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MANUAL DE MEIO AMBIENTE


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APRESENTAÇÃO

Este manual descreve a estrutura e os elementos do Sistema de Gestão Ambiental do Meio Ambiente do
Porto do Açu Operações S/A.

Este Manual de Gestão é de propriedade do Porto do Açu Operações S/A e, portanto, sua reprodução, em
todo ou em parte, só deve ser feita com consentimento da Empresa através de seu Representante legal.

Os procedimentos e documentos descritos neste manual são mandatórios e devem ser seguido por todos
os colaboradores envolvidos nas obras e atividades do Porto do Açu Operações S/A.

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SUMÁRIO

1. OBJETIVO ................................................................................................................................................ 4

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS ................................................................................................................ 4

3. TERMOS E DEFINIÇÕES ........................................................................................................................ 4

4. DESCRIÇÃO............................................................................................................................................. 5

4.1. Obrigações da empresa contratada .................................................................................................. 5

4.2. Responsabilidades .......................................................................................................................... 12

5. RELAÇÃO DE PROCEDIMENTOS ........................................................................................................ 13

5.1. P.O.GGS.001 – Identificação de aspectos e impactos, perigos e riscos......................................... 13

5.2. P.O.GGS.005 – Monitoramento e Medição – Controle e Supervisão do PBA ................................ 20

5.3. P.O.GGS.002 – Não conformidade, ação corretiva e ação preventiva ........................................... 23

5.4. P.O.GGS.034 – Programa de Gerenciamento de Resíduos e Efluentes ........................................ 34

5.5. P.O.GGS.039 – Procedimento para Mitigação da Fotopoluição ..................................................... 49

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1. OBJETIVO

Este documento tem por fim apresentar as responsabilidades de Meio Ambiente e Responsabilidade Social

de Contratadas, Subcontratadas e Fornecedores que executam atividades para o Porto do Açu Operações

S/A. O atual documento deverá ser contido em todos os contratos e contém orientações fundamentais

dirigidas às empresas contratadas, visando guiá-las na implementação e administração dos seus referentes

programas de Meio Ambiente e Responsabilidade Social - conforme estipulado no contrato. Outros

requisitos de ambientais e sociais poderão ser exigidos das Contratadas para controle de riscos não

previstos neste Manual.

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS

 Resolução CONAMA nº 1, de 10/03/1990;

 Resolução CONAMA nº 237/97 que dispõe sobre a regulamentação do Licenciamento Ambiental no

âmbito do Território Nacional;

 Normas vigentes de Proteção ao Meio Ambiente e Responsabilidade Social, relacionadas à

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

 NBR ISO 14001: 2004 - Sistemas de Gestão Ambiental.

3. TERMOS E DEFINIÇÕES

3.1. Aspecto Ambiental: Elementos das atividades, produtos ou serviços de uma organização que podem

interagir com o meio ambiente.

3.2. Atividade: Conjunto de tarefas que, sendo parte ou não de um processo, visam atender a um objetivo

específico.

3.3. Dano: É a lesão, o prejuízo, a doença ou a deterioração causada à pessoa, à sociedade, à

propriedade, ao meio ambiente ou a uma combinação destes.

3.4. Desempenho Ambiental: Resultados mensuráveis do sistema de gestão ambiental, relativo ao controle

da organização sobre seus aspectos ambientais.

3.5. Desenvolvimento Sustentável: Satisfação das necessidades da geração atual sem comprometer a

possibilidade de que futuras gerações satisfaçam suas necessidades.

3.6. Impacto Ambiental: Qualquer modificação do Meio Ambiente, adversa ou benéfica que resulte, no todo

ou em parte, dos aspectos ambientais da organização.

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3.7. Impacto Social: Qualquer modificação na sociedade, adversa ou benéfica, que resulte no todo ou em

parte das atividades, produtos ou serviços de uma organização.

3.8. Meio Ambiente: conjunto dos sistemas físicos, químicos, biológicos e suas relações e dos fatores

econômicos, culturais e sociais, com efeitos diretos ou indiretos, mediatos ou imediatos, sobre os seres

vivos e a qualidade da vida humana.

3.9. Meta: Requisito de desempenho de Meio Ambiente e Responsabilidade Social detalhado e

quantificado, aplicáveis à organização ou parte dela, resultantes dos objetivos e que precisam ser

estabelecidos e atendidos para que tais objetivos sejam atingidos.

3.10. Não conformidade: Não atendimento a um critério pré-estabelecido.

3.11. Objetivo: Propósito de Meio Ambiente e Responsabilidade Social, decorrente da política ambiental,

que uma organização se propõe a atingir, sendo quantificado sempre que possível.

3.12. Parte Interessada: Individuo ou grupo interessado ou afetado pelo desempenho ambiental da

organização.

3.13. Registro: Documento que apresenta resultados obtidos ou fornece evidências de atividades

realizadas.

3.14. Requisitos Legais: São as legislações vigentes (leis, decretos, portarias, resoluções, medidas

provisórias) e todos os documentos e taxas obrigatórias (licença de operação, alvará de localização e

funcionamento, etc.) de licenciamento que regularizam as atividades industriais.

3.15. Sistema de Gestão Ambiental (SGA): É a parte do sistema de gerenciamento da empresa que inclui a
estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos,
processos e recursos para desenvolver, programar, atingir, analisar criticamente e manter o conteúdo
ambiental da Política Integrada.

4. DESCRIÇÃO

4.1. Obrigações da empresa contratada


 Contratada deve, preferencialmente, estabelecer e manter um sistema de Gestão de Meio Ambiente

e Responsabilidade Social, cujos requisitos estão descritos abaixo;

 A Contratada deve assegurar e evidenciar que todas as suas subcontratadas conheçam e atendam

as obrigações estabelecidas neste documento;

 A Contratada deve antes de iniciar os trabalhos no Porto do Açu Operações S/A, identificar e avaliar

os aspectos e impactos ambientais, sociais, perigos e riscos à segurança e saúde relativos às

suas atividades, produtos, serviços, locais, ferramentas e equipamentos, a fim de subsidiar o

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estabelecimento das medidas para o controle, mitigação ou minimização de possíveis impactos

negativos;

 Para as atividades cujas condições de execução ainda não estejam suficientemente definidas ou

não haja dados suficientes para a identificação de aspectos e perigos, a Contratada deve elaborar

e apresentar a Análise Preliminar de Riscos – APR;

 Antes do início de trabalhos em áreas externas, a Contratada deve realizar uma análise dos

possíveis impactos ao meio ambiente e à sociedade, utilizando-se para isso da APR de forma a

identificar os aspectos socioambientais, as possíveis conseqüências e determinar as medidas

preventivas e mitigadoras. A APR deve ser realizada com a participação da fiscalização da Porto

do Açu Operações S/A, a qual deve levantar dados e informações a respeito de áreas de

sensibilidade e preservação ambiental (corpos d'águas, mata ciliar, manguezais, parques

florestais, patrimônios históricos, comunidades);

 A APR deve ser elaborada por uma equipe de colaboradores experientes das várias áreas de

especialidade envolvidas na atividade a ser executada;

 É imperativo que a contratada não inicie a Instalação ou Operação de qualquer atividade no site do

Porto do Açu Operações S/A, sem a obtenção da respectiva Licença Ambiental, quando

pertinente, estando sempre em conformidade com as leis, Municipal, Estadual ou Federal.

Nenhum trabalho que necessite de licença ambiental, autorização ou outorga pode ser iniciado

sem que tenha a devida documentação emitida pelos órgãos oficiais competentes;

 A contratada deve identificar e ter acesso aos requisitos legais e outros requisitos aplicáveis às suas

atividades, produtos e serviços, constantes da Constituição Federal, Leis, Decretos e Portarias,

notadamente a Portaria 3.214, de 08/06/1978, do MTE (NR), Instruções Normativas e Resoluções

no âmbito Federal, Estadual e Municipal, a fim de subsidiar a elaboração e implantação dos

Programas de Segurança, Meio Ambiente, Saúde e Responsabilidade Social e atendimento aos

requisitos destas exigências. Estas informações devem ser mantidas atualizadas durante toda a

vigência do contrato;

 A contratada deve atender, fiscalizar e supervisionar a aplicação das normas/padrões de Meio

Ambiente e Responsabilidade Social, normas ABNT e demais aplicáveis;

 A empresa contratada deve ter conhecimento dos critérios ambientais adotados pelo Porto do Açu

Operações S/A;

 As empresas contratadas, dentro dos sites do Porto do Açu Operações S/A, devem adotar os

critérios de gerenciamento de efluentes e resíduos sólidos conforme critérios mínimos adotados e

entendidos pelo Porto do Açu Operações S/A de acordo com suas normas gerais;

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 Nenhuma substância sólida, semi-sólida, líquida ou gasosa deve ser descartada, sem prévia análise

de suas conseqüências e impacto ao meio ambiente e sem autorização da Fiscalização do Porto

do Açu Operações S/A, a qual deve ser informada com antecedência quando da necessidade de

descarte de tais substâncias, bem como quanto aos procedimentos a serem utilizados pela

Contratada para atender aos requisitos legais de prevenção à poluição e para prevenir ocorrências

anormais, acidentes e impactos indesejados ao meio ambiente;

 Antes do início dos serviços, a Contratada, que for manusear ou gerar resíduos; sólidos, líquidos ou

gasosos; deve efetuar um levantamento dos resíduos que devem ser gerados em cada uma das

atividades, identificando as quantidades estimadas, os tipos de resíduos, locais de geração, locais

de armazenamento, forma de acondicionamento, embalagem, etc. e fase do trabalho na qual

devem ser gerados. Os dados devem ser inseridos em planilha, que deve ser apresentada à

Fiscalização do Porto do Açu Operações S/A e analisada pela Gerência Geral da Sustentabilidade,

que define a classificação e destinação final dos resíduos;

 A Contratada deve designar formalmente à Fiscalização do Porto do Açu Operações S/A o seu

responsável pela gestão ambiental;

 Cabe à Contratada a responsabilidade pela minimização da geração de resíduos, segregação

seletiva dos diferentes tipos de resíduos e o preenchimento da Planilha de Inventário de Resíduos,

qual deve ser entregue mensalmente à Fiscalização do Porto do Açu Operações S/A para controle;

 As embalagens, sobras de materiais e produtos, ferramentas e utensílios inutilizados durante os

serviços, devem ser tratados como resíduos classificados e destinados como tal;

 Na unidade do Porto do Açu Operações S/A onde houver sistema de coleta seletiva, a Contratada

deve atender ao programa estabelecido para este fim;

 O transporte de resíduos para a disposição final fora das instalações do Porto do Açu Operações

S/A, a cargo da contratada, deve obedecer às orientações da Gerência de Meio Ambiente da

unidade e só pode ser efetuado por empresa especializada e cadastrada ou licenciada junto aos

órgãos ambientais, bem como de posse de documento denominado manifesto de transporte de

resíduos, cujo preenchimento é de responsabilidade do representante de Meio Ambiente na área

onde o serviço está sendo realizado;

 O Transporte de qualquer produto perigoso deve ser efetuado atendendo os requisitos do Decreto

Federal nº 96.044 de 18 de maio de 1988, Portaria MT nº 204 de 20 de maio de 1997 - ANTT e

outros aplicáveis;

 Os veículos da Contratada devem atender os requisitos da Portaria nº 85 de 17 de outubro de 1996

e Resolução CONEMA nº 58 de 13 de dezembro de 2013;

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 A Contratada deve identificar processos, operações e atividades onde possa haver desperdício de

produtos, materiais, água e combustíveis, e desenvolver ações para eliminar ou minimizar sua

ocorrência, assim como conscientizar seus colaboradores e os de suas Contratadas quanto às

medidas adotadas para este fim;

 A Contratada deve orientar seus colaboradores e de suas contratadas quanto à proibição de pesca,

caça ou captura de animais silvestres, supressão de vegetação, cortes de árvores e retirada de

espécies vegetais. A supressão de vegetação mesmo que para fins de sua manutenção, só é

permitida com a devida licença ou autorização dos órgãos oficiais competentes;

 Caso haja inobservância das cláusulas citadas acima, corre por conta da Contratada o pagamento

de multas, o transporte e disposição final de materiais, resíduos, efluentes ou emissões, bem

como, indenização de todos os custos e serviços necessários à recuperação da área afetada,

decorrente de impactos indesejados causados pela Contratada, devido a dolo ou culpa desta ou

de seus colaboradores ou suas contratadas;

 A Contratada deve elaborar, estabelecer, implementar e manter programas de Meio Ambiente e

Responsabilidade Social para cumprimento das metas estabelecidas pelo da Porto do Açu

Operações S/A e apresentar à Fiscalização do Porto do Açu Operações S/A;

Os Programas de Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional e Responsabilidade Social

devem conter de forma detalhada:

i) - Nome da Empresa;

ii) - Nome do(s) Programa(s);

iii) - Metas associadas aos programas;

iv) - Ações a serem implementadas para atingir as metas;

v) - Responsáveis;

vi) - Prazos das ações;

vii) - Recursos;

viii) - Fase da obra;

ix) - Indicadores de desempenho do programa para acompanhamento de sua eficácia sempre

que aplicável.

 O representante da Contratada deve participar da reunião prévia com o Gerente do Contrato, na

qual devem ser repassadas todas as exigências de Segurança, Meio Ambiente, Saúde

Ocupacional e Responsabilidade Social estabelecidas no Contrato, incluindo a Política de

Sustentabilidade, padrões e procedimentos pertinentes e exigências legais;

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 A Contratada é responsável pelos atos de seus colaboradores e de suas contratadas e

conseqüências cíveis e penais decorrentes de inobservância de quaisquer leis, normas e

regulamentos de Segurança Industrial, Segurança Patrimonial, Saúde Ocupacional e Proteção ao

Meio Ambiente vigentes no país;

 As alegações de desconhecimento pela Contratada das normas e regulamentos de Segurança

Industrial, Segurança Patrimonial, Saúde Ocupacional e Proteção ao Meio Ambiente, vigentes no

Porto do Açu Operações S/A, não são aceitas, mesmo aquelas que não estejam anexas ao

presente documento, pois tais informações estão disponíveis para consulta em cada unidade

gerenciadora do contrato;

 A Contratada deve apresentar a Anotação de Responsabilidade Técnica - ART junto ao CREA

relativa às atividades ambientais (estudos e monitoramentos), sendo o mesmo o responsável pela

coordenação de segurança dos serviços prestados;

 É de inteira responsabilidade da empresa Contratada os possíveis impactos causados ao Meio

Ambiente e seu entorno proveniente direta ou indiretamente das atividades por estas

desenvolvidas mesmo que dento dos sites do Porto do Açu Operações S/A.

