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ACADEMIA MILITAR “MARECHAL SAMORA MACHEL”

ARCELINO BENEDITO LUÍS

CONSERVAÇÃO DE MEIOS INOPERACIONAIS DA RADIOTÉCNICA:


CASO PRIMEIRO BATALHAO INDEPENDENTE DA RADIOTECNICA,
PROVÍNCIA DE MAPUTO
(2010-2015)

Nampula
2015
ARCELINO BENEDITO LUÍS
(Comandante de Meios Radiotécnicos)

CONSERVAÇÃO DE MEIOS INOPERACIONAIS DA RADIOTÉCNICA:


CASO PRIMEIRO BATALHAO INDEPENDENTE DA RADIOTECNICA,
PROVÍNCIA DE MAPUTO

(2010-2015)

Monografia apresentada à Direcção Científica


da Academia Militar, como pré-requisito para
a obtenção de Grau Académico de
Licenciatura em Ciências Militares na
especialidade de Comandante de Meios
Radiotécnicos.

Orientador: José Bernardo Chamuita


(Major)

Nampula
2015
FOLHA DE APROVAÇÃO

Arcelino Benedito Luís

Conservação de Meios Inoperacionais da Radiotécnica: Caso Primeiro


Batalhão Independente da Radiotécnica, Província de Maputo
(2010-2015)

Trabalho de conclusão de curso para obtenção do Grau Académico de Licenciatura em


Ciências Militares na especialidade de Comandante de Meios Radiotécnicos, submetido à
Academia Militar “Marechal Samora Machel”.

ii
DECLARAÇÃO DE HONRA

Declaro que o presente Trabalho de Investigação Aplicada é resultado da minha pesquisa


pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes
consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma instituição de ensino para a
obtenção de qualquer grau académico.

iii
EPIGRAFE

“no mundo nenhuma coisa é tão degradado que não sirva, muito

menos rijo que não se estrague”


(ANONIMO)

iv
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia em memória do meu pai Benedito Luís Cumbe que Deus o
tenha, à minha mãe Judite José Macuacua que sempre, teve a Força e energias de criar
condições para que tivesse educação, e uma vida aceitável na sociedade, à minha companheira
Marcelina A. Nhanombe e a meus filhos Yuran Arcelino Luís e Arcelino B. L Júnior.

v
AGRADECIMENTOS
Agradeço o meu supervisor José Bernardo Chamuaita pela paciência e acompanhamento
dado durante a elaboração deste trabalho.
Aos meus familiares que contribuíram para minha a formação académica dando força
para continuar lutando com muita moral.
Aos colegas do 6º; 7º Curso de CMRT E 6º PILAV pelo espírito de Corpo e
companheirismo
O meu companheiro da trincheira Edson Rogeiro.
A meu docente de cadeira de Teoria de Relações Internacionais, Major Campira pela
experiencia da vida que me deu.
O meu amigo e colega de trincheira Apolito Zandamela por força de viver que me deu
num dos momentos difíceis da minha vida.
Os meus irmãos Dionísio Benedito Cumbe e Mónica Benedito Cumbe por toda ajuda que
prestaram durante minha formação.
A minha avo Celeste Cumbe, tios, Albino Luís, Samuel Rafael, Diogo José, tia Josina
Luís, Paula José, Maria José, cunhado Pascual Alberto por toda ajuda e educação que me
deram
Aos amigos da infância Guedion, Sebastião Afonso, Horácio, Cândido, Rafael, Sérgio,
Amade, e a as equipes 25 de Junho de Golo e G-UNIT de Mavie por toda diversão que me
proporcionaram.
Por ultimo a Hospital Militar por ter feito a parte dela salvando me a vida numa situação
critica.

vi
ÍNDICE
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ............................................................................... ix

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ x

LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. xi

RESUMO ................................................................................................................................. xii

ABSTRAT ...............................................................................................................................xiii

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 14

CAPITULO-I: MARCO TEORICO ......................................................................................... 18

1.1 Definição de Conceitos dos termos de palavras-chave ...................................................... 18

1.2 Conservação ....................................................................................................................... 19

1.2.1 Historial de Conservação ................................................................................................. 19

1.2.3 Técnicas de Conservação dos meios da Radiotécnica ..................................................... 21

1.2.4 A Cultura de Conservação Patrimonial em Moçambique (FADM) ................................ 22

1.3 Meios de Radiolocalização ................................................................................................. 23

1.3.2 Equipamentos das tropas da Radiotécnica....................................................................... 24

1.3.3. Constituição de radar segundo ........................................................................................ 25

1.3.4 Classificação do radar ...................................................................................................... 25

1.4 Factores da degradação de Materiais .................................................................................. 27

1.4.1 Factores Internos ............................................................................................................. 28

1.4.2 Factores Externos de Degradação dos Meios .................................................................. 28

1.4.3 Previsão da intensidade dos factores de degradação das matérias .................................. 32

1.4.4 Sabotagem e Vandalismo como factor de degradação de Meios .................................... 32

CAPITULO II: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................... 34

2.1 Generalidades ..................................................................................................................... 34

2.2 Método de Elaboração da Pesquisa .................................................................................... 34

2.3 Classificações da Pesquisa.................................................................................................. 35

2.3.2 Quanto à Natureza ........................................................................................................... 36

vii
2.3.3 Quanto a Forma de Abordagem do problema ................................................................. 37

2.3.4 Quanto aos Procedimentos Técnicos ............................................................................... 38

2.3.5 Quanto a participação do pesquisador ............................................................................. 38

2.4 Procedimentos da Pesquisa................................................................................................. 39

2.4.1 População ou Universo .................................................................................................... 40

2.4.2 Técnicas e Instrumentos de Recolha de dados ................................................................ 43

CAPÍTULO III: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ............................................ 46

3.1 Generalidades ..................................................................................................................... 46

3.2 Caracterização do Local de Pesquisa.................................................................................. 47

3.2.1 Breve Historial do surgimento do 1ºBIRT ...................................................................... 48

3.3 Apresentação e Analise dos Dados Recolhidos .................................................................. 50

3.3.1 Caracterização da amostra e Apresentação de Dados ..................................................... 50

3.3.2 Observação como instrumento auxiliar das Técnicas...................................................... 52

3.3.3 Apresentação de dados colhidos através da Entrevista e do Questionário. ..................... 55

3.3.4 Confrontação das Hipóteses ............................................................................................ 72

CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 74

SUGESTÕES ........................................................................................................................... 75

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 76

APÊNDICE .............................................................................................................................. 79

viii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

1º BIRT- Primeiro Batalhão Independente da Radiotécnica

BIAAA – Batalhão Independente da Artilharia Anti-Aérea

BMFAA – Brigada Mista de Foguetes Anti-Aéreos

CASE- Comando De Apoio E Serviços

CRL- Companhia De Radiolocalização

DAA – Defesa Anti-Aérea

FADM- Forças Armadas de Moçambique

RL- Radiolocalização

TRT-Tropas da Radiotécnica

ix
LISTA DE FIGURAS
Figure I Zona de reconhecimento feito pelos Radares do 1º BIRT. ......................................... 49

Figure III- Senário de restauração dos meios e a acomodação de alguns dispositivos nos
gabinetes ................................................................................................................................... 54

Figure IV- Antena de Radar P-35 ao relento e enferrujado ...................................................... 84

Figure V- Uma cabine de radar P-35 com rodas submersas, enferrujada e sem tinta. ............. 84

Figure VI- Um agregado inoperacional com indícios de vandalização sobe ataque das plantes
trepadeiras. ................................................................................................................................ 85

Figure VII- Oficina de Restauração em Baixo da Arvore ........................................................ 85

Figure VIII- Viatura de radar P-18 com indicio de ma conservação na oficina de restauração.86

x
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Demostração e Caracterização da Amostra .............................................................. 51

Tabela 2 - Interpretação de dados de questionário da hipótese 1 ............................................. 57

Tabela 3- Interpretação de dados de questionário da hipótese 2 .............................................. 62

Tabela 4- Interpretação de dados de questionário da hipótese 3 .............................................. 67

Tabela 5 - Interpretação de dados de questionário da hipótese 4 ............................................. 70

xi
RESUMO
Este trabalho tem como tema “Conservação de Meios Inoperacionais da
Radiotécnica”, e local de pesquisa o Primeiro Batalhão Independente da Radiotécnica (1º
BIRT) no período entre 2010 – 2015, tem como objectivo, compreender quanto a eficácia as
actividades de conservação de meios inoperacionais da Radiotécnica, partindo da questão:
Ate que ponto, os meios inoperacionais da Radiotécnica são conservados para o seu
aproveitamento? O método de abordagem é qualitativa, as técnicas de colecta de dados são
entrevista e questionário e o universo da pesquisa são militares efectivos do 1º BIRT. Para a
amostra foram selecionados 20 militares onde os resultados obtidos durante a pesquisa
mostram que os meios inoperacionais da Radiotécnica estão em condição de conservação não
eficaz, devido falta de instalações de acomodação (angario, armazém); a concepção que o
efectivo daquela unidade tem sobre estes meios naquele estado (falta da noção sobre a
importância destes meios) e o critério de planificação das actividades de conservação de
meios em causa. Há necessidade de criar condições para um angario e oficina própria da
técnica, formar e informar em aulas ou palestras o efectivo da unidade sobre a importância
que estes meios proporcionam, prever nas normas da vida interna, ordem do dia e nas
obrigações da equipe de serviço tudo que visa a conservação dos meios inoperacionais da
Radiotécnica. Palavras – Chave: Conservação, Meios inoperacionais, Radiotécnica,

xii
ABSTRAT
This work had as theme "Conservation of Radiotécnica´s Degraded Means", and research
place the First Independent Battalion of Radiotécnica (1st IBRT) in the period between 2010 -
2015, has as aim understanding as the effectiveness the conservation´s activities of
Radiotécnica´s degraded means, leaving of the subject: Does it tie that point, are the degraded
means of Radiotécnica conserved for their user? The method of qualitative approach, the
techniques of data collects, glimpsed, questionnaire and direct observation reached the
objective tends as universe the 1st IBRT effective military (officials, sergeants and squares).
For the sample, 25 military were selected. The results obtained during the research show that
the Radiotécnica´s degraded means, is in critical conditions of conservation, due to lack of
accommodation facilities and maintenance (grocery store, workshop); the conception that
effective´s unit has on these means in that state (it lacks of the notion on the importance of
these means) and the command direction’s criterion of the unit referred means in cause
before. There is need to create conditions for an grocery store, and own workshop of the
technique, to inform in classes or you talk the unit´s effective about the importance that these
means provide, to foresee in the norms of the life interns, order of the day and in the
obligations of the service team everything that seeks the conservation of the Radiotécnica´s
degraded means. Key- Words - Conservation, Inoperacionals Means, Technical
Radiology,

xiii
Conservação de Meios Inoperacionais da Radiotécnica: Caso 1º BIRT, Província de Maputo
(2010-2015)

INTRODUÇÃO

Sabe se que a conservação é o conjunto de acções que visa a proteger qualquer recurso, com a
utilização racional para que assim fique garantida a sua utilização por longo tempo ou seja, é
manter qualquer recurso longe da influência negativa humana e natural. No mesmo contexto,
a conservação de meios passa a ser indispensável para as Forças Armadas atendendo que elas
são uma sociedade com as suas específicas e tradicionais atividades e tem como
características, a continuidade e flexibilidade no âmbito das suas práticas. É com a
conservação e ou uso racional dos meios, que se pode garantir a durabilidade dos meios que
elas usam para cumprir com as suas missões.

Para o caso de Moçambique, depois da proclamação da independência o exército estava


organizado e tinha meios suficientes para fazer face a qualquer situação que carecesse da sua
intervenção. E de facto dois (2) anos depois colidiu a guerra civil onde o exército fez face a
esta situação, com isso são bem visíveis os vestígios dessas operações. Em cada unidade do
nível de Brigada, Centros de Instrução, Escolas Militares, Bases Navais, Aéreas e Batalhão, é
comum deparar se com meios em estado inoperacional ao relento a primeira impressão que se
leva em conta é o princípio de uso e desuso.

No ramo da Força Aérea em particular o 1º Batalhão Independente da Radiotécnica, este


deixou de desenvolver as suas actividades combativas em 1994 devido o estado avançado
inoperacional dos seus meios, e só 20 anos depois, esta se materializando o projecto da
manutenção e remodelação destes meios mas durante o tempo que este ficou inoperacional, o
material dos seus meios requeriam a conservação adequada tendo em conta que em qualquer
altura este poderia ser usado para a mesma área da Radiotécnica assim como para as outras
áreas relevantes no seio das FADM. Assim sendo, o Batalhão enfrentou enumeras
dificuldades e desafios de modo que os meios em causa mantivessem as suas propriedades e
condições aproveitáveis, nessa vertente, havendo uma condição incontornável no âmbito da
aquisição do grau de licenciatura em ciências militares, que é desenvolver um trabalho de
investigação aplicada (TIA) e que culminou com a necessidade de compreender o como esta
sendo feita a referida conservação dos meios inoperacionais da Radiotécnica no 1º BIRT, o
proponente evidenciou o seguinte tema: Conservação de Meios Inoperacionais da
Radiotécnica: Caso 1º BIRT, Província de Maputo (2010-2015), tendo como o objecto de
pesquisa, o senário de conservação dos meios inoperacionais da Radiotécnica no seio do 1º
BIRT.

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Conservação de Meios Inoperacionais da Radiotécnica: Caso 1º BIRT, Província de Maputo
(2010-2015)

A pesquisa abrange o período compreendido entre 2010 a 2015, atendendo que dados
mais ajustados à realidade actual são indispensáveis a este tipo de trabalhos e é o período em
que o proponente notou o cenário em causa, resultante da convivência militar que teve após o
ingresso nas Forças Armadas de Moçambique e durante o seu estágio profissional.

O 1º Batalhão Independente da Radiotécnica é uma instituição militar que pela sua


característica e missão tem meios de Radiolocalização mas em estado inoperacional onde para
mantê-los em condições de uma possível exploração ou aproveitamento deve se adotar regras
e politicas ou seja desenvolver se actividades relacionadas com a conservação destes.

Apesar de se verificar reformas tecnológicas, no âmbito da remodelação dos meios da


Radiotécnica ainda existe muito material por aproveitar porque da observação básica e
superficial efectuada pelo proponente da pesquisa, constata-se que dos meios inoperacionais
da Radiotécnica existe uma tendência significante no que diz respeito a seu proveito, já que a
nível desta especialidade há condições reunidas para a restauração completa dos referidos
meios, e é desta forma que se desperta uma grande atenção sobre uma possível importância do
material destes no futuro, e a exploração destes só será possível se estes ainda apresentarem
propriedades físicas suficientes para servirem em determinadas áreas.

A característica principal dos meios de radiolocalização do exército Moçambicano é de


na sua maioria serem viaturas, deferentemente com os Estados Unidos que para alem destes
possui meios de radiolocalização imoveis instalados nos pontos altos (prédios montanhas
etc.), assim verifica-se um senário que informalmente pode se chamar de desleixo destes
enquanto ainda é possível se aproveitar o seu material, a partir de pinéus, vidros e as suas
próprias cabines, cabos condutores de corrente elétrica, e outro material metálico.

Portanto para melhor se materializar um possível uso ou aproveitamento do material dos


meios inoperacionais, é importante perceber como é feita a sua conservação, então na medida
de pretender analisar o como são conservados estes meios para garantirem as características
mínimas valentes para certos fins a partir da conservação, se levantou o seguinte problema:
Ate que ponto, os meios inoperacionais da Radiotécnica são conservados para o seu
aproveitamento? Este problema foi respondida ao se alcançar o objectivo geral que é de,
Compreender quanto a eficácia o processo da conservação dos meios inoperacionais da
Radiotécnica no Primeiro Batalhão Independente da Radiotécnica (1º BIRT).

Para o alcance do objectivo geral, foram definidos os seguintes objectivos específicos:


Identificar os factores que influenciam no processo de conservação dos meios inoperacionais

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Conservação de Meios Inoperacionais da Radiotécnica: Caso 1º BIRT, Província de Maputo
(2010-2015)

do 1º BIRT; Descrever a concepção do pessoal de todos os níveis desta unidade perante os


meios inoperacionais da Radiotécnica; Perceber a influência do plano de actividades de
conservação vigente no local da pesquisa perante o processo conservação de meios
inoperacionais.

Se a conservação e preservação de patrimónios do estado é uma actividade obrigatória


para qualquer cidadão para além das instituições que são coluna vertebral no âmbito deste
processo, então, as Forças Armadas, não tem dispensa para tal, e no princípio de 2014
começou a concretizar-se na prática o processo de remodelação dos meios usados para o
trabalho combativo das Tropas da Radiotécnica (TRT), assim sendo foi preciso grande parte
do material dos meios inoperacionais. Este facto desperta interesse ao pesquisador, na sua
condição de estudante finalista do curso de formação de oficiais pela Academia Militar na
especialidade de, Comandante de Meios Radiotécnicos dado que o problema em alusão é
uma das questões de grande interesse para as Tropas da Radiotécnica.

O tema proposto tem uma relevância académica, porque pode servir como um material
teórico baseado na reflexão sobre a conservação do material de meios inoperacionais de modo
a garantir o uso e aproveitamento destes possibilitando a obtenção de dados adicionais
relacionados com o tema em destaque, a nível social, este estudo pode permitir a reflexão
individual e colectiva sobre a necessidade de respeitar e cuidar qualquer património ou
recurso porque nada é podre que não sirva e nada é rijo que não se estrague. E desta forma,
pode-se minimizar os custos e evitar a redundância nos investimentos do Estado. Para as
FADM, a pesquisa pode ser de capital importância, na medida em que ao despertar atenção
sobre a conservação do material bélico degradado e outros recursos matérias, pode se
minimizar os custos durante os futuros processos das reformas tecnológicas, garantir um
arsenal suficiente para instrução para além de saneamento do meio melhorado, contribuindo
desta forma o fornecimento das teorias e técnicas de conservação e aproveitamento do
material inoperacional, assim de modo a se alcançar o objectivo geral partindo dos específicos
foi preciso primeiro se testar as seguintes hipóteses:

A falta de angario, armazém e ou oficina própria para a técnica pode contribuir para ma
conservação dos meios inoperacionais no 1º BIRT;

A má concepção do efectivo do 1º BIRT sobre um provável aproveitamento dos meios


inoperacionais da Radiotécnica pode ser a razão de ma conservação destes;

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Conservação de Meios Inoperacionais da Radiotécnica: Caso 1º BIRT, Província de Maputo
(2010-2015)

A má interpretação da migração digital pode contribuir para conservação ineficaz dos


meios inoperacionais da Radiotécnica por serem de sistemas analógicos;

O plano de actividades no 1º BIRT não é favorável a conservação dos meios


inoperacionais da Radiotécnica.

