento estão abertas ao
mesmo tempo.
Componentes do Motor
Cilindro Cabeça do Cilindro

É a parte do motor onde Nela são instaladas as


a carga combustível é válvulas de admissão e de
admitida, comprimida e escapamento e também a
queimada. vela de ignição.
Pistão (Êmbolo) Anéis de Compressão e
Lubrificação

Peça que desliza no • Compressão: vedam a


interior do cilindro, folga entre o pistão e o
servindo para aspirar a cilindro.
carga combustível,
• Lubrificação: eliminam
comprimi-la, expulsar
os gases queimados e
o excesso de óleo nas
transmitir a força paredes do cilindro.
expansiva da combustão Revestimento DLC –
a Biela. Diamond Like Carbon
Biela Eixo de Manivelas

Peça que conecta o


É a peça giratória para a
pistão ao Eixo de
qual se transmite a força
Manivelas,
do pistão, através da Biela.
transmitindo a este a
força expansiva dos
gases.
Partes do Eixo de Manivelas (Virabrequim)
Mancais Válvulas

São as peças que As válvulas tem a função


apóiam e permitem o de abrir e fechar a entrada
movimento das da mistura combustível e a
partes móveis com o saída dos gases queimados
mínimo de atrito. no cilindro.
Velas
Sistema do Comando de Válvulas

*A abertura das válvulas é feita através dos


ressaltos do eixo do comando de válvulas e o
fechamento através de molas*
Cárter Berço do Motor

É a “carcaça” onde estão É a estrutura que serve


fixados o cilindro, eixo de para fixar o motor ao avião.
manivelas e os demais
acessórios. (Seco ou molhado).
Em Resumo
Motor Radial

Os cilindros são dispostos em torno do eixo de


manivelas formando uma estrela. Nesse motor,
somente uma das bielas (BIELA MESTRA), prende-se
ao moente do eixo de manivelas e as demais (BIELAS
ARTICULADAS), prendem-se a biela mestra.
Perfomance do Motor
Cilindrada: É o volume deslocado pelo pistão durante seu curso, ou
seja, entre os Pontos Mortos.

Eficiência ou Rendimento: Indica a parcela da energia calorífica do


combustível aproveitada pelo motor para produzir energia mecânica.
Nos motores reais, varia de 25% a 30%. Essa eficiência depende de
“Melhor construção do motor” e “Elevada taxa de compressão”.

Taxa ou Razão de Compressão: É o cociente entre o Volume do


cilindro e o Volume da Câmara de Combustão.

Ex: Cilindro: 800cm³


Câmara de Combustão: 100cm³

800/100 = 8 ou 8:1
Potência Nominal: Efetiva máxima (projeto).

Potência Efetiva: Medida no eixo da hélice.

Potência Útil: Também chamada de potência tratora. É a tração


desenvolvida pela hélice sobre o avião.

Potência Máxima Contínua: É a potência máxima que o avião pode


utilizar sem restrição de tempo.

Potência Disponível: É a potência útil máxima que o grupo moto-


propulsor pode fornecer ao avião (Máx 5min).
Gasolina de aviação (AVGAS)
Propriedades da Gasolina

Poder Calorífico: É a quantidade de calor liberado pela queima de


uma determinada quantidade de combustível.

Volatilidade: A gasolina é uma mistura de vários líquidos


combustíveis denominados hidrocarbonetos. Alguns deles, tem alta
volatilidade e tornam possível dar a partida ao motor em baixas
temperaturas.

Poder Antidetonante (Octanagem): É a capacidade da gasolina


resistir a detonação.
Tipos de Queima da Gasolina
Combustão normal: A queima começa quando se dá a faísca na
vela e a chama se propaga progressivamente dentro do cilindro.

Pré-Ignição: A combustão neste caso é ainda rápida e suave, mas


ocorre prematuramente, devido a existência de um ponto quente,
que pode ser a própria vela superaquecida ou uma pequena
quantidade de carvão incandescente acumulado na câmara de
combustão ou na cabeça do pistão.
Detonação: A combustão neste caso é praticamente instantânea, ou
seja, explosiva. A energia da combustão é liberada instantaneamente,
causando superaquecimento em vez de potência mecânica.
A Detonação também é conhecida como “Batida de Pinos”.

Causas:
- Combustível com baixo poder antidetonante;
- Mistura muito pobre;
- Cilindro muito quente;
- Compressão muito alta.

