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Sumário
1. Introdução à Escatologia ............................................................................ 05
2. Escolas Escatológicas ................................................................................ 13
3. O Dispensacionalismo ................................................................................ 22
4. O Estado Intermediário dos Mortos ........................................................... 30
5. O Arrebatamento da Igreja .......................................................................... 39
6. O Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro ............................................ 47
7. Israel: O Nosso Relógio Escatológico ....................................................... 55
8. A Grande Tribulação ................................................................................... 63
9. A Volta de Cristo em Glória ......................................................................... 71
10. O Período Milenial ....................................................................................... 79
11. O Juízo Final ................................................................................................ 87
12. O Estado Eterno dos Salvos e Condenados .............................................. 95
13. Você Está Preparado? ................................................................................ 104

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--------------------------------------- Temática em Foco --------------------------------------
A Escatologia traz, no decorrer dos tempos, o
caminho para a compreensão da Palavra Profética
Bíblica. É através de seu estudo que o cristão é
advertido, consolado e enche-se de esperança na
caminhada cristã.

-----------------------------Leitura Bíblica Devocional -----------------------------


Segunda-Feira ---------------------------------------------- 2 Tm 3.1-5

Terça-Feira ---------------------------------------------- 1 Co 15.51-58

Quarta-Feira ---------------------------------------------- 1 Ts 4.13-18

Quinta-Feira -------------------------------------------------- 2 Pe 3.1-9

Sexta-Feira ---------------------------------------------------- Ap 1.9-19

Sábado --------------------------------------------------------- Ap 22.7-20


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------------------------------ Objetivo Geral e Específico ---------------------------
O objetivo geral da lição é introduzir o leitor aos
estudos escatológicos da revista. Aqui observamos
a importância da Palavra Profética e suas
revelações no decorrer das gerações. A lição divide-
se nos seguintes objetivos específicos:
I - Definir o significado da Palavra Profética,
também conhecida como Escatologia Bíblica,
apresentando a fonte de sua revelação e os cuidados
com o estudo do tema;
II - Discutir sobre as profecias passadas, presentes e
futuras no âmbito escatológico;
III - Entender a importância da Escatologia Bíblica
para o cristão.
------------------------------------------ Leitura Bíblica -----------------------------------------
1 Tessalonicenses 5.1-11
1 - Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações,
não necessitais de que se vos escreva;
2 - porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia
do Senhor virá como o ladrão de noite.
3 - Pois que, quando disserem: Há paz e segurança,
então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as
dores de parto àquela que está grávida; e de modo
nenhum escaparão.
4 - Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que
aquele Dia vos surpreenda como um ladrão;

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5 - porque todos vós sois filhos da luz e filhos do
dia; nós não somos da noite nem das trevas.
6 - Não durmamos, pois, como os demais, mas
vigiemos e sejamos sóbrios.
7 - Porque os que dormem, dormem de noite, e os
que se embebedam, embebedam-se de noite.
8 - Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios,
vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo por
capacete a esperança da salvação.
9 - Porque Deus não nos destinou para a ira, mas
para a aquisição da salvação, por nosso Senhor
Jesus Cristo,
10 - que morreu por nós, para que, quer vigiemos,
quer durmamos, vivamos juntamente com ele.
11 - Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-
vos uns aos outros, como também o fazeis.

-------------------------------------------- Comentário ----------------------------------------------

INTRODUÇÃO
Não conseguiríamos entender o destino de todos sem a revelação
da Palavra Profética, também conhecida como Escatologia Bíblica. É
através dela que somos guiados pelos acontecimentos do fim, e
quando estudada corretamente, podemos nos livrar das ciladas
impostas sobre este sensível tema.
Esta lição objetiva-se em trazer uma introdução acerca dos
assuntos que serão abordados ao longo desta magnífica revista, e tem

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por finalidade apresentar uma rápida introdução aos ensinos
escatológicos. Que Deus nos ajude no decorrer desta aula.

1 - A PALAVRA PROFÉTICA
1.1 - SIGNIFICADO

Também conhecida como “A Palavra Profética”, a Escatologia


(eschatos=últimos; logos=tratado) nada mais é do que “o tratado
(estudo; doutrina) sobre as últimas coisas”. Na história da profecia
bíblica, o Espírito Santo revelou a muitos profetas e apóstolos as
coisas que em breve “hão” de acontecer.
A doutrina sobre as últimas coisas tem o seu papel relevante no
âmbito da educação cristã. Por meio dela podemos viver o agora com
base numa esperança futura, sabendo que tudo o que acontece hoje
aqui, nada mais é do que a preparação para o que em breve há de ser
revelado (1 Co 13.12).
1.2 - A REVELAÇÃO DE DEUS SOBRE O FUTURO
A Escatologia nos foi revelada através da Soberana vontade de
Deus, que conhece os tempos por toda a eternidade e participa aos
homens aquilo que lhes é permitido saber dos “tempos ou as estações
que o Pai estabeleceu pelo Seu próprio Poder” (At 1.7).
A nós foi transmitida por intermédio dos apóstolos e profetas que,
sob a inspiração e revelação do Espírito Santo, foram os responsáveis
pela única fonte confiável da literatura escatológica, a Bíblia, onde
nenhum outro escrito nos é capaz de ensinar.
1.3 – OS CUIDADOS COM AS “REVELAÇÕES ESCATOLÓGICAS”
Todo material que transmite e ensina sobre a Escatologia Bíblica
está contido nas escrituras (2 Tm 3.16,17; 2 Pe 1.21). Por isso
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devemos ter bastante cuidado quando formos fazer uso de
complementos pedagógicos, tendo em vista que muitos acabam
distorcendo a essência da “doutrina das últimas coisas”.
Maior cuidado ainda deve ser empregado nas famosas “revelações
escatológicas” e com os “escatólogos da internet”, que tentam trazer
falsas revelações e interpretações da Escatologia Bíblica, contudo, não
passam de “artistas em busca de status”. Tenhamos em mente as
palavras do apóstolo Paulo: “Se alguém vos anunciar outro Evangelho
além do que já recebestes, seja anátema” (Gl 1.8,9).

2 - AS PROFECIAS
2.1 - PROFECIAS QUE JÁ SE CUMPRIRAM
O primeiro grupo de profecias escatológicas são aquelas que já
tiveram o seu cumprimento. Muitos confundem a Escatologia quando
imaginam que ela somente retrata sobre as coisas que ainda hão
acontecer, contudo, uma grande parte das profecias que tinham
relação com as coisas futuras já aconteceram.
Um exemplo claro disso foi a profecia sobre nascimento e morte de
Jesus no Calvário (Gn 3.15), entre tantas outras que profetizaram
acerca do nascimento, vida e morte de Cristo (Sl 16.10; 22.7-8,16,18;
69.21; 78.2; Is 9.1,2; 53.1-7; Zc 9.9), que tiveram o seu cumprimento
durante o tempo em que Jesus viveu nesta Terra.
2.2 - PROFECIAS QUE ESTÃO SE CUMPRINDO
Esse grupo de profecias, basicamente está relacionado aos sinais
dos tempos que estudaremos na lição 05. Esses são os fatos que
foram profeticamente anunciados e já estão acontecendo, revelando
que outros em breve irão acontecer. São eles que revelam a vinda de
Cristo e o fim do mundo (Mt 24.3), e que servem de aviso para que os
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povos da Terra estejam preparados para o encontro com Deus (Am
4.12).
2.3 – PROFECIAS QUE BREVE HÃO DE SE CUMPRIR
As profecias que breve hão de se cumprir, apontam para
acontecimentos futuros, para aquilo que ainda não vimos revelados.
Dentro desse grupo de profecias temos: o Arrebatamento da Igreja (1
Co 15.51,52; 1 Ts 4.16,17); o aparecimento do anticristo (2 Ts 2.3,4;
Ap 6.2; 13.1-10); o retorno de Cristo em Glória (Mt 24.30; Ap 19.11-
16); dentre outros que são assunto dessa maravilhosa revista.

3 - A LUZ QUE ALUMIA


3.1 - ELA NOS ADVERTE
Toda palavra da Escritura é apta para “ensinar o que é verdadeiro
e para nos fazer perceber o que não está em ordem na nossa vida. Ela
nos corrige quando erramos e nos ensina a fazer o que é certo” (2 Tm
3.16-NVT). Do mesmo modo é a palavra profética (Escatologia), que
nos adverte sobre os tempos futuros, nos alertando a despertar do
sono nesses dias maus (Ef 5.14-16).
Ela é responsável por nos alertar sobre o fim de todas as coisas,
reiterando que “já é hora de despertar” (Rm 13.11), porque “a noite é
passada, e o dia é chegado” (Rm 13.12), e é “bem aventurado aquele
que lê, e os que ouvem as palavras […] e guardam as coisas que nela
estão escritas; porque o tempo está próximo” (Ap 1.3).
3.2 - ELA NOS CONSOLA
A revelação profética também nos consola. No tempo presente,
muitas adversidades têm chegado aos cristãos, seja desemprego,
fome, perseguição, injustiças. Contudo, a Escatologia vem como luz
de consolação para o aflito e cansado andarilho.
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É por meio da promessa do encontro com o Senhor que todos nós
somos consolados e, independente do que aconteça, esse conforto
nos dará a esperança de estarmos eternamente com o Senhor (1 Ts
4.17,18).
3.3 - ELA NOS ENCHE DE ESPERANÇA
Toda experiência nos é convertida em esperança, e munidos desta,
não entraremos em confusão (Rm 5.4,5). Quando compreendemos,
mesmo que por espelho (1 Co 13.12), quais são as coisas que “Deus
preparou para os que O amam” (1 Co 2.9), o nosso coração fica
esperançoso e ansioso para que tudo se cumpra.
A Escatologia Bíblica é a responsável por nos conceder a confiança
plena no que a nós foi prometida e por isso devemos nos alegrar (Rm
12.12) e seguir confiantes, firmes e constantes, porque o nosso
trabalho não será “vão no Senhor” (1 Co 15.57,58).

CONCLUSÃO
A Escatologia Bíblica, quando corretamente estudada, nos
conduzirá a compreensão espiritual das coisas que nos foram
reveladas. Sem ela, estaríamos como um avião sem a torre de
comando para poder aterrissar; num barco sem o farol para navegar a
noite; seríamos um navegante sem a bússola mostrando o seu destino.
Estudar a Palavra Profética nos livrará das ciladas oferecidas pelas
“revelações” desacertadas, dos intitulados “profetas escatológicos”.
Que no decorrer dessa maravilhosa revista você seja conduzido à
grata compreensão da Escatologia. Que Deus abençoe a todos.

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------------------------------------------- Questionário --------------------------------------------

1 - Qual o significado e objetivo geral da Palavra


Profética?

2 - Quais cuidados devemos ter no estudo da


Escatologia Bíblica?

3 - Qual a nossa fonte de estudo da Palavra


Profética?

4 - Cite as profecias que estão se cumprindo:

5 - Quais profecias ainda restam se cumprir?

-------------------------------------- Sugestões ao Leitor ------------------------------------

12
--------------------------------------- Temática em Foco --------------------------------------
No estudo da Escatologia Bíblica, muitos
teólogos e denominações se organizaram para
construir seus posicionamentos. Deste modo, o
correto entendimento da linha de pensamento que
defendemos nos conduzirá a estabelecer firme a
nossa fé.

----------------------------- Leitura Bíblica Devocional ----------------------------


Segunda-Feira ------------------------------------------- Dn 12.1-13
Terça-Feira ------------------------------------------------- Mt 24.1-14
Quarta-Feira ---------------------------------------------- 2 Ts 2.1-17
Quinta-Feira ----------------------------------------------- Lc 21.7-19
Sexta-Feira --------------------------------------------------- Ap 3.7-13
Sábado ------------------------------------------------------ 2 Pe 3.10-14

13
----------------------------- Objetivo Geral e Específico ----------------------------
O objetivo geral da lição é apresentar ao leitor
as escolas de pensamentos escatológicos, definindo
seus fundamentos e apresentando as refutações
necessárias de acordo com a ótica pré-tribulacional
Assembleiana. Ainda podemos observar os
seguintes objetivos específicos:
I - Discutir sobre o Amilenismo, apresentando seus
fundamentos e refutações a essa escola
escatológica;
II - Apresentar os fundamentos do pós-
tribulacionismo, entendendo os equívocos dessa
linha de pensamento;
III - Apresentar o conceito pré-milenista e suas
ramificações de pensamento.
---------------------------------------- Leitura Bíblica -------------------------------------------
1 Coríntios 15.50-58
50 - E, agora, digo isto, irmãos: que carne e sangue
não podem herdar o Reino de Deus, nem a
corrupção herda a incorrupção.
51 - Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem
todos dormiremos, mas todos seremos
transformados,
52 - num momento, num abrir e fechar de olhos,
ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e
os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados.

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53 - Porque convém que isto que é corruptível se
revista da incorruptibilidade e que isto que é
mortal se revista da imortalidade.
54 - E, quando isto que é corruptível se revestir da
incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir
da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que
está escrita: Tragada foi a morte na vitória.
55 - Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está,
ó inferno, a tua vitória?
56 - Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força
do pecado é a lei.
57 - Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por
nosso Senhor Jesus Cristo.
58 - Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e
constantes, sempre abundantes na obra do Senhor,
sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.
--------------------------------------------- Comentário ---------------------------------------------

INTRODUÇÃO
Em relação às escolas escatológicas, abordaremos as principais
visões com relação à ordem dos acontecimentos dos eventos
relacionados aos últimos dias. Antes de começar, é bom ressaltar que
este assunto é muito complexo, portanto, as divergências teológicas
são grandes entre a maioria dos teólogos renomados.
O objetivo aqui é apresentar os principais pontos de vista da
comunidade evangélica atual e fazer uma defesa do ponto de vista
adotado pela maioria das igrejas evangélicas pentecostais: o pré-
milenismo dispensacionalista (pré-tribulacionista).
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1 - O AMILENISMO
1.1 - CONCEITO DE AMILENISMO
Os defensores do amilenismo afirmam que não vai existir um período
de mil anos aqui na terra com Cristo reinando e Satanás preso (Ap 20.1-
10). De acordo com o amilenismo, o milênio está acontecendo agora, é
a presente era da Igreja. Neste caso, satanás já está preso e Cristo reina
nos céus juntamente com os salvos que já morreram.
Este ponto de vista é o mais simples de todos quando se trata de
escatologia. Segundo os seus defensores, no fim dos tempos, Jesus
vem, ressuscita os salvos e os ímpios, realiza o tribunal para premiar os
salvos e realiza o juízo final para condenar os ímpios. Depois os ímpios
serão lançados no lago de fogo os salvos irão habitar na Nova
Jerusalém.
1.2 - EM QUE SE FUNDAMENTA O AMILENISMO
Segundo os amilenistas há apenas uma passagem que fala
explicitamente do milênio (Ap 20.1-10), dessa forma, não faz sentido
usá-la para sustentar um acontecimento literal.
Para eles, a prisão de Satanás aconteceu durante o ministério terreno
de Cristo, pois o próprio Jesus diz: “Como pode alguém entrar na casa
do valente e roubar-lhe os bens, sem que primeiro o amarre? Só depois
lhe saqueará a casa” (Mt 12.29 ARA). Como esta passagem está dentro
do contexto de uma expulsão de demônio (Mt 12.22-32), eles interpretam
dizendo que Jesus amarrou o “valente”, Satanás, e por isso os demônios
estão sendo expulsos. Quando os setenta retornam do evangelismo,
dizem que até os demônios se submetiam ao nome de Jesus (Lc 10.17)
e logo em seguida Jesus diz: “Eu vi Satanás cair do céu como um raio”
(Lc 10.18).

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Eles também argumentam que a Bíblia diz, em pelo menos três
passagem, que haverá apenas uma ressurreição (Jo 5.28-29; At. 24.15;
Dn 12.2). Dessa forma, a ideia de ter duas ressurreições, uma antes do
milênio e outra depois do milênio, parece não ter muita base bíblica.
1.3 - REFUTANDO O AMILENISMO
Apenas uma passagem bíblica não é suficiente para comprovar o
milênio. Isso não é verdade, pois apenas uma passagem fala sobre a
torre de Babel e nós cremos que este acontecimento foi literal.
Satanás foi amarrado durante o ministério de Jesus e continua até agora.
Este argumento não faz muito sentido, pois o texto de Apocalipse 20.3
afirma que ele será lançado em um abismo que posteriormente será
selado, ou seja, sua ação será nula durante este período milenar. Se
satanás tivesse sido amarrado quando Jesus estava na terra, hoje não
teríamos sua ação, mas não é isso que observamos e nem é isso que a
Bíblia diz (1 Pe 5.18; Ef 6.11).
Haverá apenas uma ressurreição. As passagens bíblicas que afirmam
sobre uma ressurreição (Jo 5.28-29; At 24.15; Dn 12.2) não excluem a
ideia de duas ressurreições. Em Apocalipse 20.6 diz: “Bem-aventurado
e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição” (ARA). Se tem a
primeira, significa que haverá a segunda. Neste caso, a primeira
ressurreição acontecerá antes do milênio e a segunda depois do milênio.

2 - O PÓS-MILENISMO
2.1 - CONCEITO DE PÓS-MILENISMO
Os defensores do pós-milenismo afirmam que Cristo vai voltar após
o milênio, no entanto, para eles esse período de mil anos não é literal,
significa que a Igreja vai crescer, influenciar o mundo até chegar o
momento em que haverá uma grande paz mundial. A maioria das
17
pessoas irão se converter e o cristianismo irá influenciar todas as áreas
da sociedade. Cristo não vai reinar fisicamente aqui na terra, mas vai
reinar nos nossos corações.
Assim como os amilenistas, os defensores do pós-milenismo
acreditam que Jesus volta no final desse período, ressuscita todos, uns
para serem condenados e outros para morar na nova terra. A principal
diferença entre eles é que para os amilenistas haverá manifestação do
anticristo e um período de grande perseguição da Igreja antes da volta
de Jesus, enquanto os pós-milenistas têm uma perspectiva mais
otimista em relação ao avanço do evangelho.
2.2 - EM QUE SE FUNDAMENTA O PÓS-MILENISMO
Para os seus defensores, a Grande Comissão é um exemplo de que
o evangelho vai se propagar com grande poder em todo o mundo.
Jesus diz: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto,
vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o
que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos
tempos". (Mt 28.18-20 NVI).
Segundo eles, as parábolas sobre o crescimento do reino também
confirmam o avanço do evangelho. Neste caso, as parábolas do grão
de mostarda (Mt 13.31-32) e do fermento (Mt 13.33).
2.3 – REFUTANDO O PÓS-MILENISMO
A Grande Comissão não significa que o evangelho vai ser aceito
pela maioria. O que pode ser observado ali é uma afirmação de que
Jesus tem todo o poder e que o evangelho deve ser pregado, mas não
há nada que confirma uma conversão em massa.
As duas parábolas que falam sobre o crescimento do reino não
afirmam nada sobre o tamanho desse reino. Seria uma interpretação
18
muito simplista afirmar que o crescimento do reino nestas parábolas se
refere apenas ao crescimento numérico; o reino de Deus é muito mais
amplo do que número de pessoas.
A visão otimista dos pós-milenistas sobre o avanço do evangelho
não condiz com a realidade. O próprio Jesus disse que a porta estreita
é a que conduz à vida eterna (Mt 7.13). Além do mais, no fim haverá
muita perseguição e a apostasia será grande (2 Ts 2.3-4; 2 Tm 3.1-5;
Mt 24.21-30).

