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ACADEMIA MILITAR “MARECHAL SAMORA MACHEL”

BRESNEVE PASCOAL LAMBO

(Aspirante-a-Oficial)

CONTRIBUTO DAS LANCHAS RÁPIDAS NA FISCALIZAÇÃO DO TEATRO


OPERACIONAL NORTE. CASO BASE NAVAL DE PEMBA (2020-2022).

Nampula

2022

1
BRESNEVE PASCOAL LAMBO

CONTRIBUTO DAS LANCHAS RÁPIDAS NA FISCALIZAÇÃO DO TEATRO


OPERACIONAL NORTE. CASO BASE NAVAL DE PEMBA (2020-2022).

Monografia a ser apresentada na Academia


Militar “Marechal Samora Machel” para fins de
obtenção do Grau Académico de Licenciatura em
Ciências Militares na especialidade de Navegação
Marítima.

Supervisor:

___________________________

Nampula

2
2022

FOLHA DE APROVAÇÃO

BRESNEVE PASCOAL LAMBO

CONTRIBUTO DAS LANCHAS RÁPIDAS NA FISCALIZAÇÃO DO TEATRO


OPERACIONAL NORTE, CASO: BASE NAVAL DE PEMBA (2020-2022).

Este Trabalho de (TIA) foi julgado e aprovado para obtenção do Título de Licenciatura em
Ciências Militares, na especialidade de Navegação Marítima pela Academia
Militar“Marechal Samora Machel”, tendo sido atribuída a nota: ……………

( ) valores.

Nampula, aos…. /…../2022.

O Corpo Jurado:

Presidente de Mesa de Júri

(………)

Oponente

(………..)

Tutor

3
(…….)

DECLARAÇÃO DE HONRA

Eu, Bresneve Pascoal Lambo, declaro por minha honra que este Trabalho de Investigação
Aplicada (TIA) para obtenção de grau de licenciatura em ciências Militares é o resulta do da
minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor pelo que o seu conteúdo é
original e todas as obras consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e
na bibliografia final. Declaro ainda que este TIA nunca foi apresentado em nenhuma outra
instituição para obtenção de qualquer grau académico.

Nampula, aos…….de………..2021

BRESNEVE PASCOAL LAMBO

...................................................................................................

(Aspirante-à-Oficial)

4
DEDICATÓRIA

A minha Família

5
AGRADECIMENTOS

Durante a realização deste trabalho, recebi vários apoios que merecem o meu
agradecimento e reconhecimento. ESPACAMENTO, OS PARAGRAFOS NÃO DEVEM
SER DE DUAS LINHA

Meu primeiro e sincero agradecimento, é dirigido ao meu orientador, o (……..), pelo


apoio incondicional prestado durante a orientação da elaboração do trabalho, através de
conselhos, incentivos e encorajamento, o que tornou possível a finalização deste trabalho.

Agradecimento e reconhecimento especial a minha Mãe (…..) por acreditar em mim


desde do dia que me conheceu como seu filho, pelo encorajamento e pelos conselhos que me
deu, pelos ensinamento de saber ser e estar na sociedade e pelo este homem novo que hoje me
tornei, obrigado Mãe.

Aos colegas do curso, meu reconhecimento especial, pela paciência, apoio e


disponibilidade, não somente para a elaboração deste trabalho, mas em todo o apoio que lhes
solicitei durante o curso.

O agradecimento é igualmente extensivo às funcionárias da Academia Militar Marechal


Samora Machel (AMMSM), pela modéstia simpatia e disponibilidade em que se dispuseram
para me ajudar na busca de variada literatura quando lhes solicitei. Às pessoas que sempre
fizeram parte do meu convívio familiar mas que se encontram longe de mim, contudo, nunca
deixaram de me apoiar, meu sincero obrigado.

O agradecimento estende-se, de igual modo, a todos os que directas ou indirectamente


contribuíram com os seus conhecimentos, experiencias e conselhos.

6
RESUMO

O presente trabalho de Investigação Aplicada subordina-se ao tema: contributo das Lanchas


rápidas na fiscalização do teatro operacional norte. Caso: Base Naval de Pemba (2020-2022).
Visa debruçar o seguinte problema: Até que ponto as Lanchas Rápidas da Base Naval de
Pemba Contribuem na Fiscalização do Teatro Operacional Norte. A relevância do tema
reside pelo facto de ser um futuro comandante do pelotão que essa tarefa E ESSA de um
modo geral será incumbida a missão de realizar patrulhas, combates e entre outras missões
realizadas pelas Lanchas. Tem como objectivo: conhecer o Contributo das Lanchas Rápidas
da Base Naval de Pemba na Fiscalização do Teatro Operacional. Para responder o problema,
elaborou-se três (3) questões de Investigação, a elaboração do presente trabalho foi na base de
obras bibliográficas e trabalho de campo. Quanto ao tipo de pesquisa usou-se aplicada, com
abordagem qualitativa, quanto aos objectivos foi pesquisa descritiva e explicativa, em relação
aos procedimentos técnicos a pesquisa foi de campo e bibliográfica, com a observação e
entrevista. Durante a análise e discussão de dados, a pesquisa apurou que as Lanchas Rápidas
contribuem de uma forca positivas nas missões realizadas no Teatro Operacional Norte,
realizando patrulhas, fiscalização e vigilâncias nas águas marítimas do teatro operacional
norte.

Palavras-chave: Lanchas Rápidas, Fiscalização Marítima e Teatro Operacional.

ABSTRACT

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LISTA DE ABREVIATURAS
AIS Automatic Information System

AM Academia Militar

BNM Base Naval de Metangula

BNP Base Naval de Pemba

CEFMAR Centro de Coordenação de Operações de Fiscalização Marítima

CNUDM Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar

DV15 Lancha de Fiscalização Costeira

FADM Forças Armadas de Defesa de Moçambique

FPLM Forças Populares de Libertação de Moçambique

HSI-32 Lancha de Fiscalização Costeira

INAHINA Instituto Nacional da Hidrografia e Navegação

INAMAR Instituto Nacional do Mar

LDG Lanchas de Desembarque Grande

LR Lanchas Rápidas

MDN Ministério de Defesa Nacional

MGM Marinha de Guerra Moçambicana

MGM Marinha de Guerra de Moçambique

MP Marinha Popular

OCEAN EAGLE Patrulheiro Oceânico

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Q/E Questão de Estudo

SADC Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral

SBNN Sub-Base Naval de Nacala

TIA Trabalho de Investigação Aplicada

TON Teatro Operacional Norte

ZEE Zona Económica Exclusiva

ÍNDIC

9
E

FOLHA DE APROVAÇÃO............................................................................................................3

DECLARAÇÃO DE HONRA.........................................................................................................4

DEDICATÓRIA..............................................................................................................................5

AGRADECIMENTOS....................................................................................................................6

RESUMO.........................................................................................................................................7

LISTA DE ABREVIATURAS........................................................................................................8

INTRODUÇÃO.............................................................................................................................12

CAPÍTULO I: REVISÃO DA LITERATURA.............................................................................16

1. Definição de Conceitos..............................................................................................................17

1.1. Lanchas Rápidas.....................................................................................................................17

1.2. Fiscalização Marítima.............................................................................................................17

1.3. Patrulha marítima....................................................................................................................20

1.4. Base Naval..............................................................................................................................21

1.5. Base Naval de Pemba.............................................................................................................21

1.5.1. Historial...............................................................................................................................22

1.5.2. Visão da Base Naval de Pemba...........................................................................................23

1.5.3. Missões da Base Naval de Pemba.......................................................................................23

1.5.4. Valores.................................................................................................................................24

1.5.5. Área de jurisdição da Base Naval de Pemba.......................................................................25

1.5.6. Actividades desenvolvidas pela Base Naval de Pemba.......................................................25

1.6. Teatro de operações................................................................................................................26

1.6.1. Teatro de Operações Navais Norte......................................................................................26

1.7.Segurança Marítima.................................................................................................................26

1.7.1 O Controlo do Mar................................................................................................................27

CAPÍTULO II- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................29

2. Metodologia...............................................................................................................................29
10
2.2 Tipo de Pesquisa......................................................................................................................30

2.3. Quanto à natureza...................................................................................................................30

2.4 Tipo de pesquisa quanto aos objectivos...................................................................................31

2.4.1 Pesquisa descritiva................................................................................................................31

2.4.2 Pesquisa explicativa..............................................................................................................31

2.5. Tipo de pesquisa quanto aos Procedimentos técnicos............................................................32

2.5.1 Pesquisa de campo................................................................................................................32

2.5.2 Pesquisa bibliográfica...........................................................................................................32

2.6. Técnica e instrumentos de Colecta de Dados.........................................................................33

2.6.1 Entrevista..............................................................................................................................33

2.6.2 Tipos de entrevistas..............................................................................................................33

2.7. Técnicas de Análise de dados.................................................................................................35

CAPITULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS..........................36

3.2. Apresentação dos resultados obtidos a partir da entrevista....................................................36

3.2.1. Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba empregues na Fiscalização do Teatro


Operacional Norte..........................................................................................................................36

3.2.2 O emprego de Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba na Fiscalização do Teatro


Operacional Norte..........................................................................................................................38

3.2.3 O impacto no emprego das Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba na Fiscalização
do Teatro Operacional Norte.........................................................................................................40

CONCLUSÃO...............................................................................................................................44

SUGESTÕES.................................................................................................................................45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................45

Apêndice........................................................................................................................................47

Anexos...........................................................................................................................................50

11
INTRODUÇÃO

O presente trabalho de investigação aplicada (TIA), subordina-se ao tema: Contributo


das lanchas rápidas na fiscalização do teatro operacional norte, Caso: Base Naval de
Pemba (2020-2022).