O objectivo do presente trabalho, guiou o proponente a optar por uma pesquisa Indutiva
quanto ao método de elaboração, com uma intenção descritiva de natureza básica com a
forma qualitativa de abordagem usando entrevista e questionário como procedimentos
técnicos da pesquisa.

A pesquisa teve lugar no 1º BIRT, porque é uma das instituições que contem meios da
Radiolocalização (RL) em estado inoperacional onde pode se despertar o suficiente sobre a
necessidade e importância da conservação ou preservação dos referidos meios inoperacionais
assim como sobre as possíveis técnicas em relação com a realidade das FADM e a abordagem
será feita com recurso a dados que reportam a participação tanto do contingente do nível
estratégico, táctico e operacional no contexto da conservação dos recursos ou meios da
Radiotécnica em estado inoperacional, com tendência de compreender a eficácia deste
processo no que tange a susceção destes num possível proveito, usando a consulta
bibliográfica, internet, para a sua fundamentação e desenvolvimento, entrevista e questionário
para a coleção de dados sobre o tema.

Em termos de estrutura e para uma melhor abordagem do tema, o presente trabalho está
dividido em três (3) capítulos, o primeiro aborda a revisão da literatura que consiste em
fundamentar teoricamente o tema e o problema levantado bem como as palavras emergentes
das hipóteses, indicadores e outros conceitos convergentes no estudo, o segundo trata dos
procedimentos metodológicos que descrevem a abordagem do problema, tipo de pesquisa,
procedimentos de pesquisa, universo e amostra, técnicas de colecta de dados, o procedimento
de apresentação e análise de dados e o terceiro capítulo aborda a caracterização do local de
pesquisa, apresentação análise e interpretação dos dados discussão ou confirmação das
hipóteses ou ainda respostas às questões de investigação. Para finalizar, está apresentada a
lista das obras consultadas para a realização da pesquisa, a conclusão, sugestões apêndice de
entrevista e questionário.

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CAPITULO-I: MARCO TEORICO

Para Marshall e Rossman, (1989) o marco teórico, relaciona o estudo a um diálogo


corrente maior na bibliografia sobre o tópico, preenchendo fissuras e estendendo estudos
anteriores e (Wiersma 1995) diz que revisão bibliográfica fornece o contexto e o pano de
fundo do problema da pesquisa. Ela deve estabelecer a necessidade para a pesquisa e indicar
que o autor tem conhecimento da área.
“a revisão bibliográfica atinge diversos propósitos ela compartilha com o leitor os
resultados de outros estudos relacionados ao estudo em questão fornece uma idéia para o
estabelecimento da importância do estudo, bem como uma base para comparações dos
resultados de um estudo com outras conclusões e fixa o problema previamente
identificado”. (Fraenkel & Wallen 1990:35)

Assim com estes fios de pensamento, esta claro que no mundo mesmo antes da
globalização, foi raro existir uma pesquisa de estaca zero, isto é, que ninguém já se preocupou
pela área que se precisa pesquisar, se precisarmos aprofundar sobre esta expressão pode se
levar muito tempo para melhor explicação, mas o importante é, se uma pesquisa é para
resolver problemas, limar curiosidades e em suma satisfazer certas necessidades do homem
então estas estão para todo homem dai que, pelo menos um em cada canto do mundo
académico já refletiu sobre a área que precisamos pesquisar.

Refletindo sobre o como os vários autores classificam e encaram o marco teórico, pode se
concluir que esta parte do trabalho de pesquisa está reservada à apresentação do referencial
teórico do tema em análise, onde se fundamenta o assunto com base no entendimento das
teorias defendidas por vários autores. Serve ainda de base para a continuação dos objectivos
estabelecidos. Para tal é imprescindível abordar de conservação, remodelação (restauração) e
aproveitamento de material degradado, sem antes analisar o conceito destes termos.

1.1 Definição de Conceitos dos termos de palavras-chave

A compreensão da abordagem feita ao longo da pesquisa está, por um lado, dependente


da familiarização do leitor com conceitos básicos nelas empregues e que a fazem ter sentido
(Silva 2004). Por outro lado, tem em vista compreender o significado das palavras-chave que
serão abordadas com frequência ao longo do presente estudo, visto como essenciais para a
compreensão da problemática em estudo assim temos as seguintes palavras-chaves:
Conservação, Meios inoperacionais, Radiotécnica,

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1.2 Conservação

É a aplicação de uma série de habilidades e conhecimentos que permitam conhecer e


então se evitar os riscos de seu desaparecimento de um património, e na conservação
científica existem três formas essenciais: Conservação Preventiva, Curativa e Restauração.
(Sílvia & André 2013)
Com vista a prolongar a permanência física do bem e a mantê-lo em bom estado durante
o maior tempo possível, uma série de operações podem ser empregadas, entre as quais as
destinadas à conservação ou, quando a agressão já se fez mais intensa, tem que haver
intervenção direta sobre o bem.

1.2.1 Historial de Conservação

A experiencia da vida sempre ensinou o homem a ter atitudes de prever e prevenir a


carência sobre os recursos de acordo com a situação e contexto e assim começa a história da
conservação. Nos tempos remotos dos hominídeos era empírica a prática da conservação, isto
é, conservava-se os objetos hora por curiosidade ou para fazer face a prováveis fenómenos
naturais que podiam colocar em causa a vida do homem, para auto defesa, ataque, refere se as
peles de animais, chifres, pedras esquisitas ect.
“as primeiras Teorias da Conservação com base científica inicia-se no séc.
XIX. Destacam-se os trabalhos de Sir Humphrey Davy, presidente da
(Royal Society 1820), estudando os papiros de Pompéia; de C. J. Thomson,
no Museu Nacional de Copenhague, desenvolvendo técnicas para conservar
objetos arqueológicos. É nesse contexto, também moldado pela Revolução
Industrial, na Inglaterra, e pelas guerras Napoleônicas, na França, que
despontam os primeiros teóricos da conservação, John Ruskin (1819-1900)
e Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc (1814-1879) ”.(Araújo 2013: 32).

Ate os princípios de séc. XXI, a conservação de patrimónios, ganhou um novo horizonte onde
o fluxo de organizações de todo carater que visam a traçar técnicas e politicas no âmbito da
conservação.

1.2.2 Tipos de Conservação

1.2.2.1 Conservação Preventiva

É a aplicação de medidas de controlo capazes de favorecer que um objeto,


um monumento, área, ou lugar perdure mais tempo, com o maior grau de
integridade. Desta forma, quanto mais as condições ambientais e as formas
de interação do material com os outros agentes são estáveis, menor e mais
lenta é a degradação. Essas medidas constituem o que se Denomina
conservação preventiva, (Dahlin, 2002);

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Para Froner e Rosado, (2008). a natureza, o homem, animais e organismos são sobretudo,
agentes que aceleram a velocidade das transformações das propriedades intrínsecas dos
materiais, seus componentes, origem e técnicas de produção, mas também pela interação dos
materiais com o entorno destes

Para este trabalho com a ajuda dos autores Dahlin e Froner, afirmam que a conservação
preventiva, refere se a todas acções que visam evitar qualquer, dano no meio ou material.

1.2.2.2 Conservação Curativa ou restauração

“É assim que, identificando e conhecendo os fatores que caracterizam o ambiente


circunstante e as formas de interação com a matéria, dos outros agentes já referidos, a
degradação dos materiais pode ser retardada isso chamaria se de conservação curactiva”
(Bacci et al., 2008:198).

Segundo Gonzalez-Varas (2003) qualquer material, ao sofrer aceleração ou associação a


mecanismos adicionais de agressão, pode provocar alterações mais radicais e, nesse caso, se
fala em degradação ou deterioração dai que precisaríamos de curar o meio de modo a voltar a
servir.
“São todas aquelas ações aplicadas de maneira direta a um bem individual
estável, que tenham como objetivo facilitarem sua apreciação, compreensão
e uso. Estas ações somente se realizam quando o bem perdeu uma parte de
seu significado ou função através de ações passadas. Baseia-se no respeito
ao material original. Na maioria dos casos, estas ações modificam o aspecto
do bem” (FREY, 2006:56)

Vejamos que existe uma diferença entre as diferentes expressões acima descritas mas tem
o mesmo ponto de fuga, que é o colocar o maior tempo de vida possível de qualquer material,
assim restaurar seria a accão de conservar que culmina com medidas de colocar o meio em
estado operacional, ou seja servir de novo da mesma forma que serviu antes.

1.2.2.4 Importância da Conservação

Dahlin, (2002) defende que antes conservar que restaurar, muito utilizada no âmbito da
conservação / restauração vale também como um norteador, um ale ta frente às
metodologias e práticas que visam a preservação de meios materiais.

Sem dúvida nenhuma a conservação ´é um assunto que merece tanto enfoque na


atualidade, é comum nos países do 3º mundo que Moçambique faz parte, deparar-se
com fortunas, áreas e monumentos de antiguidade a sós. E maioria do pessoal tenta

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justificar isso com enumeras teorias sublinhando o nível literário e analfabético destes
países.
“Costuma se dizer que do futuro, queremos carregar o fogo, não as
cinzas e não devemos jogar pedras no passado e é frequente, achar-se que
somente os jovens são capazes de perquirir o futuro, e dai surge a pergunta;
se não fossem os velhos onde é que eles estariam? É a experiência que nos
dita e nos aponta os caminhos para as soluções futuras.” .(Alvares 2007: 25)

FREY, (2006), tem como importância fornecer a matéria-prima no futuro no âmbito das
reformas tecnológicas, políticas religiosas em diante, minimizar o esgoto de recursos para as
gerações futuras para além da solidificação da existência da humanidade.

Se a história depende das fontes materiais, escritas e orais, isso é indispensável nesse
contexto apesar de se verificar a redundância dos factos (fontes escritos são sempre matérias),
esta se tentando debruçar a diferença entre os textos e os objectos. Então há necessidade
maior de conservar a todo custo todo o numerado.

1.2.3 Técnicas de Conservação dos meios da Radiotécnica


Bukhai (2005) diz que as técnicas para conservar os meios de radio localização são quase
as mesmas usadas para conservar qualquer outro material que tenha propriedades
semelhantes, para a prática deste processo é preciso que se cumpra algumas etapas desde da
planificação ate a concretização do programa.

A conservação é um assunto no seio das comunidades, e esta de alguma forma a criar o


stress nas empresas, instituições públicas ate para singulares. As técnicas para a sua
implementação variam de acordo com o tipo de material, tipo do meio por conservar, sua
utilidade e o fim da sua conservação. Vejamos que a metodologia empregue para conservar e
preservar uma área é diferente para a conservação um carro.

1.2.3.1 Técnicas operacionais

Segundo Bukhai (2005) este tipo de técnicas consistem em acção directa com o meio, isto
é, aplica-se ou desenvolve-se uma serie de actividades para com o meio de modo a manter as
mínimas características que garantem um futuro e provável aproveitamento deste.

São elas as seguintes técnicas (trabalhos regulamentares):

 Limpeza do recinto onde se encontra o meio

 Limpeza do próprio meio

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(2010-2015)

 Verificar as juntas (ligações) e ligar se estiverem desligadas

 Lubrificação, pintura,

 Verificação de indícios de enferrujamento (oxidação)

 Movimentação dos meios (mudança do espaço que ocupa)

 Proteção contra queimadas (abertura de brechas de separação entre o meio e as


fibras ou capim)

 Patrulhas contínuas no recinto onde se encontra o meio

 Troca de fusíveis, isolamento de cabos descascados etc

 Destruição de ninhos criados por insectos, baratas, abelhas, cobras e ratos

1.2.3.2 Técnicas Administrativas (estratégicas)

Refere se ao conjunto de normas e regulamentos criados no seio da instituição para


garantir a execução ou atingir as operacionais e refere as seguintes.

 A criação da comissão responsável pela conservação no seio da unidade que


vela por seguinte: elaboração do plano de atividades de manutenção diária,
mensal, semestral e anual

 Fiscalização cíclica das actividades referidas

 Prestação de relatórios a nível superior sobre o estado do material por intervalo


de tempo determinado. Etc.

1.2.4 A Cultura de Conservação Patrimonial em Moçambique (FADM)

As Forças armadas de Moçambique são uma sociedade com sua historia cuja merece ser
contada e ilustrada com factos palpáveis dai elas não fogem da conservação básica e politica
para alem deque precisam desta conservação para fazer face a situações enormes do
cumprimento das suas respectivas missões.

O habito de conservação é em Moçambique é bem visível quanto a questões da historia,


porque existe museus, patrimónios e reservas que vão servir de factos históricos para as
gerações vindouras, mas o inconveniente verifica-se no material bélico adquirido a sacrifício
do imposto de camponeses, empresários operários etc., que esta ao seu tempo em cada recinto
duma unidade militar sem devida consideração, apresentando características de lamentar a

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Conservação de Meios Inoperacionais da Radiotécnica: Caso 1º BIRT, Província de Maputo
(2010-2015)

acção do homem, da natureza e de animais esta bem claro que estão em falta as politicas que
possam fazer face a esta situação.

Segundo Costa (2014) a criação de museus nos anos oitenta e noventa corporiza
corporizam os diferentes debates depois da independência sobre o que pode se chamar de”
narrativa sobre a arte nacional em Moçambique.

Com costa é visível a cultura de conservação em Moçambique desde ada independência


mas apesar de tal, ainda é lamentável o senário que se verifica nos recintos de qualquer
unidade militar que já foi Batalhão, Brigada, Bases navais e Aéreas centros de instrução,
escolas etc. A maioria do arsenal degradado esta ao relento e em precárias condições de
conservação, a cultura e hábitos de conservação dos meios nas FADM não são de louvar.

1.3 Meios de Radiolocalização

São meios de radiolocalização todos aqueles que através da energia


eletromagnética podem localizar qualquer objecto a distância, e são
normalmente chamados de Radares de reconhecimento do espaço1, de modo
a fazer face ao controlo ininterrupto do espaço aéreo no âmbito das acções
combativas da DAA. (Manual Técnico de Mecanismos de Exploração de
radares 1985)

Os meios usados para as acções supra citadas são de radiolocalização e cada instalação
destes é chamada de Estacão de Radiolocalização.

1.3.1 Estacão de Radiolocalização.

De acordo com o (Guião do Oficial da Defesa Anti-Aérea, 1987). “a


estacão de rádio localização é o nome atribuído às unidades militares da
Radiotécnica com a missão de garantir de forma ininterrupta o controlo do
espaço aéreo, identificação através da radiolocalização dos meios da
navegação do inimigo durante o voo e fornecimento dessa informação às
unidades de Mísseis Anti-Aéreos e Aviação de Caça e Tropas da Artilharia
Anti-Aérea (TAAA) para tomada de decisões”.

Estações de radiolocalização são definidas segundo (Manual Técnico de Mecanismos de


Exploração de radares 1985), como sendo o “sector da Radiotécnica, que cumpre a tarefa de
detecção com apoio de ondas de rádio de diferentes objectos, determinação da sua localização
(coordenadas) e características”.

1
- Radares podem ser meteorológicos, de reconhecimento de minas mas os radares de radiolocalização
são especialmente para reconhecer o espaço quanto a presença de alvos aéreos

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Guião do Oficial da Defesa Anti-Aérea, (1987) diz que a estacão da radio localização é o
nome atribuído a todos os pontos cujos foram instalados os meios de radiolocalização com a
missão de garantir de forma interrupta o controlo do espaço aéreo, identificando os meios de
navegação inimiga através da radiolocalização durante o voo e fornecendo dessa forma às
unidades de Misseis Anti-Aéreos, Aviação de Caça e Tropas da Artilharia Anti-Aérea
(TAAA) para a tomada de decisão.

Interpretando as ideias a cima descritos, estacão de radiolocalização é qualquer local onde


estão dispostos todos os meios de detenção, identificação, localização, e acompanhamento de
alvos aéreos como vêm especificadas as suas actividades a seguir.

As estacoes de radiolocalização têm como função:

 Fazer busca, identificação no espaço aéreo de aparelhos letais;


 Medição das suas coordenadas correntes do alvo permitindo obter sua velocidade
horizontal, o curso e descobrir o início da manobra;
 Análise da forma e estrutura do sinal eco para descobrir a composição de alvos em
grupo;
 Detectar e acompanhar alvos portadores de interferências activas e passivas.

As estacões de radiolocalização possuem na sua composição, distanciómetros e altímetros

Distanciómetro: permite a busca, identificação e acompanhamento de aparelhos letais e


determinar as suas coordenadas de azimute e distância.

Altímetro: Permite determinar a altura dos aparelhos letais sobre a superfície terrestre e
marítima.

1.3.2 Equipamentos das tropas da Radiotécnica

Segundo Manual Técnico de Apontamentos de Mecanismo de Exploração De Radar


(2014) são equipamentos das tropas da Radiotécnica os seguintes:

 Sistemas de localização (estacões de radiolocalização, altímetros e distanciómetros);


 Sistema automático de direcção (aparelhagem complexa automática de recolha,
tratamento e representação da infirmação de radiolocalização);
 Sistema de transmissão de informação de radiolocalização.

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Os sistemas de radiolocalização são geralmente constituídos por uma combinação de


Radares de características distintas que interagem para garantir de forma ininterrupta o
controlo do espaço aéreo, marítimo ou terrestre.

Segundo Portugal, MC 20-100 (2004) “os radares são meios que constituem um suporte
no monitoramento dos movimentos das aeronaves e permitem a detecção, identificação e
localização de alvos aéreos”.

Segundo o Guião do Oficial da Defesa Anti-Aérea (1987), “o radar é o meio usado para a
guarnição combativa e ininterrupta (24 horas por dia) do espaço aéreo dentro da sua zona de
responsabilidade, detectando violações do espaço aéreo Nacional”.

Mas para o Manual Técnico de Mecanismos de Exploração de Radares (1985) diz que
“Os radares fazem a radiolocalização, garantindo a identificação e a detecção do inimigo
aéreo, avaliação da sua composição e formação de combate, direcção de acção,
acompanhando-o em toda profundidade de visualização”.