Consequências:
- Fraturas e outros danos nos anéis de segmentos, pistões e válvulas;
- Perda de potência e superaquecimento do motor;
- Queima do óleo lubrificante e inutilização do motor (motor funde).
Octanagem: É um número atribuído a cada tipo de gasolina,
servindo para indicar o seu poder antidetonante.
Gasolina de aviação 100-130 Octanos de cor azul.

CHUMBO TETRAETILA

Octanagem Baixa: Nunca deve ser usada, devido a detonação,


superaquecimento e demais consequências.

Octanagem Alta: Pode ser usado por tempo limitado. O uso


prolongado, pode causar acúmulo de depósitos de chumbo nas velas
e consequentemente, falha de ignição, além de corrosão nas partes
metálicas.
Mistura Ar-Combustível
O termo “mistura” é utilizado para indicar a relação entre as massas
de AR e GASOLINA.

10:1 (DEZ partes de ar para UMA parte de gasolina).

10:1 – Rica
15:1 – Quimicamente perfeita
16:1 – Regime de Cruzeiro
20:1 – Pobre
Sistema de Alimentação
O sistema de alimentação tem a finalidade de fornecer a mistura ar-
combustível ao motor, na pressão e temperatura adequada e livre de
impurezas.

A) Sistema de indução, é o conjunto


que admite, filtra e aquece o ar.

B) Sistema de superalimentação, é o
conjunto que aumenta a
pressão do ar admitido.

C) Sistema de formação de mistura,


é o conjunto que mistura o
combustível com o ar
(carburador).
Sistema de Indução

- Bocal de Admissão
- Filtro de ar
- Aquecedor de ar
- Válvula de ar quente
- Coletor de Admissão
Sistema de Superalimentação
Motor não Superalimentado: O pistão
aspira o ar através da rarefação que ele cria
no cilindro durante a fase de admissão.

Motor Superalimentado: O ar é aspirado


por um compressor que o comprime e envia
sob pressão para os cilindros.

Compressores: Os compressores usados


na superalimentação são do tipo centrífugo.

Acionamento: Os compressores podem ser


acionados pelo eixo de manivelas ou através
dos gases de escapamento.
Sistema de Formação de Mistura

Carburação: O ar passa pelo


Carburador onde se mistura com a
gasolina.

Injeção Indireta: A gasolina é


injetada no fluxo de ar de admissão
por uma bomba, antes de chegar aos
cilindros.

Injeção Direta: Os cilindros do


motor aspiram ar puro e o combustível
é injetado diretamente dentro dos
cilindros
Carburador
A unidade de formação de mistura mais simples é o carburador.

Princípio de funcionamento: O princípio de funcionamento é o Tubo


de Venturi.

Gicleur: É um orifício calibrado que serve para dosar a quantidade de


gasolina que sai do pulverizador principal.

Controle de Potência: A manete de potência está ligada diretamente a


borboleta do carburador.

Marcha Lenta e aceleração: Quando a borboleta está na posição de


marcha lenta, ela está praticamente que toda fechada e na aceleração a
borboleta vai se abrindo aumentando o fluxo de ar dentro do
carburador, consequentemente, aumentando a quantidade de gasolina
que sai do pulverizador.
Influência da Atmosfera:
A mistura torna-se rica quando a densidade do ar diminui. A
diminuição da densidade pode ser consequência de:

- Redução da pressão atmosférica, devido a altitude ou por razões


meteorológicas;

- Aumento da temperatura do ar;

- Aumento da umidade do ar.

Deficiências do Carburador:
- Distribuição desigual da mistura aos cilindros;

- Formação de gelo no Tubo de Venturi.


Sintomas de formação de gelo:

- Queda de rotação do motor, porque o gelo bloqueia a passagem da


mistura no carburador, agindo como se a borboleta estivesse sendo
fechada;
- Queda na pressão de admissão, pelo mesmo motivo. Se o avião tiver
manômetro de admissão, isso pode ser constatado facilmente;
- Funcionamento irregular do motor, se o gelo bloquear a saída de
gasolina do pulverizador, empobrecendo a mistura, podendo até causar
a parada do motor.

Eliminação do gelo:

- Para eliminar o gelo, é necessário aquecer o ar de admissão.


Carburador de Injeção
Este carburador funciona em
conjunto com uma bomba, que
fornece a ele combustível sob pressão.

- Evita o acúmulo de gelo no Tubo de


Venturi;
- Funciona em todas as posições do
avião, inclusive no voo de dorso;
- A vaporização é mais perfeita do
combustível;
- Dosagem mais precisa e mais
constante do combustível.
Sistema de Combustível
Esse sistema tem a finalidade de armazenar e fornecer o combustível ao
avião.

