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NOTA: Neste texto, estamos partindo do pressuposto futurista; pré-milenista histórico.

INTRODUÇÃO

A profecia das 70 semanas é uma das passagens escatológicas mais importantes da Bíblia,
sendo uma chave indispensável para toda a profecia bíblica. Apesar de ser uma passagem
profundamente controversa e com uma variedade de interpretações, as 70 semanas de
Daniel são consideradas como uma ‘’espinha dorsal da profecia bíblica’’, tanto que o
sermão profético de Jesus, no Monte das Oliveiras, é, em grande parte, uma exposição e
70 Semanas de Daniel

expansão desta profecia. Perceba que, em Mateus 24:15, Jesus diz: “Quando virdes no
lugar Santo a abominação assoladora da qual falou o profeta Daniel, quem lê, entenda
então os que estiverem na Judeia fujam para os montes”, em outras palavras o que Jesus está
dizendo é, “Daniel, já falou sobre isso”. Daniel é o único profeta que Jesus, diretamente,
nos encoraja a ler seu livro.

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Mas o que torna essa profecia tão importante assim?

Sendo a mais abrangente, em termos de duração de tempo dos acontecimentos futuro, ela
prediz eventos de pelo menos 490 anos. Daniel 9:24-27 é a única passagem bíblica que
apresenta a primeira e a segunda vinda de Jesus, a restauração de Jerusalém e do templo
(536 a.C.), e sua destruição novamente por duas vezes (em 70 d.C., e na última semana).
Além disso, essa profecia nos comunica que Deus determinou exatamente o cronograma
para o futuro de Israel e para a vinda de Jesus.
70 Semanas de Daniel

Podemos perceber um período de sete anos divinamente designado – futuro, literal e


definível – anterior ao retorno de Jesus, onde um templo, literalmente, será reconstruído
em Jerusalém e, em seguida, profanado pelo anticristo no meio desses sete anos, dando-nos
a possibilidade de definir exatamente quanto tempo resta até a vinda de Jesus, o Messias, e
concluindo com o julgamento final sobre o anticristo.

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CONTEXTO

Para entendermos a profecia das 70 semanas, precisamos entender o contexto em que


ela foi entregue a Daniel. Os babilônios atacaram e ocuparam Judá e Jerusalém em 605
a.C., levaram os judeus cativos à Babilônia em 598 a.C. e destruíram Judá, Jerusalém e o
templo em 587 a.C. (Este era o templo que foi construído pelo rei Salomão). A maioria
das pessoas, incluindo Daniel, foi levada em cativeiro para a Babilônia por setenta anos,
conforme profetizado por Jeremias ( Jr. 25:11, 29:10). É importante entendermos que a
geração de Daniel vem logo depois da de Jeremias, logo, Daniel entendeu claramente o
70 Semanas de Daniel

impulso geral da mensagem de Jeremias; se é que não ouviu pessoalmente. Próximo ao


final dos setenta anos, Daniel, estudando as profecia de Jeremias (Dn 9:2), entendeu que
faltavam apenas dois anos para o fim do cativeiro e começou a orar confessando os pecados
do povo judeu, como se fossem seus próprios pecados e pedindo pela sua restauração (Dn
9:3-19). Enquanto ele ainda orava, Deus respondeu à sua oração, através do anjo Gabriel
(9.21), que o considerava um homem muito amado no céu. A oração inicial de Daniel
dizia respeito a 70 anos literais de cativeiro, mas o Senhor respondeu algo muito além da

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retirada do povo da Babilônia, Ele revelou o futuro de Israel até a sua restauração definitiva
sob o reinado do Messias:

“Ele me instruiu e falou comigo: Daniel, vim agora para te dar sabedoria e entendimento. No
principio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim para te declarar, pois és muito amado, presta
atenção na palavra e entende a visão. Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e
sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar
a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo
dos Santos. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até
70 Semanas de Daniel

ao ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se


reedificarão, mas em tempos angustiosos. Depois das sessenta e duas semanas, o ungido será tirado
e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim
será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. Ele fará firme aliança
com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares;
sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se
derrame sobre ele”. (Dn 9.24-27)

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AS 70 SEMANAS

Para entendermos a expressão: “70 semanas”, precisamos saber que a palavra hebraica para
“semanas” é shâbûa, que basicamente significa “unidade de sete” ou “período de sete”.
Nesse contexto, significa, claramente, que é um período de 7 anos, ou seja, 70 períodos de
7 anos, totalizando 490 anos. (veja Gênesis 29: 27-30).

É importante entender que as 70 semanas foram divididas em três parte:


70 Semanas de Daniel

– 7 semanas
– 62 semanas
– 1 semana

Então, o texto poderia ser traduzido da seguinte forma: “Setenta setes estão determinados sobre
o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados,
para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o
Santo dos Santos.”