Moçambique é um país estrategicamente situado na margem ocidental do Oceano


Índico, onde as suas águas jurisdicionais, ricas em recursos marinhos, se interligam com o
canal de Moçambique, um dos locais de passagem das principais rotas do tráfego marítimo
internacional.

É neste contexto que desde tempos remotos, o mar em Moçambique vem servindo
como fonte de recursos e via de ligação com povos de outros quadrantes do globo. Antes
do século VII, comerciantes Suaíli-árabes, estabeleceram entrepostos comerciais na costa
de Moçambique para a troca de produtos no interior, com destaque para o ouro e marfim, por
tecidos, missangas e outros artigos. No final do século XV, os portugueses
estabeleceram-se nesta região, situada na sua rota do caminho marítimo para a Índia.
Inicialmente, os portugueses fixaram-se no litoral, onde construíram as fortalezas de Sofala
(1505) e Ilha de Moçambique (1507). A penetração para o interior viria a verificar-se
através dos contactos com o reino de Monomotapa1 na busca do ouro, assim como através
de conquistas militares apoiadas pelas actividades missionárias e de comerciantes. Estas
campanhas originaram o estabelecimento de “algumas feitorias como a de Sena (1530), de
Tete (1537), no rio Zambeze e a de Quelimane em 1544, na costa do Oceano Índico ”.

Esta acção foi uma estratégia para o domínio do acesso às zonas produtoras do ouro e o
controlo efectivo da rota entre estas e o Oceano.

O mar jogou ainda um papel de destaque no comércio de escravos, onde o tráfico era
feito através dos portos de Sofala, Quelimane, Angoche, Ilha de Moçambique e Ilha do Ibo e
mais tarde, através do porto da então, Lourenço Marques, actual Maputo, tendo como destinos
principais as ilhas Mascarenhas, Madagáscar, Zanzibar, o Golfo Pérsico, o Brasil, e Cuba2
(dos Santos, 2005, p. 28).

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Ainda nos dias de hoje, com o advento da globalização económica e em especial a
criação de parcerias com os países da SADC, as rotas marítimas e os portos localizados em
águas territoriais de Moçambique revelam-se de extrema importância para o transporte e o
manuseamento de diversas mercadorias, tanto de uso interno como para vários países da
região da África Austral, que não têm acesso ao mar e para outros armadores internacionais.

Da mesma forma que o mar constitui uma via de comunicação com outros povos e uma
via de realização de trocas comerciais, também constitui um ponto de fragilidade que pode ser
largamente explorado por quaisquer ameaças ao país, daí que sempre se impôs a existência de
uma marinha de guerra em Moçambique, capaz de contribuir para o asseguramento da
tranquilidade e do normal decorrer das actividades nas águas territoriais do país e em toda a
sua longa costa.

Com a Independência Nacional em 1975, o país herdou infra-estruturas que serviram de


base para a criação da Marinha de Guerra de Moçambique (MGM), nomeadamente as
instalações onde funciona hoje o Comando da MGM e algumas bases e sub-bases navais
espalhados ao longo da costa marítima e no Lago Niassa.

No período que vai desde a Independência Nacional até 1992, ano em que se registou o
fim da guerra civil, a MGM passou por várias fazes de evolução que consistiram na formação
de quadros de vários níveis de comando, direcção e serviços de apoio, tanto no estrangeiro,
como no próprio país, no seu equipamento com material diverso para as unidades e
subunidades operacionais e de apoio, que incluía embarcações de transporte de pessoal e
lanchas de patrulha.

Estas realizações dotaram a MGM das capacidades mínimas necessárias para o


cumprimento de tarefas de fiscalização e normalização das actividades nas águas territoriais,
incluindo a realização de operações militares em zonas de difícil acesso por terra, como a
região do delta do rio Zambeze, no Chinde e em Luabo, onde as forças de Fuzileiros Navais
desempenharam o papel principal nas operações, a partir do desembarque por mar.

Com a dinâmica do incremento das actividades comerciais, o ressurgimento do fenómeno


da pirataria no mar, a ocorrência de actividades ilícitas, nomeadamente a pesca ilegal, invasão
dos terroristas no teatro operacional Norte, pilhagem de recursos em águas territoriais,
juntamente com as responsabilidades da salvaguarda de vidas humanas no mar e a
13
preservação dos recursos naturais próprios, surge a necessidade de tomada de um conjunto de
medidas adequadas para salvaguardar o normal desenrolar das actividades no mar
“moçambicano”. Isto implica um reequipamento da Marinha de Guerra de Moçambique
(MGM) com meios adequados e exequíveis, para assegurar a livre circulação de navios na
área marítima do País e o livre decorrer das actividades comerciais nas áreas de
responsabilidade de Moçambique, o que forçou no levantamento do seguinte problema: Até
que ponto as Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba Contribuem na Fiscalização do
Teatro Operacional Norte?

Teve como espaço de pesquisa na Base Naval de Pemba, pelo facto de ser uma base
localizada e empenhada no caso em estudo e onde o proponente acompanhou dia após dia
várias situações relacionadas com os trabalhos realizados com as Lanchas no perímetro
determinado face a segurança do Teatro Operacional Norte.

Relativamente ao período 2020-2022, constitui o marco da descoberta, acompanhamento


e interesse do proponente ao assunto, ao ponto de se propor realizar uma pesquisa que
culminou com a apresentação de um relatório escrito na versão da Monografia ou seja,
Trabalho de Investigação Aplicada (TIA).

Para a elaboração do presente TIA optou-se nos aspectos básicos que são a consulta de
diferentes obras físicas e electrónicas que tratam o assunto em causa, consulta de alguns
manuais na internet que para além do trabalho de campo em que o proponente manteve em
contacto directo com alguns colegas militares (Oficiais) da Base Naval de Pemba. Neste,
estão desenvolvidos vários assuntos de interesse da Sociedade Militar no que diz respeito a
segurança costeira.

Para o proponente, a relevância do tema reside pelo facto de ser um futuro comandante
do pelotão que essa tarefa de um modo geral será incumbido a missão de realizar patrulhas,
combates e entre outras missões realizadas pelas Lanchas.

O presente TIA tem como objectivo geral: Conhecer o Contributo das Lanchas
Rápidas da Base Naval de Pemba na Fiscalização do Teatro Operacional Norte.

De modo a alcançar objectivo geral, a pesquisa definiu os seguintes objectivos


específicos:
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 Identificar as Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba empregues na
Fiscalização No Teatro Operacional Norte;
 Descrever o emprego das Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba na
Fiscalização do Teatro Operacional Norte;
 Aferir o impacto do emprego das Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba na
Fiscalização do Teatro Operacional Norte.

Tendo em vista os objectivos definidos, surgem questões de investigação, tais como:

 Quais são as Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba empregues na Fiscalização do


Teatro Operacional Norte?
 Como são empregues as Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba na Fiscalização do
Teatro Operacional Norte?
 Qual é o impacto no emprego das Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba na
Fiscalização do Teatro Operacional Norte?

O propósito deste estudo consiste em contribuir na compreensão do emprego das Lanchas


no Teatro Operacional Norte como um dos meios eficazes no combate ao terrorismo em
Moçambique, visto que tem sido uma das vias de penetração ao Pais, a via marítima que por
ventura essa é controlada pela Marinha de Guerra, a Base Naval de Pemba tanto como outras
Bases Navais tem a responsabilidade de montar a segurança necessária na sua área de
responsabilidade.

Para além dos elementos pré textuais e pós textuais, o presente trabalho é composto por
três (3) capítulos a saber:
CAPITULO I. Faz-se a revisão da literatura e, se destaca o elemento da literatura
correspondente ao tema de pesquisa, que constitui a base para a elaboração do trabalho e na
qual compreende o marco teórico. Neste contexto trata-se sobre a definição das palavras-
chave e aborda-se de forma singela os aspectos inerente sobre o tema.
CAPITULO II. Corresponde a procedimentos metodológicos ou caminhos que orientam
as linhas desta pesquisa. Neste capítulo o proponente apresenta desenho metodológico, que
proporcionam ao investigador meios técnicos para garantir a objectividade e precisão do
estudo dos factos.

