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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE AGRONOMIA E ENGENHARIA FLORESTAL


Departamento de Economia Agrária e Desenvolvimento Rural
Secção de Economia Agrária
Experimentação Agrária

Delineamento de talhões
subdivididos “split plot
design”

Autor: Eng Lourenço Manuel (Msc.)


Quando usar?

Este é um delineamento de blocos incompletos


para 2 factores experimentais que têm mais
tratamentos do que se podem acomodar com o
DBCC.

O bloco é dividido em talhões (referenciados


como talhões principais) para os quais os níveis
de um factor são fixados. Cada um dos talhões
principais é seguidamente sub-dividido em sub-
talhões nos quais níveis de um segundo factor são
fixados.
Exemplo

Um experimento com 2 factores A e B. Se A tem 3


niveis e B tem 4 niveis e o factor A é fixado no
talhão principal e B no sub-talhão, o esquema
dos tratamentos para o Bloco I será:

a 1b 4 a 3b 1 a 2b 4
a 1b 1 a 3b 3 a 2b 1
a 1b 3 a 3b 2 a 2b 3
a 1b 2 a 3b 4 a 2b 2
Critérios de alocação dos factores nos
talhões principal e sub-talhão

1. Precisão do experimento.
O factor que requer maior precisão é alocado no sub-
talhão e o outro no talhão principal.
 Ex: Um agricultor, para avaliar 10 variedades
promissoras de milho com 3 níveis de fertilização
num experimento de 10x3, deseja largamente alta
precisão na comparação das variedades do que
para a resposta do fertilizante. Neste caso, a
variedade será fixada no sub-talhão.
Critérios de alocação dos factores nos
talhões principal e sub-talhão

Por outro lado, um agrónomo que queira estudar o


efeito da aplicação do fertilizante nas 10 variedades
de milho, irá provavelmente requerer grande
precisão para a resposta à fertilização do que do
efeito da variedade, e irá fixar as variedades em
talhões principais e fertilizante em sub-talhões.
Critérios de alocação dos factores nos
talhões principal e sub-talhão

2. Tamanho relativo do efeitos principais.


Se o efeito principal de A é esperado a ser largo do que
B, então fixa o factor A no talhão principal e B no
sub-talhão.

3. Praticas culturais
Ex: DotaçãoxVariedades.
Casualização e layout

EX: Factor A (a1,a2,a3) – talhão principal


Factor B (b1,b2,b3,b4) – sub-talhão
Blocos = 3 repetições
A casualização é feita em cada bloco. Divida o bloco
em 3 talhões principais e faça a casualização do
níveis do factor A. Em seguida divida cada talhão
principal em 4 sub-talhões (níveis do factor B).
Repita o mesmo processo para os restantes blocos.
Casualização e layout

a1b4 a3b 1 a2b4

a 1b 1 a 3b 3 a 2b 1

a 1b 3 a 3b 2 a 2b 3

a 1b 2 a 3b 4 a 2b 2
Modelo estatístico

Yijk    i   j  ij   k  ( ) jk  ijk


Yijk – valor observado no bloco i que recebeu o nivel j do
factor do talhao principal e o nivel k do factor do sub-
talhao.
βi – efeito do bloco i
μ – média geral
τj – efeito do nível j do factor do talhao principal
θk – efeito do nível k do factor do sub-talhao
λij – erro do talhao principal
(τθ)jk – efeito da interacção entre o nível j do factor do talhao
principal com o nível k do factor do sub-talhao.
£ijk - erro experimental
Formato da ANOVA

FV GL SQ QM F F(5%)
BLOCO r-1 SQB QMB QMB/QME(a)
Factor
A a-1 SQA QMA QMA/QME(a)
ERRO
(a) (r-1)(a-1) SQE(a) QME(a)
Factor
B b–1 SQ(B) QM(B) QM(B)/QME(b)
QM(A* QM(A*B)/QME
A*B (a-1)(b-1) SQ(A*B) B) (b)
ERRO
(b) a(b-1)(r-1) SQE(b) QME(b)
TOTAL abr-1 SQT

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