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A ideia de agrupar “uma semana” de 7 anos era bem conhecida pelo povo de Israel. Deus
70 Semanas de Daniel

lhes havia dito que por 6 anos eles deveriam plantar e comer das colheitas, mas no sétimo
ano (sabático) eles deveriam deixar a terra descansar e, também, deixar as pessoas pobres
e os animais comerem o que restava do rendimento da colheita que Deus proporcionava
durante o sexto ano (Ex 23:10,11; Lv 25:2-8,20,21). Depois disso, o ciclo de 7 anos
(“semanal”) era iniciado novamente (Uma lembrança de uma semana regular de 7 dias,
terminando no sábado).

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Além disso, após 7 “semanas” de anos (49 anos) o quinquagésimo ano seria consagrado
como um “Ano do Jubileu”, quando cada pessoa retornaria à sua propriedade e ao clã da
família (Lv. 25:8_11). A terra não podia ser semeada nem colhida da maneira usual, as
dívidas eram perdoadas, as propriedades eram devolvidas, os servos eram libertados e
outras coisas boas ocorriam (Lv 25:8-55).

Acredito que o final das 70 “semanas” (490 anos), da mesma forma, trará um tempo de
descanso necessário para Israel e para um mundo devastado pela guerra. O retorno do
esperado, Messias, Jesus, de volta à terra, trará um tempo de paz, justiça e alegria como
70 Semanas de Daniel

nunca visto antes.

É importante ressaltar que a profecia das 70 semanas está, integralmente, relacionada ao


povo de Israel e a cidade de Jerusalém. Cremos que, como Igreja, como aqueles que foram
enxertados na Oliveira, temos participação nisso, mas queremos expressamente afirmar
que, não cremos que a Igreja tenha substituído Israel no plano de Deus. O clímax da
história redentora se dará na cidade de Jerusalém e na terra de Israel, com o povo judeu,

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por isso cremos e oramos por uma restauração territorial, étnica, nacional e espiritual de
Israel.

Portanto, temos aqui uma lista com seis propósitos distintos das 70 semanas para o povo
de Israel e Jerusalém.

Os Seis Propósitos:

1. Cessar a transgressão: A rebelião nacional de Israel contra Deus chegará ao fim.


70 Semanas de Daniel

Essa é uma transgressão específica que se manifestou na rejeição de Jesus. Deus prometeu
um tempo em que todo Israel será salvo (Is 45:17, 25; Rm 11:26)

2. Dar fim aos pecados: Os pecados, no plural, falam dos pecados individuais na
vida cotidiana. Israel será a primeira nação em que todas as pessoas viverão vidas santas (Is
60:21).

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3. Expiar a iniquidade: Não haverá consequências para os pecados passados dos
quais houve arrependimento – para indivíduos, linhagens familiares ou nações. O
efeito negativo “semear e colher” do pecado chegará ao fim, porque Jesus pagou a dívida
pelo pecado nacional e individual. (2 Cr 7:14; Zc 13: 2). Um outro sentindo para esse
propósito pode ser “fazer reconciliação”, do verbo hebraico kapha, que significa “expiar”
ou “encobrir”. Isso inclui a limpeza da terra de maldições e espíritos demoníacos, etc. (Zc
13: 2).

4. Trazer a justiça eterna: O rei Jesus estabelecerá uma nova ordem mundial na qual
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a justiça será expressa no povo e em todas as estruturas sociais e governamentais. (Is 11:
2-5; Jr. 23: 5-6; 33:15-18, 2 Pe 3:13, Sf 3:13)

5. Selar a visão e profecia: Significa que Deus trará o cumprimento de todas as


promessas proféticas dadas nas Escrituras. No passado, selar um documento envolvia
fechá-lo, mas também incluía autenticá-lo de forma legal com o próprio selo (ou seja,
assinatura). Além disso, a revelação profética será totalmente conhecida.

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6. Ungir o Santíssimo: Ungir é consagrar e capacitar para o serviço de Deus. Existem
duas aplicações: Jesus é o “Ungido”, cujo ministério será plenamente manifestado em
todas as nações e a unção (glória) de Deus fluirá do templo no milênio. (Zc 6:12). Outra
aplicação seria que ungir o Santíssimo é uma referência ao Templo, visto que todas as vezes
que a expressão hebraica para Santíssimo (qodesh h’qodashim) aparece, é em referência ao
Templo. (Ex. 26:33; 29:37; 30:10, 29; 40:10; Lv. 2:3, 10; 7:1, 6; 10:12, 17; 14:13; 24:9;
Nm 4:4, 19; 18:9–10; 1 Rs 7:50; Ed 2:63; Ez 42:13; 43:12; 44:13)

Nos três primeiros propósitos encontramos uma linguagem muito relacionada ao


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calvário e a obra que Jesus realizou em sua primeira vinda, cessar a transgressão, dar fim
aos pecados e expiar a iniquidade. Mas nos três seguintes, temos uma linguagem muito
mais relacionada ao Reino de Deus e a obra que Jesus irá realizar em sua segunda vinda.
E, embora esses propósitos tenham sido previstos e possibilitados pela cruz, podendo ser
parcialmente experimentados pelo povo de Deus hoje, eles ainda não foram cumpridos
em plenitude para Israel e o povo judeu. Hoje, o povo judeu não está servindo o Messias;
tampouco, é totalmente santo como povo e Jerusalém ainda não é capital messiânica do

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mundo. Portanto, é impossível dizer que todos esses propósitos já foram cumpridos ou
plenamente realizados na cruz. Isso não acontecerá com Israel até que eles tenham sido
quebrantados, se arrependam e reconheçam Jesus como Messias (Dn 12:7, Zc 12:10 Ez
36:23-38).

