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CI 2-36-1 Pel C Mec
CI 2-36-1 Pel C Mec
CI 2-36/1
1ª Edição
2006
LEIA-ME
1. Solicito que a formatação das páginas não seja alterada, pois o texto
e as figuras foram posicionados para facilitar o entendimento do leitor.
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
Caderno de Instrução
1ª Edição - 2006
CI 2-36/1
NOTA
Solicita-se aos usuários deste Caderno de Instrução a apresentação de sugestões que tenham por
objetivo aperfeiçoá-lo ou que se destinem à supressão de eventuais incorreções.
A correspondência deve ser enviada diretamente ao COTER, onde serão avaliadas, respondidas e, se
for o caso, aprovadas e divulgadas.
1ª Edição - 2006
ÍNDICE DE ASSUNTOS
Pág
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
ARTIGO I – GENERALIDADES
1-1. Considerações Iniciais....................................................................................... 1-1
1-2. Objetivos do Caderno de Instrução................................................................... 1-1
ARTIGO II – O PELOTÃO DE CAVALARIA MECANIZADO
1-3. Características................................................................................................... 1-2
1-4. Possibilidades.................................................................................................... 1-2
1-5. Limitações.......................................................................................................... 1-3
1-6. Estrutura Organizacional.................................................................................... 1-4
CAPÍTULO 2 – RECONHECIMENTO
ARTIGO I – GENERALIDADES...................................................................................... 2-1
2-1. Considerações Iniciais........................................................................................ 2-1
2-2. Características das Operações de Reconhecimento.......................................... 2-1
2-3. Fundamentos do Reconhecimento..................................................................... 2-2
2-4. Ações Durante o Contato.................................................................................... 2-3
2-5. Formações de Combate do Pel C Mec............................................................... 2-3
2-6. Medidas de Coordenação e Controle ................................................................ 2-5
2-7. Transmissão dos Informes.................................................................................. 2-10
2-8. Tipos de Reconhecimento ................................................................................. 2-11
ARTIGO II – O PEL C MEC NO RECONHECIMENTO DE EIXO
2-9. Considerações Iniciais....................................................................................... 2-12
2-10. Maneabilidade do Grupo de Exploradores no Rec de Eixo.............................. 2-13
2-11. Maneabilidade da Seção VBR e Grupo de Combate no Rec de Eixo.............. 2-17
2-12. Maneabilidade da Peça de Apoio no Rec de Eixo............................................ 2-18
2-13. Técnicas de progressão do Pel C Mec no Rec de Eixo ................................... 2-19
ARTIGO III – O PEL C MEC NO RECONHECIMENTO DE ZONA e ÁREA
2-14. Considerações Iniciais...................................................................................... 2-21
2-15. Diferenças entre Rec de Zona e Área .............................................................. 2-21
2-16. Maneabilidade do Grupo de Exploradores e GC no Rec de Zona e Área........ 2-22
2-17. Maneabilidade da Seção VBR no Rec de Zona e Área.................................... 2-23
ARTIGO IV – TÉCNICAS ESPECIAIS DE RECONHECIMENTO
2-18. Considerações Iniciais...................................................................................... 2-23
2-19. Reconhecimento de Ponte................................................................................ 2-24
2-20. Reconhecimento pelo Fogo.............................................................................. 2-29
2-21. Reconhecimento de Desfiladeiro...................................................................... 2-30
2-22. Reconhecimento de Ponto de Passagem (Vau) .............................................. 2-30
2-23. Reconhecimento Noturno.................................................................................. 2-32
2-24. Reconhecimento de Bosque............................................................................. 2-34
2-25. Reconhecimento em Localidade....................................................................... 2-35
2-26. Abordagem de Obstáculo ou Campo Minado................................................... 2-43
2-27. Encontro com Coluna Inimiga........................................................................... 2-43
ARTIGO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS
2-28. Seleção de uma Posição de Bloqueio............................................................... 2-44
2-29. Ocupação de uma Posição de Bloqueio............................................................ 2-44
2-30. Roteiro de Tiro do Pel C Mec............................................................................. 2-47
2-31. Relatório de Reconhecimento............................................................................ 2-48
CAPÍTULO 3 – SEGURANÇA
ARTIGO I – GENERALIDADES
3-1. Introdução............................................................................................................ 3-1
3-2. Fundamentos da Segurança............................................................................... 3-2
3-3. Graus de Segurança............................................................................................ 3-3
3-4. Operações de Segurança.................................................................................... 3-3
3-5. Medidas de Coordenação e Controle.................................................................. 3-4
ARTIGO II – O PEL C MEC COMO FORÇA DE COBERTURA
3-6. Considerações Iniciais......................................................................................... 3-6
ARTIGO III – O PEL C MEC COMO FORÇA DE PROTEÇÃO
3-7. Considerações Iniciais......................................................................................... 3-9
3-8. O Pel C Mec na Vanguarda................................................................................. 3-10
3-9. O Pel C Mec na Flancoguarda............................................................................. 3-11
3-10 O Pel C Mec na Retaguarda............................................................................... 3-16
ARTIGO IV – O PEL C MEC COMO FORÇA DE VIGILÂNCIA
3-11. Generalidades.................................................................................................... 3-17
3-12. Vigilância de Combate....................................................................................... 3-20
3-13. Contra-reconhecimento...................................................................................... 3-21
INTRODUÇÃO
ARTIGO I
GENERALIDADES
b. Este pelotão possui grande flexibilidade, tendo em vista a variada gama de viatu-
ras e armamentos de que dispõe.
Este Caderno de Instrução tem por objetivo fornecer subsídios para o preparo e em-
prego do Pel C Mec, abordando aspectos inerentes à instrução das frações que compõem
o Pel, capacitando o Cmt Pel e seus sargentos Cmt Fr ao planejamento e execução das
operações conduzidas pelo Pelotão de Cavalaria Mecanizado.
1-1
ARTIGO II
1-3. CARACTERÍSTICAS
1-4. POSSIBILIDADES
1-2
b. Dados médios de planejamento
(1) Ofensiva
- Frente para o ataque: 0,2 a 0,4 Km
(2) Defensiva
- Frente: 0,7 a 0.9 Km
(3) Retardamento
- Frente:1,5 a 2 Km
(3) Vigilância
- Frente: 32 Km
(4) Reconhecimento
- Frente: 4 Km
- Número de eixos: 01
- Velocidade (sem Ctt Ini): 15 Km/h (Eixo) e 8 a 12 Km/h (Zona e Área)
- Velocidade (noturno – sem Ctt Ini): 8 Km/h (Eixo) e 4 a 6 Km/h (Zona e Área)
(5) Marchas
- Em estradas: 40 Km/h (diurna) e 24 Km/h (noturna)
- Através campo: 12 Km/h (diurna) e 5 Km/h (noturna)
1-5. LIMITAÇÕES
1-3
1-6. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
a. Organograma
Gp Cmdo
b. Frações do Pelotão
1) Grupo de Comando (Gp Cmdo)
- Tem a missão de possibilitar ao comandante do pelotão o exercício do comando.
2) Grupo de Exploradores (G Exp)
- O G Exp é apto a executar ações de reconhecimento a pé ou embarcado, prover
segurança nos flancos, realizar golpes de sonda, atuar como seção de metralhadoras em
base de fogos, realizar o ataque a pé como GC e desempenhar diversas funções especi-
ais, como mensageiro e elemento de ligação.
3) Seção de Viaturas Blindadas Sobre Rodas (Seç VBR)
- É o elemento de choque do Pel, estando apta a realizar ações de reconhecimen-
to, de segurança, de defesa e de ataque.
4) Grupo de Combate (GC)
- É o elemento de combate a pé do Pel. Destina-se basicamente a formar o com-
binado Seç VBR-GC (CC e-Fuz), tanto para ações ofensivas quanto defensivas. Pode ser
empregado na realização de pequenas ações de reconhecimento, balizamento e limpeza
de eixos, particularmente quando o G Exp estiver empenhado em outras missões.
5) Peça de Apoio (Pç Ap)
- É o elemento de apoio de fogo indireto do Pel. Normalmente, por ser a última
fração, é responsável pela segurança da retaguarda.
1-4
c. Organização do Pelotão
FRAÇÕES COMPOSIÇÃO VIATURAS MATERIAL PRINCIPAL
Cmt Pel
01 Mtr 7,62mm (MAG)
Gp Cmdo Sd Exp/Motr
Rádio veicular nivel SU/Pel
Sd R Op
VBR (L)
3º Sgt Cmt G Exp
01 Mtr 7,62mm (MAG)
Sd At
Rádio veicular nível Pelotão
Sd Exp/Motr
VBR (L)
1ª Pa G Exp
Sd Exp
01 L Gr
Sd At
Rádio veicular nível Pelotão
Sd Exp/Motr
VBR (L)
Cb Aux
01 Mtr 7,62mm (MAG)
Sd At
Rádio veicular nível Pelotão
Sd Exp/Motr
VBR (L)
2ª Pa G Exp
Sd Exp
01 L Gr
Sd At
Rádio veicular nível Pelotão
Sd Exp/Motr
VBR (L)
01 Mtr 7,62mm (MAG-
2º Sgt Adj/Cmt Seç Coaxial)
Cb At 01 Mtr 7,62mm(MAG-AAe)
Cb Motr VBR 01 Can 90 mm
Rádio veicular nível Pelotão
VBR (M)
Seç VBR
01 Mtr 7,62mm (MAG-
3º Sgt Cmt VBR Coaxial)
Cb At 01 Mtr 7,62mm (MAG-AAe)
Cb Motr VBR 01 Can 90 mm
Rádio veicular nível Pelotão
VBR (M)
3º Sgt Cmt GC
Cb Motr VBTP
Sd At Mtr .50
Cb Aux (Cmt 1ª Esq)
Sd At 01 Mtr .50
GC Sd Fuz (R Op) 02 L Roj AT-4
Sd Fuz (At L Roj) Rádio veicular nível Pelotão
Cb Aux (Cmt 2ª Esq)
Sd At
Sd Fuz (granadeiro) VBTP
Sd Fuz (At L Roj)
3º Sgt Cmt Pç
Sd Motr/Mun 01 Mtr .50
Pç Ap Cb At 01 Mrt Md (81 mm)
Sd Aux At Rádio veicular nível Pelotão
Sd Mun
VBTP
1-5
1-6
CAPÍTULO 2
RECONHECIMENTO
ARTIGO I
GENERALIDADES
2-1
6) máximo acionamento dos órgãos de informações;
7) rápida transmissão dos informes; e
8) carência de informações sobre o inimigo.
2-2
2-4. AÇÕES DURANTE O CONTATO
b. O Cmt Esqd deve estar, plenamente, informado da situação pelo Cmt Pel. Dentro
do Pel todos os elementos mantêm-se ligados ao Cmt Pel.
2-3
1) Em coluna (com as duas Pa G Exp à frente) – formação usada quando pouca
ou nenhuma ação inimiga existe, o sigilo é importante, há necessidade de maior rapidez
no movimento e quando os campos de tiro são reduzidos (Fig. 2-1).
3) Em coluna (com a Seç VBR à frente) – formação usada quando o contato com
o inimigo é iminente ou quando maior poder de fogo à frente torna-se necessário.(2-3).
2-4
2-6. MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE
f. O rádio é o principal meio de que se vale o Cmt Pel para controlar a progressão
de suas frações. Na ausência desse, o Cmt Pel valer-se-á de sinais e gestos
convencionados e de mensageiros, se for o caso.
2-5
Itn Prog CENTAURO
L Ct IRON
L Ct IRON
2-6
(1) (2) (3)
4) Eixo de reconhecimento
a) É a determinação, no terreno, do eixo que deve ser reconhecido pelo
elemento subordinado na execução de sua missão.
b) É utilizado em missões de reconhecimento de eixo, ou quando se pretenda
particularizar a importância de determinado eixo, em missões de reconhecimento de zona
ou de área.
c) O elemento C Mec que recebe a missão de reconhecer um eixo, tem que
percorrê-lo em toda a sua extensão. Os acidentes do terreno que, de posse do inimigo,
possam dificultar ou impedir o movimento de nossas tropas sobre o eixo, são também
reconhecidos. Qualquer desvio, imposto pelo terreno ou pelo inimigo, somente será
realizado mediante ordem do Esc Sp.
d) É identificado por um traço com seta no final e nome entre as linhas de
controle (Fig. 2-9).
EIXO P1
2-7
Além de serem utilizados como medidas de controle de progressão, servem de referência
para localização e observação.
e) O P Ct pode ser utilizado: (Fig. 2-10).
(1) sobre a L Ct, quando houver deslocamento sobre ela por um longo
trecho;
(2) quando o eixo se bifurca;
(3) quando um eixo objetivo de informação cruza um rio obstáculo ou
uma passagem contínua, tal como uma ponte;
(4) quando houver sobre o eixo uma localidade e esta não for objetivo de
informação, é necessário um P Ct antes e um depois; e
(5) como ponto de início de movimento.
(3) (2)
(1)
(5)
(4)
2-8
(1) (2)
8) Limites (Lim)
a) Utilizado para definir responsabilidade;
b) Deve ser traçado sobre um acidente nítido no terreno. Quando for
utilizada uma estrada devemos definir de quem é a responsabilidade sobre o eixo;
c) É identificado por número e símbolo que identifiquem a tropa responsável
por aquela zona de ação.
d) É utilizado: (Fig. 2-12)
(1) quando dois eixos objetivos de informação se aproximam a menos de
4km;
(2) quando se deseja definir a responsabilidade sobre determinada área;
(3) entre Obj em final de missão, para definir responsabilidades sobre a
região, quando a distância entre eles for menor que 4km; e
(4) entre as L Ct, cujos limites devem ser identificados com o valor e a
identificação dos elementos vizinhos.
2-9
Fig. 2-13. Simbologia de P Blq
2-10
b. Os informes sobre o terreno devem incluir a largura da estrada, seu tipo (se
resiste ou não às intempéries), sua capacidade de carga e das pontes, existência e efeito
das obstruções e outros fatores de limitação.
e. Quando for se comunicar com seu Cmt Pel ou Esqd, siga o exemplo abaixo como
modelo. (Tab. 2-1). Ao ser estabelecida comunicação entre o Cmt Pel e Esqd, os
seguintes modelos poderão ser seguidos:
2-11
c. O Reconhecimento em Força não constitui um tipo de missão de reconhecimento,
é uma operação ofensiva.
ARTIGO II
2-12
g. Os informes sobre um eixo ou uma série de eixos, devem incluir a largura da
estrada, o seu tipo, a sua capacidade de resistência às intempéries, a sua capacidade de
carga e das pontes, a existência e efeito de obstruções e outros fatores de limitação.
2-13
b. As patrulhas do grupo de exploradores (Pa G Exp), na testa do pelotão, progridem
por lanços alternados de compartimento em compartimento do terreno, ocupando postos
de observação ao final de cada lanço, quando são posicionadas suas metralhadoras
terrestres que propiciam cobertura para o movimento da patrulha que segue.
2-14
Fig. 2-19. Lanços Sucessivos (2ª fase)
2-15
Fig. 2-21. Progressão por lanços do G Exp (lanço da 1ª Pa G Exp)
2-16
2-11 MANEABILIDADE DA SEÇÃO VBR E DO GRUPO DE COMBATE NO
RECONHECIMENTO DE EIXO
c. A Seç VBR deve manter constante observação sobre o terreno e sobre a ação do
G Exp para prestar-lhe o apoio necessário. Cada VBR deve ter um setor de vigilância
definido durante o movimento. O canhão deverá estar apontado para o centro desse setor
durante a progressão. O canhão deverá estar apontado para o centro desse setor durante
a progressão.
d. Ao término de cada lanço, o motorista de VBR deverá procurar uma posição com
desenfiamento para a viatura e que permita ao atirador abrir fogo contra as posições
dominantes à frente. Sempre que cessar o movimento do pelotão, deverá haver apoio dos
elementos do GC para a defesa aproximada das VBR.
2-17
f. As escotilhas superiores da VBTP deverão, a princípio, estar abertas para que
elementos do GC auxiliem na segurança e observação, tendo cada elemento um setor de
vigilância determinado. O Cmt GC deverá estar sempre atento às ações da Seç VBR e à
direção geral do inimigo para que possa orientar o desembarque do GC quando
determinado.
i. Por sua vez, a fim de auxiliar o avanço das VBR através do eixo de progressão,
são as seguintes as tarefas dos fuzileiros:
1) abrir ou remover campos de minas anticarro (AC);
2) cooperar na neutralização ou destruição das armas AC;
3) designar alvos para as VBR;
4) proteger as VBR contra armas AC a curta distância;
5) liderar o ataque a pé, quando necessário; e
6) realizar a limpeza e auxiliar na consolidação do objetivo.
b. Nesses pontos será feita a locação dos alvos, utilizando-se um código numérico
ou alfanumérico estabelecido como norma geral de ação do pelotão. É importante que
esse levantamento de alvos seja de conhecimento de todos os comandantes de grupos,
em especial do G Exp e do comandante de pelotão.
2-18
Fig. 2-22. Levantamento de alvos para a Peça de Apoio.
c. É provável que, durante o reconhecimento, surjam alvos não previstos pelo Cmt
Pç Ap. Para isso, o Cmt Pel deverá prever uma forma padronizada de transmitir a
localização do alvo via rádio de forma rápida e simples.
e. Especial atenção deve ser dada ao consumo de munição da Pç Ap. Para isso, o
Cmt Pel, o Adj Pel e o Cmt Pç Ap deverão realizar um criterioso controle dos tiros a serem
executados pela peça de morteiro, levando em conta a duração da operação de
reconhecimento e a possibilidade de remuniciamento.
2-19
seus meios, a não ser que haja interferência do inimigo ou que cesse o deslocamento do
pelotão.
2) Todas as frações deslocar-se-ão por lanços, cuja extensão variará de acordo
com o terreno; cada viatura manterá o contato visual com as viaturas próximas e ficará
em condições de apoiar pelo fogo a viatura que a precede. Normalmente o G Exp liderará
a progressão, movimentando-se por lanços sucessivos ou alternados, conforme a
situação. Nesse processo, a Peça de Apoio não entrará em posição ao término de cada
lanço, a menos que o pelotão faça alto. O responsável pela manutenção da velocidade de
reconhecimento será o comandante da fração que estiver liderando o movimento (o G
Exp ou a Seç VBR). As distâncias entre as viaturas variam de acordo com o terreno, mas
deve-se procurar manter o contato visual. A distância entre os elementos deve permitir ao
pelotão mover-se com o máximo de velocidade, diminuindo-se, assim, a possibilidade de
ser envolvido numa emboscada ou armadilha e de expor, simultaneamente, todos os
elementos ao fogo inimigo. As distâncias nunca poderão exceder o alcance das armas em
apoio.
3) Movimento por lanços do pelotão: empregado quando o contato com o inimigo
é iminente ou já foi realizado ou quando a segurança é fator preponderante. Nesse
processo, o pelotão desdobra seus meios no terreno ao término de cada lanço, em
posições anteriormente escolhidas na carta. A peça de Apoio permanecerá instalada
durante o deslocamento do restante do pelotão de uma posição para outra. Tanto o G Exp
quanto o combinado formado pela Seç VBR e pelo GC poderão liderar a progressão.
Todas as viaturas deslocar-se-ão por lanços, exceto a da Pç Ap, que, entre as posições
de tiro se deslocará o mais rápido possível. A extensão do lanço não poderá exceder o
alcance de apoio da peça de morteiro. A progressão do pelotão durante a realização dos
lanços será idêntica à executada no processo anterior, porém, ao término de cada lanço,
os exploradores desembarcarão e entrarão em posição nos flancos, a uma distância que
não prejudique a retomada do movimento (no máximo 400 metros). A seção de carros
abandonará o eixo, procurando posições com algum grau de desenfiamento em que haja
condições de bater com seus fogos a direção de marcha. O GC desembarcará e
protegerá as VBR, somente após o pelotão haver desdobrado seus meios é que a Pç Ap
embarcará e cerrará para a posição do pelotão. Tão logo a peça de morteiro esteja
novamente pronta para o tiro, o restante do pelotão embarcará e seguirá para a próxima
posição já determinada. O responsável pela manutenção da velocidade do
reconhecimento passa a ser o comandante de pelotão, que deverá determinar o momento
de avançar para a nova posição.
2-20
Fig. 2-24. Movimento por lanços do pelotão (Pç Ap cobrindo o avanço do restante do Pel).
Fig. 2-25. Movimento por lanços do pelotão (Avanço da Pç Ap para a próxima posição).
ARTIGO III
2-21
1) não se conhece a localização exata do inimigo, que poderá ser encontrado em
deslocamento através campo, por itinerários diversos ou, ainda, estacionado;
2) o escalão superior deseja selecionar itinerários para deslocar seu grosso;
3) desejam-se informes pormenorizados; e
4) o tempo disponível permite o reconhecimento por meio de um verdadeiro
vasculhamento da área de operação.
b. Ao G Exp deve ser proporcionado tempo suficiente para efetuar golpes de sonda
que se façam necessários e reconhecer todos os acidentes do terreno na zona de ação.
2-22
c. No Rec de Área, o Pel se desloca pelo eixo mais favorável até a área a ser
reconhecida. Ao chegar à área designada, executa o Rec da mesma maneira que num
Rec de Zona, ou por meio do deslocamento do G Exp diretamente para um ou mais
postos de observação previamente selecionados, dos quais toda a área possa ser
observada. Estes PO podem ser reforçados por patrulhas a pé ou embarcadas.
e. Pode-se afirmar que de acordo com o terreno, o Pel realizará o Rec de Zona
totalmente desdobrado em linha, com o G Exp nos flancos e à frente do Pel. Em situações
especiais, O GC poderá empregar uma de suas esquadras no Rec de um local dentro da
Zona a ser reconhecida; todavia deverá, obrigatoriamente, manter a outra esquadra
provendo a segurança da Seç VBR.
a. No Rec de Zona a seção VBR progride junto ao grosso do Pel, pelo melhor eixo e
na parte central da zona de ação, ficando em condições de apoiar as ações de
reconhecimento do G Exp.
ARTIGO IV
2-23
desdobramento, ou que, por suas características táticas, torne o pelotão mais vulnerável à
atuação inimiga.
2-24
agressivo, limitando-se à procura de minas e armadilhas e à verificação da estrutura da
ponte, não podendo durar mais do que 5 minutos;
2-25
c. Quando o reconhecimento for feito por apenas uma patrulha, cada viatura
comporta-se como se fosse uma patrulha e todos os informes serão levantados pelo seu
comandante.
e. No caso da Seç VBR estar liderando o movimento do pelotão, esta deverá entrar
em posição antes da ponte. Elementos do GC poderão ser utilizados para substituir o G
Exp no reconhecimento.
2-26
1) pernas – um cavalete composto por duas pernas de madeira de 15 x 15 cm ou
18 cm de diâmetro suporta até 18 ton. Como medida de segurança, deve ser solicitado
apoio ao escalão superior para a transposição de pontes com pernas de dimensões
diferentes; e
2) vigas – para obter sua capacidade, deve ser multiplicado o resultado da tabela
abaixo, que utiliza a medida da altura da viga e do maior lance da ponte, pela largura da
viga em polegadas. Para calcular a capacidade da ponte, basta multiplicar o resultado
obtido pelo número de vigas. As vigas podres ou em más condições não deverão ser
computadas.
2-27
ALTURA DA VIGA
Em polegadas
6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Em centímetros
15 20 2531 36 41 46 51 56 61
3,0 m 0,19 0,34 0,55
0,80 1,05 1,40 1,75 2,15 2,65 3,15
DIST. DO LANCE
Exemplo:
Ponte com 6 vigas de madeira
Dimensões da viga: Altura – 20 cm, Largura – 30 cm
Distância do maior lance: 3 m
Cálculos:
Na tabela, cruzando o dado ”Altura” (20 cm) com o dado “Lance” (3 m),
encontramos o valor 0,34;
Multiplicando-se esse valor pela “Largura” (em polegadas):
30 cm = 12 pol., então 0,34 x 12 = 4,08 ton (capacidade da viga)
4,08 x 6 (número de vigas) = 24,48 ton (capacidade da ponte)
i. Para pontes de vigas de trilho (35kg/m) utiliza-se a tabela abaixo, atentando para
que as viaturas sejam ultrapassadas uma de cada vez.