3 - O PRÉ-MILENISMO
Não será realizado uma defesa completa desta visão aqui, pois toda
a revista tem este propósito.
3.1 - CONCEITUANDO O PRÉ-MILENISMO
Os pré-milenistas afirmam que o milênio é literal, ou seja, haverá
um período de mil anos que vai acontecer aqui na terra após o retorno
de Cristo em glória e o tribunal das nações. Cristo vai reinar fisicamente
juntamente com os salvos (os que subiram antes da grande tribulação
e os salvos da grande tribulação) satanás será amarrado para não
enganar as nações (Ap 20.3). Os sobreviventes da grande tribulação,
que não aceitaram a marca da besta, também participarão do milênio
aqui na terra.
Este ponto é criticado pelos amilenistas, pois para eles não faz
sentido pessoas com o corpo glorificado viver juntamente com aqueles
que não tiveram a glorificação do corpo ainda. No entanto, o próprio
Cristo viveu na terra com corpo glorificado durante 40 dias.
Há dois tipos de pré-milenismo: o dispensacionalista (pré-
tribulacionista) e o histórico (pós-tribulacionista).

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3.2 - OS PRÉ-TRIBULACIONISTAS
Os pré-milenistas dispensacionalistas (pré-tribulacionistas)
acreditam que Jesus vem de forma secreta antes da grande tribulação
(período de grande perseguição que irá durar 7 anos). Depois desse
período, Jesus vem em glória, lança no lago de fogo a besta e o falso
profeta (Ap 19.20), ressuscita os salvos e institui o reino milenar (Ap
20.4).
3.3 - OS PÓS-TRIBULACIONISTAS
Os pré-milenistas históricos (pós-tribulacionistas) acreditam que
Jesus vem após a grande tribulação, ou seja, não haverá um evento
chamado “Arrebatamento da Igreja”, somente a vinda de Jesus em
glória. Segundo eles, a Igreja passa pela grande tribulação.
Essa diferença entre eles acontece porque os pré-tribulacionistas
acreditam que Deus ainda tem um plano com Israel. Para eles, Israel
é diferente da Igreja, assim, o Todo Poderoso vai tratar com os judeus
durante a grande tribulação. Na lição nº 3 vamos estudar o
dispensacionalismo com detalhes. Os pós-tribulacionistas acreditam
que Deus não tem mais nada a tratar com Israel, somente com a Igreja.
Neste caso, a Igreja é o novo Israel de Deus e os crentes passam pela
grande tribulação.
CONCLUSÃO
Diante do que foi estudado, podemos concluir que qualquer
denominação que leva a sério a palavra de Deus acredita que um dia
Jesus vai voltar. Não importa muito se ele vem antes da grande
tribulação ou se vem depois. Não importa muito se tem milênio ou não.
O importante é que Ele vai cumprir sua promessa.

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Entretanto, defender uma visão fundamentada na Bíblia, nos deixa
confortáveis com relação às promessas da volta de Jesus. A
interpretação pré-milenista enfatiza o fato de que Jesus pode voltar a
qualquer momento, dessa forma, temos que viver sempre na
expectativa do seu retorno.
------------------------------------------- Questionário --------------------------------------------

1 - Em que se fundamenta o Amilenismo?

2 - Em que se fundamenta o Pós-Milenismo?

3 - Qual as divisões da escola Pré-Milenista?

4 - Como pensam os Pré-Tribulacionistas?

5 - Descreva os fundamentos do Pré-Milenismo:

-------------------------------------- Sugestões ao Leitor ------------------------------------

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--------------------------------------- Temática em Foco --------------------------------------
O Dispensacionalismo foi criado com o objetivo
de auxiliar o leitor da Bíblia a compreender o plano
de Deus para com a humanidade no decorrer dos
séculos. Seus períodos e marcos nos auxiliam a
entender a cronologia profética bíblica.

----------------------------- Leitura Bíblica Devocional ----------------------------


Segunda-Feira --------------------------------------------- Gn 2.15-17
Terça-Feira ---------------------------------------------------- Gn 3.9-19
Quarta-Feira ---------------------------------------------------- Gn 9.1-7
Quinta-Feira --------------------------------------------------- Gl 3.6-14
Sexta-Feira -------------------------------------------------------- Ef 2.1-8
Sábado ------------------------------------------------------------ Ap 20.4-7

22
------------------------------ Objetivo Geral e Específico ---------------------------
O objetivo geral da lição é apresentar as
definições e os aspectos bíblicos em que se baseia a
hermenêutica dispensacional, discutindo sobre a
sua importância para a escatologia pentecostal.
Ainda trabalharemos os seguintes objetivos
específicos:
I - Apresentar a definição e importância da
hermenêutica dispensacional;
II - Discutir sobre as diferenças e relações entre
dispensação e aliança;
III - Apresentar e descrever os marcos das
dispensações passada, presente e futura dentro do
aspecto bíblico.
------------------------------------------ Leitura Bíblica -----------------------------------------
Eclesiastes 3.1
1 - Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo
para todo o propósito debaixo do céu.
Jó 14.1-5
1 - O homem, nascido da mulher, é de bem poucos
dias e cheio de inquietação.
2 - Sai como a flor e se seca; foge também como a
sombra e não permanece.
3 - E sobre este tal abres os teus olhos, e a mim me
fazes entrar em juízo contigo.
4 - (Quem do imundo tirará o puro? Ninguém!)
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5 - Visto que os seus dias estão determinados,
contigo está o número dos seus meses; e tu lhe
puseste limites, e não passará além deles.

--------------------------------------------- Comentário ---------------------------------------------

INTRODUÇÃO
Entendemos a “Dispensação” como um período específico de
tempo que é baseado em mandamentos, promessas e princípios de
Deus para humanidade, com a finalidade de pôr à prova a sua
obediência e fidelidade a Ele. Cada período dispensacional reflete a
um modelo de atuação do governo de Deus para com a humanidade.
Esta lição tem como objetivo apresentar os princípios básicos do
dispensacionalismo bíblico, apresentando suas fases e seus marcos.
Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

1 - DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA
1.1 - O QUE É DISPENSACIONALISMO?
O dispensacionalismo é uma interpretação hermenêutica da Sagrada
Escritura, que não se restringe apenas à Escatologia, mas abrange todo
o processo do plano de Salvação e Redenção feito por Deus para o
homem. Nós, ao pensarmos sob a ótica dispensacional, imaginamos
apenas as subdivisões nos períodos em que chamamos de
dispensações, porém não é só isso.
Dentro dessa ótica, Deus em sua eternidade tem um plano que
percorre toda a história da humanidade para o engrandecimento do Seu
nome e que envolve conjuntamente o Plano de Salvação. Porém,
diferentemente do plano de salvação, as dispensações determinam eras
24
de revelações de Deus ao homem. Em cada dispensação, Deus revela-
se de maneiras diferentes, por isso temos as subdivisões.
1.2 - A IMPORTÂNCIA DO DISPENSACIONALISMO NA
HERMENÊUTICA PENTECOSTAL
Boa parte do movimento pentecostal, inclusive aqui no Brasil, aderiu
a hermenêutica dispensacional como principal chave de interpretação
das Escrituras, o que de fato facilitou parte do bom entendimento bíblico,
principalmente de práticas veterotestamentárias que ganharam um novo
significado nas páginas dos Evangelhos em todo Epistolário do Novo
Testamento.
O que acontece é que o dispensacionalismo durante um bom tempo
ganhou o status de doutrina, principalmente no meio das Assembleias
de Deus no Brasil. Como qualquer linha hermenêutica, tem suas falhas
de interpretação, a mesma coisa acontece com o dispensacionalismo,
porém, hoje a denominação vem apresentando uma postura mais
madura diante desse tema.
1.3 - A IMPORTÂNCIA DO DISPENSACIONALISMO DENTRO DA
ESCATOLOGIA PENTECOSTAL
Toda a visão pentecostal assembleiana sobre as últimas coisas está
pautada dentro da visão escatológica dispensacionalista. Pode-se
destacar as seguintes características da escatologia dispensacionalista:
A Grande Tribulação é literal e vai durar sete anos; Jesus vai arrebatar a
Igreja antes da Grande Tribulação; o milênio é literal; Deus ainda tem um
plano para Israel.
Diante disso, devemos esclarecer o seguinte: muitos aspectos da
hermenêutica dispensacional foram descartados da teologia pentecostal
assembleiana, porém, a nossa Escatologia é totalmente dispensacional,
portanto, para entender integralmente a Escatologia Assembleiana é
preciso compreender esta abordagem.
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2 - DISPENSAÇÃO E ALIANÇA
Ao estudar a cronologia dispensacional não podemos confundi-la
com as alianças firmadas entre Deus e os homens, contudo, uma
dispensação e uma aliança são relacionadas entre si.
2.1 - DISPENSAÇÃO
O que traduzimos para o português como “dispensação” tem origem
grega na palavra oikonomía, que também se deriva as palavras
“economia” e “administração”. Ela descreve o gerenciamento ou a
administração dos assuntos de um lar. Dentro do uso bíblico, a
dispensação representa um estágio da “administração do mundo” de
acordo com a vontade soberana de Deus, divididas em estágios
diferentes.
Em aspectos gerais, uma dispensação inclui como elementos:
promessas de Deus, mandamentos de Deus e Princípios para a
humanidade. Esses elementos nem sempre eram fixos em
determinada dispensação, pois alguns deles passaram para o próximo
período dispensacional, enquanto outros foram anulados e
substituídos no estágio seguinte.
Em resumo, as dispensações são assim definidas: Inocência,
Consciência, Governo Humano, Promessa, Lei, Graça e Reino.
2.2 - ALIANÇA
Uma aliança é um pacto firmado entre Deus e os homens, onde
princípios são estabelecidos para o gênero humano, cabendo ao
homem, mediante o seu livre-arbítrio, aceitar ou rejeitar tais princípios,
contudo, o homem é consciente dos benefícios e consequências do
cumprimento ou não que cada pacto trazia consigo.

26
2.3 – A RELAÇÃO ENTRE DISPENSAÇÃO E ALIANÇA
Em aspectos gerais, uma dispensação e uma aliança se relacionam
entre si, embora tenham aspectos diferentes em sua definição.
Compreender a correlação de cada dispensação com a aliança ativa,
permitirá ao cristão entender os princípios e ordenamentos
dispensados por Deus para o seu respectivo estágio da história.
Uma dispensação é um período de tempo onde o ser humano é
posto à prova, a fim de que a sua obediência seja atestada para com
a revelação da vontade de Deus. Nas alianças, os preceitos são
revelados ao homem, que é possuidor da capacidade de escolher se
cumpre os ordenamentos elencados pelo pacto ou não. Essa
correlação nos fará compreender melhor as fases dispensacionais
estabelecidas na história.

3 - AS DISPENSAÇÕES
3.1 - DISPENSAÇÕES PASSADAS
As dispensações passadas são compreendidas como Inocência,
Consciência, Governo Humano, Promessa e Lei. Na Dispensação da
Inocência o homem foi testado a viver segundo as condições divinas,
e tinha como marco principal a ordem do não consumo da árvore do
conhecimento (Gn 2.16,17). O seu final foi definido na queda do
homem (Gn 3.6,7).
A Dispensação da Consciência surge então com o fracasso humano
na queda, contudo, ela vem acompanhada de uma promessa de
redenção para a humanidade recém caída, e juízo para o responsável
da queda humana (Gn 3.9-19). O marco do seu término foi o juízo pelo
fracasso humano realizado no dilúvio (Gn 7.23).

27
Na Dispensação do Governo Humano o homem deveria subjugar a
terra e prover as suas necessidades (Gn 9.3), sendo que para isso a
humanidade precisava dividir-se em nações, sociedades e governos.
O fracasso da humanidade nessa dispensação fica evidenciado no
episódio da torre de Babel (Gn 11.6-8).
A Dispensação da Promessa revela o chamado de Deus a Abraão.
O homem somente viveria na terra prometida e exerceria a sua
confiança em Deus. Mas o povo recusou-se a viver pela fé, sendo
confirmado posteriormente quando do povo que saiu do Egito,
somente Josué e Calebe adentraram a Jericó.
A Dispensação da Lei está intrinsicamente vinculada à Antiga
Aliança. Essa dispensação pode ser verificada com os aspectos da
aliança mosaica: Mandamentos, Juízos e Ordenanças. O final dessa
Dispensação é Cristo e a Nova Aliança firmada na cruz.
3.2 - DISPENSAÇÃO PRESENTE
No Antigo Testamento já encontrávamos aspectos da Nova Aliança
estabelecida por Cristo na cruz do calvário. Esse Novo Testamento
representa o ponto de início da Dispensação da Graça, que diferente
da anterior, relaciona-se com a resposta do homem à Salvação
ofertada por Cristo Jesus.
Seu fim estará decretado quando a humanidade for entregue à
apostasia e, consequente, ao juízo na Grande Tribulação.
3.3 - DISPENSAÇÃO FUTURA
A Dispensação do Reino pode ser compreendida quando
relacionada à aliança de Deus com Davi. O pacto davídico tem caráter
perpétuo e incondicional (Sl 89.34,35), e terá sua realização no período
milenial do governo do Messias em Jerusalém.

28
Mesmo em um estado de paz e santidade, na qual será revelado
essa etapa dispensacional, e enquanto a humanidade estiver sendo
regida pelo próprio Cristo Glorificado, os homens ainda fracassarão no
cumprimento dos preceitos dessa Dispensação. O Tribunal do Trono
Branco será o marco final dessa e de todas as Dispensações e eras.
Após isso, os salvos viverão para sempre com o Senhor.

CONCLUSÃO
As dispensações têm o objetivo de auxiliar na compreensão da
cronologia profética bíblica, colocando organizacionalmente os
períodos e marcos, a fim de servir de orientação ao estudante da
Bíblia. Embora seja um assunto divergente dentro das escolas
teológicas, deve sim ser estudado pela Igreja, contudo, adotando os
devidos cuidados no manejo do tema, a fim de evitar excessos
desnecessários ao conteúdo em si.
-------------------------------------------- Questionário -------------------------------------------

1 - Qual a definição de dispensacionalismo?

2 - Quais são as sete dispensações?

3 - Dispensação e aliança são a mesma coisa?

4 - Qual a relação entre dispensação e aliança?

5 - Qual será o marco inicial da dispensação do


reino?

29
------------------------------------- Temática em Foco ----------------------------------------
O tema do estado intermediário dos mortos tem
chamado a atenção de muitos cristãos, geralmente
por duas razões: a primeira refere-se ao anseio por
saber qual é o destino imediato quando morremos;
a segunda é a busca do conforto de saber que nossos
entes queridos e amigos que já faleceram estão em
um lugar maravilhoso.

----------------------------- Leitura Bíblica Devocional ----------------------------


Segunda-Feira ------------------------------------------- Lc 23.39-43
Terça-Feira ---------------------------------------------------- Ec 12.1-8
Quarta-Feira ----------------------------------------------- Hb 9.22-28
Quinta-Feira ------------------------------------------------ Fp 1.12-23
Sexta-Feira ---------------------------------------------------- Ap 6.9-11
Sábado ------------------------------------------------------- Mt 22.23-32
30
----------------------------- Objetivo Geral e Específico ----------------------------

A presente lição tem por objetivo apresentar


biblicamente a realidade das pessoas que morrem
antes do Arrebatamento, tanto justos quanto
ímpios, tendo em vista nossa esperança e
consolação por entender que o lugar para onde
iremos é maravilhoso. Seguiremos os seguintes
objetivos específicos:
I – Apresentar o destino dos justos após a morte;
II – Apresentar o destino dos ímpios após a morte;
III – Apresentar as interpretações errôneas sobre o
estado intermediário dos mortos.

---------------------------------------- Leitura Bíblica -------------------------------------------


Lucas 16.19-31
19 - Ora, havia um homem rico, e vestia-se de
púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias
regalada e esplendidamente.
20 - Havia também um certo mendigo, chamado
Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele.
21 - E desejava alimentar-se com as migalhas que
caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham
lamber-lhe as chagas.
22 - E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado
pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu
também o rico e foi sepultado.
31
23 - E, no Hades, ergueu os olhos, estando em
tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu
seio.
24 - E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem
misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe
na água a ponta do seu dedo e me refresque a
língua, porque estou atormentado nesta chama.
25 - Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que
recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro,
somente males; e, agora, este é consolado, e tu,
atormentado.
26 - E, além disso, está posto um grande abismo
entre nós e vós, de sorte que os que quisessem
passar daqui para vós não poderiam, nem
tampouco os de lá, passar para cá.
27 - E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à
casa de meu pai,
28 - pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê
testemunho, a fim de que não venham também
para este lugar de tormento.
29 - Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas;
ouçam-nos.
30 - E disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum
dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.
31 - Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés
e aos Profetas, tampouco acreditarão, ainda que
algum dos mortos ressuscite.