“O pensamento é que Deus separou esses 490 anos do resto da história através dos quais se realizará
as libertações necessárias para Israel”. (Leon Wood, Um Comentário sobre Daniel)

Quando essas coisas irão acontecer?


70 Semanas de Daniel

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Quando o relógio das 70 semanas começa a ser contado? Segundo o texto, a partir do
decreto para restaurar Jerusalém.

“Sabe e entende: Desde a saída da ordem para restaurar Jerusalém, até o Ungido ( Jesus1), terão
sete semanas (49 anos) e sessenta e duas semanas (434 anos), as praças e as circunvoluções se
reedificarão, mas em tempos angustiosos.” (Daniel 9:25)

O decreto para “para restaurar e reconstruir Jerusalém”. Que decreto é esse? Os teólogos
variam entre três datas possíveis:
70 Semanas de Daniel

1. 538 a.C. – Ciro, rei da Pérsia, emitiu um decreto para Zorobabel para reconstruir o
templo em Jerusalém. (2 Cr 36:22-23; Ed 1:1-4; Ed 6:1-5)
2. 457 a.C. – Artaxerxes, rei da Pérsia, emitiu um decreto para Esdras, autorizando-o a
restabelecer os serviços do templo, a nomear juízes e magistrados e a ensinar a lei. (Ed
7:11-26)

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3. 444 a.C. – Artaxerxes emitiu um decreto a Neemias para reconstruir os muros de
Jerusalém (Ne 2:1-8).

Ciro, rei da Pérsia – que, juntamente com Dario da Mídia, havia conquistado a Babilônia
-, decretou que o templo em Jerusalém fosse reconstruído (Ed 1:1-4). Contudo, este
não era o decreto que começaria a contagem regressiva das 70 “semanas”. O decreto que
daria início ao período de 490 anos foi para “restaurar e reconstruir Jerusalém”, não para
reconstruir o templo. Na verdade, o novo templo foi concluído décadas antes da permissão
do rei Artaxerxes para reconstruir os muros e a cidade de Jerusalém (Ne 2:1-8,17).
70 Semanas de Daniel

Portanto, a única posição2 que atende, literalmente, aos requisitos da passagem, parece
ser o decreto de Artaxerxes, conforme registrado em Neemias 2:1-8,17-18, proferido
em 444 a.C, porque é o único que se refere, especificamente, à reconstrução da cidade.
Por esse motivo, a maioria dos comentaristas o selecionou como o início das 70 semanas
de anos. 483 anos sabáticos (as primeiras 69 semanas (7 semanas + 62 semanas) foram
cumpridos até 33 d.C., possivelmente o ano da entrada triunfal de Cristo em Jerusalém
(até o Ungido). (São 476 anos de acordo com o calendário Juliano). Após essas primeiras

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7 “semanas” (49 anos), haveria mais 62 “semanas” (434 anos) que teriam que passar
(elevando o total para 69 “semanas” ou 483 anos) antes que o Ungido viesse (Dn 9:25a).

O relógio profético de Deus, para o período de 70 semanas, começou a funcionar em


444 a.C., quando o rei Artaxerxes, da Pérsia, emitiu o decreto, permitindo que os judeus,
liderados por Neemias, retornassem à sua terra para reconstruir a cidade de Jerusalém (Ne
2.1-8).

“Desde a saída da ordem para restaurar Jerusalém, até o ungido ( Jesus), terão sete semanas (49
70 Semanas de Daniel

anos) e sessenta e duas semanas (434 anos). “(Daniel 9:25)

Os historiadores afirmam que 49 anos, a partir do decreto, é, sem dúvida, o período de


tempo em que Esdras, Neemias e outros levaram para reconstruir a cidade “mesmo em
tempos conturbados”, como diz a profecia. Os livros de Esdras e Neemias revelam que
foi exatamente isso que aconteceu (Esdras 9 e 10; Ne 4, 6, 9 e 13). Alguns afirmam que,
o final deste período de 49 anos, trouxe consigo também o fim da Profecia do Antigo

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Testamento. O livro profético de Malaquias foi escrito nesse período, após isso, deu-se
início ao que chamamos de 400 anos de silêncio profético. Esse período entre a profecia
do Antigo Testamento e do Novo Testamento é frequentemente chamado de Período
Intertestamentário. Durante esse período de 483 anos, ocorreram eventos cruciais na
história de Israel: a cidade foi reconstruída, o Templo estabelecido e o cânon do Antigo
Testamento foi concluído. .Depois das sessenta e duas semanas, o ungido será tirado e já
não estará; (Daniel 9:26a)