Os dois sistemas mais utilizados são a “Alimentação por Gravidade” e a


“Alimentação por Pressão”.
Alimentação por Gravidade
Nesse sistema os tanques estão localizados em posições
elevadas e o combustível escoa por gravidade até o
motor.
Alimentação por Pressão
Nesse sistema o combustível é enviado ao motor através da pressão
de uma bomba. Nesse sistema normalmente são usadas duas
bombas, a principal e a auxiliar.
Injetor de partida “PRIMMER”: É
uma pequena bomba manual que
serve para injetar um pouco de
gasolina diretamente no tubo de
admissão para facilitar a partida,
principalmente em dias frios.

Chave seletora: Através dela o piloto


seleciona o tanque que será usado ou
corte (Left, Right, Both e OFF).

Filtro: O filtro serve para reter


impurezas sólidas e também para
fazer drenagem de água.
Sistema de Lubrificação
Princípio da Lubrificação

Duas superfícies metálicas em contato apresentam atrito, mesmo que


polidas, porque é impossível eliminar 100% das asperezas
microscópicas. Com a utilização do óleo lubrificante entre essas
superfícies, forma-se uma fina película de óleo que mantém as peças
separadas.

Funções do óleo lubrificante

Além da função normal de lubrificação das peças móveis, o óleo tem


como função secundária auxiliar o resfriamento do motor e ajudar na
limpeza.
Principais Propriedades
Viscosidade: Viscosidade é a resistência que o óleo oferece ao
escoamento. (BAIXA)

Ponto de Congelamento: É a temperatura em que o óleo deixa de


escoar. (BAIXA)

Ponto de Fulgor: É a temperatura em que o óleo inflama-se


momentaneamente quando em contato com uma chama.(ALTO)

Fluidez: Esta propriedade indica a facilidade em fluir. (ALTA)


Estabilidade: Estabilidade química. (ALTA)

Neutralidade: Ausência de acidez no óleo. (ALTA)

Oleosidade: Termo traduzido de “oiliness”, indica a capacidade do


óleo aderir a superfície a ser lubrificada. (ALTA)

Aditivos: São substâncias químicas adicionadas ao óleo para melhorar


as suas qualidades.

-Anti-Oxidantes: Melhoram a estabilidade química.


-Detergentes:Dissolvem as impurezas internas do motor.
-Anti-Espumantes: Evitam a formação de espumas.
Sistemas de Lubrificação
Lubrificação por Salpique: O óleo é espalhando dentro do motor
pelo movimento das peças.

Lubrificação por Pressão: O óleo é impulsionado sob pressão para


diversas partes do motor, através de uma bomba de óleo.

Lubrificação por Imersão: As peças trabalham imersas no óleo.

Lubrificação Mista: Este é o sistema empregado na pratica. Consiste


em lubrificar as partes do motor, de cada forma já descritas.
Radiador de Óleo: Quando a temperatura do óleo sobe acima de um
determinado limite, abre-se uma válvula termostática, fazendo o óleo
passar por um radiador.

Bomba de óleo: As bombas de óleo usadas no sistema de lubrificação


são geralmente do tipo “engrenagem”.

Bomba de Pressão: Reservatório → Motor.


Bomba de Recuperação: Motor → Reservatório.

Filtro de óleo: Serve para reter impurezas do óleo. São feitos com
uma tela fina de metal ou de um determinado tipo de papelão especial.
Válvula Reguladora de Pressão: É colocada na linha para evitar que
a pressão do óleo ultrapasse um determinado valor.
Válvula Unidirecional: Esta válvula dá livre passagem ao óleo
num sentido e impede o fluxo no sentido contrário.
Válvula de Contorno ou “By-pass”: É uma válvula que abre-se
acima de uma determinada pressão, com a finalidade de oferecer
um caminho alternativo para o óleo. É muito usada nos filtros de
óleo, a fim de permitir o fluxo do lubrificante quando o filtro ficar
obstruído.

*É melhor o motor trabalhar com óleo não filtrado do


que trabalhar sem óleo.*
Instrumentos: Servem para verificar o bom funcionamento
do sistema de lubrificação e detectar anormalidades.

Manômetro de óleo: Este é o


primeiro instrumento a ser observado
após a partida do motor (Pág. 25).