32
--------------------------------------------- Comentário ---------------------------------------------

INTRODUÇÃO
Nesta lição trataremos de um assunto de grande importância, tanto
para a nossa compreensão enquanto filhos de Deus, quanto para a
nossa precaução contra as falsas doutrinas. Abordaremos alguns
questionamentos acerca do estado intermediário dos mortos: para
onde vão os nossos irmãos e irmãs em Cristo que morreram antes do
Arrebatamento? E os ímpios, o que acontecerá com eles depois que
falecem? Estas e outras questões discorreremos nesta aula.
Esperamos que você tenha um rico aprendizado, boa aula, e que o
Senhor possa abrir o nosso entendimento e os nossos corações, para
que a cada dia possamos ser mais instruídos na Palavra de Deus.

1 - O DESTINO DOS JUSTOS


1.1 - QUEM É CONSIDERADO JUSTO?
Em primeiro lugar é importante ressaltar de quem estamos
falando quando mencionamos os justos. Para fugirmos de qualquer
mal-entendido e precavendo-nos de resvalar em alguma heresia,
entendemos justos por aqueles que são salvos por Cristo através de
Seu sacrifício vicário que tira todo o pecado, portanto, não estamos
falando de pessoas justas pelas obras que fazem, mas justificadas por
Cristo, e com isso salvas.
1.2 - O SEIO DE ABRAÃO
O texto de Lucas 16.22 nos diz que Lázaro após a morte foi levado
ao seio de Abraão, essa é uma expressão que indica estar junto
daqueles que foram salvos (Jz 2.10; Gn 15.15; 47.30; Dt 31.16), o texto
ainda afirma que Lázaro estava recostado no seio de Abraão (v.23) e
33
isto aponta uma comunhão (Jo 1.18; Jo 13.23; Mt 8.11). A Bíblia
também chama este lugar de Paraíso (Lc 23.43).
O seio de Abraão (Paraíso) é um lugar preparado por Deus para
que os salvos, que morreram antes do Arrebatamento, possam
aguardar o seu destino, e ali o crente já estará na alegria e consolo da
presença de Cristo (2 Co 5.6-8). Esse lugar provisório terminará no
Arrebatamento da Igreja, onde os que dormem ressuscitarão primeiro
conforme vemos em 1 Tessalonicenses 4.13-17.
1.3 - O ESTADO DOS JUSTOS
Como será que esses justos estarão nesse maravilhoso lugar? A
Bíblia afirma que os salvos estarão em descanso e conscientes de seu
estado (Ap 6.9-11), a Palavra de Deus compara esse descanso à ideia
de dormir (1 Co 15.51; 1 Ts 4.13), também já estaremos apreciando a
presença de Cristo e dos que já estiverem lá (2 Co 6.6-8; Fp 1.23; Mt
8.11), a Bíblia também assegura que neste período estaremos sendo
aperfeiçoados no conhecimento de Cristo (1 Co 13.12). O que difere
este estado e o estado final é que não teremos o corpo glorificado,
seremos almas desencarnadas à espera da ressurreição (Ap 6.6) e
não estaremos na Nova Jerusalém que será inaugurada no fim dos
tempos.

2 - O ESTADO DOS ÍMPIOS


2.1 - QUEM É CONSIDERADO ÍMPIO?
Novamente devemos conceituar de quem estamos falando aqui,
para não haver quaisquer dúvidas ou mal-entendidos. E por aqui
entendamos aqueles que não aceitaram a obra de Cristo em suas
vidas, por isso não foram salvos, justificados, vivificados e santificados,
e agora caminharão rumo ao sofrimento eterno. Não devemos concluir
34
que estas pessoas são necessariamente ruins, mas sem Deus, pois,
todos pecamos e estávamos longe de Dele (Rm 3.23).
2.2 - O HADES
Voltemos ao texto de Lucas 16.23 em que há menção ao “Hades”,
que é para onde o Rico foi enviado após a morte. Mas que lugar é
esse? Primeiramente o hades não é o inferno, a Palavra de Deus utiliza
outras nomenclaturas para designar o inferno, tais como geena (Mt
5.22) e tártaro (2 Pe 2.4). Assim como o seio de Abraão, o hades tem
caráter provisório, e é um lugar de sofrimento como está escrito em
Lucas 16.23: “estando em tormentos”. Esse ambiente temporário
deixará de existir no Juízo Final, pois os que estão no Hades
ressuscitarão e serão apresentados diante do trono branco de Deus
para receberem sua punição definitiva, esta realidade é descrita em
Apocalipse 20.11-15.
2.3 - O ESTADO DOS ÍMPIOS
E qual é o estado em que os ímpios estão? Os ímpios terão a
consciência de onde estão e por que estão ali (Lc 16.23,24), e também
estarão em situação de grande tormento como vemos em Lucas
16.23,24,28. As palavras usadas para designar tormentos neste texto
são βάσανος (basanos) e ὀδυνάω (odunao) que dão a ideia de tortura
oriunda dos sintomas de uma doença grave e uma angustia que
consome a alma, este lugar também é marcado pela distância da
presença de Deus (Lc 16.26). O texto nos indica que os ímpios estarão
cônscios de seu futuro, isto é, o inferno, e isso causa um sofrimento
que não conseguimos achar equivalência nesta vida terrena.

35
3 - POSIÇÕES DIVERGENTES
3.1 - O SONO DA ALMA
Existem interpretações diferentes a respeito do estado
intermediário dos mortos, uma delas é o denominado sono da alma.
Os seus defensores dizem que os mortos ficam numa espécie de sono
inconsciente da alma, ou seja, repousando, tanto a dos justos quantos
a dos ímpios, até o dia do Juízo Final. Neste caso, a maioria das
pessoas que defendem essa ideia, acreditam que o ser humano não
tem uma alma, mas ele é uma alma. Porém, quando analisamos os
textos bíblicos referentes ao tema, notamos que temos várias citações
de almas desencarnadas (Ap 6.9-11; Lc 16.19-31), por esta razão não
é bíblico dizer que estaremos em situação de inconsciência. Eles
interpretam mal alguns textos (At 7.60; 1 Co 15.51; 1 Ts 4.13) que
comparam a morte com o “dormir”.
3.2 - ANIQUILAÇÃO DA ALMA
Este tema será abordado com mais detalhes na lição nº 12, no
entanto, vale apresentar aqui este ponto de vista. Seus principais
defensores são as testemunhas de Jeová, que acreditam na
aniquilação dos ímpios após a morte e sono da alma dos salvos. Neste
caso, quando Jesus voltar, vai ressuscitar os salvos, mas os não salvos
continuarão mortos, ou seja, deixarão de existir.
3.3 - O PURGATÓRIO
Outra doutrina divergente é a do purgatório, esta diz que após a
morte as pessoas que não estão totalmente purificadas passam por
um estado de purgação particular dependendo de quão impuro o
indivíduo está, e, após este período já estarão prontos para entrar no
céu. Esta ideia é defendida especialmente pela igreja Católica
Romana, que acredita que por meio das orações e boas obras dos fiéis

36
e pela determinação do papa o tempo do purgatório pode ser
diminuído. Eles baseiam-se especialmente pelo texto apócrifo de 2
Macabeus 12.43-46. Quem defende a ideia de um purgatório para
purificação dos pecados cometidos minimiza os efeitos do sacrifício de
Cristo, pois, prega que é necessário algo a mais do que Cristo para a
remissão do pecado, isto é completamente antibíblico; cremos que o
sacrifício vicário e perfeito de Cristo na cruz é completamente
suficiente para tirar o pecado das nossas vidas (Jo 1.29).

CONCLUSÃO
Nesta lição vimos qual é o destino temporário dos que morrem. Os
justos estarão no paraíso desfrutando da presença maravilhosa de
Cristo e descansando à espera da ressurreição final. Já os ímpios
amargarão no hades, sofrendo previamente os tormentos, aguardando
o Juízo Final para receberem a sentença do castigo eterno.
Devemos nos manter firmes nos caminhos do Senhor para que, se
morrermos, possamos estar com Cristo. Se não permanecermos
fundamentados em Deus podemos ser pegos de surpresa pela morte,
e infelizmente ir para um lugar terrível.

37
-------------------------------------------- Questionário -------------------------------------------

1 – Quem é considerado justo?

2 – Quem é considerado ímpio?

3 – O Hades é o inferno?

4 – Por que não cremos no purgatório?

5 – Quando o Hades deixará de existir?

------------------------------------- Sugestões ao Leitor --------------------------------------

38
-------------------------------------- Temática em Foco ---------------------------------------
O Arrebatamento é o evento mais aguardado
pela Igreja do Senhor. Nós ansiamos pelo ressoar da
última trombeta, para que, enfim, possamos estar
com o Senhor eternamente.

------------------------------ Leitura Bíblica Devocional ---------------------------


Segunda-Feira ----------------------------------------------- Jo 14.1-3

Terça-Feira --------------------------------------------- 1 Co 15.50-58

Quarta-Feira ----------------------------------------------- 2 Ts 2.1-17

Quinta-Feira ----------------------------------------------- 2 Pe 3.1-14

Sexta-Feira --------------------------------------------------- Ap 3.7-13

Sábado ---------------------------------------------------------- Ap 22.1-7


39
----------------------------- Objetivo Geral e Específico ----------------------------
A presente lição tem por objetivo apresentar os
dados gerais que estão relacionados ao
Arrebatamento da Igreja. Apresentaremos os
aspectos gerais do princípio das dores,
demonstrando que o que estamos vivendo ainda não
é a Grande Tribulação, bem como discutiremos
sobre os sinais dos tempos. Atingiremos o objetivo
geral seguindo os seguintes objetivos específicos:
I – Discutir sobre o princípio das dores,
apresentando a sua distinção da Grande Tribulação;
II – Apresentar os sinais dos tempos, refletindo
como eles preparam o terreno para a aparição do
Anticristo;
III – Trabalhar os aspectos gerais do
Arrebatamento da Igreja.
----------------------------------------- Leitura Bíblica ------------------------------------------
1 Tessalonicenses 4.13-18
13 – Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes
acerca dos que já dormem, para que não vos
entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
14 – Porque, se cremos que Jesus morreu e
ressuscitou, assim também aos que em Jesus
dormem, Deus os tornará a trazer com ele.
15 – Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor:
que nós, os que ficamos vivos para a vinda do
Senhor, não precederemos os que dormem.
40
16 – Porque o mesmo Senhor descerá do céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de
Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro.
17 – Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a
encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos
sempre com o Senhor.
18 – Portanto, consolai-vos uns aos outros com
estas palavras.
--------------------------------------------- Comentário ---------------------------------------------

INTRODUÇÃO
Brevemente um grande evento acontecerá e será noticiado por
todas os veículos de comunicação, bem como, será grandemente
comentado em todas as redes sociais. Esse evento é o Arrebatamento
da Igreja.
A palavra Arrebatamento significa “arrancado rapidamente e com
força”, e abrangerá apenas aos salvos em Cristo de todas as gerações.
Esta lição apresentará alguns elementos desse grande evento para a
Igreja. Que Deus nos ajude em Cristo para que possamos chegar lá.

1 - O PRINCÍPIO DAS DORES


1.1 - POR QUE PRINCÍPIO DAS DORES?
Ao ser perguntado sobre os sinais que indicarão a Sua volta e os
fins dos tempos (Mt 24.3), Jesus apresenta aos discípulos uma longa
lista de acontecimentos dos últimos dias. No corpo do seu discurso,

41
Cristo apresenta sinais calamitosos que serão intensificados na
medida em que o Seu retorno se aproxima.
Esses sinais são apresentados como “o princípio das dores” (Mt
24.8), mas o que seria isso? A palavra “dores”, neste texto, está
significando “dores de parto”, ou seja, as contrações iniciais do parto.
Em linhas gerais, ao expressar que tudo o que aconteceria seria o
“princípio das dores”, Cristo estava alertando que todos os sinais não
seriam o final consumado, mas o aviso de que este fim estava prestes
a acontecer.
1.2 - JÁ ESTAMOS VIVENDO A TRIBULAÇÃO?
Muitos tendem a confundir “o princípio das dores” com o período de
tribulação da Terra. Mas não é assim. Quando a Bíblia trata sobre a
tribulação, ela afirma que este período será de “grande aflição, como
nunca houve desde o princípio do mundo, nem tampouco haverá
jamais” (Mt 24.21).
Devemos ter em mente que o período de tribulação somente terá
início após o Arrebatamento da Igreja, sendo marcado pelo
aparecimento do anticristo. “O princípio das dores” reflete uma etapa
que antecede o Arrebatamento da Igreja, alertando ao mundo que
Cristo breve virá. Já a tribulação e grande tribulação será um período
no qual a Terra estará sob o domínio do anticristo, aquele que “se
assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (2
Ts 2.4). Sobre o período da tribulação e grande tribulação, falaremos
com mais ênfase na lição nº 8.
1.3 – “NÃO VOS ASSUSTEIS...”
Enquanto o mundo estará agitado com os acontecimentos dos
sinais, a Igreja deve permanecer firme e constante, aguardando com
esperança o grande evento esperado, o seu Arrebatamento (1 Ts 4.16-
18). Podemos encontrar notícias que refletem o preparo de pessoas
para um “apocalipse zumbi”, ou até mesmo planejando realizar
colônias em outros planetas, caso a Terra se torne inabitável.
42
Porém, os sinais que antecederão a volta de Cristo têm como
propósito alertar a todos que Ele está às portas. Eles não são a
confirmação de que estamos vivendo o período de tribulação previsto
na Bíblia, pelo contrário, eles são necessários, contudo, não são o fim
(Mt 24.6), mas sim o aviso que breve está o fim.

2 - SINAIS DOS TEMPOS


Os sinais dos tempos são acontecimentos que estão descritos na
Bíblia que, quando cumpridos, anunciam a verdade da palavra
profética e que breve outros também irão acontecer.
2.1 - SINAIS NA NATUREZA
Alguns dos sinais da volta iminente de Cristo e do final de todas as
coisas ocorrerão na natureza. Em seu sermão profético, Jesus afirmou
que haveria muitos terremotos, grandes sinais do céu e coisas
espantosas (Mt 24.7; Lc 21.11).
Não precisamos procurar muito para saber que todas essas coisas
estão acontecendo. O que falar do terremoto que aconteceu no Haiti
em 2010, onde milhares de vidas pereceram naquele país? Ainda
podemos listar quedas de meteoros, furacões, tufões, vulcões em
erupção, maremotos, tornados; indicativos de que “toda a criação
geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Rm 8.22).
2.2 - SINAIS NA SOCIEDADE
A lista de sinais que ocorrerão na sociedade é grande. Eles não
somente atuarão e refletirão na vida social, mas na moral e religiosa
também. Isso só mostra nível a que chegará à humanidade no período
que antecederá a volta de Cristo.
Em linhas gerais, os sinais na vida social são comparados aos “dias
de Noé” e “dias de Ló” (Lc 17.26-29), ou seja, serão tempos em que a
humanidade servirá mais à criatura do que ao Criador (Rm 1.25). Ainda
43
podemos acrescentar aos sinais na vida social: as guerras e rumores
de guerras (Mt 24.6,7), fomes e epidemias (Mt 24.7) e a multiplicação
da ciência (Dn 12.4). Os sinais na vida moral são: enganação (Mt
24.4,5); escândalo; traição e ódio (Mt 24.10); iniquidade (Mt 24.12);
sem falar na longa lista apresentada por Paulo ao referir-se aos
“tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1-15).
Não podemos esquecer que o âmbito religioso também apresentará
os seus sinais: apostasias (1 Tm 4.1), escarnecedores (Jd 1.18,19),
falta de fé (Lc 18.8), perseguições (Mt 24.9), líderes religiosos que se
apresentarão como pastores de ovelhas, porém, são apenas ladrões e
salteadores (Jo 10.1); estes são alguns dos sinais que ocorrerão no
contexto religioso.
2.3 – O TERRENO ESTÁ PREPARADO
Toda a desordem que acontece no mundo tem um único objetivo:
preparar o terreno para a atuação do anticristo. A própria Bíblia já
revela isso quando afirma que “já o ministério da injustiça opera” (2 Ts
2.7). Tudo de ruim que ocorre hoje, além de revelar o nível em que se
encontra a maldade humana, também prepara o caminho para que
ocorra a projeção do anticristo, quando ele vier aparecer.
A afirmação de que “quanto pior, melhor”, pode com toda certeza
ser associada ao anticristo. Para ele, quanto pior for a situação do
mundo, mais fácil será a sua projeção na sociedade. O mundo busca
por uma solução. E é isto que o iníquo irá apresentar, mesmo que de
modo enganoso. Por isso que os acontecimentos preparam todo o
terreno para o favorecimento do reinado do anticristo.

3 - ARRANCADOS COM FORÇA


O Arrebatamento da Igreja é o evento mais aguardado pela Noiva
do Cordeiro. Este será o momento em que os salvos em Cristo
encontrarão com o Esposo.
44
3.1 - PRECEDEREMOS OS QUE DORMEM?
Existia uma grande controvérsia no meio dos tessalonicenses a
respeito deste assunto, ao que tudo indica, eles não acreditavam que
os que morreram em Cristo seriam arrebatados juntamente aos que
estarão vivos no momento. O apóstolo Paulo tratou de resolver esse
equívoco.
Ele alertou aos crentes tessalonicenses que de modo algum os
vivos terão precedência aos que dormem (1 Ts 4.15). No momento do
ressoar da trombeta, os mortos ressuscitarão com seus corpos
incorruptíveis (1 Co 15.52), e todos os vivos serão “arrebatados
juntamente com eles” (1 Co 15.52; 1 Ts 4.16,17).
3.2 - O ENCONTRO COM CRISTO
Assim que ressoar a trombeta (1 Ts 4.16), e logo após todos os
salvos da história tiverem seus corpos transformado, sejam eles os que
dormem no Senhor ou os que estiverem vivos, partiremos ao encontro
do Senhor nos ares (1 Ts 4.17).
Ao contrário do que muitos pensam, a nossa entrada no céu não
será desacompanhada para que encontremos Jesus lá, mas sim,
iremos ao Seu encontro nos ares (1 Ts 4.17), e com Ele adentraremos
nas mansões celestiais. Foi Cristo quem nos prometeu isso quando
disse: “virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo” (Jo 14.3).
3.3 - A ESSÊNCIA DA NOSSA ESPERANÇA
Geralmente quando são pregados sermões ou até mesmo
conversamos com alguém sobre o Arrebatamento, ouvimos sempre do
orador ou da pessoa que conversamos sobre o seu desejo de chegar
ao céu, de andar nas ruas de ouro e de cristal, de comer do fruto da
árvore da vida, de habitar na Nova Jerusalém.
Mas a essência da nossa esperança não pode ser focada apenas
no lugar para onde vamos, mas sim em quem nos conduzirá a esse
lugar. A palavra de Deus sempre foi enfática nisso: “virei outra vez, e
45
vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós
também” (Jo 14.3); “seremos arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar com o Senhor nos ares, e assim estaremos
sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17). A essência da nossa esperança é
estar juntamente com Cristo para sempre, esta deve ser a primeira
prioridade do cristão.