2-28
2-20. RECONHECIMENTO PELO FOGO
a. O reconhecimento pelo fogo é uma técnica especial quando o tempo for escasso
e não houver necessidade de sigilo. Sua adoção anula a surpresa do reconhecimento e
pode fracassar totalmente quando empregada contra uma tropa bem adestrada que, ao
invés de revelar sua posição, aguarde o momento oportuno para fazer uso da surpresa.
2-29
2-21. RECONHECIMENTO DE DESFILADEIRO
a. O desfiladeiro é uma área crítica para quem deseja ultrapassá-lo pois facilita uma
ação inimiga, tendo em vista que canaliza o movimento e restringe a liberdade de
manobra, facilitando as ações de emboscada.
2-30
b. O restante do pelotão permanecerá no local, com a Seç VBR em posição face à
margem oposta, e a Pç Ap com concentrações levantadas para pontos críticos de onde o
inimigo possa influir no deslocamento dos exploradores ou no dispositivo do pelotão. GC
desembarcará fornecendo segurança a toda a posição. Todas as viaturas e elementos
devem permanecer cobertos e abrigados e os movimentos são restringidos ao mínimo. O
contato rádio é mantido com os exploradores, mesmo deslocando-se a pé.
D = (L x Va) / Vo
2-31
f. A travessia do vau pelo pelotão será feita por lanços, sempre com segurança. Em
cada viatura do G Exp, um homem desembarcado fornecerá segurança e outro guiará o
motorista por sinais, deslocando-se a frente da viatura durante a travessia. Após o G Exp,
atravessará uma das VBR, protegida pela outra em posição. Quando a primeira estiver
instalada no terreno, atravessará a segunda. O GC atravessará a pé acompanhando as
VBR, e as VBTP após estes. A Pç Ap embarcará e atravessará em seguida.
b. Reconhecimento noturno a pé
1) Normalmente o reconhecimento a pé parte de posições instaladas pelo pelotão
ou esquadrão. Nestes locais ficarão as viaturas do pelotão. O efetivo da patrulha será
decorrente da missão e da necessidade de segurança na posição das viaturas.
Normalmente missões de reconhecimento a pé serão realizadas pelo G Exp, se for o caso
sem os motoristas, e pelo GC. O armamento e equipamento será também decorrente da
missão.
2) O reconhecimento noturno a pé é recomendado para distâncias que permitam
o deslocamento a pé em tempo útil para o objetivo do reconhecimento. As missões abaixo
são as mais comuns de serem atribuídas ao pelotão:
a) reconhecimento de acidentes importantes;
2-32
b) reconhecimento à frente, nos flancos e no interior de posições defensivas (P
Def);
c) reconhecimento de posições de ataque e itinerários de progressão para um
ataque noturno a ser realizado pelo escalão superior.
2-33
4) A abordagem do objetivo de reconhecimento é feita normalmente pelo G Exp a
pé. O restante do pelotão cobre o seu movimento, se houver necessidade, ou entra em
defesa circular em um local distante no mínimo 400 m do objetivo. Devido à dificuldade de
orientar-se à noite, à medida que se perceber a aproximação do objetivo, a velocidade do
pelotão deverá ser reduzida e o Cmt Pel deverá atuar mais com os Exploradores até se
certificar de sua posição em relação ao objetivo, quando determinará o local para a
defesa circular do pelotão ou as posições para as armas que darão cobertura à
progressão do G Exp.
2-34
e. Quando o eixo atravessar uma mata densa, o pelotão progredirá na formação em
coluna com os Exploradores à frente. Estes poderão executar um reconhecimento pelo
fogo nas margens da estrada quando a situação permitir e houver disponibilidade de
munição. Quando a extensão a atravessar for pequena e não houver premência de
tempo, um elemento em cada viatura do G Exp e o GC progredirão a pé, provendo a
segurança aproximada do pelotão. Caso contrário, o pelotão deslocar-se-á mais
rapidamente e o GC desembarcará da VBTP, subindo nas VBR. Tal medida visa proteção
dos blindados e facilita a reação imediata contra qualquer tipo de ação inimiga
proveniente da mata. Os fuzileiros deverão manter constante observação e evitarão
prejudicar a visão dos motoristas das VBR ou o giro da torre. Quando o contato com o
inimigo for iminente e o bosque não for muito extenso, poderá se realizado um
reconhecimento pelo fogo com morteiro, utilizando granadas explosivas com retardo.
f. Para a travessia de macegas extensas, deve ser adotada a formação em “Y”, com
os elementos do GC desembarcados ou sobre as VBR, conforme a velocidade imprimida
ao pelotão. Macegas pequenas serão reconhecidas pelo G Exp antes da travessia do
pelotão.
i. O Pel C Mec não tem capacidade para liberar uma área de mata densa ocupada
por elementos irregulares inimigos. No entanto, poderá manter vigilância sobre ela e fogo
de inquietação sobre seu interior, até que o escalão superior adote uma linha de ação
para a situação.
2-35
reduzida em virtude da dificuldade de deslocamento e da vulnerabilidade aos ataques e a
frente de emprego das peças de manobra deve ser reduzida em razão da fácil
dissimulação do inimigo e do difícil terreno a reconhecer. Pode se conclui que o êxito da
missão está intimamente ligado ao planejamento detalhado da missão de reconhecimento
por parte do Cmt Pel.
2-36
localidade? A resposta destas perguntas influenciará o emprego do Pel na operação de
reconhecimento. Outros fatores importantes são: o tipo de guerra, o inimigo e a sua
doutrina de combate. A missão de reconhecimento pode estar enquadrada dentro de uma
guerra regular ou de uma guerra irregular. O exército inimigo poderá ser uma tropa
regular - forças armadas - ou uma milícia. A doutrina de combate do inimigo poderá ser
similar à da tropa amiga ou se basear em outros processos de combate. A probabilidade
de contato com o inimigo é iminente, provável ou pouco provável.
g. Por fim, cada situação terá um quadro tático diferente. Ao realizar o estudo
detalhado, o Cmt Pel notará que para cada quadro tático, é possível obter-se uma decisão
de reconhecimento, mesmo que as localidades citadas tenham as mesmas dimensões e
características. Em razão disso, antes do início do planejamento, é importante que o Cmt
Pel analise os fatores intervenientes do planejamento, já citados acima. Estes aspectos
podem ser identificados quando do recebimento da missão ou descobertos através dos
informes de combate que possam vir a surgir até a abordagem da localidade a ser
reconhecida
2-37
postos de observação e no posicionamento do morteiro, que apóia o avanço do Pel C
Mec.
2) Planimetria: ruas, estradas e rios são importantes no Rec de uma localidade,
pois, normalmente, auxiliam na marcação das medidas de coordenação e controle;
3) Obstáculos naturais e artificiais: a localidade, por si só, constitui um obstáculo
para as VBR e aos carros de combate. A existência de rios, viadutos, aquedutos, lagos e
matas canalizarão o movimento, interferindo nas ações. Além desses há aqueles que
resultam da própria construção da localidade, como muros, valas, escombros, ruínas, e
que podem ser agravados pelos obstáculos artificiais. Se um rio-obstáculo passa pela orla
anterior da localidade, aumenta o valor defensivo da posição; se passa pela orla posterior
da localidade pode constituir-se em excelente posição para ações futuras; se
longitudinalmente no interior da cidade, dissocia os esforços das tropas empenhadas; se,
no entanto, for perpendicular à direção de atuação, favorece um possível defensor.
4) Observação e campos de tiro: analisando esse aspecto, pode-se afirmar que
um possível defensor instalado na orla da localidade possui maiores vantagens do que a
tropa de reconhecimento. Mas, no interior da localidade os campos de tiro e de
observação limitar-se-ão ao sentido das ruas. O dispositivo das habitações é que
permitirá avaliarmos melhor este fator, no entanto, a compartimentação dos casarios
reduz a extensão dos campos de tiro e, conseqüentemente, limita o emprego do
armamento.
5) Cobertas e abrigos: existe de forma abundante neste ambiente operacional.
Muros, casas, prédios, túneis, galerias subterrâneas são alguns dos vários fatores que
podem ser utilizados para a aproximação dos meios.
6) Vias de acesso: as localidades são importantes nós rodoviários e,
normalmente, possuem vias de acesso convergentes para a sua entrada. Podem ainda
possuir uma via de acesso principal que corta a localidade de um lado a outro e uma via
de acesso que circunda toda a localidade.
7) Ainda no aspecto terreno é importante que o Cmt Pel verifique as seguintes
instalações no interior da localidade: aeroportos, portos, galpões, postos de combustível,
quartéis, fábricas de munição e de armamento, e instalações que devem ser reconhecidas
e monitoradas, pois são locais potencialmente importantes para a utilização tanto da tropa
amiga, pela qual o Pel atua em proveito, quanto pela tropa inimiga.
i) Em particular nas operações urbanas é necessário que o Cmt Pel realize uma
análise dos aspectos sociais, político-administrativos, econômicos e os interesses militar,
existente em uma localidade. Esses são aspectos existentes em considerável parcela dos
centros urbanos, independentemente dos fatores intervenientes. Para esta análise deve
ser considerado o seguinte:
1) No aspecto social:
a) Número de habitantes: a alta densidade demográfica pode dificultar o
movimento e a atuação das forças pelas ruas e avenidas da localidade, bem como a
baixa densidade demográfica flexibilizará estas ações. O Cmt Pel deve preocupar-se com
a possível formação de longas colunas de refugiados à esteira das estradas, pois tal
situação, caso ocorra, influenciará diretamente a missão de reconhecer.
b) Características das habitações: a existência de prédios, vilas, conjuntos
habitacionais, condomínios e favelas, bem como a estrutura das ruas e dos quarteirões,
devem ser levadas em consideração para padronização de procedimentos. Normalmente,
em uma localidade podem ser encontradas zonas distintas: a periferia da cidade, onde se
pode encontrar casas ou pequenos grupos de casas isoladas e cercadas por quintais;
2-38
uma outra região em que se podem encontrar casas ou prédios que guardam entre si
pequena distância; e, ainda, outra região, normalmente o centro da localidade, onde
essas construções não guardam intervalo entre si.
2) Nos aspectos político-administrativos e econômicos:
a) Instalações governamentais e institucionais: prefeitura, câmara dos
deputados, estações de tratamento de água, centrais de distribuição de energia elétrica,
agências bancárias, dentre outras instalações, são pontos vitais de uma localidade que
devem ser localizados.
b) A existência de áreas industriais e de um pólo petroquímico, têxtil ou
alimentício é importante para análise do planejador. É normal que as atividades
econômicas de uma região girem em torno de grandes complexos industriais. É comum
existirem nesses locais áreas sensíveis, que se constituem em um grande atrativo para as
ações de sabotagem. Em se tratando de refinarias de petróleo ou de usinas energéticas a
atenção deve ser redobrada, pois, normalmente, há interesse por parte do escalão
superior. É observado ainda, que nesses locais há um intenso trânsito de pessoas,
veículos e caminhões de carga. As áreas industriais, devido às características citadas,
constituem-se em regiões complexas para o reconhecimento.
l. Os EEI são questionamentos, impostos ou não pelo escalão superior, que devem
ser respondidos pela missão de reconhecimento. Poderão existir diversos EEI impostos
pelo escalão superior. Se o Cmt Pel não receber uma ordem especificando os objetivos
de informação que devem ser reconhecidos no interior da localidade, ele deverá identificar
os prováveis elementos essenciais de informação (EEI) presentes no ambiente
operacional urbano. Para fins de planejamento o Cmt Pel poderá levantar como prováveis
EEI os seguintes aspectos quanto ao:
1) Inimigo:
a) Descobrir vestígios de tropa no interior da localidade;
b) Verificar o dispositivo, valor, localização e composição do inimigo;
c) Verificar a localização de prováveis atiradores de elite “Snipers”;
2) Terreno:
a) Executar o reconhecimento das pontes que existam no interior e nos
arredores da localidade;
b) Verificar a existência e executar o reconhecimento de obstáculos naturais e
artificiais;
c) Reconhecer e confirmar os dados planimétricos existentes no terreno
(direção e capacidade das ruelas, ruas, avenidas, etc.). Como atesta a citação, muitas
vezes os aspectos planimétricos se mostram diferentes dos visualizados no estudo da
carta topográfica. Para melhor exemplificar os conceitos citados. “(...) Era fácil se perder
em Mogadíscio. As ruas não seguiam qualquer planejamento urbano organizado. Ruas
que pareciam levar a determinado lugar mudavam subitamente de direção (...)”. O referido
texto foi extraído do livro Falcão Negro em perigo de BOWDEN, 2001.
3) Meios:
a) Comunicações: verificar a existência e a localização das empresas de
telecomunicações; tipos de meios e a área de abrangência;
b) Logísticos: verificar a existência e executar o reconhecimento em galpões,
armazéns, mercados e verificar a capacidade dos postos de gasolina;
2-39
c) Engenharia: reconhecer possíveis estações de tratamento d’água e locais de
suprimento d’água tais como barragens, aquedutos ou adutoras e seus pontos
vulneráveis; verificar a existência e reconhecer os locais de produção ou distribuição de
energia elétrica, a força geradora (água, carvão ou óleo) e os locais vulneráveis;
reconhecer as indústrias e os depósitos de engenharia tais como, pedreiras, jazidas de
areia, cascalho, serrarias, olarias e fábricas de cimento, usinas siderúrgicas e fábricas de
máquinas;
d) Manutenção: reconhecer, se possível, as oficinas mecânicas de pequeno,
médio e grande porte, com o tipo de peças estocadas (peças de carro, caminhão, carreta,
ônibus, etc.);
e) Saúde: identificar a capacidade das instalações hospitalares tais como,
farmácias, postos de saúde, clínicas e hospitais, e a possibilidade de serviços a serem
prestados, e, dentro do possível, o pessoal de saúde existente;
f) Transporte: identificar possíveis ferrovias e suas ligações; verificar a
existência de rodovias, aerovias, hidrovias e suas características; identificar a capacidade
do terminal aeroviário, rodoviário, ferroviário e do porto; verificar, ainda, a existência e a
capacidade das possíveis empresas de transporte de carga e passageiros.
4) Assuntos civis:
a) Analisar a conduta da população e a repercussão na mídia local quanto à
presença da tropa na localidade;
b) Observar a existência de refugiados nos eixos que demandam à localidade
e, mediante ordem, conduzi-los a locais pré-determinados;
c) Verificar o grau de normalidade da localidade.
m. A observância destes EEI, acima citados, por parte do Cmt Pel otimizará e
padronizará os procedimentos de reconhecimento no interior e nos arredores de uma
localidade. Diante da resposta de “o que reconhecer”, o Pel C Mec preparar-se-á melhor
para operações dessa natureza, pois, estará em melhores condições para identificar e
reconhecer os aspectos úteis e importantes de uma localidade
2-40
Fig. 2-35. Reconhecimento de localidade Fig. 2-36. Reconhecimento embarcado
(aproximação do Pel C Mec e ocupação de localidade grande (até 2 km).
de P Obs.).
2-41
a proteção aproximada das VBR, o que é mais comum. Linhas de controle ou objetivos
sucessivos podem ser designados para melhor coordenação, usando-se ruas transversais
ou paralelas. A Pç Ap poderá se deslocar para uma posição mais à frente se necessário.
2-42
marchará acompanhando as VBR, ocupando cobertas e abrigos, atuando contra qualquer
intervenção de elementos a pé. A VBTP do GC progredirá à retaguarda da Seç VBR, o
GC deverá manter o atirador da metralhadora .50 em sua posição na torreta da Vtr.
c. Caso o obstáculo encontrado não possa ser removido pelo pelotão, deverá ser
procurado um itinerário para desvio. Tal tarefa será executada pelo G Exp.
a. É indispensável que o escalão superior seja alertado do contato visual assim que
este for obtido.
2-43
d. Se houver possibilidade de emboscada à coluna e a missão do pelotão permitir tal
tipo de ação, o pelotão dirigir-se-á para o local escolhido para a ação, as VBR entrarão
em posição com desenfiamento de torre, em condições de obter desenfiamento de
couraça para o tiro. O GC desembarcará e protegerá as VBR, o G Exp bloqueará e
guarnecerá as vias de acesso à posição do pelotão e a Pç Ap será instalada no próprio
local de onde foi avistado o inimigo, exceto se a distância exceder o seu alcance útil. O
Cmt Seç VBR dividirá a coluna inimiga em setores para as duas VBR e o sinal de fogo
será dado pelo Cmt Pel.
ARTIGO V
CONSIDERAÇÕES FINAIS
2-44
2) O Cmt Pel deve reconhecer o local acompanhado dos comandantes de fração,
radioperador. Cada Cmt de fração leva consigo um homem que será, posteriormente, o
guia da fração;
3) O Cmt Pel deve designar os setores de responsabilidade de cada fração
procurando-se, para isto, utilizar pontos nítidos do terreno. Posteriormente, os
comandantes de fração devem reconhecer seus setores, verificando, à luz do terreno, o
local mais adequado para desdobrar a sua fração. Possíveis modificações devem ser
autorizadas pelo Cmt Pel. Após o Rec inicial, os guias são enviados para a posição onde
o Pel aguarda desdobrado e guiam as viaturas para as posições definidas na P Blq.
4) De modo geral pode-se dizer que o núcleo da Posição de Bloqueio será
constituído pela Seção VBR que baterá a principal via de acesso para carros de combate
que incidam sobre a posição. O grupo de combate fará a proteção aproximada das VBR
dentro de tocas posicionadas na crista militar, logo à frente da Seç VBR. O grupo de
comando também permanecerá no núcleo do Pel. O grupo de exploradores será
posicionado nos flancos da posição com os seguintes objetivos: evitar que a posição seja
desbordada e proteger, pelo fogo das metralhadoras, as vias de acesso para tropa a pé
que demandem para a posição. A peça de apoio ficará à retaguarda da posição batendo
os ângulos mortos do terreno e demais pontos capitais priorizando os alvos mais longes
da P Blq.
c. Ocupação da P Blq
1) O início da ocupação propriamente dita, deve ser feita com luminosidade, antes
do escurecer, visando à confecção correta dos roteiros de tiro e do sistema de segurança.
A ocupação durante a noite é dificultada pelas condições de visibilidade para os
reconhecimentos, pela identificação do terreno e pela escolha das posições.
2) O Cmt Pel poderá decidir por tomar dois dispositivos para a ocupação da P
Bloq. Primeiramente deverá desdobrar o G Exp e a Pç Mrt em um compartimento à frente
da P Bloq, buscando assim observar o Ini o mais à frente possível. Esta ocupação será
realizada durante o período de luminosidade até que seja estabelecido o contato com o
inimigo. A segunda opção o G Exp e a Pç Ap estarão ocupando o mesmo compartimento
do Pelotão.
2-45
3) O emprego criterioso das NGA de uma P Blq aumentará a velocidade desta
ocupação além de proporcionar maior segurança ao Pel.
4) A ocupação da posição deve estar de acordo com os princípios e fundamentos
das ações de defesa. Os fatores básicos a serem considerados para sua ocupação
incluem:
a) posições de tiro principais;
b) posições de muda;
c) posições suplementares;
d) observação;
e) campos de tiro;
f) cobertas e abrigos;
g) desenfiamento de torre e de couraça para as VBR;
h) preparação de roteiros de tiro;
i) segurança, incluindo postos de vigilância e escuta, patrulhas e o emprego
dos fuzileiros do grupo de combate para a proteção aproximada das VBR; e
j) itinerários de retraimento
2-46
2) os FAP são colocados em posição de acordo com o setor de tiro distribuído
pelo Cmt GC. Cabe salientar o Cmt Pel poderá, caso julgue apropriado, mandar
desembarcar a Mtr .50 da VBTP e posicioná-la em seu reparo terrestre na zona de ação
do GC;
3) limpeza dos campos de tiro e de observação;
4) confecção dos roteiros de tiro para os prováveis alvos, com eficiência e
rapidez, buscando aproveitar ao máximo o período de luminosidade;
5) estabelecimento de sistemas de comunicações;
6) preparação dos espaldões das armas coletivas, cobertura e camuflagem das
tocas e viaturas;
7) lançamento de alarmes e armadilhas à frente dos postos de vigilância; e
8) preparação das posições de muda e suplementares.
c. Os roteiros de tiro têm por finalidade amarrar o tiro das armas em alvos
previamente levantados, a fim de obter o máximo de aproveitamento dos tiros nos
períodos de pouca ou péssima visibilidade.
2-47
e. No anexo “B” desse caderno de instrução poderão ser observados os principais
roteiros de tiro do armamento coletivo do Pel C Mec, bem como o Plano de Fogos do
referido Pelotão.
2-48
b) se o inimigo foi reforçado;
c) atividades do inimigo; e
d) conseqüências das atividades do inimigo (atrasos, manobras, ataque, PG,
documentos capturados).
4) Situação da tropa:
a) mortos;
b) feridos; e
c) disponibilidade de viaturas;
5) Outros documentos que posem ser anexados:
a) calco de atualização da carta; e
b) croqui do dispositivo inimigo encontrado.
6) Identificação do relatório com local, data e assinatura do Cmt Pel.
2-49
CAPÍTULO 3
SEGURANÇA
ARTIGO I
GENERALIDADES
c. Todos os escalões são responsáveis por sua própria segurança, mesmo que se
beneficiem daquela proporcionada por outra força.
f. A segurança repousa:
1) nas informações que recebe do escalão superior e nos informes obtidos pelos
seus próprios órgãos de reconhecimento;
2) no emprego de forças de segurança;
3) no dispositivo adotado; e
4) nas medidas contra a ação eventual da aviação e artilharia de longo alcance,
contra os efeitos dos agentes QBN, contra os ataques blindados e contra as ações de
guerra eletrônica.
3-1
defensiva empregando os seus meios de acordo com os fatores da decisão (missão,
inimigo, terreno, meios e tempo).
i. A ligação entre a F Seg e o corpo principal é um dos pontos críticos das operações
de segurança.
3-2
ameaça do inimigo.
e. Manter o contato com o inimigo – O contato com o inimigo deve ser mantido até
que este não constitua mais uma ameaça ou que se afaste da zona de ação da tropa em
proveito da qual a força opera. O comandante de uma força de segurança não pode,
voluntariamente, romper o contato com o inimigo, fazendo-o somente mediante
autorização do escalão superior. Deve-se impedir que a força inimiga surpreenda a força
protegida. Se a força inimiga sai da zona de ação, deve-se informar à unidade vizinha,
auxiliando esta a estabelecer o contato com o inimigo.
3-3
zona dependendo da velocidade do corpo principal da tropa, do inimigo, do terreno, do
tempo e dos meios disponíveis.
b. Operações de segurança de flancoguarda – São aquelas operações que visam
à cobertura, à proteção ou à vigilância de um flanco do corpo principal de uma tropa. O
grau de segurança estará condicionado ao poder de combate, material empregado,
distância estabelecida pelo escalão superior e à missão atribuída. O Pel C Mec realiza a
flancoguarda ocupando posições de bloqueio das principais vias de acesso que
demandam ao eixo de deslocamento do corpo principal da tropa.
a. Ponto de Controle
Nas Op Seg os P Ct devem ser marcados, obrigatoriamente, sobre o Itn Prog do
Pel nas seguintes regiões:
1) entradas e saídas das P Blq;
2) cruzamento do Itn Prog sobre Rio obstáculo;
3) entrada e saída de localidades; e
4) ponto de início ou término do Itn Prog através campo.
b. Linha de Controle
1) Em Op Seg as L Ct são traçadas com as seguintes finalidades:
a) regular a Prog da F Seg;
b) balizar uma possível posição de Rtrd ou Vig;
c) balizar a linha sobre a qual deverão ser marcadas as P Blq ou P Vig iniciais.
Neste caso esta linha é imposta pelo Esc Sp e restringe o Mvt da F Seg; e
d) distância de 08 a 12 Km uma da outra.
c. Pontos de Ligação
1) O Pel C Mec não lançará P Lig entre grupos, entretanto, deverá executar a
ligação quando imposta pelo escalão superior.
2) Os P Lig são marcados entre as P Blq com as seguintes finalidades:
a) estender a observação à frente e nos Fln; e
b) definir a A Rspnl dos Pel que as estiverem ocupando.
3) Os P Lig impostos pelo Esc Sp, a fim de coordenar a ligação da F Seg com o
corpo principal, balizam o limite da A Rspnl da F Seg.
