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1. O PERÍODO COLONIAL
A indústria existente em Moçambique não surgiu em consequência da evolução da
estrutura económica global do país, mas como uma actividade subsidiária da
exportação, isto é, imposta pela necessidade de transformar produtos primários até à
fase exportável. Tendo em conta a aptidão ecológica do país para as culturas de cana-
de-açúcar, do sisal, do coqueiro, do algodoeiro, do chá, entre outros, são as indústrias do
início do ciclo de transformações industriais destes produtos que primeiro apareceram
em Moçambique.
Os complexos agro-industriais do açúcar e do sisal são anteriores à guerra de 1914. São
também antigas e correspondem igualmente à objectivos de exportação as indústrias de
extracção de óleos vegetais, do descaroçamento e prensagem de algodão, da preparação
do chá e da serração de madeira.
Nos finais da década de “40”, embora lentamente, assistiu-se à expansão do mercado
interno (25.000 europeus) que tornou viáveis algumas indústrias que respondiam à sua
procura. Assim surgiram as indústrias do sabão e do tabaco; depois, as da cerveja, do
cimento e do vestuário; mais tarde e já na década de “50”, a moagem de trigo e a fiação
e tecelagem de algodão e juta; e por fim, já nos anos “60”, a refinação de petróleos, a
laminagem de ferro e aço, a construção e montagem de material de caminho-de-ferro, e
o descasque da castanha de cajú.