CONCLUSÃO
A Noiva do Cordeiro aguarda ansiosa o seu encontro com o Noivo,
mas, enquanto isso, ela deve estar preparada para este encontro. Tudo
ao nosso redor somente reafirma que Cristo breve virá, cabe a nós,
somente, estarmos preparados para este grande encontro. E você,
está preparado?
------------------------------------------- Questionário --------------------------------------------

1 – O que significa “o princípio das dores”?

2 – O princípio das dores já é a Grande


Tribulação?

3 – Como se divide os sinais na sociedade?

4 – Qual o significado da palavra


“Arrebatamento”?

5 – Qual a essência da nossa esperança?

46
-------------------------------------- Temática em Foco ---------------------------------------
A doutrina do Tribunal de Cristo deve nos
motivar a uma vida de fidelidade e obediência à
Palavra de Deus. Além de nos fazer examinar
diuturnamente as motivações do nosso coração no
serviço do reino de Cristo.
---------------------------- Leitura Bíblica Devocional -----------------------------
Segunda-Feira ------------------------------------------------- 1 Co 4.5

Terça-Feira ---------------------------------------------- Rm 14.10-12

Quarta-Feira ------------------------------------------------- 1 Pe 5.1-4

Quinta-Feira ---------------------------------------------------- Ap 3.11

Sexta-Feira -------------------------------------------------------- Rm 8.1

Sábado ------------------------------------------------------------ Ap 22.12


47
---------------------------- Objetivo Geral e Específico -----------------------------
O objetivo geral da lição é mostrar que o
Tribunal de Cristo é uma verdade bíblica, e que um
dia todos os salvos comparecerão diante de Jesus, e,
com Ele, adentraremos às Bodas do Cordeiro como
a Sua Noiva adornada. A lição possui os seguintes
objetivos específicos:
I - Explicar que o Tribunal de Cristo não é o juízo
final;
II - Aprender o significado de Galardões, bem como
quem serão os galardoados;
III - E identificar o momento em que ocorrerá as
Bodas do Cordeiro.

------------------------------------------ Leitura Bíblica -----------------------------------------


1 Coríntio 3.11-15
11 - Porque ninguém pode pôr outro fundamento
além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.
12 - E, se alguém sobre este fundamento formar um
edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira,
feno, palha,
13 - A obra de cada um se manifestará; na verdade o
dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e
o fogo provará qual seja a obra de cada um.
14 - Se a obra que alguém edificou nessa parte
permanecer, esse receberá galardão.

48
15 - Se a obra de alguém se queimar, sofrerá
detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo
fogo.
--------------------------------------------- Comentário ---------------------------------------------

INTRODUÇÃO
A Bíblia é muito clara ao afirmar que após o Arrebatamento da Igreja
seremos levados para o céu para as Bodas do Cordeiro (Ap 19.7), mas
antes ou como parte desse evento estaremos diante do Tribunal de
Cristo onde cada uma de nossas obras realizadas no corpo como
crentes serão provadas (2 Co 5.10). Nesta lição estudaremos sobre o
Tribunal de Cristo e os galardões e sobre a celebração do casamento
de Cristo com a Igreja – As Bodas do Cordeiro.

1 - O TRIBUNAL DE CRISTO NÃO É O JUÍZO FINAL


1.1 - QUANDO SERÁ O TRIBUNAL DE CRISTO?
O Tribunal de Cristo acontecerá no céu e não pode ser confundido
com o Juízo Final – O Grande Trono Branco -, que será o julgamento
dos ímpios. No Juízo Final os ímpio serão julgados e condenados por
causa das suas obras pecaminosas. No Tribunal de Cristo os salvos
receberão galardões pelas suas obras realizadas aqui na terra.
O Tribunal de Cristo acontecerá logo após o Arrebatamento da
Igreja, enquanto o Juízo Final acontecerá depois do milênio.
O Tribunal de Cristo será o primeiro ato das Bodas do Cordeiro
no céu (Ap 19.7). O Juízo Final será o último ato de julgamento da
história.

49
O Tribunal de Cristo estará acontecendo no céu enquanto a
Grande tribulação acontece na terra. O Tribunal do Juízo Final não
será nem no céu nem na terra (Ap 20.11).
1.2 - COMO SERÁ FEITO O JULGAMENTO?
“Tribunal” na expressão “o Tribunal de Cristo” é a palavra grega
bema, se refere a uma plataforma elevada de arbitragem e
recompensa. O Tribunal de Cristo será um dia de inspeção que provará
o valor eterno de nossas obras feitas no corpo como cristãos salvos (2
Co 5.10). Será um julgamento meticuloso, nada ficara encoberto e tudo
será provado pelo fogo (1 Co 3.13). Será um julgamento revelador, não
de pecados, mas sim das motivações.
Nos tribunais humanos são julgadas apenas as obras. No Tribunal
de Cristo serão julgados especialmente os motivos. Mas também será
retribuidor, será um lugar de recompensa e de reconhecimento para os
salvos (1 Co 4.5).
1.3 – O QUE SERÁ SUBMETIDO À PROVA ANTE O TRIBUNAL?
Segundo Ciro Sanches Zibordi o crente passará por três
julgamentos em sua vida. No passado, o crente foi julgado em Cristo,
no Calvário (2 Co 5.21). No presente, ele é julgado como filho de Deus
(1 Co 11.31). No futuro, no Tribunal de Cristo será julgado como servo
de Deus (2 Co 5.10).
Será submetida à prova nossa mordomia cristã, Ele julgará a
administração do nosso corpo (1 Co 6.19); nossa liberdade (1 Co 6.12);
nosso tempo (Ef 5.16); nossos talentos (1 Pe 4.10); nossos bens (Lc
12.16-20) e trabalho ministerial que Ele nos entregou Rm 12.6-12).
Valem ressaltar que o que será julgado serão nossas obras não nossos
títulos.

50
No Tribunal de Cristo, como afirma Rick C. Howard, muitas das
coisas de que os crentes se gabam nesta vida foram feitas para eles
próprios, e não para Cristo.

2 - OS GALARDÕES E OS GALARDOADOS
2.1 - O QUE SERÁ OS GALARDÕES? QUEM SERÁ
GALARDOADO?
O tema “recompensas” (gr. misthos) é um conceito frequente no
Novo Testamento e tanto Jesus quanto os apóstolos fizeram uso dessa
expressão. O galardão de cada um será na medida de suas obras, ou
seja, distintos. Mas o que serão esses galardões? Para muitos
teólogos os Galardões não serão coisas físicas, mas posições no céu
ou níveis de intimidades com Deus que os salvos terão. Só serão
galardoados aqueles que suas obras resistirem ao fogo.
Ciro Sanches Zibord afirma que a coroa dada no Tribunal de
Cristo simboliza bem essa ideia de posição no Reino de Deus, pois o
termo “coroa” alude, figuradamente, a posição, domínio, poder. A
parábola das minas em Lucas 19 também é um bom exemplo disso.
Já Norman Geisler diz que de fato não seremos iguais no céu, pois
aqueles que foram mais íntimos de Deus aqui na terra, serão mais
íntimos Dele no céu.
2.2 - AS OBRAS
Segundo 1 Coríntios 3.12 as nossas obras podem ter seis valores
diferentes; ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha. Eurico
Bergsten explica que: Ouro - simboliza as coisas de procedência
divina; Prata - simboliza a redenção de Cristo, feitas pela fé em Cristo;
Pedras preciosas - significam que são feitas pelo poder do Espírito
Santo; Madeira - simboliza as coisas humanas, pois cresce de “si
51
mesma”; Feno - simboliza tudo que carece de renovação. Palha - fala
de escravidão. Estes valores representam os motivos, a disposição e
fidelidade com que servimos a Cristo aqui na terra enquanto salvos. As
obras que consistem em resultados de longos anos de trabalho,
promoção do próprio ego, ou tentativa de mérito diante de Deus não
resistirão ao fogo.
2.3 – SEM GALARDÃO, MAS SALVO!
O texto de 1 Coríntios 3.12-15 não está afirmando que os
galardões estão relacionados com a salvação pelas obras, pois a
salvação é obra exclusiva de Deus e ela acontece aqui na terra
mediante a fé em Cristo. Também não encontramos base no texto para
a doutrina do purgatório defendida pela igreja católica. Não será o
crente que será provado no fogo, mas suas obras.
O salvo sofrerá perda de recompensa no céu por causa de suas
obras, mas sua salvação não corre nenhum perigo. Por mais que
existem divergências sobre o que são os galardões entre os teólogos
evangélicos é unanimidade entre eles que, tanto a Doutrina do Tribunal
de Cristo como a ideia de recompensa no céu consistem num fator de
motivação para que o cristão sirva a Cristo com as melhores intenções,
mas sem a preocupação de naquele dia perder a salvação.

3 - AS BODAS DO CORDEIRO
3.1 - O QUE SERÁ?
Será o casamento de Cristo com Igreja! A literatura
veterotestamentária nos apresenta Deus como esposo e Israel seu
povo como esposa. O Novo Testamento nos apresenta Jesus como
noivo e a Igreja como Noiva (2 Co 11.2; Ap 19.7; Jo 3.29; Ef 5. 25-27).
Se a Igreja é a Noiva, e Cristo o Noivo, espera-se que um dia eles se
casem, e este dia certamente chegará.
52
Em Apocalipse 19.7-9 diz que devemos nos regozijarmo-nos, e
alegrarmo-nos, darmos glória, porque vindas são as bodas do
Cordeiro, e a esposa já está pronta. Seus vestidos são de linho fino,
puro e resplandecente; esse linho são os atos de justiça dos santos e
bem-aventurados são aqueles que são chamados à ceia das bodas do
Cordeiro. Por essa descrição esse deve ser um evento muito especial
e aguardado. Cada crente deve estar preparado para a chegada
daquele grande Dia, a fim de conhecermos “a glória que em nós há de
ser revelada” (Rm 8.18).
3.2 - QUANDO SERÁ?
Segundo alguns expositores bíblicos, esse evento acontecerá
depois do Arrebatamento da Igreja, no período em que na terra estiver
acontecendo a Grande Tribulação, que irá durar sete anos. Neste meio
termo, o anticristo governará, Israel será corrigido e as nações serão
punidas aqui na terra. Se pensarmos nas glórias que lá hão de ser
reveladas, é motivo de estarmos preparados para então participar de
tão glorioso evento. Com certeza será muito melhor estarmos diante
de Cristo e não na terra, porque aqui acontecerá o pior momento da
história. Jesus disse em Mateus 24.22 que aquele tempo será tão difícil
que precisa ser abreviado, caso contrário, nenhuma carne aguentaria.
3.3 - ONDE SERÁ?
Como os eventos em Apocalipse 19 a 22 estão em ordem
cronológica, fica claro também que as Bodas ocorrerão no Céu antes
que Cristo se manifeste em poder e grande glória para derrotar o
anticristo e seu exército (Ap 19.11-21).
Santos de todos os tempos se reunirão para essa magnifica
celebração. Lá no céu vamos poder conhecer todos os heróis da fé,
sejam eles da Antiga Aliança com Abraão, Isaque e Jacó, bem como
os da Nova Aliança como Paulo, Pedro, João.
53
CONCLUSÃO
Nós fomos criados em Cristo para vivermos em boas obras e ainda
seremos galardoados por isso. Celebraremos uma grande festa no céu
e viveremos para sempre com Ele. Temos motivos suficientes para
amá-lo, servi-lo e sermos fiéis a Ele enquanto aqui vivermos.
-------------------------------------------- Questionário -------------------------------------------

1 – O que é o Tribunal de Cristo?

2 – O que será julgado no Tribunal de Cristo?

3 – O que são os galardões?

4 – Haverá ou não perca de salvação no Tribunal de


Cristo?

5 – O que são as Bodas do Cordeiro?

------------------------------------- Sugestões ao Leitor ------------------------------------

54
-------------------------------------- Temática em Foco ---------------------------------------
Israel é a nação da promessa. Precisamos, com
atenção, verificar os desdobramentos históricos que
envolvam os filhos de Jacó, pois a relação de Deus
com esta nação revela muito sobre as últimas coisas.

---------------------------- Leitura Bíblica Devocional -----------------------------


Segunda-Feira ------------------------------------------ Rm 11.25-29

Terça-Feira ------------------------------------------------------ Is 14.1-4

Quarta-Feira ----------------------------------------------- Is 11.11,12

Quinta-Feira ----------------------------------------------- Jr 31.33.34

Sexta-Feira ------------------------------------------------- Jr 46.27,28

Sábado -------------------------------------------------------- Am 4.12,13

55
----------------------------- Objetivo Geral e Específico ----------------------------

O objetivo geral da lição é apresentar a


importância da nação santa para os acontecimentos
escatológicos bíblicos, discutindo sobre as setenta
semanas de anos na revelação de Daniel e sobre o
que acontecerá com Israel na Grande Tribulação. A
lição possui os seguintes objetivos específicos:
I – Apresentar a importância de Israel para a
Escatologia bíblica;
II – Discutir sobre as setentas semanas de anos como
a cronologia escatológica para Israel;
III – Apresentar os acontecimentos relacionado a
Israel na Grande Tribulação.

------------------------------------------ Leitura Bíblica -----------------------------------------


Ezequiel 37.1-14
1 – Veio sobre mim a mão do Senhor, e ele me fez sair no
Espírito do Senhor, e me pôs no meio de um vale que
estava cheio de ossos.
2 – E me fez passar em volta deles; e eis que eram mui
numerosos sobre a face do vale, e eis que estavam
sequíssimos.
3 – E me disse: Filho do homem, porventura viverão estes
ossos? E eu disse: Senhor, Deus, tu o sabes.
4 – Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes:
Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor.
5 – Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei
entrar em vós o espírito, e vivereis.
56
6 – E porei nervos sobre vós e farei crescer carne sobre
vós, e sobre vós estenderei pelo, e porei em vós o espírito,
e vivereis, e sabereis que eu sou o Senhor.
7 – Então profetizei como se me deu ordem. E houve um
ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um
rebuliço, e os ossos se achegaram, cada osso ao seu osso.
8 – E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a
carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não
havia neles espírito.
9 – E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho
do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor Jeová:
Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes
mortos, para que vivam.
10 – E profetizei como ele me deu ordem; então, o espírito
entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército
grande em extremo.
11 – Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda
a casa de Israel; eis que dizem: Os nossos ossos se secaram,
e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados.
12 – Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor
Jeová: Eis que eu abrirei as vossas sepulturas, e vos farei
sair das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à
terra de Israel.
13 – E sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir as
vossas sepulturas e vos fizer sair das vossas sepulturas, ó
povo meu.
14 – E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei
na vossa terra, e sabereis que eu, o Senhor, disse isso e o
fiz, diz o Senhor.

57
--------------------------------------------- Comentário ---------------------------------------------

INTRODUÇÃO
Israel é o relógio que dita o rito do tempo escatológico.
Compreender e analisar os seus acontecimentos ratificarão para nós
que breve está o fim. Uma promessa gira em torno da nação santa, e
mui brevemente ela será cumprida em sua integridade.
O objetivo desta lição é apresentar a importância de Israel para os
acontecimentos proféticos, bem como apresentar o seu
relacionamento com o final de todas as coisas. Que Deus nos ajude no
decorrer dessa maravilhosa aula.

1 - A IMPORTÂNCIA DE ISRAEL PARA A ESCATOLOGIA


BÍBLICA
1.1 - A RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL DE ISRAEL
Israel é a nação da promessa, contudo, as páginas do Antigo
Testamento sempre nos revelaram um povo rebelde e obstinado. O
profeta Ezequiel descreve em seus escritos, que Israel contaminou os
seus caminhos e as suas ações (Ez 36.12), além do que, em uma de
suas visões eles são comparados espiritualmente a um vale de ossos
secos (Ez 37.1-3,11). A sua rejeição ao Messias e ao Evangelho foram
o estopim de sua queda espiritual. O apóstolo Paulo descreve que
“procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à
justiça de Deus” (Rm 10.3), sendo ratificadas as palavras do profeta
Isaias que diz: “Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde
e contradizente” (Is 65.2; Rm 10.21).
Contudo, há uma promessa de restauração espiritual para Israel.
Isso foi revelado ao próprio profeta Ezequiel: “E porei em vós o meu
Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra, e sabereis que eu, o
Senhor, disse isso e o fiz, ó povo meu” (Ez 37.14).
58
1.2 - OS ACONTECIMENTOS PASSADOS E PRESENTES
As palavras de Caifás recaíram sob o povo judeu: “o seu sangue
caia sobre nós e sobre nossos filhos” (Mt 27.25). O povo de Israel
desde então, tem sofrido por causa de sua rejeição a Cristo. Foram
espalhados pela primeira vez na perseguição de Saulo de Tarso (At
8.1-3), onde homens e mulheres eram arrastados de suas casas para
serem encarcerados. Sem falar dos massacres impostos pelos
generais romanos como a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C pelo
general Tito, onde o templo foi totalmente destruído, ficando de pé
apenas o que conhecemos hoje por muro das lamentações, cumprindo
a profecia de Jesus em Mateus 24.2. Por ocasião desse grande
massacre, muitos judeus saíram de sua terra em direção a terras
estranhas, e ficarão assim até o fim dos tempos.
Contudo, aos poucos os judeus estão retornando à terra de Israel.
A crença atual de que o Messias esperado está próximo, tem feito com
que muitos judeus retornem à nação da promessa. O relógio
escatológico está apontando para o fim (Lc 21.24).
1.3 – OS ACONTECIMENTOS FUTUROS
Os judeus retornarão para o lugar de onde nunca deveriam ter
saído. Se não fosse a decadência espiritual de Israel, o povo hebreu
viveria seguro debaixo da proteção de Deus (Dt 28.1-14). Mas, enfim,
o retorno integral dos judeus é o marco profético da escatologia bíblica
(Ez 36.24-32; Am 9.15; Lc 21.24). A restauração espiritual de Israel se
aproxima, o que nos indica que breve vem o grande dia (Ap 22.7,12).

