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(Infantaria)
Nampula
2016
Paula Bové António
(Coronel PhD)
Nampula
2016
Esta monografia foi apresentada à Academia Militar “Marechal Samora Machel”, para
obtenção do Grau Académico de Licenciatura em Ciências Militares na especialidade de
Infantaria, tendo sido atribuída a classificação final de _____(________) valores.
O Oponente
_________________
( Tenente )
O Orientador
Pedro Marcelino
__________________
(Coronel PhD)
Declaro por minha honra que este Trabalho de Investigação Aplicada é resultado da minha
pesquisa e das orientações do meu tutor, o seu conteúdo é original e todas as fontes
consultadas estão devidamente mencionadas no texto e na bibliografia final.
Declaro ainda, que este trabalho não foi apresentado em nenhuma instituição de ensino para
obtenção de qualquer grau académico.
________________________
Aos meus pais Bové António e Ana Paula Ambrósio, irmãos, familiares, aos colegas da
especialidade de Infantaria que estiveram comigo nos momentos em que precisei aos meus
amigos que directa ou indirectamente me incentivaram e me ajudaram na sua prossecução e
concretização.
À Academia Militar por toda a formação que me deu, tendo em vista não só a minha
formação como militar, mas também a minha formação como pessoa. Constituindo para
mim um marco inequívoco no meu desenvolvimento e na minha vida
(Amanda Chankur)
CE……………………………………………………………….………Corpo de Estudantes
Military discipline has always had a central importance for compliance full of the mission assigned
to the armies. Since the most ancient times to Currently, the discipline has always been essential to
the victories in the field of battle. In the case of the Military Academy, discipline is critical to the
performance of students in the Officer Training Course. This work on the subject of the perceptions
of the cadets of the 1st year and officers of the Student Body of indiscipline aims to analyze
indiscipline on 1st year 2016 according to the perception of cadets and officers of the Military
Academy Marshal Samora Machel. The study of qualitative predominance was based on data
collected through semi-structured interview with five officers of the Student Body and surveys ten
cadets of the 1st year of 2016. The work was developed during the second semester of the academic
year 2016. the results show that all participants conceive indiscipline relating it to the default rules
and are frequently the three types of indiscipline, passive, active and confrotativa; point as causes of
indiscipline personal and organizational. As measures to reduce the occurrence of indiscipline
propose the preventive and punitive models as the most suitable.
DEDICATÓRIA ..................................................................................................................... iv
AGRADECIMENTOS .............................................................................................................v
RESUMO ............................................................................................................................... ix
ABSTRAT ................................................................................................................................x
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................13
1.1Indisciplina ........................................................................................................................16
1.5.4Tipos de indisciplina.......................................................................................................22
CONCLUSÕES ......................................................................................................................43
SUGESTÕES .........................................................................................................................44
BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................45
APÊNDICE I ..........................................................................................................................49
APÊNDICE II .........................................................................................................................50
Na Academia Militar têm sido reportados quase diariamente casos de indisciplina cometidos
por cadetes de todos os anos, havendo situações em que as lideranças são obrigadas a tomar
medidas extremas que culminam com a desvinculação de cadetes do Curso de Formação de
Oficiais, para além de prisões escolares e outro tipo de punições. Apesar de todo esforço
com vista a reduzir a ocorrência de casos de indisciplina a situação parece tender a
aumentar.
Actualmente, oficiais do Corpo de Estudantes, docentes e até familiares dos cadetes têm se
interessado sobre a indisciplina, procurando explicações, tentando descobrir o que realmente
faz com quem os cadetes cometam actos indisciplinados durante a sua formação na AM.
Assim sendo, a escolha do tema sobre As percepções dos cadetes do 1° ano e oficiais do
corpo de estudantes sobre indisciplina como tema para este Trabalho de Investigação
Aplicada (TIA), prende-se com razões de ordem pessoal e profissional. Pessoal na medida
em que a indisciplina nas unidades militares em geral e particularmente na Academia Militar
tem sido pouco estudada e até descorado ao nível da formação dos futuros Oficiais das
FADM no sentido de potencia-los para enfrentar o fenómeno na sua vida profissional futura.