Como já percebemos, este “ungido” do versículo 25 é o Messias. Foi dito que ele viria 69
70 Semanas de Daniel

“semanas” depois do decreto para reconstrução de Jerusalém. E foi exatamente isso que
Jesus fez. No final da 69ª semana, “Messias, o príncipe”, chega a Jerusalém. Em sua entrada
triunfal, Jesus veio como o Messias montado em um jumento e recebeu gritos de júbilo
de “Hosana!” (Mt 21:1-11). No entanto, também foi predito que, após o mesmo período
(“depois de 62 semanas”), o Ungido (Messias) seria “cortado e não estará”. O cumprimento
desta última profecia deveria ser, praticamente, ao mesmo tempo que o da primeira
profecia da “vinda” do Ungido ou o Messias, e assim foi; apenas quatro dias após Sua

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última entrada em Jerusalém, Jesus foi crucificado em Jerusalém. Imagine o quão chocante
deve ter sido para Daniel ouvir que o Filho do Homem (Dn 7:13-14) seria cortado. (Ser
cortado é uma linguagem para ser morto – cortado na morte [Gn. 9:11; Ex 31:14; Is 53: 8;
Jr. 11:19]).

… e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num
dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. (Daniel 9:26b)

Foi a idolatria de Israel que os levou aos terríveis eventos da destruição de Jerusalém e do
70 Semanas de Daniel

templo (586 a.C.) e do povo judeu sendo levado cativo à Babilônia por 70 anos (606-536
a.C.). A rejeição do Messias por Israel levou à destruição de Jerusalém e do templo no ano
70 d.C. pelos romanos e do povo judeu sendo expulsos da terra por quase 2.000 anos.
Jesus profetizou que, como o povo “não reconheceu o tempo da vinda de Deus [ Jesus, o
Messias]” para eles (Lc 19:44c), seus inimigos os atacariam e destruiriam sua cidade (Lc
19:43-44). De fato, a perseguição e destruição começou em 62 d.C., quando os judeus
foram privados de sua cidadania pelo governo romano. Em 66 d.C., os soldados romanos

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saquearam Jerusalém, resultando em uma revolta judaica que foi esmagada pelos romanos
em 67 d.C. e finalmente, em 70 d.C., o templo foi completamente destruído – um evento,
também, predito por Jesus (Mt 24:2).

Todo esse período corresponde à profecia de que “o povo de um príncipe que há de vir
destruirá a cidade e o santuário”. O “governante que virá” ainda não havia chegado ao local,
mas chegaria, em um momento no futuro. Neste tempo, a invasão romana foi como uma
“inundação”, fazendo com que o povo se espalhasse entre as nações.
70 Semanas de Daniel

Quem é o príncipe que está por vir e quem é o seu povo?

Não teremos tempo para uma discussão profunda, porém, nesta passagem, o príncipe é
claramente o anticristo. Sendo assim, o anticristo vem do povo que destrói Jerusalém em
70 d.C. E, é daqui que surge o argumento, de alguns teólogos que dizem, que o anticristo
virá de Roma. Mas, um fato interessante, é que no período da destruição do templo
em 70 d.C., o decreto romano dizia para não destruírem o templo, mas, legiões árabes

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contratadas pelos romanos, desafiaram a ordem e incendiaram o templo. Não podemos
afirmar com clareza, mas somos inclinados a acreditar que, se tal príncipe virá do povo
que destruiu o templo em 70 d.C., então, ele virá de alguma nação árabe do Oriente
Médio. Não romano, não europeu, mas do povo que destruiu o templo. Este fato é de
conhecimento comum e amplamente aceito na história judaica. (Para aprofundar no
assunto indico os livros: O Anticristo Islâmico e A besta que Vem do Oriente Médio,
ambos escritos por Joel Richardson).

Intervalo Profético – o relógio parou


70 Semanas de Daniel

De acordo com a profecia, a chegada do Messias em Jerusalém e sua subsequente morte


marcam o fim das primeiras 69 semanas. Mas, por que então não tivemos o início a última
semana?

Quando Israel rejeitou o Messias, tropeçaram em sua jornada ao propósito de Deus e os


gentios foram introduzidos (enxertados) no plano. (Rm 11:11-27). Porque as 70 semanas

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“estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade”, o tropeço de Israel
trouxe a paralisação do relógio divino, pois a cronologia profética de Deus acompanha o
povo judeu. Se Jesus tivesse sido aceito como Messias pelo povo Judeu, a última semana,
os últimos 7 anos dos 490 anos, teria continuado ininterruptamente a partir daquele
momento. Porém, quando Jesus foi morto e rejeitado pelos seus, o “relógio profético” foi
colocado em pausa por cerca de 2.000 anos, até a aliança que será firmada com muitos,
reiniciando o relógio divino na última semana.

