Você está na página 1de 10

0.

Introdução

O presente trabalho da cadeira de Geografia de Moçambique trata acerca de um


tema relacionado a industrias em Moçambique, que tem lugar no nosso país, onde
vamos abordar os aspectos relacionados com objectivos das indústrias, a sua estrutura,
exposição ou formulação das principais indústrias em Moçambique. Sabendo que o
nosso país esta em via do desenvolvimento na parte industrial, referente a uma
população que possibilita a recolha da matéria-prima, tais como o carvão as áreas
pesadas a madeira entre outros produtos, na maioria dos países visto que a população
como um conjunto de pessoas ou seres que possuem mesma característica, que residem
em determinados território. O objectivo central deste trabalho é fazer uma análise da
situação actual da indústria transformadora em Moçambique, para dela tirar algumas
lições que possam ser importantes para o futuro.

O trabalho poderá ser limitado á análise de situação depois de 1987 (quando se


iniciaram as reformas económicas do tipo liberal), e ao impacto dessas reformas. No
entanto, a resposta de sector industrial as politicas adaptadas e ao ambiente económico
geral depende da sua estrutura e do seu padrão de acumulação e de rentabilidade.

0.1.Objectivos
0.1.1. Objectivo Geral
 Conhecer Industria em Moçambique, e os Principais Indústrias em
Moçambique e a Localização de cada Industria
0.1.2. Objectivos Específicos
 Explicar todos os períodos em Moçambique;
 Caracterizar as principais indústria de Moçambique;
 Analisar as distribuições das industrias em Moçambique.
0.2.Metodologia

Foi possível a realização deste trabalho, graças a consulta de diversificadas obras


provenientes das bibliotecas, incluindo fontes digitais provenientes da internet.
1. Indústria em Moçambique no Período Colonial

A industria extractiva em Moçambique não surgiu em consequência da evolução


da estrutura económica global do pais, mas como uma actividade suicidaria da
exportação, isto e, imposta pela necessidade de transformar produtos primários até a
fase exportável. Tendo em conta a aptidão ecológica do pais para as culturais de gana de
açúcar, sisal, coqueiro, do algodão, do chá entre outro são as indústrias do início do
ciclo das transformações industriais desses produtos que primeiro aparece em
Moçambique.

Os complexos agro indústrias do açúcar e do sisal são anteriores a guerras de 1914.


São também antigas que correspondem igualmente a objectivos e exportação as
indústrias de extracção do óleo vegetal, de descaroçamento e presigam do algodão, a
preparação do chá e da serração de madeira.

1.1.Indústria em Moçambique na Independência

Nas finas da década 40 embora lentamente assistiu-se a expansão do mercado


interno (25,000 europeu) que tornou viável alguma industrias que respondia a sua
procura. Assim surgiram as industria do sabão e do tabaco depois a de cerveja, do
cemento e do vestuário, mas tarde e já na década 50 a moagem de trigo e afinação e
selagem e algodão e juta e por fim já nos anos 60 a refinação do pedroiço a laminagem e
ferro e aço a construção e a montagem de material e caminho-de-ferro, e o descasque de
castanha de caju.

A indústria existente, basicamente de transformação primária de produtos agrícola


estava equipada com maquinaria importada, frequentemente em segunda mão ou
mesmo obsoleta. Sendo assim, só era capaz de efectuar pequenas transformações finas,
e acampamento ou de embalagem de produtos importados.

1.2.Indústria em Moçambique Pós-independência

Durante a transição (1974-76), a indústria transformadora enfrentou uma série de


graves problemas imediatos (Banco Mundial 1985; UNIDO 1987; MIE e UNIDO
1993):
 Muitas empresas foram sabotadas e abandonadas pelos antigos proprietários:
capital foi transferido, stocks foram inutilizados e a produção foi paralisada. O
Estado teve que intervencionar um grande número de pequenas e médias
empresas para as manter em funcionamento.

 A escassez de técnicos qualificados para substituir os técnicos estrangeiros que


haviam abandonado o país levou quase generalizada má gestão dos
departamentos governamentais e das empresas. Este tornou-se num dos
princípios obstáculos á definição e implementação de estratégias e politicas
adequadas para o desenvolvimento económico.