Em paralelo com os conteúdos acima citado para este trabalho radar é todo dispositivo
com capacidade de reconhecer a distância um fenómeno natural ou artificial através da
emissão das ondas eletromagnéticas e recepção do efeito desse fenómeno em sinal
compreensível através da interpretação segundo o fim dessa operação de reconhecimento.

1.3.3. Constituição de radar segundo

Manual Técnico de Mecanismos de Exploração de Radares (1985):

 Emissor – gera a onda eletromagnética


 Antena – emite para o espaço a onda EM gerada pelo emissor e/ou recebe a onda EM
reflectida pelo alvo
 Receptor – processa o sinal que chega à antena
 Indicador – visualiza a informação contida nos ecos

1.3.4 Classificação do radar

1.3.4.1 Quanto ao tipo de onda

 Radar de pulso
Transmite um sinal com um impulso de elevada potência. Segue-se um tempo longo

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de espera para os ecos poderem ser recebidos e processados, transmitindo-se de


seguida o novo impulso.
 Radar de onda continua
Transmite um sinal de elevada frequência de forma continua. O eco do sinal é
recebido e processado. O receptor precisa de estar montado num sítio diferente do
emissor.

1.3.4.2 Quanto a forma de transmissão e recepção dos sinais

Radar activo com resposta activa

• Consiste em irradiar o espaço aéreo de ondas eletromagnéticas e a recepção de


um sinal activo do aparelho letal

Radar passiva

• Consiste em receber os sinais irradiados pelos aparelhos letais no regime


passivo.

1.3.4.3 Quanto a cumprimento das tarefas

• Radares de múltiplas frequências com capacidade de irradiar os objectos em


diferentes frequências ao mesmo tempo.
• Radares de múltiplos regimes com capacidade de funcionar em vários regimes
(interferências activas e passivas, alvos de baixas alturas, em situações de lançamento
de projécteis auto guiados
• Radares de múltiplos canais com vários canais independentes que permitem
ao mesmo tempo, localização, medição de coordenadas, acompanhamento de alvos
isolados e em grupo.

1.3.5 Características táctico-tecnicas do Radar2

O radar tem quatro regimes de trabalho:

 Regime A (Amplitude); regime H de amplitude com acumulação; regime K


(Coerente), regime C (Misturado).

O funcionamento da estação no regime A (Amplitude) – o regime Amplitude é um regime


auxiliar, usa-se na sincronização e controlo de funcionamento da estação, também na ausência

2
- Apontamentos da cadeira de Bases de Construção de Radares 2014

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de interferências passivas e como de reserva no caso de avaria que pode impedir o


funcionamento da estação no regime H.

O regime coerente destina-se para a defesa da estação de interferências passivas, ajuda a


detectar alvos móveis entre objectos fixos. Este regime é chamado como regime de selecção
de alvos móveis.

1.4 Factores da degradação de Materiais

Bauer (2013) diz de novo que outro aspecto importante e complicador da análise, diz
respeito as diferentes respostas dos materiais e elementos componentes do material perante
aos fatores de deterioração. Os materiais metálicos, particularmente os ferrosos embora
tenham grandes respostas às solicitações mecânicas, apresentam grande suscetibilidade à
corrosão eletroquímica e superficial.

Assim, ao se empregar materiais ferrosos expostos á chuva, por exemplo, uma das
principais preocupações é com a proteção contra a corrosão (e esse é um dos principais
mecanismos de deterioração desses metais).

Tem-se portanto, diferentes mecanismos de degradação em função do nível de exposição


dos materiais e elementos aos fatores de degradação, e também em função das peculiaridades
(físico, químicas) da degradação de cada material. Assim, quanto aos mecanismos de
degradação Khissiaa ( 2001) diz que pode-se colocar que:

• O mecanismo se desenvolve pela acção dos fatores ou agentes de degradação


associado a um material ou elemento do material;

• É particular as condições de exposição (macro e micro) e ao nível de incidência dos


fatores

É particular as características físico- químicas dos materiais e elementos a queda de


desempenho geralmente é identificada por indicadores físico-químicos (ruptura,
descolamentos, umidades, etc...) Pensando agora em vida útil, é óbvio que os fatores de
degradação, quanto a sua: natureza, intensidade, forma de ação; influenciam na via útil por
serem basicamente as “ações de degaste” que diminuem o desempenho ao longo do tempo.

Fator de degradação é qualquer causa que afete de maneira desfavorável o desempenho


de um meio ou de suas partes, incluindo aí as intempéries, agentes biológicos, esforços,
incompatibilidade e fatores de uso.

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Segundo Elton Bauer (2002), Alguns aspectos importantes devem ser levados em
consideração na análise dos fatores de degradação: O peso ou acção dos fatores varia de
acordo com o material em análise e a função que ele desempenha a acção de determinados
fatores leva a falhas mais graves ou maior intensidade de degradação do que outros. Estes
podem ser externos e internos.

1.4.1 Factores Internos

Os factores internos de degradação de matérias e causado por vários agentes cujo a


designação destes com base na sua accão ao material. Uma das designações é: Agentes de
Deterioração
Elton Bauer (2002) Agentes de deterioração de matérias são aqueles que os levam o a um
estado de instabilidade física ou química, com comprometimento de sua integridade e
existência.
Embora com muita frequência, não possamos eliminar totalmente as causas do processo
da sua deterioração dos mas podemos diminuir consideravelmente seu ritmo, através de
cuidados com o ambiente, o manuseio, as intervenções e a higiene, entre outros

Os Factores Internos Segundo (Alvares 2007) estão ligados a composição,


tipos de colagem, tipo de fibras, resíduos químicos, partículas metálicas a
nossa interferência em relação aos fatores internos é limitada e são elas
degradação da celulose que ocorre quando agentes nocivos atacam as
ligações celulósicas, rompendo-as ou fazendo com que se agreguem a elas
novos componentes que, uma vez instalados na molécula, desencadeiam
reações químicas que levam ao rompimento das cadeias celulósicas. A
acidez e a oxidação são os maiores processos de deterioração química da
celulose.

1.4.2 Factores Externos de Degradação dos Meios


Segundo Bauer (2013) são principais factores externos de degradação dos meios os
seguintes:
a) Fatores atmosféricos: Radiação (Solar, nuclear, térmica)
Temperatura (elevação, depressão, ciclos)
b) Fatores biológicos: Micro-organismos; Fungo; Bactérias
c) Fatores de carga (stress) Esforço de sustentação contínuo;
Esforço periódico; Esforço randômico (fenômenos ou processos
aleatórios); Ação física da água como chuva, granizo e neve;
Ação física do vento; Combinação da ação física do vento e da
água; Movimento de outros agentes, como veículos.
d) Fatores de incompatibilidade Químicos; Físicos.

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e) Fatores de uso :Projeto do sistema; Procedimentos de instalação


e manutenção; Desgaste por uso normal; Abuso no uso
(inobservância da manutenção).
Alvares (2007) diz que são agentes externos, como radiação ultravioleta, temperatura,
umidade, poluição atmosférica, microrganismos, insetos, roedores, manuseio e o
acondicionamento indevido, podemos tomar algumas medidas, que minimizem a ação desses
fatores e são eles os seguintes:

 Agentes Biológicos
 Agentes Físicos
 Agentes Químicos
 Ação do Homem

1.4.2.1 Efeito sinergético entre os diversos fatores. (Agentes Físicos)

Bauer (2005) diz que sempre teremos a ação simultânea de vários fatores de degradação.
A ação simultânea pode aumentar ou diminuir a intensidade dê degradação. Exemplificando,
a incidência solar sobre uma pintura de fachada causa a foto-decomposição pelo efeito da
radiação UV. Essa reação química (como toda a reação química) aumenta em sua cinética
(velocidade) pelo aumento da temperatura oriundo da incidência solar. Assim, nesse exemplo,
o efeito sinérgico entre os fatores tem como resultado uma intensidade de degradação maior.
Toda fonte de luz, seja ela natural ou artificial, emite radiação nociva, do tipo
infravermelho e ultravioleta, ambos causadores de danos de materiais porque a acção da
radiação ultravioleta sobre o material é irreversível e prolonga-se mesmo terminado o período
de irradiação, contribuindo para a oxidação da celulose. Quando diretas, são prejudiciais,
recomenda-se medida que bloqueiem ou minimizem esse tipo de ação.

1.4.2.1.1 Como se Manifestam os Agentes Físicos na Degradação de Materiais

Steindel e Coradi (2008) dizem que a luz tem dois efeitos sobre o
material, ambos contribuindo para a sua degradação:
O primeiro efeito caracteriza-se por apresentar uma ação na coloração, que
causa o desbotamento ou o escurecimento das partes leves e algumas tintas.
O segundo efeito apresenta-se como uma acelerada degradação da lignina
(componente natural responsável pela firmeza e solidez do conjunto de
fibras, agindo como uma espécie de cimento) que porventura esteja presente
no material, tornando-a progressivamente escura.

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Segundo Pieri & Lamas (2012) as fibras do material se rompem em unidades cada vez
menores, até se tornarem insuficientes para manterem a todo ele unido as reações invisíveis
produzem uma quebra na estrutura molecular do material, resultando no seu enfraquecimento.

Aguiar José (2008) diz que o desequilíbrio da temperatura e da umidade relativa provoca
no acervo uma dinâmica de contração e alongamento dos elementos que compõem o material,
além de favorecer a proliferação de agentes biológicos (fungos, bactérias, insetos e roedores).

Segundo (Steindel G. & Coradi J. 2008) A umidade também afeta


seriamente o material: se muito elevada, apressa a degradação ácida e se for
muito baixa, facilita o ataque de agentes biológicos. Quando o ambiente é
dividido com pessoas, deve girar em torno de 18o a 22o C. A temperatura
tem influência determinante nas alterações da umidade do ar. A umidade
relativa exprime a razão da quantidade de vapor de água contido em um
determinado volume de ar a dada temperatura e a quantidade máxima de
água que este volume poderia conter sem verificar o fenômeno de
condensação.

Quanto a temperatura for mais alta a quantidade de água contida no ar aumenta e a caída
brusca da mesma causa a redução de quantidade de água que o ar suporta, ocasionando a
condensação de umidade e a formação de gotas de água. O princípio da chuva.

1.4.2.2 Agentes Biológicos

Segundo Alvares (2007) este se destacam em:

A) Micro-organismos
• Encontramos uma enorme variedade de seres microscópicos no ar.
• O papel, panos e outros materiais de fibra sisal, algodão e plásticos são
vulneráveis aos ataques microbiológicos, pois seu principal constituinte,
a celulose, sofre degradação provocada por diferentes espécies de fungos
e bactérias.
• A ação de micro-organismos no material se manifesta pelo aparecimento
de manchas de várias cores, intensidades e conformações.
• As enzimas, que são produzidas como resultado do metabolismo de
diferentes espécies de fungos e bactérias, aceleram os processos de
degradação da celulose e de colas. A consequência é a transformação das
características físicas e químicas do suporte, que fica com um aspecto
fragmentado.
1.4.2.2.1 Bactérias

Para este caso refere-se a accão negativa das bactérias perante qualquer material dai que
costuma se afirmar que:

“As bactérias compõem-se de uma só célula, ou podem se associar a células


similares, formando colônias. As células das bactérias não se diferenciam

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como as dos fungos e se classificam, de acordo com o tipo de conformação


das colônias. Normalmente sua reprodução se faz a partir da divisão de uma
célula em duas iguais. Em condições desfavoráveis, certas bactérias também
produzem esporos como forma de resistência. Neste caso, há formação de
um esporo por célula. Embora as bactérias possam crescer numa ampla faixa
de temperatura (de 0 a 80oC), as condições ideais estão na temperatura de
20 a 37oC. A umidade é indispensável tanto ao desenvolvimento das
bactérias, como dos fungos. Os ambientes que possuem elevada umidade
relativa favorecem seu crescimento e multiplicação” Alvares (2007:42)
As bactérias são por natureza micro organismos são capazes de destruir qualquer
matéria em diferentes propriedades externas elas tornam grandes destruidores dos
corpos ou materiais.

1.4.2.2.2 Fungos

As condições ideais para o crescimento dos fungos estão entre 22 a 30oC, sendo que este
desenvolvimento pode também ocorrer em condições de 0 a 62oC. Para Alvares (2007) como
sempre diz na maior parte de material, as colônias de fungos costumam ser identificadas por
manchas de cor amarela, mais escuras no centro e mais claras nos contornos.

Dependendo da espécie de fungo, as manchas se ampliam e se apresentam sob diversas


tonalidades. Em condições muito favoráveis, formam bolores e seus esporos, em grande
quantidade, dão a impressão de um pó saliente ainda, Alvares (2007)

1.4.2.2.3 Insetos
Os danos que os insetos causam aos materiais de qualquer tipo de matéria e são bastante
conhecidos. Produzem estragos de grande intensidade, durante tempos relativamente curtos.

Ainda salientado Alvares (2007) A ação destrutiva dos insectos é maior


nas regiões de clima tropical, cujas condições de calor e umidade relativa
elevadas provocam numerosos ciclos reprodutivos anuais e
desenvolvimento embrionário mais rápido. São pouco afetados pelo controle
ambiental interno e acervos, uma vez que possuem uma grande capacidade
de adaptação às transformações ambientais. Além disso, podem adquirir
resistência aos inseticidas com o passar do tempo.
Os insectos são mitos implacáveis da deterioração de matéria, estes para alem das suas acções
ativas mesmo as suas secreções são suficiente para moldar qualquer material.

1.4.2.2.4 Baratas

Pieri (2012) diz que as Blattoideas fazem uma metamorfose incompleta, passando do ovo
para a ninfa e a seguir à fase adulta. Preferem os locais escuros, quentes e húmidos. Em geral

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se desenvolvem nos depósitos e nos condutores de instalações hidráulicas e elétricas. - São


atraídas para os ambientes pelos resíduos alimentares.

As baratas têm uma acção directa através de mordedura ou seja roem o material e quando
transformam o local ou superfície do material em seu habitat usam – na como sua
alimentação.

1.4.3 Previsão da intensidade dos factores de degradação das matérias

Na análise da degradação temos como aposta o termo acima citado e diferentes artifícios
procuram agregar a deterioração aos capitais fatores e como se sabe, quanto emancipado for a
violência de um fator crítico, mais violenta será a deterioração e menor a vida útil.

A questão parece ser clara, ou seja, temos de identificar, classificar, medir, prever o efeito
dos fatores de degradação sobre o material e suas partes. Isso é bem complexo, e pode ser
exemplificado pela análise necessária a ser feita nesse material.

Pieri (2012) diz que colocando de forma muito simplificada, temos de


responder:
• Qual o efeito do clima e macroclima em função das orientações das fachadas.
• Qual a direção principal na qual ocorre a maior incidência de chuva dirigida.
• Em quais andares o efeito térmico é mais proeminente como agente de
deterioração.
• Qual a influência do uso e da manutenção dada pelo usuário.
• Como associar a intensidade de deterioração e a incidência de ocorrência de
falhas com a ação e identificação dos fatores de degradação.

1.4.4 Sabotagem e Vandalismo como factor de degradação de Meios

A vandalização e sabotagem são, temos que se diferem de acordo com o contexto em que
são empregues. Mas em suma, normalmente esses são consequência de subversão, guerra,
terrorismo e outros fenómenos sociais dentro da sociedade.

A diferença entre os dois termos é: sabotar é danificar propositadamente, ou


criminosamente qualquer instalação para impedir o seu funcionamento enquanto que
vandalizar é acção de destruir obras de arte, objectos importantes e outros materiais por
ignorância, comportamento de selvajaria ou falta de gosto. (Dicionário Online 2015)

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Mack (1997) diz que a sabotagem e vandalismo são efeitos da acção do homem sobre um
material ou meio, tem diversas causas por vezes pode ser por revelia, guerra, rebeldia ou ate
ignorância e são tipos os seguintes: vandalismo furtivo e explícito.

Para vários pensadores políticos, filósofos economistas como Machel e Sousa acreditam
que a sabotagem vem sempre proporcionada por um objectivo, singular assim como colectivo.
É sabotagem o acto de infligir golpes sobre um meio ou material sem nenhum proposto
beneficiante a autor, enquanto que é vandalização a mesma acção com um propósito que
beneficia o autor: Ex (colocar açúcar num tanque de carro pura e simplesmente para gripa-lo
sem levar nada é sabotagem mas tirar a bactéria e pecas deste meso é vandalização). No seio
das FADM são casos constatáveis, só para ver, em cada coso e evento de desmobilização é
comum nos deparar com situações de subversão em que os alvos do evento vandalizam os
meios vulneráveis e vandalizáveis nas unidades militares, para e\alem disso existe outro
fenómeno que é os vícios, indisciplina que leva alguns membros das fileiras a pautam em
saquear peças de meios do material bélico e outos para certos fins singulares o
descontentamento pode também ser o caso ou a razão destes fenómenos de vandalismo e
sabotagem.

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CAPITULO II: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

2.1 Generalidades

Segundo Bello (2005:21), Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e


exacta de toda a acção desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a
explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado, do tempo previsto, da equipe de
pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados,
enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.

“Metodologias são a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda a ação


desenvolvida no método; é o caminho do trabalho de pesquisa” Bello, (2005:21).

Para a realização de qualquer pesquisa recorre-se ao uso de métodos e técnicas. Para


Biassoli-Alves & Romanell (1998:140) método é a maneira estruturada de fazer perguntas a
natureza e obter respostas. Portanto, trabalhar cientificamente está condicionado a identificar
as regras que fazem parte da maneira estruturada de fazer perguntas a natureza e criar
condições de compilá-las.

2.2 Método de Elaboração da Pesquisa

Para a elaboração do presente trabalho de investigação, do tema em estudo, baseou-se no


método indutivo. Em que parte de princípios particulares e desce para princípio geral, mas
essa não é necessariamente que seja a conclusão.

Para Rodrigues (2007:8) afirma que “[…] Se todas as premissas são verdadeiras, a
conclusão é provavelmente verdadeira, mas não necessariamente verdadeira. A conclusão
encerra informação que não estava, nem implicitamente, nas premissas.”

Método proposto pelos empiristas Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Considera que o
conhecimento é fundamentado na experiência, não levando em conta princípios
preestabelecidos. No raciocínio indutivo a generalização deriva de observações de casos
da realidade concreta. (Silva & Menezes, 2001:26).

Segundo Rodrigues (2007:6) “Método Indutivo Processo mental que, partindo de dados
particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não
contida nas partes examinadas”.