 É de exclusiva responsabilidade das contratadas a obtenção de licenças ambientais exigíveis para

execução de suas atividades mesmo que desempenhado no site do Porto do Açu Operações S/A.

 A Contratada é responsável por orientar e ministrar treinamento prático e teórico durante a vigência

do contrato com ou sem acompanhamento da Fiscalização do Porto do Açu Operações S/A, a

todos os seus colaboradores e de suas contratadas, compreendendo, no mínimo, os seguintes

itens:

i. Habilitação dos supervisores e executantes na utilização dos procedimentos escritos para

execução dos serviços objeto do contrato;

ii. Perigos e riscos aos quais os colaboradores da Contratada e suas subcontratadas podem

estar expostos, tanto da atividade como do ambiente de trabalho;

iii. Noções gerais sobre preservação ambiental, minimização de desperdícios, manuseio de

resíduos e, quando aplicável, proibição de pesca, caça ou captura de animais silvestres, corte

ou remoção de vegetação;

iv. Noções gerais sobre Responsabilidade Social e Relacionamento com Comunidades;

v. Padrões de segurança, meio ambiente e saúde para execução dos serviços;

vi. Prevenção de acidentes, incidentes e situações de emergência;

vii. Prevenção de incêndio, abandono de áreas e uso de extintores;

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viii. Estabelecer procedimentos operacionais, no que se refere às iluminações definitivas e

provisórias (móveis e fixas) a fim de garantir a mitigação da fotopoluição ambiental.

 A Contratada deve apresentar à Fiscalização, antes do início dos serviços, a programação de

treinamentos por função dos colaboradores com as seguintes informações: número do contrato,

nome da empresa, título do treinamento, referência normativa (se houver), período ou data de sua

realização, duração, local de realização, nome/função do instrutor, periodicidade de realização;

número de pessoas a serem treinada, assinatura do representante da Contratada;

 A contratada deve registrar e manter em arquivo todos os treinamentos realizados em lista de

presença assinada pelos participantes e pelo instrutor;

 A Contratada deve realizar e registrar o Diálogo de Segurança, Meio Ambiente, Saúde e

Responsabilidade Social - DDSMS para todos os seus colaboradores, devendo ser abordados

temas relacionados à segurança do trabalho, ao meio ambiente e à saúde, principalmente aqueles

específicos às atividades a serem desenvolvidas pelos colaboradores;

 A Contratada deve registrar por escrito e arquivar, em formulário próprio, o DDSMS, fazendo constar

o tema abordado, a data de realização, o nome e assinatura do palestrante e dos participantes;

 A Contratada deve registrar e comunicar prontamente à Fiscalização do Porto do Açu Operações

S/A as notificações e autuações dos órgãos oficiais de fiscalização (INEA, IBAMA, ANA e

Ministério Público) recebidas referentes à execução dos serviços da Contratada para Porto do Açu

Operações S/A;

 A Contratada deve informar a seus colaboradores e de suas contratadas os riscos profissionais que

possam originar-se das atividades desempenhadas, os resultados das avaliações ambientais e

sociais realizadas nos locais de trabalho, os meios e as medidas para prevenir e limitar os riscos e

as medidas adotadas pela empresa;

 A Contratada deve providenciar cartazes, faixas e ou outros materiais audiovisuais, com o intuito de

reforçar o entendimento e o cumprimento dos Programas de Segurança, Meio Ambiente, Saúde

Ocupacional e Responsabilidade Social, bem como aqueles exigidos pela legislação;

 A Contratada deve, ao receber uma manifestação escrita ou verbal, relativa a Porto do Açu

Operações S/A, de parte interessada externa, individual ou de comunidade vizinha às instalações,

encaminhá-la imediatamente ao Gestor do contrato;

 A Contratada deve orientar seus colaboradores e subcontratadas, tão logo tenha conhecimento de

qualquer emergência, informando o evento pelo telefone de emergência local (0800 729 0810) ou

por rádio, ao supervisor/coordenador da área operacional ou colaborador responsável pela

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atividade ou ainda a qualquer outro colaborador do Porto do Açu Operações S/A, na ausência

destes.

 A Contratada deve manter toda documentação legal e as exigidas pelo Porto do Açu Operações S/A

arquivadas, controladas e mantidas atualizadas ao longo do contrato;

 A Contratada deve elaborar os procedimentos em função dos riscos ambientais, sociais e das

atividades, equipamentos, ferramentas e materiais a serem aplicados nos serviços a serem

executados, devendo os procedimentos ser compatíveis com os do Porto do Açu Operações S/A;

 Todos os procedimentos da Contratada devem conter um tópico referente a “Cuidados com

Segurança, Meio Ambiente e Saúde” pertinente às atividades executadas;

 Os procedimentos devem estar disponíveis nos locais de trabalho, na última versão para todo

pessoal que executa suas funções;

 A Contratada deve elaborar procedimento no tocante ao tratamento de resíduos hospitalares,

inclusive quanto ao uso de embalagens aprovadas para o manuseio e descarte do lixo séptico,

atendendo o disposto na Resolução ANVISA 306/2004;

 A contratada deve planejar suas atividades atendendo ao disposto nos procedimentos e cumprir os

Requisitos e Normas Gerais de Segurança, Meio Ambiente, Saúde e Responsabilidade Social do

Porto do Açu Operações S/A anexos ao Contrato;

 Nas áreas onde haja moradores próximos, a Contratada deve garantir os meios necessários para

que não haja incômodo aos mesmos, conforme estabelece a Resolução CONAMA nº 1 de 10 de

março de 1990;

 A Contratada deve informar aos seus colaboradores para, ao entrar no local de trabalho, se

identificar, sempre, às partes interessadas, especialmente comunidade, dizendo nome, empresa a

qual pertence, empresa a qual presta serviços e esclarecimentos sobre os serviços que prestará;

 A contratada deve exigir de seus colaboradores que mantenham sempre a postura adequada, boa

aparência e cordialidade com qualquer pessoa que se aproxime, independentemente de gênero,

raça, condição social, nacionalidade, orientação sexual ou idade.

 A contratada deve exigir de seus colaboradores a manutenção da limpeza e ordem nos serviços e

no ambiente de trabalho onde desenvolve suas atividades;

 A contratada deve atentar sempre para que suas ações não impactem nas atividades circunvizinhas

ou, em caso de necessidade, informar antecipadamente à empresa contratante e adotar estratégia

de aproximação;

 Caso exista, a Contratada deve divulgar a sua política de sustentabilidade a todos os seus

colaboradores e de suas contratadas;

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 A contratada deve promover a divulgação e o atendimento, por parte de seus colaboradores e dos

de suas contratadas, à política de sustentabilidade do Porto do Açu Operações S/A.

4.2. Responsabilidades

a) Garantir o cumprimento das diretrizes e normas gerais;

b) Realizar, após a assinatura do contrato e antes do início do serviço, uma reunião do Fiscal/Gestor do

Contrato com o preposto e/ou responsável pela segurança da Contratada e o Setor de Meio Ambiente do

Porto do Açu Operações S/A, na qual sejam repassadas todas as exigências legais de Segurança, Meio

Ambiente, Saúde Ocupacional e Responsabilidade Social estabelecidas no Contrato, incluindo a Política e

procedimentos pertinentes;

c) Informar e orientar a Contratada quanto aos riscos ambientais e sociais próprios das atividades

existentes nas áreas onde devem ser realizados os serviços, para que essa elabore ou revise seu

Programa Meio Ambiente e Responsabilidade Social;

d) Comunicar à Contratada as novas exigências estabelecidas em decorrência da constatação de novos

riscos ou da alteração das Normas, Procedimentos, Instruções vigente, relativas ao Meio Ambiente e

Responsabilidade Social;

e) Dirimir dúvida da Contratada relativa ao Meio Ambiente e Responsabilidade Social, cabendo esta

atribuição ao Fiscal/Gestor do Contrato, assessorado pela Gerência Geral de Sustentabilidade, quando

necessário;

f) Ministrar, quando aplicável, treinamentos específicos conforme estabelecido nos Regulamentos, Normas

e Procedimentos do Porto do Açu Operações S/A;

g) Informar à Contratada os requisitos específicos e instruções complementares de Meio Ambiente e

Responsabilidade Social, tais como: gestão de resíduos, áreas classificadas, etc.;

h) Autorizar, ou não, subcontratação de serviço, considerando, entre outros requisitos, a capacidade de

atendimento, pela Subcontratada, das exigências de Meio Ambiente e Responsabilidade Social

estabelecida nesta Norma Geral, cabendo esta atribuição ao Fiscal/Gestor do Contrato, assessorado pela

Gerência Geral de Sustentabilidade, quando necessário;

i) Realizar auditorias no sistema de gestão da Contratada, quando aplicável, por meio da Fiscalização de

Meio Ambiente e Responsabilidade Social da Gerência Geral de Sustentabilidade e inspeções periódicas

em suas instalações, locais de serviço e canteiros de obra, máquinas e ferramentas, EPI etc., com a

finalidade de verificar:

i. -Cumprimento das determinações legais;

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ii. -A observância a normas, regulamentos e procedimentos aplicáveis, bem como às instruções

deste documento;

iii. -Estado de conservação e a adequação do uso de equipamentos de proteção coletiva e

individual;

iv. -As condições gerais de segurança e higiene dos locais de trabalho e outras instalações.

5. RELAÇÃO DE PROCEDIMENTOS

5.1. P.O.GGS.001 – Identificação de aspectos e impactos, perigos e riscos

1. Objetivo
Este procedimento estabelece as condições necessárias e exigíveis para a identificação e avaliação de
aspectos/impactos e dos perigos/riscos de Meio Ambiente e Responsabilidade Social, associados às
atividades, produtos e serviços do Porto do Açu Operações S/A, a fim de determinar aqueles que são
significativos e que a organização deva ter sob controle ou que deva exercer a influência.

2. Aplicação e alcance
Este procedimento aplica-se aos colaboradores e contratados de empresas prestadoras de serviços em
atividades desenvolvidas em todas as frentes de serviços do empreendimento do Porto do Açu Operações
S/A.

3. Referências
 ABNT NBR ISO 14001:2004 – Sistemas da gestão ambiental;
 DZ-041.R-13 - Diretriz para realização de estudo de impacto ambiental – EIA e do respectivo
relatório de impacto ambiental – RIMA;
 Lei nº 9.985, de 18/07/2000;
 Resolução CONAMA nº 001, de 23/01/1986;
 Lei nº 1356, de 03/10/1988.

4. Definições e abreviaturas
Os estudos ambientais devem considerar os conceitos e definições estabelecidas pela legislação aplicável
e normas ambientais. Neste estudo foram adotados os conceitos descritos a seguir:

4.1. Aspecto Ambiental: Elemento das atividades ou produtos ou serviços de uma organização que pode
interagir com o meio ambiente. Um aspecto ambiental significativo é aquele que tem ou pode ter um
impacto ambiental significativo (NBR ISO 14001:2004).
4.2. Impacto Ambiental: Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, que direta
ou indiretamente, afetem: a saúde, a segurança e o bem estar da população; as atividades sociais e
econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; qualidade dos recursos
ambientais (DZ-041.R-13). Qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte no
todo ou em parte, dos aspectos ambientais da organização (NBR ISO 14.001:2004).

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4.3. Meio Ambiente: circunvizinhança do empreendimento, incluindo ar, água, solo, recursos naturais, flora,
fauna, seres humanos e suas inter-relações.
4.4. Modificações significativas: Modificações ou alterações que gerem a necessidade de licenciamento
ambiental conforme legislação atual ou que exijam a comunicação ao órgão licenciador.
4.5. Medidas de Controle (C): Ações relativas à implantação, operação e manutenção de sistemas ou de
procedimentos de controle dos aspectos ambientais significativos, visando prevenir, eliminar ou minimizar a
ocorrência de impactos ambientais significativos adversos.
4.6. Medidas de Mitigação (M): Ações que visam reduzir os impactos ambientais significativos adversos a
níveis considerados aceitáveis, buscando torná-los não significativos.
4.7. Medidas de Acompanhamento e Verificação (A): Medição repetitiva, discreta ou contínua, ou
observação sistemática de qualidade ambiental de um determinado processo ou tarefa.
4.8. Medidas de Potencialização dos Impactos Ambientais Benéficos (P): Ações que visam aperfeiçoar os
impactos ambientais significativos benéficos.
4.9. Medidas de Compensação Ambiental (K): Ações relativas à compensação de impactos ambientais
significativos adversos não mitigáveis no todo ou em parte; a compensação ambiental a ser implementada
deve corresponder à mesma natureza do atributo impactado. As ações de compensação ambiental
possuem caráter compulsório determinado pelo artigo 36 da Lei nº 9.985, de 18/07/2000.
4.10– RGA: Registro Geral Ambiental.

5. Responsabilidades
5.1. Gerente: (i) Aprovar procedimentos, ações e planilhas de avaliação dos aspectos e impactos.
5.2. Coordenador: (i) Avaliar procedimentos e ações de controle (ii) Avaliar modificações nas atividades
propostas e em caso de necessidade de licenciamento ou comunicação ao órgão ambiental.
5.3. Analista Ambiental: (i) Aplicar o procedimento em campo (ii) Comunicar a Gerência e Coordenação
quando da necessidade de implantação de novos ou modificação dos procedimentos.

6. Desenvolvimento do processo
6.1. Instruções/Controles Operacionais
i. O levantamento e a avaliação dos aspectos e impactos ambientais das atividades, serviços e
produtos do Porto do Açu Operações S/A devem ser realizados sempre que ocorrerem solicitações
para implantação de novos projetos ou modificações de projetos em curso, consideradas
significativas pela Gerência de Meio Ambiente, e se guiar pela metodologia de identificação dos
aspectos e impactos ambientais item 6.2 deste Procedimento.
ii. Caso o projeto/alteração não seja considerada significativa não será necessária à revisão da planilha
de aspectos e impactos ambientais (RGA-01) e a comunicação ao órgão licenciador.
iii. A atualização deste levantamento deve ser realizada também de acordo com a listagem de aspectos
e impactos e com a metodologia aqui definida e ocorrer nas seguintes situações:
 Expansões da capacidade produtiva, novos projetos, novos produtos ou serviços, novos
processos;
 Modificações em projetos, serviços, processos, instalações, layout;
 Novos insumos e materiais de consumo, que impliquem em substituição ou alteração
significativa de quantidades;
 Alteração da situação de controle dos aspectos, implicando alteração de sua classificação de
significativo para não significativo ou o inverso;

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 Novos requisitos legais ou oriundos de compromissos assumidos pela empresa;


 Ocorrência de acidente cujos riscos não constavam do levantamento ou haviam sido
considerados de baixa probabilidade;
 Independente dos eventos acima levantados estabelece-se a periodicidade de 18 meses para,
na ausência de qualquer necessidade de mudança, proceder-se a revisão deste levantamento,
para atender os requisitos de melhoria contínua.