 A rede de comercialização agraria foi rompida, pois também havia estado sob
controlo dos colonos. Entre 1974 e 1977, a produção agraria comercializada
total decresceu em 43%, ou cresceu em – 43%, com os seguintes valores
sectoriais: - 60% no sector camponês (o que essencialmente afectou as principais
exportações de Moçambique – algodão e caju e a produção de alimentos);

 -54% no sector empresarial agrário dos colonos portugueses (principal


responsável pelo abastecimento urbano em bens de consumo de maior
qualidade); e -16% nas plantações (capital estrangeiro não – português virado
para exportação, exemplo: chá, açúcar, copra e algodão). (Wuyts 1981 e 1989).

1.3.Indústria em Moçambique Actualmente

Na República de Moçambique a terra é propriedade do Estado e não pode ser


vendida ou por qualquer outra forma alienada, hipotecada ou penhorada. O direito de
uso e aproveitamento da terra é conferido pelo Estado às pessoas singulares ou
colectivas tendo em conta o seu fim social. O Estado reconhece e protege os direitos
adquiri- dos por herança ou ocupação, salvo havendo reserva legal ou se a terra tiver
sido legalmente atribuída a outra pessoa ou entidade.

Mesmo tendo o pedido de DUAT aprovado é necessário obter as licenças ou outras


autorizações exigidas pelas leis aplicáveis ao exercício de actividades económicas
pretendidas (agro-pecuária ou agro-industriais, industriais, turísticas, comerciais,
pesqueiras e mineiras e à protecção do meio ambiente). As referidas licenças terão o seu
prazo definido de acordo com a legislação aplicável, independentemente do prazo
autorizado para o exercício do direito de uso e aproveitamento da terra. O direito de uso
e aproveitamento da terra para fins de actividades económicas está sujeito ao prazo
máximo de 50 anos, renovável por igual período a pedido do interessado. Após o
período de renovação, um novo pedido deve ser apresentado.

2. Os Principais Indústrias em Moçambique e a Localização de cada Industria


2.1.A Indústria em Moçambique

Indústria é uma actividade económica que se dedica na transformação de matéria-


prima em produtos elaborados ou semi-elaborados por meios mecânicos ou por um
certo trabalho.

2.1.1. Características Gerais


 De uma forma geral, a indústria Moçambicana é muito subdesenvolvida;
 É uma indústria fundamentalmente manufactureira e dedica-se às
actividades de extracção e transformação de alguns recursos minerais e
energéticos;
 É uma indústria ainda de poucos investimentos, de pouca investigação, de
tecnologia simples e rudimentar;
 Os principais tipos de indústrias localizam-se nas grandes cidades e centros
urbanos.
 Os principais tipos de indústria são a extractiva e a transformadora.
2.1.2. Os Factores da Localização da Indústria
2.1.2.1.Factores Naturais
 Existência de fontes de energia (petróleo, gás natural, carvão,
electricidade e outras fontes alternativas);
 Existência de matéria-prima;
 Abundância de água
2.1.2.2.Factores Socioeconómicos
 Disponibilidade financeira (capital);
 Existência de mão-de-obra qualificada e em quantidade;
 Existência de mercado de consumidores;
 Existência de transportes e vias de comunicação;
 Conhecimentos científicos

Exemplo1: Actualmente a indústria localiza-se perto dos centros de investigação


ou universidades.
2.2.Indústria Extractiva

Dedica-se a exploração de recursos minerais (naturais) e produtos energéticos. Por


exemplo: a mineração e exploração de madeira.

Indústrias Extractivas e Recursos Naturais já foram identificadas como um tema


para o futuro de Moçambique. Criando um incrível potencial para as receitas do
governo em décadas futuras e criando oportunidades sem precedentes para a corrupção,
conflito de interesse e procura de renda. Como o sector irá evoluir depende em grande
medida das escolhas que são feitas hoje e do grau de transparência com o qual estas
escolhas são feitas.

