Você está na página 1de 3

A3 Princípios de voo - Grupo 3

VOO HORIZONTAL
Para manter esse tipo de voo a sustentação tem que ser igual ao peso e a tração é igual ao
arrasto. Em um voo onde a velocidade for alta, o ângulo de ataque é de apenas alguns graus,
então quanto menor a velocidade, maior deve se manter o ângulo de ataque.
Acima do ângulo de ataque crítico, a sustentação diminui muito e para se manter o voo
horizontal deve ter grandes acréscimos de potência. São duas:

 Potência Necessária: é a que o avião necessita para manter o voo nivelado. A potência
necessária é maior quando for mantidas velocidades maiores. Abaixo de uma certa
velocidade, a potência necessária aumenta para voar mais lentamente.
 Potência Disponível: é a potência máxima que o motor pode fornecer ao avião sob forma
de tração.
Com as curvas que se realiza da potência disponível e da potência necessária, pode-se entender
as velocidades do voo horizontal:

 Velocidade mínima, menor velocidade constante possível, ângulo de ataque maior que o
crítico e velocidade maior que a de estol.
 Velocidade de estol, menor velocidade possível no voo horizontal, ângulo de ataque
crítico e sustentação máxima.
 Velocidade máxima, maior velocidade possível num voo horizontal.
 Velocidade de máximo alcance, permite voar a maior distância possível com dada
quantidade de combustível.
 Velocidade de máxima autonomia, permite voar o maior tempo possível com dada
quantidade de combustível.

Velocidade x Altitude
Arrasto não varia com a altitude, no nível do mar não necessita de muita velocidade, a densidade
é alta e a sustentação é adquirida voando mais devagar. Voando mais alto, a densidade é menor e
a potência precisa ser maior. Aumentando a velocidade, o arrasto aumenta também, e se iguala
ao nível do mar.

VOO PLANADO
Como acontece: o voo planado é aquele onde o avião pode voar sem tração alguma no motor,
porém em trajetória descendente.

Neste caso, o avião é impulsionado por uma força de


500kgf, resultante da gravidade. A sustentação é igual a 866kgf, portanto menor que o peso.
Ângulos e velocidades de planeio
 Velocidade de melhor planeio: é aquela que possibilita ao avião planar a maior distância
possível.
 Velocidade de menor razão de descida ou de mínimo afundamento: útil para quem deseja
permanecer o maior tempo possível planando.
 Velocidade final: é a velocidade máxima que o avião pode atingir num ângulo vertical,
assim atingindo um ângulo de sustentação nula.
 Influência do peso: o peso do avião não influi na distância e no ângulo de planeio, mas
aumenta a sua velocidade e a razão de descida.
 Razão de descida: é a altura perdida por unidade de tempo. Ela é indicada no instrumento
chamado variômetro ou climb. Normalmente abreviada R/D e medida em pés por minuto
(ft/min).

VOO ASCENDENTE
Num voo ascendente teremos duas componentes de velocidade:

 VH- Velocidade Horizontal e


 R/S- Razão de Subida.
O ângulo de subida é formado entre a trajetória do avião e a linha do horizonte.

Para subida também temos dois tipos:

 Máxima Razão de Subida – Maior velocidade, maior razão de subida, menor ângulo, ou
seja, o avião ganha altura o mais rapidamente possível.
 Máximo ângulo de subida – Menor velocidade, menor razão, maior ângulo para livrar
obstáculos.
Potência Disponível/Potência Necessária

 Potência disponível – potência que o grupo motopropulsor fornece para a aeronave.


 Potência necessária – potência que é preciso para vencer a força de arrasto aerodinâmico
da aeronave.
Teto Absoluto/Teto Prático

 Teto absoluto: altitude de voo onde a aeronave é incapaz de realizar uma subida, sendo a
latitude máxima que a aeronave pode alcançar. Nesta altitude, a potência necessária se
iguala à potência disponível, havendo uma única velocidade para se manter o voo.
 Teto prático: altitude de voo na qual a aeronave é capaz de realizar uma subida com uma
razão de subida máxima de 100 pés por minuto (100ft/min).

COMANDO DE VOO
Na aeronave existe 3 eixos que passam pelo centro de gravidade (C.G).

 Eixo longitudinal: linha imaginaria que vai do nariz do avião à cauda


 Eixo lateral ou transversal: linha imaginaria que liga a ponta de uma asa à outra
 Eixo vertical: linha que liga a parte de baixo da fuselagem à parte de cima dela.
Cada eixo é responsável por um movimento na aeronave:
 O eixo longitudinal é responsável pela rolagem da aeronave. O comando de voo
responsável pelo rolamento é o AILERON, que inclina a aeronave para esquerda ou para a
direita.
 O eixo lateral é responsável pela tangagem/arfagem. O comando responsável por esse
movimento é o PROFUNDOR/LEME DE PROFUNDIDADE e tem como objetivo cabrar/picar
a aeronave.
 O eixo vertical é responsável pela guinada da aeronave. O comando responsável por esse
movimento é o LEME DE DIREÇAO que consiste em direcionar a aeronave para direita ou
para esquerda.
Os comandos usados para controlar a aeronave são o manche e os pedais:
Manche:
 à direita, avião rola para a direita;
 à esquerda, avião rola para a esquerda;
 para frente, avião baixa o nariz
 para trás, avião levanta o nariz
Pedais:
 pedal direito produz guinada para a direita
 pedal esquerdo produz guinada para a esquerda
Faz parte dos comandos de voo, os compensadores, que são utilizados para aliviar os comandos
de voo primários. Os compensadores são pequenas superfícies colocadas nos fordos de fuga com
a finalidade de:

 compensar o avião durante diferentes fases de voo (anula força no manche).


 reduzir a força nas superfícies, tornando-as mais fáceis de se movimentar.

Podem ser de 3 tipos:


1. Compensadores fixos, que podem ser ajustados no solo;
2. Compensadores comandáveis, que podem ser ajustados durante o voo;
3. Compensadores automáticos, que se movem sem ação do piloto.

Você também pode gostar