2 - AS SETENTA SEMANAS DE ANOS


2.1 - AS “07 SEMANAS” (Dn 9.25)
O início na expedição do decreto para a reconstrução de Jerusalém
é o marco profético inicial desse primeiro grupo das setenta semanas.

59
Segundo a visão profética desse primeiro período, esse decreto foi
baixado por volta de 445 a.C., quando Neemias foi comissionado para
a reconstrução dos muros de Jerusalém, conforme escrito em Neemias
6.8.
2.2 - AS “62 SEMANAS” (Dn 9.25)
O segundo grupo da profecia de Daniel é relacionado com o
primeiro grupo. Daniel descreve: “Sabe e entende: desde a saída da
ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Messias, o
Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas” (Dn 9.25).
Os acontecimentos particulares do segundo grupo giram em torno
do Messias. Dentro do período das 62 semanas é profetizado o
nascimento e morte do Messias, o que já aconteceu. Ainda, esse
segundo grupo revela que Jerusalém seria destruída após a morte de
Cristo, e que haveria guerras até o fim e que desolações estavam
determinadas (Dn 9.26).
2.3 – A “UMA SEMANA” (Dn 9.27)
A última semana está diretamente relacionada a Grande Tribulação.
O texto afirma que o seu início se dá no estabelecimento do concerto
entre Israel e o anticristo (Dn 9.27). Esse pacto será firmado por uma
semana (sete anos), sendo que na metade da semana ele será
quebrado, e uma grande destruição se dará por sobre Israel. Sobre
esse assunto dissertaremos melhor na lição 8.

3 - ISRAEL NA GRANDE TRIBULAÇÃO


3.1 - A ALIANÇA COM O ANTICRISTO
O anticristo aparentará ser o “Messias” para Israel, que aguarda por
seu libertador político, o qual guerreará e trará a paz que sempre
buscaram, mesmo estando distantes do objetivo principal da
promessa.
60
Ele conseguirá que seja firmado um pacto com o povo judeu (Jo
5.43), que, por meio dessa aliança, conseguirão reerguer o orgulho da
nação, o seu Templo. O anticristo “se assentará, como Deus, no templo
de Deus, querendo parecer Deus” (2 Ts 2.4). Quão duro será para
Israel as consequências dessa aliança!

3.2 - A FUGA E PERSEGUIÇÃO


No meio da última semana o pacto será rasgado e então uma
grande perseguição cairá sobre Israel. O próprio Jesus profetizou
assim (Mt 24.15-22). Israel fugirá para o deserto, para um local já
determinado para o seu refúgio, onde viverão por um período de tempo
(Ap 12.6).
Muitos serão mortos nesse período e Jerusalém será totalmente
arrasada pelas hostes malignas. Israel se verá encurralada. Só Deus
para salvar Israel.
3.3 - O RESGATE DE ISRAEL
Quando tudo parecer perdido para Israel, Jesus aparecerá nas
nuvens com poder e glória, resgatando o povo judeu de seu
ameaçador extermínio. Enfim Israel irá gozar a paz e a tranquilidade
prometida, as tropas malignas serão destruídas e o anticristo será
preso. Jerusalém será o centro governamental do mundo, onde o
Messias regerá as nações (Zc 14.8,9,16,17). Nesse momento os ossos
secos receberão o Espírito e viverão (Ez 37).

CONCLUSÃO
Olhemos para Israel atentamente, pois “quando já os seus ramos
se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão”
(Mt 24.32). A nação santa é o relógio escatológico do mundo, tudo o
que acontece ao seu redor deve ser verificado com atenção. Que este
61
alerta esteja no coração da Igreja. Orai pela paz de Jerusalém! (Sl
122.6).
------------------------------------------- Questionário --------------------------------------------

1 – Qual a importância de Israel para a


Escatologia?

2 – Quais acontecimentos futuros estão


profetizados para Israel?

3 – Quando ocorrerá a última semana de anos


profetizada por Daniel?

4 – Cite um acontecimento passado relacionado a


Israel:

5 – Quando será o resgate de Israel?

------------------------------------- Sugestões ao Leitor ------------------------------------

62
---------------------------------------- Temática em Foco -------------------------------------
Enquanto a Igreja estiver no céu, nas Bodas do
Cordeiro com Cristo, a humanidade que aqui ficar,
passará pelo período de angústia jamais visto em
todas as eras. Quão terrível serão os seus dias.

------------------------------ Leitura Bíblica Devocional ---------------------------

Segunda-Feira ------------------------ Mc 13.19,20

Terça-Feira ------------------------------- Ap 6.15-17

Quarta-Feira ----------------------------------- Jr 30.7

Quinta-Feira ------------------------------ Ap 7.13-17

Sexta-Feira ---------------------------------- 2 Ts 2.2-4

Sábado -------------------------------------- Mt 24.29-30

63
----------------------------- Objetivo Geral e Específico ----------------------------
O objetivo geral da lição é discutir sobre o
período de tribulação que a humanidade enfrentará
após o Arrebatamento da Igreja, apresentando as
fases e o sofrimento que os que aqui ficarem
passarão. A lição possui os seguintes objetivos
específicos:
I – Apresentar as características do anticristo e do
falso profeta, que completam a “trindade satânica”;
II – Entender quais acontecimentos acontecerão no
primeiro período da Grande Tribulação;
III – Apresentar o juízo proveniente da segunda fase
da Grande Tribulação.

------------------------------------------ Leitura Bíblica -----------------------------------------


Mateus 24.15-21
15 – Quando, pois, virdes que a abominação da
desolação, de que falou o profeta Daniel, está no
lugar santo (quem lê, que entenda),
16 – então, os que estiverem na Judeia, que fujam
para os montes;
17 – e quem estiver sobre o telhado não desça a
tirar alguma coisa de sua casa;
18 – e quem estiver no campo não volte atrás a
buscar as suas vestes.
19 – Mas ai das grávidas e das que amamentarem
naqueles dias!
64
20 – E orai para que a vossa fuga não aconteça no
inverno nem no sábado,
21 – porque haverá, então, grande aflição, como
nunca houve desde o princípio do mundo até agora,
nem tampouco haverá jamais.

--------------------------------------------- Comentário ---------------------------------------------

INTRODUÇÃO
Logo após o Arrebatamento da Igreja, haverá um período de grande
lamento e desespero por parte dos que aqui ficarem. Esse intervalo de
tempo, entre o Arrebatamento e a vinda de Jesus em glória, é
conhecido como a Grande Tribulação. Dor e sofrimento, destruição e
perseguição, são elementos que correspondem aos acontecimentos
daquele período.
Esta lição tem por objetivo destacar alguns aspectos do momento
mais duro que a Terra irá enfrentar. Contudo, devemos compreender
que a Noiva do Cordeiro não passará pela Tribulação no mundo, pois
estará no céu com Cristo.

1 - O ANTICRISTO E O FALSO PROFETA


1.1 - AS CARACTERÍSTICAS DO ANTICRISTO
De imediato, após o Arrebatamento da Igreja, surgirá na Terra uma
figura única, mas com um grande poder de influência no mundo: o
anticristo. Ele será um homem comum, nascido de mulher, porém,
agirá segundo a eficácia de Satanás, e terá um grande poder influente
na terra.
A Bíblia define o anticristo como “o homem do pecado, o filho da
perdição” (2 Ts 2.3) e de “a besta” (Ap 13.1). Ele será um homem
65
possuidor de grande poder (Ap 13.13,14), e revestido de todo engano
(2 Ts 2.9,10), se levantará contra tudo o que se chama Deus,
assentando-se “no templo de Deus, querendo parecer Deus” (2 Ts 2.4).
1.2 - AS CARACTERÍSTICAS DO FALSO PROFETA
O falso profeta será o grande cooperador do anticristo. Ele é
identificado na Bíblia como “a besta que subiu da terra” (Ap 13.11). A
sua missão será a de fazer com que a terra e os que aqui ficarem, por
ocasião da Grande Tribulação, adorem a primeira besta (Ap 13.12).
Ele será capaz de realizar grandes milagres (Ap 13.12,13), e
utilizará este artifício para que o ministério do anticristo seja fortalecido
e estabelecido, sendo o responsável pela imposição do sinal na mão
direita ou na testa de todos os homens (Ap 13.15-18). O falso profeta
não estará preocupado em destacar a si mesmo, mas será o
responsável por se utilizar do apelo religioso para fazer com que todos
adorem ao anticristo.
1.3 - A TRINDADE SATÂNICA ESTÁ COMPLETA
Satanás estará como o governante do mundo no período da Grande
Tribulação. Para isso, ele se utilizará de uma “trindade satânica”, com
o objetivo de ser a total antítese à Santíssima Trindade a qual
servimos.
Nessa “tríplice demoníaca” temos o próprio Satanás, o grande
adversário, como o regente e líder de toda obra maligna. Ele entregará
poderes ao anticristo e ao falso profeta, a fim de que sejam os
executantes de seu grande projeto de sofrimento na Tribulação.

2 - A TRIBULAÇÃO
2.1 - A FALSA PAZ
Muitos imaginam que a terra entrará em um grande caos somente
após o Arrebatamento da Igreja, contudo, devemos ter a concreta
66
compreensão de que o mundo já estará em colapso antes do grande
evento que espera ansiosamente a Noiva do Cordeiro.
Será nesse ambiente que o anticristo surgirá como a “grande
solução do planeta”, resolvendo os problemas políticos e sociais. O
texto de apocalipse diz “e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo
e para vencer” (Ap 6.2). O termo “coroa” alude, figuradamente, a
posição, o domínio e o poder, ou seja, ele dominará e será um “grande
vitorioso” neste período. Ele firmará um pacto de paz com muitos (Dn
9.27), enganando a todos, como foi destinado a fazer (2 Ts 2.9-12).
2.2 - O PACTO COM O ANTICRISTO
Do mesmo modo com que o anticristo fará uma aliança com o
mundo, não será diferente com Israel. Os filhos de Jacó sobrevivem no
presente século em meio a grandes ataques de nações vizinhas,
buscando a paz e ainda esperando pelo Messias, já que eles não
aceitaram a Cristo como o Ungido prometido (Jo 1.11).
Por um momento na Tribulação, o anticristo será esse “Messias”
para Israel (2 Ts 2.4). Com seu grande poder de influência, e com a
grande cooperação do falso Profeta, conseguirá com que Israel faça
parte desse grande pacto, que posteriormente será rompido na metade
da última semana (Dn 9.27).
2.3 – O TEMPLO CONSTRUÍDO NOVAMENTE
O grande símbolo para Israel sempre foi o Templo. Hoje em dia,
eles dispõem apenas de uma parede desse local Sagrado, o famoso
muro das lamentações, que ficou de pé após a destruição executada
sob o comando do general Tito no ano 70 d.C., como fora profetizado
por Jesus no sermão do monte das Oliveiras (Mt 24.1,2).
Contudo, no período da Tribulação, na primeira metade da última
semana, revelada a Daniel, esse grande símbolo será reerguido, de
modo que as ofertas serão reestabelecidas e o anticristo se assentará

67
no Templo como Deus (2 Ts 2.4). Este será o momento em que o pacto
será rasgado, e uma grande perseguição cairá sobre Israel (Dn 9.27).

3 - A GRANDE TRIBULAÇÃO
A segunda metade da última semana, profetizada por Daniel, será
o período na qual o anticristo romperá o pacto que fizera. O que marca
um período de grande lamento para os que aqui ficarem.
3.1 - UM PERÍODO DE PERSEGUIÇÃO E ANGÚSTIA
O anticristo rasgará o pacto que havia feito com as nações e com
Israel (Dn 9.27). A partir desse momento uma grande perseguição será
instaurada contra os judeus e contra todos aqueles que professarem o
nome do Senhor naquele período (Ap 13.6,7).
O sofrimento será inimaginável, muitos procurarão comida, e para
ter acesso a ela deverão ter em seus corpos o número da besta. Outros
fugirão de um lado para o outro buscando desesperadamente refúgio,
mas não o encontrarão (Ap 6.15-17). Ai daqueles que aqui ficarem.
3.2 - A NATUREZA EM FÚRIA
No período da Grande Tribulação, a natureza entrará em conflito.
As estrelas cairão sobre a Terra (Ap 6.13). O céu será retirado como
um livro (Ap 6.14). Saraivas de fogo misturadas com sangue
despencarão, queimando a terça parte das árvores; uma parte do mar
se tornará em sangue, os rios e águas potáveis se tornarão amargas
(Ap 8.7-13; 16.3,4). O mundo entrará em desespero.
Se na abertura dos selos e no ressoar das trombetas a humanidade
padecerá com terríveis acontecimentos, não será diferente no
derramamento das taças. Os homens sofrerão duramente com chagas
e com fogo, padecendo com dores insuportáveis (Ap 16.2,8-11). No
derramar da última taça, trovões serão ouvidos, e um grande terremoto

68
ocorrerá que fenderá Israel em três partes (Ap 16.17-21). Os mortos
serão incontáveis.
Enquanto isso, os adoradores do anticristo estarão cada vez mais
distantes de Deus, blasfemando cada vez mais contra o Senhor (Ap
9.20,21; 16.21).
3.3 - HAVERÁ SALVAÇÃO NA GRANDE TRIBULAÇÃO?
Este é um grande e polêmico ponto que sempre é levantado nas
rodas de debates escatológicos. Mas, enfim, haverá salvação na
Grande Tribulação? A resposta é sim! Haverá salvação na Grande
Tribulação.
Por duas vezes o livro do Apocalipse aponta isso. Na primeira,
quando o quinto selo for aberto, a Bíblia narra que João viu as “almas
dos que foram mortos por amor da palavra de Deus” (Ap 6.9), que ali
aguardavam o momento em que encontrariam com o Senhor (Ap
6.10,11).
Na segunda vez que a Palavra de Deus deixa claro que haverá
salvação na Grande Tribulação, João descreve que um dos anciãos o
perguntou sobre um povo seleto, contudo, o mesmo ancião o responde
dizendo: “Estes são os que vieram de grande tribulação” (Ap 7.13,14).
Porém, devemos analisar que essa possibilidade de salvação para
aqueles que ficarem será muito difícil, tendo em vista a grande
perseguição e tribulação que se encontrará o mundo. Muitos se
renderão ao anticristo, e sucumbirão a pressão sobre eles imposta.

CONCLUSÃO
A Grande Tribulação será um período de “grande aflição, como
nunca houve desde o princípio do mundo até agora” (Mt 24.21). Muitos
que hoje desprezam a Palavra de Deus e aos avisos incessantes dos
evangelistas, naquele tempo clamarão por misericórdia e não a

69
alcançarão. Contudo, a Igreja do Senhor não participará desses
terríveis dias, pois estarão no céu como Senhor. Maranata!

------------------------------------------- Questionário --------------------------------------------

1 – Quando acontecerá a Grande Tribulação?

2 – Quais as características do anticristo?

3 – Quais as características do falso profeta?

4 – Haverá salvação na Grande Tribulação?

5 – A Igreja passará pela Grande Tribulação?

------------------------------------ Sugestões ao Leitor --------------------------------------

70
--------------------------------------- Temática em Foco --------------------------------------
A Terra estará devastada e Israel será
encurralada pelas tropas malignas. A Volta de
Cristo em Glória acontecerá em um momento
crucial da história, e juntamente com a Igreja e os
exércitos celestiais, será vista por toda a
humanidade viva no final da Grande Tribulação.

----------------------------- Leitura Bíblica Devocional ----------------------------

Segunda-Feira ------------------------------------------------- Jl 3.1-14


Terça-Feira ----------------------------------------------------- Zc 13.1-9
Quarta-Feira -------------------------------------------------- Zc 14.1-9
Quinta-Feira ---------------------------------------------- Mc 13.24-27
Sexta-Feira ----------------------------------------------------- At 1.9-11
Sábado ---------------------------------------------------------------- Lc 9.26

71
---------------------------- Objetivo Geral e Específico -----------------------------
O Objetivo geral da lição é expressar a grandeza
da Volta do Cristo Glorificado, tratando acerca da
Batalha do Armagedom, do socorro do Messias à
Israel, e do Tribunal das Nações. Trabalharemos de
acordo com os seguintes objetivos específicos:
I – Discutir sobre a conjuntura da Batalha do
Armagedom;
II – Apresentar a Cristo como o socorro de Israel;
III – Entender sobre o Tribunal das Nações,
apresentando os seus participantes, seu julgamento
e a preparação para o milênio.

----------------------------------------- Leitura Bíblica ------------------------------------------


Mateus 25.31-33
31 – E, quando o Filho do Homem vier em sua glória,
e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará
no trono da sua glória;
32 – e todas as nações serão reunidas diante dele, e
apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos
bodes as ovelhas.
33 – E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à
esquerda.

Apocalipse 19.11-16
11 – E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que
estava assentado sobre ele chama-se Fiel e
Verdadeiro e julga e peleja com justiça.
72
12 – E os seus olhos eram como chama de fogo; e
sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha
um nome escrito que ninguém sabia, senão ele
mesmo.
13 – E estava vestido de uma veste salpicada de
sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de
Deus.
14 – E seguiam-no os exércitos que há no céu em
cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e
puro.
15 – E da sua boca saía uma aguda espada, para
ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de
ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do
furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.
16 – E na veste e na sua coxa tem escrito este nome:
Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

--------------------------------------------- Comentário ---------------------------------------------

INTRODUÇÃO
Quando tudo parecer perdido, enfim se cumprirá as palavras de
Jesus quando disse: “me não vereis mais, até que digais: Bendito o
que vem em nome do Senhor!” (Mt 23.39). A volta de Cristo em Glória
trará alívio e socorro a Israel, justamente no momento em que a nação
se encontrar perdida, desolada e prestes a sucumbir.
O objetivo dessa lição é trabalhar a linha do tempo correspondente
à Batalha do Armagedom e o resgate de Israel, bem como o retorno
Triunfal de Cristo nas nuvens com poder e grande glória, juntamente
com a Sua Noiva e seu exército celestial. Que Deus nos ajude no
decorrer dessa maravilhosa lição.