6.2. Metodologia para identificação dos aspectos e avaliação dos impactos ambientais
A metodologia para identificação dos aspectos e avaliação dos impactos ambientais foi baseada nos
padrões estabelecidos pela legislação vigente, atendendo aos princípios norteadores da NBR ISO
14001:2004; Resolução CONAMA Nº 001/86; da Lei Estadual Nº 1.356/88 e da DZ-041.R-13 - Diretriz para
Implementação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental
(RIMA), aprovada pela Deliberação CECA Nº 3.586/96. Sua definição foi adaptada às particularidades do
empreendimento, alvo deste estudo.
Com base nas características do empreendimento e no Diagnóstico Ambiental da Área de Influência, os
impactos ambientais foram identificados a partir da construção das inter-relações entre as atividades
previstas para as diferentes fases do empreendimento (planejamento, implantação e operação) e os fatores
de impactos (ou aspectos ambientais na Área de Influência analisada) associados às atividades.
Para a avaliação dos impactos ambientais foi utilizada uma metodologia de classificação estabelecida por
critérios técnicos de valoração e critérios complementares qualitativos.
Esta avaliação subsidiou a identificação e apresentação de propostas de medidas de mitigação, controle,
acompanhamento, potencialização ou de compensação aos impactos previstos.

6.3. Diretrizes e Critérios Técnicos de Valoração dos Impactos Ambientais


A avaliação de impactos ambientais é o procedimento crítico do processo de licenciamento ambiental de
um empreendimento, visto que é a partir da caracterização dos impactos significativos que são definidas as
medidas de controle, de mitigação e de acompanhamento dos impactos reversíveis e as medidas de
compensação ambiental para os irreversíveis, bem como medidas de otimização dos impactos significativos
benéficos a serem implementadas pela empresa.
A metodologia utilizada contemplou critérios específicos de avaliação de impacto ambiental. Estes critérios
de avaliação são baseados na valoração dos impactos ambientais, os quais estão intrinsecamente
associados à magnitude do impacto, e aos quais foram atribuídos valores relativos, objetivando-se
minimizar a subjetividade na sua valoração.
Os critérios aqui utilizados estão caracterizados a seguir, considerando-se que os números mantidos entre
parênteses correspondem aos respectivos valores relativos (“pesos”), atribuídos a cada um dos parâmetros:
i. Reversibilidade:
 Reversível (1): é aquela situação na qual o fator ou parâmetro ambiental afetado retorna a uma dada
situação de equilíbrio (quando este cessar), semelhante àquela que estaria estabelecida caso o
impacto não tivesse ocorrido, ou seja, retorno às suas condições originais.
 Irreversível (3): o fator ou parâmetro ambiental se mantém impactado apesar da adoção de ações de
controle dos aspectos ambientais e/ou de mitigação do próprio impacto, caracterizando, assim
impacto não mitigável na sua totalidade ou em parte. Quando, uma vez ocorrida à ação, o fator ou
parâmetro ambiental afetado não retorna às suas condições originais em um prazo previsível (DZ-
041.R-13).

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ii. Abrangência:
 Pontual (1): a alteração se reflete apenas na ADA (Área Diretamente Afetada) pelo empreendimento.
 Local (3): a alteração se reflete inclusive na AID (Área de Influência Direta) do empreendimento.
Quando a ação afeta apenas o próprio sítio e suas imediações (DZ-041.R-13).
 Regional (5): a alteração se reflete inclusive na AII (Área de Influência Indireta) do empreendimento.
Quando o impacto se faz sentir além das imediações do sítio onde se dá a ação (DZ-041.R-13).
iii. Relevância:
 Irrelevante (0): a alteração não é percebida ou verificável.
 Moderadamente relevante (1): a alteração é verificável e/ou passível de ser medida sem, entretanto,
caracterizar ganhos e/ou perdas na qualidade ambiental da área de abrangência considerada, se
comparados à situação original.
 Relevante (3): a alteração é verificável e/ou passível de ser medida, caracterizando ganhos e/ou
perdas na qualidade ambiental da área de abrangência considerada, se comparados à situação
original.
 Muito relevante (5): a alteração é verificável e/ou passível de ser medida, caracterizando ganhos
e/ou perdas expressiva na qualidade ambiental da área de abrangência considerada, se
comparados à situação original.
iv. Magnitude:
Reflete o grau de alteração da qualidade ambiental do meio que é objeto da avaliação. A magnitude é
caracterizada a partir da consolidação dos valores associados aos critérios de valoração de impactos
ambientais, resultante da multiplicação dos pesos atribuídos a cada um dos parâmetros, conforme
sintetizado no Quadro 1, apresentado na seqüência.
A magnitude deverá ser expressa por meio dos seguintes parâmetros e padrões:
 Desprezível: decorrente obrigatoriamente de impactos classificados como irrelevantes, cujo valor é
igual à zero (0).
 Baixa: produto dos valores atribuídos aos critérios de valoração igual a 1 ou 3.
 Moderada: produto dos valores atribuídos aos critérios de valoração igual a 5, 9 ou 15.
 Alta: produto dos valores atribuídos aos critérios de valoração igual a 25, 27, 45 ou 75.

A metodologia contempla, ainda, critérios complementares que visam subsidiar a identificação das ações a
serem propostas e implementadas em cada caso específico, a saber.
i. Duração:
 Temporária: a alteração tem caráter transitório (duração determinada).
 Permanente: a alteração persiste mesmo quando cessada a atividade que a
desencadeou. Quando, uma vez executada a ação, os efeitos não cessam de se
manifestar num horizonte temporal conhecido (DZ-041.R-13).
ii. Forma de Manifestação:
 Contínua: a alteração ocorre de forma ininterrupta.
 Descontínua: a alteração ocorre uma vez, ou em intervalos de tempo não regulares.
 Cíclica: a alteração ocorre em intervalos de tempo regulares e previsíveis.

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Quadro 1. Demonstrativo das combinações dos valores atribuídos aos critérios de valoração dos impactos ambientais
CRITÉRIOS DE VALORAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
REVERSIBILIDADE ABRANGÊNCIA RELEVÂNCIA TOTAL MAGNITUDE
Qualquer Qualquer Irrelevante (0) 0 Desprezível
Reversível (1) Pontual (1) Moderada (1) 1 Baixa
Reversível (1) Pontual (1) Relevante (3) 3 Baixa
Reversível (1) Local (3) Moderada (1) 3 Baixa
Irreversível (3) Pontual (1) Moderada (1) 3 Baixa
Reversível (1) Regional (5) Moderada (1) 5 Moderada
Reversível (1) Pontual (1) Muito Relevante (5) 5 Moderada
Reversível (1) Local (3) Relevante (3) 9 Moderada
Irreversível (3) Pontual (1) Relevante (3) 9 Moderada
Irreversível (3) Local (3) Moderada (1) 9 Moderada
Reversível (1) Regional (5) Relevante (3) 15 Moderada
Irreversível (3) Regional (5) Moderada (1) 15 Moderada
Reversível (1) Local (3) Muito Relevante (5) 15 Moderada
Irreversível (3) Pontual (1) Muito Relevante (5) 15 Moderada
Reversível (1) Regional (5) Muito Relevante (5) 25 Alta
Irreversível (3) Local (3) Relevante (3) 27 Alta
Irreversível (3) Regional (5) Relevante (3) 45 Alta
Irreversível (3) Local (3) Muito Relevante (5) 45 Alta
Irreversível (3) Regional (5) Muito Relevante (5) 75 Alta

iii. Ocorrência:
 Real: quando o impacto não depende de condições excepcionais para ocorrer e está
associado aos aspectos ambientais correntes do empreendimento.
 Potencial: é a alteração passível de ocorrer, porém não prevista em situações normais de
operação.
iv. Incidência:
 Direta: alteração que decorre de uma atividade do empreendimento.
 Indireta: alteração que decorre de um impacto direto.
v. Prazo para a Ocorrência:
 Curto Prazo: alteração que se manifesta imediatamente após a ocorrência da atividade ou do
processo ou da tarefa que a desencadeou. Impacto Imediato é quando o efeito surge no
instante em que se dá a ação (DZ-41.R-13).
 Médio a Longo Prazo: alteração que demanda um intervalo de tempo para que possa se
manifestar (ser verificada), o qual deve ser definido em função das características particulares
do empreendimento.
vi. Natureza:
 Positiva: alteração de caráter benéfico.
 Negativa: alteração de caráter adverso.

6.4. Inter-relações entre as atividades e seus fatores de impacto


A partir da integração multidisciplinar apoiada por referências científicas e conjugada com a análise do
empreendimento, foram evidenciadas as interações a que podem estar submetidos os objetos de estudo.

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As análises e discussões levaram à construção das inter-relações ambientais entre as atividades e os


fatores de impacto que elas produzem no meio (compartimento ambiental afetado).
Para o empreendimento em foco são identificadas as seguintes atividades por fase de projeto:
Fase de Planejamento
 Movimentação de máquinas e equipamentos para execução das sondagens para execução das
sondagens geotécnicas no terreno e levantamento planialtimétrico.
Fase de Implantação
 Contratação de mão-de-obra.
 Limpeza do terreno (supressão vegetal).
 Terraplenagem/escavações.
 Execução do aterro hidráulico:
o Dragagem de material arenoso (overflow durante a dragagem);
o Lançamento do aterro hidráulico no terreno (a partir de material proveniente de jazidas
marítimas);
o Instalação da tubulação de recalque (marítima e terrestre) para lançamento do aterro
hidráulico no terreno;
o Instalação dos diques de contenção do aterro hidráulico;
o Instalação da tubulação de retorno hidráulico;
o Lançamento da água de retorno hidráulico no mar.
 Construção do aterro mecânico no terreno (a partir de material proveniente de jazidas terrestres
licenciadas).
 Movimentação de máquinas e equipamentos (interno).
 Construção das vias internas de acesso.
 Construção do canteiro de obras.
 Construção das infra-estruturas e sistemas de utilidades:
o canais de drenagem e redes internas de drenagem;
o redes de esgotos;
o redes de incêndio;
o poços de captação para abastecimento de água;
o redes elétricas;
 Construção das edificações.
 Desmobilização de equipamentos e dispensa de pessoal no final da implantação.
 Montagem de equipamentos de carga/descarga no pátio e nos terminais marítimos.
Fase de Operação
 Movimentação de máquinas e equipamentos para carga/descarga.
 Carga e descarga de materiais importados e para exportação – granéis sólidos e líquidos.
 Estocagem de materiais sólidos em pilhas a céu aberto.
 Estocagem de líquidos e produtos químicos.
 Movimentação de navios.
 Fundeio de navios na entrada do porto.

6.5. Periodicidade ou frequência


Frequente. De acordo com as atividades desenvolvidas no empreendimento

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7. RGA 001-Levantamento e avaliação de aspectos e impactos ambientais.

Data: 26.12.2012
Revisão: 02
RGA_001_LEVANTAMENTO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS (LAIA) Página 1 de 1

Empresa: (NOME E LOGOMARCA DA EMPRESA NO CANTO ACIMA À Data Atualização:


ESQUERDA)
Fase do Ciclo de Vida do Empreendimento
[ ] Projeto [ ] Implantação [ ] Operação [ ] Desativação/Descomissionamento

IDENTIFICAÇÃO AVALIAÇÃO COMPLEMENTO

FORMA DE MANIFESTAÇÃO
REVERSIBILIDADE

ABRANGÊNCIA

OCORRÊNCIA
RELEVÂNCIA

MAGNITUDE

INCIDÊNCIA

NATUREZA
DURAÇÃO

PRAZO
MEIO
ASPECTO IMPACTO IMPACTO PRÁTICA
No. ÁREA/SETOR ATIVIDADE/SERVIÇO AMBIENTAL CONTROLE OPERACIONAL
AMBIENTAL AMBIENTAL EXISTENTE
AFETADO

1 0

0
2

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5.2. P.O.GGS.005 – Monitoramento e Medição – Controle e Supervisão do PBA

1. Objetivo
Este procedimento fornece orientação para estabelecer, implementar e manter sistemática de
monitoramento e medição periódica das atividades para cumprimento dos programas ambientais
estabelecidos no PBA afim de minimizar os impactos de natureza ambiental, social e de saúde e segurança
nas atividades do Porto do Açu Operações S/A.

2. Aplicação e Alcance
Este procedimento aplica-se aos colaboradores e contratados de empresas prestadoras de serviços em
atividades desenvolvidas em todas as frentes de serviços do empreendimento do Porto do Açu Operações
S/A.

3 – Referências
Norma NBR ISO 14001 - Item 4.5.3

4 – Definições e Abreviaturas:
4.1- Licença Prévia (LP): é a licença concedida na preliminar de planejamento, uma vez cumpridos os
requisitos básicos a serem atendidos durante a localização, instalação e operação. As leis de uso do solo
municipais, estaduais ou federais devem ser observadas pelo empreendedor;
4.2- Licença de Instalação (LI): É concedida após a aprovação do projeto executivo com todos os requisitos
atendidos por este projeto;
4.3- Licença de Operação (LO): A licença de operação é necessária para o início das atividades do
empreendimento. Será concedida após as verificações do cumprimento dos requisitos condicionantes
previstos na Licença de Instalação por órgão responsável.
4.4- Programas Básicos Ambientais (PBA): Os programas Ambientais visam minimizar os impactos
negativos decorrentes das atividades do empreendimento, estabelecendo-se para tal, medidas ambientais
e sociais de mitigação, prevenção e/ou controle, como também de monitoramentos.
4.5- Não Conformidade: Não atendimento ou cumprimento das metas e diretrizes dos programas
ambientais.
4.6- Ação Imediata: Ação implementada de modo a resolver a não conformidade.
4.7- Ação Corretiva (AC): Ação para eliminar a causa de uma não conformidade identificada ou outra
situação indesejável.
4.8- Evidência de Implementação: Evidência a demonstrar que a ação corretiva foi realizada e tendo sido
resolvida a não conformidade.
4.9– Análise de Efetividade: Evidência a demonstrar que a ação corretiva foi realizada e tendo sido
resolvida a não conformidade.
4.10– RGA: Registro Geral Ambiental

5. Responsabilidades:
5.1 – Gerentes: (i) Aprovar os procedimentos.
5.2 – Coordenadores: (i) Coordenar a execução dos programas e das ações corretivas.
5.3 – Analistas Ambientais: (i) Acompanhar em campo o controla da execução dos programas (ii) Emitir as
notificações (iii) Acompanhar a execução das ações de controle.