Termômetro do óleo: Serve para


monitorar a temperatura do óleo,
sempre respeitando o determinado pelo
fabricante(Pág. 25).
Em Resumo:
Sistema de Resfriamento
- A eficiência do motor térmico é tanto maior quando maior a
temperatura da combustão, mas o calor em excesso, pode causar
danos prejudicando o funcionamento do motor.

- As temperaturas das partes metálicas, principalmente as de ligas de


alumínio, devem ser mantidas abaixo de 300°C (Pág. 25).

- Por outro lado a temperatura não deve abaixar muito, pois o vapor
da gasolina pode voltar ao estado líquido novamente, empobrecendo a
mistura e podendo causar até a parada do motor.

Sistemas de Resfriamento:
- Resfriamento a líquido.
- Resfriamento a ar.
Resfriamento a líquido: Nesse sistema os cilindros são resfriados
por um líquido, o “Etileno-glicol”. Este líquido não ferve e não congela
facilmente. O resfriamento a líquido proporciona melhor controle e
estabilização da temperatura.
Resfriamento a ar: Esse sistema é o mais utilizado por ser mais
simples, leve e barato. Os cilindros possuem alhetas de resfriamento
para facilitar a transferência de calor. Podem ser usados também
“Defletores” e “Flapes de Arrefecimento”.
Sistema Elétrico
Cuidado com o choque!!!
Cargas Elétricas Elétrons Livres

Os elétrons giram em diversas órbitas


Prótons: Carga Positiva. ao redor do núcleo. Em materiais
Elétrons: Carga Negativa. metálicos, como cobre e o ferro, os
Nêutrons: Sem carga elétrica. elétrons podem passar de um átomo a
outro. Quando os elétrons se
movimentam ao longo de um fio, há
corrente elétrica.
DDP (V) Corrente Elétrica (i)
Volt (V) Ampere (A)

Diferença de Potencial (DDP) Se ligarmos os terminais de uma


Força Eletromotriz (FEM) bateria através de fios condutores em
Voltagem uma lâmpada, será formada uma
Tensão corrente de elétrons livres que são
repelidos do terminal negativo e
atraídos para o terminal positivo.
Resistência Elétrica (R) Lei de Ohm
Ohm (Ω) (V = R . i)

Resistência elétrica é a É uma relação matemática


resistência que um que relaciona Tensão (V),
determinado corpo oferece Resistência Elétrica (R) e
a passagem da corrente Corrente Elétrica (i).
elétrica (i).
Potência Elétrica (P)
Watts (W)

Para calcular a Potência (W) de uma determinada fonte, precisamos


multiplicar a Tensão (V) com a Corrente Elétrica (i).
P=V.i
Ligação Série Fontes Ligação Paralelo Fontes

É utilizada para somar as É utilizada para aumentar


tensões de várias fontes, a capacidade de fornecer
que podem ser diferentes corrente. TODAS as
entre si. fontes devem ter a mesma
tensão.
Ligação Série Cargas Ligação Paralelo Cargas

A corrente (i) é a mesma em É a ligação mais utilizada, porque


todas as cargas, mas a cada carga é fabricada para funcionar
tensão é dividida entre elas, com uma determinada tensão e não
somando todas as tensões, é em uma determinada corrente. Se uma
a mesma da fonte. Se uma carga queimar, não afeta o
carga queimar, todas param funcionamento das outras.
de funcionar.
Corrente Alternada Magnetismo

A energia elétrica urbana é Propriedade conhecida dos ímãs


fornecida em “corrente de atrair ferro. Um ímã possui dois
alternada”. Ela recebe esse pólos magnéticos denominados
nome porque sua tensão “Pólo Norte” e “Pólo Sul” os quais
torna-se alternadamente há um campo magnético, com suas
positiva e negativa na razão linhas de força saindo do Pólo
de 60Hz por segundo (no Norte indo para o Pólo Sul.
Brasil).
Eletromagnetismo
O Campo Magnético forma-se também ao redor de um fio onde há
corrente elétrica, no plano perpendicular ao mesmo.
Eletroímãs
Relé Solenóide
Indução Eletromagnética Alternador

Quando um fio é É um gerador que produz corrente


movimentado dentro de alternada (AC). Uma bobina em forma de
um campo quadrado gira entre os pólos de um ímã. O
eletromagnético, surge campo magnético do ímã é imutável, mas
uma FEM nesse fio, esse cada lado do quadrado giratório não,
fenômeno chama-se trocando com o lado oposto a cada meia
“Indução volta, invertendo o sentido da corrente.
eletromagnética”.
Transformador Dínamo