73
1 - A BATALHA DO ARMAGEDOM
1.1 - ONDE OCORRERÁ?
No mesmo vale em que muitas batalhas já foram travadas no
decorrer dos séculos, será realizada a mais dura e sangrenta investida
contra Israel. No vale de Megido (Zc 12.11), o anticristo marchará com
as suas tropas com o objetivo de liquidar de vez com Israel.
Após o derramamento da sexta taça pelo anjo, a Bíblia afirma que
as águas do grande rio Eufrates secarão (Ap 16.12), o que preparará
o caminho para que as tropas sob o comando do anticristo marchem
até o campo de batalha, para que os filhos de Jacó sejam eliminados
por eles (Ap 16.12-14,16), contudo, não prevalecerão contra a nação
da promessa.
1.2 - A DESTRUIÇÃO DA CIDADE SANTA
A história nos apresenta o holocausto como um dos momentos mais
difíceis para os judeus. Esse triste episódio ficou marcado como o
grande genocídio contra os praticantes da religião judaica, em que,
aproximadamente, 6 milhões foram mortos, entre eles mulheres,
homens e crianças de todas as idades. Mas a batalha do Armagedon
será muito pior aos filhos de Jacó.
Jerusalém estará desolada. Apenas uma terça parte dos judeus
sobreviverão (Zc 13.8). As casas serão invadidas e saqueadas; as
mulheres serão violadas; uma grande parte dos judeus serão levados
cativos (Zc 14.2); uma cena jamais vista pelo povo de Israel.
1.3 – ISRAEL ENCURRALADA
As multidões estarão congregadas e marcharão em direção à Israel
(Zc 14.2). Os reis da terra serão iludidos por demônios a fim de que
pelejem contra este povo escolhido por Deus (Ap 16.14). A cidade
estará destruída e enfraquecida, rodeada por todos os lados e
sufocada pela ação das tropas do anticristo. Só Deus para salvá-los.

74
2 - O SOCORRO DE ISRAEL
2.1 - CRISTO, O RESGATE DE ISRAEL
Quando tudo parecer perdido para a nação santa, então, nesse
momento, o céu será aberto (Ap 19.11-17), o socorro de Israel chegou.
A Bíblia afirma que a descida de Cristo ocorrerá no monte das Oliveiras
(Zc 14.3,4), cumprindo assim a promessa que está escrita em Atos
1.11: “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima do céu, há de
vir assim como para o céu o viste ir”.
O Senhor estará acompanhado das tropas celestiais, que estarão
compostas pela Noiva e seus santos anjos (Cl 3.4; Ap 19.14). No
momento em que os pés de Jesus tocarem o monte das Oliveiras, ele
será partido ao meio (Zc 14.4), o que proporcionará a Israel uma rota
de escape. O grande livramento havia chegado para a nação da
promessa (Zc 14.5).
2.2 - A PRISÃO DE SATANÁS E A DERROTA DAS TROPAS
MALIGNAS
Quando as tropas malignas virem que Cristo veio em resgate de
Israel, reunir-se-ão para pelejar contra as tropas celestiais. Sua
empreitada não galgará sucesso, pois todos serão mortos com a
palavra da boca de Jesus (Ap 19.21). A Bíblia narra que haverá uma
grande perturbação no meio das tropas, que se virarão contra si
mesmas (Zc 14.13). Seus olhos serão apodrecidos em suas órbitas, e
suas carnes serão consumidas, estando eles ainda de pé (Zc 14.12).
No mesmo instante ocorrerá a prisão do anticristo e do falso profeta,
que serão lançados vivos no lago de fogo (Ap 19.20). Um anjo descerá
do céu, e será o encarregado de aprisionar satanás por mil anos (Ap
20.1,2; posteriormente, satanás será solto no final do milênio, mas este
é assunto para a próxima lição). O resgate de Israel, enfim, estará
completo.

75
2.3 – O RECONHECIMENTO DE CRISTO COMO O MESSIAS
Aquele povo que rejeitou a Cristo como o Seu Messias Salvador,
agora chorará amargamente olhando para Ele em resplendor e glória.
Aqueles que foram responsáveis por transpassarem a Jesus,
pratearão arrependidos pelo que fizeram, ao receberem o resgate da
parte dEle (Zc 13.10).
Enfim, o vale dos ossos secos será vivificado, e os nervos, pele e
espírito retornarão para os seus corpos (Ez 37), e, finalmente, será
cumprida a profecia que diz: “Porque eu vos digo que, desde agora,
me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do
Senhor! ” (Mt 23.39).

3 - O TRIBUNAL DAS NAÇÕES


Logo após o retorno de Cristo em Glória e o resgate de Israel, todas
as nações serão congregadas no vale de Josafá (vale da Decisão; Jl
3.2,12,14). Ali serão julgadas as nações que se alinharam e as que
perseguiram a Israel no término da Grande Tribulação.
3.1 - QUEM SERÁ JULGADO?
Todas as nações que permanecerem vivas após a Grande
Tribulação e a Batalha do Armagedom, serão levadas a júri na
presença de Jesus. Ali serão separados os “bodes” das “ovelhas” (Mt
25.31-33).
Diferente do que pensam muitos, a distinção dos bodes e das
ovelhas em nada tem a ver com a Noiva do Cordeiro. Em linhas gerais,
os bodes representam as nações que foram inimigas e sempre
desprezaram e sempre perseguiram o povo de Deus (Mt 25.41-46). Já
as ovelhas representam aqueles que apoiaram a Israel e a Noiva do
Cordeiro (Mt 25.34-40; Sl 122.6). O arrependimento será grande por
parte daqueles que desprezaram a promessa feita a Abraão (Gn 12.3).

76
3.2 - O QUE SERÁ JULGADO?
No Tribunal de Cristo serão julgadas as obras feitas pelos salvos (1
Co 3.13-15). No Tribunal do Trono Branco (Juízo Final) serão julgados
os pecados dos povos (Ap 20.12). Contudo, no Tribunal das nações
serão julgadas as obras de todas as nações referentes ao povo de
Deus, seja ele a Igreja ou a nação de Israel.
Aqueles que forem considerados ímpios serão lançados no lago de
fogo (Mt 25.41,46). Já aqueles que forem considerados justos,
receberão e atenderão ao chamado de Cristo: “Vinde, benditos de meu
Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a
fundação do mundo” (Mt 25.34).
3.3 - A PREPARAÇÃO PARA O MILÊNIO
Após a derrota das tropas malignas, da prisão de Satanás, do
anticristo e do falso profeta, e do julgamento das Nações, os salvos
entrarão no milênio para reinarem com Cristo por mil anos literais. A
Terra estará, enfim, preparada para ter o seu período de verdadeira
paz. Sobre o milênio, será tratado mais específico na próxima lição.

CONCLUSÃO
O povo que rejeitou o seu Messias, e que hoje já sofre as
consequências do desprezo a Jesus Cristo, passará por momento
duros e terríveis por ocasião da Grande Tribulação. Seus filhos e filhas
serão sentenciados, e suas forças serão quase esgotadas. Mas o seu
resgate virá justamente por parte daquele que foi desprezado: Cristo,
o Messias esperado. Que Deus ajude a Israel.

77
-------------------------------------------- Questionário -------------------------------------------

1 – Onde ocorrerá a Batalha do Armagedom?

2 – Onde Cristo descerá?

3 – Qual o nome do vale que ocorrerá o Tribunal das


Nações?

4 – Quem são os bodes?

5 – O que será julgado no Tribunal das Nações?

------------------------------------- Sugestões ao Leitor -------------------------------------

78
--------------------------------------- Temática em Foco --------------------------------------
O reino milenar não é uma utopia judaica, mas
uma realidade presente em toda a escritura. Será
um tempo de paz e justiça sobre a terra, onde Israel
e a comunidade dos salvos glorificados de todos os
tempos reinarão com Cristo.

----------------------------- Leitura Bíblica Devocional ----------------------------


Segunda-Feira --------------------------------------------------- Is 2.1-4

Terça-Feira ------------------------------------------------------- Dn 2.44

Quarta-Feira ---------------------------------------------------- Ap 5.10

Quinta-Feira --------------------------------------------------- Mt 19.28

Sexta-Feira ---------------------------------------------------- Ap 20.1-6

Sábado --------------------------------------------------------- Ap 20.7-10


79
---------------------------- Objetivo Geral e Específico -----------------------------
O Objetivo geral da lição é mostrar que a
doutrina do Milênio é bíblica, que será um tempo de
paz e justiça jamais visto e que a Igreja estará
presente. A lição possui os seguintes objetivos
específicos:
I – Apresentar, de acordo com o texto bíblico, a
literalidade do Milênio;
II – Explicar que Jesus reinará sobre toda a Terra a
partir de Jerusalém, do trono de Davi;
III – Entender que Satanás estará preso durante o
Milênio, e que Cristo reinará com justiça e paz sobre
as nações.

------------------------------------------ Leitura Bíblica -----------------------------------------


Apocalipse 20.1-10
1 – E vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo
e uma grande cadeia na sua mão.
2 – Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo
e Satanás, e amarrou-o por mil anos.
3 – E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre
ele, para que mais não engane as nações, até que os mil
anos se acabem. E depois importa que seja solto por um
pouco de tempo.
4 – E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a quem
foi dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles que
foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra
de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e
não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e
reinaram com Cristo durante mil anos.
80
5 – Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil
anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.
6 – Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na
primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a
segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo
e reinarão com ele mil anos.
7 – E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua
prisão
8 – e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro
cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a
areia do mar, para as ajuntar em batalha.
9 – E subiram sobre a largura da terra e cercaram o
arraial dos santos e a cidade amada; mas desceu fogo do
céu e os devorou.
10 – E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de
fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia
e de noite serão atormentados para todo o sempre.

--------------------------------------------- Comentário ---------------------------------------------

INTRODUÇÃO
Não trataremos nesta lição das escolas teológicas de interpretação
do milênio, pois isso já foi feito na lição de número 02. Estudaremos
sobre aquilo que os profetas e apóstolos falaram e que é confirmado
em Apocalipse 20 – os aspectos reais do Reino Milenial.

81
1 - PROVAS QUE O MILÊNIO SERÁ LITERAL
1.1 - NO ANTIGO TESTAMENTO
Às vezes se argumenta que toda a concepção Pré-milenista está
fundamentada em uma única passagem bíblica e que nenhuma
doutrina deveria se basear em apenas um texto. Entretanto, sobre este
assunto, acreditamos que a verdade não é bem essa. No Antigo
testamento encontramos passagens bíblicas que se referem a algum
estado de restauração e perfeição da terra. No entanto, este período
de paz mundial em que um rei perfeito estará no comando, nunca
aconteceu e nem está acontecendo. Textos como os de Isaías 2.1-4,
Isaías 9.6-7, Isaías 65.16-25, Daniel 2.44 e Zacarias 8.22 nunca se
cumpriram. Certamente seu tempo de cumprimento será no futuro,
podemos afirmar categoricamente que o Antigo testamento predisse o
milênio.
1.2 – NO NOVO TESTAMENTO
Apocalipse 20.1-6 é uma referência específica sobre aspectos
reais do milênio. O texto em questão fala que serão mil anos, que terá
início e fim. Será depois da Grande Tribulação e das Bodas do
Cordeiro, eventos estes que seguramente não aconteceram, mas
acontecerão no final. Satanás será preso, alguns afirmam que ele já
está preso, entretanto não é esta a realidade que vivemos. Nota-se que
a cada dia o mundo vai de mal a pior, ainda vemos a influência do
inimigo sobre a terra como sempre vimos desde a queda, e, além
disso, se aguarda o governo do anticristo sem nenhuma referência de
que o diabo esteja preso e será solto para dar poder para o anticristo
governar.
Em Apocalipse 20.7 diz que depois dos mil anos Satanás será
solto por um pouco de tempo para enganar as nações, mas logo em
seguida será lançado no lago de fogo e enxofre onde já estão o falso
82
profeta e a besta. Ali serão atormentados eternamente e não mais
enganará a ninguém.
1.3 – NAS EPÍSTOLAS PAULINAS
Paulo escreve em 1 Coríntios 15.24-28 que o fim só virá quando
JESUS entregar o reino a Deus, o Pai. Ele entregará o reino ao Pai
quando houver destruído todo império das forças malignas. Pois é
necessário que ele reine até que todos os seus inimigos sejam postos
debaixo de seus pés. O apostolo está afirmando que Jesus virá à terra
e estabelecerá seu reino, que, segundo (Ap 20.1-6), durará mil anos.
Ao findar esses mil anos ele entregará o reino ao Pai para que Deus
seja tudo em todos, então virá o fim.

2 - JESUS REINARÁ
2.1 - JESUS REINARÁ COM A IGREJA GLORIFICADA
No milênio, Jesus reinará física e presencialmente. Seu reino será
literal e universal. Será um reino teocrático, Cristo reinará com justiça
sobre seus súditos. O padrão de vida será o concebido no Sermão do
Monte, que será a legislação do reino (Mt 5). Todos os que estiverem
vivos quando Cristo voltar, os que morreram em Cristo e ressuscitaram
por ocasião do Arrebatamento, reinarão com Ele durante o milênio
tendo posições elevadas na administração do reino. Está é uma
verdade importante para a Igreja hoje, estejamos, pois, preparados
para o Arrebatamento ou, caso morrermos antes deste, que morramos
em Cristo para ressuscitarmos e reinarmos com Ele no milênio.
2.2 - JESUS REINARÁ COM ISRAEL
Israel será restaurado à terra que lhe pertence e será cabeça de
todas as nações. Jesus literalmente se assentará sobre o trono de Davi
em Jerusalém, e reinará sobre o mundo. Todas as profecias sobre a
83
restauração de Israel que encontramos no Antigo testamento serão
cumpridas. O milênio será um reino predominantemente judaico. “Por
ocasião da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do homem
se assentar em seu trono glorioso, vocês que me seguiram também se
assentarão em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel”
(Mateus 19.28-NVI). Jesus está afirmando a seus discípulos que
haverá doze tronos e que eles serão os governantes de Israel no
milênio juntos com Cristo. Cumprirá as promessas feitas a Abraão de
que Israel será povo de Deus para sempre, pois Deus não esqueceu o
seu povo nem o substituiu.
2.3 – JERUSALÉM SERÁ A CAPITAL
Tudo fluirá de Jerusalém, Isaías 2.3 diz que naquele tempo (O
milênio) os povos dirão: “vinde subamos ao monte do Senhor, a casa
de Jacó para que nos ensine o caminho; porque de Sião sairá a lei e
de Jerusalém a palavra do Senhor”. Nada disso aqui aconteceu ainda,
pois será em um tempo de restauração. Em Isaías 62.7 está escrito
que Deus a porá por louvor na terra, e Zacarias 8.22 diz que “virão
muitos povos e poderosas nações buscar, em Jerusalém, o Senhor
dos Exércitos e suplicar a bênção do Senhor”. No milênio, Jerusalém
será exaltada acima de todas as cidades da terra, e, assim, atrairá os
habitantes de todo o mundo para adorar ao Senhor em Sião.
Ensinadas por Deus, as nações terão todas as suas disputas
resolvidas pacificamente e terá e a paz universal.

3 - O MILÊNIO
3.1 - SATANÁS SERÁ PRESO, JESUS REINARÁ E HAVERÁ
PERFEITA PAZ
No milênio, Satanás será preso e as nações que estarão na terra
nesse período terão a oportunidade de reconhecer que o caminho de
84
Deus é melhor, pois não terão a presença maligna de Satanás para
influenciá-las ao mal. Os ímpios que não receberam a marca da besta
permanecerão vivos no milênio. A retidão dominará os povos, mas
mesmo diante de uma situação tão favorável, muitos ainda falharão.
Esta é uma prova para hoje de que o pecado é grave e tão maligno
quanto possa ser, muitas pessoas culpam Satanás por seus fracassos
espirituais e ainda que ele não seja inocente o pecador também não é.
Quando o Príncipe da paz reinar, a paz absoluta enfim chegará;
Isaías 2:4 diz que Ele julgará as nações e resolverá suas contendas.
Farão de suas espadas arados, e de suas lanças foices. Não pegarão
em armas para atacar uma a outra, e não haverá treinamento de guerra
nesse tempo. Até a natureza será restaurada, pois em Isaías 65:25 diz
que não haverá presa nem predador entre os animais, pois eles só
comerão capim. Serão totalmente dóceis e não atacarão a ninguém.
3.2 - SATANÁS SERÁ SOLTO
No final do milênio Satanás será solto e voltará a enganar. É preciso
lembrar que não serão os salvos redimidos que serão enganados por
Satanás, mas os nascidos no milênio descendentes das Nações que
sobreviveram à Grande Tribulação. Sabemos que será um tempo
perfeito, mesmo assim, Satanás ainda enganará a muitos. Isso porque
essas pessoas apesar do ambiente favorável nunca foram redimidas,
esta é uma prova de que o pecado é inerente à natureza humana caída
e que só o sangue de Jesus pode removê-lo. Satanás será solto, mas
por pouco tempo, e ele seduzirá alguns a se rebelar contra Deus.
Também conseguirá reunir as nações para a batalha, cercarão o arraial
dos santos e a cidade de Jerusalém, mas Deus fará descer fogo do
céu que consumirá a todos. Satanás será lançado no lago de fogo e
enxofre, onde estão a besta e o falso profeta e serão atormentados
para todo o sempre (Ap 20.7-10).

85
CONCLUSÃO
Os profetas do Antigo testamento em muitos momentos falaram de
um tempo de restauração e glória para Israel e toda a criação que até
hoje nunca se cumpriu. Jesus e os apóstolos falaram de um tempo em
que a Igreja redimida reinaria gloriosa. O Apocalipse nos revela que
esse tempo será um período de mil anos onde Cristo reinará
fisicamente com Israel e a Igreja sobre as nações. Demos graças a
Deus que nos criou em Cristo, agora nenhuma condenação há para os
que estão em CRISTO e só os que estão Nele reinarão.
------------------------------------------- Questionário --------------------------------------------

1 – Apresente dois textos do Antigo Testamento


que apontam para a literalidade do milênio:

2 – Qual será a função dos 12 apóstolos no milênio?

3 – Onde será a capital do milênio?

4 – Descreva alguns aspectos do milênio:

5 – Quais são as evidências paulinas do milênio?

86
--------------------------------------- Temática em Foco --------------------------------------
Há um certo sentimento de medo a respeito
desse evento escatológico, contudo, temos que
compreender que para os salvos, remidos pelo
sangue do Cordeiro, o julgamento final tem caráter
excepcional, pois, ali a plenitude da justiça de Deus
se cumprirá.