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6. Desenvolvimento do Processo:
6.1. Instruções/Controles Operacionais
6.1.1 - Supervisão Ambiental
A supervisão ambiental será realizada mediante contratação dos programas ambientais e de acordo com
sua execução analisando o cronograma de realização das campanhas, os parâmetros analisados e os
resultados através de relatórios de atividades de cada programa especificamente. As ações em campo e o
atendimento aos programas ambientais também serão avaliados pela supervisão ambiental.
Nota: Realizar a inspeção das contratadas, preenchendo todos os campos apresentados no RGA-013-check-list.

6.1.2 - Identificação da Não Conformidade


A princípio, toda ocorrência que prejudique o atendimento aos programas e condicionantes ambientais e
requisitos legais, bem como as normas ambientais da empresa deve ser identificada como uma não
conformidade, e em caso de notificações anteriormente enviadas e não atendidas também serão dadas
como não conformidades.
Nota: Identificar e anotar as não conformidades no RGA-013-check-list.

6.1.3 - Análise da Não Conformidade


O Relatório de Não Conformidade deverá ser encaminhado ao Setor de Meio Ambiente da contratada. O
Responsável analisa a não conformidade, verificando a necessidade de tomar ações corretivo-preventivas.
Nota: Toda não conformidade que possa comprometer o atendimento de legislação, requisitos aos qual a empresa se
submete objetivos e metas ou Política, deve ter ações corretivo-preventivas definidas.

6.1.4 - Elaboração do Plano de Ação


O Responsável de área de Meio Ambiente da Contratada, com base na análise das causas prováveis
estabelece as ações corretivo-preventivas necessárias para eliminar/minimizar ou prevenir as causas
identificadas.
Notas:
(i) Ao receber a não conformidade, o responsável pela contratada estará oficialmente formalizado sobre a notificação.
(ii) A contratada ao receber a notificação tem um prazo de 05 dias úteis para a elaboração do plano de ação;
(iii) No caso de uma não conformidade envolvendo mais de uma área, o Coordenador indica o Responsável/gestor de
contrato que irá coordenar a elaboração do plano de ação, o que não exime a responsabilidade das outras áreas na
tratativa.

6.1.5 - Registro
Os resultados e a conclusão devem ser registrados na planilha de controle ambientais.
Nota: Caso seja necessário alterar a avaliação de aspectos/impactos ambientais, o coordenador do SGA deverá ser
comunicado e providenciar a ação necessária.

6.2. Precauções Ambientais


(i) Analisar criteriosamente a(s) causa(s) da(s) Não Conformidade(s) para elaboração do Plano de Ação.
(ii) É de responsabilidade do Coordenador do SGA analisar a efetividade das ações corretivo-preventivas
adotadas, bem como, a eficácia destas ações.

6.3. Periodicidade ou Frequência


Variável de acordo com a execução de cada programa ambiental.

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RGA-013-CHECK-LIST

LICENÇAS E PROCEDIMENTOS

Foi entregue a gerência de meio ambiente PGRSE apresentando a LO das empresas de transporte e destinação final?

A Planilha de Levantamento de Aspecto Impacto Ambiental (LAIA) foi preenchida e está atualizada?
ATIVIDADES (DRAGAGEM, ATERRO HIDRÁULICO, TRANSPORTE DE PEDRAS, SUPRESSÃO, OBRAS CIVIS, CONCRETAGEM,
ETC.)
Está sendo realizada limpeza das áreas onde houve derramamento acidental de concreto?

A central de Concreto possui ART?

A Central de Concreto possui sistema de drenagem segregada para coleta do efluente gerado no processo de concretagem?

Está sendo realizada umectação do local de concretagem e vias de acesso?

A limpeza de caminhão betoneira está sendo realizada em bacia de decantação?


Estão sendo adotadas medidas de controle para evitar a emissão de material particulado no processo de fabricação de concreto
(correias enclausuradas)?
Todos os produtos químicos utilizados nas atividades possuem FISPQ?

A FISPQ se encontra em local de fácil acesso e visualização?


Os produtos perigosos (químicos, óleo, combustível) estão sendo armazenados em local coberto dotados de contenção para
vazamentos?
Há ausência de máquinas/equipamentos com vazamentos de óleo e/ou combustível?

O solo esta sem contaminação por óleos e outros produtos perigosos?

O gerador está dotado de bacia de contenção contra vazamentos?

O material de empréstimo vem de jazida licenciada?

Caso haja pontos de erosão, estes estão sendo recuperados?

Está sendo eliminada ambiente propício a proliferação de vetores?

CANTEIRO DE OBRAS

O canteiro está cercado e identificado?

Caso haja pontos de erosão, estes estão sendo recuperados?

A oficina mecânica é coberta?

O piso da oficina é impermeabilizado com drenagem segregada para o efluente oleoso?

Os reservatórios de combustíveis estão armazenados em recipientes resistentes com a finalidade de evitar vazamentos?

Existe separador água/óleo para tratamento do efluente?

Há ausência de vazamento de óleo nas máquinas /equipamentos?

O canteiro de obras esta organizado, sem resíduos espalhados?

O gerador está dotado de bacia de contenção contra vazamentos?

O solo esta sem contaminação por óleos e outros produtos perigosos?

Existe kit de emergência para pequenos vazamentos e/ou derramamentos de óleo?


Os produtos perigosos (químicos, óleo, combustível) estão sendo armazenados em local adequado dotados de contenção para
vazamentos?

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TRANSPORTE E VIAS DE ACESSO

Motoristas de carga perigosa possuem a carteira MOPP?


Estão sendo adotadas medidas de controle para evitar a emissão de material particulado e queda de material nas vias (caminhão
lonado)?
O caminhão comboio possui proteção lateral para impedir entrada de chuva?

O caminhão comboio possui kit de emergência para pequenos vazamentos e/ou derramamentos de óleo?

Os veículos a diesel possuem laudo de emissão de fumaça negra?

RESÍDUOS SÓLIDOS e LIQUÍDOS


Os resíduos estão sendo acondicionados em coletores de plástico/Metal e tampados, para minimizar o risco de contaminação do
ambiente e proliferação de vetores?
Os resíduos estão sendo destinados para receptores licenciados?

Caso haja geração de resíduos infectantes, estes estão sendo acondicionados, transportados e destinados corretamente?

Efluentes de lavatórios, pias e banheiros estão sendo encaminhados para a estação de tratamento ou sistemas fossa-filtro?

Os resíduos de banheiros químicos e/ou sistemas fossa-filtro estão sendo coletados e destinados por empresas licenciadas?

Caso exista sistema fossa-filtro, o efluente está sendo monitorado e dentro dos padrões?

Estão emitindo MTR para a destinação final dos resíduos?

A 4ª via do MTR estão sendo entregues corretamente a gerência de Meio Ambiente?

TREINAMENTO AMBIENTAL

Estão sendo realizados DSS com temas de Meio Ambiente?


Cópia da lista de presença de participação dos colaborados no DDS (Meio Ambiente) estão sendo entregue a gerência de Meio
Ambiente?
FOTOPOLUIÇÃO

Os refletores estão direcionados de costas para o mar (oeste)?

Os refletores estão direcionados para baixo evitando produção de horizonte luminoso?

5.3. P.O.GGS.002 – Não conformidade, ação corretiva e ação preventiva

1. Objetivo
O objetivo desse procedimento é estabelecer um padrão para notificar, tratar e investigar as ocorrências
relacionadas ao SGA, bem como para adotar medidas para controlar quaisquer impactos e para iniciar e
concluir ações corretivas e preventivas necessárias.

2. Aplicação e alcance
Este procedimento aplica-se a todas as atividades desenvolvidas no Porto do Açu Operações S/A em todo
o seu ciclo de vida e deverá ser de conhecimento de todos os colaboradores e contratados de empresas
prestadoras de serviços em atividades desenvolvidas em todas as frentes de serviços do empreendimento.

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3. Referências
 ABNT NBR ISO 14001:2004 – Sistemas da gestão ambiental.

4. Definições e abreviaturas

4.1. Ação Corretiva (AC): Ação para eliminar a causa de uma não conformidade identificada ou outra

situação indesejável;

4.2. Análise da Extensão: Analisar se a mesma não conformidade ocorre em outras situações idênticas às

da verificação;

4.3. Análise de Efetividade: Evidência a demonstrar que a ação corretiva foi realizada e tendo sido resolvida

a não conformidade;

4.4. Ação Imediata: Ação implementada de modo a resolver a não conformidade;

4.5. Ação Preventiva (AP): Ação para eliminar a causa de uma potencial não conformidade ou situação

potencialmente indesejável, a fim de prevenir uma não conformidade real;

4.6. Evidência de Implementação: Evidência a demonstrar que a ação corretiva foi realizada;

4.7. Interdição: Ocorrências que colocam o empreendimento em condições de ações passíveis de sanções

penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

4.8. Não Conformidade: Não atendimento a um requisito especificado pelo SGA, requisito legal ou normas

ambientais da empresa podendo ser:

 Real: se existir evidências objetivas de sua ocorrência na empresa.

 Potencial: se representar a possibilidade de uma não conformidade, definida através da observação

de tendências ou de outros processos semelhantes que apresentaram falhas anteriormente.

4.9. Não Conformidade Sistêmica: São não conformidades que aparecem em diversos setores da empresa;

4.10. Notificação: Medida cautelar para comunicar e dar conhecimento de não conformidade, que podem

causar danos ou impactos ambientais;

4.11. Ocorrências: Situações fora da normalidade que podem ser classificadas conforme sua gravidade

como: Notificação, Não Conformidade e Interdição;

5. Desenvolvimento do Processo
5.1. Responsabilidades
1. Gerente: Aprovação dos procedimentos.
2. Coordenador: Coordenação dos procedimentos; análise e aprovação do plano de ação; verificação
da eficácia das ações.
3. Analista Ambiental: Identificação e análise das não conformidades, elaboração plano de ação,
execução e verificação da eficácia das ações corretivas e preventivas e registros.

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5.2. Periodicidade ou frequência


A aplicação desse procedimento é frequente conforme identificação das ocorrências, através de visitas de
rotina nas áreas.

5.3. Instruções / Controles Operacionais


A aplicação desse procedimento é frequente conforme identificação das ocorrências, através de visitas de
rotina nas áreas.

5.3.1. Notificação:

Toda ocorrência (real ou potencial) que prejudique a rotina estabelecida deve ser notificada. O registro de

notificação devera ser efetuado no RGA 015-Registro de Ocorrência, preenchendo todos os campos

aplicáveis e encaminhando ao Responsável da Área ou a Gerência de Meio Ambiente.

Nota: Caso ocorra novamente a mesma ocorrência, esta será identificada como uma Não Conformidade no RGA 015

acompanhado do RGA 002-Relatório de Investigação.

5.3.2. Não Conformidade:

A princípio, toda ocorrência real que prejudique a rotina estabelecida deve ser identificada como uma não

conformidade.

Exemplos: resultado fora do especificado no gerenciamento de resíduos, resultado de monitoramento

ambiental fora do padrão aplicável, incidentes e acidentes, o não cumprimento de um procedimento

operacional, falha em um equipamento de controle, etc.

Nota: Quando o colaborador que identificou a não conformidade não pertencer à área onde foi detectada, deve

providenciar o registro da ocorrência e entregá-lo ao responsável da área em questão, que, a partir deste momento, tem

responsabilidade pelas tarefas seguintes.

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RGA 002-Relatório de Investigação

PÁG. 1/2
NÃO CONFORMIDADE Número da Ocorrência: Data:
( ) Real ( ) Potencial

Unidade:____________________________________Empresa:___________________________________________

Identificado por:_____________________________ Área da Não Conformidade:___________________________.

Descrição da Não Conformidade:

É aplicável em outras áreas? ( ) Sim ( ) Não.


Caso sim, Qual (is)?

Necessita ação corretiva? ( ) Sim ( ) Não.


Origem da Não Conformidade:

( )Auditoria ( )Reclamação de órgãos ambientais ( )Rotina ( )Reclamação da Comunidade


( )Inspeção Mensal ( )Outros.

Danos/Impactos (Reais ou Potenciais):

Ação Imediata/Bloqueio (Caso Afirmativo, descreva-a):

Responsável Prazo para execução Data execução

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RGA 002-Relatório de Investigação

Tratamento da não conformidade – diagrama de causa x efeito

CAUSAS
1 2 3 4

Problema/Não Conformidade

5 6 7 8

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PLANO DE AÇÃO – 5W 1H

AÇÃO (O QUE FAZER) RESPONSÁVEL (QUEM) DATA LIMITE (QUANDO) OBSERVAÇÃO (COMO/POR QUE/ONDE?)

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AVALIAÇÃO FINAL E ENCERRAMENTO DATA:

( ) As ações corretivas propostas e implementadas mostraram-se efetivas e eficazes frente à ( ) As ações corretivas propostas e implementadas NÃO se mostraram efetivas e
Não Conformidade. eficazes frente à Não Conformidade.

CONCLUSÃO/ OBSERVAÇÃO:

APROVADO POR:

Analista Ambiental Coordenador Gerente da Unidade

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RGA 015-Relatório de Ocorrência

Tipo: ( ) NÃO CONFORMIDADE REAL ( ) NÃO CONFORMIDADE POTENCIAL Número: XXX Data: XX/XX/XXXX

( ) INTERDIÇÃO

Unidade: Porto do Açu Empresa: Nome Empresa

Identificado por: Responsável Área: Local Ocorrência

Categoria:
Descrição:

Registro fotográfico:

Origem da Identificação da Ocorrência:

( )Auditoria ( )Reclamação de órgãos ambientais ( )Rotina ( )DRT ( )Reclamação da comunidade


( )Inspeção Mensal ( )Outros

A Ocorrência é aplicável em outras áreas? ( ) Sim ( ) Não.


Caso sim, Qual (is)?