O CIP procura restruturar os incentivos dos funcionários públicos com vista a


minimizar a injustiças. O CIP procurará aumentar o número de casos de corrupção que
são expostos, investigados e (onde apropriado) processados. O CIP também advogará a
favor de mudanças nas leis e na prática para assegurar que nenhum indivíduo envolvido
na regulação do sector também tenha interesses comerciais. Os actores públicos e
privados no sector de EI em Moçambique deverão sentir-se constrangidos e conformar-
se à lei e as instituições do estado (MIREM, AT, TA, MF) poderão implementar
plenamente os seus mandatos.

O CIP procura promover a boa governação através do sector extractivo com base
na transparência e responsabilização abrangente. O CIP irá exercer pressão para uma
revelação total dos dados da receita (para além dos requisites mínimos do EITI), a plena
revelação de todos os contractos do sector extractivo (incluindo anexos, arranjos de
preços); a revelação da propriedade “benéfica” das empresas nacionais (para acabar
com conflitos de interesse) e empresas internacionais (para destacar o uso de paraísos
fiscais) e a revelação das projecções de receitas sobre as quais as negociações estão
baseadas.

O CIP procura assegurar que os Moçambicanos recebam um tratamento justo a


partir dos seus recursos naturais, incluindo a negociação de contractos justos (e a
renegociação de contractos onde eles são fundamentalmente injustos), obtendo as
receitas que pertencem as companhias e assegurando que estas receitas sejam gastas no
interesse dos cidadãos.
Finalmente, reconhecendo que as Indústrias Extractivas desempenharão um papel
fundamental para moldar o futuro de Moçambique, o CIP procura catalisar um debate
nacional sofisticado sobre o sector extractivo com vista a mobilizar indivíduos e
organizações em apoio a boa governação no sector e assegurando um tratamento justo
para os moçambicanos.

2.2.1. Indústrias Extractivas e a sua Localização Geográfica:


 Carvão – Tete, Manica e Niassa;
 Bentonite – Maputo;
 Cobre – Tete e Manica;
 Bauxite – Manica, Tete, Zambézia e Niassa;
 Mármore – Cabo Delgado;
 Grafite – Cabo Delgado e Tete;
 Granito e saibro – todas as províncias;
 Sal – no litoral;
 Asbestos – Manica, Zambézia e Tete;
 Areias pesadas – Gaza e Nampula;
 Gás natural – Inhambane (Pande e Temane) e Sofala (Búzi);
 Feldspato – Zambézia, Manica, Tete e Nampula;
 Tântalo – Zambézia, Tete, Manica e Sofala;
 Petróleo – Bacia de Rovuma e Zambeze;
 Columbite, berilo, pedras preciosas e caulino – Niassa, Manica, Tete,
Zambézia e Nampula;
 Mica – Sofala, Zambézia, Manica, Tete e Nampula.
2.3.Indústria transformadora

É uma actividade que utilizando a matéria-prima bruta ou produtos semi-


elaborados procede a sua transformação e fabricação de produtos elaborados. Por
exemplo: o fabrico de automóveis, de vestuário, de calçado, etc.

2.3.1. A Indústria Transformadora Divide-se em:


2.3.1.1.Indústria Ligeira (indústria de bens de uso e consumo);

Transforma a matéria-prima bruta ou semi-elaborada em produtos acabados para o


uso directo da população. Por exemplo: a indústria alimentar, de bebidas, mobiliária,
calçado etc.
As indústrias de base, também chamadas de “indústrias pesadas” ou “indústrias de
bens de produção” envolvem as indústrias extractivas e de bens de capital.

As actividades realizadas pelas indústrias de base compreendem a transformação


de energia ou de matérias-primas brutas em processadas as quais são utilizadas em
outras indústrias.

2.3.1.1.1. Indústrias Ligeira em Moçambique e a sua Localização Geográfica:


 Indústria de açúcar – Maputo e Sofala;
 Indústria alimentar e de bebidas – em todas as províncias,
excepto;
 Indústria de calçado e outros artigos de vestuário – Maputo,
Sofala, Manica e Zambézia;
 Indústria tabaqueira – Maputo, Sofala e Tete;
 Indústria de descaroçamento de algodão e desfibramento de sisal
- Sofala, Cabo Delgado, Niassa e Inhambane;
 A paisagem indústria de Moçambique localiza-se em: Maputo-
cidade, Matola, Beira e Nampula.
2.3.1.2.Indústria Pesada (base e equipamento).