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Para Rodrigues (2007:7) “O método indutivo realiza-se em três etapas: Observação dos
fenómenos, descoberta da relação entre eles e generalização da relação.”

Assim, em concordância há ideias destes autores, como já se detectou uma lacuna no que
tange a conservação dos meios inoperacionais da Radiotécnica, abre se o espaço para a
resolução deste dai que não resta dúvida que o método indutivo é adequado para o presente
trabalho.

Este método foi escolhido por ser um método na qual para se chagar a uma conclusão não
depende apenas das respostas dadas pelos inqueridos, mas também de conhecimentos
existentes sobre o assunto sejam eles pelo pesquisador ou de outra fonte, que sustente o
assunto em debate.

Assim, este método permitiu que o proponente, com base nos dados, chegasse às
conclusões finais de acordo com os objectivos previamente apresentados.

Quando o proponente ingressou nas fileiras das FADM até ao momento de estágio
profissional, verificou que no recinto do 1º BIRT, tem meios inoperacionais das tropas da
Radiotécnica (TRT), a partir dessa verificação se concluiu que estes estão em um estado de
conservação não eficaz devido as características e o ambiente enque estes detém e expostos
respetivamente, o que despertou curiosidade de analisar o quão estes meios são conservados
para um provável e eventual aproveitamento, dai que para a obtenção da resposta do
problema, elaborou hipóteses e procurou as comprovar indutivamente com base na pesquisa
feita no estudo como já justificado pelo método empregue.

2.3 Classificações da Pesquisa

Qualquer classificação exige critérios para fazê-la e de salientar que mesmo que cada tipo
de pesquisa tenha a sua particularidade, geralmente num trabalho de pesquisa científica utiliza
– se mais do que um tipo de pesquisa, tendo em conta que os tipos de pesquisa não são
autossuficientes, pois, se complementam. Portanto, são vários os critérios de classificação dos
tipos de pesquisa, de acordo com os objectivos, a natureza, forma de abordagem,
procedimentos técnicos, etc.

2.3.1 Do ponto de vista de seus objetivos:

A classificação de pesquisa científica do posto de vista de objectivos é feita em três tipos


de pesquisa: pesquisa descritiva, explicativa e exploratória.

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Conservação de Meios Inoperacionais da Radiotécnica: Caso 1º BIRT, Província de Maputo
(2010-2015)

Tomando em conta os objectivos, a pesquisa é descritiva. Segundo Silva e Meneses


(2001:21), Pesquisa Descritiva “visa descrever as características de determinada população ou
fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas
padronizadas de colecta de dados: questionário e observação sistemática”.

Segundo Marques, et al (2006:52), a pesquisa descritiva “visa descrever e caracterizar


fenómenos e populações, estabelecendo relações entre variáveis intervenientes e fatos”.

Sob o ponto de vista dos autores acima citados, pode-se vislumbrar a pesquisa descritiva
como sendo toda aquela que desenvolve acções de maneira a procurar descrever um
determinado fenómeno que acontece num determinado lugar, onde para isso, torna-se
necessário realizar a colecta dos dados numa amostra de indivíduos que conhecem e que
estejam abalizadas no contexto do assunto em pesquisa. Com efeito, foi desenvolvida a
pesquisa descritiva para a melhor resposta do problema proposto, buscando os dados
referentes ao processo de conservação dos meios inoperacionais no seio do efectivo do 1º
BIRT que é o alvo incontornável ao se falar sobre as praticas que visão a garantir este
processo e por facto deste guiar a uma maior fiabilidade das respostas obtidas durante o
inquérito, descrevendo o senário total vigente nesta unidade militar perante o problema
levantado.

2.3.2 Quanto à Natureza

Quanto à natureza as pesquisas podem ser básicas e aplicadas.


“A pesquisa aplicada objectiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução
de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais” (Silva & Menezes, 2001:20).

Prodanov e Freitas (2013) assumem esta posição, quando dizem que a diferença entre a
pesquisa básica e aplicada é da pesquisa básica ter como objectivo, gerar conhecimentos
novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista envolvendo verdades e
interesses universais enquanto, pesquisa aplicada, tem como objectivo gerar conhecimentos
para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos envolvendo desta forma,
verdades e interesses locais.

Para o presente trabalho a pesquisa é de natureza aplicada a razão desta escolha, é devido o
facto de os resultados da mesma estarem destinados a resolver o problema levantado no 1º
BIRT, alusivo a conservação de mios inoperacionais da Radiotécnica.

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Conservação de Meios Inoperacionais da Radiotécnica: Caso 1º BIRT, Província de Maputo
(2010-2015)

2.3.3 Quanto a Forma de Abordagem do problema

Do ponto de vista de abordagem do problema a presente pesquisa é Qualitativa, devido a


natureza do tema em causa.
, “pesquisa é qualitativa é aquela cujos dados não são possíveis de serem
matematizados e a sua abordagem é largamente utilizada no universo das
ciências sociais, e buscar uma explicação da realidade via abordagem
qualitativa, corresponde compreende-la a partir da revelação dos mapas
mentais dos sujeitos-objecto da investigação e prestam se como
instrumentos de coleta de dados nessa abordagem a entrevista, questionários
abertos, registos fotográficos, filmagens, observação sistemática e
participante etc.”. (Segundo Heitor Marques, José Manfroi et all 2005:38)

Marconi & Lakatos apud Ouriques (2006:36) “a pesquisa qualitativa baseia-se na


presença ou ausência de alguma qualidade ou característica, concordando com o exposto.”

Zouain & Vieira apud Ouriques (2006:36) afirmam que “a pesquisa qualitativa garante a
riqueza dos dados colhidos e permite analisar um fenómeno na sua totalidade.”

Arruda & Forte (2004:9) “Nas pesquisas qualitativas há uma predominância de


classificações, de análises mais dissertativas, de menos cálculos.”

“Já a análise qualitativa busca captar as dimensões subjetivas da ação humana que os
dados quantitativos não conseguem captar, como no caso dos balanços “maquiados”.”
(CORTES apud Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2006:24)

“Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o


mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo
objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em
números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são
básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e
técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados
e o pesquisador é o instrumento- chave. É descritiva. Os pesquisadores
tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado
são os focos principais de abordagem.” (Silva & Meneses 2001:20)
Ao se ter em conta as ideias destes autores e confrontar com a presente pesquisa, é bem
visível que, a eficácia da conservação de certos meios não é quantificável, e uma vez que o
objectivo principal da presente pesquisa é compreender quanto a eficácia o processo de
conservação dos meios inoperacionais da Radiotécnica, na vertente de se vislumbrar a sua
eficácia o proponente achou que as informações que podem trazer a realidade deste processo
não devem ser consideradas de acordo com a quantidade dos informantes mais sim pela
qualidade e forma em que estas serão dadas, essa é a razão de se optar por abordagem
qualitativa.

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2.3.4 Quanto aos Procedimentos Técnicos

Se a pesquisa tem um objectivo descritivo, e naturalmente as pesquisas direcionadas desta


forma, são acompanhadas por estudo do campo como diz Gilberto (2014), logo essa é a
característica deste trabalho no contexto dos procedimentos técnicos.

Castilho e Marques (2006). “pesquisa de estudo de campo é aquela que coleta dados
primários, ou seja aqueles obtidos directamente da fonte, independentemente se a abordagem
é qualitativa ou quantitativa.”

“As estratégias de pesquisa em Ciências Sociais podem ser: experimental;


survey (levantamento); histórica; análise de informações de arquivos
(documental) estudo de caso. E de campo. Cada uma dessas estratégias pode
ser usada para propósitos: exploratório; descritivo; explanatório (causal).
Isto significa que o estudo de campo poderá ser: exploratório; descritivo ou
explanatório (causal). Sendo mais frequente os estudos de campo com
propósitos exploratório e descritivo.” (Ricardo, Gilberto 2014)
Já é sabido de anti mão como vem se citando nos parágrafos anteriores que este trabalho
procura dar maior e profundo detalhe concernente a conservação dos meios inoperacionais,
usando uma abordagem qualitativa, isso faz com que esta pesquisa assuma a forma de um
estudo de campo com propósito descritivo.

De modo a se materializar o estudo do campo foi preciso ir se ao local de pesquisa de


modo a procurar o aprofundamento da realidade específica do objecto de estudo, foi
basicamente realizada por meio de entrevista e questionário como técnicas, a observação do
senário e ambiente de conservação dos meios inoperacionais da Radiotécnica que se vive no
1o BIRT, serviu como instrumento auxiliar, porque não se obedeceu nenhum formulário. A
pesquisa fez uso da pesquisa do estudo de campo como um dos principais procedimentos
técnico desta investigação com vista a adquirir maior facilidade de análise e de manipulação
dos dados para a concretização da pesquisa em causa e familiarizar-se directamente com o
cenário em que ocorre o problema levantado. Porém, o autor do trabalho usou como auxílio a
pesquisa bibliográfica para buscar suporte literário da pesquisa.

2.3.5 Quanto a participação do pesquisador

Já se sabe que nesta pesquisa para a coleta de dados foi se no campo assim resta saber
como é que se comportou o pesquisador pra a referida acção. Nesta pesquisa a participação e
intervenção do pesquisador no objecto de pesquisa foi de forma empírica analítica definida
por Marques, Manfroi et al (2006:54) como sendo “ um tipo de pesquisa em que o

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Conservação de Meios Inoperacionais da Radiotécnica: Caso 1º BIRT, Província de Maputo
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pesquisador mantem uma certa distância estratégica perante o objecto de pesquisa buscando o
quanto possível não se envolver subjetivamente com as variáveis intervenientes.”

Dessa forma não houve a intervenção do proponente no processo de conservação do


marial degradado assim como operacional da Radiotécnica mas se verificou o caso de usar
uma parte deste que já estava no estado operacional pera questões de instrução o que não pode
ser suficiente para a alteração do sentido classificativo do presente trabalho quanto a
participação do pesquisador.

2.4 Procedimentos da Pesquisa

Neste trabalho, usou-se algumas técnicas consideradas básicas e pertinentes que


consistem na entrevista e questionário foram, pois, estes instrumentos que permitiram
entender a qualidade e eficácia das actividades que visão garantir o aproveitamento do
material inoperacional da Radiotécnica (conservação).

Devido a burocracia e a tradição de legitimidade dos processos para qualquer instituição,


na realização desta pesquisa, foi preciso inicialmente, solicitar ao Comando da Academia
Militar uma credencial que vise facilitar a autorização para a realização da colecta dos dados
nos local programado, onde este falhou por sertas razoes e o comando do 1º BIRT facilitou a
pedido do proponente da pesquisa em causa.

Obtida a credencial e assinada pelo comandante do 1º BIRT, o proponente submeteu-a


nos locais onde os informantes seleccionados para tal pesquisa actuam.

Como dito, foi no 1º BIRT concretamente o sector da engenharia, técnica, CASE3 e o


gabinete do comandante, os locais que se direccionou a credencial solicitada como sendo os
sectores primordiais e que se presume ser possível recolher toda sensibilidade perante a
conservação dos meios de radiolocalização em estado obsoleto.

Uma vez que a pesquisa estava centrada ainda na instituição que deu a credencial
assinada pelo próprio comandante, para a colaboração mesmo o proponente marcou audiência
via oral com o secretário sob conselho de alguns oficiais que assim fizeram nas suas
pesquisas, e assim se materializou a entrevista pretendida. Mas nos restantes sectores a
credencial serviu como o previsto e foi exibida directamente sem a intervenção da SIC já que
de la havia passado no momento da sua arquitetura.

3
- Comandado de Apoio Service

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O proponente teve a oportunidade de entrevistar oficiais e para os sargentos e soldados


faz se o questionário dai que, tomando em conta a capacidade de analise e experiencia destes
últimos foi preciso o proponente explicar trazendo o contexto dos objetivos da mesma
pesquisa com o intuito de estes responderem com clareza quanto aos seus pontos de vista isso
que facilitou para obtenção de informações preponderantes para a fundamentação das
hipóteses.

Durante a sua estadia no 1ºBIRT, o proponente teve a oportunidade de realizar


observação no recinto da 1ª CRL a sede do 1º BIRT e 2ª CRL de Moamba em geral, e em
particular a área da Técnica (oficinas de restauração dos meios; estacoes de radiolocalização)
e a de Engenharia, observou o estado da degradação dos meios da Radiotécnica e o senário da
sua conservação, salientar que esta observação não só foi feita no momento do seu estagio
profissional, mas sim desde o seu ingresso nas Forças Armadas de Moçambique (FADM)
atendendo que esta unidade foi o ponto que este foi afecto depois do seu curso Básico Militar,
essa foi uma das condições que proporcionaram o proponente deste trabalho, a escolha do
tema em causa.

2.4.1 População ou Universo

Segundo Silva e Menezes (2001:32) Universo ou população “é a totalidade de indivíduos


que possuem as mesmas características definidas para um determinado estudo”.

Sob ponto de vista do proponente, pode abordar população, como sendo um conjunto
de indivíduos que compartilham um determinado espaço físico, onde desempenham certas
tarefas definidas por um determinado objectivo”. Esta pesquisa foi desenvolvida na Província
de Maputo, dirigida exclusivamente para os oficiais, sargentos e praças do 1º Batalhão
Independente da Radiotécnica concretamente na 1ª e 2ª CRLs.

De acordo com Richardson (1999:157), referem que, “os termos população e universo
exprimem o mesmo significado e explicam-se como sendo um conjunto de elementos que
possuem determinadas características que o pesquisador pretende estudar”.

Nesta pesquisa, procurou-se encontrar elementos com mesmas características para que
fosse evidenciado o universo desta pesquisa e posteriormente seleccionar alguns elementos
chaves para a exaustiva investigação.

Por sua vez Gil (2007), falando do universo ou população refere-se a este como sendo um
conjunto definido de elementos que possuem determinadas característica.

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Comummente fala-se de população como referência ao total de domiciliadas de


determinado local, universo constitui um agregado de pessoas, objectos ou elementos que
exibem aspectos particulares em comum que sirvam de base para uma pesquisa, porém,
abrange um número elevado de elementos o que torna delicado tomá-los como matéria de
investigação na sua plenitude.

Com vista a colher maior número de informações sobre, a conservação de meios


inoperacionais da Radiotécnica no 1º BIRT, para facilmente analisar se este processo tem
maior eficácia que pode garantir um aproveitamento eventual destes foram preciso entrevistar
pessoas que dia a dia vivem e convivem com o ambiente em análise, são eles: oficiais,
sargentos e praças, pois, este processo abrange todos os militares da unidade em particular e
de Moçambique no geral

Os Oficiais foram importantes para a pesquisa porque são os principais responsáveis por
garantir a conservação de meios inoperacionais da Radiotécnica, pois, são responsáveis por
traçar as normas e politicas que visam o desenvolvimento e planificação das actividades da
unidade relativas à este processo; Os sargentos e as praças ajudaram na pesquisa para
confirmar os dados recolhidos dos oficiais, pois, são os sargentos que fazem cumprir o que foi
planificado pelos oficiais e as praças são os que cumprem essas actividades.

2.4.1.1 Amostra

Segundo Silva e Menezes (2001:32), “Amostra é a parte da população ou do universo,


seleccionado de acordo com uma regra ou plano”.

Marconi e Lakatos (1999:43), afirmam que a amostragem é escolher uma parte (amostra)
duma certa população, de tal forma que ela seja a mais representativa possível.

Esta é uma das etapas enque o pesquisador precisa de maior concertação para não
complicar o seu trabalho, se a pesquisa foi classificada anteriormente se afirmando que quanto
a forma de abordagem é qualitativa, então não há espaço para que a mesma seja baseada numa
amostragem probabilística aleatória porque de acordo com GIL (1999:39), “a amostragem
probabilística aleatória, é a forma básica de amostra probabilista, ou seja, a selecção é
realizada com base num processo que dá a cada membro da população a mesma probabilidade
de ser incluído na amostra”. Dai que inflige os princípios do natureza qualitativa, porque para
Silva & Meneses (2001:21) “na pesquisa qualitativa, o pesquisador seleciona os sujeitos de
acordo com o problema da pesquisa. Quem sabe mais sobre o problema? Quem pode validar

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Conservação de Meios Inoperacionais da Radiotécnica: Caso 1º BIRT, Província de Maputo
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tal informação com outro ponto de vista ou uma visão mais crítica dessa situação
problemática?”

Vejamos que segundo Marques, Manfroi et al (2006) existe um tipo de amostragem, a


famosa não probabilística que consiste em as amostras estarem de forma acidental ou
intencional. Os elementos não são selecionados alectoriamente. Dito feito, de acordo com a
correlação feita, a partir dos princípios classificativos da presente pesquisa, ela quanto a
amostragem é não probabilística.

Por outras palavras, pode-se dizer que para a amostragem vigente neste caso, constitui
um conjunto de informantes ou materiais, que são para o desenvolvimento da pesquisa, na
medida em que será feita a colecta de dados. Estes informantes ou materiais são seleccionados
de acordo com o papel que cada um desempenha no seu sector de actividades ou de acordo
com as suas características respectivamente.

Para esta pesquisa já que a amostra esta representado por pessoas, foi preciso selecionar
vinte (20) informantes para o inquérito de acordo com o papel que estes desempenham na
instituição em causa de referir que assim se optou devido a convexão de que estes, directo ou
indirectamente vivem e participam no processo de conservação dos meios inoperacionais da
Radiotécnica sendo: (4) Oficiais; (6) Sargentos e (10) Praças. A seguir segue especificação
dos referidos informantes:

Oficiais:
 Comandante do 1º BIRT
 Chefe da secção da Engenharia (faz parte do efectivo coordenador da restauração dos
radares)
 Chefe do posto de comando (faz parte do efectivo coordenador da restauração dos
radares)
 Comandante do radar P-15 (faz parte do efectivo coordenador da restauração dos
radares)
Sargentos:
 Comandantes de pelotões e secções no 1º BIRT
 Operador do radar P-18
Soldados:
 Elemento da segurança da unidade e da técnica
 Auxiliares logísticos.

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 Alguns incorporados na restauração da técnica.

2.4.2 Técnicas e Instrumentos de Recolha de dados

Do problema em pesquisa, depois de terem sido estabelecidas as respectivas hipóteses,


foram escolhidos os seguintes instrumentos para a colecta de dados: A entrevista e o
questionário. A escolha desses instrumentos para a recolha de dados deveu - se ao facto destes,
serem os que mais se inscrevem no conjunto dos objectivos da investigação e demais
adequados para a confirmação ou não das hipóteses e porque o estudo realizou-se no local
onde está ocorrer o fenómeno, e o estilo próprio e frequente das pesquisas qualitativas é do
uso destas técnicas.