Necessita ação corretiva? ( ) Sim ( ) Não


Danos/Impactos (Reais ou Potenciais):

Ação Imediata/Bloqueio:

Prazo para atendimento:

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Responsável pela identificação da Ocorrência Responsável pela área de Ocorrência

Conclusão/Liberação

Evidências

Observações

Responsável pela conclusão/liberação Ocorrência Responsável pela Ocorrência

Pág.
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5.3.3. Registro da Não Conformidade:

Quando identificada uma não conformidade, faz-se à o registro da mesma no RGA 015-Registro de

Ocorrência, preenchendo todos os campos aplicáveis e encaminhando ao Responsável da Área ou a

Gerência de Meio Ambiente.

5.3.4. Verificação da Necessidade de Ação Emergencial:

O colaborador que identificar a ocorrência tipo Não Conformidade deverá analisar e verificar a necessidade

de tomar ações imediatas ou emergenciais, consultando o responsável da área ou o gestor do contrato

quando as ações não estiverem previstas em seus procedimentos operacionais.

Nota: Caso seja necessária a execução de alguma ação emergencial, preencher o Registro de Não Conformidade

conforme item 5.3.6.

O registro da Não Conformidade deverá ser acompanhado do RGA-015-Relatório de Ocorrência,

preenchendo todos os campos aplicáveis e encaminhando ao Responsável da Área ou a área Gerência de

Meio Ambiente.

5.3.5. Execução da Ação Emergencial:

O colaborador que identificar a não conformidade deverá realizar as ações emergenciais. Se forem

insuficientes, deverá consultar o responsável da Área para outras ações aplicáveis. O registro da ocorrência

deverá ser acompanhado do RGA 002-Relatório de Investigação, preenchendo todos os campos aplicáveis

e encaminhando ao Responsável da Área.

5.3.6. Registro de Não Conformidade:

O registro da não conformidade deverá ser acompanhado pelo RGA-002-Relatório de Investigação,

preenchendo todos os campos aplicáveis e encaminhando ao Responsável da Área ou a Gerência de Meio

Ambiente.

5.3.7. Análise da Não Conformidade:

O Registro da Ocorrência deverá ser encaminhado ao responsável da respectiva área. O responsável da

área analisa a não conformidade, verificando a necessidade de tomar ações corretivo-preventivas.

Notas:

1. Toda não conformidade que possa comprometer o atendimento de legislação, requisitos aos quais a Porto do

Açu Operações S/A se submete objetivos e metas ou Política, deve ter ações corretivo-preventivas definidas.

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2. As não conformidades potenciais podem ser detectadas e avaliadas através do levantamento de aspectos e

impactos ambientais relacionados a novas instalações, produtos e/ou serviços, insumos ou através da seleção

de novos fornecedores.

3. O responsável da área deve analisar com o coordenador do SGA ou o Analista de Meio Ambiente o conjunto de

não conformidades que não foram objeto de ações corretivas, a fim de avaliar a existência de problemas

crônicos e a necessidade de uma ação corretivo-preventiva global. As não conformidades similares ou com

causa comum podem ser analisadas conjuntamente.

4. Caso não seja necessária uma ação corretiva ou preventiva, encaminhar o processo para o arquivamento

conforme item 5.3.12.

5.3.8. Elaboração do Plano de Ação:

O Responsável de área, com base na análise das causas prováveis (investigação da causa primária),

estabelece as ações corretivo-preventivas necessárias para eliminar/minimizar ou prevenir as causas

identificadas. As ações corretivo-preventivas são desdobradas com base no método estabelecido no RGA

002-Relatório de Investigação.

Nota:

1. O Responsável de área tem autoridade para aprovar o Plano de Ação. Caso seja necessário aporte de recursos

financeiros, a aprovação é a cargo do Coordenador.

2. Mensalmente o Responsável da área deve analisar com o coordenador do SGA e o Assistente de Gestão o

conjunto dos Planos de Ações, a fim de avaliar a existência de problemas crônicos e a necessidade de um

Plano de Ação global.

3. No caso de uma não conformidade envolvendo mais de uma área, o coordenador do SGA indica o

Responsável/gestor de contrato que irá coordenar a elaboração do plano de ação, o que não exime a

responsabilidade das outras áreas na tratativa.

5.3.9. Implementação e verificação da eficácia:

As ações deverão ser executadas conforme previstas no Plano de Ação e a verificação da eficácia das

ações corretivas e preventivas implementadas devem efetivamente fornecer informações que permitam a

conclusão do processo de tratamento da Não Conformidade identificada.

Notas:

1. Quando a ação proposta for alterar padrão existente, deve ser registrado como motivo de revisão “Alteração por

ação corretiva”.

2. Caso a ação executada não tenha sido satisfatória, a não conformidade deverá ser analisada novamente

conforme item 5.3.6.

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5.3.10. Análise da Extensão e Ação Preventiva:

O responsável da área, ao encerrar um Plano de Ação onde o resultado seja satisfatório, deve fazer a AE -

Análise de Extensão - verificando se a não conformidade ocorre em outras situações idênticas às da

verificação e aplicar a AP - Ação Preventiva - para eliminar a causa de uma potencial não conformidade ou

situação potencialmente indesejável, a fim de prevenir uma não conformidade real. Se não houver casos

onde se caracterizem os conceitos, encerra-se o processo.

Nota: Se for evidenciada a aplicação do conceito de extensão ou preventiva deve-se abrir um novo Plano de Ação.

5.3.11. Registro do Processo:

Os resultados e a conclusão devem ser registrados nos campos apropriados no RGA 002 e RGA 015.

Nota: Caso seja necessário alterar a avaliação de aspectos/impactos ambientais, o coordenador do SGA deverá ser

comunicado e providenciar a ação necessária.

5.3.12. Arquivamento dos Registros:

O arquivamento do processo (Relatório e Plano de Ação) deverá seguir os procedimentos internos de

controle de registros do SGA.

Nota: Todo registro e relatório de Notificação aberto deverão ser inseridos na planilha controle, sendo que esta planilha

deverá ser preenchida em todos os campos.

5.3.13. Precauções Ambientais:

i. Analisar criteriosamente a(s) causa(s) da(s) Não Conformidade(s) para elaboração do Plano de

Ação;

ii. É de responsabilidade do Coordenador do SGA analisar a efetividade das ações corretivo-

preventivas adotadas, bem como, a eficácia destas ações.

5.4. P.O.GGS.034 – Programa de Gerenciamento de Resíduos e Efluentes

1. Objetivo
Este Procedimento tem por objetivo estabelecer um planejamento que contemple o gerenciamento e
manejo dos efluentes e resíduos sólidos gerados durante as atividades do Porto do Açu Operações S/A e
suas contratadas, estabelecendo-se formas adequadas de tratamento/acondicionamento, transporte e
destinação final.

2. Aplicação e alcance
Aplica-se a todas as áreas da empresa e suas contratadas prestadoras de serviços em atividades
desenvolvidas em todas as frentes de serviços do empreendimento do Porto do Açu Operações S/A.

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3. Referências
RESOLUÇÃO CONAMA n° 307, de 5 de julho de 2002 – Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos
para a gestão dos resíduos da construção civil.
RESOLUÇÃO CONAMA nº 348, de 16 de agosto de 2004 – Altera a Resolução CONAMA n° 307 de 5 de
julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos.
RESOLUÇÃO CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001 – Estabelece o código de cores para os diferentes
tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas
informativas para coleta seletiva.
RESOLUÇÃO CONAMA nº 362, de 23 de junho de 2005 – Dispõe sobre o recolhimento, coleta e
destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado.
RESOLUÇÃO n° 357, de 17 de março de 2005 – Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de
lançamento de efluentes, e dá outras providências.
RESOLUÇÃO CONAMA nº 397, de 3 de abril de 2008 – dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de
lançamento de efluentes.
Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 – Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no
9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.
Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 – Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
DZ-1311.R4 – Estabelece diretrizes para o licenciamento da destinação de resíduos sólidos, semi-sólidos e
líquidos, não passíveis de tratamento convencional, provenientes de quaisquer fontes poluidoras, como
parte integrante do Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras – SLAP.
DZ-1310.R7 – Estabelece a metodologia do SISTEMA DE MANIFESTO DE RESÍDUOS, de forma a
subsidiar o controle dos resíduos gerados desde sua origem até a destinação final, evitando seu
encaminhamento para locais não licenciados, como parte integrante do Sistema de Licenciamento de
Atividades Poluidoras – SLAP.
DZ-215.R4 – Diretriz de Controle de Carga Orgânica Biodegradável em Efluentes Líquidos de Origem
Sanitária.
DZ-942.R7 – Diretriz do Programa de Autocontrole de Efluentes Líquidos – PROCON Água.
NT-202-R10 – Estabelece Critérios e Padrões de Efluentes Líquidos.
NBR 12.235/1992 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos.
NBR 13.463/1995 – Coleta de resíduos sólidos.
NBR 10.004/2004 – Classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à
saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente.
NBR 15.112/2004 – Diretrizes para projeto, implantação e operação de Resíduos da construção civil e
resíduos volumosos – Áreas de transbordo e triagem.
NBR 15.113/2004 – Diretrizes para projeto, implantação e operação dos Resíduos sólidos da construção
civil e resíduos inertes – Aterros.
NBR 15.114/2004 – Diretrizes para projeto, implantação e operação para Resíduos sólidos da construção
civil – Áreas de reciclagem.

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NBR 15.115/2004 – Procedimentos para execução de camadas de pavimentação p/ agregados reciclados


de resíduos sólidos da construção civil.
NBR 15.116/2004 – Requisitos para utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função
estrutura p/ agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil.
NBR 11.174/1990 – Armazenamento de resíduos: classe II - não inertes e III - inertes
NBR 16.725/2011 – Ficha com dados de segurança de resíduos químicos (FDSR) e rotulagem.

4. Definições e abreviaturas
De acordo com a Resolução n° 307/2002 do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, são
consideradas no presente programa a seguinte classificação para os resíduos sólidos de construção civil
(RSCC):

Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:


a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura,
inclusive solos provenientes de terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos,
telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios
etc.) produzidas nos canteiros de obras.

Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais,
vidros, madeiras e outros;

Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do
gesso;

Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes,
óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas
radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham
amianto ou outros produtos nocivos à saúde (nova redação data pela Resolução nº 348/04).

A classificação dos resíduos, de forma mais geral (não necessariamente resíduos da construção civil) foi
estabelecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas na norma ABNT NBR 10.004:2004.

Nesta Norma, os resíduos sólidos são classificados quanto à sua periculosidade, considerando seus riscos
potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, da seguinte forma:

Classe I – Resíduos Perigosos


Classe II-A – Resíduos Não-Inertes
Classe II-B – Resíduos Inertes

O padrão de cores definido na Resolução CONAMA n° 275/2001, para identificação de coletores e


transportadores é apresentado no quadro a seguir:

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COR MATERIAL

Azul Papel/papelão

Vermelho Plástico

Verde Vidro

Amarelo Metal

Preto Madeira

Laranja Resíduos perigosos

Branco Resíduos ambulatoriais e de serviço de saúde

Roxo Resíduos radioativos

Marrom Orgânico

Resíduos gerais não recicláveis ou misturados, ou contaminado não passível de


Cinza
separação

5. Desenvolvimento do Processo

5.1. Responsável
i - Gerente
Responsável pela aprovação dos procedimentos.
ii – Coordenador
Avaliar o desenvolvimento das ações de controle e as modificações nas atividades propostas e em caso de
necessidade de licenciamento ou comunicação ao órgão ambiental.
iii – Analista Ambiental
Pessoa envolvida na aplicação do procedimento em campo. Comunicar a Gerência e Coordenação quando
da necessidade de implantação de novas ou modificação dos procedimentos e ações de controle.

5.2. Periodicidade ou frequência


Frequente. De acordo com as atividades desenvolvidas no empreendimento.

5.3. Instruções/controles operacionais


Assim como em qualquer plano de manejo de resíduos sólidos é de fundamental importância que se
busque ações proativas, sempre com o objetivo de minimizar a geração e reaproveitar ao máximo os
resíduos. Porém, mesmo com essas ações, gera-se uma quantidade de resíduos que é inaproveitável no
canteiro de obras, e deve ser enviado para tratamento, reciclagem e destino final. Logo, o presente tópico
tem como objetivo abordar as ações que serão tomadas no intuito de se efetuar o máximo de segregação
possível dos resíduos, de forma a reduzir ao máximo o volume de resíduos a ser efetivamente enviado para
destino final, maximizando as ações de reciclagem e reaproveitamento e, por conseqüência, reduzindo o
ônus sobre o meio ambiente.

Logo, o presente programa irá incorporar as seguintes ações:


 Caracterizar os resíduos e efluentes a serem gerados;

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 Avaliar os tipos de resíduos com potencial de reaproveitamento interno e envio para destino final
externo;
 Definir formas de movimentação interna e acondicionamento transitório dos resíduos, segundo
tipologia;
 Definir formas de destinação final dos resíduos, segundo tipologia;
 Definir formas de transporte dos resíduos, segundo tipologia;
 Estabelecer ações de controle.

5.3.1 - Caracterização dos resíduos e efluentes a serem gerados


Estima-se que as obras de implantação do presente empreendimento gerem os seguintes tipos de resíduos
e efluentes:
 Material de escavação;
 Restos de produtos cerâmicos (manilhas de barro, telhas, revestimentos cerâmicos, tijolos de barro);
 Restos de produtos de cimento (manilhas de concreto, blocos de concreto);
 Restos de argamassas (endurecidas);
 Sucatas metálicas e não metálicas (armaduras, fios e cabos, alumínio, etc.);
 Sucatas de madeira (formas, escoras, embalagens, palhetes, etc.);
 Papel/papelão;
 Plásticos diversos;
 Vidros diversos;
 Gesso e derivados de gesso;
 Matéria orgânica (sobras de alimentos, resíduos de banheiros, etc);
 Resíduos verdes (material de supressão de vegetação);
 Lodo da Estação de Tratamento de Esgotos;
 Resíduos com características perigosas (sobras de combustíveis, óleos lubrificantes, solventes,
catalisadores, retardadores, graxas, tinta, panos e trapos contaminados, serragem contaminada,
brita contaminada, solo contaminado, embalagens contaminadas; cartuchos de tinta);
 Pneumáticos;
 Restos de CBUQ;
 Restos de mantas asfálticas;
 Lama bentonítica;
 Pilhas e baterias;
 Lâmpadas fluorescentes de vapor de mercúrio e sódio;
 Lâmpadas incandescentes;
 Cartuchos de tinta;
 Borra oleosa de sistema separador de água e óleo;
 Resíduos de serviço de saúde.