É aquela que trata grandes quantidades de produtos brutos para transformação em


produtos semi-elaborados de mais alto valor por unidade de peso, esses produtos não
são de utilização final nem directa da população em geral.

No entanto, são utilizados por indústria e serviços. Por exemplo: a indústria


siderúrgica, de produção de cimento, do metalúrgica, de produção de cimento, do
material ferroviário, de máquinas agrícolas, etc.

Esta indústria também designada por indústria de base e equipamentos. Este tipo
de indústria requer o seguinte:

 Avultados investimentos;
 Grande consumo de energia;
 Volumosas instalações;
 Ocupação de grandes espaços.
2.3.1.2.1. Indústrias Pesada em Moçambique e a sua Localização Geográfica:
 Indústria de produtos minerais não metálicos – províncias de
Maputo, Sofala, Nampula e Zambézia;
 Indústrias químicas – província de Maputo, Sofala e Tete;
 Indústrias metalúrgicas de base – província de Maputo;
 Indústrias de materiais de construção – Cabo Delgado, Zambézia,
Nampula, Niassa e Maputo;
 Indústrias de construção de meios de transporte – Maputo, Sofala,
Tete e Nampula;
 Indústrias de pesca – Maputo, Inhambane, Sofala e Nampula.
2.4.A Importância da Indústria para Economia
 Fonte de emprego;
 Fonte de aquisição de divisas na exploração;
 Processamento de matéria-prima para exploração;
 Produção de bens de uso e consumo.
2.5.As Causas que Explicam o Fraco Desenvolvimento Industrial em
Moçambique
 Predomínio da exploração agrícola;
 Fraca rede de vias de comunicação;
 Forte dependência de capitais estrangeiros;
 Tecnologia de fraca modernização;
 Mão-de-obra pouco especializada;
 Reduzida capacidade de poder de compra;
 Carência em muitas áreas de recursos energéticos.
3. Conclusão

Com a realização desse trabalho possibilitou-se uma análise mais efectiva acerca
do desenvolvimento industrial, focando-se sobre a conjuntura da reformulação
industrial em Moçambique. Assim, torna-se necessário ressaltar que a principal
dificuldade encontrada durante a realização do presente trabalho, configurou-se as
idades patentes ou épocas que levou a reformulação da indústria transformadora, apesar
do crescente interesse da Geografia em realizar pesquisas sobre indústria, ainda
percebe-se uma carência de bibliografia adequada que fundamente a relação entre as
épocas que teve a sua melhoria da indústria em Moçambique, porém de qualquer
maneira tentou-se buscar essa melhoria industrial.
4. Bibliografia

Aterido, R., T. Beck, and L. Iacovone (2013). „Access to Finance in Sub-Saharan


Africa: Is There a Gender Gap?‟. World Development, 47: 102–20.

Bhutta, M., A. Rana, and U. Asad (2008). „Owner Characteristics and Health of SMEs
in Pakistan‟. Journal of Small Business and Enterprise Development, 15(1): 130–49.

Byiers, B. (2009). Informality in Mozambique: Characteristics, Performance and Policy


Issues. Washington, DC: Nathan Associates Inc.

Byiers, B., J. Rand, F. Tarp, and J. Bentzen (2010). „Credit Demand in Mozambican
Manufacturing‟. Journal of International Development, 22: 37–55. doi:10.1002/jid.1558

Castel-Branco, C. (2014). „Growth, Capital Accumulation and Economic Porosity in


Mozambique: Social Losses, Private Gains‟. Review of African Political Economy,
41(S1): 26–48.

Castel-Branco, C., and N. Goldin (2003). „Impacts of the Mozal Aluminium Smelter on
the Mozambican Economy‟. Instituto de Estudos Sociais e Económicos. Retrieved
from: http://www.iese.ac.mz/lib/cncb/Mozal_and_economic_development.pdf (accessed
on 14 December 2017).

Você também pode gostar