3-4
d. Limites
Os limites definidos pelo Cmt SU são as áreas de responsabilidade dos Pel. Incluem
os espaços dentro dos quais os Pel podem atirar e manobrar sem necessidade de
coordenação e sem interferência de outros elementos.
e. Itinerário de Progressão
É o Itn imposto pelo Cmt SU por onde o Pel deverá deslocar-se. Possui as
seguintes características:
1) interior às P Blq ou P Vig;
2) afastado o suficiente para não interferir com a Man do corpo principal;
3) fácil acesso as P Blq ou P Vig;
4) orientado para o Obj ou P Blq final ;
5) paralelo ao E Prog do corpo principal; e
6) preferência às estradas, podendo ser através campo.
f. Posições de Bloqueio
1) As P Blq, sempre que possível, devem ser utilizadas para:
a) dominar as principais penetrantes do Ini, prevendo 01 (um) Pel barrando 01
(uma) penetrante;
b) aproveitar o terreno com boas características defensivas;
c) ser paralelas ao E Prog da F Ptg ou Cob; e
d) proporcionar tempo e espaço para a manobra do corpo principal.
2) A P Blq, em final de missão, tem os mesmos objetivos das P Bloq normais,
podendo ser aproveitados também para servir de ponto para prosseguir na missão,
manter o terreno para a segurança da tropa do corpo principal, prosseguir na missão ou
apoiar uma ultrapassagem.
3) Na ocupação de uma P Blq, deve-se evitar:
a) elemento dissociador (rio Obt, mata Obt e outros) dividindo a P Bloq;
b) flanqueamento da P Blq; e
c) cidade à retaguarda, com população hostil.
g. Objetivos
Marca-se o objetivo, em final de missão, numa missão de flancoguarda, quando o
eixo de progressão do grosso e o itinerário de progressão da flancoguarda terminam na
mesma direção, ou quando imposto pelo escalão superior.
h. Região de Destino
Região para onde são deslocados os elementos não empregados em primeiro
escalão. É prevista pelo Cmt Esqd em locais que permitam apoiar as ações dos
elementos empregados em 1º Esc, geralmente ocupada pelos trens da SU e pelotões em
reserva. Será ocupada quando houver condições de segurança. Normalmente, a cada
linha de controle corresponde uma região de destino.
3-5
ARTIGO II
f. Nas operações ofensivas a F Cob opera à frente ou nos flancos do corpo principal
e possui as seguintes atribuições:
1) conduzir um contínuo reconhecimento ao longo do eixo de avanço da força
coberta;
2) negar ao inimigo informações sobre o dispositivo, valor, localização e
composição do corpo principal;
3) destruir ou repelir os elementos de reconhecimento do inimigo e/ou as suas
forças de segurança;
4) esclarecer a situação para determinar as possibilidades do inimigo;
5) destruir, repelir ou fixar as forças inimigas determinadas pelo escalão superior; e
6) explorar as oportunidades.
g. Uma F Cob é uma F Seg que opera à frente de uma posição. Esta força opera
empregando as técnicas e os dados médios de planejamento de uma operação de
reconhecimento de zona, devendo acompanhar a velocidade de progressão da força
3-6
coberta.
i. A distância que o Pel C Mec se afasta da força coberta depende dos fatores da
decisão e deve ser especificada pelo comandante do Esqd C Mec ou R C Mec.
Rfr
Força de Cobertura
Mec
Força de Proteção
Mec
Fig. 3-1 O Pel C Mec integrante do Esqd/Rgt como Força de cobertura de Vanguarda
l. A F Cob Fln é uma força de segurança que opera no Fln de uma força estacionada
ou em movimento. Esta força é empregada quando existe a possibilidade de atuação do
inimigo no Fln.
3-7
m. O Pel C Mec empenhado na missão de cobrir um flanco de determinada tropa
utilizará as mesmas técnicas de maneabilidade empregadas nas missões de proteção de
flancoguarda.
p. O acolhimento da F Cob pelo corpo principal é uma tarefa complexa que exigirá
um planejamento detalhado e centralizado pelo Cmt Esqd.
Fig. 3-2 O Pel C Mec integrante do Esqd/Rgt como Força de cobertura de retaguarda
3-8
ARTIGO III
3-9
parte da missão de vanguarda atribuída ao R C Mec. No segundo caso, poderá constituir
um dos escalões citados no item anterior.
k. Ao estabelecer o contato com o Ini, o Pel C Mec adota uma atitude agressiva
para esclarecer a situação empregando todos os meios disponíveis a fim de determinar o
dispositivo, o valor, a localização, a composição e a atitude do inimigo.
m. Caso a Vgd não consiga prosseguir no seu deslocamento face à ação do Ini, o
Pel adotará uma atitude defensiva, ocupando uma posição no terreno em condições de
Ap Ultr da F Ptg. Nesta situação, apesar de adotar uma atitude defensiva, o Pel realiza
ações para levantar o dispositivo do inimigo a fim de orientar as Aç da F Ptg.
3-10
q. A vanguarda, em geral, ataca diretamente da coluna de marcha, para destruir
as forças inimigas que tentem impedir sua progressão. O comandante do Pel C Mec deve
estar atento para realizar ataques de oportunidade, sempre que a situação o permitir.
r. Quando a situação exigir que o escalão superior empregue seus meios, o Pel C
Mec poderá proporcionar a segurança do grosso, apoiar pelo fogo ou participar das ações
como elemento de manobra.
3-11
f. Na realização de manobras de flanco tipo envolvimento e desbordamento, os Pel
C Mec orgânicos de Esqd C Mec de Brigadas Blindadas têm um eficiente emprego
atuando como flancoguarda móvel. As técnicas utilizadas são idênticas às empregadas
nas demais operações.
3 14
D Mec
Vg
C 3 14
x
Cmdo 3 Mec
Me
B 25
c
3
2/3
105
3 3
A Me
2/3 c
13 C 13
9 3
Rg
3-12
poderá operar.
5) Se a área a proteger tornar-se tão extensa que não possa ser protegida
adequadamente, o comandante da flancoguarda deve pedir permissão para vigiar parte
dela ou ser liberado da responsabilidade de segurança de parte da retaguarda da área.
Esta solicitação deverá ser feita em forma de proposta ao Cmt do grosso.
6) A flancoguarda deve se deslocar em uma direção paralela à do grosso, em
condições de ocupar posições (P Blq) que barrem as vias de acesso que incidam no
flanco da tropa protegida.
7) Os processos básicos de deslocamento de flancoguarda móvel são:
movimento contínuo, lanços alternados e lanços sucessivos. O comandante escolherá o
mais adequado, levando em consideração, particularmente, a velocidade do grosso, o
terreno e as possibilidades do inimigo. O Esqd C Mec de Bda deverá prever seus
deslocamentos por lanços de pelotão.
8) A progressão por lanços alternados é usada quando a força protegida
avança com pouca velocidade e/ou há possibilidade de forte ameaça inimiga. Neste
processo, um Pel ultrapassa o outro e ocupa nova P Blq, somente após este Pel estar em
condições de proteger o grosso é que o segundo Pel segue para ocupar sua nova P Blq .
C
G 5
R
O (-) 4
S
S
O
3-13
C
5
G
R (-) 9
O
S
S
O
Pel
Testa
C
8
G
R
O
S B 3
S
O
Retaguarda
12) Ao receber uma missão de Fg Mv, o comandante do Pel C Mec deve tomar
as providências a seguir indicadas:
a) estudar a situação na carta e selecionar as prováveis penetrantes que
pelo Fln incidem na F Ptg.
b) elaborar um esquema de manobra prevendo:
3-14
(1) a ocupação das posições de bloqueio selecionadas;
(2) pontos de controle e linhas de controle; e
(3) itinerários de progressão que liguem o itinerário de progressão do Esqd
à P Bloq designada.
13) A Z Aç balizada pela linha de P Lig, imposta pelo Esc Sp, e a linha de P
Blq define a A Rspnl da Fg. Esta frente não deve exceder a capacidade de
reconhecimento de uma SU ou de um Pel.
14) O Pel testa de uma Fg Mv tem as seguintes missões:
a) atuar como vanguarda;
b) reconhecer a área entre o grosso e a linha de P Blq (zona a ser Rec pelo
Elm Vg da Fg Mv); e
c) ligar-se com a Rg da unidade-testa (vanguarda) do corpo principal.
15) O Pel que se deslocar à retaguarda da Fg Mv deverá ligar-se com a Rg do
elemento da retaguarda do grosso.
16) Em uma missão de Fg Mv, o Pel C Mec empregará para cruzar a L Ct que
baliza o seu início os processos abaixo descritos:
a) 1° Processo
O Pel cruza a L Ct no mesmo local que a F Ptg e incorporado ao seu
dispositivo.
b) 2° Processo
A F Ptç e a F Ptg cruzam a L Ct que baliza o início da missão
simultaneamente e em locais diferentes.
17) Após o cruzamento da L Ct que baliza o início da operação o Pel Vgd, já
desdobrado, cumprirá a sua missão empregando técnicas de reconhecimento de zona
devendo progredir na velocidade da força protegida. Este Pel tem também a missão de
realizar a ligação com a Rg do elemento testa da F Ptg.
18) Os elementos de manobra que integram o 2° Esc d o Esqd deslocar-se-ão
sobre o Itn Prog e ocuparão as P Blq, Mdt O, face à evolução da situação do Ini e da F
Ptg.
19) Em final de missão a Fg Mv adotará um dispositivo de Fg Fix e ocupará P
Blq que barrem as Pntr que incidam no Fln da F Ptg.
Fig. 3-5 O dispositivo e as ações em final de missão do Pel devem ser previstas no Plj
inicial.
3-15
20) Em uma missão de Fg Mv, inicialmente, a Prio F será do Pel Vgd. Esta Prio será
alterada a partir do momento em que for estabelecido o Ctt com o Ini.
3-16
os seguintes passos:
1) analisar o terreno, a fim de selecionar posições de retardamento;
2) verificar os meios e adota a organização para o combate adequada ao tipo
de missão;
3) designar os elementos que receberão missões de reconhecimento e
segurança, particularmente nos flancos da formação;
4) determinar as missões aos elementos de apoio, se houver;
5) verificar os planos da força protegida e assegura a ligação contínua com o
comandante dessa força;
6) designar os elementos para o prévio reconhecimento das posições de
retardamento; e
7) prever os deslocamentos e as localizações do PC e dos trens.
3-17
ARTIGO IV
3-11. GENERALIDADES
c. A F Vig retrai quando pressionada e mantém o contato com o Ini, não tendo
responsabilidade territorial entre ela e a tropa para qual opera.
e. Uma missão de vigilância é dada quando, por economia de meios, uma extensa
área deve ser mantida sob observação e há poucos meios disponíveis para executar a
missão. A missão se traduz no estabelecimento de uma “cortina de vigilância” (fixa ou
móvel) que é executada pela instalação de uma série de postos de observação, que
cobrem as vias de acesso do inimigo. Patrulhas a pé, motorizadas e aéreas reconhecem
aquelas áreas que não podem ser observadas dos postos de observação.
f. Vigilância é o menor grau de segurança que pode ser proporcionado para uma
força. Este grau de segurança permite que o Cmt Esc Sp economize meios em parte da
frente e concentre o seu poder de combate na parte mais importante da Z Aç.
3-18
visibilidade;
2) dentro da sua capacidade e baseado nas diretrizes do Esc Sp, destruir ou
repelir os Elm Rec do Ini;
3) localizar o elemento testa da formação Ini e determinar a sua direção de
movimento;
4) manter o contato com o Ini identificado; e
5) proporcionar o alerta da aproximação do Ini.
j. A extensão da frente a ser vigiada é definida pelo Esc Sp baseada nos fatores da
decisão. Dentre estes fatores, em missões de Vig, o fator terreno é o preponderante pois
da sua análise são levantados os corredores de mobilidade do Ini.
Sítio do Louco
Sítio do Louco
3-19
4) manter o Ctt com o Ini.
o. O Cmt Pel C Mec deverá esclarecer com o Esc Sp na Mis Vig o seguinte:
1) traçado geral da linha de vigilância;
2) a Z Aç do Pel (frente e profundidade);
3) as unidades a serem vigiadas;
4) a duração provável da missão;
5) os critérios para engajamento e destruição do Ini;
6) os critérios para desengajamento e mudança de posição; e
7) missões futuras do esquadrão.
p. Planejamento da Op Vig
1) O Cmt do Pel C Mec, inicialmente, faz um reconhecimento na Crt da A Op e
conclui sobre:
a) as principais vias de acesso do inimigo;
b) os pontos críticos para a F Ini em deslocamento;
c) área de interesse; e
d) prováveis áreas de engajamento.
2) Em decorrência da análise realizada acima e considerando os meios
existentes, o Cmt do Esqd divide a sua Z Aç entre os seus pelotões.
3) O Cmt do Esqd definirá em seu Plj a posição dos P Obs em áreas ou pontos,
que requeiram uma atenção especial.
4) Pontos de ligação são estabelecidos pelo Cmt do Esqd entre as Z Aç de seus
Pel. Um plano de patrulhamento detalhado, a fim de vigiar os espaços vazios, é
confeccionado pelo Cmt da F Vig e complementado pelos Cmt Pel.
5) No caso de uma F Vig Mv, o Itn Prog da F Seg será especificado pelo Cmt do
Esqd.
6) O Cmt da F Seg seleciona L Ct paralelas à linha de vigilância inicial a fim de
coordenar o retraimento do Esqd e de servir como linhas de vigilância subseqüentes.
7) O planejamento do emprego da Seç Vig Ter será orientado para aumentar a
capacidade de vigilância sobre os principais corredores de mobilidade do inimigo.
8) Os meios aéreos disponíveis podem ser empregados pelo Cmdo Rgt ou Esqd
para aumentar a capacidade de vigilância à frente da linha de vigilância.
3-20
2) observação e engajamento;
3) mudança de posição; e
4) acolhimento pelo corpo principal.
v. Uma vez estabelecido o contato com o Ini, a F Vig procura determinar o seu valor,
dispositivo, composição e direção do movimento.
w. Fogos das armas de apoio são realizados, o mais à frente possível, para
desorganizar o Ini. Nas áreas de engajamento são lançados fogos para destruir o Ini no
seu interior.
y. O Pel C Mec executa o retardamento até ser acolhido pelo corpo principal.
z. A F Vig pode realizar a infiltração de Elm Rec com o objetivo de contatar o esforço
principal Ini. Precauções devem ser tomadas para assegurar que os elementos que se
infiltrarem não venham a comprometer a Mis F Vig.
aa. Quando o flanco de uma força em movimento deve ser vigiado, a missão é
conduzida como uma operação de flancoguarda móvel, com as seguintes ressalvas:
1) o Pel C Mec, normalmente, não tem responsabilidade pela área entre a força
protegida e o esquadrão, como acontece com a flancoguarda;
2) o Pel C Mec nem sempre estará dentro do alcance do apoio da força que se
beneficiada sua vigilância; e
3-21
3) a força de vigilância ocupa postos de observação sucessivos, ao longo do
flanco, em vez de posições de bloqueio.
a. Generalidades
A vigilância de combate compreende a observação sistemática e contínua de
áreas, eixos ou locais, tais como cruzamentos, pontes, aeroportos e outros tipos de
instalações específicas. Os fatores que influenciam a vigilância são: as condições de
visibilidade, o terreno, as coberturas naturais ou artificiais, as possibilidades de defesa
aérea do inimigo e os tipos de equipamentos de vigilância. A vigilância é conduzida por
todas as unidades de combate e constitui-se em meio para detecção e localização de
unidades, instalações e atividades do Ini.
d. Planejamento e conduta
1) As unidades de cavalaria mecanizada são as mais aptas para a execução de
missão de vigilância.
2) As considerações aplicáveis à vigilância de combate são similares àquelas de
vigilância. Determinadas operações de combate, tais como destruição de pequenos
elementos inimigos dentro das possibilidades da força, inerentes às operações de
vigilância, não são obrigatórias nas operações de vigilância de combate.
3) Para o cumprimento deste tipo de missão, o Pel C Mec adota um dispositivo
linear relativamente estático, podendo ser reforçado com equipamentos especiais de
3-22
vigilância terrestre.
4) O patrulhamento de eixos, normalmente, não está incluído dentro da missão de
vigilância de combate. No entanto, devem ser efetuados bloqueios de estrada nas
principais vias de acesso do inimigo.
5) A vigilância de combate é passiva. Quando houver necessidade de operações
de maior vulto, a área de responsabilidade do pelotão é reduzida.
6) Elementos do G Exp e do GC podem ser empregados à retaguarda das linhas
inimigas.
7) A pressão progressiva das forças inimigas em contato pode determinar uma
redução adicional da área ou forçar um retraimento.
8) O comandante do pelotão deve avaliar a situação tática continuamente e tomar
as providências necessárias para evitar um engajamento decisivo dos elementos do
pelotão.
9) Dentro dos requisitos exigidos para defesa própria, o comandante do pelotão
pode solicitar apoio de fogo, não orgânicos e disponíveis, para evitar o envolvimento dos
elementos empregados nas partes de observação.
3-13 CONTRA-RECONHECIMENTO
3-23
g. Planejamento e execução do contra-reconhecimento
1) No contra-reconhecimento o Pel poderá ser reforçado por elementos de apoio
ao combate, para detectar e destruir o reconhecimento inimigo.
2) Na Operação Ofensiva o Cmt Pel deverá atentar para a situação do inimigo,
dispositivo, valor, localização, composição, natureza, suas possibilidades e limitações.
Nos calcos deverão constar, no mínimo, os supostos itinerários de infiltração, os locais de
estabelecimento de P Obs, postos de escuta, radares e locais de interesse do Rec
inimigo.
3) Da ordem de contra-reconhecimento deverão constar:
a) o posicionamento dos radares de vigilância terrestre;
b) os reforços, caso necessários, aos elementos de combate (observadores de
Mrt e Art, radares, engenharia, armas anti-carro e outros que se fizerem necessários);
c) um completo estudo do inimigo, incluindo situação, possibilidades,
armamento, equipamento e outros dados;
d) o plano logístico de apoio (suprimento extra, estabelecimento de cachês ou
outros meios);
e) os itinerários de retraimento dos elementos de C Rec; e
f) as medidas de coordenação e controle necessárias para a coordenação do
movimento, fogos, apoio logístico e comunicações.
7) Os Elm de C Rec poderão estar operando dentro do Ap F da força do
enquadrante ou poderão deslocar-se bem à frente sob o apoio de seu próprio apoio de
fogo.
8) Seqüência para o Plj do C Rec:
a) estudo do Rec Ini e levantamento gráfico de suas possibilidades (itinerários
de infiltração, vias de acesso, regiões de interesse, prováveis P Obs, PE ou locais para
condução de fogos);
b) marcação de Áreas de Interesse sobre os Itn de Pntr do Rec Ini, com as
finalidades de observar sua infiltração e informar ao Cmt do C Rec ou reduzir o seu poder
de combate pela aplicação de fogos diretos e/ou indiretos;
c) reconhecimento de marcação de AE (Áreas de Engajamento) para
destruir o Rec Ini pelo fogo direto e indireto;
d) marcação de outras Mdd Coor e Ct que permitam o retraimento e
coordenação de fogos e movimento do Elm de C Rec;
e) identificação da localização dos radares de vigilância terrestre pelo
escalão superior;
g) estabelecimento de uma L Ct que limite o avanço da força de C Rec e
outra que balize seu retraimento;
h) planejamento do apoio logístico para a missão de C Rec;
i) estabelecimento da ordem de movimento do Elm C Rec (normalmente por
infiltração durante períodos de reduzida luminosidade ou à noite);
j) estabelecimento de "gatilhos" para as ações a serem desencadeadas, por
exemplo:
1) cada VBR deve retrair para a posição ALFA quando destruir dois veículos
do Ini.
2) P Obs 1 somente ocupa posição alternativa se o Ini não aparecer até
0300h.
3) Abrir fogo tão logo o veículo Ini entrar no alcance dos fogos diretos.
4) As prioridades de engajamento são: viaturas radares, viaturas de
exploradores, viaturas de engenharia e viaturas de detecção QBN.
3-24
CAPÍTULO 3
SEGURANÇA
ARTIGO I
GENERALIDADES
c. Todos os escalões são responsáveis por sua própria segurança, mesmo que se
beneficiem daquela proporcionada por outra força.
f. A segurança repousa:
1) nas informações que recebe do escalão superior e nos informes obtidos pelos
seus próprios órgãos de reconhecimento;
2) no emprego de forças de segurança;
3) no dispositivo adotado; e
4) nas medidas contra a ação eventual da aviação e artilharia de longo alcance,
contra os efeitos dos agentes QBN, contra os ataques blindados e contra as ações de
guerra eletrônica.
3-1
defensiva empregando os seus meios de acordo com os fatores da decisão (missão,
inimigo, terreno, meios e tempo).
i. A ligação entre a F Seg e o corpo principal é um dos pontos críticos das operações
de segurança.
3-2
ameaça do inimigo.
e. Manter o contato com o inimigo – O contato com o inimigo deve ser mantido até
que este não constitua mais uma ameaça ou que se afaste da zona de ação da tropa em
proveito da qual a força opera. O comandante de uma força de segurança não pode,
voluntariamente, romper o contato com o inimigo, fazendo-o somente mediante
autorização do escalão superior. Deve-se impedir que a força inimiga surpreenda a força
protegida. Se a força inimiga sai da zona de ação, deve-se informar à unidade vizinha,
auxiliando esta a estabelecer o contato com o inimigo.
3-3
zona dependendo da velocidade do corpo principal da tropa, do inimigo, do terreno, do
tempo e dos meios disponíveis.
b. Operações de segurança de flancoguarda – São aquelas operações que visam
à cobertura, à proteção ou à vigilância de um flanco do corpo principal de uma tropa. O
grau de segurança estará condicionado ao poder de combate, material empregado,
distância estabelecida pelo escalão superior e à missão atribuída. O Pel C Mec realiza a
flancoguarda ocupando posições de bloqueio das principais vias de acesso que
demandam ao eixo de deslocamento do corpo principal da tropa.
a. Ponto de Controle
Nas Op Seg os P Ct devem ser marcados, obrigatoriamente, sobre o Itn Prog do
Pel nas seguintes regiões:
1) entradas e saídas das P Blq;
2) cruzamento do Itn Prog sobre Rio obstáculo;
3) entrada e saída de localidades; e
4) ponto de início ou término do Itn Prog através campo.
b. Linha de Controle
1) Em Op Seg as L Ct são traçadas com as seguintes finalidades:
a) regular a Prog da F Seg;
b) balizar uma possível posição de Rtrd ou Vig;
c) balizar a linha sobre a qual deverão ser marcadas as P Blq ou P Vig iniciais.
Neste caso esta linha é imposta pelo Esc Sp e restringe o Mvt da F Seg; e
d) distância de 08 a 12 Km uma da outra.
c. Pontos de Ligação
1) O Pel C Mec não lançará P Lig entre grupos, entretanto, deverá executar a
ligação quando imposta pelo escalão superior.
2) Os P Lig são marcados entre as P Blq com as seguintes finalidades:
a) estender a observação à frente e nos Fln; e
b) definir a A Rspnl dos Pel que as estiverem ocupando.
3) Os P Lig impostos pelo Esc Sp, a fim de coordenar a ligação da F Seg com o
corpo principal, balizam o limite da A Rspnl da F Seg.
3-4
d. Limites
Os limites definidos pelo Cmt SU são as áreas de responsabilidade dos Pel. Incluem
os espaços dentro dos quais os Pel podem atirar e manobrar sem necessidade de
coordenação e sem interferência de outros elementos.
e. Itinerário de Progressão
É o Itn imposto pelo Cmt SU por onde o Pel deverá deslocar-se. Possui as
seguintes características:
1) interior às P Blq ou P Vig;
2) afastado o suficiente para não interferir com a Man do corpo principal;
3) fácil acesso as P Blq ou P Vig;
4) orientado para o Obj ou P Blq final ;
5) paralelo ao E Prog do corpo principal; e
6) preferência às estradas, podendo ser através campo.
f. Posições de Bloqueio
1) As P Blq, sempre que possível, devem ser utilizadas para:
a) dominar as principais penetrantes do Ini, prevendo 01 (um) Pel barrando 01
(uma) penetrante;
b) aproveitar o terreno com boas características defensivas;
c) ser paralelas ao E Prog da F Ptg ou Cob; e
d) proporcionar tempo e espaço para a manobra do corpo principal.
2) A P Blq, em final de missão, tem os mesmos objetivos das P Bloq normais,
podendo ser aproveitados também para servir de ponto para prosseguir na missão,
manter o terreno para a segurança da tropa do corpo principal, prosseguir na missão ou
apoiar uma ultrapassagem.