5.3.2 - Avaliação dos tipos de resíduos com potencial de reaproveitamento interno e destino final externo
Durante as obras de implantação do empreendimento, será necessária a utilização de materiais para fins de
preenchimento de vazios, elevação de greide e aterros diversos, podendo ser aproveitados os seguintes
materiais:
 Material de escavação;

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 Restos de produtos cerâmicos (manilhas de barro, telhas, revestimentos cerâmicos, tijolos de barro);
 Restos de produtos de cimento (manilhas de concreto, blocos de concreto);
 Restos de argamassas (endurecidas).
Estes resíduos possuem grande potencial de reaproveitamento interno, porém o seu uso depende de uma
série de condicionantes técnicas a serem avaliadas durante as obras, em especial quanto à demanda.
Todos os resíduos aos quais não há demanda interna para reaproveitamento, bem como os demais
resíduos, serão obrigatoriamente destinados externamente, seja para reciclagem/reaproveitamento, seja
para tratamento e/ou destino final, conforme apresentado no tópico seguinte.

5.3.3 - Formas de movimentação interna, cuidados operacionais e acondicionamento transitório dos


resíduos, segundo tipologia
Todos os resíduos gerados nas atividades de implantação do pátio logístico deverão ser armazenados de
forma transitória, até o seu destino final. Para isso, deverá ser empregada tecnologia apropriada em função
da tipologia do resíduo, de forma que permita o seu armazenamento de forma segura, estanque e pelo
período necessário para a sua remoção. Desta forma, o quadro seguinte apresenta a forma de
acondicionamento transitório dos resíduos segundo a sua tipologia.

Quadro 1 - Acondicionamento transitório dos resíduos segundo a sua tipologia


Classe
Item Material (CONAMA Acondicionamento transitório
307/2002)
1 Solo de Escavação A Pilhas a céu aberto
2 Restos de produtos cerâmicos A Pilhas a céu aberto ou caçambas metálicas de 5m³
Restos de produto de cimento e
3 A Pilhas a céu aberto ou caçambas metálicas de 5m³
concreto
4 Restos de argamassas endurecidas A Pilhas a céu aberto ou caçambas metálicas de 5m³
5 Sucatas metálicas e não metálicas B Contêiner metálico de 30m³
Contêiner metálico de 30m³ ou Caçamba metálica
6 Sucatas de madeira B
de 5m³
Contêineres plásticos com capacidades variadas
7 Papel/Papelão B (240 litros a 1200 litros) e prensagem para
produção de fardos
Contêineres plásticos com capacidades variadas
8 Plásticos diversos B (240 litros a 1200 litros) e prensagem para
produção de fardos
Contêineres plásticos com capacidades variadas
9 Vidros diversos B
(240 litros a 1200 litros)
10 Gesso e derivados de gesso C Pilhas a céu aberto
Contêineres plásticos com capacidades variadas
11 Matéria orgânica ---
(240 litros a 1200 litros)
12 Resíduos verdes --- Pilhas a céu aberto
Lodo da estação de tratamento de
13 --- Acondicionamento da própria ETE
esgotos
14 Sobras de combustíveis D Bombonas plásticas ou na própria embalagem
15 Óleos lubrificantes usados D Bombonas plásticas ou na própria embalagem
16 Solventes D Bombonas plásticas ou na própria embalagem

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Classe
Item Material (CONAMA Acondicionamento transitório
307/2002)
17 Catalisadores D Bombonas plásticas ou na própria embalagem
18 Retardadores de pega D Bombonas plásticas ou na própria embalagem
Sobras de graxa e suas respectivas Big bags ou tambores metálicos cintados de 200
19 D
embalagens contaminadas litros
Sobras de tinta e suas respectivas Big bags ou tambores metálicos cintados de 200
20 D
embalagens contaminadas litros
Big bags ou tambores metálicos cintados de 200
21 Panos e trapos contaminados com óleo D
litros
Big bags ou tambores metálicos cintados de 200
22 Serragem contaminada com óleo D
litros
Big bags ou tambores metálicos cintados de 200
23 Brita e solo contaminado com óleo D
litros
Pilhas à céu aberto cobertas com lona ou pilhas em
24 Pneumáticos ---
galpão fechado
25 Restos de CBUQ D Caçambas metálicas de 5m³
26 Sobras de mantas asfálticas D Caçambas metálicas de 5m³
27 Lama bentonítica D Tambores metálicos cintados de 200 litros
28 Pilhas e baterias D Caixas de papelão ou de madeira
Caixas de madeira ou em suas próprias caixas de
Lâmpadas fluorescentes de vapor de
29 D embalagem original ou em recipientes herméticos
mercúrio e sódio
quando quebradas
30 Lâmpadas incandescentes C Caixas de madeira
31 Cartuchos de tinta - Caixas de papelão, madeira ou plástica
Borra oleosa de sistema separador de Bombonas plásticas ou tambores metálicos
32 D
água a óleo cintados de 200 litros
Contêineres plásticos, de cor branca, com o
33 Resíduos de serviços de saúde D símbolo de INFECTANTE, munido de saco plástico
branco leitoso com o símbolo de INFECTANTE

A movimentação interna dos resíduos é um importante componente deste programa, uma vez que é nesta
etapa que os resíduos são direcionados para o acondicionamento transitório, de onde serão transportados
para destino final. Com exceção dos resíduos que demandem estocagem em pilhas, os resíduos de saúde
e os resíduos orgânicos, todos os demais resíduos serão encaminhados para um Depósito Intermediário de
Resíduos Sólidos – DIR, local aonde serão armazenados, manejados (se necessário), controlados e
expedidos para destino final. Além disso, no DIR é feito todo o controle de entrada, controle de estocagem
e o controle de saída, com expedição dos Manifestos de Transporte de Resíduos – MTR. Desta forma, os
resíduos sólidos de construção civil serão manuseados de forma adequada e movimentados conforme a
seguir descrito:

Solo de escavação: estes resíduos serão movimentados das frentes de serviço com o uso de pás
carregadeiras de pneus, escavadeiras hidráulicas, caminhões basculante e, eventualmente, tratores de
esteira, onde estes resíduos deverão ser encaminhados para áreas pulmão de armazenamento.

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Restos de produtos cerâmicos, produtos de cimento, concreto e argamassas: estes resíduos serão
movimentados das frentes de serviço com o uso de pás carregadeiras, caminhões basculantes e, inclusive,
carrinhos de mão.
Os seguintes cuidados operacionais devem ser observados com resíduos de concreto:
 Embalagens de aditivos (resíduos classe I) deverão ser devidamente acondicionadas e
encaminhadas para disposição em aterros controlados. O mesmo deve ser feito para resíduos
oriundos do transporte de material para a concretagem.
 Após a lavagem de betoneiras, os resíduos retidos nas caixas coletoras deverão ser devidamente
transportados e dispostos no aterro sanitário.
 Antes do lançamento de qualquer concreto, o material resultante da limpeza (material solto e
deteriorado, lama, silte, vegetação, saibro, areia, fragmentos de rocha, restos de nata proveniente
do concreto de enchimento ou outro material) deverá ser acondicionado e encaminhado para
destinação final adequada.
 No final da concretagem, checar a existência de resíduos de concreto, devendo os mesmos ser
recolhidos e encaminhados para o canteiro visando à disposição final adequada.
Sucatas metálicas e sucatas de madeira: estes resíduos serão acumulados, em pilhas, em áreas
específicas das frentes de serviço, de onde serão posteriormente removidos com o auxílio de pás
carregadeiras ou caminhões basculantes, direcionando-os para as suas respectivas caçambas/contêineres,
locados próximos do DIR;
Papel/papelão, plástico, vidro: estes resíduos recicláveis serão inicialmente acondicionados em contêineres
plásticos que serão locados nas frentes de serviço, sendo os contêineres, quando cheios, recolhidos por
um veículo leve tipo pick up, encaminhando estes materiais para as baias de recicláveis do DIR.
Gesso e derivados: estes materiais serão acumulados em pilhas ainda nas frentes de serviço, de onde
serão removidos com o auxílio de carrinhos de mão ou microcarregadeiras para uma caçamba locada
próxima do DIR.
Matéria orgânica: estes resíduos, compostos basicamente por restos de alimentos e demais resíduos
sanitários, serão encaminhados, logo após a sua geração, diretamente aos contêineres plásticos de
acumulação transitória locada próxima do DIR, não permitindo estocagem por tempo superior a 24 horas.
Um veículo leve fará a coleta dos resíduos nos diversos pontos de geração do canteiro de obras.
Resíduos verdes: todos os resíduos derivados de supressão de vegetação, podas e galhadas, deverão ser
armazenados em pilhas secundárias nas frentes de serviço, de onde serão progressivamente removidos
para pilhas principais localizados próximos ao DIR.
Sobras de combustíveis, óleos lubrificantes usados, solventes, catalisadores, retardadores de pega e graxa:
estes resíduos, pelas suas características, serão imediatamente encaminhados para os recipientes de
acumulação transitória no DIR.
A fração líquida deverá ser acumulada em bombonas plásticas, que serão esvaziadas em tambores
metálicos ao final de cada jornada de trabalho, ou quando cheias. Todos os tambores devem ser
hermeticamente fechados antes de serem transportados ao destino final. A fração sólida deverá ser
acumulada em big bags nas próprias frentes de serviço, de onde serão movimentados com o auxílio de pás
carregadeira, veículos leves ou caminhões carroceria fixos para ao DIR. No DIR os tambores deverão ser
armazenados em bacia de contenção com cobertura superior, minimizando ao máximo o volume de chuva
dentro da bacia e, dessa forma, minimizando o volume de efluentes oleosos. O sistema de drenagem dessa
bacia de contenção encaminha os efluentes para a caixa separadora água/ óleo e não tem ligação com o
sistema de drenagem pluvial.

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Sobras de tinta: estes resíduos serão acumulados diretamente em suas embalagens, que serão
armazenadas no DIR, sendo movimentados com o auxílio de carrinhos de mão e veículos leves.
Panos e trapos, brita e solo contaminado com óleo: no caso de haver contaminação de materiais
granulares, tambores metálicos deverão ser locados nas frentes de serviço, aonde será feito o
acondicionamento do material contaminado no tambor. Após finalização do recolhimento do material, os
tambores deverão ser movimentados para ao DIR com o auxílio de um veículo leve ou de um caminhão
carroceria fixa.
Pneumáticos: estes resíduos serão imediatamente encaminhados para ao DIR, com o auxílio de veículos
leve ou caminhões carroceria fixo.
Restos de CBUQ: este será acumulado, de forma temporária, nas frentes de serviço, e posteriormente
movimentada com o uso de um caminhão basculante para a área de acumulação transitória próxima ao
DIR;
Sobras de mantas asfálticas: assim como os resíduos de gesso, a estes resíduos será aplicada a mesma
metodologia de movimentação, devendo ser armazenados no DIR.
Lama bentonítica: estes resíduos serão acondicionados em tambores metálicos cintados diretamente nas
frentes de serviço, de onde será movimentado, com o auxílio de caminhão carroceria fixam equipado com
guindaste hidráulico, para o DIR.
Pilhas e baterias: resíduos desta natureza são movimentados diretamente pelos usuários, até as caixas
coletoras. Depois de cheias, estas caixas serão armazenadas no DIR. Deve-se observar que estes resíduos
devem ser mantidos em recipientes e bandejas capazes de reter eventuais vazamentos e em área
abrigada.
Lâmpadas fluorescentes/vapor de mercúrio e sódio/incandescentes: estas lâmpadas serão transportadas
manualmente até o DIR.

Os seguintes cuidados operacionais devem ser observados com este tipo de resíduo:
 Quando quebradas ou rompidas, as lâmpadas fluorescentes liberam vapores de mercúrio que serão
aspirados por quem às manuseia e contaminarão o ambiente. O período de liberação desses
vapores é variável, podendo se estender por semanas, dependendo da temperatura. Por isso, as
lâmpadas fluorescentes queimadas devem ser acondicionadas de forma a evitar a quebra,
mantendo-se intacta até a disposição final, garantindo assim a saúde da população e do meio
ambiente.
 Em conformidade com o recente Decreto n° 41.752, de 2009, os pinos de contato elétrico não serão
introduzidos nas lâmpadas para indicar as inservíveis.
 Ainda, em conformidade com esse Decreto, o transporte de lâmpadas fluorescentes, tipo tubo, será
realizado em recipiente adequado, metálico ou de madeira, enquanto que o de lâmpadas
fluorescentes tipo bulbo e circulares (de vapor de mercúrio, vapor de sódio, luz mista ou similar)
poderá ser em tambores contendo carvão ativado nas tampas. Dessa forma, caso alguma
lâmpada quebre acidentalmente, esse procedimento minimiza a emissão dos gases.
 No local de acondicionamento dessas lâmpadas serão afixados, em locais visíveis, cartazes
elucidativos sobre informações que visem a alertar e despertar a conscientização do usuário sobre
a importância e a necessidade do descarte de lâmpadas fluorescentes e sobre os riscos que estas
representam à saúde humana e ao meio ambiente, quando não tratadas adequadamente.
Também serão incluídos os cuidados que devem ser tomados no manuseio do produto, tanto

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quando intacto, como no caso de quebra. O tópico também será abordado pela equipe de
Educação Ambiental dos Trabalhadores.
 Quando ocorrer a quebra acidental, o local deverá ser aspirado, os cacos coletados e colocados em
embalagem estanque e lacrada, evitando a contínua evaporação do mercúrio liberado.
 O operador responsável pela limpeza do local receberá treinamento específico e deverá utilizar
equipamento de segurança apropriado.
Cartuchos de tinta: resíduos desta natureza são movimentados diretamente pelos usuários, até as caixas
coletoras.
Borra oleosa: estes resíduos serão armazenados em bombonas diretamente no DIR, movimentados até os
separadores de água e óleo com o auxílio de veículos leves.
Resíduos de serviços de saúde: estes resíduos serão movimentados estritamente pelos profissionais de
saúde.

5.3.4 - Formas de destinação final dos resíduos, segundo tipologia


Cada tipologia de resíduo demandará uma forma específica de destinação final, podendo haver reinserção
na cadeia produtiva (no caso dos materiais recicláveis, por exemplo) ou total descaracterização (no caso de
resíduos perigosos, por exemplo). Desta forma, o quadro seguinte apresenta o destino final potencial dos
resíduos em função da sua tipologia e classe. É importante ressaltar que todos os resíduos receberão
tratamento e destino final em empresas devidamente licenciadas pelo órgão ambiental, independente da
sua localização, uma vez que na região não existem todos os tipos de tratamento necessários,
demandando maior deslocamento de algumas tipologias de resíduos.