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CAPITULO III. Neste capítulo trata-se de apreciação, analise e interpretação de dados,
esta parte são apresentados os resultados da pesquisa atendendo os objectivos previstos, para
tal usou-se como técnica de colecta de dados a entrevista e o questionário. Neste capítulo são
apresentadas as conclusões e recomendações sobre o tema e no fim estão apresentadas a
referências bibliográficas, apendesses.

CAPÍTULO I: REVISÃO DA LITERATURA

Este capítulo é reservado a consultas literárias de várias obras que abordam matérias
relacionadas com o tema e o problema da pesquisa, isto é, a definição de palavras-chave, bem
16
como as palavras emergentes das questões de investigação, de forma a aprofundar os
conhecimentos sobre o mesmo, confrontar conceitos de vários autores.

Segundo Findlay, Costa e Guedes (2006), “esta etapa, analisam-se as mais recentes obras
científicas disponíveis que tratem do assunto ou que dê embasamento teórico e metodológico
para o desenvolvimento do trabalho de pesquisa”.

Assim como Silva e Meneses (2005), afirmam que neste capítulo realiza-se uma análise
comentada do que já foi escrito sobre o tema de sua pesquisa procurando mostrar os pontos de
vista convergentes e divergentes dos autores.

1. Definição de Conceitos

1.1. Lanchas Rápidas

Segundo Silva (2015), Lancha de acção Rápida é um tipo de barco utilizado pela
marinha, equipado para desenvolver alta velocidade é utilizado em missões de patrulhamento,
possibilitando o desembarque de tropas na beira dos rios.

“As lanchas de acção rápida são muito mais usadas na marinha de guerra em todo mundo
nas missões combativas, de resgate, fiscalização, reconhecimento e entre outras tarefas
realizadas pelas lanchas rápidas nas Bases Navais, Navios de Guerra e de cargas bem como
nos porta-aviões”, (Idem).

1.2. Fiscalização Marítima

Segundo Livro Branco do Ministério da Defesa Nacional (2006), “Fiscalização marítima


é o controlo do espaço marinho sob jurisdição e responsabilidade do território nacional, o
apoio ao desenvolvimento das actividades ligadas ao mar, protecção do ambiente, a
fiscalização das actividades piscatórias e repressão dos actos ilícitos” (p. 25).

Para Silva (2015), a actividade de fiscalização marítima é conduzida no âmbito da


Autoridade Marítima, consistindo, basicamente, em garantir o cumprimento das leis do
Estado nos espaços marítimos sob jurisdição nacional, águas territoriais, zona contígua
(quando aplicável) e zona económica exclusiva (ZEE), com especial incidência nas seguintes

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áreas: Segurança marítima (meios de salvamento, comunicações); Controlo
fronteiriço/aduaneiro (acesso de pessoas e mercadorias aos espaços sob jurisdição nacional);
Repressão de actividades ilícitas (tráfico de estupefacientes, contrabando, tráfico de seres
humanos); Controlo de actividades económicas (pesca, prospecção mineira), (p. 205).

O objectivo geral da fiscalização é averiguar a legalidade de actuação do navio


fiscalizado, ao nível de carga, do equipamento, e do pessoal transportado, assim como a
actividade exercida, sem retirar qualquer mérito a objectivos específicos que cada sector
prossegue.

Em linhas gerais a fiscalização, e centrada nas actividades ilícitas ou ameaças marítimas


não militares, e está na sua realização é inibida o emprego de poder militares, até ao ponto da
situação gerada necessite-o.

Segundo Silva (2015), “a fiscalização tem, normalmente, duas componentes:


Monitorização da navegação e das actividades marítimas e Vistoria” (p.205).

I. A primeira componente é controlada a partir da ponte do navio, com o auxílio dos


sensores de bordo e dos sistemas de informação marítima, como o Automatic
Information System (AIS), que regista a posição e os movimentos dos navios com
mais de 300 toneladas de arqueação bruta.
II. A vistoria consiste na abordagem individual dos navios/embarcações por uma equipa
de bordo para verificação/controlo de determinados parâmetros referentes ao navio, à
guarnição ou à actividade em curso. Pode ser rotineira (sistemática ou ao acaso) ou
incidir particularmente sobre navios/embarcações suspeitos (pelo seu comportamento
ou na sequência de informação/INTEL recebida).

a) Fiscalização do Espaço Marítimo Nacional

Segundo artigo 90 da Lei n.º 4/96, de 4 de Janeiro (p.5173):

A fiscalização do espaço marítimo tem por objecto o controlo, monitoria e


vigilância das actividades que demandam a sua utilização, incluindo a
inspecção e segurança de embarcações, estruturas, plataformas fixas ou

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moveis, bem com a autuação e sancionamento das infracções da natureza
criminal contravencional.

No exercício da função fiscalizadora, o Estado moçambicano exerce jurisdição, por


intermédio de funcionários oficialmente habilitados e apoiados por navios de guerra,
aeronaves militares ou outros navios e aeronaves que possuam sinais claros e sejam
identificáveis como estando ao serviço do Estado moçambicano mandatados para o efeito.

b) Âmbito da fiscalização marítima

Com base no pensamento do mesmo autor (Idem):

1. As acções de fiscalização marítima na área de ordem e segurança, incidem, entre outras,


sem prejuízo de legislação específica, sobre as matérias seguintes:

a) Controlo, prevenção e repressão da criminalidade, da imigração clandestina, do terrorismo,


da pirataria, dos crimes ambientais e da poluição no mar;

b) Garantia da segurança da faixa costeira do domínio público marítimo;

c) Protecção civil com incidência no mar e na faixa litoral.

2. As acções de fiscalização marítima na área fiscal incidem, entre outros, sem prejuízo de
legislação específica, na prevenção e repressão do contrabando.

3. As acções de fiscalização marítima na área de segurança marítima, incidem, entre outros,


sem prejuízo de legislação específica, sobre as seguintes matérias:

a. Garantia da segurança, fiscalização e controlo da navegação;


b. Fiscalização do cumprimento da sinalização e balizagem marítimas, dos acessos da
segurança marítima, das ajudas e avisos à navegação e de rádio balizagem marítima
pelas embarcações;
c. A supervisão, coordenação e manutenção das condições de segurança nos portos e
canais de acesso;
d. Salvamento da vida humana no mar e realização de operações de busca e salvamento
marítimo.
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1.3. Patrulha marítima

No entender do Silva (2015), Patrulhamento é a observação, sistemática ou não, do meio


circundante, efectuada por todos os meios disponíveis numa determinada área. É um método
através do qual o processo de compilação do panorama é desenvolvido e a imagem
reconhecida é estabelecida. Destina-se a investigar, detectar, identificar, localizar, relatar ou
monitorizar áreas, lugares, pessoas ou objectos. Pode ser levada a cabo em qualquer área por
qualquer tipo de plataforma – navios de superfície, submarinos, aeronaves ou satélites.

Desenvolve-se em dois tipos básicos de operação: reconhecimento e vigilância, os quais


são escolhidos em função da situação, dos meios envolvidos e das regras de empenhamento
em vigor.

a) Reconhecimento

Reconhecimento é uma operação realizada com o fim de obter, através da observação


visual ou de outros métodos de detecção, informação acerca das actividades e recursos de um
inimigo ou potencial inimigo ou dados meteorológicos, hidrográficos, ou características
geográficas de determinada área. Em termos de execução é mais limitada do que a vigilância.

b) Vigilância

A vigilância é a observação sistemática do espaço aéreo, superfície ou de sub-superfície,


lugares, pessoas ou objectos, através de meios visuais, acústicos, electrónicos, fotográficos ou
outros. A vigilância marítima tem a finalidade de detectar e determinar o número, identidade,
ou movimentos de aeronaves, mísseis, e veículos de superfície ou de sub-superfície.

Segundo Silva (2015) patrulha “é uma investigação sistemática e contínua Civil de


Moçambique, exercida pela Administração Nacional das pescas, Direcção Nacional de Gestão
Ambiental, Direcção Nacional das Alfandegas e a Direcção Nacional de Turismo” (p.104).

Estas autoridades exercem a actividade de fiscalização marítima com base na legislação


marítima nacional, e os infractores abordados são sancionados ao longo de uma linha,
designada por barreira, de modo a prevenir um objecto de a cruzar sem ser detectado. Visa
detectar ou obstruir os movimentos inimigos. Esta actividade esta geralmente focada as
acções militares inimigas, e visa colmatar ameaças militares.
20
Patrulhamento Marítimo Segundo Cristina (s.d.), patrulha é uma força destacada para
cumprir missões de reconhecimento e de combate ou da combinação de ambas. Salientou que,
a missão de reconhecimento é caracterizada pela acção ou operação militar com o propósito
de confirmar ou buscar informes sobre o inimigo, o terreno ou outros aspectos de interesse em
determinado ponto, itinerário ou área. E a missão de combate é caracterizada pela acção
militar, de objectivo restrito, destinada a proporcionar segurança às instalações e tropas
amigas ou hostilizar, destruir e capturar pessoal, equipamento e instalações inimigas.