Ao nível profissional por se tratar de um desafio à reflexão da indisciplina e seus factores
determinantes o que poderá proporcionar uma oportunidade impar na minha carreira militar.
Deste modo, o presente trabalho assume-se como uma tentativa de compreensão do
problema em questão, permitindo propor medidas de intervenção que diminuam a
indisciplina entre cadetes do 1° ano, medias essas aplicáveis em unidades e subunidades
militares.
Assumindo que a indisciplina no contexto militar não é um fenómeno abstracto que mantém
sempre as mesmas características, por isso percepcionada de maneira diferente em função
acha-se pertinente questionar: Que percepções os cadetes do 1° ano e Oficiais do Corpo de
Estudantes, a ele adstrito, têm sobre a indisciplina na AM?
Que medidas devem ser tomadas para reduzir a ocorrência de casos de indisciplina entre
cadetes do 1° ano?
Antes das conclusões apresenta-se uma proposta de acções com vista a reduzira ocorrência
de casos de indisciplina.
1.1Indisciplina
A indisciplina não é um problema de hoje, nem é um problema novo, e diferencia-se, na sua
natureza, da violência (Hall, 2008). O conceito de indisciplina abarca um conteúdo
polissémico (Estrela, 2002), abrange uma diversidade de noções e, por isso mesmo, presta-
se a variações de leitura e de interpretação. Existe indisciplina quando ocorre uma quebra ou
um corte em relação à norma, à regra estabelecida e àquilo que está estipulado como
socialmente correcto, quer de uma forma explícita, em normas e regulamentos formais, quer
de uma forma implícita, na prática e na vivência quotidiana e informal de uma instituição,
ou de um contexto em particular (Amado, 2000a, 2005; Amado & Freire, 2002a, 2002b e
2009; Estrela, 2002, Sebastião, 2003).
Conforme aponta Estrela (1992, p. 17) “a indisciplina pode ser pensada como negação da
disciplina, ou como desordem proveniente da quebra das regras estabelecidas pelo grupo”.
(apud Santos, 2007).
A indisciplina não é uma doença mas sim um sintoma (Estrela & Ferreira, 2001; Estrela,
2002; Strecht, 2008). É um sintoma da doença das instituições, um sintoma de que algo está
mal (Barroso, 2001a, 2001b). Assim, é necessário um diagnóstico exacto, uma compreensão
clara do fenómeno e do que ele traduz, para depois se poder actuar.
1.2Factores de indisciplina
De um modo genérico é possível enunciar como causas da indisciplina os seguintes aspectos
(Amado & Freire, 2009):
Sem cair no extremo anteriormente referido, também as famílias cuja comunicação é pouco
coesa ou inexistente, os estilos parentais e de autoridade são desajustados ou verifica-se uma
inexistência de qualquer supervisão na vida académica dos filhos, poderão estar a
comprometer o desempenho interpessoal das crianças/jovens (Campos, 2007).
1.5.1Factores institucionais
A indisciplina também pode ser motivada por factores internos ao ambiente da instituição,
seja pela organização das turmas, os conteúdos curriculares, o ambiente escolar, retenções
lectivas, quer seja pela própria forma como os docentes desempenham as suas funções
(estilos de autoridade e modos de interacção) (Merle, 2005; Gouveia-Pereira, 2008).
1.5.2Abordagens teóricas
As diferentes abordagens teóricas que sustentam o estudo da indisciplina estão, também,
directamente relacionadas com o modo como os autores perspectivam este fenómeno,
nomeadamente quanto às causas, prevenção e intervenção) (Aquino, 2003). As principais
correntes teóricas explicativas da indisciplina são: Sociológica (mudanças na sociedade e na
família; condições externas ao sujeito); Psicológica (problemas emocionais e psicológicos)
– com enfoque Psicanalítico, Cognitivista e Comportamental; Pedagógica (funcionamento
das instituições de formação: atividades pedagógicas, relação professor/aluno, estrutura
escolar, currículo); e Sócio-histórico-cultural (Pereira, 2009).