Durante esse gap, período de dois milênios, a mensagem do Evangelho seria divulgada às
70 Semanas de Daniel

nações. E no final da era, a 70ª semana inauguraria os sete anos finais, mais relevantes, desta
era, com seu término culminando no Dia do Senhor.

Vamos entender melhor essa ideia do intervalo de tempo…

Quando falamos sobre profecia bíblica, podemos perceber esse intervalo profético
também em Zacarias 9:9-10:

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“Alegre-se muito, ó filha de Sião! Exulte, ó filha de Jerusalém! Eis que o seu rei vem até você, justo e
salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta. Destruirei os carros de
guerra de Efraim e os cavalos de Jerusalém; os arcos de guerra serão destruídos. Ele anunciará paz
às nações; o seu domínio se estenderá de mar a mar e desde o Eufrates até os confins da terra.”

O versículo 9 faz menção ao Messias entrando em Jerusalém em um jumentinho (primeira


vinda) e o versículo 10 faz menção do Messias reinando sobre as nações (segunda vinda).
Dois versículos seguidos, porém com um intervalo entre eles. Este intervalo é conhecido
como “Compressão Profética”. A compressão profética também é demonstrada em Isaías
70 Semanas de Daniel

9:6-7. Uma criança (o Messias) nasceu no versículo 6 e no versículo 7 está governando


o trono de Davi sobre a terra. Outro intervalo de tempo é visto entre Isaías 61:1-2. O
profeta falou da vinda de Cristo “para trazer boas novas aos aflitos… para restaurar o
coração abatido, para proclamar liberdade aos cativos… para proclamar o ano favorável
do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus”. O próprio Jesus interpretou essa passagem
em Lucas 4:16-21, indicando que essas palavras se referiam ao Seu ministério na primeira
vinda, mas perceba que Jesus interrompeu sua leitura no meio de uma frase. A passagem de

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Isaías continua falando sobre “o dia da vingança do nosso Deus”, mas claramente essa parte
não foi lida por Jesus por fazer parte de atividades que Ele realizaria em Sua segunda vinda.
Da mesma forma, em Daniel 9:26, o Messias é cortado e o relógio profético para com
um período de sete anos ainda a ser cumprido. Daniel 9:27, nos diz as circunstâncias que
cercam esta 70ª semana. [1]

A última semana

Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o
70 Semanas de Daniel

sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição,
que está determinada, se derrame sobre ele”. (Daniel 9:27)

“Depois que a aliança for feita, ele agirá de modo enganoso e conquistará o poder com pouca gente”.
(Daniel 11:23)

O rei do norte voltará para a sua terra com grande riqueza, mas o seu coração estará voltado contra

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a santa aliança. Ele empreenderá ação contra ela e então voltará para a sua terra. (Daniel 11:28)

Este que “confirmará uma aliança com muitos por uma “semana” no versículo 27, é a
mesma pessoa que o versículo 26 refere-se como “príncipe que virá”. Essa aliança ou tratado
será confirmado por um período de uma “semana” (sete anos) com “muitos” – ou seja, com
muitos judeus (povo de Daniel) e provavelmente com muitos vizinhos árabes. Lembre-
se, quando Jesus foi crucificado (no final da 69ª “semana”), a contagem regressiva das 70
“semanas” foi interrompida. Assim, após a confirmação do pacto, a contagem do tempo
será retomada, restando apenas a última das 70 “semanas”.
70 Semanas de Daniel

A confirmação do pacto não deve ser traduzido como “faça um pacto firme”, mas “faça
firme O pacto”, nos mostrando que, o que está sendo feito, é algo baseado em algo já
existente e não algo novo. Isso quer dizer que, no início da 70 semana, ele vai fazer algo
com o intuito de confirmar o pacto. Em Daniel 11:28,30, esta aliança é chamada de “santa
pacto”, mas o que seria isso?

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Hoje, a cidade de Jerusalém é um grande ponto de discórdia no Oriente Médio, mas,
talvez mais do que tudo, o reconhecimento do direito de Israel de existir na terra. Como
pode um país tão pequeno, ser o centro de tantos conflitos e discussões no âmbito da
comunidade internacional? Simplesmente, pelo fato da eleição de Deus. Deus escolheu
aquele povo e deu uma terra a eles. Ele jurou por si mesmo (Hb 6:13). O santo pacto é o
Pacto de Deus com Abraão; a promessa que Deus fez de dar livremente uma Terra para os
descendentes físicos de Abraão. Portanto, este pacto que está sendo confirmado, tem uma
grande relação com o direito que Israel tem da terra.
70 Semanas de Daniel

Esse pacto será uma aliança política que trará paz e segurança (1 Ts 5:3, Dn 11:24, Ez
38:11). O anticristo juntará as peças e fará com que a aliança seja abraçada e confirmada
por muitas nações. Mas, ao mesmo tempo, essa é a aliança que o anticristo odeia e quebra
no meio da semana (Dn 11:31; 12:11). Para o anticristo esse pacto não é considerado
santo, nem mesmo pelas outras nações (ele o confirma com muitas). Para eles, é apenas
uma liga (Dn 11:23), um acordo de paz (Dn 8:25), mas do ponto de vista da história e da
profecia bíblica, a presença do povo judeu na Terra faz parte da “santa aliança” que Deus

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fez com os patriarcas. A restauração do santuário e o sacrifício diário no monte do templo
fazem parte desse “pacto sagrado”. O direito judaico sobre Jerusalém está no cerne do que
Deus prometeu.