Auxiliando-se nos conceitos acima descritos, patrulhar é guarnecer ou vigiar com


patrulhas, pois, patrulha subentende-se como um grupamento de navios e/ou aeronaves
incumbidos de patrulhar. Assim, o autor entende que o patrulhamento marítimo é o percurso
ou espaço percorrido sistematicamente por um ou mais navios e/ou aeronaves de patrulha com
o objectivo de detectar e colher informações sobre o inimigo numa determinada área ou zona
marítima.

1.4. Base Naval

No entender de Gardiner (1995), define a base naval como tipo de base militar destinada
a abrigar, abastecer e reparar os navios de uma marinha de Guerra, bem como garantir as
condições para o descanso das suas tripulações. Em termos genéricos, uma base naval é a
versão militar de um porto militar. As bases navais são os pontos de apoio das Esquadras
Navais de um país.

Sendo assim a sustentação das missões da MGM é cobrir a vasta área de costa e águas
interiores, foram criadas bases navais em cada região do país. Existem para o efeito as
seguintes bases navais na região sul tem a base naval de Maputo, na região centro temos base
naval da beira e base naval de Macuze e na região norte do País base naval de Pemba e base
naval de Metangula onde a base naval de Pemba é o objecto de estudo.

1.5. Base Naval de Pemba

É a unidade responsável pelo Teatro Operacional Naval Norte.

21
1.5.1. Historial

Foi precisamente no dia 28 de Dezembro de 1974 em simultâneo com a Base Naval de


Metangula começava o curso intensivo da jovem Marinha Popular de Moçambique, nas
especialidades de Marinheiras, mecânica naval, Radiofonista e radiofonista artilheira naval.
Em Pemba formou-se 36 formadores militares das FPLM. O Coordenador do Comando
conjunto de formação foi o camarada Cristoval Tiago Citaero que viria a ser o primeiro
Comandante da BNP e por sua vez o Vice-comandante foi o Camarada Pedro Emanuel
Ngomela. Nesta Unidade tinha duas classes de embarcações LDG, CIRIUS, ANTARES e
VEGAS. Distribuição: LDG Cimitara tinha como tripulação - Comandante Nafital Lino
Donaldo, imediato Ernesto Barrrrote; CIRIUS - Comandante Bernardito de Ernesto
Nascimento; ANTARES - Comandante Sebastião Nunes José Sarmento; VEGAS -
Comandante Albano Lourenço Júnior e mais tarde transferido para Angoche.

A BNP foi erguida pelos Portugueses antes da independência nacional como quartel dos
Fuzileiros Navais da Marinha portuguesa, e tendo passado para o Estado moçambicano a 13
de março de 1975 e foi batizado como Posto de Fiscalização Costeira da zona marítima de
Pemba sob responsabilidade do Diogo Terra em 1975, como Comandante e no ano de 1976
foi sucedido por Sebastião Sarmento. (H. A. Fonseca, 1986). Actualmente o Comandante é o
Capitão-de-Mar-Guerra José Pedro Mbewe e o seu CEM é o Capitão-Tenente Olímpio
António João e constituindo assim o 130 Comandante a passara pela BNP desde a entrega ao
Estado moçambicano.

Importa saber que este Ramo passou por: Marinha popular, Forças Navais, Marinha de
Guerra Popular e finalmente Marinha de Guerra de Moçambique.

Desta feita, a génese da BNP conduz a uma leitura dos objectivos genéricos em que logo
após a Independência centravam-se na necessidade de adoptar o país de FA, ainda FPLM,
com vocação para a defesa da Independência e soberania nacional, numa perspectiva terrestre,
aérea e marítima.

A Marinha já dava uma contribuição efectiva no conjunto dos esforços para dissuadir
ameaças que pairavam sobre a jovem Nação que procurava consolidar-se na nova jornada,
rumo ao exercício da sua soberania. As circunstâncias históricas tornaram esse caminho
sinuoso, pois em quase toda região nacional de Moçambique se vivia uma época de
22
turbulência generalizada e caracterizada por conflitos armados, desde a nível interno até a
agressão directa de Estados contra outros. A formação dos moçambicanos para fazer face aos
meios e instalações navais teve lugar na antiga Base Naval de Metangula.

Num ambiente de complexa situação político-militar, um país como Moçambique, com


uma vasta frente marítima, a Marinha já visualizava grandes vulnerabilidades que urgia a
necessidade de limitar as zonas de controlo marítima por parte das unidades da Marinha
Popular (MP) para fazer face das fraquezas por forças hostis.

As acções práticas resultaram no estabelecimento do ponto principal e intermédio de


apoio com a criação da Base Naval, na extensão Norte banhada pelas águas oceânicas do
Índico. A criação da BNP resulta das necessidades da Marinha Popular, criar um núcleo
operacional para o cumprimento das missões.

Assim criada a BNP, não fugiu dos prestígios da Marinha, cabendo-lhe a aderir uma
Política Naval, virada fundamentalmente:

I. A harmonização do desenvolvimento dos meios com os recursos disponíveis;


II. A determinação de especificações operacionais e técnicas; e
III. O desenvolvimento dos programas de aquisição de infra-estruturas.

1.5.2. Visão da Base Naval de Pemba

Ser uma Base Naval capaz de vigiar, controlar e defender, de forma permanente, os espaços
marítimos e águas interiores no Teatro de Operações Navais Norte.

1.5.3. Missões da Base Naval de Pemba

No âmbito do TON a Base Naval de Pemba possui um dispositivo que compreende,


comando da Base, Esquadrilha Naval da Zona Norte, Sub-bases Naval de Nacala, Angoche,
ilha de Moçambique e posições de observação costeira Mocímboa da Praia, Palma, Moeda,
ilha do Ibo. A BNP, incumbe-lhe as seguintes missões:

I. Patrulhar e fiscalizar as águas nacionais nas faixas sob sua responsabilidade;


II. Defender a costa marítima desde a foz do rio Ligonha até ao rio Rovuma;

23
III. Coordenar com outras entidades nas actividades de fiscalização marítimas e pesqueira;
IV. Participar em missão de interesse público;
V. Dar apoio técnico-artístico a todas as subunidades da BNP;
VI. Assegurar actividades relacionadas como apoio logístico e técnico às Subunidades
operacionais, bem como a outras Subunidades e organismos situados por si apoiados;
VII. Manutenção e segurança das instalações;
VIII. Aprontar, empregar e manter as forças e meios necessários para garantir a defesa, o
controlo e a vigilância da costa marítima e águas interiores;
IX. Garantir o exercício da autoridade do Estado nos espaços de soberania como:
fiscalização, de policiamento de pessoas e bens, da segurança marítima e da
navegação;
X. Assegurar a cooperação no quadro institucional do Sistema de Autoridade Marítima e
o emprego articulado das capacidades navais, realizar operações navais de vigilância e
controlo permanente do Espaço Estratégico de Interesse Nacional e, quando
necessário, com outros países;
XI. Efectuar operações de evacuação sanitária e o transporte de militares e de material
dentro do país.
XII. Fazer o transporte em apoio às populações, em caso de catástrofe, calamidade ou
acidente.
XIII. Preparar, aprontar, empregar e manter as forças e meios necessários para garantir a
defesa, o controlo e a vigilância da costa marítima e águas interiores;

1.5.4. Valores

 Patriotismo
 Unidade nacional
 Profissionalismo
 Lealdade
 Coragem
 Flexibilidade

24
1.5.5. Área de jurisdição da Base Naval de Pemba

A BNP é uma das unidades da MGM, sediada na cidade Pemba província de Cabo
Delgado nas coordenadas 12º 57’ 04’’ Latitude e 40º 29’ 04 Longitude E. A sua área de
jurisdição é de 380 milhas náuticas, a qual vai do rio Rovuma limite norte da província de
Cabo Delgado até rio Ligonha a Sul da província de Nampula, estendendo-se até 12 milhas.

Com isso a componente naval devera ser conferida prioridades aos meios essencialmente
navais de maior necessidade, no âmbito das missões de interesse público, deve ser conferida
prioridades a navios de patrulha oceânica e costeira. (Livro Branco do Ministério de Defesa
Nacional [LBMDN], 2006).

1.5.6. Actividades desenvolvidas pela Base Naval de Pemba

Para garantir a liberdade do mar e impedindo que os piratas invadam (atacam) na ZPH a
BNP cria um comando sede e posições avançadas, obedecendo o seguinte dispositivo: Posição
de Mocímboa da Praia, Posição de Palma, Posição do Ibo, na área de Prospeção de Petróleo
na Bacia de Rovuma (ANADARKO e ENI), e Posição de Suafo.