3) Na ocupação de uma P Blq, deve-se evitar:
a) elemento dissociador (rio Obt, mata Obt e outros) dividindo a P Bloq;
b) flanqueamento da P Blq; e
c) cidade à retaguarda, com população hostil.
g. Objetivos
Marca-se o objetivo, em final de missão, numa missão de flancoguarda, quando o
eixo de progressão do grosso e o itinerário de progressão da flancoguarda terminam na
mesma direção, ou quando imposto pelo escalão superior.
h. Região de Destino
Região para onde são deslocados os elementos não empregados em primeiro
escalão. É prevista pelo Cmt Esqd em locais que permitam apoiar as ações dos
elementos empregados em 1º Esc, geralmente ocupada pelos trens da SU e pelotões em
reserva. Será ocupada quando houver condições de segurança. Normalmente, a cada
linha de controle corresponde uma região de destino.
3-5
ARTIGO II
f. Nas operações ofensivas a F Cob opera à frente ou nos flancos do corpo principal
e possui as seguintes atribuições:
1) conduzir um contínuo reconhecimento ao longo do eixo de avanço da força
coberta;
2) negar ao inimigo informações sobre o dispositivo, valor, localização e
composição do corpo principal;
3) destruir ou repelir os elementos de reconhecimento do inimigo e/ou as suas
forças de segurança;
4) esclarecer a situação para determinar as possibilidades do inimigo;
5) destruir, repelir ou fixar as forças inimigas determinadas pelo escalão superior; e
6) explorar as oportunidades.
g. Uma F Cob é uma F Seg que opera à frente de uma posição. Esta força opera
empregando as técnicas e os dados médios de planejamento de uma operação de
reconhecimento de zona, devendo acompanhar a velocidade de progressão da força
3-6
coberta.
i. A distância que o Pel C Mec se afasta da força coberta depende dos fatores da
decisão e deve ser especificada pelo comandante do Esqd C Mec ou R C Mec.
Rfr
Força de Cobertura
Mec
Força de Proteção
Mec
Fig. 3-1 O Pel C Mec integrante do Esqd/Rgt como Força de cobertura de Vanguarda
l. A F Cob Fln é uma força de segurança que opera no Fln de uma força estacionada
ou em movimento. Esta força é empregada quando existe a possibilidade de atuação do
inimigo no Fln.
3-7
m. O Pel C Mec empenhado na missão de cobrir um flanco de determinada tropa
utilizará as mesmas técnicas de maneabilidade empregadas nas missões de proteção de
flancoguarda.
p. O acolhimento da F Cob pelo corpo principal é uma tarefa complexa que exigirá
um planejamento detalhado e centralizado pelo Cmt Esqd.
Fig. 3-2 O Pel C Mec integrante do Esqd/Rgt como Força de cobertura de retaguarda
3-8
ARTIGO III
3-9
parte da missão de vanguarda atribuída ao R C Mec. No segundo caso, poderá constituir
um dos escalões citados no item anterior.
k. Ao estabelecer o contato com o Ini, o Pel C Mec adota uma atitude agressiva
para esclarecer a situação empregando todos os meios disponíveis a fim de determinar o
dispositivo, o valor, a localização, a composição e a atitude do inimigo.
m. Caso a Vgd não consiga prosseguir no seu deslocamento face à ação do Ini, o
Pel adotará uma atitude defensiva, ocupando uma posição no terreno em condições de
Ap Ultr da F Ptg. Nesta situação, apesar de adotar uma atitude defensiva, o Pel realiza
ações para levantar o dispositivo do inimigo a fim de orientar as Aç da F Ptg.
3-10
q. A vanguarda, em geral, ataca diretamente da coluna de marcha, para destruir
as forças inimigas que tentem impedir sua progressão. O comandante do Pel C Mec deve
estar atento para realizar ataques de oportunidade, sempre que a situação o permitir.
r. Quando a situação exigir que o escalão superior empregue seus meios, o Pel C
Mec poderá proporcionar a segurança do grosso, apoiar pelo fogo ou participar das ações
como elemento de manobra.
3-11
f. Na realização de manobras de flanco tipo envolvimento e desbordamento, os Pel
C Mec orgânicos de Esqd C Mec de Brigadas Blindadas têm um eficiente emprego
atuando como flancoguarda móvel. As técnicas utilizadas são idênticas às empregadas
nas demais operações.
3 14
D Mec
Vg
C 3 14
x
Cmdo 3 Mec
Me
B 25
c
3
2/3
105
3 3
A Me
2/3 c
13 C 13
9 3
Rg
3-12
poderá operar.
5) Se a área a proteger tornar-se tão extensa que não possa ser protegida
adequadamente, o comandante da flancoguarda deve pedir permissão para vigiar parte
dela ou ser liberado da responsabilidade de segurança de parte da retaguarda da área.
Esta solicitação deverá ser feita em forma de proposta ao Cmt do grosso.
6) A flancoguarda deve se deslocar em uma direção paralela à do grosso, em
condições de ocupar posições (P Blq) que barrem as vias de acesso que incidam no
flanco da tropa protegida.
7) Os processos básicos de deslocamento de flancoguarda móvel são:
movimento contínuo, lanços alternados e lanços sucessivos. O comandante escolherá o
mais adequado, levando em consideração, particularmente, a velocidade do grosso, o
terreno e as possibilidades do inimigo. O Esqd C Mec de Bda deverá prever seus
deslocamentos por lanços de pelotão.
8) A progressão por lanços alternados é usada quando a força protegida
avança com pouca velocidade e/ou há possibilidade de forte ameaça inimiga. Neste
processo, um Pel ultrapassa o outro e ocupa nova P Blq, somente após este Pel estar em
condições de proteger o grosso é que o segundo Pel segue para ocupar sua nova P Blq .
C
G 5
R
O (-) 4
S
S
O
3-13
C
5
G
R (-) 9
O
S
S
O
Pel
Testa
C
8
G
R
O
S B 3
S
O
Retaguarda
12) Ao receber uma missão de Fg Mv, o comandante do Pel C Mec deve tomar
as providências a seguir indicadas:
a) estudar a situação na carta e selecionar as prováveis penetrantes que
pelo Fln incidem na F Ptg.
b) elaborar um esquema de manobra prevendo:
3-14
(1) a ocupação das posições de bloqueio selecionadas;
(2) pontos de controle e linhas de controle; e
(3) itinerários de progressão que liguem o itinerário de progressão do Esqd
à P Bloq designada.
13) A Z Aç balizada pela linha de P Lig, imposta pelo Esc Sp, e a linha de P
Blq define a A Rspnl da Fg. Esta frente não deve exceder a capacidade de
reconhecimento de uma SU ou de um Pel.
14) O Pel testa de uma Fg Mv tem as seguintes missões:
a) atuar como vanguarda;
b) reconhecer a área entre o grosso e a linha de P Blq (zona a ser Rec pelo
Elm Vg da Fg Mv); e
c) ligar-se com a Rg da unidade-testa (vanguarda) do corpo principal.
15) O Pel que se deslocar à retaguarda da Fg Mv deverá ligar-se com a Rg do
elemento da retaguarda do grosso.
16) Em uma missão de Fg Mv, o Pel C Mec empregará para cruzar a L Ct que
baliza o seu início os processos abaixo descritos:
a) 1° Processo
O Pel cruza a L Ct no mesmo local que a F Ptg e incorporado ao seu
dispositivo.
b) 2° Processo
A F Ptç e a F Ptg cruzam a L Ct que baliza o início da missão
simultaneamente e em locais diferentes.
17) Após o cruzamento da L Ct que baliza o início da operação o Pel Vgd, já
desdobrado, cumprirá a sua missão empregando técnicas de reconhecimento de zona
devendo progredir na velocidade da força protegida. Este Pel tem também a missão de
realizar a ligação com a Rg do elemento testa da F Ptg.
18) Os elementos de manobra que integram o 2° Esc d o Esqd deslocar-se-ão
sobre o Itn Prog e ocuparão as P Blq, Mdt O, face à evolução da situação do Ini e da F
Ptg.
19) Em final de missão a Fg Mv adotará um dispositivo de Fg Fix e ocupará P
Blq que barrem as Pntr que incidam no Fln da F Ptg.
Fig. 3-5 O dispositivo e as ações em final de missão do Pel devem ser previstas no Plj
inicial.
3-15
20) Em uma missão de Fg Mv, inicialmente, a Prio F será do Pel Vgd. Esta Prio será
alterada a partir do momento em que for estabelecido o Ctt com o Ini.
3-16
os seguintes passos:
1) analisar o terreno, a fim de selecionar posições de retardamento;
2) verificar os meios e adota a organização para o combate adequada ao tipo
de missão;
3) designar os elementos que receberão missões de reconhecimento e
segurança, particularmente nos flancos da formação;
4) determinar as missões aos elementos de apoio, se houver;
5) verificar os planos da força protegida e assegura a ligação contínua com o
comandante dessa força;
6) designar os elementos para o prévio reconhecimento das posições de
retardamento; e
7) prever os deslocamentos e as localizações do PC e dos trens.
3-17
ARTIGO IV
3-11. GENERALIDADES
c. A F Vig retrai quando pressionada e mantém o contato com o Ini, não tendo
responsabilidade territorial entre ela e a tropa para qual opera.
e. Uma missão de vigilância é dada quando, por economia de meios, uma extensa
área deve ser mantida sob observação e há poucos meios disponíveis para executar a
missão. A missão se traduz no estabelecimento de uma “cortina de vigilância” (fixa ou
móvel) que é executada pela instalação de uma série de postos de observação, que
cobrem as vias de acesso do inimigo. Patrulhas a pé, motorizadas e aéreas reconhecem
aquelas áreas que não podem ser observadas dos postos de observação.
f. Vigilância é o menor grau de segurança que pode ser proporcionado para uma
força. Este grau de segurança permite que o Cmt Esc Sp economize meios em parte da
frente e concentre o seu poder de combate na parte mais importante da Z Aç.
3-18
visibilidade;
2) dentro da sua capacidade e baseado nas diretrizes do Esc Sp, destruir ou
repelir os Elm Rec do Ini;
3) localizar o elemento testa da formação Ini e determinar a sua direção de
movimento;
4) manter o contato com o Ini identificado; e
5) proporcionar o alerta da aproximação do Ini.
j. A extensão da frente a ser vigiada é definida pelo Esc Sp baseada nos fatores da
decisão. Dentre estes fatores, em missões de Vig, o fator terreno é o preponderante pois
da sua análise são levantados os corredores de mobilidade do Ini.
Sítio do Louco
Sítio do Louco
3-19
4) manter o Ctt com o Ini.
o. O Cmt Pel C Mec deverá esclarecer com o Esc Sp na Mis Vig o seguinte:
1) traçado geral da linha de vigilância;
2) a Z Aç do Pel (frente e profundidade);
3) as unidades a serem vigiadas;
4) a duração provável da missão;
5) os critérios para engajamento e destruição do Ini;
6) os critérios para desengajamento e mudança de posição; e
7) missões futuras do esquadrão.
p. Planejamento da Op Vig
1) O Cmt do Pel C Mec, inicialmente, faz um reconhecimento na Crt da A Op e
conclui sobre:
a) as principais vias de acesso do inimigo;
b) os pontos críticos para a F Ini em deslocamento;
c) área de interesse; e
d) prováveis áreas de engajamento.
2) Em decorrência da análise realizada acima e considerando os meios
existentes, o Cmt do Esqd divide a sua Z Aç entre os seus pelotões.
3) O Cmt do Esqd definirá em seu Plj a posição dos P Obs em áreas ou pontos,
que requeiram uma atenção especial.
4) Pontos de ligação são estabelecidos pelo Cmt do Esqd entre as Z Aç de seus
Pel. Um plano de patrulhamento detalhado, a fim de vigiar os espaços vazios, é
confeccionado pelo Cmt da F Vig e complementado pelos Cmt Pel.
5) No caso de uma F Vig Mv, o Itn Prog da F Seg será especificado pelo Cmt do
Esqd.
6) O Cmt da F Seg seleciona L Ct paralelas à linha de vigilância inicial a fim de
coordenar o retraimento do Esqd e de servir como linhas de vigilância subseqüentes.
7) O planejamento do emprego da Seç Vig Ter será orientado para aumentar a
capacidade de vigilância sobre os principais corredores de mobilidade do inimigo.
8) Os meios aéreos disponíveis podem ser empregados pelo Cmdo Rgt ou Esqd
para aumentar a capacidade de vigilância à frente da linha de vigilância.
3-20
2) observação e engajamento;
3) mudança de posição; e
4) acolhimento pelo corpo principal.
v. Uma vez estabelecido o contato com o Ini, a F Vig procura determinar o seu valor,
dispositivo, composição e direção do movimento.
w. Fogos das armas de apoio são realizados, o mais à frente possível, para
desorganizar o Ini. Nas áreas de engajamento são lançados fogos para destruir o Ini no
seu interior.
y. O Pel C Mec executa o retardamento até ser acolhido pelo corpo principal.
z. A F Vig pode realizar a infiltração de Elm Rec com o objetivo de contatar o esforço
principal Ini. Precauções devem ser tomadas para assegurar que os elementos que se
infiltrarem não venham a comprometer a Mis F Vig.
aa. Quando o flanco de uma força em movimento deve ser vigiado, a missão é
conduzida como uma operação de flancoguarda móvel, com as seguintes ressalvas:
1) o Pel C Mec, normalmente, não tem responsabilidade pela área entre a força
protegida e o esquadrão, como acontece com a flancoguarda;
2) o Pel C Mec nem sempre estará dentro do alcance do apoio da força que se
beneficiada sua vigilância; e
3-21
3) a força de vigilância ocupa postos de observação sucessivos, ao longo do
flanco, em vez de posições de bloqueio.
a. Generalidades
A vigilância de combate compreende a observação sistemática e contínua de
áreas, eixos ou locais, tais como cruzamentos, pontes, aeroportos e outros tipos de
instalações específicas. Os fatores que influenciam a vigilância são: as condições de
visibilidade, o terreno, as coberturas naturais ou artificiais, as possibilidades de defesa
aérea do inimigo e os tipos de equipamentos de vigilância. A vigilância é conduzida por
todas as unidades de combate e constitui-se em meio para detecção e localização de
unidades, instalações e atividades do Ini.
d. Planejamento e conduta
1) As unidades de cavalaria mecanizada são as mais aptas para a execução de
missão de vigilância.
2) As considerações aplicáveis à vigilância de combate são similares àquelas de
vigilância. Determinadas operações de combate, tais como destruição de pequenos
elementos inimigos dentro das possibilidades da força, inerentes às operações de
vigilância, não são obrigatórias nas operações de vigilância de combate.
3) Para o cumprimento deste tipo de missão, o Pel C Mec adota um dispositivo
linear relativamente estático, podendo ser reforçado com equipamentos especiais de
3-22
vigilância terrestre.
4) O patrulhamento de eixos, normalmente, não está incluído dentro da missão de
vigilância de combate. No entanto, devem ser efetuados bloqueios de estrada nas
principais vias de acesso do inimigo.
5) A vigilância de combate é passiva. Quando houver necessidade de operações
de maior vulto, a área de responsabilidade do pelotão é reduzida.
6) Elementos do G Exp e do GC podem ser empregados à retaguarda das linhas
inimigas.
7) A pressão progressiva das forças inimigas em contato pode determinar uma
redução adicional da área ou forçar um retraimento.
8) O comandante do pelotão deve avaliar a situação tática continuamente e tomar
as providências necessárias para evitar um engajamento decisivo dos elementos do
pelotão.
9) Dentro dos requisitos exigidos para defesa própria, o comandante do pelotão
pode solicitar apoio de fogo, não orgânicos e disponíveis, para evitar o envolvimento dos
elementos empregados nas partes de observação.
3-13 CONTRA-RECONHECIMENTO
3-23
g. Planejamento e execução do contra-reconhecimento
1) No contra-reconhecimento o Pel poderá ser reforçado por elementos de apoio
ao combate, para detectar e destruir o reconhecimento inimigo.
2) Na Operação Ofensiva o Cmt Pel deverá atentar para a situação do inimigo,
dispositivo, valor, localização, composição, natureza, suas possibilidades e limitações.
Nos calcos deverão constar, no mínimo, os supostos itinerários de infiltração, os locais de
estabelecimento de P Obs, postos de escuta, radares e locais de interesse do Rec
inimigo.
3) Da ordem de contra-reconhecimento deverão constar:
a) o posicionamento dos radares de vigilância terrestre;
b) os reforços, caso necessários, aos elementos de combate (observadores de
Mrt e Art, radares, engenharia, armas anti-carro e outros que se fizerem necessários);
c) um completo estudo do inimigo, incluindo situação, possibilidades,
armamento, equipamento e outros dados;
d) o plano logístico de apoio (suprimento extra, estabelecimento de cachês ou
outros meios);
e) os itinerários de retraimento dos elementos de C Rec; e
f) as medidas de coordenação e controle necessárias para a coordenação do
movimento, fogos, apoio logístico e comunicações.
7) Os Elm de C Rec poderão estar operando dentro do Ap F da força do
enquadrante ou poderão deslocar-se bem à frente sob o apoio de seu próprio apoio de
fogo.
8) Seqüência para o Plj do C Rec:
a) estudo do Rec Ini e levantamento gráfico de suas possibilidades (itinerários
de infiltração, vias de acesso, regiões de interesse, prováveis P Obs, PE ou locais para
condução de fogos);
b) marcação de Áreas de Interesse sobre os Itn de Pntr do Rec Ini, com as
finalidades de observar sua infiltração e informar ao Cmt do C Rec ou reduzir o seu poder
de combate pela aplicação de fogos diretos e/ou indiretos;
c) reconhecimento de marcação de AE (Áreas de Engajamento) para
destruir o Rec Ini pelo fogo direto e indireto;
d) marcação de outras Mdd Coor e Ct que permitam o retraimento e
coordenação de fogos e movimento do Elm de C Rec;
e) identificação da localização dos radares de vigilância terrestre pelo
escalão superior;
g) estabelecimento de uma L Ct que limite o avanço da força de C Rec e
outra que balize seu retraimento;
h) planejamento do apoio logístico para a missão de C Rec;
i) estabelecimento da ordem de movimento do Elm C Rec (normalmente por
infiltração durante períodos de reduzida luminosidade ou à noite);
j) estabelecimento de "gatilhos" para as ações a serem desencadeadas, por
exemplo:
1) cada VBR deve retrair para a posição ALFA quando destruir dois veículos
do Ini.
2) P Obs 1 somente ocupa posição alternativa se o Ini não aparecer até
0300h.
3) Abrir fogo tão logo o veículo Ini entrar no alcance dos fogos diretos.
4) As prioridades de engajamento são: viaturas radares, viaturas de
exploradores, viaturas de engenharia e viaturas de detecção QBN.
3-24
CAPÍTULO 4
OPERAÇÕES OFENSIVAS
ARTIGO I
GENERALIDADES
4-1
esse motivo, o comandante deve planejar sua operação como uma operação continuada,
de longa duração, com pouco ou nenhum tempo para descanso. O repouso da tropa,
principalmente dos elementos de comando e controle, deve ser previsto como parte
importante do planejamento, bem como o emprego de tropas descansadas, a alternância
ou combinação de diferentes formas de manobra ou tipos de operação, a substituição do
escalão de ataque e o estabelecimento de esquemas de sono e rotação de funções.
Estas medidas irão minorar os efeitos negativos da falta de sono no desempenho
individual e coletivo.
a. Generalidades
1) Nas operações ofensivas, as forças atacantes manobram para obter uma
vantagem sobre o inimigo, para cerrar sobre ele e destruí-lo. Podem ser empregadas
cinco formas de manobra tática ofensiva: a PENETRAÇÃO, o ATAQUE FRONTAL, o
DESBORDAMENTO, o ENVOLVIMENTO e a INFILTRAÇÃO TÁTICA. As formas de
manobra são resultado de dois movimentos básicos: o movimento de flanco e o
movimento frontal.
4-2
orgânico de Bda), ou ainda um R C Mec (Esqd C Mec orgânico de R C Mec). O Pel C Mec
pode, também, reforçar uma força superior de natureza diferente.
3) O Pel C Mec executa os tipos de ataque de flanco e frontal. Os movimentos de
flanco visam contornar o dispositivo do inimigo e atingir sua retaguarda, obrigando-o a
combater em uma situação desfavorável. O movimento frontal é orientado diretamente à
frente do inimigo, e é geralmente empregado quando a manobra de flanco não é possível.
4) Os movimentos de flanco são dirigidos no sentido de contornar o dispositivo
inimigo e alcançar objetivos em sua retaguarda imediata ou em maiores profundidades.
São executados, normalmente, para obrigar o inimigo a lutar em situação desfavorável. O
desbordamento e o envolvimento são formas básicas de manobra utilizadas quando se
executa um movimento de flanco, sendo os mais empregados pelo R C Mec.
5) A fim de compreender o quadro tático geral em que o Pel C Mec pode estar
enquadrado e facilitar o entendimento da “intenção do comandante”, a seguir são
apresentados detalhes das formas de manobra.
b. Desbordamento
1) Em um desbordamento, o ataque principal é dirigido para a conquista de um
objetivo à retaguarda imediata do inimigo, evitando sua principal posição defensiva,
cortando seus itinerários de fuga e sujeitando-o à destruição na própria posição.
2) Um ataque secundário fixa o inimigo para impedir seu retraimento e reduzir sua
possibilidade de reagir contra o ataque principal.
3) Para as tropas mecanizadas, o desbordamento é a forma de manobra que
maiores vantagens proporciona ao atacante, uma vez que:
a) oferece melhores condições para obtenção da surpresa;
b) ataca o ponto mais fraco do inimigo;
c) diminui o número de baixas do atacante;
d) proporciona resultados decisivos (destruição do inimigo);
e) dificulta ao inimigo reagir frontalmente;
f) obriga o inimigo a combater em mais de uma direção;
g) impede o inimigo de retrair e apresentar nova defesa; e
h) possibilita o cumprimento da missão em menor tempo.
4) São condições favoráveis à adoção de uma manobra de desbordamento:
a) existência de flanco vulnerável no dispositivo inimigo;
b) possibilidade de obtenção da surpresa;
c) disponibilidade de tempo para se efetuar o planejamento do ataque; e
d) terreno que permita o deslocamento através campo.
4-3
Fig. 4-2. Manobra tática de desbordamento simples.
4-4
Fig. 4-3. Manobra tática de duplo desbordamento.
c. Envolvimento
1) No envolvimento, a força atacante que contorna a principal força do inimigo,
realiza uma operação independente da força de fixação e conquista objetivos profundos
na retaguarda do inimigo, forçando-o a abandonar sua posição para ser destruído em
local e ocasião escolhidos pelo atacante.
d. Penetração
1) Na penetração, a força atacante passa através da posição defensiva do
inimigo. A finalidade da manobra é romper o dispositivo do adversário, dividi-lo e derrotá-
4-5
lo por partes. Uma penetração, para ser bem sucedida, exige a concentração de forças
superiores no local selecionado para romper a defesa do inimigo.
2) O grupamento de forças normalmente empregado na penetração é dividido em:
a) ataque principal orientado para o objetivo decisivo;
b) ataque (s) secundário (s) para facilitar as ações do ataque principal;
c) reserva para manter a impulsão do ataque, alargar a brecha, repelir contra-
ataques e explorar o êxito;
d) base de fogos.
3) A penetração é feita em três etapas
a) rompimento da ADA da posição defensiva inimiga;
b) alargamento e manutenção da brecha;
c) conquista e manutenção de objetivos que quebrem a continuidade da
posição defensiva inimiga e criem condições para o aproveitamento do êxito.
4) Esta forma de manobra tática é indicada quando os flancos do inimigo são
inacessíveis, quando ele está desdobrado em larga frente, quando o terreno e a
observação forem favoráveis e quando se dispõe de forte apoio de fogo.
5) Se houver uma flagrante superioridade no poder de combate do atacante, uma
múltipla penetração poderá ser realizada. Em tal caso, as forças atacantes podem
convergir para um objetivo único e profundo ou conquistar objetivos independentes.
Quando for impraticável prosseguir com mais de uma penetração, a que apresentar maior
possibilidade de sucesso deve ser explorada.
ATAQUE
PCP
e. Ataque frontal
1) São condições para a execução do ataque frontal:
4-6
a) A existência de inimigo reconhecidamente fraco, que não possui forças
concentradas à retaguarda;
b) A determinação da conquista de objetivos pouco profundos.