Imagine se, uma ou mais nações, atualmente, opostas a Israel, se encontrarem na posição
em que “confirmar” o direito de Israel habitar na Terra, seja uma estratégia melhor do
que continuar se opondo a ela, ao mesmo tempo, que odeiam sua presença ali? Enquanto
aguardam, astutamente, pela primeira oportunidade de recuperar Jerusalém dos judeus? É
exatamente isso que ocorrerá!
70 Semanas de Daniel

Agora mesmo os judeus estão dizendo: “Queremos reconstruir o templo”, porém, o


grande problema é que o Domo da Rocha Muçulmano está no local onde Israel deveria
reconstruir o templo. Não sabemos como isso será resolvido, e como muitos pensam, o
anticristo não vai aparecer e dizer: “Ei pessoal, vamos assinar um tratado de paz de sete
anos”, mas algo vai acontecer, e este homem fará com que todos concordem.

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Quando disserem: “Paz e segurança”, então, de repente, a destruição virá sobre eles, como dores à
mulher grávida; e de modo nenhum escaparão. (1 Tessalonicenses 5:3)

Quando as províncias mais ricas se sentirem seguras, ele as invadirá e realizará o que nem seus pais
nem seus antepassados conseguiram. Distribuirá despojos, saques e riquezas entre seus seguidores.
Ele tramará a tomada de fortalezas, mas só por algum tempo. (Daniel 11:24)

Você dirá: “Invadirei uma terra de povoados; atacarei um povo pacífico e que de nada suspeita, onde
todos moram em cidades sem muros, sem portas e sem trancas. (Ezequiel 38:11)
70 Semanas de Daniel

Ao ser invadida, a nação de Israel é descrita como alguém que está experimentando
uma falsa sensação de segurança. Será que podemos dizer que Israel não “suspeita” das
motivações das nações vizinhas? Com certeza, algo acontecerá que Israel será levada a um
falso estado de segurança e paz. Este tratado será o principal evento político que indicará
os sete anos finais desta era. Isaías chama esse tratado de um pacto com a morte e com o
inferno (Is 28:14-16). No entanto, a resposta do Senhor é:

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“Sua aliança com a morte será anulada; seu acordo com o túmulo não será válido. Quando o flagelo
esmagador passar, você será derrotado por ele. Tão frequentemente quanto vem isso o levará embora;
manhã após manhã, dia e noite, ela passará.” O entendimento desta mensagem trará puro terror
(Isaías 28:18,19).

Reggie Kelly diz coloca desta maneira

Esta não é, apenas, a criação de uma nova liga de paz com o Anticristo. É isso (Dn 11:23),
e muito mais. É o reconhecimento formal, e eu acho internacional, do que é chamado
70 Semanas de Daniel

em Dn 11:28,30, a “santa aliança”. Isso me diz que o anticristo, em conjunto com outras
nações, confirma “a santa aliança” com muitos. “Muitos” aqui não precisam significar
apenas judeus. Poderia muito bem significar os chefes de outras nações. A aliança não é
“feita”, “é confirmada”. De um lado, esta é, de fato, uma “liga” profana e presunçosa em
que Israel entra com o Anticristo (Dn 11:23). Por outro lado, é particularmente “a santa
aliança” (Dn 11:28, 30) que ele (o anticristo) confirma com muitos. Acredito que não
devemos descartar a possibilidade (acho provável) que, neste momento, o anticristo seja

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apenas um dentre muitos outros chefes de nações que se reuniram para decidir a questão
de Jerusalém. Acredito que veremos uma situação em que muitas nações, a nação do
anticristo entre elas (um rei do norte), reconhecerão não apenas o direito de Israel de
existir, mas também o direito judaico de acesso ao monte do templo (para muçulmanos
“Santuário Nobre”). [4]

Os últimos 3 anos e meio

Algo terrível acontece no meio da semana. No meio desse período de sete anos, três anos
70 Semanas de Daniel

e meio depois, quando ele entra no templo, se revela como o “homem da iniquidade”
e provoca a abominação que causa desolação gerando a grande tribulação, o anticristo
irá revelar a sua verdadeira face e dizer que, na realidade, não é um homem de paz, mas
de guerra. Mostrará que pouco se importa com a nação judaica e seu templo. Ele irá se
proclamar Deus, se assentar no trono e perseguir cada um que se recusar o adorar.
(Dn 9:27, Dn 11:31, Dn 12:11, Mt 24:15

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… na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das
abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele.
(Daniel 9:27)