África e a Europa, é frequente a ocorrência de casos de tráfico de drogas, contrabando de


equipamentos bélicos, poluição proveniente do derrame ou de lavagem de tanques de
plataformas, por um lado, e por outro lado (o natural), o canal de Moçambique está sujeito à
ocorrências de ciclones cujos efeitos resultam em acidentes de embarcações, o que torna
indispensável a necessidade de fiscalizar o cumprimento das normas de segurança assim
como de prevenir as tais ocorrências.

A fiscalização marítima é muito importante e o seu valor está directamente ligado às


actividades económicas desenvolvidas no mar, como é o caso das pescas, exploração de
recursos minerais, o turismo, transporte, comércio entre outras. É também importante porque
garante a segurança do Estado.

25
1.6. Teatro de operações

Segundo Rebelo (2015), teatro de operações pode ser definido como sendo “parte do
teatro de guerra, necessária à condução de operações militares de grande vulto, para o
cumprimento de determinada missão e para o consequente apoio logístico” (p.265).

Os teatros de operações não são normalmente considerados unidades militares, mas sim
grandes territórios responsáveis pela totalidade das forcas a operar numa determinada área, as
quais podem variar significativamente em termos de número de efectivos.

1.6.1. Teatro de Operações Navais Norte

O Teatro de Operações Navais Norte, compreende uma área marítima com cerca de 381
milhas náuticas de extensão. Estende-se da foz do rio Rovuma, província de Cabo Delgado,
junto a fronteira com a Tanzânia, ao rio Ligonha, província de Nampula. Importa realçar que
a MGM desenvolve as suas actividades em áreas conhecidas como Teatros de Operações
Navais subdivididos por todo o país, perfazendo um total de três TON a saber, Teatro de
Operações Navais Norte, Centro e Sul, respectivamente. Para fazer face a esses teatros, estão
distribuídas em todo o país, um total de oito unidades operacionais, dentre elas, existem Bases
e Sub-Bases. No Norte, destaca-se a Base Naval de Pemba, a Base Naval de Mentagula e a
Sub-Base Naval de Nacala, no centro encontramos a Base Naval da Beira, Base Naval de
Macuze e a Sub – Base Naval de Tete, por fim, no Sul, podemos destacar a Base Naval de
Maputo e a Sub-Base Naval de Inhambane.

1.7.Segurança Marítima

A Segurança consiste no conjunto de actividades que visam reduzir os riscos de


ocorrência de acidentes marítimos, tendo em vista preservar o ambiente marinho e reduzir a
perda de vidas humanas. Ela resulta da soma dos esforços de cada país, por si só e no âmbito
das acções promovidas por organizações internacionais (Ribeiro, et al., 2010, p. 66).

Numa outra definição, de acordo com Vítor Gonçalo (Iª Seminário de Divulgação do
Projecto MACAIS Ponta Delgada, 29 de Abril de 2005), Segurança Marítima é “O sistema
que, através de um conjunto de medidas de controlo, vigilância e protecção de todas as
actividades marítimas, garante a salvaguarda da vida humana e evita a perda ou alienação da

26
propriedade, no respeito pleno dos interesses dos Estados Costeiros e dos que têm navios e
plataformas arvorando as suas bandeiras” (Gonçalo, 2005, p. 7).

Por sua vez, Geoffrey Till, citado pelo Capitão-de-fragata Luís Miguel de Melo Canalas
Sobral Dominguês, em “O Papel do Poder Naval na Era da Globalização –Segurança
Marítima”, a Segurança Marítima corresponde ao conceito de “good order atsea”, no qual o
mar, visto como uma fonte de recursos, um meio de comércio e de troca de informação, e
como meio ambiente enfrenta riscos e ameaças à sua “boa ordem” da qual depende a sua
contínua contribuição para o desenvolvimento das sociedades. Desta feita, a necessidade de
manter esta “boa ordem” no mar e o surgimento das novas ameaças ao sistema de comércio
globalizado, implicam novas formulações tendo em vista a continuação do equilíbrio e da
estabilidade nos mares e oceanos como forma de preservar a ordem internacional
(Domingues, 2010, p. 09).

A segurança marítima abrange a segurança de navios, portos e todos os aspectos


relacionados ao comércio com origem no mar, as instalações offshore, e especialmente as
ameaças de exploração do mar, via ou a partir do mar, como a pirataria e outras formas de
crime organizado transnacional no mar, incluindo o terrorismo (Idem).

1.7.1 O Controlo do Mar

O Controlo do Mar é a condição em que alguém detém a liberdade de acção para ouso do
mar para os seus próprios intentos em áreas específicas e por períodos específicos de tempo e
onde for necessário para sonegar ou limitar o seu uso pelo inimigo (BR-1806, 2004, p. 41). É
o Domínio do Mar numa área limitada e durante o tempo necessário para a realização de uma
operação (CMG Santos, 1994, p. 28).

Existe a tendência de haver um requisito de controlo do mar em todo o espectro do


conflito. Na extremidade inferior do espectro, as forças navais podem ser usadas para
assegurar a liberdade de navegação por presença dissuasiva, em áreas onde existam ameaças
ou execução de restrições ou actos ilegais contra navios mercantis. Na extremidade superior
do espectro, poderá ser necessário empregar uma grande variedade de poder naval para
eliminar a capacidade do inimigo de desafiar o controlo do ar em extensas áreas sobre o
oceano. As necessidades para o controlo do mar não dependem da existência de uma ameaça
palpável. Caso haja qualquer risco para a liberdade de acção, o controlo do mar é necessário.
27
Se o risco for pequeno, as capacidades necessárias serão correspondentemente modestas (BR-
1806, 2004, p. 41).

O controlo do mar engloba o controlo do ambiente da superfície e da sob superfície e do


espaço aéreo sobre a área de controlo. O controlo do espaço aéreo, também tem o seu grau de
importância e é susceptível de requerer uma consideração em aspectos de tempo e espaço. Um
dos requisitos mínimos para o sucesso de uma operação é uma situação aérea favorável ao
longo de toda a operação para evitar uma ameaça inaceitável para as suas próprias forças. A
superioridade aérea é extremamente desejável e muitas vezes uma necessidade. A supremacia
aérea é uma precondição necessária do controlo do mar (BR-1806, 2004, p. 42).

Os pressupostos aqui descritos apenas constituem o ideal, mas devido as condições de


ordem económica, países como Moçambique que estão limitados a capacidades de “Marinhas
de Defesa Ribeirinha”, de acordo com a classificação dos tipos de marinha, descritos pelo
CMG Américo da Silva Santos em “Estratégia Marítima e Estratégia Naval”, são marinhas
que dispõem somente de meios de defesa junto á costa, limitadas militarmente e dedicadas em
grande parte à fiscalização de áreas costeiras muito estreitas (CMG Santos, 1994, p. 59). Não
dispondo de meios aéreos próprios, o requisito de controlo do espaço aéreo sobre a área do
mar em controlo, pode ser feito em coordenação com a Força Aérea.

A extensão geográfica do controlo do mar pode variar desde o controlo local em torno de
uma unidade isolada até ao domínio de áreas muito vastas do mar. Na maioria dos casos, tal
como na protecção de portos e ancoradouros, operações anfíbias e a garantia de apoio a
batalhas terrestres, o controlo deve ser alcançado e mantido até à linha costeira. A
superioridade aérea, nesse caso deve ser requerida em toda a linha costeira e por alguma
distância no interior. Devido ao confinamento e ao congestionamento, alcançar o controlo do
mar torna-se mais complexo no litoral do que em mar aberto (BR-1806, 2004, p. 42).

28
CAPÍTULO II- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo, abordam-se os métodos usados ao longo da pesquisa na persecução dos


objectivos que nortearam o presente trabalho de investigação aplicada de modo a oferecer a
pesquisa, a credibilidade científica

2. Metodologia

Segundo Gil (1999):

Etimologicamente, metodologia assim como método derivam do mesmo radical grego, ou seja,
do método “caminho para chegar a um fim” e lógica “estudo de”. De uma forma geral, define-
se o método como a forma ou caminho para se chegar a um determinado fim e método
científico “como conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adoptados para se atingir o
conhecimento”(p. 29).

Entende-se metodologia como o processo, onde se aplicam diferentes métodos, técnicas e


materiais, tanto laboratoriais como instrumentos e equipamentos para colecta de dados no
campo.

2.1 Método Científico

Segundo Gil (1999), método científico é o “conjunto de procedimentos intelectuais e


técnicos adaptados para se atingir conhecimento”. Os métodos que fornecem as bases lógicas
à investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético, dialéctico e fenomenológico (Gil, 1999; in
Lakatos & Marconi, 1993).

Em sentido geral, o método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos
necessários para atingir um fim dado ou um resultado desejado.

Para a presente pesquisa usou-se o método indutivo.

Método indutivo: que caminha para planos mais abrangentes, indo das constatações
particulares às leis e teorias gerais, em conexão ascendente.

29
2.2 Tipo de Pesquisa

De acordo com Oliveira (2002), “a pesquisa tem como objectivo estabelecer uma série de
compreensões a fim de construir respostas para as indagações e questões levantadas nos
diversos ramos do conhecimento humano” (p. 62).