Silva e Menezes (2001), defendem que a definição do instrumento de colecta de dados


dependerá dos objectivos que se pretende alcançar com a pesquisa e do universo a ser
investigado. Os instrumentos de colecta de dados mais utilizados são: observação, entrevista,
questionário, formulário.

2.4.2.1 Entrevista

“é fácil verificar que entre todas as técnicas de interrogação, a entrevista é a


que apresenta maior flexibilidade, podendo assumir diversas formas. Pode
caracterizar-se como informal, quando se distingue da simples conversação
apenas por ter como objectivo básico a colecta de dados. Pode ser focalizada
quando, embora livre, enfoca tema bem específico, cabendo ao entrevistador
esforçar-se para que o entrevistado retorne ao assunto após alguma
digressão,” defende que Gil (1991).
Silva e Menezes (2001), abordam a entrevista como sendo a obtenção de informações de
um entrevistado, sobre determinado assunto ou problema. A entrevista pode ser:

 Estruturada - é aquela que apresenta um roteiro previamente estabelecido.

 Não estruturada - não apresenta um roteiro e podem se explorar mais


amplamente algumas questões.

É aquela em que o entrevistador tem liberdade para desenvolver cada situação em


qualquer direcção que considere adequada, serve também como forma de poder explorar mais
amplamente uma questão. Mas sem que as suas perguntas sejam simétricas em relação as do
questionários.

Em geral, as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversação
informal. Marques, Manfroi et al (2006)

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Para além do questionário e usou-se a entrevista semi-estruturadas, que foi muito


fundamental para obter dados sobre o processo de conservação e o estado de degradação dos
meios já referidos. Também para perceber o comportamento da população da mesma pesquisa
perante esta situação. Assim a entrevista foi direcionada a oficias com suas designações ou
cargos expostas na amostra em número de quatro (4)

2.4.2.2 Questionário

Segundo Gil (1989), define o questionário como sendo a técnica da investigação


composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito as
pessoas, com o objectivo de obter conhecimentos de opinião, crenças, sentimentos, interesses,
expectativas, situações vivenciadas.

Para Gil (1989) O questionário apresenta vantagens e desvantagens a saber:

Vantagens:

 Possibilita atingir grande número de pessoas, mesmo que estejam dispersas


numa área geográfica muito extensa, já que o existem varias formas de enviar o
questionário;

 Implica menores gastos com o pessoal;

 Garante o anonimato das respostas;

 Não expõe os pesquisadores à influência das opiniões e do aspecto pessoal do


entrevistado;

 Permite que as pessoas possam responder no momento em que julgarem mais


conveniente;"

Ainda Gil diz que são desvantagens do questionário as seguintes:

 Excluir as pessoas que não sabem ler e escrever;


 Impede o conhecimento das circunstâncias que foi respondido, o que pode ser
importante na avaliação da resposta;
 Impede o auxílio ao informante quando este não entende corretamente as instruções ou
perguntas;
 Proporciona resultado bastante críticos em relação à objectividade, pois os itens
podem ter significados diferentes para cada sujeito pesquisado.

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O questionário deve ser objectivo, limitado em extensão e estar acompanhado de


instruções, essas instruções devem esclarecer o propósito de sua aplicação, ressaltar a
importância da colaboração do informante e facilitar o preenchimento.

Os dois autores supra citados, salientam ainda que as perguntas do questionário podem
ser: abertas, fechadas e múltiplas escolhas. Com base nas ideias ilustradas não restou a dúvida
de o autor da pesquisa usar o questionário misto (aberto e fechado) com objectivo de atingir
toda a sensibilidade dos informantes alvos desta pesquisa perante o contexto em destaque e
esta técnica foi direcionada a seis (6) sargentos que sustentam o cargo de chefes da disciplina,
de secções, de pelotes, operadores do radar P-18, e soldados em número dez (10) que
sustentam a responsabilidade de elementos da segurança da unidade e da técnica, auxiliares
logísticos e alguns elementos incorporados no processos de restauração da técnica.

2.5 Procedimentos de Apresentação e Análise de Dados

Tendo em conta a natureza de trabalho, cujo quanto ao método de elaboração é Indutivo e


quanto a forma de abordagem do problema é qualitativa, para a apresentação dos resultados
recolhidos durante a colecta de dados, foi usada apenas a interpretação qualitativa de forma
indutiva das ideias dos informantes e do senário que se verificou durante a observação feita
por proponente durante o estudo do campo, no local da pesquisa.

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CAPÍTULO III: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

3.1 Generalidades

O presente capítulo tem como característica principal analisar e interpretar os dados


colhidos durante a pesquisa, através das técnicas de colecta de dados acima descritos assim
sendo, pela complexidade do tema foram usadas três técnicas para a colecta de dados, de
forma a apurar a realidade dos factos, das quais se destacam: a entrevista, o questionário, onde
optou-se pela selecção intencional dos informantes para apresentar as questões colocadas e
interpretação qualitativa indutiva das respostas dadas, desta forma, os dados estão agrupados
em categorias conforme a natureza das perguntas dadas aos elementos da amostra e, as
respostas estão representadas em forma de relatório de cada hipótese. Esses relatórios das
hipóteses apresentam a informação em ordem de qualidade, isto é, em cada caso em que o
conteúdo poderá desaprovar ou confirmar o outro, ambos serão apresentados para uma melhor
explanação do balanco.

Tratando se de uma amostra com mais de duas pessoas, sempre existe uma maior
probabilidade de surgir dois (2) grupos na amostra devido a oposição das opiniões, e assim
aconteceu. É com base nesses que a interpretação foi feita por sincronia em ordem da posição
de cada elemento da amostra. Isto significa que dentro da amostra selecionou-se os elementos
que o seu comentário é de aprovar uma determinada hipótese e se relacionou com a
informação convergente a mesma hipótese obtida pelo proponente na sua observação, dai saiu
o relatório final da hipótese sobre a aprovação desta. E assim foi feito o mesmo processo para
a informação de refutação da mesma donde no final comparou-se qualitativamente a
informação da negação e da aprovação de modo a se ter a conclusão sobre a hipótese
proposta.

Segundo André (1983) citado por (Alves & Silva 1992) “a análise e interpretação de
dados de forma qualitativa, visa a aprender o carater multidimensional dos fenómenos em
manifestação natural, bem como captar os diferentes significados de uma experiência vivida,
auxiliando a compreensão do individuo no seu contexto”

De acordo com Marconi e Lakatos (2003:35) “na análise e interpretação de dados o


pesquisador entra em detalhes dos dados colectados a fim de conseguir as suas indagações e
procurar estabelecer as relações necessárias entre os dados obtidos e as hipóteses formuladas”.

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Estes autores estão defendendo desta forma porque tendo em conta a natureza das
hipóteses de ser as prováveis respostas para o problema colocado, é preciso que se comprove
ou reprove-se com base nos dados colhidos durante a pesquisa de forma qualitativa e
indutivamente.

Uma vez que objectivo deste trabalho é compreender quanto a eficácia o processo de
conservação os meios inoperacionais da Radiotécnica no 1º BIRT, para o alcance deste
objectivo, fez-se a recolha de dados a partir de oficias, sargentos e praças, num universo de
militares afetos no 1º BIRT (1ª e 2ª CRL) em número de vinte (20) informantes como vem
ilustrado na amostragem.

3.2 Caracterização do Local de Pesquisa

A província de Maputo foi fundada em 1782, na forma de uma feitoria


com o nome de Lourenço Marques. A 9 de Dezembro de 1876 foi elevada a
vila e em 10 de Novembro de 1887 a cidade, por meio de um Decreto do
Rei de Portugal (formalmente intitulado Decreto Régio). A cidade passou a
designar-se Maputo depois da independência nacional, uma decisão
anunciada pelo então presidente Samora Machel num comício a 3 de
Fevereiro de 1976, e formalizada em 13 de Março. O nome provém do Rio
Maputo, que marca parte da fronteira sul do país e que, durante a guerra pela
independência de Moçambique, adquirira grande ressonância através do
slogan "Viva Moçambique unido do Rovuma ao Maputo" (o Rovuma é o rio
que forma a fronteira com a Tanzânia, a norte). Diz a (Wikipédia, a
enciclopédia livre 2015)

Maputo é a capital do país. Com uma área de 22 693 km², esta província está dividida em 8
distritos e possui 4 municípios: Boane, Manhiça Matola e Namaacha.

A 2ª CRL, de Moamba, foi a 1ª a ser desdobrada, ou seja a pioneira nas operações de


reconhecimento aéreo em Moçambique desde do dia 20 de Dezembro de 1978, fazendo a
guarda combativa ininterrupta 24 horas por dia, controlando o espaço aéreo da sua zona de
responsabilidade, detectando violações do espaço aéreo nacional e apoiando as operações da
nossa aviação e tropas de foguetes diz o (Manual Técnico Combativo da Radiotécnica 1982).

Segundo o Manual Técnico Combativo da Radiotécnica (1982). O 1º Batalhão


Independente da Radiotécnica é uma subunidade da Defesa Anti-Aérea responsável
pelo controlo ininterrupto do espaço aéreo Nacional através do reconhecimento por
radiolocalização, definição de alvos aéreos, sua composição, formação de combate,
direcção e parâmetros de voo e entrega destes dados às unidades de cooperação para

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alem de ajudar na navegação da aviação amiga assegurando a direcção combativa


destas unidades.
“As Tropas da Radiotécnica fazem a averiguação aéreo, identificação
de alvos aéreos, detectam o inimigo aéreo, descobrem a sua composição e
formação de combate, direcção de acção de fogo, acompanhando-o em toda
profundidade da zona de visibilidade dos radares e posteriormente informar
ao posto de comando superior, ao comando da 1ª Brigada de Foguetes Anti-
Aéreos, 1ª e 2ª Brigada de Infantaria motorizada em Maputo e Mapai;
fornecem informações certas e oportunas aos Batalhões de Foguetes Anti-
Aéreos dos alvos, assegurar com informações de direcção combativa as
unidades e subunidades da Defesa Anti-Aérea.” (Manual Técnico
Combativo da Radiotécnica 1982)

A sede do 1º BIRT situa-se na cidade de Maputo, no bairro de Malhazine, avenida Lurdes


Mutola onde funciona o comando do 1ºBIRT, a 1ª companhia de radiolocalização de
Malhazine partilha o mesmo espaço físico com a 1ª Brigada mista de foguetes Anti-Aéreos e
o 1º batalhão independente de artilharia Anti-Aérea.

3.2.1 Breve Historial do surgimento do 1ºBIRT

Ainda o Manual Técnico Combativo da Radiotécnica4 (1982) diz que:

O 1º BIRT foi criado na sequência da formação de jovens militares na ex-U.R.S.S e


oficializou-se a sua criação por ordem de serviço nº 0040/MDN/77 de 23 de Dezembro,
composto de cinco (5) companhias de radiolocalização (CRL), equipadas com estações P-12,
P-15, P-37 (distanciómetro), PRV-11 e meios de comunicação R-115 e R-405, e de acordo
com o arquivo de documento do1º BIRT, estavam desdobrados da seguinte forma:

 1ª CRL (companhia de radiolocalização) de Malhazine;

 2ª CRL – Inhaca;

 3ª CRL – Moamba;

 4ªCRL – Changalane;

 5ª CRL – Mapai.”

E de acordo com o Manual de emprego operacional do radar P-18 2014:


O emprego combativo do 1º BIRT, começou a 20 de Dezembro de 1978,
com o desdobramento da 3ª CRL- Moamba, realizando o reconhecimento
ininterrupto do espaço aéreo na sua área de responsabilidade para a detecção

4
Arquivo de documentação do 1ºBatalhão Independente da Radiotécnica. Relata o Historial do Surgimento do
Batalhão.

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e acompanhamento de meios aéreos durante 24 horas por dia, e apoiando as


operações da aviação amiga e tropa de foguetes.
O 1ºBIRT tem a responsabilidade de efectuar o reconhecimento ininterrupto do espaço
aéreo na região sul de Moçambique, podendo identificar os alvos, dando com precisão
as coordenadas da localização do inimigo aéreo através de radares.

O principio de uso desuso fez se sentir de forma acelerada na 2ª CRL de Inhaca com a
intervenção passiva do meio ambiente que naquela região predomina e desta forma esta foi
abolida junto com a de MAPAI que foi destruída pelo inimigo aéreo mas mesmo assim, para a
garantir a cobertura de radiolocalização na região sul, actualmente o 1ºBIRT é composto por
quatro companhias de radiolocalização, das quais se destacam:

 1ª CRL- Companhia de Malhazine, na cidade de Maputo;


Malhazine

 2ª CRL- Companhia de Moamba, no Distrito de Moamba;

 3ª CRL- Companhia de Changalane, no Distrito de Namaacha;

 4ª CRL- Companhia de Massingir na Província de Gaza.

DISPOSITIVO COMBATIVO DO 1º BIRT

Figure I Zona de reconhecimento feito pelos Radares do 1º BIRT.


Fonte: 1ª BMFAA (2010)

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3.3 Apresentação e Analise dos Dados Recolhidos

Tratando-se de uma pesquisa qualitativa mas com suas formas próprias de interpretação
de dados, interpretação quantitativa dos dados, que não tem a obrigatoriedade de usar
quantificações, para tal, um critério proposto por Duarte (2002:22) ao dizer que na
interpretação de dados de pesquisa qualitativa a informação precisa ser organizada e
categorizada segundo critérios relativamente flexíveis e previamente definidos, de acordo com
os objetivos da pesquisa e é um trabalho árduo e, numa primeira etapa, mais “braçal” do que
propriamente analítico.

“a análise e interpretação dos dados é a fase a seguir á recolha dos


dados. Estes dois processos apesar de conceitualmente distintos, aparecem
sempre estreitamente relacionados. A análise tem por objectivo organizar e
sumarizar os dados de forma a possibilitar o fornecimento de respostas ao
problema, enquanto a interpretação tem como o objectivo procurar o sentido
mas amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação e outros
conhecimentos anteriormente adquiridos”. Gil (2002:166)
Foi na zarão da ideia supra citada que posteriormente analisou-se os dados da presente
pesquisa de acordo com os resultados apurados no inquérito e observação do proponente,
assim, para que se tornasse possível revelar a realidade detalhada do senário do problema
levantado.

3.3.1 Caracterização da amostra e Apresentação de Dados

Nesta etapa ilustra-se a amostra de forma resumida através de uma tabela e números mas
que não influenciam na interpretação da informação colhida e ou confronto das hipóteses e
esta representação esta dividida em categorias isto é tem a mostragem geral e a outra
especifica que visualiza as especificações dos elementos tendo em conta que para a nível de
oficiais a entrevista foi intencional e não aleatório salientar que as referidas especificações só
foram feitas para oficiais.

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TABELA 1

Entrevista

Designaçã Patente Cargo Experienci Área d atuação Estadia no


o a 1º BIRT

01 Oficial- Tnt Comandante de 28 Anos G.de Cmd da 4 Anos


A /Coronel Unidade Und

01 Oficial-B Capitão Chefe de 25 Anos Engenharia 10 Anos


engenharia

01 Oficial- Tenente Chefe de Posto de 1 Anos Posto de 3 Anos


C Comando Comando

01 Oficial- Alferes Chefe de estacão 9 Meses Restauração de 1 Ano e 5


de R.L P-15 meios de R.L
D meses

Total de Oficiais
entrevistados
4,0 (quatro)

Questionário
No Designaçã Especificação Colectiva Quanto A Área De Atuação E Experiência
o Respectivamente

06 Sargentos CASE2, TECNICA, LOGISTICA/ chefes de secções e disciplina,


operadores, aux. da Log

10 Sodados CASE, TECNICA, / polícias da unidade e elementos da segurança


da técnica.

Total dos questionados 16 (desaseis)

Total da Amostra
selecionada
20 (Vinte)

Tabela 1- Demostração e Caracterização da Amostra


Fonte: Autor (2015)

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É bem sabido que a pesquisa em causa é qualitativa indutiva, assim tornou - se necessário
definir uma amostra da população estudada, através de uma tabela qualitativamente
interpretável.

Portanto, de amostra entende – se a parte do universo ou população, selecionada de


acordo com regra própria. Para fazer a análise e interpretação dos dados obtidos, foram feitas
questões baseadas nos seguintes conteúdos:

 As condições da acomodação dos meios inoperacionais – (cinge se em saber o


como são acomodados. Ao relento ou num sitio próprio)

 A influência da liderança da cadeia do comando do 1º BIRT na conservação dos


meios inoperacionais da Radiotécnica – O corpo que desenha as políticas e
métodos da conservação dos meios inoperacionais.

 A influência da migração digital perante a conservação dos meios inoperacionais


da Radiotécnica uma vez que estes são de sistemas analógicos. ( como interpreta –
se este fenómeno perante os meios inoperacionais)

 A conspeção do efectivo do 1º BIRT perante os meios inoperacionais – (como


este considera e trata estes meios)

Os conteúdos a cima ilustrados apontam a ordem da inclinação das hipóteses e quanto a


informação relacionado com o 1º conteúdo e de acordo com o objectivo da pesquisa que é
compreender quanto a eficácia o processo de conservação do material inoperacional da
Radiotécnica, levantou se hipóteses cujos estas foram contestadas e confirmadas
indutivamente segundo a conclusão que se obteve através dos dados da entrevista e
questionário.

3.3.2 Observação como instrumento auxiliar das Técnicas


Quanto a observação feita do proponente não foi usado como técnica mas sim como acto
incontornável para a natureza deste tipo de trabalho.

Pela 1ª vista no recinto da 1ª e 2ª CRL do 1º BIRT um dos locais da pesquisa o senário da


conservação dos meios inoperacionais da Radiotécnica traz a mente de qualquer observador
que estes, estão em condições precárias de conservação, porque encontram se expostos ao
relento e suceptiveis a todos fenómenos naturais, vulneráveis a accão do homem e dos
animais, grande parte deste estão assolados com o capim e os pinéus submersos na terra, logo

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este facto não é sinal de boa conservação e também demostra a necessidade de despertar a
atenção a quem e de competência para fazer face a situação, não existe nem se quer um
armazém ou angario próprio para a acomodação deste material para alem duma oficina que
responde pela técnica do 1º BIRT mesmo a nível do ramo da Força Aérea, o estado de
obsolencia e o senário do ambiente enque se encontram justifica e da um parecer de que estes
desde que se decretou a sua inoperacionalidade nunca tiveram um tratamento de caracter
conservativo.