De acordo com esta perspectiva, a disciplina é a “normalização dos sujeitos”, fazendo com
que estes adquiram determinadas características esperadas – desenvolvimento da
homogeneidade em sociedade (Souza, 2005).
Já na teoria de Marx (Pereira, 2009), a indisciplina pode ser explicada como reflexo de uma
luta de classes; uma expressão do inconformismo de uma classe desfavorecida
economicamente. A indisciplina é evidenciada quando estes alunos se revoltam contra a
cultura estratificada imposta na escola (padrões, esquemas e certos códigos normativos e
valorativos), ou seja, uma educação direccionada para a actuação de acordo com um código
de normas que os identifique como pertencentes a uma determinada classe social (Pereira,
2009).
Por fim, a abordagem psicanalítica defendida por Silva (2004) refere que os conceitos
elaborados por Freud, Lacan e Winnicott são os que elucidam da melhor forma as pesquisas
psicanalíticas em torno da indisciplina, pois através dos estudos sobre a
violência/agressividade tentam explicar o funcionamento da indisciplina escolar. De acordo
1.5.4Tipos de indisciplina
Tendo como aspirações as funções enunciadas por Estrela(2002 p93(2002 p93) a propósito
das categorias de comportamento indisciplinado emergem três tipos de indisciplina a saber:
1.5.5Níveis de indisciplina
a. A complexidade da instituição.
A escola e uma realidade complexa, composta por uma população nada homogénea e cada
vez mais multicultural que partilha o mesmo espaço físico: uma organização curricular e
uma relação pedagógica nem sempre ajustada as necessidades
Características pessoais dos estudantes, caracterizada pela imposição de regras nem sempre
justificadas nem entendidas. Todos estes factores podem estar na génese e potencializar os
comportamentos desajustados dos alunos indisciplinados.
b. Factores psicológicos(Amado,200,2001);
Para a realização dessa investigação foi utilizado a pesquisa de base etnográfica pois
acredita-se que o paradigma interpretativa se mostra o mais adequado para realizar esta
pesquisa, isso se deve ao facto de que a pesquisa de base etnográfica tem como principal
preocupação o significado que as pessoas ou grupos estudados constroem em relação as
acções e os eventos que vivenciam, segundo Erickson (2001:p 12) a etnografia tem como
propósito documentar detalhadamente os eventos do quotidiano e identificar só significados
atribuídos tanto por aqueles que dela participam quanto por aqueles que a observam.
Do ponto de vista de procedimentos técnicos o estudo foi de tipo estudo de caso, que
segundo Gil citando Yin (1981:23), “é um estudo empírico que investiga um fenómeno
actual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenómeno e o
contexto não são claramente definidas e no qual são utilizadas várias fontes de evidência”.
Entretanto, Leech (2005) aborda a questão de saturação teórica para advertir que a
amostragem é tão importante tanto nas pesquisas quantitativas quanto nas qualitativas e com
base em autores como Miles &Huberman (1994), Curtis et al. (2000), Flick, (1998), Morse
(1995), Strauss & Corbin, (1990) e Lincoln & Guba, (1985), realçam que a importância da
amostragem nas pesquisas qualitativas prende-se com a necessidade de se fazer as
generalizações: “Para que generalizações analíticas sejam mais ricas, o pesquisador
Desta feita, participaram do estudo cinco oficiais do corpo de estudantes e dez cadetes do 1°
ano como mostra o Quadro 1
Fonte: Autora
Psicológicos; Cadetes
Quais os factores Perceber os sociais; Oficiais do
relacionados a cada factores familiar; Corpo de Entrevista Quais os factores
tipo de relacionados a institucionais Estudantes de ocorrência de
Indisciplina dos cada tipo de formais; Questionário indisciplina?
cadetes? indisciplina pedagógicos;
cometido pelos pessoais do
cadetes, instrutor;
pessoais do
estudante
Que medidas devem Propor medidas Prevenção Cadetes do 1º Que medidas
ser tomadas para que ajudam na Ano Questionário devem ser
reduzir a ocorrência de redução Intervenção tomadas para
casos de indisciplina? significativa de Oficiais do Entrevista reduzir casos de
indisciplina Punição CE indisciplina na A
M?
apurar os tipos de indisciplinas que ocorrem com maior frequência no 1° ano e perceber os
factores relacionados a cada tipo de indisciplina cometido pelas cadetes.