Portanto, existem dois tipos de pesquisa: Qualitativa e Quantitativa.

Na presente pesquisa, optou-se na qualitativa.

Para a presente pesquisa, optou-se a abordagem qualitativa, pois esta não baseia-se em
critérios matemático e os dados foram buscados de uma rigorosa pesquisa, desenvolvidas de
forma qualitativa para se obter o resultado da investigação de forma a compreender até que
ponto as Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba Contribuem na Fiscalização do Teatro
Operacional Norte.

Segundo Richardson (1987), pesquisa qualitativa pode ser caracterizada como técnica e
compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas pelos
entrevistados, em lugar da produção de medidas quantitativas de características de
comportamentos.

2.3. Quanto à natureza

Segundo Jung (2003), quanto a natureza pode ser básica ou aplicada sendo que a básica
consiste na aquisição do conhecimento sobre a natureza sem finalidades práticas ou imediatas
e aplicada Consiste na utilização do conhecimento da pesquisa básica e da tecnologia para se
obter aplicações práticas como produtos ou processos (p. 114).

Para a presente pesquisa o proponente optou pela pesquisa aplicada.

Na ideia do GIL (1999):

A pesquisa aplicada apresenta muitos pontos de contactos com a pesquisa pura, pois depende de suas
descobertas e se enriquece com o seu desenvolvimento e apresenta como característica fundamental o
interesse na aplicação, utilização e consequências práticas dos conhecimentos, sua preocupação está
menos voltada para o desenvolvimento de teorias de valor universal que para a aplicação imediata (p.
73).
30
O autor recorreu a pesquisa aplicada visto que este visa gerar conhecimentos para
aplicação prática dirigidos a solução de problemas específicos.

2.4 Tipo de pesquisa quanto aos objectivos

Quanto aos objectivos as pesquisas podem ser Descritiva, Explicativa. Tendo em vista os
objectivos que se pretende chegar, para este trabalho de investigação aplicada o proponente
optou pela pesquisa Descritiva e Explicativa.

2.4.1 Pesquisa descritiva

Segundo Gil (1999), as pesquisas descritivas têm como finalidade principal a descrição
das características de determinada população ou fenómeno, ou o estabelecimento de relações
entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de
suas características mais significativas aparece na utilização de técnicas padronizadas de
colecta de dados.

Portanto, pode se entender a pesquisa descritiva como sendo aquela que desenvolve
acções procurando descrever um determinado fenómeno que acontece num determinado
espaço ou lugar, tornando assim necessário a realização de colecta de dados sobre pessoas que
conhecem e que estejam familiarizados no assunto a ser pesquisado.

2.4.2 Pesquisa explicativa

Segundo Gil (1999), a pesquisa explicativa tem como objectivo básico a identificação dos
factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência de um fenómeno. É o tipo de
pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois tenta explicar a razão e as
relações de causa e efeito dos fenómenos.

Partindo do princípio de que o proponente procura compreender até que ponto as Lanchas
Rápidas da Base Naval de Pemba Contribuem na Fiscalização no Teatro Operacional Norte, a
pesquisa explicativa busca na sua profundeza o conhecimento da realidade, explicando a
razão e o porquê de um determinado fenómeno.

31
2.5. Tipo de pesquisa quanto aos Procedimentos técnicos

Quanto aos procedimentos é uma pesquisa de campo e bibliográfica.

2.5.1 Pesquisa de campo

Segundo Gil (2004), quando se desenvolve a partir da interacção entre pesquisadores e


membros das situações investigadas. “A pesquisa de campo propriamente dita não deve ser
confundida com a simples colecta de dados.

Para Ferrari (1982) É algo mais que isso, pois exige contar com o controle adequados e
com objectivos pré-estabelecidos que descriminam suficientemente o que deve ser colectado”
(p. 229).

Esta procura através de técnicas como entrevista, questionário, observação e outros,


investigar a realidade de acordo com o problema levantado e os objectivos estabelecidos.

A pesquisa de campo procura muito mais o aprofundamento das questões propostas do


que a distribuição das características da população segundo determinadas variáveis. Como
consequência, o planeamento de estudo de campo apresenta maior flexibilidade, de modo que
os objectivos sejam reformulados ao longo da pesquisa.

2.5.2 Pesquisa bibliográfica

Segundo Gil apud Haris Kumar et all (2007), é desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído principalmente de livros, artigos científicos e textos retirados da
Internet. A pesquisa bibliográfica “é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos
seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas
exclusivamente a partir de fontes bibliográficas (Gil 2002, p. 44).

Deste modo, a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de materiais já publicados,


onde o investigador faz leitura de obras que desenvolvem um determinado estudo e que
desperte em si, a necessidade de aprofundar esse assunto. Durante a realização da pesquisa, é
necessário a exploração de jornais, revistas, matérias de internet, livros e bem como artigos.

32
2.6. Técnica e instrumentos de Colecta de Dados

Segundo Lakatos e Markoni (2003), as técnicas de colecta de dados são “consideradas


como um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência, são, também, a
habilidade para usar esses preceitos ou normas, na obtenção de seus propósitos”(p. 58)

Durante a colecta de dados, diferentes técnicas podem ser empregues, mas por se tratar de
uma pesquisa qualitativa a técnica usada para a realização deste trabalho foi: a entrevista.

2.6.1 Entrevista

Segundo Cervo e Bervian (2002), a entrevista é uma das principais técnicas de colectas
de dados e pode ser definida como conversa realizada face a face pelo pesquisador junto ao
entrevistado, seguindo um método para se obter informações sobre determinado assunto.

De acordo com Gil (1999), a entrevista é uma das técnicas de colecta de dados mais
utilizados nas pesquisas sociais. Esta técnica de colecta de dados é bastante adequada para a
obtenção de informações acerca do que as pessoas sabem, crêem, esperam e desejam, assim
como suas razões para cada resposta.

Optou-se pela entrevista porque ela permite:

 Maior abrangência;
 Eficiência na obtenção dos dados;
 Classificação e quantificação.

2.6.2 Tipos de entrevistas

Segundo Laville e Dionne (1999), as entrevistas podem ser classificadas em três tipos
principais: entrevistas estruturadas ou padronizadas, não estruturadas ou despadronizadas,
semiestruturadas ou semipadronizadas. O tipo mais usual de entrevista é a Semi-Estruturada,
por meio de um roteiro de entrevista.

Para o presente trabalho de pesquisa a entrevista será conduzida de forma não


estruturada, porque são recomendáveis numa pesquisa do tipo exploratória e porque permite o
uso de meios para a anotação de factos apresentados de forma a obter respostas mais
33
detalhadas e mais profundas sobre o problema em questão: Até que ponto as Lanchas
Rápidas da Base Naval de Pemba Contribuem na Fiscalização do Teatro Operacional
Norte?

Para o Gil (1999):

As entrevistas não estruturadas são radicalmente opostas às entrevistas estruturadas. O


entrevistador não possui um conjunto especificado de questões e nem as questões são
perguntadas numa ordem específica. O entrevistador possui grande liberdade de acção e pode
excursionar por vários assuntos e testar várias hipóteses durante o curso da entrevista. A
principal desvantagem das entrevistas não padronizadas é sua incapacidade de permitir
comparações directas entre os entrevistados (p. 56)

Esta técnica de colecta de dados possibilita maior aprofundamento ao tema em estudo.


Para o presente estudo foi aplicada a entrevista a Oficias e Sargentos da Base Naval de
Pemba.

Tabela I: Resumo dos participantes da pesquisa e respectiva técnica de colecta de dados.

N/O Classes Código Node Subtotal


entrevistado
s

01 Oficial Of1 01 01

02 Oficial Of2 01 01

03 Oficial Of3 01 01

04 Sargento Sarg. 01 01

05 Sargento Sarg. 01 01

Total 05 05 05

34
O autor: O Proponente (2022).

2.7. Técnicas de Análise de dados


A análise dos dados foi conduzida por meio de uma apreciação fruto da observação não
participante, considerando o seguinte aspecto observado:

 Participação: Todos os entrevistados mostram estar dentro do assunto em estudo e


ainda acrescentam que o tema é de extrema importância para compreender o nível de
funcionamento das Lanchas face a segurança nas zonas costeiras do Teatro
operacional Norte fazendo patrulhamento;

Mas, uma vez que para além da observação foi utilizada a entrevista para a colecta de
dados cujas respostas foram registadas e apresentadas em forma de textos, tal justifica a
escolha da análise de conteúdo como técnica de análise de dados do estudo.

Quando os dados a analisar se apresentam sob a forma de um texto ou de um conjunto de


textos ao invés de uma tabela com valores, a análise correspondente assume o nome de
Análise de Conteúdo (Freitas & Janissek, 2000).

Freitas e Janissek (2000), definem a análise de conteúdo como uma “técnica de pesquisa
que visa tornar replicáveis e validar inferências de dados de um contexto que envolve
procedimentos especializados para processamentos de dados de forma científica” (p. 38).