2) No ataque frontal, o inimigo é pressionado igualmente ao longo de toda a
frente, deixando, por conseguinte, de haver a caracterização de ataques principal e
secundário. É empregado para destruir ou capturar forças inimigas reconhecidamente
fracas ou para fixá-las em suas posições, mediante uma pressão contínua, a fim de evitar
seu desengajamento. Sua profundidade é reduzida, devendo a força atacante possuir
superioridade de meios.
3) É uma manobra normalmente executada por grandes comandos e, só deverá
ser adotada pelo escalão superior quando não for possível a realização de
desbordamentos ou envolvimentos.
f. Infiltração
1) A infiltração é uma forma de manobra tática ofensiva na qual se procura
desdobrar uma força à retaguarda de uma posição inimiga, por meio de um deslocamento
dissimulado, para que esta força cumpra missões que contribuam decisivamente para o
sucesso da manobra do escalão que a enquadra.
4-7
3) Excepcionalmente, serão empregados pelotões provisórios para executar uma
infiltração e, neste caso, o Pel Fuz e o Pel Exp serão as peças de manobra mais
indicadas para cumprir a missão, embora de forma limitada.
a. Considerações iniciais
1) Em conseqüência de sua organização e das missões que lhe são comuns, o
Pel C Mec não se adapta totalmente às formações de combate padronizadas. No entanto,
quando estiver constituído em pelotões provisórios, as formações prescritas para os
elementos CC e de fuzileiros blindados devem ser adotadas.
2) Em função da existência ou não de cobertas e do volume de fogo necessário
para assegurar sua progressão, o Pel C Mec, no cumprimento de suas missões, adota as
formações em cunha, em coluna e suas variações. Em princípio, por segurança, a
distância entre as viaturas deverá ser em torno de 100 m.
3) A formação de combate não é rígida. Freqüentemente, o inimigo ou o terreno
irá impor modificações nas formações adotadas inicialmente. Os pelotões não necessitam
adotar a mesma formação do Esqd. Na ofensiva, em terreno aberto, em princípio, a
formação básica do Pel C Mec deverá ser a formação em cunha, pois é a que oferece boa
potência de fogo à frente e nos flancos, segurança e facilidade para o comando e
controle. Em determinadas situações, outras formações poderão ser empregadas, como
as formações em coluna, particularmente em terreno restrito e variações dessas
formações básicas.
b. Formação em cunha (Esse tipo de formação deve ser utilizada por frações que
possuem viaturas blindadas, quando houver a substituição das viaturas do Grupo de
Exploradores por VBR(L) será oportuno, mas ainda não é caso.)
b. Formação em cunha
1) No combate moderno e não linear, em princípio, o Pel adotará a formação em
cunha, como formação padrão para o deslocamento em terreno aberto.
2) A formação em cunha possibilita o bom controle, dá profundidade ao
dispositivo, possibilita boa proteção à frente e nos flancos e permite ao Pel desdobrar-se
rapidamente para fazer face às ameaças vindas de qualquer direção.
3) As considerações que favorecem a adoção da formação em cunha são:
a) combate não linear;
b) situação tática podendo evoluir rapidamente;
c) boa visibilidade;
d) terreno aberto, possibilitando bastante espaço para a manobra da U;
e) poucas informações sobre a situação inimiga.
4-8
Fig. 4-8. Formação em cunha
c. Formação em coluna
1) A formação em coluna será adotada em situações especiais, particularmente
quando o Pel progredir em terreno restrito.
2) A formação em coluna possibilita o máximo controle, dá profundidade ao
dispositivo e permite ao Pel desdobrar-se rapidamente para fazer face às ameaças de
flanco.
3) Quando forçado pelo terreno e pela situação do inimigo, o comandante do Pel
poderá empregar uma formação em coluna, enfatizando indevidamente a segurança e a
flexibilidade a custo da velocidade e da colocação do máximo poder de fogo nos flancos.
4) As considerações que favorecem a adoção da formação em coluna são:
a) visibilidade reduzida;
b) espaço restrito para manobra;
c) defesas inimigas que devem ser atacadas em uma frente estreita;
d) reservas inimigas de valor e localização que possam proporcionar um
combate de encontro antecipado.
4-9
e. Outras formações
O Pel C Mec poderá adotar, ainda, outras formações que se adeqüem mais à
manobra, às necessidades de controle, às possibilidades de ações do inimigo e à
situação tática em geral. Como exemplo podemos citar as formações em escalão.
f. Segurança
1) A segurança deve ser uma preocupação constante do comandante do Pel. Ela
tem que ser observada desde a ocupação da zona de reunião até o final da missão do
Pel.
2) A segurança pode ser obtida pela atribuição de missões específicas a
determinados elementos do pelotão e pelo próprio dispositivo adotado.
3) Um dispositivo em profundidade favorece a segurança, pois os elementos não
engajados poderão desdobrar-se rapidamente para enfrentar ameaças inimigas.
4) A segurança face a um flanco ameaçado poderá, também, ser proporcionada
pelo escalonamento de um elemento no flanco.
4-10
tropa a pé). O Cmt Pel pode, ainda, determinar que parte do Pel guarneça o setor do
pelotão enquanto os demais integrantes do Pel executam as tarefas de preparação para o
combate, realizando os oportunos rodízios de função.
2) Posição de ataque (P Atq)
a) A P Atq é a última posição coberta e abrigada antes da linha de partida e
utilizada para facilitar o desenvolvimento da tropa no dispositivo estipulado para o início
do ataque.
b) A posição de ataque é ocupada durante o tempo mínimo necessário ao
desenvolvimento, coordenação e preparativos finais para o ataque, para que a
subunidade não se torne um alvo compensador aos tiros curvos do inimigo.
3) Linha de partida (LP)
a) Devem ser, preferencialmente, perpendicular à direção do ataque, facilmente
identificável no terreno, protegida dos tiros tensos, estarem sob controle das forças
amigas e ser atingida sem necessidade de combate.
b) O Pel C Mec no escalão de ataque deve cruzar a LP na hora do ataque
fixada na ordem de operações do Cmt Esc Sup.
c) A linha de partida pode não coincidir com a linha de contato com o inimigo.
4) Objetivo
a) É um acidente capital de amplitude compatível com o escalão considerado
que permitem a unidade de esforços, mudança de ritmo, direção e dispositivo, segurança
e controle.
b) O objetivo deve possuir as seguintes características:
(1) ser de fácil identificação;
(2) contribuir de modo marcante para o cumprimento da missão e facilitar as
operações futuras;
(3) ser possível sua conquista dentro das limitações de tempo e espaço
impostas.
c) A área designada como objetivo deve ser conquistada e controlada. Não é
necessária, entretanto, a ocupação física de toda a área. Quando essa área for grande, o
Pel conquista apenas o terreno dominante e controla o restante do terreno pelo fogo e por
outros meios.
d) O Pel C Mec pode receber do escalão superior à missão de fixar o inimigo
em sua zona de ação, recebendo ou não um objetivo para conquistar. Na manobra do
esquadrão quando a posição inimiga está a 2 Km ou mais da linha de partida,
normalmente será marcado um objetivo.
f) No esquema de manobra de um Esqd, o Pel C Mec poderá receber a ordem
de conquistar um objetivo e ficar ECD prosseguir para conquistar um outro objetivo
seguinte.
g) Os objetivos são numerados do próximo para o afastado e da esquerda para
a direita tomando-se a direção do inimigo.
4-11
Fig. 4-10. Mdd Coor Ct (Z Reu, Itn Prog, P Atq, LP, L Ct, P Ct e Obj)
5) Eixo de progressão
a) É fixado quando a utilização de uma determinada via de acesso facilita a
rápida conquista de um objetivo profundo ou quando não há restrição de fogos e
movimento lateral. Uma resistência inimiga fraca ou desorganizada favorece a utilização
do eixo de progressão.
b) A designação de um eixo de progressão dá uma orientação geral ao Pel C
Mec e assegura liberdade de ação no cumprimento da missão.
4-12
Atq Pcp
4-13
Fig. 4-12 Ponto de ligação Nr. 10.
4-14
c. Os elementos subordinados deverão conhecer perfeitamente a “INTENÇÃO DO
COMANDANTE”. Isto permitirá que, mesmo com deficiências no sistema de
comunicações, os comandantes subordinados prossigam e cumpram a missão recebida,
com o máximo de liberdade de ação e iniciativa.
ARTIGO II
a. Conceito
1) Marcha para o combate (M Cmb) é uma marcha tática na direção do inimigo,
com a finalidade de obter ou restabelecer o contato com este e/ou assegurar vantagens
que facilitem as operações futuras.
2) As principais características da M Cmb são: a incerteza do desenrolar da
operação, evolução de ações descentralizadas para centralizadas, mudança rápida da
extensão e profundidade do dispositivo.
3) A M Cmb deve ser executada agressivamente, para se apossar do objetivo
antes que o inimigo possa reagir.
b. Classificação
1) Quanto à segurança
a) Coberta - A marcha é coberta quando, entre o inimigo e a tropa que a
realiza, existe uma força amiga capaz de lhe proporcionar a necessária segurança. À
noite, preferencialmente, deve ser executada a marcha coberta.
b) Descoberta - A marcha para o combate é descoberta quando não há tropa
amiga interposta ou quando a segurança por ela proporcionada for insuficiente.
Normalmente executada durante o dia.
2) Quanto ao dispositivo
a) Coluna - Facilita o controle e proporciona flexibilidade, impulsão e
segurança ao deslocamento. Admite, como variante, o dispositivo em escalão, o que
favorece o desenvolvimento para o flanco. Divide-se em:
(1) coluna de marcha – rapidez e conforto da tropa.
(2) coluna tática – rapidez e segurança.
(3) coluna de aproximação – segurança.
b) Linha - O dispositivo em linha dificulta as mudanças de direção e restringe
a capacidade de manobra, mas aumenta a rapidez do deslocamento e permite atribuir à
força um maior poderio de fogo à frente.
3) Quanto à possibilidade do contato
a) Contato remoto - o Contato (Ctt) é remoto, quando o Ini terrestre não pode
interferir no percurso considerado. Nesse tipo de Ctt, as ameaças Ini são:
(1) Força aérea;
4-15
(2) Projéteis dirigidos (mísseis);
(3) Sabotadores; e
(4) Espiões.
b) Contato pouco provável - o Ctt pouco provável quando há probabilidade do
Ini intervir durante o deslocamento e o Ctt embora não iminente é, no entanto, possível.
As ações do Ini poderão verificar-se por intermédio de:
(1) Patrulhas, particularmente motomecanizadas (MM);
(2) Ações de guerrilheiros;
(3) Unidades Aet.
c) Contato iminente - o Ctt é iminente quando o inimigo puder ser estabelecido
a curto prazo. O contato torna-se iminente a partir da linha de provável encontro (LPE),
linha do terreno onde se estima que possa haver o encontro inicial ou o restabelecimento
do contato com os primeiros elementos das forças inimigas.
c. Articulação
1) Normalmente, uma força que executa uma M Cmb, articula-se em um
grupamento principal ou grosso e em forças de segurança (proteção ou cobertura).
2) O grosso compreende a maioria do poder de combate da força, que deve ser
preservado para o emprego imediato pelo comandante, além dos órgãos de apoio
logístico. As peças de manobra do grosso são organizadas para o combate e colocadas
em posição que lhes permitam o máximo de flexibilidade de emprego, tanto durante o
deslocamento como depois de estabelecido o contato com o inimigo.
3) As F Seg, no nível U, são constituídas pelas forças de proteção (vanguarda,
retaguarda e flancoguarda) e F Vig.
4) A articulação visa a proporcionar:
a) avanço rápido e ininterrupto;
b) segurança adequada em todas as direções e melhores condições para
esclarecer a situação o mais cedo possível; e a
c) manutenção da maioria do poder de combate em condições de pronto
emprego.
5) Na execução da marcha para o combate, enquanto os elementos desdobrados
em primeiro escalão efetuam a devida proteção do grosso, este se desloca de região de
destino em região de destino.
6) As regiões de destino localizam-se, preferencialmente, em áreas capazes de
proporcionar um mínimo de segurança contra ações inimigas e as melhores condições
para o pronto emprego dos elementos de combate e de apoio.
4-16
Fig. 4-14. O R C Mec na M Cmb
a. Generalidades
1) O Pel na M Cmb atuará enquadrado em uma SU, normalmente, um Esqd C
Mec.
2) O Pel C Mec pode fazer parte do grosso da tropa ou atuar como parte da Força
de Segurança.
4-17
flancoguarda pode ser fixa ou móvel, conforme cumpra a sua missão em posição ou em
movimento. Os Pel da flancoguarda devem atuar a uma distância tal que permita ao
grosso da U o tempo e o espaço necessário para manobrar e fazer face à ameaça em seu
flanco. Em terreno aberto, esta distância pode estender-se a 5 Km ou mais do grosso,
conforme a distância de apoio do Pel Mrt P ou Art.
c) Retaguarda – A última SU do regimento destacará um Pel para compor a
sua retaguarda. Este Pel terá como missão protegê-lo contra a observação terrestre, os
fogos diretos e os ataques de surpresa do inimigo orientados sobre a sua retaguarda.
Este elemento deve permitir que a U possua o tempo e o espaço necessário para reagir
às ameaças que incidam em sua Rg.
d) Maiores detalhes - Para maiores detalhes da atuação do Pel C Mec na M
Cmb, veja no Cap. “SEGURANÇA”.
ARTIGO III
ATAQUE
a. Generalidades
1) Características
a) O ataque coordenado é uma operação ofensiva que consiste na
combinação do fogo, movimento e ação de choque contra uma resistência ou posição
defensiva do inimigo, sobre o qual as informações disponíveis indicam a necessidade de
um planejamento completo.
b) Sua realização efetiva-se depois de um reconhecimento completo, de
uma avaliação metódica do poder relativo de combate, da busca e levantamento de alvos
e de uma análise sistemática de todos os outros fatores que influenciam a decisão.
2) Objetivos do Atq Coor
a) Como objetivos do Atq Coor podemos definir:
4-18
- a conquista de uma área, e
- a destruição de uma força Ini.
3) Distribuição de forças - O Pel C Mec no ataque coordenado, normalmente,
constituirá dois grupamentos de forças: base de fogos e escalão de ataque. Poderá
também compor a reserva do Rgt.
a) Base de fogos
(1) A missão da base de fogos é neutralizar ou restringir o efeito dos
fogos inimigos e sua interferência na manobra do escalão de ataque, permitindo melhores
condições à progressão dos elementos de manobra (escalão de ataque e reserva)
(2) A base de fogos do Pel C Mec, normalmente, é constituída pela Pç
Ap, pelo GE e outros meios de apoio de fogo disponíveis, em apoio ou reforço. Poderá ser
integrada também, temporariamente, pelas VBR e outras armas, que por qualquer motivo,
não participem do escalão de ataque.
(3) As VBR não são incluídas, normalmente, na base de fogos, uma vez
que este emprego não permite aproveitar adequadamente suas características. Contudo,
quando o terreno, obstáculos e armas AC impeçam o seu emprego no escalão de ataque
e as mesmas possam efetivamente auxiliar a fixar ou destruir o Ini, elas poderão integrar
a base de fogos. As VBTP do GC, quando realizarem o ataque desembarcado, e da Pç
Ap, poderão, também, ser integradas à base de fogos.
(4) A base de fogos recebe alvos específicos e áreas nas quais deverá
atirar durante a progressão, o assalto e a consolidação do objetivo pelo escalão de
ataque. Sinais para suspensão ou deslocamento dos fogos, devem ser estabelecidos
previamente, assim como a quantidade de munição a ser consumida.
(5) A base de fogos deve proporcionar apoio de fogo contínuo e cerrado
ao escalão de ataque, desde a linha de partida até o objetivo. Para isto, ocupa as
posições que forem necessárias sem que se perca a continuidade do apoio de fogo,
realizando as mudanças de posição de forma fracionada. Tais posições devem possuir
bons campos de tiro, cobertas e abrigos. Além disso, devem ser escolhidas posições de
muda para todas as armas.
b) Escalão de ataque
(1) A missão do escalão de ataque é cerrar sobre o inimigo e destruí-lo
ou capturá-lo.
(2) O escalão de ataque deve receber o maior poder de combate
possível. Em princípio, deve ser integrado pelo combinado Seç VBR e GC.
(3) O escalão de ataque cerra sobre o inimigo o mais rápido e
diretamente que possa, para aproveitar os efeitos da atuação da base de fogos. Deve
procurar atacar o flanco do inimigo.
(4) Após transporem a linha de partida, os elementos do escalão de
ataque empregam o máximo de velocidade e de violência que forem capazes. A
progressão desses elementos deve ser regulada, de modo que abordem o objetivo
simultaneamente, possibilitando o apoio mútuo entre as VBR e os Fuz do GC.
(5) Quando restrições, impostas pelo terreno ou pela defesa anticarro
inimiga, impedirem que os elementos do escalão de ataque progridam emassados e
continuamente, esses elementos empregarão a técnica de fogo e movimento.
(6) Ao iniciar o assalto ao objetivo, os fogos de todas as armas do
escalão de ataque devem ser intensificados. Simultaneamente, a base de fogos
transporta seus tiros para os flancos e para além do objetivo. Tiros de tempo de artilharia
e de morteiro podem, também, ser empregados sobre as VBR e os fuzileiros blindados
embarcados.
4-19
(7) Os Fuz do GC permanecem a maior parte do ataque embarcados,
desembarcando somente quando a progressão das viaturas se tornar difícil ou muito
lenta, quando for necessária a remoção de obstáculos ou, quando a segurança
aproximada das VBR exigir a atuação dos Fuz , em estreito contato com elas, devendo,
então,desembarcar antes do objetivo. O desembarque dos Fuz, poderá ser realizado,
também, no interior do objetivo, para realizar a limpeza das resistências remanescentes
do inimigo ou, depois de ultrapassado o objetivo, quando realizarão o assalto na direção
contrária ao movimento inicial, surpreendendo as resistências remanescentes do inimigo
pela retaguarda, enfrentando menor número de obstáculos e armas automáticas com tiro
ajustado (deve haver acréscimo de Mdd Coor Ct na proporção da profundidade do
escalão de ataque para evitar o fratricídio).
(8) O combate embarcado dos Fuz Bld é realizado pelo emprego da
metralhadora da VBTP. Somente em situações especiais os Fuz deverão expor-se aos
fogos inimigos durante os deslocamentos embarcados, realizando o tiro com suas armas
individuais, pelas escotilhas ou seteiras de tiro.
(9) Caso se faça necessário, o ataque será feito a pé e, neste caso, o
Esc Atq será constituído, unicamente, pelo GE e GC.
(10) O Cmt Pel, normalmente, comandará o Esc Atq, embarcado na VBR
do Adj, controlando o fogo e o movimento. As Com não devem ser interrompidas e os
meios Com alternativos devem ser usados (desde que pré-convencionados). Bandeirolas,
artifícios pirotécnicos, etc., quando empregados, dão continuidade às Com do Pel no Atq,
possibilitando ao Cmt um maior controle de seu Pel, ao mesmo tempo em que lhe dará
maior flexibilidade no Atq, podendo corrigir ou mudar a atuação de suas frações.
c) Reserva
(1) O Pel C Mec pode ser componente da reserva do Rgt ou ser a própria
reserva, hipotecada do Esqd de origem. Diz-se que a reserva é hipotecada, quando uma
fração passa ao controle operacional de um comando superior que não é aquele
diretamente na qual é subordinado. Exemplo: um Pel C Mec como reserva do Rgt, passa
a ser subordinado diretamente pelo Cmdo da U, não passando pelo Cmt Esqd.
(2) No escalão Pel não existe reserva. Todas as frações orgânicas são
empregadas, ou no escalão de ataque, ou na base de fogos.
(3) A reserva constitui-se na porção da força mantida sob o controle do
Cmt para emprego em qualquer local da Z Ac, a fim de que o Cmt possa influir no
combate. É, normalmente, empregada para:
(a) explorar o êxito obtido pelas forças do escalão de ataque;
(b) reforçar elementos de primeiro escalão;
(c) manter ou aumentar a impulsão do ataque;
(d) manter o terreno conquistado pelo escalão de ataque;
(e) substituir elementos de primeiro escalão;
(f) destruir os contra-ataques inimigos; e
(g) proporcionar segurança nos flancos ou na retaguarda.
(4) A reserva, em princípio, deve contar com VBR e Fuz Bld em sua
composição. Um objetivo profundo, um limitado conhecimento do inimigo, a
disponibilidade de meios ou a impossibilidade de visualizar o ataque até o objetivo final
exige a manutenção de reserva mais forte.
4-20
Fig. 4-15. Distribuição de forças no ataque coordenado
b. Planejamento
1) Estudo de Situação
a) O sucesso do ataque depende, em grande parte, de um planejamento
judicioso. Planos bem concebidos e energicamente executados conduzirão ao sucesso no
cumprimento da missão.
b) O Cmt Pel, deve antes de fazer seu Plano de Atq, realizar uma estimativa
mental completa sobre a situação. Ele deve analisar a missão, a situação do Ini, o terreno
e as condições meteorológicas, os meios e o tempo (fatores de Decisão). Deve, ainda,
considerar, avaliar e comparar suas linhas de ação, a fim de decidir sobre qual é a de
mais provável sucesso. Neste trabalho deve ser assessorado pelos seus Cmt de fração.
2) Reconhecimentos
a) Quer o Pel ataque isolado ou quer ele esteja enquadrado em seu Esqd, é
importante que o Cmt Pel faça um reconhecimento na carta e no terreno, da área de
operações. Somente fazendo isso ele estará capacitado a fazer uma estimativa real da
situação. Estes reconhecimentos têm por finalidades:
(1) estudar o terreno, e
(2) verificar dispositivo, valor, localização e composição (DIVALOCOM) do
Ini.
b) O reconhecimento do terreno, para a elaboração do Plano de Atq
compreende:
(1) pontos ou zonas ocupadas pelo Ini;
(2) zonas batidas ou que possam ser batidas pelos fogos Ini;
(3) itinerários que se prestem à ação dos CC e aos contra-ataques do Ini;
(4) Via A as posições Ini;
(5) segurança dos flancos (do Ini);
(6) localização da nossa base de fogos (ou do Esqd), e
(7) localização das armas AC Ini.
4-21
c) Os reconhecimentos no terreno devem ser feitos de acordo com o
planejamento prévio, que abrangerá, entre outros aspectos horário, locais, itinerários,
número de participantes, transporte, medidas de segurança e ligações.
3) Plano de Ataque
a) O Plano Atq do Pel inclui o esquema de manobra e o plano de apoio de
fogos. Deve ser consolidado após a realização dos reconhecimentos e do estudo de
situação. O Plano de Atq do Pel deve ser simples, desde que contenha os seguintes
detalhes essenciais:
(1) Composição e localização da Base de Fogos, alvos a serem batidos,
número e tipo de granadas a serem disparadas e medidas de controle para abrirem,
alongarem ou transportarem os fogos;
(2) Composição do Esc Atq, a Dire Atq e, se for o caso, local de
desembarque do GC;
(3) Prescrições relativas à segurança durante o Atq, ações no Obj
(consolidação e reorganização) e previsão para prosseguir a progressão; e
(4) Definir, também, quem comandará os escalões.
b) Quando o Pel C Mec está incorporado ao Esqd, poderá ser empregado,
como um todo, na Base de Fogos, como parte do Esc Atq do Esqd ou integrando
Pelotões Provisórios.
c. Ordem de Operações
1) A O Op do Cmt Pel para o Atq é dada verbalmente e, de preferência, à vista do
terreno. Se não for possível, o Cmt Pel dará sua ordem em outro local conveniente,
utilizando carta, croquis da área e/ou caixão de areia, a fim de esboçar seu plano. Deve
abranger:
a) informações sobre o terreno e o Ini;
b) informações sobre tropas amigas;
c) missão do Pel;
d) hora de ataque;
e) linha de partida;
f) esquema de manobra;
g) eixos de progressão ou zona de ação e Obj;
h) fogos em apoio; e
i) segurança dos flancos e ligações com os Elm vizinhos.
d. Sincronização
1) Sincronização é o arranjo das atividades de todos os sistemas operacionais no
tempo e no espaço segundo a finalidade da missão. A sincronização envolve os conceitos
de sinergia e massa.
2) Sinergia significa dizer que o resultado de dois efeitos devidamente
combinados é maior que a simples soma dos resultados individuais. Este conceito e sua
devida aplicação nas operações do Pel C Mec implica em coordenar e sincronizar as
atividades da fração de modo a alcançar um resultado mais efetivo.