Desde o tempo em que o holocausto contínuo for tirado, e a abominação assoladora for
estabelecida, haverá mil duzentos e noventa dias. (Daniel 12:11)

Tanto cresceu que chegou a desafiar o príncipe do exército; suprimiu o sacrifício diário
oferecido ao príncipe, e o local do santuário foi destruído. Por causa da rebelião, o exército dos
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santos e o sacrifício diário foram dados ao chifre. Ele tinha êxito em tudo o que fazia, e a verdade foi
lançada por terra. (Daniel 8:11,12)

“e tirarão o holocausto contínuo, estabelecendo a abominação assoladora” Dn 11:31


“Assim, quando vocês virem ‘o sacrilégio terrível’, do qual falou o profeta Daniel, no lugar santo
— quem lê, entenda —então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes. (Mateus 24:15)

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Este tempo é chamado de grande tribulação, ou a angústia de Jacó. Nas escrituras, essa
duração de anos é comunicada dizendo “42 meses”, “1260 dias” e “Um tempo, tempos e
meio tempo.” (Ap 11:2,3, Ap 12:6, Ap 13:5,6)

“Naquele tempo, Miguel, o grande príncipe, se levantará a favor dos filhos do teu povo; e haverá um
tempo de tribulação como nunca houve desde que existiu nação até então” Daniel 12:1

Estas são as palavras que o Senhor falou acerca de Israel e de Judá: “Assim diz o Senhor: ” ‘Ouvem-
se gritos de pânico, de pavor e não de paz. Pergunte e veja: Pode um homem dar à luz? Por que vejo,
70 Semanas de Daniel

então, todos os homens com as mãos no estômago, como uma mulher em trabalho de parto? Por
que estão pálidos todos os rostos? Como será terrível aquele dia! Sem comparação! Será tempo de
angústia para Jacó; mas ele será salvo. ( Jeremias 30:4-7 NVI )

Neste tempo de grande tribulação, o Anti Cristo receberá autoridade para lutar e vencer os
santos (Ap 13:5,6 Dn 7:25, Dn 8:11-12)

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À besta foi dada uma boca para falar palavras arrogantes e blasfemas, e lhe foi dada autoridade
para agir durante quarenta e dois meses. Ela abriu a boca para blasfemar contra Deus e
amaldiçoar o seu nome e o seu tabernáculo, os que habitam no céu. Foi-lhe dado poder para
guerrear contra os santos e vencê-los. Foi-lhe dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e
nação. (Apocalipse 13:5,6)

Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis. Os santos
serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo. (Daniel 7:25)
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Muitos Judeus irão fugir e se refugiar no deserto neste período de tempo. (Ap 12:6,14, Mt
24:16, Is 16:1-5 Is 26:20 Is 42:11, Dn 11:41)

A mulher fugiu para o deserto, para um lugar que lhe havia sido preparado por Deus, para que
ali a sustentassem durante mil duzentos e sessenta dias. (Apocalipse 12:6)

“então os que estiverem na Judéia fujam para os montes” Mt 24:16

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Israel será quebrantado e salvo

“mas naquele tempo, o teu povo, todo aquele cujo nome estiver escrito no livro, será liberto.” Muitos
dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, outros para vergonha e
desprezo eterno. Dn 12:2

“Haverá um tempo, tempos e meio tempo. Quando o poder do povo santo for finalmente
quebrado, todas essas coisas se cumprirão”. (Daniel 12:6-7)
70 Semanas de Daniel

Quando vocês estiverem sofrendo e todas essas coisas tiverem acontecido com vocês, então, em dias
futuros, vocês voltarão para o Senhor, o seu Deus, e lhe obedecerão. Pois o Senhor, o seu Deus, é
Deus misericordioso; ele não os abandonará, nem os destruirá nem se esquecerá da aliança que com
juramento fez com os seus antepassados. (Deuteronômio 4:26-31NVI )

Em resumo, em Daniel 11:23-30, temos uma ordem cronológica definida de eventos


que acontecem nos primeiros 3 anos e meio, a primeira metade da última semana. Então

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Daniel 11:31 é o evento que Jesus diz que começa a tribulação (Mt 24:15, 21). Sabemos
que a abominação é estabelecida na última metade dos sete anos descritos em Daniel
9:27, mas o versículo 11 do capítulo 12, é um texto decisivo para mostrar que os últimos
3 anos e meio começam quando o sacrifício é interrompido e que isso dura até o tempo
da ressurreição dos mortos. (Dn 12:2,13). Outro texto importante é Daniel 8:11 que
nos mostra que não é o Messias, mas o rei auto exaltado que cessa o sacrifício. Este texto
também nos mostra que, do momento em que começam os sacrifícios até a restauração
final – e última – do templo serão 2300 dias.
70 Semanas de Daniel