---------------------------- Leitura Bíblica Devocional -----------------------------

Segunda-Feira ------------------------------------------------- Sl 96.13


Terça-Feira ---------------------------------------------------- 2 Co 5.10
Quarta-Feira ------------------------------------------------- Dn 7.9,10
Quinta-Feira ------------------------------------------------- Dn 12.2,3
Sexta-Feira ------------------------------------------------ Mt 12.36,37
Sábado --------------------------------------------------------- Hb 9.27,28

87
---------------------------- Objetivo Geral e Específico -----------------------------
Esta lição tem por objetivo geral expor, através
da Bíblia, duas doutrinas fundamentais. A primeira
em relação a ressurreição dos corpos e a segunda
sobre o Juízo Final, ambos preceitos que nos
enchem da maravilhosa esperança, pois, ali serão
retificadas todas as coisas.
I – Explicar sobre a ressurreição dos corpos e a
importância disso para a fé cristã;
II – Expor sobre o Juízo Final, mostrando as
diferenças entre salvos e ímpios.

---------------------------------------- Leitura Bíblica -------------------------------------------


Apocalipse 20.11-15
11 – E vi um Grande Trono Branco, e o que estava
assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e
o céu; e não se achou lugar para eles.
12 – E vi mortos, grandes e pequenos, que estavam
diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se
outro livro, que é o da vida. E os mortos foram
julgados pelas coisas que estavam escritas nos
livros, segundo as suas obras.
13 – E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte
e o inferno deram os mortos que neles havia; e
foram julgados cada um segundo as suas obras.
14 – E a morte e o inferno foram lançados no lago de
fogo. Esta é a segunda morte.

88
15 – E aquele que não foi achado escrito no livro da
vida foi lançado no lago de fogo.
------------------------------------------ Comentário ------------------------------------------

INTRODUÇÃO
Nesta lição trataremos sobre questões elementares para a fé cristã.
Iremos tratar sobre a ressurreição dos corpos, uns para glória eterna e
outros para a perdição infinita, quando acontecerá esta ressurreição e
qual será sua qualidade e natureza.
Falaremos sobre o Juízo Final, suas consequências tanto para os
justos quanto para os ímpios, e como este episódio revelará todas as
coisas, inclusive a grandeza e o poder de Deus.

1 – RESSURREIÇÃO DOS CORPOS


1.1 – A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO PARA A FÉ CRISTÃ
Primeiramente devemos dissertar sobre a importância da
ressurreição para a fé cristã, ao olharmos atentamente para o texto de
1 Coríntios 15 veremos algumas verdades bíblicas que clareiam nossa
visão a respeito da relevância da ressurreição. No contexto em que o
apóstolo Paulo fala aos coríntios – o mundo estava fortemente
influenciado pela cultura grega da época – era completamente
inaceitável a ideia de ressurreição de corpos, podemos ver isto em
Atos 17.18,32. Para eles, o corpo era a prisão imperfeita da alma, por
esta razão muitos tinham o Evangelho como loucura (1 Co 1.18-20,22-
23), não somente os de cultura grega, mas havia uma ala muito
influente do judaísmo - os saduceus, que da mesma forma não
aceitavam a ressurreição (Mt 22.23). Todos esses grupos exerciam
influência sobre aqueles cristãos que começavam a declinar da
89
doutrina da ressurreição (1 Co 15.12). Em meio a tudo isso, o apóstolo
Paulo não recua e afirma que se não há ressurreição dos mortos é vã
a nossa fé, por isso concluímos que a doutrina da ressurreição não
pode ser relativizada e muito menos negada, assim como Paulo não
retrocedeu, nós não devemos reconsiderar, devemos afirmar esta
maravilhosa doutrina.
1.2 – RESSURREIÇÃO DOS CORPOS
Agora vamos tratar sobre a ressurreição em si, e, para isso,
devemos compreender que seremos ressurretos pelo poder de Cristo,
como podemos ver nas seguintes passagens bíblicas: (Jo 5.26,28,29;
Jo 6.39,44,54; Jo 11.25; Jo 17.2). Além do mais, Cristo é as primícias
dos que dormem (1 Co 15.20), ou seja, Cristo foi o primeiro a
ressuscitar, passando pelo processo que nós passaremos, respeitando
a sequência determinada por Ele: Cristo, os que morreram salvos, e os
que ficarem até o dia do arrebatamento (1 Co 15.23; 1 Ts 4.14-17).
Uma questão importante quando se estuda este tema é “quando isto
acontecerá?” A ressurreição dos justos acontecerá no arrebatamento
quando Cristo vier buscar a Sua Igreja, tanto mortos quanto vivos, na
ocasião, serão ressurretos para estarem junto de Cristo (1 Ts 4.14-17).
Já os ímpios não ressuscitarão na mesma circunstância, a vez deles
será após o milênio, no advento do julgamento final, como podemos
ver em Apocalipse 20.11-15; Por esta razão, para nós a doutrina da
ressurreição é extremamente maravilhosa, pois, se morrermos ou
sobrevivermos até a volta de Cristo, estaremos com o Senhor.
1.3 – QUALIDADE DOS CORPOS RESSURRETOS
Um dos grandes desacordos que o apóstolo Paulo teve de lidar em
Corinto é o argumento que era levantado a respeito da qualidade dos
corpos que serão ressuscitados, pois, imaginavam erroneamente que
seriam ressuscitados da mesma maneira que quando estavam vivos
90
(1 Co 15.35). No entanto, Paulo através de uma analogia responde a
esta questão (1 Co 15.36-38), ele faz referência a uma semente que
ao morrer renasce com alguma identidade antiga, mas com um corpo
novo, e isso nos indica alguns elementos essenciais. Ressurgiremos
física e literalmente, mas esse novo corpo será compatível com a nova
realidade que viveremos, uma existência sem pecados, que suporte a
presença de Cristo. Temos o padrão desse novo corpo em Cristo
ressurreto, que apesar de ter elementos palpáveis, também
desobedeciam às leis da física (Lc 24.31,36-46; Jo 20,19), obviamente
não seremos iguais a Cristo, mas teremos um corpo semelhante ao
dele (Fp 3.20,21).
Já os ímpios ressuscitarão também pelo poder de Cristo, não com
corpos glorificados, mas para vergonha e desprezo, compatíveis com
a realidade da punição eterna. A Bíblia não nos fornece tantos
detalhes, mas sabemos que será uma ressurreição vergonhosa (Dn
12.2; Jo 5.28,29).

2 – O JUÍZO FINAL
2.1 – O JUIZ
A partir deste momento estudaremos a respeito do Juízo Final, esse
evento escatológico é extremamente importante, pois, aqui serão
retificadas todas as coisas e a justiça será plenamente imputada. O
conceito de um Juízo Final está em toda a Bíblia, tanto no Antigo
Testamento (Ec 12.14; Dn 12.2,3) quanto no Novo (Mt 12.36,37; At
17.31; Rm 2.14-16; Hb 9.27). No texto de Apocalipse 20.11, o apóstolo
João nos revela uma visão de um trono. A imagem de trono é muito
comum na Bíblia e dá a ideia de que quem está assentado sobre ele
tem autoridade e poder. Mas quem está sentado nesse trono? A
princípio Deus é este juiz (Hb 12.23), e entrega o poder de julgamento
91
a Cristo (Jo 5.22; At 10.42; 17.31; 2 Tm 4.1), portanto, Jesus Cristo é
o nosso juiz, nosso advogado (1 Jo 2.1), também nosso Mediador (1
Tm 2.5), e Ele julgará com retidão e justiça (Cl 2.3). Outra questão é
“sobre o que este juiz tem autoridade?” O texto de Apocalipse 20.11
nos revela que a terra e o céu fugiram da Sua presença, isto é, deixarão
de existir, isto nos faz concluir que o Senhor Jesus é Soberano sobre
toda a criação.
2.2 – O QUE SERÁ LEVADO EM CONTA NO JULGAMENTO
Em primeiro lugar o que será levado em conta no Juízo Final é a
responsabilidade individual, cada um deve estar ciente da sua
condição e de suas atitudes, pois, Jesus Cristo, através de Seu
sacrifício vicário na cruz oferece salvação a todos (Jo 3.16), porém,
muitos não aceitarão, e isto os condenará (Jo 3.19). Em segundo lugar,
será levado em consideração o nível de revelação a qual cada um foi
exposto, isto é, existe a revelação mais baixa, que é conhecer o
Criador através da criação (Rm 1.19,20), a estes, o rigor será menor,
porquanto tiveram menos acesso à Palavra de Deus do que aqueles
que ouviram a Palavra do Senhor (Lc 10.10-14). Já aqueles que
tiveram acesso ao evangelho de maneira mais completa,
provavelmente sofrerá mais. Conseguimos enxergar esta relação em
Tiago 3.1 onde nos é revelado que os mestres serão cobrados com
mais rigor, visto que são os que mais têm revelação da Palavra de
Deus. Em terceiro lugar, será levado em conta as obras (Ap 20.13), a
ideia é que quanto mais perverso o indivíduo for aqui na terra, mais
punição este receberá, pois, suas obras foram más.
2.3 – O PROPÓSITO DO JULGAMENTO
Inicialmente, é importante salientar que os justos que
permanecerem vivos após o milênio estarão no julgamento final, mas
estarão lá somente para receber a sentença da vida eterna com Cristo,
92
visto que todos os livros serão abertos, inclusive o livro da vida (Ap
20.12). Já para os ímpios, também não será de julgamento no sentido
de provas e contraprovas, réus, júris ou advogados, mas uma
declaração do Senhor Jesus Cristo da vergonhosa verdade da qual o
ser humano se encontra. Será como mencionamos anteriormente: uma
ressurreição para a vergonha eterna. Outro propósito do julgamento, é
a glorificação do Senhor, pois, será demonstrado todo o Seu poder
tanto na terra quanto no céu.

CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos sobre a importância da ressurreição dos
corpos para a fé cristã. Esta doutrina se coloca como um dos pilares
do Evangelho, pois, é na ressurreição que receberemos os corpos
glorificados para estarmos juntamente com Cristo para sempre, e esta
é uma das qualidades deste corpo, a compatibilidade com a realidade
celeste que viveremos na glória.
Aprendemos também que haverá um julgamento final onde o
Grande e Justo Juiz, Cristo, declarará vida eterna para os salvos e
sentenciará os ímpios ao castigo eterno, demonstrando de uma vez
por todas a Sua grandeza, poder e justiça.

93
----------------------------------------- Questionário ----------------------------------------

1 – Qual a importância da ressurreição para a fé


cristã?

2 – Quando ocorrerá a ressurreição dos corpos?

3 – Qual será a qualidade desses corpos


ressurretos?

4 – Quem será o juiz do julgamento do Juízo


Final?

5 – O que será julgado no Juízo Final?

--------------------------------- Sugestões ao Leitor ---------------------------------

94
-------------------------------------- Temática em Foco ---------------------------------------
Embora alguns tentem distorcer essa doutrina,
existirá sim uma eternidade preparada para salvos
e condenados. Cabe ao homem decidir nessa vida
para qual eternidade ele quer ir, se com Cristo na
Nova Jerusalém, ou distante dele no lago de fogo.

----------------------------- Leitura Bíblica Devocional ----------------------------


Segunda-Feira ----------------------------------------------- Ap 20.10

Terça-Feira ------------------------------------------------------ 1 Co 2.9

Quarta-Feira ---------------------------------------------------- 2 Ts 1.9

Quinta-Feira ------------------------------------------------ Ap 21.3,4

Sexta-Feira ------------------------------------------------------ Ap 21.8

Sábado ------------------------------------------------------ Ap 21.27-27


95
----------------------------- Objetivo Geral e Específico ----------------------------
O Objetivo geral da lição é apresentar algumas
visões teológicas que dissertam sobre o destino
final dos mortos, discutindo também sobre qual
será o destino eterno dos ímpios e dos salvos. A lição
possui os seguintes objetivos específicos:
I – Apresentar as visões teológicas acerca do destino
dos mortos;
II – Explicar qual será o destino final dos ímpios;
III – Explicar qual será o destino final dos salvos.

----------------------------------------- Leitura Bíblica ------------------------------------------


Apocalipse 20.15
15 – E aquele que não foi lançado escrito no livro da
vida foi lançado no lago de fogo.
Apocalipse 21.1-5
1 – E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o
primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar
já não existe.
2 – E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém,
que de Deus descia do céu, adereçada como uma
esposa ataviada para o seu marido.
3 – E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui
o Tabernáculo de Deus com os homens, pois com
eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo
Deus estará com eles, e será o seu Deus.

96
4 – E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e
não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor,
nem dor, porque já as primeiras coisas são
passadas.
5 – E o que estava assentado sobre o Trono disse: Eis
que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve;
porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.

------------------------------------------ Comentário ------------------------------------------

INTRODUÇÃO
Nesta lição aprenderemos sobre a ação divina de punir eternamente
os pecadores e recompensar para sempre os salvos em Cristo. Deus
tem proporcionado o meio de salvação, que é Cristo, mas quem não
crê infelizmente passará a eternidade no lago de fogo. Entretanto,
quem crê, vai morar na Nova Jerusalém.

1 - VISÕES TEOLÓGICAS ACERCA DO DESTINO DOS


MORTOS
1.1 - ANIQUILACIONISMO
Alguns teólogos defendem a ideia de que os ímpios serão
aniquilados no fim dos tempos. A igreja adventista afirma que os ímpios
irão ressuscitar, sofrer por um tempo e depois serão aniquilados. Já as
testemunhas de Jeová afirmam que os ímpios ao morrerem já deixam
de existir para sempre.
Eles argumentam que muitas passagens bíblicas afirmam que os
ímpios serão destruídos (Fp 3.19; 1 Ts 5.3; 2 Ts 1.9; 2 Pe 3.7), No
entanto, estas passagens não dizem que eles serão aniquilados, mas
97
deixam claro o quão é cruel viver longe de Deus. Vejamos a seguinte
passagem:
“Pela mesma palavra os céus e a terra que agora existem estão
reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e para a
destruição dos ímpios.” 2 Pedro 3.7
A palavra “destruição” vem do termo grego apoleia, a mesma usada
em Mateus 26.8 para se referir ao desperdício do unguento que tinha
sido derramado sobre Jesus. O unguento não deixou de existir, pois
ainda estava lá. Ele foi destruído no sentido de não poder mais ser
usado. A mesma análise pode ser realizada nas outras passagens.
1.2 - UNIVERSALISMO
Alguns afirmam que, no fim, todos serão salvos. Outros afirmam que
haverá algum tipo de redenção após a morte resultando na salvação
de toda a humanidade. No entanto, este posicionamento não encontra
base bíblica.
O argumento dos universalistas se baseia nos textos que falam de
uma reconciliação universal (Rm 5.18; Jo 12.32; Ef 1.10; Cl 1.20; Fp
2.10,11).
Em Romanos 5.18 diz: “assim também um só ato de justiça resultou
na justificação que traz vida a todos os homens”. De acordo com os
universalistas, esta passagem afirma que Jesus deu vida a todos, ou
seja, salvou a todos automaticamente. Entretanto, ao ler o contexto,
entendemos que “muitos serão feitos justos” (Rm 5.19), ou seja, nem
todos serão salvos, mas somente os que creem. A mesma análise
pode ser realizada nas outras passagens citadas.
1.3 – CONSIDERAÇÕES ACERCA DA JUSTIÇA DIVINA
A justiça é um atributo inerente ao Deus da Bíblia. Moisés afirmou
que “Ele é a Rocha, as suas obras são perfeitas, e todos os seus
caminhos são justos. É Deus fiel, que não comete erros; justo e reto
ele é” (Dt 32.4). Abraão também fez uma declaração acerca da justiça
98
divina: “Não agirá com justiça o Juiz de toda a terra” (Gn 18.25). Como
consequência da justiça divina, as pessoas são tratadas por Deus
segundo o que merecem. Dessa forma, é necessário que Deus puna o
pecador.
Muitas vezes o ímpio desfruta do melhor aqui na terra e depois
simplesmente morre (Sl 73.3,4). Quem vive na prática da injustiça,
merece ser punido, mesmo que essa punição seja depois da morte. O
inferno se torna necessário, pois nele se manifesta a justiça divina
sobre os pecadores.

2 - O DESTINO DOS ÍMPIOS


2.1 - SOFRIMENTO ETERNO E CONSCIENTE NO INFERNO
Como já foi apresentado em outra lição, o estado intermediário dos
ímpios vai acontecer no Hades, que é um local de sofrimento, mas
ainda não é onde os ímpios passarão a eternidade. No Novo
Testamento, a palavra usada para se referir ao destino dos ímpios é
Geena. Esta é a palavra usada por Jesus em Mateus 10.28, que na
maioria das Bíblias é traduzida como inferno.
Em vários momentos Jesus se refere a um estado de sofrimento
para os que não têm acesso ao Reino; Ele chama de trevas (Mt 25.30),
fogo eterno (Mt 25.41), castigo eterno (Mt 25.46).
A passagem de Apocalipse 14.9-11 e as citações nos evangelhos
afirmam claramente que somente aqueles que não creem em Jesus
como Salvador e Senhor vão sofrer pela eternidade de maneira
consciente.
2.2 – VIVENDO A ETERNIDADE SEM DEUS
Adão e Eva quando pecaram, morreram espiritualmente, ou seja,
foram separados de Deus. Neste caso, quando a Bíblia fala de morte
eterna, está dizendo que os ímpios viverão eternamente separados do
Criador. Paulo afirma:
99
“Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença
do Senhor e da majestade do seu poder.” 2 Tessalonicenses 1.8,9
Neste trecho da carta de Paulo aos Tessalonicenses temos a
palavra separação (no grego apo). Ela indica que o ímpio estará longe
de Deus para sempre.