A análise feita sobre como o efectivo do 1º BIRT trata e considera os meios


inoperacionais da Radiotécnica tem a tendência de acreditar que este, pouco sabe sobre a
importância da existência destes meios com as suas qualidades porque usa uma parte das
cabines como casa de banho, cacifo e ate pequenas casernas de refúgio das actividades para o
caso de soldados.

Para não deixar duvidas quanto o desconhecimento da importância deste meios um


elemento com graduação da classe de sargentos destacou-se por indisciplina praticando uma
accão de vandalismo e sabotagem, por tirar cabos do radar P-18 para fins particulares e assim
foi possível porque a fiscalização não é rígida, as ocorrências do oficial de dia e da guarda
operactiva não tem a precisão suficiente para garantir ou minimizar a vulnerabilidade destes
meios perante ao vandalismo e sabotagem.

A técnica é um setor que responde pelas actividades combativas de um batalhão das


tropas da Radiotécnica logo é mais crucificado quando se tratar de casos como estes que esta
se falando dos meios da Radiolocalização. No caso do local desta pesquisa é evidente que por
mais que tenha desencadeado as suas actividades de conservação logo depois de se decretar
oficialmente a falência deste sector, chegou uma altura que também entrou no vagão de
desacreditar que estes meios mesmo com o seu estado de degradação podem serem
importantes, assim se afirma porque começando pelo pessoal empregue para a segurança dela
são pessoas que pouco sabem sobre a área, e ela não é muito independente quanto a tomada
de decisão deste género, este é mais um problema que precisa de um desenvolvimento
detalhado, mas para este caso aparece para justificar a falha dos métodos de liderança
empregue neste local no concernente a conservação de meios inoperacionais.

Esta situação também justifica a influência do estilo da liderança vigente na unidade


porque o proponente do presente trabalho fez parte deste comando durante o seu estágio
profissional participando na escala de oficial de guarda combativa e de dia. Em todos os casos

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não existe nenhuma regra que tende a relatar a situação diária e ou semanal destes meios,
também em todos os dias do parque presenciados pelo proponente não se verificou nenhuma
actividade que visa a conservação dos referidos meios (abertura de quebra fogo, lubrificação e
pintura limpeza de teia de aranha, etc.), dai que é mais outra razão para acredita que existe um
enorme desacreditar do provável valer do material degradado da Radiotécnica por parte do
efetivo da 1ª CRL no 1º BIRT.

Da observação do proponente, foi possível constatar que, mesmo o processo de


restauração dos radares que atualmente estão em estado operacional foi preciso usar se alguns
gabinetes para a acomodação de certos aparelhos e dispositivos que ainda apresentavam
características aproveitáveis e se improvisou um laboratório no posto de comando que poe em
causa o trabalho dos coreanos os principais técnicos da restauração destes meios para alem de
que o recinto onde decorem as actividades dessa restauração é em baixo das arvores.
(Canheiros)

O relatório final do proponente perante as hipóteses propostas é que esta bem claro que
com excepcção da 3ª que diz que: A ma interpretação da migração digital pode contribuir para
conservação ineficaz dos meios inoperacionais da Radiotécnica por serem de sistemas
analógicos, são hipótese confirmadas porque se de forma indutiva se analisar o facto de o
critério da liderança ou as politicas empregues neste local de pesquisa excluírem de forma
lamentável a conservação dos meios inoperacionais da Radiotécnica dando uma maior falta de
consideração deste, meios por parte do efectivo do nível operário que se resume em não
acreditar na importância destes e em paralelo verificar se a falta de angario, armazém e ou
oficina apropriada para a técnica, então são detalhes suficientes para afirma que a conservação
destes meios é critico.

Figure II- Senário de restauração dos meios e a acomodação de alguns dispositivos nos gabinetes
Fonte: Autor (2015)

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3.3.3 Apresentação de dados colhidos através da Entrevista e do Questionário.

Apesar de a entrevista ser de questões semi-estruturadas, as mesmas vão ao mesmo ponto


de fuga com as do questionário, e os conteúdos que se cingiu para o lançamento das questões
em ambas as técnicas já foram expostas inicialmente na interpretação da observação ou estudo
do campo feita pelo proponente deste.

Dando conta ao tipo da entrevista que se usou, as questões do questionário foram usadas
como fonte de inspiração para as da entrevista visto que o princípio foi de usar as do
questionário e na medida em que os entrevistados apresentassem um novo horizonte de saber
para o entrevistador este fazia outras em relação assunto espirante.

A pesquisa tinha como questão estudo: Ate que ponto, os meios inoperacionais da
Radiotécnica são conservados para o seu aproveitamento? Na tentativa de responder a
questão, foram levantados quatro hipóteses donde foram entrevistados quarto (4) oficiais e
para o questionário foram alvos seis (6) sargentos e dez (10) soldados selecionados
intencionalmente. Porque os números da amostra não influenciam na refutação e carburação
das hipóteses não ouve a necessidade de ilustrar a mesma em percentagens.

Para o teste das hipóteses, foi elaborada uma serie de questões principais que foram usadas
tanto para a entrevista quanto no questionário para serem respondidas a exemplo do demostrado
na amostragem e noutras passagens do presente trabalho.

3.3.3.1 Hipóteses 1: A falta de angario ou armazém e oficina própria para a técnica é a razão
da conservação crítica dos meios inoperacionais no 1º BIRT.

3.3.3.1.1 Entrevista (face-face)

No âmbito de se ter as respostas sobre as questões colocadas na entrevista surgiram dos


hemisférios de respostas as de negação e as de acetar a hipótese em causa e uma das perguntas
que guiaram para a testagem da presente hipótese é:

1- No seu ponto de vista os meios inoperacionais da Radiotécnica estão em boas condições


de conservação?

Esta pergunta foi respondida sem deixar-se dúvidas da validação da hipótese porque toda
a amostra entrevistada respondeu de forma a validar na medida que afirmaram que não estão
em boas condições de conservação, e falta muita coisa para fazer face a situação desde do
sítio para acomodação, armazenamento e manutenção, para alem das politicas e formas de
conservação enque estes são suceptiveis.

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2- A nível da DAA tem um angario ou armazém da Radiotécnica? Se não, de que forma


estes podiam contribuir para a conservação destes meios?

Acontece que de novo todos entrevistados referiram que não existe nenhum armazém
muito menos angario para a técnica e com a presença dessas entalações podias se regredir o
processo de degradação, proteção contra as diversas vulnerabilidades control organizado e
eficaz etc.

3- Que factores contribuem para a falta destas entalações se são de grande importância para
a Radiotécnica?

São factores que estão noutro nível para serem respondidas, mas acredita-se que durante os 20
anos depois do acordo geral da paz o país estava parado no contexto militar logo os factores
que fizeram o pais estar nesta posição por esse tempo todo, são os mesmos que abrangeram a
Radiotécnica.

Esta foi uma pergunta quase do nível estratégico mas não sai do eixo de ser respondida
tacticamente ou no contexto operacional dessa forma os entrevistados referiram que um dos
prováveis factores são os investimentos a nível político ainda não se sentou para se descobrir
que a necessidade de tal acontecer.

Como conclusão com a falta das entalações referidas na hipótese os meios inoperacionais
estão em avançado processo de degradação, vulneráveis a fenómenos naturais, ao homem, e
descontrolados logo este é um caso de contra conservação dai que a hipótese é valida.

As tabelas interpretativas do questionário, não estão bem claras, é preciso que se faça
uma explanação detalhada deste questionário quanto ao conteúdo recolhido através do mesmo

A seguir vem as tabelas interpretativas das hipóteses quanto aos dados do questionário.
As mesmas não são de interpretação quantitativa se os números aparecem é só para a
designação da amostra mas não são de nenhuma importância para a interpretação da
informação.

TABELA 2

Hipóte A falta de angario ou armazém e oficina própria para a técnica é a razão da conservação
se 1 crítica dos meios inoperacionais no 1º BIRT.

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Quest 1- Será que a nível da defesa Anti-Aérea (D.A.A) existe angario, armazém ou oficina
ões exclusivamente para a Radiotécnica? Se sim onde se situa? E se não, oque achas
sobre a não existência destes.
2- No recinto da 1ª CRL do 1º BIRT asta la maior número de meios inoperacionais
da Radiotécnica ao relento. Se ultimamente estes fazem parte de material para a
restauração total da técnica, achas que há uma inconveniência disso? Se sim qual
è? Se justifique?
3- Achas que apesar destes meios se encontrarem dentro duma unidade militar são
vulneráveis? Se não justifique se sim qual é?
4- Quais as consequências de exposição dos meios inoperacionais da Radiotécnica ao
relento.
RESPOSTAS
N.T N.A Resposta de Refutação N.T N.A Resposta de aprovação da Hipótese (+)
da Hipótese (-) (+)
(-)
Av A
v
16 5 1-Existem 16 11 1-Não existe, e a falta destes proporciona V
porque os da acelerada degradação dos meios (oxidação,
Não E
base aérea de submersão a terra, com plantas trepadeiras)
é
Mavalane degradação, Transformação destes e, o R
verd
dizem que vandalismo, descontrolo. D
ade
pertence
também a A
Radiotécnica.
2- Existe a inconveniência, sim na medida
enque estes oxidam-se e comprometem
16 16 D
saneamento do ambiente, transformam se em
16 00 2-xxx Compara habitat de animais, abelhas. Etc. E
3-xxx ção
3-Claro que estes são vulneráveis porque na
unidade tem indivíduos com condutas
4-xxx
diferentes isto é Rpodem ser vandalizados,
sabotados (retirada de pecas da pate mecânica,
cabos condutores da corrente elétrica, pneus,

< vidros etc.


4- Tem como consequência todas as respostas
das perguntas 1,2 e 3

*OBSRVACÃ A maioria das respostas indica as consequências da fata de angario,


O FINAL: armazém e oficina e que são de contra conservação de meios
inoperacionais logo é HIPOTESE CONFIRMADA

Tabela 2 - Interpretação de dados de questionário da hipótese 1


Legenda: Fonte: autor 2015

3.3.3.1.2 Detalhes da tabela do questionário da hipótese 1

Como vem na tabela as perguntas foram de seguinte forma:

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1. Será que a nível da defesa Anti-Aérea (D.A.A) existe angario, armazém ou oficina
exclusivamente para a Radiotécnica? Se sim onde se situa? se não, oque achas sobre a
não existência destes?

Os da referida minoria em numero de cinco (5), afirmaram que quanto a questão da


existência de angario, armazém ou oficina exclusivamente para a Radiotécnica, é uma questão
que só ouviram a dizer que os angario da base aérea de Mavalane são também para a
Radiotécnica e nem forneceram a fonte alegando que foi numa conversa informal com os
amigos onde tiveram esta informação. Mas a maioria foi bem clara quando referiu que o
senário vigente o 1o BIRT da exposição dos meios inoperacionais é mesmo para o resto das
restantes unidades da DAA aparecendo um e outro na classe de sargento e oficias devido o
tempo de estadia neste local afirmando pouco depois de se decretar a degradação destes meios
tornou instalações do comando e sede do actual Primeiro Batalhão Independente da Artilharia
Anti-Aérea (1º B.I.A.A.A) e a não existência destes poe em causa a conservação dos meios
que ate os dias de hoje parecem inaproveitáveis devido o grau de degradação que estes
adquiriram por falta destas instalações ate tornaram ameaça a vida e saúde do efectivo da
unidade porque tornaram habitat de animais ferozes vespas e abelhas, esse e o inconveniente a
s consequências da falta de instalações a cima citados.

Ainda nesta hipótese se fez a 2ª pergunta e dizia:

2. No recinto da 1ª CRL do 1º BIRT asta la maior número de meios inoperacionais da


Radiotécnica ao relento. Se ultimamente estes fazem parte de material para a restauração
total da técnica, achas que há uma inconveniência disso? Se sim qual è? Se não
justifique?

Nesta pergunta quase toda amostra do questionário respondeu que existe uma
inconveniência que é de, proporcionar degradação acelerada dos meios (oxidação, submersão
na terra as solagem com plantas trepadeiras etc.); o vandalismo (retirada de cabos, pneus,
pecas da parte mecânica ferro para a reciclagem, etc.); transformação destes em habitat de
animais (repteis venenosos, abelhas vespas, etc.) o uso para fins extras da técnica (usar co
casa de banho cacifo refugio etc.)

Por diante do questionário as pergunta ainda foram respondidas e a 3ª é:

3. Achas que apesar destes meios se encontrarem dentro duma unidade militar são
vulneráveis? Se não justifique! Se sim qual é?

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Evidenciou se de novo toda a amostra do questionário por responder que, apesar destes
meios estarem no recinto duma unidade militar se ainda ao relento, não escapam de
vulnerabilidades começando por fenómenos naturais e de seguida a accão dos animais e por
ultimo a do homem enfatizando o ultimo caso por afirmarem que por simples facto de estes
meios serem constituídos de metais, cabos condutores da corrente elétrica, pecas de viaturas
são recursos mais procurados no mercado da cidade de Maputo dai que os viciados e
malfeitores membros das FAM e do 1º BIRT em particular vandalizam estes meios levando as
referidas pecas da mecânica cabos por vezes pinéus mas tudo isso é graças a fata de angario,
armazém ou oficina porque com existência destes seria fácil o controlo e a fiscalização.

4. Quais as consequências de exposição dos meios inoperacionais da Radiotécnica ao


relento?

De referir que, as respostas que inclinavam a refutar a pergunta dada não são relevantes
em termo de qualidade suficiente para desconsiderar as que carburam a hipótese porque para
alem da qualidade são de menor numero da amostra visto que somente dois elementos da
classe de soldados que responderam perante a 1ª pergunta do questionário da hipótese 1.

Para esta pergunta as respostas foram semelhantes e de toda amostra do questionário que
de forma resumida as consequências referenciadas são as respostas das perguntas 1,2,3. Assim
sendo se sê afirmou que de facto há falta de angario ou armazém e oficina própria para a
técnica, onde a informação do questionário e observação do proponente coadunam, e isso tem
consequências de contra conservação de meios inoperacionais da Radiotécnica então é a razão
da conservação crítica dos meios inoperacionais no 1º BIRT.

Segundo (Sílvia & André 2013) conservação é a aplicação de uma série de habilidades e
conhecimentos que permitam conhecer e então se evitar os riscos de seu desaparecimento de
um património.

Assim em conformidade com sesta ideia e relacionarmos com as respostas dadas sobre a
hipótese 1, através do questionário e entrevista, pode se afirmar que existe uma desavença
entre a realidade do contexto desta pesquisa junto com o ideal de conservação de qualquer
meio, atendendo que na hipótese foi isso que se prevê então a Hipótese é confirmada.

3.3.3.2 Hipótese 2: A má concepção do efectivo do 1º BIRT perante os meios inoperacionais


da Radiotécnica é a razão da conservação ineficaz destes.

3.3.3.2.1 Entrevista

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Para o caso desta hipótese a testagem foi bem ilustrada na medida enque os dois
hemisférios das respostas foram se evidenciando. Para o caso das respostas que tendem a
reprovar a hipótese foi de novo a minoria e com menor qualidade das suas respostas perante
as que tendem a aprovar a hipótese. De modo a se analisar a concepção do efectivo do 1º
BIRT, perante a conservação dos meios radiotécnicos para ver se de facto influencia ou não
neste processo, na entrevista teve se como perguntas pertinentes as seguintes perguntas:

1. Com o estado em que os meio inoperacionais se encontram, que consideração estes têm
no seio da unidade?

Quanto a respeito e consideração que estes merecem os entrevistados responderam que


cada um destes tem diferente estado de obsolencia com isso o mínimo de atenção que se deu a
estes meios era direcionado aos últimos a se degradarem e essa atenção aumentou quando
estes ficaram restaurados já que foram estes os primeiros no processo. Com isso o estado dos
outros não têm propriedades suficientes para empregar efectivo para o controlo renhido visto
que só por estarem dentro da unidade estão seguros.

2. Qual era a sua ideia sobre o proveito destes meios muito antes de se concretizar o
processo de restauração e qual o nome comum que se usa para a designação destes.

Esta pergunta foi respondida de forma clara, vejamos que aquase toda a amostra dos
entrevistados respondeu sem dúvida que alimentaram espectativas ate nos anos 2006 mas
depois do caso Paiões5 de Maputo as espectativas e aquela consideração esgotou o
pensamento era de que estes só são mais um ferro ou plástico no reincito da unidade e mesmo
a sua importância e proveito não foi mais uma previsão e só faltava uma ordem para serem
reciclados e dessa maioria foi bem enfatizada a situação quando se destacaram em chamar
estes meios de sucatas, carocasses esqueletos de radares podres acrescentando que em caso de
uma ordem para tratar estes meios só vai se cumprir por ser uma ordem mas sabendo de ante
mão que é uma forma de ocupação não tem nada a ver com as actividades produtivas das ºº.

Todos esses pontos destacados a cima são uma intuição de disperso, desconsideração, e
falta de fé sobres o aproveitamento deste meios que se reflecte no desacreditar sobre um
proveito dos meios inoperacionais da Radiotécnica tornando a razão de ma conservação
destes. Logo a hipótese e confirmada.

5
- Caso de explosão do paiol de Malhazine.

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TABELA 3

Hipótese A má concepção do efectivo do 1º BIRT perante os meios inoperacionais da


2 Radiotécnica é a razão da conservação ineficaz destes.
Questões
1. Sara que todo efectivo da unidade teve instrução sobre a conservação dos meios
da Radiotécnica e sobre a importância deste mesmo em estado obsoleto?
2. Qual é o nome comum da designação dos meios inoperacionais da Radiotécnica
entre Sucatas, blocos, carocasses, esqueletos, agregados, radares podres,
dispositivos da técnica? (marque com x as suas opções e comente!)
3. Qual era a sua ideia sobre o proveito destes meios muito antes de se concretizar
o processo de restauração?
4. Qual seria a sua posição se no anos passados a nível superior se decretar uma
ordem de limpeza, lubrificação e pintura de todos os meios inoperacionais da
radio técnica?
5. Achas que a maior parte do efectivo da unidade tem uma boa consideração dos
meios inoperacionais da Radiotécnica? Justifique a resposta

Interpretação das respostas


N. N.A Resposta de N N Resposta de aprovação da Hipótese (+)
T Refutação da N.T N.A
(-)
Hipótese (-) (+)
A.V
A.V

1 11-O património 2 11- Nem todos têm nocções da conservação


16 02 de estado é 16 14 destes meios porque ultimamente os que vem
L C
importante ate de outras unidades e da instrução básica já não
se provar o O são instruídos como acontecia de antes. R
contrário
G 2-Dentre as opções colocadas o certo é seria I
mesmo e,
chamar de dispositivos da técnica, blocos e
qualquer I T
agregados soque existem uma situação de
situação isso C I
pejorar enque alguns chamam de sucatas
não precisa de
O esqueletos etc. C
instrução para
que o cidadão 3- Uma ordem não se nega mas podia se O
saiba é algo de cumprir se cumprir sabendo que é uma forma

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ética. Com de ocupar o efectivo a impressão sobre estes


paração não era de merecer um tratamento especial.
4- Nem todos consideram isso é bem
justificável com as respostas já dadas.