3) A sincronização inclui, ainda, o efeito de emassar o poder de combate no
momento e local decisivos, ou seja, obter-se um poder de combate vencedor.
4) O objetivo da sincronização é usar cada meio disponível onde, quando e da
maneira que melhor possa obter a superioridade de poder de combate. O seu resultado é
o uso coordenado e seqüenciado de todos os recursos para obter a máxima contribuição
para o sucesso.
4-22
5) Para alcançar-se a sinergia e o emassamento do poder de combate na
condução da sincronização, os comandantes de pelotões e frações devem:
a) conhecer as possibilidades, limitações, equipamentos e adestramento das
tropas amigas;
b) conhecer em detalhes a doutrina, organização, equipamentos e adestramento
do inimigo, tornando mais preciso o planejamento de ações que se contraponham às suas
atividades;
c) entender perfeitamente a intenção de seus comandantes, garantindo a clara
unidade de propósitos.
6) Uma das melhores formas de se garantir a sincronização dos elementos de
manobra com as atividades de combate e apoio ao combate é a execução de detalhados
ensaios.
7) A sincronização no Pel C Mec é desenvolvida em três fases:
a) durante o planejamento;
b) durante os ensaios; e
c) durante o combate propriamente dito.
8)Durante o planejamento, o Cmt Pel garante a sincronização através de seu
estudo de situação mais detalhado possível, planejando “o quê” fazer (ações a realizar) e
a seqüência que essas ações irão ocorrer. Levanta, também, as ações do inimigo que
requerem antecipações por parte das tropas amigas.
9) Na fase dos ensaios, o Cmt Pel deve confirmar se todas as ações previstas
para o combate são interagidas, de forma seqüenciada, com a provável atuação do
inimigo, possibilitando a introdução de modificações que venham a contribuir para
execução do planejamento inicial.
10) Os ensaios têm por finalidade introduzir modificações no planejamento e
certificar-se de que todos sabem o que fazer em todas as fases do combate e conhecer a
intenção do comandante.
11) Os ensaios devem ser executados com o Cmt Pel e Cmt de frações. Podem
ser conduzidos em caixões de areia, em cartas topográficas ou no próprio terreno.
12) Uma técnica eficiente de conduzir a sincronização durante os ensaios
consiste em fasear a operação e descrever a situação operacional, exigindo que cada
elemento dos sistemas operacionais explane suas ações frente àquele momento do
combate ou atuação do inimigo; o responsável pelo ensaio, então, verifica se está
havendo a integração necessária dos elementos subordinados e apresenta, a seguir, a
provável ação do inimigo para neutralizar cada um dos sistemas operacionais , levando o
Cmt Pel e os Cmt de frações a buscarem alternativas para a interferência inimiga.
13) A sincronização durante o combate propriamente dito tem como principal
ferramenta o estudo de situação continuado, ou seja, através das informações recebidas
do escalão superior e dos elementos subordinados da SU, analisa-se a nova situação do
inimigo, características do terreno (OCOAV), situação de seus pelotões e apoios e
introduzem-se as modificações necessárias no planejamento inicial, assegurando
completa coordenação de esforços e agilizando respostas às condutas do inimigo.
14) Ferramentas da sincronização
a) Matriz de sincronização
(1) É o documento empregado pelo Cmt Pel C Mec para auxiliar nas tarefas
de sincronização em todas as suas fases, apontando todas as medidas necessárias para
obter a sinergia e emassamento do poder de combate no âmbito do Pel. Não tem forma
padronizada, podendo ser adaptada ao sistema de trabalho do elemento responsável pela
sincronização e características da operação.
4-23
(2) Normalmente, é uma tabela aonde são anotados em uma coluna as
frações do Pel e na outra são lançados os eventos da operação ou fases da manobra,
hora ou atividade do inimigo. Não tem formato definido; pode-se conduzir a sincronização
combinando-se as frações do Pel com o tempo, as fases, os eventos, atividades do
inimigo, ou outra variável de preferência do Cmt Pel.
Fases Op Consolidação /
DSLC Z Reu – LP – Obj Conq Obj Reorganização
LP
AÇÃO REAÇÃO AÇÃO REAÇÃO AÇÃO REAÇÃO AÇÃO REAÇÃO
Sistemas / Frações AMIGA INI AMIGA INI AMIGA INI AMIGA INI
- Terreno
Inteligência - Sit Ini
- Rec
Cmt Pel
Seç VBR
G Exp
GC
Pç Ap
Tab. 4-1 Matriz de sincronização com fases das atividades amigas.
(3) observe que existem inúmeras opções para os dados a serem anotados
tanto na vertical quanto na horizontal da matriz.
(4) A matriz de sincronização pode ser utilizada para suplementar o calco de
operações e ordens verbais, porém não substitui a ordem de operações.
d. Execução
1) Da Z Reu à LP
a) Antes do Atq, normalmente o Pel encontra-se em Z Reu. As paradas nas P
Atq se limitam ao tempo indispensável para a adoção das formações de ataque.
b) O movimento da P Atq para a LP pode ser protegido pelos fogos da Pç Ap. O
Esc Atq cruza a LP durante ou após esta preparação.
c) O deslocamento para a LP é planejado de tal forma que os Elm do Esc de
Atq a ultrapassem, na hora determinada e em movimento contínuo.
2) Da LP ao Obj
a) O Esc Atq, sempre que possível, desloca-se em massa da LP para o
objetivo. Massa significa uma formação sem fragmentação, embora mantendo a
dispersão apropriada da força e seus componentes. Este deslocamento em massa
aproveita a potência de fogo e aumenta a ação de choque das VBR.
b) O Esc Atq deve cerrar sobre o objetivo no menor tempo possível. Quanto
mais tempo ficar exposto aos fogos inimigos tanto maiores serão suas perdas. O
movimento é realizado por itinerários que proporcionem cobertas e abrigos. O rápido
movimento e o uso de todos os fogos disponíveis multiplicam a ação de choque do
escalão de ataque. Se o Esc Atq tiver que empregar o fogo e o movimento para progredir,
deve haver ação de comando para assegurar que os movimentos sejam executados
4-24
rapidamente e que toda a força continue a avançar sobre o inimigo. Quando a situação
permitir ou na preparação para o assalto, o avanço em massa é retomado.
c) O Esc Atq submete o Ini ao máximo de fogos tão logo este fique dentro do
alcance eficaz de suas armas. O objetivo principal das VBR durante um ataque é a
destruição das viaturas blindadas inimigas, à maior distância possível. Elas poderão dirigir
seus fogos, também, sobre posições de armas anticarro e de outras armas coletivas, a fim
de facilitar a progressão do Pel. Os fogos das VBR são reforçados por todas as armas de
apoio disponíveis, impedindo o Mvt e a observação do inimigo e destruindo suas defesas.
Pode-se empregar fumígenos, a fim de dificultar a observação do ini e, também,
direcionar o Esc Atq para o Obj.
d) As VBTP acompanham as VBR a uma distância que permita o apoio dos
fuzileiros a essas viaturas, quando necessário. O armamento orgânico das VBTP deve ser
utilizado durante o ataque, em reforço aos fogos das VBR, procurando bater viaturas,
dotadas de blindagem leve ou não blindadas, equipes de armas anticarro, outras armas
coletivas e a infantaria inimiga desdobrada no terreno.
e) À medida que os elementos de primeiro escalão progridem, os fogos de
apoio são suspensos ou transportados a comando do Adj Pel (Cmt da Peça de Apoio,
Cmt do G Exp ou ainda Adj, desde que o Cmt Pel assuma seu lugar na VBR) que
observa a manobra e comanda a base de fogos. Esta ação é controlada pelo rádio,
observação ou sinais convencionados.
2) Assalto ao objetivo
a) Quando o Esc Atq se aproximar do objetivo os fogos de apoio da base de
fogos são intensificados. Assim que os elementos de primeiro escalão atingem uma
distância que permita o combate aproximado com o inimigo, o assalto é iniciado, e os
fogos de apoio são transportados para além e para os flancos do objetivo, a fim de isolá-
lo.
b) As VBR assaltam a P Def Ini evitando constituir-se em alvos estáticos,
progredindo em alta velocidade. Nesta fase do ataque é fundamental o apoio dos Fuz Bld
às VBR, seja pelo fogo do armamento das VBTP, destruindo as armas anticarro de curto
alcance do inimigo e posições de metralhadoras, não destruídas ou ultrapassadas pelas
VBR, seja pela ação dos Fuz desembarcados, empregando fogos de assalto e o combate
corpo a corpo, destruindo ou capturando as guarnições dos blindados inimigos destruídos
ou avariados, eliminando resistências remanescentes da P Def Ini nas trincheiras, abrigos
e dobras do terreno ou removendo obstáculos que impeçam a progressão das viaturas
blindadas.
c) De acordo com a situação tática e o terreno, os Fuz Bld poderão cruzar o
objetivo abrigado em suas viaturas blindadas, desembarcando após ultrapassá-lo e
assaltando-o pela retaguarda, a fim de destruir as resistências inimigas e limpar o
objetivo, contando, assim, com o fator surpresa e o efeito psicológico desmoralizante
sobre os defensores.
d) As VBR apóiam os Fuz Bld nas ações de limpeza do objetivo com extensa
utilização de suas metralhadoras. Antes mesmo que estas ações estejam concluídas,
estas viaturas deslocam-se para posições nos limites do objetivo ou em movimentos à
frente e afastados deste, onde se preparam para fazer face a contra-ataques ou para o
prosseguimento do ataque.
3) Ações no objetivo
a) Generalidades
(1) A efetiva ocupação do objetivo é uma fase crítica do ataque. Além de o
controle tornar-se difícil, esta é a oportunidade mais favorável para um inimigo agressivo
4-25
desencadear contra-ataques planejados, coordenados e apoiados por todos os seus
fogos disponíveis.
(2) Terminado o assalto, o Pel passa a executar as atividades denominadas
de “ações no objetivo”, que são a consolidação da posse do terreno conquistado e a
reorganização da fração.
b) Consolidação - A consolidação do objetivo compreende todas as medidas
executadas para assegurar a sua posse e fazer face aos possíveis contra-ataques e fogos
de aprofundamento do inimigo. Planos para consolidação devem constar da O Op. Estas
medidas podem variar desde o simples estabelecimento da segurança local até a
completa organização da posição para a defesa e, normalmente, incluem:
(1) segurança: proporcionada pelo estabelecimento de postos de
observação e setores de tiro;
(2) reconhecimento: além dos necessários à efetivação da segurança, são
realizados outros, visando ao aperfeiçoamento do dispositivo defensivo e ao cumprimento
de missões imediatas e futuras;
(3) tomada do dispositivo adequado para repelir C Atq: ocupar posições de
tiro onde possam bater as VA mais favoráveis ao inimigo.
(4) apoio de fogo: Identificar posições desenfiadas à frente do objetivo e
levantá-las como prováveis alvos para tiros indiretos da peça de apoio.
c) Reorganização - A reorganização compreende as medidas destinadas a
manter ou restabelecer a eficiência combativa e o controle do pelotão. Deve ser contínua
e compreende as medidas especificadas abaixo:
(1) relatórios - o Pel envia informações minuciosas ao Esc Sup sobre a
situação tática e logística, informando-o a respeito da missão, situação da tropa, dos
equipamentos e suprimentos (munição, combustível, pessoal e material);
(2) recompletamentos - os pedidos de recompletamentos são remetidos ao
Esc Sup o mais cedo possível;
(3) suprimentos - as reservas e dotações orgânicas são recompletadas na
medida do possível. Ressuprimentos, particularmente aqueles relativos à munição,
equipamentos, combustível e lubrificantes, são efetuados. A munição remanescente deve
ser redistribuída entre o Pel; e
(4) evacuação - são tomadas providências destinadas à identificação e
evacuação de mortos e feridos, prisioneiros de guerra e material danificado.
4) Prosseguimento do ataque
a) Como resultado do contínuo Estudo da Situação, por parte do Cmt Pel, seu
conhecimento dos planos e da intenção do Cmt Esqd e sua própria missão, é adotado um
dispositivo que permita ao Pel, rapidamente, prosseguir em suas operações.
4-26
c) Em situações de rápido movimento, o avanço das VBR e do GC deverá ser
coordenado, combinando-se as formações de combate de cada elemento numa formação
mutuamente apoiada. Em princípio, as VBR precedem o GC, de modo que a força
atacante desloque-se reunida, para frente, como um todo.
d) Em situações de menor mobilidade, quando as VBR avançam por lanços, o
GC se desloca pelo mesmo processo, embarcado em sua viatura. Caso o GC tenha que
desembarcar de sua VBTP, o deslocamento por lanços aumentará a segurança dos Fuz
Bld e reduzirá o tempo em que ficarão expostos às armas de tiro direto. Neste caso, os
Fuz Bld ocuparão, normalmente, uma posição desenfiada atrás dos elementos VBR mais
à retaguarda. Em qualquer dos casos, a velocidade do movimento do GC deve ser
regulada, pelo comandante do Pel, para assegurar que esteja colocado em posição
favorável para juntar-se às VBR no assalto ao objetivo.
e) Sempre que possível, o Esc Atq avança em massa, sem parada. Contudo,
forçado pela ação inimiga, pelo terreno ou fogos insuficientes da base de fogos, poderá
ter que empregar a combinação do fogo e movimento.
f) A formação para o ataque deve permitir a coordenação e o apoio mútuo entre
os elementos de VBR e o GC.
g) A VBTP é concebida para proporcionar mobilidade tática e relativa proteção
contra estilhaços e fogos de armas portáteis. Sua perda reduz sensivelmente a
mobilidade dos Fuz Bld. O Cmt não deve, portanto, expô-las, desnecessariamente, aos
fogos AC do inimigo.
h) O Cmt do Pel deve regular a distância entre as VBR e o GC, antes de partir
para o ataque. Esta distância será baseada, principalmente, nas seguintes considerações:
(1) missão - se a missão exige rapidez, movimento cerradamente controlado
e se uma interferência ponderável do inimigo não é previsível, o GC poderá seguir a VBR
mais próximo do que quando os fogos AC eficazes estiverem dirigidos às VBR;
(2) tipo e possibilidades das armas AC do inimigo - se o inimigo estiver
equipado com armas AC de curto alcance, o GC poderá seguir as VBR mais próxima do
que se o Ini possuir armas AC de grande calibre, longo alcance e alta velocidade;
(3) tipo de terreno - se o terreno for ondulado e acidentado, fornecendo
posições desenfiadas, o GC poderá seguir a VBR mais próxima do que se o terreno for
aberto e relativamente nivelado ou plano; e
(4) ações do inimigo - a distância entre as VBR e Fuz Bld, dentro da
formação, não deverá ser tão grande, que possa permitir que o inimigo interponha uma
força considerável entre seus elementos, o que poderá conduzir a uma derrota por parte,
tanto das VBR como do GC.
i) Qualquer que seja o processo de ataque empregado, o GC e as VBR
deverão assaltar o objetivo juntos. O GC, em princípio, deverá assaltar o objetivo
embarcado. A resistência remanescente na área do objetivo, o terreno e a premência de
tempo devem ser considerados pelo Cmt Pel ao decidir pelo assalto a pé ou embarcado.
(1) Dar-se-á preferência a um assalto embarcado quando as resistências
remanescentes na área do objetivo não signifiquem grande ameaça aos blindados. Neste
caso a VBTP assaltará no intervalo e à retaguarda das VBR.
(2) A utilização deste processo permite o emprego de munição de tempo
pelo morteiro e artilharia durante o assalto. Tão logo possível o combinado VBR - GC
buscará uma posição que lhe permita observação e fogos no compartimento seguinte. Os
Fuz estarão aptos a participar, de imediato, da consolidação; enquanto parte deles faz a
proteção aproximada das VBR, outra parte realiza a limpeza do objetivo.
4-27
(3) Quando houver indícios de resistências remanescentes em condições de
causar sérios danos aos blindados, ou na impossibilidade de visualizar toda a área do
objetivo (matas, terreno acidentado, neblina ou áreas edificadas), o GC deverá assaltar a
pé, eliminando as resistências remanescentes e cerrando para junto das VBR na
consolidação. Parte dos fuzileiros poderá receber a missão de executar uma limpeza mais
detalhada da área do objetivo.
j) A decisão sobre quando e onde devem desembarcar os Fuz Bld, se isto for
necessário, cabe ao comandante do Pel e é baseada na situação existente, levando
sempre em consideração que o assalto embarcado é preferível ao desembarcado e, que
o assalto pelo flanco ou retaguarda do objetivo é mais eficaz que o assalto frontal.
2) Processos de ataque para VBR e Fuz Bld
a) Há três processos gerais para o emprego combinado das VBR e GC no
ataque:
(1) VBR e GC numa mesma direção;
(2) VBR e GC em duas direções convergentes; e
(3) as VBR somente apóiam pelo fogo.
b) Durante o ataque, poderão ser empregados um ou mais desses processos.
O Esc Atq e as frações que o integram devem ser capazes de mudar o seu processo de
ataque, caso isto se torne necessário, com a evolução do combate.
c) A escolha de um processo ou de uma combinação de processos de ataque
deve atender às considerações a seguir descritas:
(1) as VBR devem ser empregadas de modo que seja feita a máxima
utilização de sua mobilidade tática, potência de fogo, relativa proteção blindada,
velocidade e ação de choque;
(2) a velocidade de progressão do ataque deve ser a máxima permitida pelo
terreno e pela resistência do inimigo;
(3) o GC deverá permanecer embarcado o maior tempo possível, de modo
que:
(a) o Esc Atq possa progredir na velocidade das VBR e VBTP, para cerrar
sobre o Ini e destruí-lo;
(b) a mobilidade tática de ambos os elementos do combinado VBR - GC
seja mantida;
(c) as baixas, em regiões batidas por fogos de artilharia e de armas
portáteis, sejam minimizadas;
(d) possa ser utilizada munição de tempo nos fogos de morteiro e
artilharia, em apoio ao escalão de ataque; e
(e) não haja desgaste prematuro do GC, sendo sua energia conservada
para a ocasião em que tiverem que ser empregados.
d) O GC, normalmente, desembarca quando se torna necessário:
(1) evitar sua destruição por fogo AC inimigo;
(2) abrir ou remover obstáculos que impeçam o movimento das VBR e VBTP
para frente;
(3) cooperar na neutralização ou destruição das armas AC que detenham a
progressão das VBR e VBTP;
(4) participar de ataque através de regiões densamente matosas ou terreno
muito acidentado ou cortado;
(5) liderar um ataque através de cursos de água que não puderem ser
atravessados pelas VBTP;
4-28
(6) participar de ataques através de regiões fortificadas ou através de
localidades e vilas que não puderem ser desviadas;
(7) auxiliar a progressão das VBR sob certas condições de visibilidade
restrita e campos de tiro reduzidos (escuridão, fumaça, neblina, bosques densos, terreno
cortado); e
(8) realizar a limpeza de um objetivo e auxiliar na sua consolidação.
3) Ataque de VBR e GC numa única direção
a) Generalidades
(1) No ataque numa única direção, todo o Esc Atq utiliza a mesma via de
acesso para o objetivo. O GC opera embarcado, usando formações variadas em sua
progressão;
(2) Este processo proporciona melhor coordenação e controle, uma vez que
toda a força atacante se desloca numa única direção e sobre a mesma Via de Acesso.
Comparando com outros processos, permite apoio mútuo mais cerrado entre os
elementos da força atacante; e
(3) As condições que favorecem a adoção deste processo são:
(a) Ataque em terreno limpo e plano, onde as VBTP tenham dificuldades
para mascarar seu movimento; neste caso, as VBR proporcionarão proteção às VBTP;
(b) Disponibilidade de apenas uma via de acesso;
(c) O objetivo não pode ser flanqueado facilmente; e
(d) Necessidade de um maior controle de operação.
4-29
(2) Quando embarcados, o GC pode seguir as VBR por lanços. Esta técnica
contribui para o aumento da segurança da VBTP mas, acarreta redução da velocidade de
progressão;
(3) A distância entre as VBR e a VBTP não deve aumentar ao ponto de
permitir que elementos inimigos possam infiltrar-se entre eles, acarretando a perda da
possibilidade de apoio rápido às VBR pelos Fuz Bld; e
(4) Ao determinar as posições de VBR e VBTP nas formações blindadas, o
Cmt deve avaliar continuamente a necessidade de contar com a disponibilidade do apoio
dos Fuz Bld sem expor as VBTP ao fogo eficaz do inimigo.
4-30
Este tipo de ação não deve ser confundido com o processo em que as VBR somente
apóiam pelo fogo, já que a intenção é que as VBR participem do assalto ao objetivo;
(3) Quando as VBR assaltam sob proteção de munição de tempo de
artilharia e morteiros, os Fuz Bld seguem à retaguarda numa distância de segurança dos
arrebentamentos, eliminando ou capturando o pessoal inimigo remanescente; e
(4) A VBTP deve progredir logo atrás dos Fuz Bld desembarcados, para
estar prontamente disponível, quando necessária, para prosseguir no ataque ou para
auxiliar na consolidação do objetivo.
4-31
Fig. 4-19. VBR e GC em duas direções convergentes
4-32
c) VBR numa direção e GC na outra
(1) Este procedimento é empregado quando uma das Via de Acesso é
adequada para as VBR, mas acarreta excessiva exposição do GC e sua viatura, enquanto
a outra poderá ser utilizada pelo GC a pé, mas restringe ou impede o movimento das
VBR. Este processo torna crítica à coordenação VBR - GC para o assalto.
5) As VBR somente apóiam pelo fogo
a) Neste processo o GC, a pé, normalmente reforçado pelos exploradores,
ataca para conquistar o objetivo e as VBR os apóiam somente pelo fogo. As condições
que tornam necessária a utilização deste processo são:
(1) a existência de obstáculos que impeçam o movimento das viaturas no
ataque, obrigando a conquista de um objetivo para permitir a remoção dos obstáculos;
(2) terreno impraticável para as VBR que deve ser conquistado; e
(3) disponibilidade de munição.
b) Na transposição de curso de água, obstáculo às VBR, estas viaturas
deverão ocupar posições de tiro desenfiadas, de onde possam apoiar a travessia da
VBTP do GC.
a. Generalidades
1) O ataque de oportunidade caracteriza-se pela imediata expedição de missões
pela finalidade e de ordens fragmentárias, destinadas aos elementos de manobra e apoio
de fogo, privilegiando a rapidez, a iniciativa e a manutenção da impulsão, buscando, em
princípio, a execução de manobras desbordantes associadas à fixação do inimigo, com a
finalidade da força prosseguir no cumprimento da sua missão. Apesar de ser um ataque
possível de ser realizado por uma força de qualquer natureza, as tropas blindadas são as
mais aptas para executá-lo.
2) É um tipo de operação ofensiva empregada eventualmente pelas tropas
mecanizadas, para conquistar ou manter a iniciativa, ou para sustentar o ritmo das
operações, por vezes dentro do quadro tático de um Rec, Seg ou Mvt Rtg.
3) São características de um ataque de oportunidade:
a) emprego simultâneo de todas as peças de manobra, podendo, em algumas
situações, não constituir reserva. A Força atacante poderá ser totalmente desdobrada
4-33
para o ataque. As peças de manobra são empregadas como um todo e não de forma
parcelada;
b) prazo reduzido para planejamentos e reconhecimentos;
c) execução agressiva e rápida do ataque, sem dar tempo ao inimigo de
reorganizar-se ou rocar meios;
d) necessidade de abrir caminho para o prosseguimento na missão inicial, o
mais rápido possível;
e) expedição de missões pela finalidade e ordens fragmentárias; e
f) inimigo fraco, sobre o qual se dispõe de suficientes informações para realizar
o ataque.
4) Existem duas categorias de ataques de oportunidade, dependendo da situação
da força inimiga.
a) ataque contra uma força inimiga em movimento; e
b) ataque contra uma força inimiga estacionada.
5) Num ataque de oportunidade, o Pel C Mec distribui seus meios, normalmente,
pelo escalão de assalto e base de fogos.
b. Execução
1) Na execução de um ataque de oportunidade, as seguintes ações devem ser
realizadas pelo Pel:
a) reconhecer e determinar o valor, a composição, a atitude e a orientação
da força inimiga;
b) determinar se a força inimiga a ser atacada está apoiada por outras
forças próximas;
c) encontrar uma via de acesso coberta, que incida no flanco do inimigo e
possibilite o deslocamento em alta velocidade;
d) deslocar as VBR para uma posição dominante e atacar o inimigo pelo
fogo;
e) estabelecer uma base de fogos com o Mrt e o G Exp para destruir ou
anular todas as armas AC de longo alcance, de tiro direto e indireto, do inimigo que
possam ser observadas, antes que o escalão de ataque inicie seu ataque.
f) isolar a força inimiga que será atacada, de forma que outras forças
inimigas não possam apoiá-la;
g) atacar o inimigo pelo fogo ou pelo fogo e movimento; e
h) imediatamente após o êxito do ataque, estabelecer P Obs e bloquear as
vias de acesso que conduzam à posição conquistada.