Para Gerhardt e Silveira (2009), do ponto de vista operacional, a análise de conteúdo


inicia pela leitura das falas, realizada por meio das transcrições de entrevistas, depoimentos e
documentos.

35
CAPITULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS

Este capítulo é reservado à apresentação, análise e interpretação de dados recolhidos


através da entrevista. Procura-se evidenciar os fenómenos estudados, dando resposta aos
objectivos fundamentais que guiaram as linhas de pesquisa do trabalho.

Segundo Gil (2002):

A análise e interpretação de dado é a fase a seguir da recolha de dados. Estes dois


processos apesar de conceitualmente aparecem sempre estreitamente relacionados.
Análise tem por objectivo organizar e sumarizar os dados de forma a possibilitar o
fornecimento de respostas ao problema, enquanto a interpretação tem como objectivo
procurar o sentido mais amplo das respostas, o que e feito sua ligação e outros
conhecimentos anteriormente adquiridos (p. 166).

3.2. Apresentação dos resultados obtidos a partir da entrevista

A apresentação e discussão dos resultados deste trabalho procuram dar resposta aos
objectivos que guiaram as linhas de pesquisa do trabalho. Foram utilizados, neste estudo,
importantes instrumentos que permitiram ao alcance dos objectivos. Os dados estão
agrupados em categorias de acordo com a natureza das respostas de discussão dos resultados a
referenciar: Categoria 1: O nível de Prontidão Combativa da BNP e a segurança do TONN;
Categoria 2: Ações levadas a cabo pela BNP na Segurança Marítima do TONN; Categoria 3:
Grau de Segurança marítima do TONN.

3.2.1. Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba empregues na Fiscalização do Teatro


Operacional Norte.

A presente categoria para a sua materialização se dividiu em dois (4) indicadores de


análise que são: o estado de conservação das Lanchas Rápidas que realizam Fiscalização no
TONN, as Lanchas Rápidas empregue na Fiscalização do Teatro Operacional Norte, as
características operacionais das LR e a número de Lanchas usadas na BNP.

Na classe dos oficiais que por conveniência com o assunto a pesquisar, foram
seleccionados três (3) e dois (2) sargentos, todos afectos na Base Naval de Pemba, sendo a
entrevista conduzida no sentido de uma conversa que não estabeleceu questões separadas,
baseada no próprio problema da pesquisa. Para o efeito, colocou-se aos Oficiais e sargentos a

36
seguinte questão: Qual é o estado de conservação das Lanchas Rápidas que realizam
Fiscalização no TON?

O Of1 entende que os 90% das Lanchas estão num estado degradado devido a falta de
manutenção completa, mas faz se o impossível para que algumas delas possam se usar nas
missões incumbidas.

O Of2 afirma que tem Lanchas avariadas e outras operacionais prontas para cumprir
missões de patrulhamento, ainda sustenta nas suas palavras que o maior numero é das
avariadas por falta de manutenção completa nelas.

O Of3 afirma sem vacilar convergindo com o of2 e sarg1 que algumas estão avariadas e
outras num estado operacional sem situando a percentagem das avariadas com as
operacionais.

Portanto, importa realçar que as palavras dos entrevistados são de experiencia de


convivência com o assunto a se tratar, tendo em vista que são oficiais afecto na unidade em
estudo e que estão direitamente ligados ao equipamento referido. Nessa perspectiva, pode
arriscar dizendo que o estado de conservação das Lanchas rápidas da Base Naval de pemba
não é saudável, tendo em conta que há falta de manutenção completa na parte dessas.

Na perspectiva de se procurar conhecer os tipos de Lanchas existentes na Base naval de


Pemba, foi colocada aos Oficias e sargentos a seguinte questão de entrevista: Quais são as
Lanchas Rápidas empregues na Fiscalização do Teatro Operacional Norte?

Na posição dos três (3) Of, e Sarg. Responderam convergindo as suas respostas que são 5
Lanchas usadas, como: DV-15; Ocean Eagle; Bote Pneumático; HSI 32 e WP-18.

Para o Ribeiro (2015), as Lanchas fiscalização são embarcações rápidas de patrulhas,


com deslocamento inferir a 300 toneladas, normalmente armadas com metralhadoras ou pecas
de calibre inferior a 40mm.

Nesta perspectiva, as Lanchas usadas no patrulhamento do teatro operacional Norte são


cinco (5) tipos que por ventura pertencentes a Base Naval de Pemba que fazem trabalhos
mútuos, tanto como de patrulhamento, fiscalização e trabalhos de interesse publico.

37
Ainda na sequências das questões auxiliares, para responder sobre as características
operacionais das Lanchas foi colocada a seguinte questão aos oficiais e sargentos: Quais são
as características operacionais das LR?

Os Oficiais e Sargentos entendem que uma das características operacionais das Lanchas
Rápidas é a questão de velocidade, a segunda é o factor de fácil manobrabilidade e estáveis no
seu movimento e sem deixar de lado as armas de artilharia e de uso individual que são
acopladas nas Lanchas.

Para terminar a responder as questões auxiliares da 1ª questão de estudo, apresentou-se a


seguinte questão de estudo: Quantas LR a BNP emprega na fiscalização? O número é
suficiente?

O Of.1 responde sem vacilar que são empregues as Lanchas de acordo com a situação do
terreno e da missão a se cumprir e ainda acrescentou que é feita essa fiscalização com
dificuldades por questões do desagrado dos meios a se usar.

O Of.2 Na sua intervenção detalhou dizendo o seguinte: a Base Naval de Pemba focaliza-
se nos patrulhamentos num determinado perímetro mas na fiscalização também são usadas as
mesmas Lanchas porque nem todas se encontram em estado operacional.

O Of.3 responde refutando a questão do número, disse nas suas palavras, quantas
Lanchas que são empregues não posso dar mas as que são empregues são: DV-15, HSI32 e
WP-1 que dessas algumas avariadas e outras operacionais.

Segundo Silva (2015), Lancha de acção Rápida é um tipo de barco utilizado pela
marinha, equipado para desenvolver alta velocidade é utilizado em missões de patrulhamento,
possibilitando o desembarque de tropas na beira dos rios.

Conforme as palavras ditas pelos entrevistados, importa afirmar que não tem controle das
Lanchas usadas no teatro Operacional Norte, isto é, as Lanchas estão sempre avariadas o
maior numero delas.

38
3.2.2 O emprego de Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba na Fiscalização do Teatro
Operacional Norte.

Relativamente a esta questão de estudo, colocamos aos oficiais a seguinte pergunta


auxiliar: Quais são as Actividades Desenvolvidas pela Base Naval de Pemba no Âmbito da
Fiscalização do TON?

Em resultado da pergunta colocada aos Oficiais e Sargentos, convergem nas suas


respostas afirmando que a Base Naval de Pemba realiza Fiscalização, patrulhamento,
reconhecimento e missões de interesse publico num perímetro determinado tendo em conta a
situação operacional Norte, vasculhando as embarcações suspeitas, observamos e não
permitimos violação do perímetro.

Segundo Livro Branco do Ministério da Defesa Nacional (2006), “Fiscalização marítima


é o controlo do espaço marinho sob jurisdição e responsabilidade do território nacional, o
apoio ao desenvolvimento das actividades ligadas ao mar, protecção do ambiente, a
fiscalização das actividades piscatórias e repressão dos actos ilícitos” (p. 25).

Neste contexto, a base Naval de Pemba tem missões múltiplas no programa das suas
actividades, pós no cumprimento dessas actividades requer meios orgânicos e
operacionalidade dos mesmos.

Na área militar muitos aspectos são apresentados obedecendo uma sequência lógica,
porque muita das vezes há uma interdependência entre um em relação ao outro, daí que aos
Oficiais lhes foram colocadas a seguinte pergunta: Estarão as Lanchas Rápidas alocadas na
Base Naval de Pemba capacitadas para suprir com os requisitos impostos pelo TON no
Âmbito da Fiscalização Marítima?

Sobre esse assunto, Of.1 entrevistado, foi objectivo afirmando que estarão sim a 60% o
que tinha que se aumentar o poder de fogo.

Ao of2, na resposta desse assunto, afirma que estarão sim tem vista que nas suas
patrulhas e fiscalizações já houve sucessos pegando os terroristas Iranianos e entre outros
estrangeiros suspeitos.

39
Assim, de acordo com a questão, a pesquisa apurou que os meios alocados na Base Naval
de Pemba não são suficientes para o cumprimento das missões no Teatro Operacional Norte,
visto que o maior número das Lanchas Rápidas estão avariadas e ainda nesse ponto, a MGM
não tem nem se quer um Navio de Guerra e isso não coloca em situações de afirmamos que
Moçambique em geral não tem capacidades de Defender a Zona marítima com a sua marinha.