3 - O DESTINO DOS SALVOS


3.1 - NOVOS CÉUS E UMA NOVA TERRA
O estado final dos justos é descrito como vida eterna (Mt 25.46),
glória (2 Co 4.17), descanso (Hb 4.9), conhecimento (1 Co 13.8-10),
santidade (Ap 21.27), serviço (Ap 22.3), adoração (Ap 19.5), sociedade
(Hb 12.23), comunhão com Deus (Ap 21.3).
O pecado não prejudicou apenas o ser humano, mas manchou toda
a criação. O apóstolo Paulo diz que a natureza geme como em dores
de parto (Rm 8.22), mas, ao mesmo tempo, diz ela será libertada (Rm
8.21).
Deus prometeu restaurar não somente o ser humano, mas toda a
obra da criação. João teve uma visão que revela esse propósito divino:
“Então vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a
primeira terra tinham passado; e o mar já não existia.” Apocalipse
21.1
A promessa do novo céu e a nova terra vem desde o Antigo
Testamento:
"Pois vejam! Criarei novos céus e nova terra, e as coisas passadas
não serão lembradas. Jamais virão à mente!” Isaías 65.17
A Bíblia de Estudo Pentecostal diz o seguinte:
“Para apagar todos os sinais do pecado, haverá a destruição da terra,
das estrelas e galáxias. O céu e a terra serão abalados (Ag 2.6; Hb

100
12.26-28) e desaparecerão como fumaça (Is 51.6); as estrelas se
derreterão como fumaça (Is 34.4) e os elementos serão dissolvidos (2
Pe 3.7,10,12). A terra renovada será habitação dos homens e de Deus
(Ap 21.2,3,10; 22.3-5).”
3.2 - A NOVA JERUSALÉM
Assim que Deus restaurar todas as coisas, descerá dos céus a Nova
Jerusalém. A descrição de como será essa nossa morada é rica em
detalhes:
 Terá doze portas com o nome dos apóstolos (Ap 21.12);
 Terá o formato de um cubo, lembrando o santo dos santos do
templo da antiga aliança (1 Rs 6.19-20; Ap 21.16);
 Cada lado terá aproximadamente 2260 Km (Ap 21.16);
 Seu material principal será ouro e pedras preciosas (Ap 21.18);
 Não haverá sol, pois a glória de Deus irá iluminá-la (Ap 21.23);
 Um rio irá fluir diretamente do trono de Deus e do Cordeiro (Ap
22.1);
 Ao lado do rio estará a árvore da vida que dará o seu fruto (Ap 22.2).
Muitos questionam se vamos nos conhecer na eternidade, pois, de
acordo com a passagem de Isaías 65.17: “as coisas passadas não
serão lembradas. Jamais virão à mente”. No entanto, esta passagem
não está dizendo que não vamos nos lembrar de nada, mas está
dizendo que não sentiremos falta das coisas passadas. Na história do
rico e do Lázaro eles se conheceram depois da morte e o rico ainda
lembrou dos seus irmãos. Além do mais, não faz sentido chegarmos
ao céu e não lembrarmos da nossa vida e nem das outras pessoas,
pois, neste caso, seríamos outra pessoa.
3.3 - VIVENDO A ETERNIDADE COM DEUS
Quando lemos Apocalipse 21.3, fica claro que o melhor da vida
eterna não serão as ruas de ouro ou os galardões, mas será a
presença de Deus. O texto diz que Deus estará com os homens, ou
101
seja, a comunhão com o Criador atingirá o nível mais elevado que
podemos imaginar.
A maior alegria do salvo é estar na presença de Deus: “Melhor é um
dia nos teus átrios do que mil noutro lugar” (Sl 84.10).
Passar a eternidade com Deus não será algo entediante como
alguns pensam, pois conjecturam que ficaremos apenas adorando. O
louvor e a adoração serão tributados eternamente (Ap 5.9; 12.10;
14.3), no entanto, há indícios que iremos realizar outras atividades.
Haverá comida no céu, pois comeremos e beberemos nas bodas do
cordeiro (Ap 19.9), Jesus disse que beberá vinho com seus discípulos
no reino celestial (Lc 22.18) e a árvore da vida dará o seu fruto (Ap
22.2). O texto de Apocalipse afirma que “As nações andarão em sua
luz, e os reis da terra lhe trarão a sua glória” (Ap 21.24). Não sabemos
como serão essas nações e quem serão esses reis, mas podemos
conjecturar que haverá algum tipo de governo.

CONCLUSÃO
Apesar de muitas conjecturas, sabemos através das escrituras que
Deus vai restaurar todas as coisas e nós passaremos a eternidade com
ele. Além do louvor e adoração, acredita-se que a eternidade será
preenchida com várias outras atividades, todas elas realizadas para a
glória de Deus.

102
--------------------------------------- Questionário ------------------------------------------

1 – Quais são as visões teológicas acerca do


destino final dos mortos?

2 – Onde será a eternidade dos ímpios?

3 – Onde será a eternidade dos salvos?

4 – Defina a Nova Jerusalém:

5 – Qual será o melhor na vida eterna?

--------------------------------- Sugestões ao Leitor ---------------------------------

103
--------------------------------------- Temática em Foco --------------------------------------
Os sinais alertam que o fim de todas as coisas
breve ocorrerá, cabe a Igreja do Senhor a cada dia
estar preparada para o encontro com o Noivo. Não
podemos ser encontrados pelo Cordeiro
desapercebidos.

---------------------------- Leitura Bíblica Devocional -----------------------------


Segunda-Feira ------------------------------------------- Mt 24.42-44

Terça-Feira ------------------------------------------------------ Mt 25.13

Quarta-Feira ---------------------------------------------- Lc 21.34-36

Quinta-Feira --------------------------------------------------- Mc 13.33

Sexta-Feira --------------------------------------------------------- Ap 3.3

Sábado ------------------------------------------------------------ Ap 16.15


104
----------------------------- Objetivo Geral e Específico ----------------------------
O Objetivo geral da lição é alertar a todo o
cristão que Cristo breve voltará. Discutiremos aqui
sobre a parábola dos dois servos, instruindo a
todos, dentro do contexto da parábola, a possuir
uma vida de vigilância e discernimento.
Trabalharemos com os seguintes objetivos
específicos:
I – Apresentar o contexto geral da parábola;
II – Alertar sobre a necessidade de vigilância;
III – Instruir sobre a necessidade de uma vida com
discernimento.
------------------------------------------- Leitura Bíblica ----------------------------------------
Mateus 24.44-51
44 – Por isso, estais vós apercebidos também;
porque o Filho do homem há de vir à hora em que
não penseis.
45 – Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu
senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o
sustento a seu tempo?
46 – Bem-aventurado aquele servo que Senhor,
quando vier, achar servindo assim.
47 – Em verdade vos digo que o porá sobre todos os
seus bens.
48 – Mas se aquele mau servo disser no seu coração:
O meu senhor, tarde virá;

105
49 – E começar a espancar os seus conservos, e a
comer e a beber com os ébrios,
50 – Virá o senhor daquele servo num dia em que o
não espera, e à hora em que ele não sabe,
51 – e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os
hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.

------------------------------------------ Comentário ------------------------------------------

INTRODUÇÃO
Diante da realidade do Arrebatamento da Igreja, muitos começam a
especular quando será a volta de Jesus. Entretanto, esta atitude é um
erro, pois o próprio Jesus nos advertiu: “quanto ao dia e à hora
ninguém sabe” (Mt 24.36). Além do mais, a Bíblia nos orienta a
esperarmos o Seu retorno com grande expectativa, pois ele pode
acontecer a qualquer momento. Nesta lição, faremos um estudo
detalhado de uma parábola que diz a respeito de como deve ser esta
espera.

1 - ENTENDENDO A PARÁBOLA
1.1 - O CONTEXTO DA PARÁBOLA
As parábolas de Jesus podem ser classificadas da seguinte
maneira:
 Os mistérios do Reino;
 A inauguração do Reino;
 A Dimensão do Reino;
 A consumação do Reino.

106
Quando Jesus conta a parábola dos dois servos (Mt 24.45-51), Ele
está ministrando sobre a consumação do Reino. Ele ensina sobre o
princípio das dores (Mt 24.1-14), sobre a grande tribulação (Mt 24.15-
28), sobre a sua vinda em glória (Mt 24.29-35), faz uma exortação à
vigilância (Mt 24.36-44) e logo em seguida conta uma sequência de
parábolas com ensinos escatológicos: a dos dois servos, a das dez
virgens e a dos talentos.
Levando em consideração o seu contexto, esta parábola visa nos
alertar acerca da vinda do Messias que pode acontecer a qualquer
momento. No entanto, seu ensino é um pouco mais profundo e levanta
o seguinte questionamento: “Quando o Senhor voltar, o que Ele espera
encontrar em relação às nossas atitudes?”.
Outro ponto a destacar aqui é “para quem a parábola foi dirigida?”.
Apesar de alguns teólogos afirmarem que ela foi direcionada para os
judeus, não parece ser esse o seu contexto. Tanto Mateus quanto
Lucas dizem que a parábola foi contada aos discípulos de Jesus (Mt
24.3; Lc 12.22), e, pelo conteúdo, a conclusão mais provável é que ela
foi direcionada a todos os seguidores de Cristo.
1.2 - A RESPONSABILIDADE DO SERVO
Na verdade, não temos dois servos, o que Jesus faz é supor duas
situações diferentes. Em uma situação o servo é fiel e em outra o servo
é mau (infiel). De acordo com a cultura da época, era comum os servos
assumirem todas as responsabilidades quando o dono da casa viajava:
“O fato de um escravo ser elevado ao comando de bens e
propriedades não era incomum. O melhor exemplo bíblico, o qual,
inclusive, possui uma redação semelhante a desta parábola, é o relato
onde José recebeu autoridade tanto para comandar a casa de Potifar,
quanto o reino de Faraó [...] Imagine o poder que não estaria nas mãos
do escravo que comandava o suprimento alimentar de todo o povo!
107
Esta pessoa, literalmente, controlava a saúde e o bem-estar dos
demais escravos.” (SNODGRASS, Klyne. Compreendendo Todas as
Parábolas de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 695)
Na primeira situação Jesus fala de um senhor que viaja e deixa sua
casa na responsabilidade do seu servo, que reconhece a grande
responsabilidade que lhe foi concedida e se comporta com fidelidade.
Ele não esperou seu senhor sentado ou fazendo algo errado, mas
trabalhando (Mt 24.46).
Na segunda situação, o servo imagina que seu Senhor vai demorar
a voltar e, por isso, resolve agir com irresponsabilidades. Ele espanca
os seus conservos e começa a esbanjar com seus amigos (Mt 24.49).
1.3 – A RECOMPENSA DE ACORDO COM O COMPORTAMENTO
DO SERVO
Cada servo recebe uma recompensa após o retorno do senhor. O
que foi fiel e prudente, recebe mais responsabilidades:
“Garanto-lhes que ele o encarregará de todos os seus bens.” Mateus
24.47
Isso significa que ele se torna segunda pessoa mais importante
daquela casa, administrando todos os bens.
O servo infiel é surpreendido pelo seu senhor, pois não esperava o
seu retorno. Ele é punido severamente, lançado no lugar com os
hipócritas, onde haverá choro e ranger de dentes (Mt 24.51).

2 - UM CHAMADO À VIGILÂNCIA
2.1 - VIGILÂNCIA E FIDELIDADE
Esta parábola é um convite a vigilância e a fidelidade. Note que o
fator dominante para a atitude do mau servo foi que ele achara que o
108
seu senhor tardaria em voltar, com isso negligenciou o seu trabalho,
tratando mal os seus conservos, portando-se de modo incondizente
com aquilo a que fora chamado.
Encontramos em nossos dias muitos que vivem de modo infiel em
sua chamada a ser ministro de Deus. Um ministro, não é somente
aquele que foi convidado para um ofício na casa de Deus, mas sim
todos os que estão na igreja para servir a Deus, mesmo que alguns
queiram proceder de modo incompatível com um bom servo.
“A respeito daqueles que estão na igreja, mas são infiéis ao Senhor,
é impossível estarem vigilantes e preparados para a volta inesperada
de Cristo, se os tais não creem que Ele pode vir agora.” (STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995,
p. 1441)
2.2 – JESUS VAI VOLTAR A QUALQUER MOMENTO
Vivemos em uma incerteza no tocante a data específica do retorno
de Cristo. Contudo, vivemos almejando este retorno que é certo, pois
Ele é Fiel em suas promessas. Não podemos negligenciar e desistir de
estarmos vigilantes aguardando com fidelidade o cumprimento desta
promessa.
Somos incapazes de afirmar qual dia Cristo retornará para buscar a
sua Igreja e leva-la para uma vida infinda de gozo e paz com Ele. O
que nos cabe é apenas estarmos prontos para que, quando este dia
chegar, não venhamos ficar para trás, mas sim sermos transformados
e estarmos juntos com Ele para sempre.
“Ao mesmo tempo que, os cristãos precisam evitar toda espécie de
fascínio e especulação a respeito de datas ou épocas a respeito do
fim. A natureza dos documentos não incentiva, nem nos permite
traçarmos mapas, esquemas, tampouco esboçar a sequência dos
eventos. Qualquer tentativa neste sentido se esfarela diante das
109
evidências encontradas no próprio Novo Testamento, além de não ser
o objetivo do ensino escatológico. O seu objetivo foi nos fornecer um
alerta, servir de esperança e ensinar as pessoas acerca de como elas
deveriam levar a sua vida no presente.” (SNODGRASS, Klyne.
Compreendendo Todas as Parábolas de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD,
2010, p. 703)

3 - VIVENDO COM DISCERNIMENTO


3.1 - UMA VIDA SÓBRIA DIANTE DE DEUS
Aprendemos com o ensino de Jesus nesta parábola a importância
de uma vida sóbria diante de uma iminente promessa acerca de Seu
retorno. Muitos almejam levar uma vida dissoluta como a do filho
pródigo, contudo, fomos chamados à santidade.
Uma vida dissoluta, é uma vida de modo devassa, libertina, sem
nenhum compromisso com aquilo que lhe foi ofertado a fazer. Muitos
renunciam tudo por uma vida sem qualquer compromisso, voltada aos
deleites desse mundo. Outros não reagem a contento com aquilo a que
foi chamado a fazer, deixando vidas irem se guiar, pois negligenciam
o alimento que era para ele mesmo oferecer.
Por isso somos convidados a uma vida santa e fiel diante de Deus,
de modo a influenciar pessoas com as nossas atitudes, ajudar a muitos
a se levantarem na fé, e a outros a estarem fortalecidos com o alimento
que sai da nossa boca, por intermédio da graça de Cristo.
3.2 - ADMINISTRANDO O QUE DEUS COLOCOU EM NOSSAS
MÃOS
Que saibamos administrar aquilo que Deus colocou em nossas
mãos para fazer, e, assim, muitos sejam abençoados com a nossa
fidelidade a obra de Deus. A espera pela volta de Jesus não deve ser
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algo entediante, nem deve resultar em irresponsabilidades. Devemos
esperar tralhando na obra de Deus, amando o próximo e oferecendo o
melhor dos nossos talentos.
Esta parábola mostra que ante ao iminente retorno de Jesus, nós,
os seus servos, devemos esperar com fidelidade e prudência. Ele nos
deixou muitas responsabilidades, e quando voltar irá nos recompensar
abundantemente se formos fiéis.

CONCLUSÃO
Diante de tudo o que está acontecendo neste mundo, não há dúvida
que Jesus pode voltar a qualquer momento e devemos estar
preparados para o seu retorno. O que aprendemos com essa parábola
em relação a este tema é que não devemos esperar a volta de Jesus
de qualquer maneira, mas trabalhando com fidelidade e prudência.
--------------------------------------- Questionário ------------------------------------------

1 – Qual o contexto da parábola?

2 – Qual foi a atitude do servo infiel?

3 – Por que é importante permanecermos


vigilantes?

4 – Como viver sobriamente perante Deus?

5 – Cite, com suas palavras, o que você


compreendeu da parábola dos dois servos:

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Quem Somos?
Erberson R. Pinheiro dos Santos
Mestre em Engenharia e Mestrando em Teologia
pela Faculdade Batista do Paraná – FABAPAR.
Fundador do EBD em Foco no ano de 2016 e autor
do livro “Os 4Cs da Educação Cristã”.
Comentarista das lições 02, 12 e 13, dessa revista.

Melquezedeque José da Silva


Diácono e professor da EDB. Possui Bacharel
Livre em Teologia pelo Instituto Logobíblia,
Superior em Tecnologia em Gestão Ambiental pela
UNIASSELVI e atualmente é Bacharelando em
Teologia pela FTSA. Comentarista das lições 06 e
10, dessa revista.

Natan Teodoro da Silva


Diácono da Assembleia de Deus ministério em
Santo André – SP. É Bacharel em Teologia pela
Universidade Metodista de São Paulo e professor
de teologia no seminário Pastor Pedro Fidélis, em
São Bernardo do Campo – SP. Comentarista das
lições 04 e 11, dessa revista.

Antonio Vitor de Lima Borba


Natural de Recife-PE. Bacharelando em
Teologia pela Faculdade de Ensino Superior
Estácio de Sá – RN e Pastor Auxiliar no Setor
24 da Assembleia de Deus no Rio Grande do
Norte – IEADERN. Comentarista das lições 01,
03, 05, 07, 08 e 09, dessa revista.

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Estante EBD em Foco

O Fim dos Tempos


Entendendo a Visão Pentecostal da Escatologia

Livro de apoio da revista de Lições Bíblicas do EBD em Foco. O seu conteúdo


objetiva-se em completar o material proposto na revista, trazendo consigo um condensado
material teológico, que foi cuidadosamente preparado para satisfazer ao leitor. Com 13
capítulos escritos por nossos colaboradores, o livro “O Fim dos Tempos” é uma excelente
ferramenta de estudo sobre a Escatologia numa visão Pentecostal, que não somente está
atrelada à revista, mas também servirá como material auxiliar na preparação de sermões
escatológicos em sua igreja.
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Os 4Cs da Educação Cristã
Seja um Educador Cristão de Excelência

O ministério de ensino é importante para o crescimento saudável da Igreja. Realizá-


lo com competência requer preparo e dedicação. Este livro, escrito pelo nosso colaborador
Erberson R. Pinheiro, tem como objetivo ajudar a todos os educadores cristãos a serem
mais dedicados, e, ao mesmo tempo, prepará-los para exercer este ministério com
competência, oferecendo o melhor nas atividades de ensino da sua Igreja. Ao ler este livro,
o educador cristão vai aprender a interpretar um texto bíblico corretamente, vai conhecer
os principais tipos de lições, vai preparar uma aula de acordo com cada tipo, vai entender
como as doutrinas se relacionam com o conteúdo da aula e vai desenvolver sua didática,
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