2) A sincronização destas ações é a chave do ataque de oportunidade. O
sucesso deste ataque depende do sentimento do momento mais adequado, do correto
esclarecimento da situação e da habilidade do Cmt em empregar seus meios de combate
para cumprir as ações na seqüência correta. O poder de combate do Pel deve ser
empregado contra o inimigo com rapidez, explorando as situações que se apresentarem
buscando destruir rapidamente o inimigo sem lhe dar tempo para reagir.
3) As táticas para a condução do ataque devem observar três características
comuns:
a) conhecimento ou suspeita de que as armas AC inimigas estão anuladas
ou destruídas pelo fogo direto e/ou indireto, antes do escalão de ataque ser empregado;
b) o inimigo deve ser forçado a combater em duas direções; e
c) perda da capacidade de reação por parte das forças inimigas.
4-34
c. Conduta
1) Durante a execução de outras missões, o Grupo de Exploradores,
freqüentemente, estabelecerão contato com as forças inimigas. Ao esclarecer a situação,
o Cmt do Pel deve informar a situação ao Cmt Esqd e sugerir uma das seguintes linhas
de ação:
- Atacar diretamente da coluna da marcha;
- Reconhecer e bloquear o Ini e continuar mantendo o contato até que o
Esqd possa acorrer em apoio;
- Tentar romper o contato ou desviar a força Ini.
2) Caso seja adotada a linha de ação de atacar, o Cmt Pel desloca-se para
frente, faz um rápido Estudo de Situação e planeja seu Atq. Todos os informes sobre a
situação são imediatamente, transmitidos ao Cmt Esqd. Após isso, deverá reunir seus
Cmt de fração, transmitir suas ordens, estes, rapidamente, posicionarão suas frações
para executar um ataque de forma simples e no mais curto prazo possível.
3) Os elementos em contato continuam esclarecendo a situação o mais à frente
possível.
4) O Cmt Pel deve se estar na ação principal para facilitar a coordenação do
ataque.
5) O assalto será realizado sempre que possível embarcado.
6) O Cmt Pel empregará, normalmente, o G Exp e a Pç Ap na Base de Fogos,
no período em que a Seç VBR e o GC estarão se aproximando da resistência inimiga. Se
o terreno restringir o avanço da Seç VBR, o cmt Pel empregará o G Exp e o GC no seu
Esc Atq, como se Fuz a pé fosse, enquanto as VBR e as demais Vtr Bld são utilizadas na
Base de Fogos e devem cerrar para o objetivo quando a consolidação for iniciada.
7) O Mrt é desdobrado no terreno e prepara-se para bater pelo fogo as posições
inimigas e isolá-lo com fumaça, de modo a impedir a visão do Ini.
8) O G Exp fixa o inimigo através do fogo de suas Mtr.
9) O escalão de ataque transpõe a linha de partida rápida e agressivamente.
Todas as ações ofensivas seguem os mesmos fundamentos preconizados para o ataque
coordenado.
4-35
Fig. 4-22. Atq de oportunidade do Pel C Mec
b. Desbordando o obstáculo
1) Os obstáculos devem ser, sempre que possível, desbordados. Os fogos
ajustados do inimigo poderão ser evitados, deslocando-se a tropa por itinerários cobertos
e abrigados dos fogos diretos inimigos. O G Exp será empregado para reconhecer os
limites laterais do obstáculo, encontrar itinerários que possibilitem o desbordamento do
obstáculo, localizar as armas do inimigo e seus itinerários de contra-ataque na área do
4-36
obstáculo. Estes procedimentos devem fazer parte das NGA do Pel para se ganhar tempo
e evitar confusão.
2) Normalmente, o restante do Pel estabelecerá uma proteção face ao obstáculo,
manobrando para engajar o inimigo que bate o obstáculo pelo fogo. Ao mesmo tempo, o
G Exp iniciará os reconhecimentos laterais procurando encontrar itinerários que
possibilitem o desbordamento do obstáculo. O GC reconhece o obstáculo, para o caso do
desbordamento não ser realizado.
4-37
ARTIGO IV
APROVEITAMENTO DO ÊXITO
a. Conceito
1) Aproveitamento do Êxito é a operação que se segue a um ataque bem
sucedido e que, normalmente, tem início quando a força inimiga se encontra em
dificuldades para manter suas posições. Caracteriza-se por um avanço contínuo e rápido
das forças amigas, com a finalidade de ampliar ao máximo as vantagens obtidas no
ataque e anular a capacidade inimiga de apresentar uma defesa organizada ou de realizar
um movimento retrógrado ordenado.
2) Constitui a fase decisiva da ofensiva. O sucesso da operação repousa na
judiciosa exploração das vantagens iniciais conseguidas pelo ataque. As missões das
forças de aproveitamento do êxito incluem a conquista rápida de objetivos profundos para
cortar as vias de transporte inimigas, desorganizar suas instalações de comando e
controle e a própria destruição do inimigo.
3) É no aproveitamento do êxito que a Cavalaria pode fazer o máximo uso de
suas possibilidades, mercê de suas principais características de mobilidade, ação de
choque, potência de fogo e proteção blindada, a qual, lhe permite uma extraordinária
flexibilidade e rapidez na ação.
b. Características
1) Planejamento centralizado e execução descentralizada;
2) Medidas de controle reduzidas ao mínimo;
3) Objetivos profundos;
4) Progressão rápida, contínua e em larga frente;
5) Ataques de oportunidade, por incursões rápidas e desbordamentos partindo da
coluna de marcha;
6) Missões atribuídas pela finalidade;
7) Ampla utilização de meios aéreos para reconhecimento e apoio de fogo;
8) Desbordamento e manutenção do contato em fortes pontos de resistência
inimiga.
c. Grupamento de Forças
1) O Pel C Mec não realiza uma Op Apvt Exi isoladamente, e sim enquadrado em
uma SU. São dois tipos de forças:
a) a força de aproveitamento do êxito (F Apvt Exi); e
b) a força de acompanhamento e apoio.
2) Ambas as forças deverão possuir alta mobilidade e são subordinadas
diretamente ao escalão que as lançou. Não há relação de comando entre ambas.
4-38
Fig. 4-23. Forças do Aprv Exi
d. Missões
1) Da força de aproveitamento do êxito
a) Conquistar objetivos profundos na retaguarda inimiga;
b) Cortar linhas de transporte e de suprimento inimigas;
c) Barrar ou cortar eixos de retraimento da força cercada;
d) Cercar e destruir forças inimigas; e
e) Desorganizar a capacidade de comando e de controle do inimigo.
2) Da força de acompanhamento e apoio
a) Manter aberta a brecha da penetração realizada pela força de
aproveitamento do êxito;
b) Assegurar a posse de acidentes capitais de interesse para a operação;
c) Limpar o terreno;
d) Substituir elementos da força de Apvt Exi que tenham sido deixados à
retaguarda;
e) Auxiliar em atividades de assuntos civis e de prisioneiros de guerra;
f) Proteger áreas e instalações à retaguarda da força de aproveitamento do
êxito;
g) Assegurar a liberação das vias de transporte; e
h) Bloquear o movimento das reservas inimigas para o interior da área.
a. Conduta
(1) Deverá utilizar ao máximo sua potência de fogo e ação de choque disponíveis
para destruir instalações e posições inimigas, sendo assim, uma larga utilização das VBR;
(2) Utilizar um dispositivo que melhor se aplique ao terreno;
(3) Ao deparar-se com o inimigo, esclarecer a situação rapidamente e informar seu
comandante imediato;
4-39
(4) Caso o inimigo seja fraco realizar um ataque de oportunidade ou desbordar,
visando atingir objetivos mais profundos;
(5) Caso o inimigo não seja fraco ou não seja possível realizar o desbordamento,
solicitar fogos fumígenos para dificultar a observação inimiga, desencadear fogos visando
fixar o inimigo e aguardar ordens de seu Cmt imediato para verificar como será procedido
o ataque a posição;
(6) Para o Pel C Mec, o Aproveitamento do Êxito é uma progressão contínua, sobre
posições sumárias do inimigo. Assim sendo, todas as táticas e técnicas utilizadas no
Reconhecimento e no Ataque Coordenado são utilizados neste tipo de operação. Para o
Pel C Mec, o Apvt Exi apresenta-se como um reconhecimento rápido e uma sucessão de
ataques de oportunidade sobre posições mais fracas do inimigo;
a. Conduta
(1) Enquadrado em um Esc Sup, o Pel C Mec na força de acompanhamento e
apoio opera visando manter o contato ou destruir as forças inimigas que tenham sido
desbordadas pela força de aproveitamento do êxito.
(2) Opera, também, integrando as forças que realizam a segurança da força de
aproveitamento do êxito compondo a vanguarda, flancoguarda ou retaguarda.
ARTIGO V
PERSEGUIÇÃO
a. Conceito
1) É a operação destinada a cercar e destruir uma força inimiga que tenta fugir.
Ocorre, normalmente, logo em seguida ao aproveitamento do êxito e difere deste por sua
finalidade principal, que é a de completar a destruição da força inimiga que está em
processo de desengajamento ou que tenta fugir.
2) Embora um objetivo no terreno possa ser designado, a força inimiga é seu
objetivo principal. A força de pressão direta empregada contra o inimigo que se retira deve
ser permanentemente mantida, enquanto a força de cerco corta as vias de retirada do
inimigo.
3) As unidades de Cavalaria poderão atuar como força de pressão direta ou,
preferentemente, como força de cerco.
b. Grupamento de Forças
1) Na Prsg, normalmente, são constituídas:
a) uma força de pressão direta; e
b) uma força de cerco.
2) A missão de força de pressão direta é evitar o desengajamento do Ini e impedir
que ele se reorganize e prepare novas defesas, infligindo-lhe o máximo de perdas. Os
4-40
Elm de primeiro escalão da força de pressão direta progridem rapidamente ao longo de
todas as estradas disponíveis, destruindo ou ultrapassando pequenos bolsões de
resistência, enquanto que as resistências maiores são reduzidas pelas unidades de
acompanhamento. A força de pressão direta desborda para atacar os flancos e
retaguarda dos últimos elementos inimigos, procurando atingir o seu grosso. Sua missão
final é a de servir de “martelo”, quando da destruição das forças Ini.
3) A missão da força do cerco é atingir a retaguarda do inimigo e bloquear a sua
fuga de forma que ele seja destruído entre a força de pressão direta e ela própria. A força
avança por eixos paralelos aos eixos de retirada do inimigo. Se a força de cerco não
puder ultrapassar o inimigo, ataca o flanco do seu grosso.
a. Generalidades
1) O Pel C Mec, enquadrado em uma SU, durante uma operação de perseguição,
pode receber missões de:
a) compor a segurança de um ou ambos os flancos da força de pressão direta
ou força de cerco;
b) reconhecimento, caso o inimigo tenha rompido o contato;
c) compor a força de pressão direta ou a força de cerco; e
d) integrar uma força de maior valor encarregada de realizar uma operação de
perseguição.
2) Na perseguição o Pel C Mec empregará sempre as mesmas táticas e técnicas
utilizadas durante a realização da marcha para o combate, do ataque e do aproveitamento
do êxito.
4-41
reorganização e a preparação de novas defesas, serve para facilitar as ações da força de
cerco.
ARTIGO VI
ATAQUE NOTURNO
a. Generalidades
1) A ampla utilização de sofisticados equipamentos de visão noturna no combate
moderno ampliou consideravelmente as possibilidades táticas de atuação durante
períodos de visibilidade restrita, acrescentando grande importância às ações noturnas,
possibilitando a condução de combates continuados, mantendo constante pressão sobre
o inimigo.
2) A força que opera durante a noite com as mesmas possibilidades do combate
diurno estará apta para obter sucesso contra a força inimiga não adestrada e
desequipada para este tipo de ação.
3) Os veículos blindados equipados com dispositivo de visão noturna podem
realizar o tiro e a manobra quase como de dia. As restrições ainda presentes no combate
noturno dizem respeito à identificação e engajamento do alvo e ao alcance dos aparelhos
de visão noturna. Contudo, uma unidade mecanizada poderá utilizar o combate noturno
com mais liberdade de movimento e menor número de medidas de controle restritivas que
no passado.
4) Pela sua própria natureza, no entanto, as operações ofensivas noturnas
necessitam de maior preparação e medidas de controle, cuidadosamente concebidas, que
a maioria das operações diurnas.
4-42
6) compensar uma inferioridade em relação ao Ini, particularmente em meios
aéreos e viaturas blindadas.
c. Considerações
1) O ataque noturno (Atq Not) caracteriza-se pelo decréscimo da eficácia do tiro
sobre o inimigo e o correspondente aumento da importância do combate aproximado,
bem como pela dificuldade dos movimentos, da ação de comando e do controle.
2) O Atq Not exige maior tempo para o seu planejamento e tropas bem treinadas
e experimentadas em operações noturnas, para a sua execução.
3) O Atq Not pode ser iluminado (iluminação artificial) ou não iluminado. A
iluminação do campo de batalha permite reduzir, em parte, as deficiências próprias do
combate noturno, aumentando, com isso, a velocidade de progressão do GC. O ataque
não iluminado é realizado com mais lentidão, porém com maior probabilidade de obtenção
da surpresa.
4) Durante a execução do Atq Not, sobressaem as dificuldades relacionadas com
o Cmdo e Ct, orientação, coordenação de fogos, avaliação de distâncias e identificação
de forças amigas.
5) Atualmente, o combate noturno não iluminado tornou-se muito mais exeqüível,
com a utilização de equipamentos modernos de visão noturna, os quais minimizam em
parte as restrições decorrentes da pouca visibilidade durante a noite.
6) A iluminação artificial pode ser utilizada quando não houver disponibilidade
suficiente de equipamentos de visão noturna ou quando o inimigo dispuser desse
material.
7) Quando disponíveis, os equipamentos passivos de visão noturna poderão
diminuir sensivelmente os problemas decorrentes da escuridão. As distâncias de
detecção e de engajamento, a amplitude dos lanços e a utilização de itinerários cobertos
e abrigados sofrerão modificações obrigando a novos procedimentos.
8) Ao Atq Not aplicam-se as mesmas considerações referentes ao ataque diurno:
as mesmas formas de manobra, organização para o ataque e formações podem ser
empregadas. Entretanto, é desejável que as tropas atacantes estejam mais familiarizadas
com o terreno no qual atacarão. Quando possível, devem ser realizados ensaios nas
condições que mais se aproximem das condições reais de ataque. Nos ataques
iluminados, o GC, dependendo de outras considerações, poderá deslocar-se embarcado
em sua viatura blindada.
9) O Pel, quando equipado com VBTP não dotada de dispositivos veiculares de
visão noturna, conduzirá, normalmente, um ataque noturno com o GC desembarcado.
10) As VBR poderão ser empregados em combinação com a VBTP, como no
ataque diurno, desde que dotadas de equipamentos de visão noturna ou com iluminação
artificial do campo de batalha. Se esses equipamentos não estiverem disponíveis e o
ataque não puder ser iluminado, as VBR serão empregados para apoiar o GC apenas
pelo fogo.
11) Os Atq Not favorecem psicologicamente o atacante que sabe da sua
realização, enquanto que o defensor é assaltado por dúvidas, apreensão e medo do
desconhecido.
12) O sigilo e a surpresa são essenciais para que o ataque noturno seja
conduzido com um mínimo de baixas. A simplicidade do plano facilita a surpresa. Na
eventualidade da perda da surpresa, o plano deverá proporcionar os fogos, a manobra e a
ação de choque necessários à conquista do objetivo. O objetivo deverá ser facilmente
4-43
identificável à noite e suficientemente pequeno para que possa ser conquistado em um
único assalto.
d. Iluminação
1) Ataque não iluminado
a) Um Atq Not, não iluminado, é feito sob a proteção da escuridão, usando-se
somente a luz natural e os equipamentos de visão noturna veiculares e individuais. Este
ataque necessita de grande coordenação e de rigorosas medidas de manutenção do
controle, do movimento e da segurança durante a escuridão.
b) O objetivo designado sob essas condições poderá ser uma determinada
zona ou acidente do terreno, junto à frente inimiga, e de tal largura e profundidade que
possa ser conquistado em um simples assalto. Esse objetivo deverá ser bem definido e
facilmente identificável à noite.
c) É essencial a observação, durante o dia, do objetivo e do terreno à frente. A
direção é mantida por acidentes existentes, tais como estradas, cercas, sebes e outros
meios de fortuna, como fitas de demarcação, fios telefônicos, artifícios eletrônicos,
azimutes e distâncias. Os Atq Not não iluminados, não apoiados, são feitos quando as
considerações de sigilo os imponham.
2) Ataque iluminado
a) Os ataques iluminados são empregados quando o fator sigilo não seja
preponderante ou não se dispuser de equipamentos de visão noturna para a maioria do
escalão de ataque.
b) Num ataque iluminado são empregados na iluminação do campo de batalha
artifícios iluminativos lançados por Mrt, Art Cmp e pela F Ae.
c) Um Atq Not iluminado pode ter maior profundidade que um ataque não
iluminado. O prosseguimento do ataque sobre objetivos sucessivos pode ser feito
empregando-se a iluminação.
4-44
Fig. 4- 25. Mdd Coor Ct no Atq noturno.
a. O planejamento de um Atq Not deve começar o mais cedo possível, para permitir
a preparação do ataque ainda com luz do dia.
b. Os Atq Not são planejados basicamente do mesmo modo que os ataques diurnos,
e muitos princípios e técnicas para o ataque noturno são os mesmos aplicados para o
ataque diurno sob condições de visibilidade reduzida.
4-45
7) a coordenação com as tropas amigas nas vizinhanças da posição de ataque e
na linha de partida; instruções para abertura de brechas à frente para a passagem de
tropa;
8) tipo de ataque; se iluminado ou não, se apoiado ou não;
9) reconhecimento e planejamento para assegurar a imediata coordenação e
execução de pormenores.
e. O Esc Atq pode deslocar-se da Z Reu para uma posição de ataque segura, de
onde o ataque sobre o ponto fraco do inimigo será facilitado. Depois de ultrapassada a
LP, todos os deslocamentos na escuridão são feitos diretamente na direção dos objetivos,
sem qualquer mudança na direção.
4-19. RECONHECIMENTOS
4-46
c. O comandante de pelotão deve levar para este reconhecimento ao menos os
comandantes das viaturas que compõem o Esc Atq e, se possível, seus motoristas.
4-47
ataques inimigos. A peça de apoio fica em condições de bater as prováveis vias de
acesso do inimigo. As VBR cerram para o objetivo por itinerários balizados pelos GC. Ao
amanhecer, todos os elementos deverão estar em posição. Os ajustes finais nas posições
das armas são feitos quando houver luminosidade suficiente para se identificar os
objetivos a serem batidos.
c) Devem ser incluídos no planejamento do Atq Not a pé:
(1) pontos de ligação entre elementos vizinhos e sinais de reconhecimento;
(2) guias para conduzir as viaturas blindadas e a peça de apoio através dos
obstáculos para as suas posições finais na consolidação;
(3) os itinerários de cada fração ou a ordem de deslocamento; e
(4) limite para a progressão.
b. Ataque noturno embarcado
1)Base de Fogos
a) A Base de Fogos será constituída da Pç Ap e das Mtr L do G Exp, enquanto
o restante do pessoal do G Exp pode ser utilizado como guia do Esc Atq.
(1) Progressão
(a) A formação adotada pelos elementos de manobra será ditada pelo
alcance de seus equipamentos de visão noturna veiculares, devendo permitir o controle e
a coordenação do Esc Atq.
(b) Uma progressão cautelosa é essencial para o sigilo. Quando as frações
de assalto atingem o ponto de liberação, à retaguarda da linha de provável
desenvolvimento, abandonam a formação adotada para o deslocamento entre a Z Reu e
a Linha Provável de Desenvolvimento (LPD), normalmente a formação em coluna,
adotando a formação escolhida para o ataque. Ao atingir a linha de desenvolvimento,
normalmente, será adotada a formação em linha para o assalto. Os Cmt de viaturas
verificam constantemente a direção de ataque.
(c) A ação das patrulhas ou postos de vigias inimigos pode forçar o
desenvolvimento do Esc Atq, antes da linha prevista.
(d) Se possível, o Esc Atq retorna ao dispositivo previsto inicialmente para o
ataque, após a resistência ter sido reduzida.
(e) A progressão poderá ser realizada com a seção VBR, em linha, seguida
pelo GC, embarcado.
(f) O GC permanece embarcado até o momento do assalto, desembarcando
durante a progressão, quando necessário, para apoiar as VBR na remoção de obstáculos
ou na eliminação de armas AC inimigas. No Atq Not o GC, normalmente, desembarca das
Vtr Bld antes do Objetivo.
(g) O armamento orgânico da VBTP é empregado para aumentar os fogos
das VBR.
2) Assalto
a) Quando o GC desembarca da VBTP torna-se difícil a manutenção do
controle e a coordenação das diversas peças de manobra, exigindo do Cmt Pel e de
grupo um rígido controle sobre seus homens, uma preocupação constante com as
medidas de coordenação e controle estabelecidas e a identificação amigo / inimigo, para
evitar o fratricídio.
b) O assalto ao objetivo é feito pelas VBR, seguidas pelo GC desembarcado e
pela VBTP.
c) A velocidade das VBR deverá ser regulada de modo a evitar um excessivo
afastamento do GC a pé. Normalmente, se estabelecerá um limite no terreno para a
4-48
progressão com vistas a evitar a perda do controle quando o escalão de ataque
ultrapassar o objetivo.
d) No assalto, ruídos (sirene) e tiros traçantes podem ser empregados, com
efeito psicológico desmoralizante sobre o inimigo. Todo esforço deve ser feito para manter
a formação em linha e evitar que se transforme em grupos isolados. Uma ação agressiva
do comando é essencial nessa ocasião.
3) Ações após a conquista do objetivo
a) Após a conquista do objetivo, são adotadas medidas similares àquelas
empregadas no ataque diurno. Preferencialmente, as VBR ocupam posições à frente do
objetivo conquistado.
b) A consolidação começa logo que o objetivo tenha sido conquistado. Os Cmt
de fração reúnem seus elementos e os dispõem em condições de enfrentar os contra-
ataques inimigos. A peça de apoio fica, em condições de bater as prováveis vias de
acesso do inimigo. Ao amanhecer, todos os elementos deverão estar em posição e são
feitos ajustes finais nas posições.
4-49
CAPÍTULO 5
OPERAÇÕES DEFENSIVAS
ARTIGO I
GENERALIDADES
5-1
c. Formas de manobra
1) Defesa em posição — A defesa em posição compreende duas formas de
manobra:
a) defesa de área; e
b) defesa móvel
(1) A Def Mv visa mais a destruição do Ini do que a manutenção do terreno.
É uma combinação de ações ofensivas, defensivas e retardadoras.
(2) A Divisão de Exército (DE) é o menor escalão capaz de conduzir tal
operação, embora as unidades e grandes unidades de Cav possam empregar técnicas de
Def Mv.
5-2
ser capaz de engajar-se em qualquer direção, não permitindo ao inimigo obter uma
vantagem decisiva pela surpresa ou direção do ataque. A defesa em todas as direções é
alcançada por um dispositivo defensivo inicial cuidadoso.
4) defesa em profundidade - A organização da posição defensiva em
profundidade é essencial. Sendo admissível um sucesso inicial do inimigo, que lhe
propicie uma penetração na área de defesa avançada, deve o defensor estar preparado
para bloqueá-lo em sucessivas linhas do terreno à retaguarda. O desdobramento de
forças em profundidade é obtido pela preparação de posições suplementares, pela
manobra dos elementos avançados para posições alternativas e pelo emprego das
reservas.
5) flexibilidade - A defesa deve ser organizada permitindo modificações no plano
de emprego de forças e dos fogos, a fim de conter o ataque inimigo à medida que ele se
desenvolva.