Ainda nas questões auxiliares da 2ª questão de estudo, foi colocada a seguinte questão aos
entrevistados: De que forma as Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba tem Contribuído
na Fiscalização do Teatro Operacional Norte?

Na tentativa de responder a questão em estudo, os oficiais convergem na resposta of1


entende que estão la as Lanchas para nos ajudar a controlar, a observar e a não permitir
violações inimigas no perímetro em responsabilidade, através das suas navegações e suas
capacidades combativas

O Of1 e o sarg2 entendem que são empregue seguindo as suas qualidades náuticas e
alocados postos avançados.

Com as respostas dadas pelos entrevistados, apurou-se que as Lanchas Rápidas têm uma
função muito importante na fiscalização no nosso espaço marítimo, indo nas suas caracterizas
operacionais é possível e fácil de fiscalizar os grandes barcos com velocidade baixa
vasculhando produtos ilícitos colocando o País em segurança.

3.2.3 O impacto no emprego das Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba na


Fiscalização do Teatro Operacional Norte.

De forma a colher informações acerca da terceira categoria, foi colocada aos Oficias a
seguinte pergunta: Quantas navegações de fiscalização são efectuadas por dia, semana, mês
no Teatro Operacional Norte?

O of1 diz que pra toda área de Teatro Operacional diria nenhuma, isso colocando em
média, porque isso depende, atendendo e considerando que todo o Teatro Operacional Naval e
muito grande mas mensalmente são duas fiscalizações ao norte e ao sul.

40
Como forma de resposta, aos 02 Oficiais entrevistados, convergiram em suas respostas
afirmando que para este efeito,

Portanto, a respeito dessa questão, a pesquisa apurou que a fiscalização não e feita com
eficácia por questões de falta de meios para ser realizada a 100%.

Ainda no mesmo assunto da categoria acima foi colocada a seguinte pergunta aos oficiais
e sarg entrevistados: Qual é a área que a Base Naval de Pemba consegue cobrir em termos
percentuais na zona de jurisdição?

Na perspectiva de responder a questão, foram convergentes os oficiais e sargentos


afirmando que ao Norte de Pemba consegue cobrir a 100%, do rio Lúrio a Rovuma cobre-se a
100% e de Rovuma ao Lúrio para Baixo, cobre a 30%, o que significa que temos poucas
navegações, afirmaram os entrevistados.

Concordamos consoante essas respostas dos entrevistados que mais uma vez temos falta
de meios Navais em Moçambique, particularmente na Base Naval de Pemba como sendo a
Base mãe do teatro Operacional Norte Naval.

No âmbito da concretização da categoria acima, foi ainda colocada a seguinte questão aos
entrevistados: Que benefícios têm trago as Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba na
Fiscalização das águas marítimas?

O of1 entende que um dos benefícios e a sua presença nas aguas marítimas, a outra esta
no auxilio na base no cumprimento das suas missões, tanto como combativas e assim como as
missões de interesse publico.

O of2 afirma sem vacilar que os benefícios das Lanchas Rápidas não cingem apenas a
Base Naval de Pemba mas sim começando ao próprio Estado Moçambicano em geral, as
Forcas Armadas, A base Naval e o povo em geral fazendo tralhos de fiscalização, trabalhos de
alocação de pessoas e bens em momentos difíceis como de calamidades naturais e entre
outros benefícios que se colocam.

Segundo Silva (2015), “o objectivo geral da fiscalização é averiguar a legalidade de


actuação do navio fiscalizado, ao nível de carga, do equipamento, e do pessoal transportado,

41
assim como a actividade exercida, sem retirar qualquer mérito a objectivos específicos que
cada sector prossegue”.

De acordo com os dados de pesquisa referente a esta pergunta, a maior parte dos
intervenientes mostram ter o domínio dela. Neste contexto entende-se que a fiscalização das
águas marítimas não estão apenas do interesse singular mas abrange a todos os
Moçambicanos.

Com o objectivo de querer saber aos oficiais e sargentos da Base Naval de Pemba sobre o
nível de segurança do TON na área marítima, foi colocada aos entrevistados a seguinte
pergunta: Qual é o nível de segurança do TON na área marítima?

O of1 entende que que não esta capacitado a responder a questão porque segundo ele a
questão não esta ao se nível e diz ainda que existem pessoas capacitas a esta questão que e o
chefe do Reconhecimento e chefe das informações.

O Of2 percebe que o nível de segurança no Teatro Operacional Norte naval e razoável e
não tao bom porque o inimigo não tem cor e a zona e muito grande que estende-se ate
Nampula e isso é um desafio a se cumprir.

Na percepção do Ribeiro, et al., (2010), a Segurança marítima consiste no conjunto de


actividades que visam reduzir os riscos de ocorrência de acidentes marítimos, tendo em vista
preservar o ambiente marítimo e reduzir a perda de vidas humanas. Ela resulta da soma dos
esforços de cada país, por si só e no âmbito das acções promovidas por organizações
internacionais, (p. 66).

Com este ponto de partida, pode se afirmar que no Teatro operacional Norte a segurança
marítima não está no seu auge para asseguramento do perímetro marítimo, sob ponto de vista
os entrevistados e a definição da segurança marítima. Desta feita, é imperioso que se aumente
os meios orgânicos da Marinha de Guerra de Moçambique na perspectiva de assegurar os
interesses Moçambicanos para os Moçambicanos.

42
CONCLUSÃO
O presente trabalho de investigação aplicada cujo tema è: contributo das lanchas rápidas
na fiscalização do teatro operacional norte. Caso: base naval de Pemba (2020-2022), foi
sugerido na base do seguinte problema: Até que ponto as Lanchas Rápidas da Base Naval de
Pemba Contribuem na Fiscalização do Teatro Operacional Norte, cuja relevância do tema
reside pelo facto de ser um futuro comandante do pelotão que essa tarefa de um modo geral
será incumbida a missão de realizar patrulhas, combates e entre outras missões realizadas
pelas Lanchas.

A pesquisa foi ainda sugerida com o propósito de Conhecer o Contributo das Lanchas
Rápidas da Base Naval de Pemba na Fiscalização do Teatro Operacional. Assim, mediante o
trabalho do campo sustentado com a revisão da literatura, a pesquisa concluiu que os
principais aspectos relacionados no contributo das Lanchas Rápidas na Base Naval de Pemba
está na Fiscalização, Patrulhamento, Reconhecimento e actividades do interesse publicam.

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SUGESTÕES
Depois de ter-se colhido diferentes sensibilidades em torno do Consumo de Cannabis Sativa
pelos Cadetes na Academia Militar Marechal Samora Machel, achou-se pertinente deixar
algumas sugestões na perspectiva do seu Combate, portanto.

À Base Naval de Pemba

Em função das constatações encontradas na presente pesquisa o proponente sugere que:

 A Base Naval de Pemba crie condições de aumentar meios Navais face o controle
marítimo na sua zona de responsabilidade.
 Haja condições de manutenção das Lanchas Rápidas para que ofereçam características
operacionais.
 Haja treinamento constante aos tripulantes das Lanchas Rápidas para poder
 À Marinha de Guerra de Moçambique crie condições para equipar as suas Bases
Navais.

44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Silva, J. M. M. Cap-Frag, (2015). Elementos de Táctica Naval. Versão provisória. Academia


Militar Marechal Samora Machel.

46
Apêndice

47
ACADEMIA MILITAR “MARECHAL SAMORA MACHEL”

Entrevista dirigida a Oficiais e Sargentos da Base Naval de Pemba


A presente entrevista subordina-se ao tema: contributo das Lanchas Rápidas na
Fiscalização do teatro operacional norte, caso: Base Naval de Pemba (2020-2022). Com
finalidade de colher percepções para elaboração do Trabalho de Investigação Aplicada para a
obtenção do grau de Licenciatura em Ciências Militares na especialidade de Navegação
Marítima. Garante-se a confidencialidade das declarações prestadas por parte dos
entrevistados.

IQ/E: Quais são as Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba empregues na Fiscalização do
Teatro Operacional Norte?

1. Qual é o estado de conservação das Lanchas Rápidas que realizam Fiscalização no TONN?

2. Quais são as Lanchas Rápidas empregues na Fiscalização do Teatro Operacional Norte?

3. Quais são as características operacionais da LR?

4. Quantas LR a BNP emprega na fiscalização das águas marítimas?

IIQ/E: Como são empregues as Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba na Fiscalização do
Teatro Operacional Norte?

5. Quais são as Actividades Desenvolvidas pela Base Naval de Pemba no Âmbito da


Fiscalização do TON?

6. Estarão as Lanchas Rápidas alocadas na Base Naval de Pemba capacitadas para suprir com
os requisitos impostos pelo TONN no Âmbito da Fiscalização Marítima?

7. De que forma as Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba tem Contribuído na


Fiscalização do Teatro Operacional Norte?

48
IIQ/E: Qual é o impacto no emprego das Lanchas Rápidas da Base Naval de Pemba na
Fiscalização do Teatro Operacional Norte?

49
50
Anexos

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