O questionário foi ministrado aos cadetes para colher os mesmos dados; a opção pelo
questionário para os cadetes deveu-se aos facto de estes terem tido pouco tempo de interação
directa para a entrevista, isto que a recolha de dados decorreu em pleno período lectivo.
Para o efeito os oficiais estão codificados com “Ofn” onde “Of” significa ‘oficial’ e
‘n’ é o número de ordem da entrevista; do mesmo modo, os estudantes questionados
estão codificados com “Estn”, onde ‘Est’ significa ‘estudante’ e ‘n’ é o número de
ordem do questionário.
Desta feita a apresentação de dados seguirá a ordem dos objectivos ora apresentados, a
começar pelos dados das entrevistas aos oficiais do CE e seguido dos dados do inquérito aos
cadetes.
“Indisciplina é uma acção feita por alguém que esteja fora dos
parâmetros pré estabelecidos. (Of4)
Importa notar que um oficial, foi mais concreto na sua percepção de indisciplina ao
relaciona-la com o incumprimento de normas de vida interna, documento oficial que regula
a vida dos cadetes durante a sua permanência na Academia Militar, nos seguintes termos:
A mesma questão foi colocada aos cadetes do 1º ano por meio de inquérito, ao que
responderam nos seguintes termos:
“Na minha opinião diz -se que o cadete cometeu indisciplina quando
viola as normas que regulam a vida interna, ou seja, quando o cadete
pratica acções que estejam contra as Normas de Vida Interna
independentemente se é com dolo ou mera culpa. (Of2)
A mesma questão foi colocada aos cadetes do 1º ano, por meio dos questionários e as
respostas apontam para três tipos de indisciplina, a passiva:
A mesma questão foi colocada aos cadetes do 1º ano, por meio do questionário, ao que
responderam destacando “a falta de orientação” “influência de amigos fora do quartel” nos
seguintes termos:
“… o que faz com que os cadetes cometam esses tipos de indisciplina são a
falta de orientação sobre as normas e as regras a obedecer e quando não são
tomadas medidas perante cada infracção”. (Est1)
“… o que faz com que os estudantes do 1 ano cometam esses tipos de
indisciplina são as influencia dos amigos de fora e outros estudantes
cometem indisciplina porque estão a repetir de ano”.(Est2).
“… o que faz com que o cadete do 1° ano cometa esses tipos de indisciplina
é a influencia dos amigos e por não saber oque realmente este cadete veio
fazer aqui na Academia”.(Est9)
“… o que faz com que esses estudantes cometam esses tipos de indisciplina
é a falta de tempo que os cadetes têm para o lazer”.(Est8);
“… o que faz com que o estudante cometa esses tipos de indisciplina são
algumas acções da própria academia, por exemplo sair sem dispensa para
diminuir fardas”.(Est 7)
Importa realçar o facto de outros cadetes terem mencionado o tempo de dispensa
insuficiente", “intimidade com oficiais”, como são os casos que seguem:
“… o que faz com que estes cadetes cometam esses tipos de indisciplina é a
falta de tempo para fazer suas actividades”. (Est3).
Com vista a propor medidas para a reduzir a ocorrência de indisciplina entre os cadetes do
1º ano, foi colocada a questão: “ que medidas acha que devem ser tomadas perante a
ocorrência de casos de indisciplina?”