<
*OBSRVACÃO  Como o ilustrado a maioria respondeu de forma evidente que
FINAL: tem uma concepção mão perante aos meios inoperacionais da
Radiotécnica Logo: a é HIPÓTESE VALIDA

Tabela 3- Interpretação de dados de questionário da hipótese 3


Legenda: Fonte: autor 2015

3.3.3.2.2 Detalhes da tabela do questionário da hipótese 2

Na hipótese 3 obedeceu-se também os mesmos princípios e as perguntas dadas foram


respondidas por toada a amostra do questionário e a 1ª pergunta foi a seguinte:

1. Sara que todo efectivo da unidade teve instrução sobre a conservação dos meios da
Radiotécnica e sobre a importância deste mesmo em estado obsoleto?

Esta uma das perguntas que confirmam completamente que o problema levantado é
assunto por se ter em conta porque também se verificou o facto de toda a amostra da
submetida ao questionário responder tendendo a mesmo ponto de fuga por afirmar que nem
todos tem a informação básica sobre a técnica, principalmente para os que fizeram parte da
unidade de 2012 para ca, porque o leva de aulas para novo efectivo não se verifica e a razão
disso é devido o estado de degradação não há mais motivos de se aprender meios nesse estado
e de um sistema em extinção.

Mas em contra partida somente um da amostra do questionário referiu que não há


imperatividade de dar a conhecer um cidadão nacional sobre a importância de qualquer
património do estado porque este sabe de ante mão que ate ordens contrárias tudo o que
pertence ao estado é importante.

Fez se a segunda pergunta e era a seguinte:

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2. Qual é o nome comum da designação dos meios inoperacionais da Radiotécnica entre


Sucatas, blocos, carocasses, esqueletos, agregados, radares podres, dispositivos da
técnica? (marque com x as suas opções e comente!)

Vejamos que de novo a referida minoria da amostra de questionário para esta hipótese
afirma que por facto de ter informação básica sobre os meios da Radiotécnica e conhecer a
designação exacta destes meios é essa designação tida na aula de blocos, agregados ou
dispositivos da técnica, só que as aulas não foram especialmente sobre a importância dos
meios inoperacionais, mas sim sobre a técnica em geral só que a maioria diz que
anormalmente estes meios são atribuídos nomes pejoractivos, como de sucatas, esqueletos e
outros mesmo sabendo o nome próprio porque quanto a isso não se vem nenhum crime ou
seja não se proíbe.

Seguindo em frente na tentactiva de testar a hipótese 2 se fez outra pergunta que era:

3. Qual era a sua ideia sobre o proveito destes meios muito antes de se concretizar o
processo de restauração?

Sem duvidar toda a amostra do questionário respondeu que muito antes de se concretizar
a restauração não se acreditava nem com o referido projecto ate porque se acreditava que o
que nesta reciclagem em nova matéria bruta com isso ninguém acreditava que estes poderiam
um dia serem de grande importância como hoje em dia estão se tornando, e na verdade essa
importância só era visível talvez para o nível superior estratégico porque a nível táctico
operacional estes estão em grau de degradação avançado, não apresentam a mínimas
propriedades aproveitáveis que merecem uma consideração viável.

Em contra partida a mesma parte de pessoas que tinham o intuito de reprovar a hipótese
passaram a enriquecer a validade desta junto com a parte da maioria da amostra na medida
que responderam que são poucas as pessoas que consideram e vêm a importância destes
meios

4. Qual seria a sua posição se no anos passados a nível superior se decretar uma ordem de
limpeza, lubrificação e pintura de todos os meios inoperacionais da radio técnica?

Uma ordem não se nega mas para este caso podia se cumprir sabendo que é uma forma de
ocupar o efectivo mas estes meios não era de merecer um tratamento especial esta foi a
resposta para a pergunta 4 que foi de toda a amostra do questionário.

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5. Achas que a maior parte do efectivo da unidade tem uma boa consideração dos meios
inoperacionais da Radiotécnica? Justifique a resposta?

Já este claro que estes meios a sua consideração só havia restado para o nível superior a
nível operacional só era mais uma faixa na medida que para alguns destes apesar de serem em
menor número era preciso limpar o recinto e guarnecer mesmo que fosse de vez em quanto
isso é bem justificável com as respostas já dadas.

Mack (1997) diz que a sabotagem e vandalismo são efeitos da acção do homem sobre um
material ou meio, tem diversas causas por vezes pode ser por revelia, guerra, rebeldia ou ate
ignorância o falta de conhecimento sobre a impotência do que se vandaliza e são tipos os
seguintes: vandalismo furtivo e explícito.

Assim se para o efectivo do 1º BIRT estes meios são de pouco interesse, tem nomes
alheios dos originais, estão num nível de degradação que não merecem atenção e essa forma
de pensar reflecte a ma concepção ou conhecimento sobre a impotência com o diz Mack,
então é verdade que a “má concepção do efectivo do 1º BIRT perante os meios inoperacionais
da Radiotécnica é a razão da conservação ineficaz destes porque a maior probabilidade de
vandalizar ou desleixar estes meios”. Com todos esses detalhes não resta a dúvida de que a
hipótese acima referida é Hipótese confirmada.

3.3.3.3 Hipótese 3 - A ma interpretação da migração digital pode contribuir para conservação


ineficaz dos meios inoperacionais da Radiotécnica por serem de sistemas analógicos.

3.3.3.3.1 Entrevista

O avanço tecnológico no século XXI, levou uma velocidade incomparável e caracteriza-


se por sistemas digitais em todas as áreas e as Forças Armadas são também alvos desse
fenómeno de modo a se testar a hipótese 3 levantou se uma serie de perguntas.

Algumas das perguntas pertinentes foram as seguintes:

1. Ultimamente verifica se a onda de sistemas digitais, sabe dizer o que são sistema digitais?

A maior parte da amostra da entrevista afirmou que não sabe perfeitamente dizer o que
são sistemas digitais mas sabem que é um sistema diferente do sistema que estava nos meios
que usaram no passado, a minoria afirmou que sistemas digitais são de circuitos integrados e
se caracterizam por menor gasto de energia e maior número de operações num único
dispositivo e são pouco volumosos.

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2. Estes sistemas digitais já estão emigrando nas FADM, e se os meios da Radiotécnica são
de sistemas analógicos todos serram remodelados, achas que há uma inconveniência
nisso? (se sim, qual é? Se não que vantagens pode trazer?)

Nesta pergunta as respostas que foram respondidas pela maioria da entrevista, cingiram
se em afirmar que os sistemas usados anteriormente são mais eficazes porque os atuais não se
usa planche-tas, é difícil, localizar o inimigo aéreo com isso a inconveniência é maior e uma
parte em menor número correspondente a dois (2) responderam que os sistemas digitais são as
mais eficazes para o senário de guerras actuais porque tem síntese e precisão de informações.
Referir que os que se evidenciaram pela última resposta são todos da nova geração visto que
os da geração anterior a acordos da paz pouco sabem sobre sistemas digitais.

3. Será que depois de se decretar oficialmente a inoperacionalidade dos meios da


Radiotécnica se sabia que os sistemas analógicos neles patentes seriam substituídos em
digitais no âmbito da sua remodelação?

Toda amostra respondeu que quando estes meios ficaram completamente inoperacionais,
era muito antes de se saber que existia sistemas digitais, estes verificaram se a partir de 2000
para ca, já passavam 6 anos depois de a Radiotécnica parar com as suas actividades
combativas logo não se sabia nê se tinha em conta que na restauração ou aquisição de novos
meios seriam de sistema diferentes.

4. Uma vez globalizado a migração dos sistemas digitais achas que nas FADM pode ter
contribuído para a pouca consideração dos meios da Radiotécnica atendendo que são de
sistemas digitais?

As respostas foram claras na medida que de novo toda amostra manifestou através das
suas respostas não ser possível ter contribuído porque ate agora nem todos sabem
concretamente, a natureza de sistemas digitais, e o intuído de alguns é de que os sistemas
analógicos para meios de radiolocalização são mais eficazes e esta foi a resposta dos que tem
noção dos sistemas digitais.

Todas a respostas apontam perfeitamente que o senário de migração digital nas FADM,
ainda é um desafio por desencadear de modo a informar a sua essência principalmente para a
geração que explorou os meios de sistemas analógicos assim sendo em relação a hipótese 3,
não é possível que se tenha verificado uma ma interpretação da migração digital e ter
contribuído para conservação ineficaz dos meios inoperacionais da Radiotécnica por serem de
sistemas analógicos, porque a maioria ainda não sabe perfeitamente a natureza dos sistemas

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digitais, nem de que forma este sistema pode ser usado no contexto das tropas da
Radiotécnica. Logo a hipótese 3 é não confirmada.

TABELA 4

Hipótese A ma interpretação da migração digital pode contribuir para conservação


3 ineficaz dos meios inoperacionais da Radiotécnica por serem de sistemas
analógicos,
Questões
de 1.Já ouviu falar de sistemas digitais? Se sim, com se diferem dos analógicos?
testagem
2.Será que havia necessidade de estes sistemas emigrarem no seio das FADM? Se sim
da
hipótese que importância podem trazer para as tropas da Radiotécnica? Para o resto das
respostas justifica!
3. Os sistema s digitais ate ano 2000 estavam aparecerem 1ºs seus aparelhos será por
simples facto de os meios da Radiotécnica serem de sistemas digitais tornou uma
razão para a não consideração destes?

INTERPRETAÇÃO DAS RESPOSTAS

N. N.A Resposta de Refutação da N.T N.A Resposta de aprovação


T Hipótese (+) da Hipótese (+)
(-)
(-)

A
AV A
V
16 12 1- Já ouviram falar, mas não D 16 04 1 – já ouviram falar Sab
sabem, concretamente explicar e dizem que a grande em
E Compa
só sabem distinguir os diferença esta no rápido o
aparelhos que usam este S ração processamento das que

>
sistema e não percebem bem a informações, volume e são
C
diferença existente entre os gasto de energia siste
dois sistemas e as respostas O mas
2- Afirmaram que a
manifestam a indiferença N digi
maior importância é da
perante a pergunta. tais
H precisão de informações
2- É complicado reconhecer a e flexibilidade no
importância porque nem se processamento q pode
sabe qual é mais eficaz. contribuir a tomada de
decisão a tempo
oportuno
*Observação Se no seio da unidade ainda se verifica o desconhecimento da
Final essência e princípios de sistemas digitais então a migração
destes nas FADM não podem terem sido a razão do ma
conservação dos meios inoperacionais da Radiotécnica logo a
hipótese 3 é NÃO CONFIRMADA

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Tabela 4- Interpretação de dados de questionário da hipótese 3


Fonte: Autor 2015
Legenda: N.A (-) e N.A (+)- Amostra que confirma e de não confirmar a hipótese
respectivamente. AV- avaliação, N.T- No total da amostra.

3.3.3.3.2 Detalhes da tabela do questionário da hipótese 3

De modo a detalhar a informação da tabela do questionário deu se a obrigação se


apresentar as perguntas e respostas de forma organizada assim para a hipótese 3 e como a 1ª
pergunta é:

1. Já ouviu falar de sistemas digitais? Se sim, com se diferem dos analógicos?

Para cerca de doze (12) informantes as respostas foram evidentes que não sabem na
essência o princípio e características dos sistemas digitais mas reconhecem os aparelhos que
são destes sistemas. E a menor parte em número de quatro (4) responderam de forma a se
perceber que reconhecem basicamente os sistemas digitas por afirmarem que, são de rápido
processamento de informações, menos volumosos e muitas operações parta único dispositivo
digital.

Estas respostas corem a refutar a hipótese devido a maioria, evidenciar se em não


perceber a essência dos sistemas digitais.

2. Será que havia necessidade de estes sistemas emigrarem no seio das FADM? Se sim, que
importância podem trazer para as tropas da Radiotécnica? Para o resto das respostas
justifica!

As respostas da maioria como vem na tabela em número de 12 de novo iam ao mesmo


pondo de fuga que foi de que não se sabe sobre essa necessidade porque a diferença entre os
sistemas antigos e os novos também não é por eles conhecido, e o resto afirmou que há
necessidade devido maior precisão de informações e flexibilidade no processamento dai que
podem contribuir na tomada de decisão a tempo oportuno.

3. Os sistemas digitais até ano 2000 apareceram os primeiros seus aparelhos será por
simples facto de os meios da Radiotécnica serem de sistemas digitais tornou uma razão
para a não consideração destes?

A maioria ainda não sabia que contributo, estes sistemas podiam trazer nas FADM, com
isso não pode ser verdade que estes são uma razão de não consideração dos meios
inoperacionais essa foi a resposta de todos submetidos a questionário.

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A interpretação de dados de questionário esta claro que, os sistemas digitais são


desconhecidos pela maioria na unidade em causa, dai que a hipótese 3 que diz a ma
interpretação da migração digital pode contribuir para conservação ineficaz dos meios
inoperacionais da Radiotécnica por serem de sistemas analógicos, não é verdade porque nem
interpretação fazem em relação aos sistema analógicos por não ter o conhecimento básico dos
ambos sistemas assim sendo a hipótese 3 é não confirmada.

3.3.3.4 Hipótese 4- O plano de actividades no 1º BIRT não é favorável a conservação dos


meios inoperacionais da Radiotécnica.

3.3.3.4.1 Dados da Entrevista

Em todos os casos numa unidade, sempre que se verifica um problema por menor
interessante que seja, o primeiro alvo a ser julgado é o comando desta. Neste caso não esta se
referindo que a cadeia do comando da unidade em causa não tem liderança mas sim esta se
tentando provar o quão contribuem para a conservação dos meios degredos. Pela natureza do
trabalho foi preciso elaborar uma hipótese que pudesse ser validado e ou invalidado.

Durante a entrevista em sincronização com os dados colhidos pela observação foi


suficiente explorar as ordens do dia, as normas da vida interna, as obrigações da equipe de
serviço e as actividades obrigatórias da técnica, todos esses pontos constituem o conjunto dos
itens que devem serem seguidas para a execução do comando e chefia (liderança) numa
unidade.

Começando com as ordens do dia e normas da vida interna uma das perguntas feitas foi a
seguinte:

1. Será que nas normas da vida interna da unidade, esta previsto e verifica se a prática de
actividades de conservação dos meios inoperacionais da Radiotécnica?

Foram varias as respostas dadas dai que não se trará a tona todos detalhes elas, mas sim,
o ponte de fuga onde estas respostas se convergem. Deste modo de forma resumida
responderam em menor número equivalente a três (3) que de facto esta previsto mas este facto
só se verificou a muito tempo logo depois de se decretar oficialmente a inoperacionalidade
mas nos últimos anos tornou uma actividade deixada para traz.

Quanto a obrigações da equipe de serviço, o normal é de levar o relatório da equipe


cessante e deixar outro com a sucessora que vem inclusivo o estado dos meios da técnica
operacionais e inoperacionais, fazer cumprir e velar sobre todas as actividades de conservação

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destes em caso de a ordem do dia for essa, e garantir a segurança perante a todas
vulnerabilidades que este corem., desta feita fez uma pergunta de modo a perceber que tal
acontece ou não. Assim vem a pergunta:

2. Com o nível de degradação dos meios da Radiotécnica existe uma obrigação de a equipa
de serviço dar conta destes? Se sim, oque se faz? Se porque?

Para esta pergunta esta pergunta quase a maioria respondeu que não existe uma Força
maior de relatar a situação de algo que já não serve para nada, e um e outro ainda em número
de três se evidenciaram respondendo de que há necessidade, e normalmente se do relatório da
situação dos dispositivos que estão nos gabinetes.

A técnica é a secção do 1º BIRT responsável pelas acções combativas, estado operacional


manutenção dos meios da Radiotécnica. Com isso em caso de degradação destes a técnica tem
a responsabilidade directa de controlar, assegurar a segurança de contra vandalismo,
obsolencia total etc. De modo a perceber a contribuição desta técnica na conservação dos seus
meios inoperacionais assim colocou se a seguinte pergunta.

3. Uma vez que os meios da Radiotécnica na sua maioria estão inoperacionais, quais são as
actividades normais do efectivo afecto na técnica?

No caso da presente pergunta a maior parte respondeu que desde que se decretou
oficialmente a falência destes meios o efectivo da técnica reduziu ficando sô os elemento da
segurança destes mesmo estes não tem feito quase nada que diz respeito a conservação
adequada destes meios para alem de limpar o recinto e isso só acontece na 1ª CIA

Salientar que para além das respostas fornecidas quanto a esta hipótese o proponente
serviu de observador participante visto que explorou este senário durante o seu estágio
profissional e relacionando estas respostas e a realidade que se verifica no tereno há
paralelismo dos factos.

Desta feita, pela logica da informação onde as normas da vida interna, a ordem do dia e
as obrigações da equipe de serviço abrangem a consideração e conservação de qualquer
património respectivamente, mas, tal não se verifica enquanto esses pontos constituem o tipo
de liderança da cadeia de comando vigente no 1º BIRT então esta, influencia negativamente a
conservação de meios inoperacionais da Radiotécnica logo é hipótese confirmada.

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TABELA 5

Hipótese 4 O plano de actividades no 1º BIRT não é favorável a conservação


dos meios inoperacionais da Radiotécnica.