É um gerador que produz corrente


contínua, sendo a principal fonte de energia
para o avião. Ele que carrega a bateria. Seu
É um dispositivo funcionamento é praticamente igual ao do
baseado na indução alternador, mas os anéis coletores do
eletromagnética, alternador são substituídos pelo
permitindo alterar uma comutador, que retifica a corrente alternada
tensão alternada, para produzida no induzido, a transformando
mais ou para menos. em corrente contínua.
Diodo Regulador de Voltagem

É um dispositivo que
permite a passagem da
corrente elétrica em um Regula a tensão fornecida pelo Dínamo.
só sentido e somente a
fase positiva da corrente
alternada, retificando a
mesma.
Retificador
Esquema básico de um retificador de corrente.
AC → DC
Inversor Starter

É um dispositivo que É o motor de partida, acionado pela


transforma corrente bateria do avião ou por uma bateria
contínua em corrente externa ligada ao avião através de
alternada. uma tomada na fuselagem.
Dispositivos de Proteção Retorno pela Massa

Nos aviões de estrutura metálica, são


utilizados circuitos com o retorno
pela massa, ou seja, todos os
Quando ocorre um curto- componentes são alimentados com
circuito num sistema um só fio, normalmente o positivo e o
elétrico, a corrente retorno da corrente é feito pela
aumenta, provocando forte própria estrutura do avião ou pela
aquecimento nos fios carcaça do motor.
condutores e componentes, *A “massa” também é chamada de
podendo dar inicio a um “Terra”.*
incêndio. Para afastar esse
risco o sistema é protegido
com fusíveis e disjuntores.
Sistema de Ignição
Magneto: Responsável em gerar a tensão.
-Alta tensão: Vimos agora.
-Baixa tensão: Precisa de uma bobina auxiliar para gerar a alta tensão.
Para “desligar” o Magneto, liga-se a bobina primaria a massa.

Platinado: “Interruptor” do sistema de ignição.

Distribuidor: Distribui a alta tensão na ordem correta.

Velas: Produzem a faísca.


-Fria
-Quente.

Check dos Magnetos: Pequena queda de RPM.


(Não pode ter uma queda superior a 100RPM entre eles).
Hélices
As hélices possuem duas ou mais pás, que tem um perfil aerodinâmico
semelhante ao da asa do avião.

São classificadas em:


- Passo fixo, Passo ajustável e Passo Variável*
*Automático (Contrapeso) ou Manual**
**Aeromática: Ar comprimido (não utilizada).
**Elétrica: Governador elétrico (não utilizada).
**Hidromática: Pressão óleo do motor (utilizado).

- Estação de Referência: Adotado pelo fabricante e recebe o nome de


“Ângulo da pá”.
- A torção da pá DIMINUI DA RAIZ PARA A PONTA.
Passo
Como a hélice é torcida ela avança uma determinada distância a cada
volta completa.
Passo Teórico ou Geométrico: Projeto
Passo Efetivo ou Avanço: Real
Recuo: Diferença entre o Passo Teórico e o Passo Efetivo (menor
possível).

Decolagem/Pouso: Passo mínimo, menor torção e ângulo de ataque


mínimo.
Cruzeiro: Passo máximo, maior torção e ângulo de ataque máximo
(maior massa de ar e queda de RPM).
Passo

Passo Bandeira: Passo Chato: O Passo Reverso: O


A pá fica alinhada ângulo da pá é nulo ângulo da pá é
com o vento. É e o arrasto da hélice negativo e a tração é
usado para é máximo. Pode negativa, freando o
diminuir o arrasto provocar o disparo avião. Usa-se para
da hélice quando o se o motor estiver reduzir a distância do
motor pára. desenvolvendo pouso.
potência.
Instrumentos
Instrumentos
O voo do avião, funcionamento do motor e dos demais sistemas são
controlados e monitorados através de instrumentos.

- Instrumentos de Navegação: Bússola, VOR, Cronometro,etc.

- Instrumentos de Voo: Altímetro, Velocímetro e Climb.

- Instrumentos do Motor: Tacômetro, Manômetro do óleo, etc.

- Instrumentos do Avião: Liquidômetro, P.A., Fluxômetro, etc.


Tubo de Pitot: Altímetro, Velocímetro e Climb.

Manômetros:
Pressão Absoluta (Cápsula aneróide – A,V,C);
Pressão Relativa (Tubo de Bourbon – Óleo).