Então ouvi dois anjos conversando, e um deles perguntou ao outro: “Quanto tempo
durarão os acontecimentos anunciados por essa visão? Até quando será suprimido o
sacrifício diário e a rebelião devastadora prevalecerá? Até quando o santuário e o exército
ficarão entregues ao poder do chifre e serão pisoteados? “Ele me disse: “Isso tudo levará
duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será reconsagrado”. Dn 8:13-14

“Desde o tempo em que o holocausto contínuo for tirado, e a abominação assoladora for estabelecida,

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haverá mil duzentos e noventa dias. Bem aventurado o que espera e chega aos mil trezentos e trinta e
cinco dias.” Daniel 12:11_12

No final de sua carreira tirânica, o anticristo se oporá às nações do mundo que descem
sobre ele em Jerusalém (Dn 11:45), de todas as direções (Dn 11:40-44; Ap 16:12-16).
Então, o Armagedom não se trata de nações se mobilizando para atacar os judeus em
Israel. Israel está prostrado e esmagado sob o calcanhar do anticristo há 42 meses, desde
o ponto da abominação. É provável que o maior número de judeus que sobreviverem à
invasão repentina e inesperada do Anticristo (1 Ts 5:3) seja aquele que conseguir escapar
70 Semanas de Daniel

para o deserto da Judeia (Mt 24:15-16), e mais adiante para Jordânia e o norte da Arábia
Saudita (Is 16:1-5; 26:20; 42:11; Dn 11:41; Ap 12:6,14).

O Armagedom é iniciado por uma revolta contra o anticristo. As nações que se apressam
em direção a Megido e Jerusalém não esperam ser encontradas por Jesus em Sua descida
ao Monte das Oliveiras (Zc 14:4). Pelo contrário, o interesse inicial deles é tentar rejeitar
o jugo do tirano opressivo, no entanto isso não significa que essas nações suportar Israel.

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(Dn 11:25-30,44) (LEIA OS TEXTOS ACIMA, POIS ELES APRESENTAM UMA
IMAGEM MUITO DIFERENTE DO QUE AQUELA QUE GERALMENTE NOS
É PINTADA). Nós sempre imaginamos o anticristo como esta besta invencível que todos
adoram e louvam; que ele é invencível, mas esses textos mostram que haverá uma forte
resistência a ele; mostram que muitas pessoas o odeiam.

O cálice da ira será totalmente derramado até atingir o fim dos juízos de Deus. O anticristo
continuará com suas abominações e atividades desoladoras até que os julgamentos de Deus
o destrua. Daniel descreveu o julgamento do Anticristo quatro vezes, enfatizando que ele
70 Semanas de Daniel

será consumido, destruído e quebrado sem meios humanos – por intervenção divina. (Dn
7:11,26; 8:25; 11:45)

Apesar disso, o seu fim virá, e ninguém o socorrerá. Dn 11:45

E então o anticristo, sem lei, será revelado, a quem o Senhor consumirá com o sopro da sua boca e
destruirá com o brilho da sua vinda. (2 Tessalonicenses 2:8)

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Gabriel reiterou que, daquele momento até o fim, será “… um tempo, tempos e meio
tempo” (Dn 12:7b), ou seja, por um ano, dois anos e meio ano ou 3 anos e meio (a última
metade dos 7 anos finais). No entanto, o responsável por toda essa desolação e devastação
tem um “fim que é decretado” para ele, um certo castigo que será “derramado sobre ele”
(Dn 9:27c); “ele chegará ao seu fim, e ninguém o ajudará” (Dn 11:45).

Finalizo esse texto, com as palavras de Mike Bickle5

“Não se deixem intimidar por seu sucesso temporário. Quero dizer que ele será poderoso, mas é
70 Semanas de Daniel

muito temporário. O livro de Daniel fala sobre sua destruição quatro vezes. Daniel diz que o
anticristo será consumido; o anticristo será destruído. É interessante em 2 Tessalonicenses Paulo
usa os mesmos dois verbos quando fala sobre o anticristo. Ele está citando o livro de Daniel. Jesus o
destruirá pelo brilho de Sua vinda, aquela glória de jaspe na face de Jesus. Amados, os dois homens
mais poderosos da história estarão no planeta na cidade de Jerusalém na mesma hora, os dois
homens mais poderosos da história, em um confronto. O anticristo terá tudo os exércitos da terra ao
redor de Jerusalém, todo o Davi e Golias se enfrentam novamente. Um judeu virá e todos os exércitos

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da terra estarão reunidos em torno de Jerusalém. Este homem com seu poder feroz, milagres, sua
raiva, este homem judeu com um corpo ressuscitado olhará para ele e simplesmente soprará sobre
ele, e então Ele voltará o olhar para ele e pelo brilho de Sua glória Ele consumirá esse homem mau.
Amado, esse é o Homem que amamos, que é o Homem que adoramos, que é o Homem pelo qual
vale a pena. Não importa o que passamos entre agora e depois, vale a pena. Ele é o Deus da glória
em Apocalipse 4. Esse é o Pai, mas o Filho também é a expressão completa da glória do Pai em
Apocalipse 4. Amém e amém.”
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