Quadro 2 - Destino final potencial dos resíduos em função da sua tipologia e classe
Existente na
Ítem Material Classe Destino Final/Tratamento
Região?
1 Solo de Escavação A Reaproveitamento interno/Bota fora ---/Sim
Reaproveitamento interno/ Usina de
2 Restos de produtos cerâmicos A ---/Não
beneficiamento de RSCC
Restos de produto de cimento Reaproveitamento interno/Usina de
3 A ---/Não
e concreto beneficiamento de RSCC
Restos de argamassas Reaproveitamento interno/Usina de
4 A ---/Não
endurecidas beneficiamento de RSCC
Sucatas metálicas e não
5 B Empresa recicladora Sim
metálicas
6 Sucatas de madeira B Co processamento Sim
7 Papel/Papelão B Empresa recicladora Sim
8 Plásticos diversos B Empresa recicladora Sim
9 Vidros diversos B Empresa recicladora Sim
10 Gesso e derivados de gesso C Aterro sanitário Não
11 Matéria orgânica --- Aterro sanitário/Compostagem Não/Não
12 Resíduos verdes --- Aterro sanitário/Compostagem Não/Não
Lodo da estação de
13 --- Estação de tratamento de esgotos Sim
tratamento de esgotos
14 Sobras de combustíveis D Co processamento/Blendagem Não
15 Óleos lubrificantes usados D Co processamento/Blendagem Não
16 Solventes D Aterro industrial/Incineração Não/Não

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Existente na
Ítem Material Classe Destino Final/Tratamento
Região?
17 Catalisadores D Aterro industrial/Incineração Não/Não
18 Retardadores de pega D Aterro industrial/Incineração Não/Não
Sobras de graxa e suas
19 respectivas embalagens D Co processamento/Blendagem Não
contaminadas
Sobras de tinta e suas
20 respectivas embalagens D Co processamento/Blendagem Não
contaminadas
Panos e trapos contaminados
21 D Co processamento/Blendagem Não
com óleo
Serragem contaminada com
22 D Co processamento/Blendagem Não
óleo
Brita e solo contaminado com
23 D Aterro industrial Não
óleo
24 Pneumáticos --- Empresa recicladora Não
25 Restos de CBUQ D Reciclagem na usina de asfalto Sim
26 Sobras de mantas asfálticas D Aterro industrial Não
27 Lama bentonítica D Aterro industrial Não
28 Pilhas e baterias D Aterro industrial/Empresa recicladora Não/Não
Lâmpadas fluorescentes ou
outras de vapor de mercúrio e Empresa de descontaminação de lâmpadas
29 D Não
sódio ou Disposição em aterro industrial

30 Lâmpadas incandescentes C Aterro sanitário Não


31 Cartuchos de tinta - Reciclagem ou disposição em aterro industrial
Borra oleosa de sistema
32 D Co processamento/Blendagem Não
separador de água a óleo
Resíduos de serviços de
33 D Incineração Não
saúde

5.3.5 - Formas de transporte dos resíduos, segundo tipologia


Cada tipologia de resíduo demandará uma tecnologia de transporte adequada às suas características,
conforme apresentado no quadro seguinte:

Quadro 3 - Transporte adequado às suas características

Ítem Material Classe Transporte

1 Solo de Escavação A Caminhão basculante lonado


Caminhão basculante lonado ou Caminhão
2 Restos de produtos cerâmicos A
poliguindaste
Restos de produto de cimento e Caminhão basculante lonado ou Caminhão
3 A
concreto poliguindaste
Caminhão basculante lonado ou Caminhão
4 Restos de argamassas endurecidas A
poliguindaste

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Ítem Material Classe Transporte

5 Sucatas metálicas e não metálicas B Caminhão roll on roll off


6 Sucatas de madeira B Caminhão roll on roll off ou Caminhão poliguindaste
Caminhão carroceria fixa, Caminhão carroceria fixa
7 Papel/Papelão B
com guindaste hidráulico ou Caminhão baú
Caminhão carroceria fixa, Caminhão carroceria fixa
8 Plásticos diversos B
com guindaste hidráulico ou Caminhão baú
9 Vidros diversos B Caminhão carroceria fixa ou Caminhão baú
10 Gesso e derivados de gesso C Caminhão basculante lonado
11 Matéria orgânica --- Caminhão compactador com lifter
Caminhão basculante ou Caminhão carroceria fixa
12 Resíduos verdes ---
com guindaste hidráulico
Lodo da estação de tratamento de
13 --- Caminhão tanque com sucção à vácuo
esgotos
Caminhão carroceria fixa ou Caminhão carroceria
14 Sobras de combustíveis D
fixa com guindaste hidráulico
Caminhão carroceria fixa, Caminhão carroceria fixa
15 Óleos lubrificantes usados D
com guindaste hidráulico ou caminhão tanque
Caminhão carroceria fixa ou Caminhão carroceria
16 Solventes D
fixa com guindaste hidráulico
Caminhão carroceria fixa ou Caminhão carroceria
17 Catalisadores D
fixa com guindaste hidráulico
Caminhão carroceria fixa ou Caminhão carroceria
18 Retardadores de pega D
fixa com guindaste hidráulico
Sobras de graxa e suas respectivas Caminhão carroceria fixa ou Caminhão carroceria
19 D
embalagens contaminadas fixa com guindaste hidráulico
Sobras de tinta e suas respectivas Caminhão carroceria fixa ou Caminhão carroceria
20 D
embalagens contaminadas fixa com guindaste hidráulico
Caminhão carroceria fixa ou Caminhão carroceria
21 Panos e trapos contaminados com óleo D
fixa com guindaste hidráulico
Caminhão carroceria fixa ou Caminhão carroceria
22 Serragem contaminada com óleo D
fixa com guindaste hidráulico
Caminhão carroceria fixa ou Caminhão carroceria
23 Brita e solo contaminado com óleo D
fixa com guindaste hidráulico
24 Pneumáticos --- Caminhão carroceria fixa ou Caminhão baú
25 Restos de CBUQ D Caminhão basculante lonado
26 Sobras de mantas asfálticas D Caminhão basculante ou caminhão Poliguindaste
Caminhão carroceria fixa ou Caminhão carroceria
27 Lama bentonítica D
fixa com guindaste hidráulico
Caminhão carroceria fixa ou Veículo leve tipo pick
28 Pilhas e baterias D
up ou furgão
Lâmpadas fluorescentes/outras de
29 vapor de mercúrio e sódio D Caminhão carroceria fixa ou Caminhão baú

30 Lâmpadas incandescentes C Caminhão carroceria fixa ou Caminhão baú


Caminhão carroceria fixa ou Veículo leve tipo pick
31 Cartuchos de tinta -
up ou furgão

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Ítem Material Classe Transporte

Borra oleosa de sistema separador de Caminhão carroceria fixa ou Caminhão carroceria


32 D
água a óleo fixa com guindaste hidráulico
33 Resíduos de serviços de saúde D Veículo leve tipo furgão

5.3.6 – Controle
Todos os resíduos armazenados no DIR serão avaliados por profissional especializado, que fará a
verificação do quantitativo que está entrando, tipo de material e origem. Na sequência, os recipientes dos
resíduos receberão etiquetas contendo informações quanto à tipologia do resíduo, peso/volume e data de
armazenamento, além de um número de controle. O profissional responsável pelo gerenciamento de
resíduos manterá sempre atualizada uma planilha com o controle do estoque, com a indicação das
entradas e saídas de resíduos. Caberá ao profissional responsável pelo gerenciamento dos resíduos
chamarem as empresas transportadoras, comunicar ao destinador final do envio dos resíduos e preencher
o Manifesto de Transporte de Resíduos – MTR. As empresas transportadoras e receptoras devem ser
legalizadas e cadastradas no órgão ambiental (INEA) e devem apresentar suas respectivas licenças de
operação dentro de prazo de validade. Todos os MTR serão arquivados em 1ª e 4ª vias, por um período de
cinco anos, conforme determinação da DZ 1310-R7 do INEA.

5.3.7 – Gestão de efluentes


Na fase de implantação do empreendimento os canteiros de obras serão executados de acordo com as
especificações de projeto apresentadas na Seção 2.1.
Nesta fase poderão ser gerados três tipos de efluentes nos canteiros de obras:
i. Efluente Pluvial Limpo
ii. Efluente Contaminado
iii. Efluentes sanitários e domésticos.

5.3.7.1. Efluente Pluvial Limpo


Constituído por correntes aquosas geradas pelas águas das chuvas que incidem sobre áreas não
contaminadas dos canteiros de obras. Estes efluentes serão encaminhados através da rede de drenagem
para os canais projetados.

5.3.7.2. Efluentes Contaminados


Constituído por efluentes de áreas contaminadas do canteiro de obras utilizadas para manutenção,
estacionamento de máquinas e equipamentos, para abastecimento e pequenos reparos e para
concretagem. Estes efluentes são gerados por lavagens, pequenos vazamentos ou por correntes aquosas
decorrentes das águas das chuvas que incidem sobre essas áreas. Estas áreas terão um sistema de
drenagem independente da drenagem pluvial devido ao risco de contaminação dos efluentes aí gerados por
óleo. O piso será impermeável, as áreas serão cobertas e terão barreiras laterais para conter e direcionar o
escoamento, evitando aumento do volume de efluentes oleosos a serem gerados em dias de chuva. Os
efluentes dessas áreas serão encaminhados para uma caixa separadora água – óleo (SAO). Devido à
diferença de densidades, o óleo se separará da água, formando uma camada superior. O óleo será
removido e transferido para um tambor apropriado (vide procedimento para gestão de resíduos) e a água,
livre de contaminação, será encaminhada para a rede de drenagem pluvial.

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5.3.7.3. Efluentes Sanitários e Domésticos


Os efluentes de origem sanitária, derivado de pias, lavatórios e vasos sanitários, possuem carga orgânica
baixa e alto potencial de degradabilidade. Esta situação demanda tratamento que proporcione remoção de
sólidos e matéria orgânica. O sistema de esgoto sanitário do canteiro de obras contará com uma estação de
tratamento de esgoto (ETE) tipo aeração prolongada com recirculação de todos os efluentes sanitários das
diversas unidades do canteiro de obras. O efluente tratado poderá ser utilizado para aspersão das vias
contra poeira ou encaminhado para a drenagem pluvial para descarte no mar. O lodo gerado pela ETE do
canteiro de obras será succionado e transportado por caminhão tanque com sucção a vácuo, para
tratamento final em instituições/empresas devidamente licenciadas, conforme previsto anteriormente nas
diretrizes de gestão de resíduos sólidos. Os efluentes domésticos provenientes de águas de cozinha e
restos de alimentos serão encaminhados para tanques de equalização e destes para caixas de gordura, a
partir das quais direciona o efluente para a rede coletora e desta para a ETE.

5.3.7.4. Monitoramento e Controle


Para garantir que o descarte de efluentes gerados pela implantação do empreendimento atenda aos
padrões estabelecidos na legislação, serão implementadas ações de monitoramento e controle, em
consonância com as diretrizes estabelecidas pelo Programa de Autocontrole de Efluentes Líquidos -
PROCON Água (DZ-942 R7) e outros documentos legais correlatos conforme apresentado na Figura 8.4-1.
O monitoramento do efluente no canteiro de obras deverá ser efetuado na saída da Estação de Tratamento
de Esgoto (ETE).

5.3.7.5. Outorga
Os lançamentos em corpo de água, de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não,
com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final dependem de outorga, a ser emitida pelo INEA.
Para fazer a solicitação de outorga, o empreendedor deverá acessar o site
http://www.serla.rj.gov.br/recursos/outorga_1.asp e seguir o passo a passo estabelecido, o qual inclui as
seguintes atividades:

1. Preencher o CNARH (Cadastro Nacional de Recursos Hídricos)


2. Preencher o Requerimento de Solicitação de Outorga
3. Apresentar cópia da seguinte Documentação Básica (necessária para Outorga para qualquer tipo de uso)
Requerente Pessoa Física: CPF, Identidade;
Requerente Pessoa Jurídica: CNPJ, Contrato Social com as últimas alterações, Estatuto da Empresa e
Atas, Identidade e CPF do Representante Legal;
Título de Propriedade do terreno, de posse ou similar;
Contrato de locação e carta de anuência do proprietário do imóvel.
Obs.: Tratando-se de representação através de procurador, deverá ser juntada a procuração com firma
reconhecida específica por tipo de uso, Identidade e CPF do procurador.

Todos os usuários devem imprimir cópia do CNARH, quando concluído, e seguir os próximos passos.

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5.5. P.O.GGS.039 – Procedimento para Mitigação da Fotopoluição

1 – Objetivo
Estabelecer procedimentos operacionais para as contratadas do Porto do Açu Operações S/A, no que se
refere às iluminações definitivas e provisórias (móveis e fixas) a fim de garantir a mitigação da fotopoluição
ambiental no entorno imediato das áreas remanescentes de reprodução das tartarugas marinhas.

2 – Aplicação e Alcance
Este procedimento aplica-se aos colaboradores e contratados de empresas prestadoras de serviços em
atividades desenvolvidas em todas as frentes de serviços dos empreendimentos.

3 – Referências
Para aplicação desse procedimento, é necessário se consultar, caso necessário, os seguintes documentos
complementares como, normas corporativas, legislação ambiental específica, normas ABNT, e norma
Ministério do Trabalho e Emprego – MTE conforme abaixo:

Texto Prática de Gestão: Gestão de Iluminação em Áreas de Desovas de Tartarugas Marinhas –


PG.OS.CNA.002 Versão 00 – Estabelece critérios para a elaboração de projetos de iluminação, definindo
todas as variáveis de um projeto luminotécnico, buscando preservar a área de sensibilidade ambiental, no
tocante a desova, reprodução e alimentação de tartarugas marinhas, minimizando a fotopoluição ambiental.
Portaria nº 11/95 IBAMA/MMA – Estabelece critérios de iluminação para as áreas remanescentes de
reprodução das tartarugas marinhas.
Resolução CONAMA nº 10/96 - Dispõe sobre o licenciamento ambiental em praias onde ocorre a desova de
tartarugas marinhas.
Portaria nº 135/2010 – ICMBio/MMA - Plano de Ação (PAN) – Estabelece o Plano de Ação Nacional para a
Conservação das Tartarugas Marinhas, instrumento que rege as políticas públicas voltadas para a
conservação das tartarugas marinhas no Brasil, executadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade/ICMBio.
Condicionante Ambiental nº 5.21 da Licença Prévia INEA nº IN015923 de 28/02/2011. Estabelece a
obrigatoriedade de apresentar projeto de iluminação que privilegie a manutenção das condições de
luminosidade da praia, objetivando causar o menor impacto possível nos sítios de desovas das tartarugas.
Condicionante Ambiental nº 29 da Licença de Instalação INEA nº IN016966 de 22/06/2011. Estabelece a
obrigatoriedade de atender à Portaria nº 11/95 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Renováveis - IBAMA.
ABNT NBR-5413: Norma que estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em serviço para
iluminação artificial em interiores, onde se realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e
outras.
ABNT NBR 5410-/ 2004 Norma sobre Instalações Elétricas de Baixa Tensão.
MTE NR-10 Norma Regulamentadora sobre serviços em Instalações Elétricas.