Termômetros:
Elétrico: Mede a temperatura do ar externo.
Pressão de Vapor: Medir a temperatura do óleo.
Par-Termoelétrico/Termopar: Mede altas temperaturas, como a cabeça
do cilindro.
Giroscópio: O giroscópio é uma roda girante apoiada de modo que
possa ser colocada em qualquer posição. A partir do momento que o
rotor começa a girar, ela se mantém na posição inicial fixada,
independente do movimento feito.
Instrumentos Giroscópicos
- Horizonte Artificial – Giro Direcional - Turn and Bank
Tacômetro (RPM):
-Mecânico (Centrifugo)
-Elétrico (Gerador).

Bússola:
Seu “limbo” é cheio de querosene
ou xilene (xileno).

Radioaltimetro:
Indica a altura verdadeira ou absoluta do avião em relação ao solo.
Sistema de proteção contra fogo
Para existir fogo é necessário combustível, oxigênio e calor.

Os dois principais métodos de extinção do fogo são por Abafamento e o


Resfriamento.

A combustão pode acontecer com chama (fósforo) ou sem chama


(brasa).
Sistema de detecção de superaquecimento e fogo

Formado por detectores de calor instalados em pontos de ocorrência


mais provável de fogo.

Sistema de extinção de fogo

Acionado pelo piloto para combater o fogo, normalmente formado por


uma ou mais garrafas de agente extintor.

Sensor – Garrafa com agente extintor – Aspersor


Tipos de Incêndios

Tipo A: Com materiais de brasa ou cinza.


Tipo B: Com líquidos inflamáveis.
Tipo C: Com materiais elétrico.
Tipo D: Com metais (Magnésio e Titânio).
Tipos de Incêndios
Água: Apaga por resfriamentos incêndios de Classe A.
Espuma: Apaga por abafamento incêndios de Classe B.
Pó Químico: Apaga por abafamento incêndios de Classe B e C.
Pó Seco: Apaga por abafamento incêndios de Classe D.
CO²: É recomendado o uso em incêndios elétricos (Classe C), porque
não conduz corrente elétrica, evitando assim o perigo de choque
elétrico.
Sistema de Degelo e Anti-Gelo
*O gelo mais perigoso é do tipo claro*

- Anti Ice – Antes do gelo se formar (evita).


- De ice – Depois do gelo se formar (descongela).

Tubo de Pitot: Causa erro na leitura dos instrumentos.

Carburador: Perde potência, podendo até apagar o motor.


Sistema de Refrigeração
Por ciclo a vapor: Resfriamento pela evaporação de um líquido
como o Freon* comprimido.

Por ciclo de ar: Retira o ar quente e o transforma em ar frio.

*Gás Freon. Nome convecional do gás derivado clorado e fluorado do


metano ou do etano, altamente inflamáveis. Este gás é usado como
agente refrigerante ou gás propulsor de aerosóis, pouco tóxico mas,
quando disperso na alta atmosfera é um dos principais responsáveis pela
destruição progressiva da camada de ozônio.
Sistema de Oxigênio
Cilindros: Podem ser de alta ou baixa pressão.
Reguladores: Podem ser de fluxo contínuo ou por demanda.
Máscara: Usada para a respiração individual.
Sistema de Iluminação
Asa Esquerda: Luz Vermelha (110°).
Asa Direita: Luz Verde (110°).
Empenagem: Luz branca (140°) ou
vermelha pirotécnica (Beacon).
Piloto Automático (P.A.)

Interage com as superfícies primárias


Sensor – Amplificador – Controlador – Servo-atuador
Inspeção e Manutenção
Pré voo: Check-list interno e externo
(Único de responsabilidade do piloto).

Periódicas: Feitas em determinado período, determinado pelo


fabricante.

Manutenção Preventiva: Antes de ocorrer falhas.

Manutenção Corretiva: Depois de uma deficiência ocorrida.

Manutenção Dimensional: Micrômetro e Paquímetro.


Externos

Magnaflux: Para peças imãtáveis.


Líquido penetrante: Alta visibilidade.
Zyglo ou flurescente: Líquido penetrante incolor, que brilha sob
luz ultravioleta.

Internos

Raio X e Ultra-som: Mais complexas e mais eficientes.


Códigos de Cores para Tubulações
Gasolina –
Óleo Lubrificante –
Óleo Hidráulico –
Oxigênio –
Extintor de Fogo –
Quente –
Óleo do carro –
Água –
Folha –
Madeira –
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Bons Estudos e Boa Prova!!!

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