“ medidas que devem ser tomadas ser tomas perante a ocorrência destes
casos são: repreensão escolar que inclui algumas actividades físicas,
repreensão escolar agravada, prisão escolar em casos mais graves a
expulsão”.(Of1)
“ as medidas que devem ser tomadas são dissimulação da informação sobre
o funcionamento da instituição e posteriormente tomadas as medidas como
repreensão escolar, repreensão escolar agravada, proibição de saída escolar
como forma de desencorajar a pratica destes actos” .(Of2)
“ as medidas que devem ser tomadas perante a ocorrência de casos de
indisciplina é mandar o estudante que cometeu a indisciplina fazer uma
declaração por escrito do acto por ele cometido”.(Of5).
Outos oficiais preferem medidas mais interventivas, como dialogo, antes de punição:
“ as medidas a tomar perante a ocorrência de indisciplina são as primeiras
medidas diplomáticas que é fazer entender aos estudantes que este tipo de
comportamento não compadece com a área militar que eles seguem e em
seguida sanciona-los”. (Of 3)
A mesma questão foi colocada aos cadetes do 1º ano por meio de questionários, ao que
quase responderam defenderam a punição, expulsão, corte de dispensa, como estratégias
recomendáveis para reduzir casos de indisciplina:
De facto, a indisciplina, tal como a define Amado (2001:179), é “um fenómeno relacional e
interactivo que se concretiza no incumprimento das regras (…) e no desrespeito das normas
e valores que fundamentam o são convívio entre pares (…)”
Este aspecto é também destacado no nas Normas de Vida Interna onde as normas são
especificadas em várias categorias ou em condutas, nomeadamente: conduta no
relacionamento entre estudantes; conduta à entrada de um superior; conduta nas aulas;
conduta na instrução; conduta nos exames, provas de frequência e testes, conduta na
enfermaria; conduta na formatura; conduta no refeitório; conduta nas relações com
sargentos, praças e pessoal civil, entre outras condutas.
As diferentes concepções sobre indisciplina prova que as ideias acerca desse tema estão
longe de serem consensuais, o próprio conceito, não tem uma definição concreta, ao longo
do tempo isso vem sendo modificado devido às interpretações do tema. “Ele se relaciona
com o conjunto de valores e expectativas que variam ao longo da história, entre as diferentes
culturas e numa mesma sociedade: nas diversas classes sociais, nas diferentes instituições e
até mesmo dentro de uma camada social ou organismo”. (Aquino, 1996, p.84).
Quanto aos tipos de indisciplina que ocorrem com maior frequência, foram mencionados os
três tipos de indisciplina, a começar pela indisciplina passiva ou discreta que consiste em
acções que colocam em causa as regras estipuladas e incumprimento de tarefas colocadas
pelos docentes, pontualidade, assiduidade, aprumo, entre outras; estes factos foram notários
tanto nos dizeres dos oficiais como nos dos cadetes como são os casos de: “…na
desobediência e nas saídas ilegais”.(Of2)’ “…insubordinação, desobediência, saídas
No que diz respeito os factores que concorrem para a ocorrência de indisciplina na óptica
dos sujeitos investigados foi notória o ênfase dos factores de ordem individual que se
resumem em não domínio das normas de vida interna: “é a falta de assimilação nas normas
de vida interna”. (Of1) “a falta de informações sólida sobre o funcionamento das FADM”
.(Of2), “são os factores emocionais”.(Of3) “ não conhecem a fundo as implicações que esta
indisciplina possa advir de indisciplina é a negligencia por parte dos próprios cadetes”.(Est6)
“é a falta de respeito que eles trazem de casa e a influência de alguns amigos com
comportamentos duvidosos” (Est10).
Convém notar que a propósito de factores de indisciplina, houve menção por parte dos
cadetes da “ falta de motivação dos oficiais perante os cadetes e intimidades com alguns
oficiais” (Est4).
De seguida, referiremos dois dos domínios sobre os quais importa que o comandante
desenvolva o seu autoconhecimento as competências de relação e de comunicação
com os cadetes.
Quanto mais méritos lhe reconhecerem maior será a propensão para o imitarem.