Questões 1- Conhece a ordem do dia e as normas de vida interna da unidade? Será que
esta previsto a prática de actividades de conservação dos meios inoperacionais da
Radiotécnica?
2- Esta previsto nas obrigações da equipa de serviço o controlo, fiscalização e
registo da situação dos meios inoperacionais da Radiotécnica nas 24 horas de
serviço? Si sim oque se faz? Se não o que achas disso?
3- Achas que a liderança da cadeia de comando da unidade tem influência
negativa no processo de conservação de meios inoperacionais da Radiotécnica?
INTERPRETAÇÃO DAS RESPOSTAS

N.T N.A Resposta de N.A Resposta de aprovação da Hipótese (+)


Refutação da N.T (+)
(-)
Hipótese
(-)
A A
V V
16 00 2 1-Conhece-se por experiência mas tempo pá C
L 16 16 ler nunca se teve devido as dificuldades de
1-XXX R
O acesso, sobre a conservação não se sabe da
Comparação I
previsão prevista mas na medida enque se
G
destaca efectivo para garantir a segurança é T
I provável que seja legítimo. I
C 3- Não se sabe da previsão mas o normal era
C
de existir só que na pártica na se faz sentir na
O
razão do estado enque estes se encontram, de O
modo a dar relatório de tudo inclusive a
situação dos meios inoperacionais.

<
4-O tipo de liderança é eficaz para outros
casos porque apesar de os meios estarem já
em estado crítico de degradação não há
motivos de desleixo total sabendo que já é
palpável a sua importância.
1- Se as obrigações da equipe de serviço, as regras da ordem
do dia e as normas da vida interna não satisfazem actividades de
controlo, e constitui o senário da liderança do 1º BIRT, então esta
*Observação influência negativamente para este processo. Logo é HIPOTES
Final CONFIRMADA

Tabela 5 - Interpretação de dados de questionário da hipótese 4


Fonte: Autor 2015
Legenda: N.A (-) e N.A (+)- Amostra que confirma e de não confirmar a hipótese
respectivamente. AV- avaliação, N.T- No total da amostra

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3.3.3.4.2 Detalhes da tabela do questionário da hipótese 4

Na tentativa de esclarecer melhor a tabela que descreve e interpreta o questionário para a


hipótese 4 foram elaboradas três (3) perguntas das quais a primeira foi:
1. Será que esta previsto a prática de actividades de conservação dos meios inoperacionais
da Radiotécnica na ordem do dia e nas normas de vida interna da unidade?

Não houve curvas para a resposta desta pergunta porque uma parte da amostra referiu que
não se sabe se esta, ou não previsto, porque esses instrumentos não estão num local de livre
acesso mas a verdade é que tal não se verifica mesmo se estiver previsto. O pouco que se faz é
a segurança só para os atuais operacionais e dantes essa segurança era para os últimos a
ficarem inoperacionais e os que ainda tinham configuração suficiente para a instrução. Isso já
se verificou a muito tempo logo depois de a técnica parar com as suas actividades combativas
de la para últimos dias não se verificou mais porque estes meios apresentavam cada vez mais
características de pouco proveito.

2. Esta previsto nas obrigações da equipa de serviço o controlo, fiscalização e registo da


situação dos meios inoperacionais da Radiotécnica nas 24 horas de serviço? Si sim oque
se faz? Se não o que achas disso?

A equipe de serviço pode não ter nada a fazer mas controlar e registar meios
inoperacionais fica complicado categoricamente não se sabe se este previsto nas suas
obrigações porque nos blocos de relatórios não tem itens de cadastro dos meios inoperacionais
essa foi de forma resumida a resposta da pergunta 2.

3. Achas que a liderança da cadeia de comando da unidade tem influência negativa no


processo de conservação de meios inoperacionais da Radiotécnica?

O tipo de liderança é eficaz para outros casos mas para o caso dos meios que hoje
tornaram se de importantes existe uma falha na medida que não se determina novas politicas e
regras de consideração dos referidos meios, apesar de os meios estarem já em estado crítico
de degradação não há motivos de desleixo total.

Segundo Bukhai (2005) Técnicas administrativas (estratégicas) refere se ao


conjunto de normas e regulamentos criados no seio da instituição para
garantir a execução ou atingir as operacionais e refere as seguintes:

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 A criação da comissão responsável pela conservação no seio da unidade que


vela por seguinte: elaboração do plano de atividades de manutenção diária,
mensal, semestral e anual
 Fiscalização cíclica das actividades referidas
 Prestação de relatórios a nível superior sobre o estado do material por
intervalo de tempo determinado. Etc.

Em confrontação com os detalhes da observação participante e os aqui respondidos, onde


as obrigações da equipe de serviço, as regras da ordem do dia e as normas da vida interna não
satisfazem actividades de controlo fiscalização, consideração e outras actividades de
conservação de meios inoperacionais da Radiotécnica, e constitui o senário da liderança do 1º
BIRT sem uniformizar se com as ideias de Bukhai, sendo estes acções de contra conservação
dos meios inoperacionais, então esta, influencia negativamente para este processo. Logo é
confirmada.

3.3.4 Confrontação das Hipóteses


Vejamos que as respostas do questionário e da entrevista não são divergentes, são quase
as mesmas porque a entrevista foi semi-estruturadas isto é a partir das perguntas do
questionário se realizou a entrevista cuja de acordo com as respostas dos informantes
surgiram outras de modo a facilitar a percepção e boa formulação do resumo destas.

A 1ª hipótese é: A falta de angario ou armazém e oficina própria para a técnica é a razão


da conservação crítica dos meios inoperacionais no 1º BIRT.

Assim a analise feita de acordo com os dados colhidos através da entrevista e


questionário como ilustrado nos passos anteriores perante a 1ª hipótese foi de que este
processo ‘é muito critico e pode comprometer a restauração dos meios em curso e já se
confirmou a falta de instalações próprias para a acomodação destes meios, e oficina de
manutenção proporcionando desta forma a varias vulnerabilidades destes meios (fenómenos
naturais, vandalismo, sabotagem, acção dos animais etc.) assim a hipótese é confirmada.

Em seguida vem a 2ª hipótese: A má concepção do efectivo do 1º BIRT perante os meios


inoperacionais da Radiotécnica é a razão da conservação ineficaz destes. A informação bem
interpretada tende a deixar claro que existe um desleixo total através da falta de consideração
porque o efectivo não sabe a impotência que estes tem mesmo com no estado em que estes se
encontram usam em vários contextos alheios do recomendado, atribuem adjetivos
pejoractivos evidenciam se em vandalizar os referidos meios inoperacionais então este factos

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dam intender que a concepção estes efectivo é de que estes meios não tem mais importância
dai não há necessidade de conserva-los logo a hipótese também confirmada.

3ª Hipótese: A ma interpretação da migração digital pode contribuir para conservação


ineficaz dos meios inoperacionais da Radiotécnica por serem de sistemas analógicos.

É verdade que o fenómeno da migração digital esta girar nas diferentes fontes de difusão
de informação, mas para maior parte de pessoas não sabe a essência e princípios de
funcionamento destes sistemas, um dos casos é o efectivo do 1º BIRT, os alvos da presente
pesquisa manifestaram o conhecimento básico de sistemas digitais insuficientes para não
considerar os analógicos porque nem a mínima diferença entre estes dois não sabem dai que
não é o caso desta migração que leva a conservação critica dos meios inoperacionais
atendendo que são de sistemas analógicos, logo é Hipótese não confirmada.

Por último tem se a 4ª Hipótese: O plano de actividades no 1º BIRT não é favorável a


conservação dos meios inoperacionais da Radiotécnica.

Partindo da observação que não foi principal técnica mas serviu de técnica auxiliar
superficial do proponente ate aos dados colhidos, ao fazer parte da equipe de serviço foi
possível verificar que existe uma exclusão no que diz respeito a informação dos relatórios das
24 horas de serviço não se relata a disposição e o estado em que estes se encontram, na ordem
do dia e nas normas de vida interna já não se pratica as a actividades de conservação destes
meios e tudo é da responsabilidade da cadeia do comando e disso advêm â menor precisão de
controlo e fiscalização tornando desta forma um problema que não vai ajudar na restauração
destes meios atendendo que se tornaram a base deste processo logo o este contexto leva a
presente hipótese ser hipótese confirmada.

Os objectivos específicos no trabalho de pesquisa do tipo indutivo que visa a criticar e


propor algo de interesse local, tem a característica de as hipótese tender a alcançar os
objectivos específicos e a conjugação de todas elas confirmam o problema e satisfazem o
objectivo geral, desse modo uma vez testadas as hipóteses onde somente uma não foi
confirmada, atingiu-se o objectivo geral, assim sendo a compreensão feita é que o processo
em causa neste trabalho não é eficaz.

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CONCLUSÃO
Tendo em conta o propósito do presente trabalho, com o tema: Conservação de Meios
Inoperacionais da Radiotécnica, é importante referir que apesar de o tema ser pouco falado no
seio das FADM, não deixa ser de grande importância na medida que se desenha projectos de
restauração, e manutenção dos meios de qualquer área ou especialidade. Neste contexto é bem
preciso traçar se formas e técnicas de conservação de qualquer meio mesmo em estado
inoperacional.

Para um país e Forças Armadas como de Moçambique que ainda tem muito a fazer face a
senários de guerras actuais nada é podre que não sirva e nada é duro que não se estrague essa
é uma das razões e princípios incontornáveis no contexto de boa gestão de recursos, dai que é
preciso se desprender todos os esforços de conservar todos meios independentemente dos seus
estados operacionais.

Feitos todos os passos para se concretizar o propósito do presente trabalho que culminou
com a análise exaustiva sobre o estudo realizado e a partir das opiniões recolhidas dos
inquiridos e com base nas hipóteses, o proponente concluiu que:

 A conservação dos meios inoperacionais da Radiotécnica não é eficaz devido a


falta de angario, armazém e ou oficina porque este facto proporciona a
vulnerabilidades destes meios a vandalismo, sabotagem, fenómenos naturais e a
acções de animais.

 O efectivo do 1º BIRT tem má concepção perante os meios inoperacionais da


Radiotécnica e é a razão da conservação ineficaz destes na medida que pensa que estes
estão num nível degradado que não merecem nenhum interesse muito menos
conservação.

 O plano de actividades vigente no Primeiro Batalhão Independente da


Radiotécnica não é favorável a conservação dos meios inoperacionais da Radiotécnica
uma vez que não esta prevista a prática de actividades nem a nível administrativo
assim como operacional, que visam a garantir este processo como vem justificada no
corpo de trabalho.

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SUGESTÕES
Com o resultado desta pesquisa, espera que se desperte atenção a todo leitor sobre a
necessidade de conservação dos meios inoperacionais a nível das FADM em geral e 1ºBIRT
em particular de modo a satisfazer as eventuais necessidades de pecas, na restauração e ou
aproveitamento em outras áreas. Para além desses pontos referidos os meios como os da
Radiotécnica quando desleixados, tem um caracter de desconforto pondo em causa o
saneamento de ambiente e também constitui um risco na medida que estes se transformam em
habitat de animais.

Deste modo com base na conclusão que se obteve a partir deste trabalho de pesquisa
científica, o proponente sugere que:

 Se crie condições de construir um angario, armazém e uma oficina própria para


a Radiotécnica que vai servir de deposito e ou um sitio que vai garantir o controlo
organizado, de proteção contra a accão do homem, da natureza e dos animais.

 Haja sensibilização ao efectivo das subunidades da Radiotécnica sobre a


importância dos meios inoperacionais da Radiotécnica mesmo com o estado avançado
de degradação.

 Os planos de actividades diárias, semanais, mensais e ou anuais incluam o


processo de conservação dos meios da Radiotécnica e as unidades e subunidades se
responsabilizem em mandar fazer, fiscalizar, controlar e proteger estes meios perante a
diversas vulnerabilidades já mencionados no mesmo trabalho.

Sobre tudo, deve se redobrar esforço para garantir a conservação eficaz dos meios
inoperacionais da Radiotécnica no 1º BIRT.

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Conservação de Meios Inoperacionais da Radiotécnica: Caso 1º BIRT, Província de Maputo
(2010-2015)

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Conservação de Meios Inoperacionais da Radiotécnica: Caso 1º BIRT, Província de Maputo
(2010-2015)

APÊNDICE

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Apêndice A: Entrevista

ACADEMIA MILITAR “MARECHAL SAMORA MACHEL”


Direcção Pedagógica

Guião de entrevista dirigida aos Oficiais do 1ºBIRT


A 20 anos era um sonho a restauração dos meios inoperacionais da Radiotécnica, hoje é uma
realidade, mas para tal é preciso que tenhamos os nossos meios inoperacionais em bom estado
de conservação.

1 - No seu ponto de vista os meios inoperacionais da Radiotécnica estão em boas


condições de conservação? Se sim justifique! Se não, o que esta em falta?
2 - A nível da DAA tem um angario ou armazém da Radiotécnica? Se não, de que forma
estes podiam contribuir para a conservação destes meios?
3 - Que factores contribuem para a falta destas entalações se são de grande importância
para a Radiotécnica?
4 - Com o estado em que os meio inoperacionais se encontram, que consideração estes
têm no seio da unidade?
5 - Ultimamente verifica se a onda de sistemas digitais, sabe dizer o que são sistema
digitais?
6 - Estes sistemas digitais já estão migrando nas FADM, e se os meios da Radiotécnica
são de sistemas analógicos todos serram remodelados, achas que há uma inconveniência
nisso? (se sim, qual é? Se não que vantagens pode trazer?)
7 - Será que depois de se decretar oficialmente a inoperacionalidade dos meios da
Radiotécnica se sabia que os sistemas analógicos neles patentes seriam substituídos em
digitais no âmbito da sua remodelação?
8 - Uma vez globalizado a migração dos sistemas digitais achas que nas FADM pode ter
contribuído para a pouca consideração dos meios da Radiotécnica atendendo que são de
sistemas digitais?
9 - Qual era a sua ideia sobre o proveito destes meios muito antes de se concretizar o
processo de restauração e qual o nome comum que se usa para a designação destes.
10- Será que nas normas da vida interna da unidade, esta previsto e verifica se a prática de
actividades de conservação dos meios inoperacionais da Radiotécnica?
11- Com o nível de degradação dos meios da Radiotécnica existe uma obrigação de a
equipa de serviço dar conta destes? Se sim, oque se faz? Se porque?

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Apêndice B: Questionário

ACADEMIA MILITAR “MARECHAL SAMORA MACHEL”


Direcção Pedagógica
Para a obtenção do grau de licenciatura em Ciências Militares na especialidade de
Comandante de Meios Radiotécnico, o Aspirante á Oficial Arcelino Benedito Luís, vem por
este meio submeter aos senhores o presente questionário.
De salientar que, a total colaboração do destinatário é bem-vindo para o sucesso do
trabalho em referência.
Salientar que não pode deixar a sua identificação por motivos de sigilo e privacidade
social

Questionário dirigido aos Sargentos e praças do 1ºBIRT


Os meios inoperacionais da Radiotécnica, encontram-se em situação crítica numa altura
em que o projecto de restauração destes não é um sonho é uma realidade.

1) Será que a nível da defesa Anti-Aérea (D.A.A) existe angario, armazém ou oficina
exclusivamente para a Radiotécnica? Se sim onde se situa? E se não, oque achas sobre
a não existência destes?

___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

1) No recinto da 1ª CRL do 1º BIRT asta la maior número de meios inoperacionais da


Radiotécnica ao relento. Se ultimamente estes fazem parte de material para a
restauração total da técnica, achas que há uma inconveniência disso? Se sim qual è? Se
não justifique!

___________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

2) Achas que apesar destes meios se encontrarem dentro duma unidade militar são
vulneráveis? Se não justifique se sim qual é?

___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

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Conservação de Meios Inoperacionais da Radiotécnica: Caso 1º BIRT, Província de Maputo
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3) Quais as consequências de exposição dos meios inoperacionais da Radiotécnica ao


relento?

___________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

4) Sara que todo efectivo da unidade teve instrução sobre a conservação dos meios da
Radiotécnica e sobre a importância deste mesmo em estado obsoleto?

Sim (___) Não (____) Alguns(____)

5) Qual é o nome comum da designação dos meios inoperacionais da Radiotécnica entre:


Sucatas (____) blocos (___), carocasses (____), esqueleto (____) agregados(___),
radares podres(____), dispositivos da técnica(____)? (marque com x as suas opções e
comente!)

6) Qual era a sua ideia sobre o proveito destes meios muito antes de se
concretizar o processo de restauração?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________

7) Qual seria a sua posição se no anos passados a nível superior se decretar uma ordem
de limpeza, lubrificação e pintura de todos os meios inoperacionais da radio técnica?

___________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

8) Sabes quais são as técnicas de conservação de materiais usados para conservar os


meios inoperacionais da radio técnica? Se sim, quias são os matérias usados?

___________________________________________________________________________
____________________________________________________________

9) Já ouviu falar de sistemas digitais? Se sim, com se diferem dos analógicos?


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Será que havia necessidade de estes sistemas emigrarem no seio das FADM? Se sim
que importância podem trazer para as tropas da Radiotécnica? Para o resto das
respostas justifica!

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Conservação de Meios Inoperacionais da Radiotécnica: Caso 1º BIRT, Província de Maputo
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
______________

10) Os sistema s digitais ate ano 2000 estavam aparecerem 1ºs seus aparelhos será por
simples facto de os meios da Radiotécnica serem de sistemas digitais tornou uma
razão para a não consideração destes?

___________________________________________________________________________
_________________________________________________

11) Conhece a ordem do dia e as normas de vida interna da unidade? Será que esta
previsto a prática de actividades de conservação dos meios inoperacionais da
Radiotécnica?

12) Nos dias de parque já se desenvolveu actividades que visão a conservar os meios
inoperacionais da radio técnica? Se sim quais são? Se não o que se faz?

13) Esta previsto nas obrigações da equipa de serviço o controlo, fiscalização e registo da
situação dos meios inoperacionais da Radiotécnica nas das 24 horas? Si sim oque se
faz? Se não o achas disso?

14) Achas que a liderança da cadeia de comando da unidade tem influência negativa no
processo de conservação de meios inoperacionais da Radiotécnica?

________________________________________________________________________________

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Apêndice C: Figuras

Figure III- Antena de Radar P-35 ao relento e enferrujado


Fonte: autor 2015

Figure IV- Uma cabine de radar P-35 com rodas submersas, enferrujada e sem tinta.
Fonte: Autor, 2015

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Figure V- Um agregado inoperacional com indícios de vandalização sobe ataque das plantes
trepadeiras.
Fonte: Autor, 2015

Figure VI- Oficina de Restauração em Baixo da Arvore


Fonte: Autor, 2015

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Figure VII- Viatura de radar P-18 com indicio de ma conservação na oficina de restauração.
Fonte: Autor, 2015

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