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4 – Definições e Abreviaturas
4.1. Fotopoluição ambiental: Poluição ambiental por luzes artificiais, que causam impacto nas
características ambientais de um determinado ecossistema.
4.2. Sistemas de Iluminação Artificial: É o conjunto de componentes necessários (postes, luminárias,
lâmpadas e acessório) para a transformação da energia elétrica em energia luminosa. Podem ser móveis,
quando os conjuntos luminotécnicos podem variar frequentemente a sua posição dentro do site, ou Fixos,
quando esses conjuntos permanecem sempre um uma mesma posição dentro do site.
4.3. Horizonte Luminoso (Halo Luminoso): Trata-se da luminescência dos raios luminosos oriunda da
refletância dos sistemas de iluminação, sobre o vapor d’água e/ou nuvens, existentes na atmosfera. O
Horizonte Luminoso contribui de forma sistêmica com a fotopoluição dos ecossistemas. Quanto maior a
quantidade de nuvens, maior será essa contribuição. Nas regiões adjacentes ao litoral, a presença na
atmosfera dos sais da água do mar (salitre ou maresia) também contribui para o aumento do efeito do
horizonte luminoso no local.
4.4. Fluxo Luminoso: É a potência de radiação total emitida por uma fonte de luz, ou é a potência de
energia luminosa de uma fonte percebida pelo olho humano. O lúmen equivale a intensidade luminosa de
uma vela a um metro de distância e igual a 1 candela.
4.5. Lux: Unidade que visa indicar a iluminância de uma área. É a relação entre o fluxo luminoso incidente
2
por unidade de área (Lumens/m ).
4.6. Anteparo: Barreira física que visa impedir o fluxo luminoso em determinada direção, sendo por isso
mesmo de material opaco, não transparente ou translúcido, podendo ser natural ou não.
4.7. Curvas Isolux: São curvas que são formadas por pontos que possuem a mesma luminância.
4.8. Mitigação ambiental: Conjunto de estratégias que procuram minimizar um elenco de impactos
ambientais de um empreendimento, geralmente de forma sistêmica.
4.9 Áreas Remanescentes de Desovas de Tartarugas Marinhas: São aquelas consideradas prioritárias
pelos órgãos ambientais para a conservação desses animais ameaçados de extinção. Geralmente são
áreas com baixo adensamento urbano que mantiveram suas características ambientais razoavelmente
preservadas. Encontram-se localizadas no litoral leste e nordeste do País e estão definidas em legislações
pertinentes como: o Plano de Ação Nacional para a Conservação das Tartarugas Marinhas -PAN/ ICMBio,
Portarias e Resoluções complementares dos Órgãos Ambientais Responsáveis. As praias, adjacentes à
área industrial do Super Porto do Açu são consideradas pelo ICMBio como áreas prioritárias para a
conservação das tartarugas marinhas, sendo importante área de reprodução, alimentação e repouso.
4.10. Matrizes Desovantes: São as fêmeas adultas que durante o ciclo de reprodução das tartarugas
marinhas realizam a postura dos ninhos. As fêmeas saem do mar em direção às praias para realizarem o
processo de nidificação.
4.11. Nidificação: Processo de saída do mar das matrizes desovantes para a construção do ninho, postura
dos ovos e posterior retorno. Ocorre preferencialmente à noite, em locais protegidos. Pode levar entre 30
min. e uma hora.
4.12. Período de Reprodução das Tartarugas Marinhas: É a temporada onde as matrizes desovantes
utilizam-se das praias das áreas remanescentes para realizar a postura dos ninhos, preferencialmente à
noite, em locais protegidos e seguro das ações das marés, ou seja, a cima do limite superior da preamar
das marés de sizígias. No Brasil o período de desova vai de setembro a março no continente, como
exemplo: as praias do entorno imediato do Porto do Açu é de dezembro a junho nas ilhas oceânicas.
4.13. Maré de Sizígia (Grandes Marés de Lua): Marés de grande amplitude (variação vertical do nível do
mar) que são registradas durante o período de lua cheia ou de lua nova.

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4.14. Preamar: (Maré de Lua): Nível máximo de um ciclo de maré cheia. Estabelece o limite superior de
contato entre o mar e a terra.
4.15. Região de Zero Lux: Trecho de praia, variável, no sentido mar-terra, delimitada pela influência das
marés da seguinte forma: Limite inferior: definido a partir da linha de maior baixa-mar, e, Limite superior:
definido como até 50 (cinqüenta) metros da linha de preamar máxima da maré de sizígia. É a região de
maior sensibilidade ambiental do entorno imediato a área das obras do Porto do Açu. É o local onde,
preferencialmente, as tartarugas marinhas realizam a postura dos ovos.
4.16. Efeito Tocha: Onde as dispersões de fluxo luminoso de todas as luminárias refletem na parte superior
do suporte (torres, postes e etc.), e as refletâncias desses raios ampliam o foco luminoso, fazendo esse ser
mais sentido na praia, e off-shore.

5. Responsabilidades:
5.1 – Gerente: (i) Aprovar os procedimentos.
5.2 – Coordenador: (i) Coordenar a execução dos programas e das ações corretivas.
5.3 – Analistas Ambientais: (i) Acompanhar em campo o controla da execução dos programas (ii) Emitir as
notificações (iii) Acompanhar a execução das ações de controle.

6. Desenvolvimento do Processo:
As seguintes diretrizes são válidas, dentro do site, para serem observadas e seguidas pelas empresas
contratadas, quando da execução dos serviços contratados:

DIRETRIZES DE ORDEM GERAL

6.1.1. Os trabalhos noturnos deverão ser realizados preferencialmente no período de maio a agosto,
principalmente os realizados mais próximos à linha de praia, pelo fato das desovas ocorrerem no período
de setembro a abril.

6.1.2. Todos os equipamentos de iluminação a serem utilizados deverão ser vistoriados e previamente
aprovados pela fiscalização, para seu uso. Os equipamentos já em utilização também deverão passar por
esse processo, devendo ser estabelecido consensualmente entre as partes um prazo para adequação.

6.1.3. Não poderá haver nenhuma iluminação de baixo para cima (ângulos verticais), em qualquer direção,
salvo casos específicos, devidamente analisados e aprovados, essa ação visa mitigar as contribuições
luminosas para o horizonte luminoso.

Esquema. Procedimentos para projetos para mitigação de fotopoluição.

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6.1.4. Quando não houver trabalho, e o equipamento estiver sem utilização, ou ser uma iluminação
utilizada para atividades específicas (passagem, embarque/desembarque, etc.) e não estiver sendo
útil, desligar o sistema de iluminação.

6.1.5. A iluminação com fins patrimoniais (portarias, materiais e equipamentos), deverá ser instalada
com anteparo traseiro e deverão ser acesas no máximo duas lâmpadas de até 500 W.

6.1.6. Nos prédios de alojamento, refeitório, administrativo, e etc., não poderá haver iluminação
externa, de qualquer natureza, nas fachadas voltadas para o LESTE, NORTE e SUL. Eventuais
necessidades deverão ser apresentadas à fiscalização, para análise e aprovação. Apenas após essa
aprovação, o equipamento luminotécnico poderá ser instalado.

6.1.7. Os trabalhos com solda, maçarico ou esmeril deverão ser realizados preferencialmente durante
o dia. Caso haja necessidade de se efetuar esse serviço à noite, os trabalhos devem ser realizados em
ambientes confinados, ou seja, o foco da solda, esmeril ou maçarico, não poderá ser visualizado
externamente.

6.1.8. Todos os anteparos deverão ser pintados na sua face interna na cor preto fosco, para dessa
forma se mitigar a refletância sobre o mesmo.

6.1.9. Devido à intensa exposição dos sistemas de iluminação ao salitre e aos ventos, a cada 60 dias
deverão ser prevista rotina de manutenção para reaperto de fixações e limpeza de anteparos. Isso visa
manter as condições originais de projeto, compatíveis com a sensibilidade ambiental adjacente.
Eventualmente após um vento forte, ou em épocas de vento mais intenso, essa periodicidade deverá
ser revista.

6.1.10. Qualquer estrutura metálica que receba iluminação incidente, quer de uma iluminação móvel
ou fixa, deverá ser pintada na cor preto fosco, ou outra cor escura, porém fosca também. Esse
procedimento visa mitigar a refletância sobre essa estrutura, que chega às praias adjacentes e,

6.1.11. Qualquer estrutura de iluminação com altura elevada (que seja vista à distância) deverá ser
pintada na sua parte superior (3 m a partir do topo para a base), na cor preta fosco, com o intuito de
mitigar o “efeito tocha”, característica desse tipo de aplicação.

QUANTO A ILUMINAÇÃO PROVISÓRIA MÓVEL

6.2.1. As iluminações móveis deverão possuir no máximo quatro refletores retangulares, equipados
cada com lâmpadas a vapor metálico de até 500 W, ou lâmpadas a vapor de sódio alta pressão de até
400 W. Opcionalmente poderão ser utilizados refletores com formato elipsóide.

6.2.2. Colocar anteparo no back side dos refletores da iluminação móvel, para dessa forma se mitigar,
simultaneamente as contribuições para o azimute, para o suporte dos refletores, e as dispersões
laterais dos refletores, que poderá chegar a praias mais distantes. Opcionalmente poderão ser
pintados os back sides dos refletores.

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6.2.3. Devido ao fato de que a empresa não está paralela à linha de praia, dificultando o
estabelecimento do eixo “LESTE – OESTE”, a locação da iluminação móvel deverá ser realizada com
GPS, durante o dia. O ângulo horizontal em que o refletor poderá ser utilizado variará de 30º na
direção SUL, até 30º na direção NORTE. Em relação ao eixo “LESTE – OESTE” definido no GPS. O
sentido de instalação será sempre o sentido “LESTE – OESTE” (de costas para o mar).

6.2.4. A estrutura de suporte dos refletores da iluminação móvel (poste retrátil) deverá ser pintada na
cor preta fosca. As iluminações móveis existentes que não se enquadrem nessa diretriz, deverão ser
pactuadas um prazo entre as partes, para adequação.

6.2.5. O ângulo vertical dos refletores, não deve ultrapassar 0º em relação à horizontal.

6.2.6. A fim de mitigar a contribuição para o azimute, a parte inferior dos refletores (1/3 do arco
compreendido entre o centro e a borda do refletor) na cor preto fosco. Essa parte deverá ser sempre
na parte inferior.

QUANTO A ILUMINAÇÃO PROVISÓRIA

6.3.1. Pintar na cor preto fosco o back side dos refletores utilizados, independentemente do sentido de
sua instalação.

6.3.2. Só poderão ser utilizados refletores retangulares para iluminação, equipados com lâmpadas de
no máximo 500 W a vapor metálico, ou 400 W a vapor de sódio.

6.3.3. Deverá ser instalado anteparo na face superior do refletor retangular, a fim de mitigar sua
contribuição para o azimute, aumentando o halo luminoso.

6.3.4. O critério da fiscalização outros anteparos poderão ser instalados nos refletores, com o intuito de
mitigar a fotopoluição ambiental.

6.3.5. Não utilizar refletores de qualquer natureza (redondos ou retangulares) para iluminação de vias.
Só deverão ser utilizadas luminárias do tipo cut-off, instaladas em braços de 2.000 mm e ângulo de até
15º para esse fim.

6.3.6. O ângulo vertical dos refletores, não deve ultrapassar 0º graus em relação à horizontal.

6.3.7. Iluminação externa de pátios, poderá ser realizada com pétalas de até 6 luminárias tipo cut-off,
com anteparos limitadores de dispersão luminosa, nas alturas recomendadas pela Norma de Projeto.

QUANTO À ILUMINAÇÃO MÓVEL VEICULAR

6.4.1. Colocação de anteparos superiores nos faróis dos equipamentos móveis (trator,
retroescavadeira, rolo compressor, etc.), para dessa forma se mitigar a contribuição desses para o
azimute, e conseqüentemente para o horizonte luminoso, durante a execução dos serviços.

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6.4.2. Colocação de farol de milha em pontos baixos do equipamento móvel (trator, retroescavadeira,
rolo compressor, etc.), para ser utilizado durante os deslocamentos, devendo nessa ocasião serem
desligados os faróis originais. Essa instalação deverá prover e respectiva proteção para o mesmo não
ser danificado quando do trabalho normal do equipamento.

6.4.3. Para os trabalhos noturnos o equipamento móvel (trator, retroescavadeira, rolo compressor,
etc.), deverão realizar os trabalhos, no período de setembro a março, preferencialmente no Sentido
“LESTE – OESTE” (de costas para o mar), bem como quando estiverem parados e inativos os seus
sistemas de iluminação deverão ser desligados, exceto luzes de segurança exigidas.

6.4.4. Em veículos, leves ou não, não poderá ser utilizado o farol na posição de “luz alta”, ou qualquer
iluminação suplementar, exceto luzes de segurança exigidas.

6.4.5. O veículo só poderá ser estacionado com as luzes apagadas. Caso haja a necessidade de se
deixar farol aceso, deverá ser respeitada uma variação de ângulo de -60º a +60º no Sentido “SUL-
NORTE”, e sempre de “costas para o mar”.

QUANTO A PESSOAL

6.5.1. Deverá ser previsto ações de qualificação para os trabalhadores da área operacional através de
palestra informativa sobre os impactos das obras sobre a conservação das tartarugas marinhas,
destacando a questão da fotopoluição ambiental, essas ações deverão estar presentes nos processos
de: Integração, DDSMS e Educação Ambiental.

6.5.2. Os trabalhadores contratados deverão receber folder orientativo sobre os cuidados a serem
tomados na execução dos serviços, considerando a sensibilidade ambiental da área. Esse folder
deverá possuir informações gerais e específicas para a função. Assim deverão ser elaborados folders
específicos para funções similares.

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