É, pois, útil que o comandante se auto-observe para poder proceder a uma auto-análise
que, muito provavelmente, lhe permitirá conviver consigo mesmo. Só assim, poderá
esperar que esse convívio se estenda aos outros... Curwin e Mendler afirmam (1987, p.
32): "Muitos [comandantes] fazem muito pouco por si mesmos antes de enfrentar os
[cadetes]”. E o que podem eles fazer por si próprios a fim de se prepararem para
algumas situações difíceis que os esperam? Aprenderem a conhecer-se - as suas
atitudes, o modo como se movem, como comunicam, os gestos, a voz, a congruência
entre as atitudes e as palavras, a capacidade de exprimirem não só as ideias, como os
próprios sentimentos. A autenticidade com que o fazem.
O conceito de indisciplina, tanto para oficiais como para os cadetes é difuso porque não se
centra em nenhum aspecto das Normas de Vida Interna, documento regulador do
comportamento dos cadetes na Academia Militar; assim constatou-se que a concepção de
indisciplina é mais centrada nas normas mas sem especificar de que normas os sujeitos se
referem.
Quanto ao tipo de indisciplina mais frequente, o estudo apurou que a indisciplina activa e
confrontativa é que ocorrem no seio dos cadetes que se configura em desrespeito às
autoridades, embriagues e tendências de agressão aos colegas.
Gil, A. C. (1999). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5 ed. São Paulo: Atlas.
Moffitt, T., & Caspi, A. (2002). Comportamento anti-social e família. Uma abordagem
científica. Coimbra: Almedina
Perreira, A.(2008). Guião pratico de utilização, analise de dados para ciências sociais e
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Santos, B. (2007). Gestão da sala de aula para prevenção da indisciplina: que competências?
Que formação?. Reflexão apresentada no Seminário Modelos e Práticas de
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Silva, N. P. (2004). Ética, indisciplina & violência nas escolas. Petrópolis: Vozes.
Strecht, P.(2008). Crianças e adolescentes violentos: o que devemos saber para prevenir e
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Steinberg, L., Blatt- Eisengart, I., & Cauffman, E. (2006). Competência paternal e
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Tiba, I. (2006). Disciplina: limite na medida certa. Novos paradigmas/ ed. Ver. Actual e
ampli. – São Paulo: Integrare Editora,.
Esta entrevista, tem um carácter académico e destina-se a recolher dados para a elaboração
do Trabalho de Investigação Aplicada (TIA) sobre “Percepções dos cadetes do 1° ano e
oficiais do corpo de estudantes sobre indisciplina”,dirigido aos oficiais do corpo de
estudantes da AM.
A. CONCEITO DE INDISCILINA
1. O que entende por “indisciplina”
2. Na sua opinião quando é que se diz que um cadete cometeu indisciplina?
B. TIPODS DE INDISCIPLINA
3. segundo o seu ponto de vista que tipo de indisciplina é mais frequente entre os
cadetes do 1º da componente feminina?
4. O que faz com que os cadetes da componente feminina cometam esses tipos de
indisciplina?
5. Que medidas acha que devem ser tomadas perante a ocorrência de casos de
indisciplina?
Esta entrevista, tem um carácter académico e destina-se a recolher dados para a elaboração
do Trabalho de Investigação Aplicada (TIA) sobre “Percepções dos cadetes do 1° ano e
oficiais do corpo de estudantes sobre indisciplina, Caso Academia Militar Marechal
Samora Machel (2013-2016) ”, ”, dirigido aos cadetes do 1° ano da AM.
A .CONCEITO DE INDISCILINA
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2.Na sua opinião quando é que se diz que um cadete cometeu indisciplina?
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B. TIPOS DE INDISCIPLINA
3. Segundo o seu ponto de vista que tipo de indisciplina é mais frequente entre os cadetes do
1º ano?
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4. O que faz com que os cadetes do 1◦ ano cometam esses tipos de indisciplina?
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5. Que medidas acha que devem ser tomadas perante a ocorrência de casos de indisciplina.?
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