6) presteza - O sucesso da ação defensiva depende da aplicação de poder de
combate superior nos momentos decisivos. Tanto os elementos de manobra como os
elementos de apoio de fogo, devem ser capazes de atender com presteza às
necessidades do comandante, para que esta superioridade possa ser obtida na hora e
local apropriados.
7) dispersão - Em ambiente de guerra convencional, a dispersão decorre da
precariedade dos meios em relação aos grandes espaços. O cumprimento da missão é
primordial; é secundário o grau de risco em aceitar uma menor dispersão. A dispersão
em profundidade é preferível à dispersão em largura, pois evita que as frentes se tornem
muito extensas para o defensor; proporciona mais meios para a reserva; evita
movimentos laterais face a um ataque inimigo; facilita a descoberta e a destruição de
elementos de infiltração e proporciona um melhor dispositivo de forças para a realização
de contra-ataques. A dispersão em largura leva os pelotões avançados a se arriscarem a
um isolamento e, em conseqüência, a serem batidas por partes, após a penetração
inimiga. A distância entre os pelotões deve ser compatível com a possibilidade de
proporcionar massa suficiente para cumprir a missão do esquadrão e de fornecer uma
força de manobra ofensiva em tempo oportuno.
8) máximo emprego da ação ofensiva - Na defesa, toda oportunidade deve ser
aproveitada para tirar a iniciativa do inimigo e destruí-lo. A defesa deve ser preparada
para a execução de ações ofensivas, sempre que a oportunidade para isto se apresentar.
9) integração e coordenação das medidas defensivas - O plano de defesa como
um todo abarca a integração e coordenação cuidadosa de todas as medidas defensivas.
a) O planejamento dos fogos é conduzido e coordenado em todos os escalões.
Deve proporcionar um contínuo apoio de fogo às forças da área de segurança, da área de
defesa e da área de reserva. Os fogos são também planejados para controlar as brechas
e cobrir as barreiras.
b) Quando o tempo permitir, obstáculos naturais são suplementados por
campos minados e outros obstáculos artificiais. As barreiras são organizadas para
restringir o movimento inimigo, sem interferir, contudo, no planejamento da manobra
defensiva, particularmente os contra-ataques.
c) Todos os meios de vigilância de combate são coordenados intimamente e
incorporados ao plano de defesa.
10) tempo - O tempo disponível para o planejamento, a preparação e a ocupação
da posição defensiva é de capital importância e freqüentemente determina o tipo de
defesa a ser usado.
5-3
11) apoio mútuo - A distribuição das forças e o planejamento dos fogos em
largura e profundidade asseguram apoio mútuo entre as forças. O defensor organiza-se
no terreno de modo a proporcionar apoio mútuo entre os diversos núcleos de defesa, a
fim de permitir que qualquer um deles possa realizar fogos à frente e nos flancos dos que
lhe são adjacentes. A observância deste princípio permite submeter um núcleo
conquistado pelo inimigo aos fogos de flanqueamento dos núcleos vizinhos. O apoio
mútuo ainda permite que, submergindo um determinado núcleo, o inimigo possa ser
contido pelos fogos dos elementos que estão imediatamente à retaguarda.
a. Operar defensivamente pode ser uma missão imposta ao Pel ou uma ação forçada
pelo Ini.
c. O Pel C Mec, normalmente , participa de uma Aç integrando uma força maior (no
mínimo Esqd). O Pel se defender-se-á sozinho quando atacado pelo Ini, em sua posição
de bloqueio (P Blq), ou quando estiver participando de uma P Def.
d. Quando o Pel participa de uma Def A, ele poderá ser empregado como:
1) parte das F Seg da A Seg: na constituição das F Cob, PAG, PAvçd e F
SEGAR;
2) parte das forças em 1º Esc da ADA; e
3) parte da Res da A Res.
e. O Cmt Pel deve estar preparado para coordenar os seus fogos com os das
forças adjacentes, receber outras missões de seu Cmt Esqd e coordenar com ele a
segurança em todas as direções do Esqd.
ARTIGO II
5-5. CONCEITO
5-4
b. Neste tipo de defesa, as posições avançadas são fortes e se deseja o Ini à frente
do Limite Anterior da Área de Defesa Avançada (LAADA).
5-5
Fig. 5-2. Organização de uma Posição Defensiva
a. Quando receber uma missão de Def, o Cmt Pel, acompanhado de seus Cmt de
frações, deverá fazer um minucioso reconhecimento do setor a ser defendido.
a. Planejamento
1) Planos detalhados devem ser feitos para o tiro de todas as armas do Pel. Cabe
ao Cmt Pel designar setores de tiro para cada fração do Pel, indicando-lhes, também, a
linha de proteção final (LPF).
5-6
ao ocultamento à observação aérea. Todo o esforço é feito para aproveitar as cobertas e
abrigos naturais.
2) A prioridade normal de trabalho é:
a) limpeza dos campos de tiro;
b) preparação das P Def;
c) melhoramento das P Def;
d) preparação dos Itn para suprimento e evacuação; e
e) estabelecimento de um sistema de Com, dando-se ênfase para o “alerta”
sobre aproximação Ini.
c. O Cmt Pel designa área de responsabilidade para cada fração de seu Pel. A
segurança à frente e aos flancos da posição são dadas pelo estabelecimento de P Obs,
com a finalidade de darem o “alerta” oportuno da aproximação do Ini. À noite, são
utilizados Postos de Escuta em vez de Postos de Observação. As Pa são utilizadas para
a abertura das áreas ocultas à observação.
3 2 1
1
Fig. 5-3. Organização da Posição de Tiro de uma VBR
5-7
e. Cada fração do Pel melhora suas P Def, tão logo sejam ocupadas. Pos Pcp, de
muda e suplementares são selecionadas para cada VBR ou arma automática. Na
constituição de obstáculos,é dada prioridade às melhores Via A para o Ini.
f. Para a escolha do local exato de cada VBR, os seguintes fatores devem ser
levados em conta:
1) a distância entre eles deve ser suficientemente grande para que se possa
caracterizar uma boa dispersão, mais ou menos 400m;
2) tal distância também deve ser suficientemente curta, de forma que o apoio
mútuo necessário e fundamental para as VBR da seção não seja prejudicado e, ainda,
que nas situações de limitada visibilidade, os roteiros de tiro não se tornem inúteis, devido
à mudança de posição das VBR. Para contornar este problema, torna-se necessária a
confecção de dois roteiros de tiro: um, durante o dia, quando as VBR poderão estar mais
afastadas e outro, ao entardecer, para ser utilizado à noite, quando a distância entre as
VBR deve ser diminuída. O roteiro de tiro deverá ser feito em cada VBR, tanto para o Can
como para as Mtr.
3) Caberá à guarnição de cada VBR fazer a sua segurança local. Assim sendo,
pelo menos um Elm da guarnição permanecerá na torre do Bld em estado de alerta.
OBSERVAÇÕES:
a) a posição de muda deve ser ocupada quando a missão não puder mais ser
cumprida da posição principal, em virtude da Aç Ini sobre ela. A posição de muda e o seu
Itn de ocupação são selecionados e reconhecidos pelo Cmt VBR, devendo ficar dentro da
área de responsabilidade da Seç VBR.
b) o Cmt VBR é quem decide quando a posição não pode mais ser mantida e,
por sua própria iniciativa, determina a mudança para a posição de muda, devendo
informar a sua decisão ao Cmt Seç VBR, logo que puder. No decorrer das ações, caso
sua nova posição se torne insustentável, o procedimento poderá ser o inverso, com a
VBR voltando à sua Pos Pcp.
c) Não há distância determinada para a posição de muda em relação à
principal. No entanto, deve-se considerar que o Ini estará observando as proximidades da
Pos Pcp.
d) As posições suplementares são ocupadas somente Mdt O do Cmt Pel.
5-8
Pelo menos um homem em cada Esquadra do GC deve estar permanentemente alerta. A
organização do GC, nas situações de visibilidade reduzida, deve ser alterada, a fim de dar
maior proteção às VBR e aos próprios homens do GC. Nesse caso torna-se necessária a
confecção de roteiros de tiro para as duas situações, nos moldes do que é feito para a
Seç VBR.
h. O G Exp faz a segurança do Pel. Pode , no entanto, ser empregado como seções
de metralhadora (Seç Mtr). Quando empregado para prover a segurança do Pel, instala-
se em P Obs, à frente ou flancos da P Def Pel. À noite, estes P Obs transformam-se em
PE descendo de suas posições para as prováveis Via A do Ini à posição. Conforme a
situação, a guarnição de uma Vtr Rad pode ser suficiente para dar o alarme da
aproximação do Ini, enquanto o restante do G Exp pode ser empregado para fortalecer ou
aprofundar a P Def do Pel. Quando o G Exp for utilizado como Seç Mtr, ele poderá ser
empregado como um todo ou fracionado por peça de metralhadora. Após designadas pelo
Cmt Pel, as posições principal, de muda e suplementar, serão reconhecidas e
estabelecidas pelo Cmt G Exp.
m. O Pel C Mec tem capacidade para preparar obstáculos e lançar campos de minas
reduzidos. O emprego de demolições para a destruição de pontes, derrubada de árvores
e aberturas de crateras em estradas deve ser bem estudado pelo Cmt Pel. O emprego de
tais demolições é coordenado pelo Chefe da 3ª Seção – S/3 – e executado de acordo
com o plano geral de defesa e plano de destruições. O Cmt Pel poderá instalar um campo
de minas para sua proteção, quando for autorizado pelo escalão superior. Tal campo deve
ser batido por fogos diretos. O emprego de fumaça (das granadas fumígenas de Mrt ou de
Art) pode ser planejado para reduzir a observação e confundir as F Ini. Todo o tempo
disponível deverá ser empregado no fortalecimento da P Def do Pel.
5-9
Fig. 5-4. Posição Defensiva do Pel C Mec (organização)
a. Organização da posição
1) O sucesso da defensiva do Pel depende da organização da posição e do
emprego do poder de fogo disponível. A atitude defensiva deve ser conduzida com
agressividade.
2) Cabe ao Cmt Pel tirar vantagem dos erros do Ini. Deve-se estar engajado com
o Ini desde que ele se coloque sob nossos fogos.
3) O Pel continua a defender sua posição até que receba ordem para retrair. No
interior da posição, entretanto, o Cmt Pel pode e deve modificar seu dispositivo defensivo,
de acordo com a situação.
b. Coordernação de fogo
1) Os fogos defensivos do Pel são coordenados de modo a permitir seu máximo
efeito, tanto de dia como à noite (roteiro de tiro). Apoiando-se mutuamente, as VBR
cobrem as prováveis Via A de Bld Ini.
2) A Pç Ap visa os ângulos mortos, nos quais o Ini possa estar se reunindo ou
progredindo.
5-10
c. Segurança
Nas situações defensivas, o Pel provê sua própria segurança local. Os
exploradores, normalmente, fazem a segurança da frente e dos flancos e a Pç Ap protege
a retaguarda.
ARTIGO III
MOVIMENTOS RETRÓGRADOS
a. Generalidades
Movimento retrógrado é qualquer movimento organizado de uma força para a
retaguarda ou para longe do inimigo, forçado por este ou executado voluntariamente. Um
movimento retrógrado bem planejado e bem executado pode proporcionar excelentes
oportunidades para infligir consideráveis danos à tropa e ao material inimigo.
b. Finalidades
1) Os movimentos retrógrados são conduzidos obedecendo a uma ou mais das
seguintes finalidades:
a) inquietar, desgastar, resistir, retardar e infligir baixas ao inimigo;
b) conduzir o inimigo a uma situação desfavorável;
c) permitir o emprego da força ou de uma parte da mesma em outro local;
d) evitar o combate sob condições desfavoráveis;
e) ganhar tempo, sem engajar-se decisivamente em combate;
f) desengajar-se do combate;
g) adaptar-se aos movimentos de outras tropas amigas; e
h) encurtar as vias de transporte.
5-11
3) Retirada - É o tipo de movimento retrógrado no qual uma força, que não está
em contato, desloca-se para longe do inimigo, segundo um plano bem definido, com a
finalidade de evitar um combate decisivo em condições desfavoráveis. A retirada pode ser
feita seguindo-se a um retraimento. Quando a retirada se segue a um retraimento, ela tem
início logo que o grosso, depois de romper o contato, tenha formado as colunas de
marcha. Normalmente, é executada para permitir que as operações futuras de combate
sejam conduzidas sob condições mais favoráveis ou em local, ou oportunidade mais
conveniente.
a. Terreno
1) A utilização apropriada do terreno é vital à força que realiza um movimento
retrógrado, por propiciar a oportunidade de causar grande retardamento a uma força
inimiga e infligir-lhe danos consideráveis. Para o estudo do terreno devem ser
considerados os seguintes aspectos:
a) observação e campos de tiro;
b) cobertas e abrigos;
c) obstáculos;
d) acidentes capitais; e
e) vias de acesso.
2) O terreno é selecionado, preferencialmente, com uma compartimentação
transversal à direção do inimigo, buscando-se a observação e os campos de tiro
profundos, bem como a máxima utilização de cobertas e abrigos, objetivando-se bater o
inimigo desde o mais longe possível, porém, negando-lhe a observação direta à posição,
e obrigá-lo constantemente a se desdobrar para fazer face a sucessivas ameaças.
3) Os obstáculos naturais devem ser intensamente explorados para retardar o
avanço do inimigo. Os obstáculos artificiais são colocados de forma a tirar o máximo
proveito dos obstáculos naturais, e, da mesma forma que estes, são empregados para
retardar o movimento inimigo, nas vias de acesso favoráveis, ou canalizar o seu
movimento para aquelas que, de acordo com os interesses da manobra, o coloquem em
condição desfavorável. Estes obstáculos devem ser localizados de forma a não interferir
em operações futuras. Os obstáculos são utilizados ainda para proteger flancos expostos.
Os melhores resultados são alcançados com o menor trabalho possível e maior rapidez,
através da utilização de campos de minas, de áreas minadas e de destruições.
4) Conveniente rede de estradas e terreno de boa trafegabilidade facilita o
movimento, proporcionam rapidez aos deslocamentos, favorecem o controle da operação,
permitem uma dispersão ampla e apresentam melhores condições para manobra, quer na
ocupação das posições de retardamento e no retraimento das mesmas, quer nas ações
da reserva.
b. Condições meteorológicas
1) Boas condições meteorológicas favorecem a observação e aumentam o efeito
dos fogos e dos agentes químicos. A execução das manobras planejadas, bem como o
apoio logístico, são facilitados.
2) Condições meteorológicas desfavoráveis dificultam a observação, reduzem os
efeitos dos fogos, limitam o movimento através do campo, diminuem a eficiência do
pessoal e dos equipamentos e aumentam os problemas de comando e controle.
5-12
3) A observação cuidadosa do início e fim do crepúsculo náutico, bem como das
fases da lua, proporcionam os indicativos de luminosidade da zona de ação.
4) A direção e a velocidade dos ventos devem ser acompanhadas
sistematicamente, considerando-se o continuado uso dos fumígenos neste tipo de
operação.
5) Deve-se levar em conta, entretanto, que nem sempre as melhores condições
meteorológicas são as desejadas para a unidade empenhada num movimento retrógrado,
porquanto o mau tempo reduz a liberdade de ação do atacante, aspecto que contribui
para favorecer o defensor.
2) posições de retardamento
a) Temos a posição inicial de retardamento (PIR) onde ocorrerá o primeiro Ctt
com o Ini pela tropa que Rtrd e as posições de retardamento seguintes (P2, P3, etc.).
b) O terreno favorável a uma boa posição de retardamento deve oferecer uma
ou mais das características abaixo indicadas, as quais permitem infligir grande número de
perdas ao inimigo, além de retardar ao máximo a sua ação:
(1) linha de alturas perpendiculares à direção de atuação do inimigo;
(2) obstáculos à frente e nos flancos, principalmente rios obstáculos;
(3) elevações que permitam boas condições de observação e bons
campos de tiro;
5-13
(4) itinerários desenfiados para os deslocamentos (retraimentos e rocadas);
(5) boa rede de estradas e condições de transitabilidade através.
3) limites
a) É a linha, balizada no terreno, definidora de responsabilidade territorial, entre
um escalão considerado e seus vizinhos.
4) prazos de retardamento
a) O prazo a ganhar no decurso da missão é considerado entre a posição
inicial de retardamento (PIR) e a última posição. Este período deve ser repartido pelas
posições de retardamento escolhidas, observando-se a compatibilidade dessas posições
para ganhar o respectivo tempo, e procurando-se ganhar o prazo o mais à frente possível.
Para efeito do planejamento inicial, o prazo a ganhar é sempre computado nas posições
de retardamento principais: o prazo circunstancial ganho no retardamento entre as
posições somente será considerado no planejamento para a tomada de decisões de
conduta.
Fig. 5-5. pontos - limite; limites; posições de Rtrd; limites; e prazo de Rtrd.
5) pontos de controle
a) Ponto bem caracterizado no terreno, ao longo da Z Aç, itinerário ou eixo de
progressão, utilizado como medida de controle para informar, rapidamente, a localização
precisa de frações, bem como o curso de sua progressão;
b) Não acarreta qualquer restrição ao movimento ou progressão, a não ser que
haja determinação específica do escalão superior;
c) Os pontos de controle devem ser diferenciados entre si por um número
colocado no interior de um círculo.
5-14
Fig. 5-6. pontos de controle.
6) pontos de ligação
a) Ponto facilmente identificável no terreno, indicativo do local onde duas ou
mais frações devem estabelecer ligação física. São diferenciados dos outros por um
número colocado no interior de um retângulo.
5-15
8) itinerários de retraimento
a) São caminhos designados através da posição à retaguarda e que facilitam
um retraimento ordenado e contínuo.
9) zonas de reunião
a) É uma área em que uma fração é reunida, em condições de receber missão
de combate ou para preparar-se para o cumprimento da missão recebida.
5-15. RETRAIMENTO
c. O retraimento diurno deve ser evitado, sempre que possível, para fugir aos fogos
observados do inimigo e à atuação de sua força aérea, ambos capazes de causar
pesadas baixas ou provocar a perda da liberdade de manobra.
5-16
g. Em qualquer das situações em que o retraimento é executado, o contato pelo fogo
e o contato visual com o inimigo deve ser mantido, a fim de proporcionar dissimulação,
segurança e contribuir para evitar um rápido avanço do oponente. Uma força deve prover
segurança e dissimulação, para que as tropas em contato possam executar seu
retraimento sem que o inimigo cerre rapidamente sobre elas.
b. O Cmt Esqd destaca parte de suas forças para permanecer em contato com o
inimigo. Estas forças são chamadas destacamento de contato. Elas proporcionam
segurança e protegem o retraimento do grosso da SU.
5-17
iniciais para os seus Cmt de fração, de forma a facilitar as ações futuras, a retirada de
dúvidas e até a retificação do planejamento.
5-18
Fig. 5-11. Retraimento sem pressão do inimigo (3ª fase)
PIR
Esq GC
Esq GC
PIR
5-19
PIR
Esq GC
Esq GC
PIR
PIR
PIR
Fig. 5-14. Retraimento sem pressão do inimigo (3ª fase)
l. Todo o esforço deve ser feito para que os elementos do destacamento de contato
tenham mobilidade superior a do inimigo.
5-20
n. O retraimento do destacamento de contato deve ser iniciado a tempo de não
permitir que o movimento seja executado sob pressão do inimigo.
o. Se o retraimento for noturno, os fogos devem ser utilizados para abafar o ruído
dos motores das viaturas.
b. O movimento do Pel inicia-se mediante ordem do Cmt SU, via rádio, através da
Utlz de mensagem pré-estabelecida.
f. O Cmt Rgt pode decidir por Utlz uma F Ptç para que o grosso do Rgt retraia com
um maior grau de Seg. Para a decisão de constituir ou não uma força de proteção com
sua reserva, o Cmt Rgt deverá levar em conta o seguinte:
1) forças disponíveis para constituir a força de proteção;
2) tempo disponível para desdobrar essa força;
3) aproveitamento do terreno;
4) existência ou não de uma força de segurança da Bda;
5) possibilidade do Ini; e
6) duração da missão.
g. O Pel C Mec pode estar enquadrado no Esqd Res que receba a missão de
constituir a F Ptç ou pertencer a um Esqd integrante do grosso que retrai sob pressão.
5-21
Nesse caso torna-se imperiosa a coordenação e o controle na execução do acolhimento a
fim de se evitar fratricídio.
i. Assim que o grosso tenha ultimado seu Ret, a F Ptç emprega a técnica de fogo e
movimento para a retaguarda até que seja acolhida ou até desengajar o Ini.
j. Rompendo contato com o Ini, o Pel constitui sua coluna de marcha e continua o
Mvt para a retaguarda.
5-18. RETIRADA
a. É um tipo de Mvt Rtg, no qual uma força não em contato, desloca-se para longe
do Ini, a fim de evitar o combate decisivo em condições desfavoráveis. A Rda pode ser
feita seguindo-se a um Ret.
g. Atuando como Elm de manobra de seu Esqd, o Pel C Mec poderá executar as
seguintes missões, quando seu Esqd receber uma missão de Seg da tropa que se retira:
1) atuar como Vgd ou fazer parte dela;
2) atuar como parte de uma flancoguarda; e
3) atuar ou fazer parte da Rtgd.
5-22
5-19. AÇÃO RETARDADORA
a. Generalidades
1) Uma ação retardadora exige, normalmente, o emprego dos princípios da
defesa em cada posição de retardamento. Em sua execução, são conduzidas ações
ofensivas e defensivas.
A ação em cada posição deve obrigar o inimigo a desdobrar-se prematuramente e
a perder tempo na preparação do seu ataque.
Obstáculos sumariamente preparados, tais como abatizes, minas AC e AP ou
barricadas, são improvisados para retardar ou parar temporariamente a progressão do Ini.
2) Normalmente, as posições de retardamento do Rgt não são organizadas em
profundidade. Utiliza-se o máximo poder de combate em primeiro escalão sobre as
prováveis vias de acesso do inimigo. O Pel C Mec, neste tipo de operação pode estar
ocupando uma posição de retardamento ou integrando o Esqd reserva do regimento.
3) Normalmente os pelotões são distribuídos de forma que cada um barre uma
penetrante. A frente distribuída a cada Pel C Mec varia de 1500 a 2000 metros e as
posições de retardamento são geralmente estabelecidas em distâncias de 8 a 12Km,
podendo chegar a 15Km de acordo com o terreno e a artilharia empregada.
4) A ação retardadora pode englobar, nas fases de seu desenvolvimento, os
outros dois tipos de movimentos retrógrados: o retraimento entre as posições de
retardamento e a retirada para a posição posterior, após ser acolhido na posição à sua
retaguarda.
5) O Pel C Mec na Aç Rtrd, normalmente, atua como Elm de manobra de seu
Esqd, recebendo deste uma Z Aç, na qual conduzirá uma Aç Rtrd, sob sua coordenação e
controle.
6) O Pel empenhado, numa Aç Rtrd, retarda o Ini em uma série de posições
sucessivas, ao longo de seu eixo de retraimento. Por ser uma fração relativamente
pequena, deverá conduzir uma Aç Rtrd em um só eixo ou provável Via A Ini.
7) Quando o Esc Sp estabelece um prazo a ganhar na missão como um todo, o
Cmt Rgt estima um prazo a ser ganho em cada posição de retardamento. O esforço deve
ser no sentido de ganhar o maior prazo nas posições mais avançadas, especialmente na
PIR, o que proporciona maior flexibilidade.
8) A hora do dispositivo pronto na PIR é de, no mínimo, 02 (duas) horas antes da
hora em que se estima a abordagem da PIR pelo Ini.
9) Na ação retardadora o Pel oferece o máximo de resistência organizada na
posição inicial de retardamento (PIR) e continua a oferecer resistência em cada uma das
posições de retardamento seguintes (P2, P3, etc.).
10) O pelotão não retrai até que seja autorizado pelo escalão superior.
a. O Cmt Esqd emite sua ordem aos Cmt Pel informando a Z Aç, P Rtrd, medidas de
coordenação e controle e o prazo de retardamento em cada posição. Após seu estudo de
situação, o Cmt Pel emitirá a sua ordem ao pelotão.
b. O principal objetivo da fixação do prazo de Rtrd, em que o Ini deve ser mantido à
frente de uma P Rtrd, é a coordenação entre as forças adjacentes (os outros Pel). O Pel
só retrai mediante ordem do Cmt de Esqd, mesmo que o tempo de retardamento já tenha
sido ganho. O Pel detém o Ini à frente da posição, pelo maior tempo possível;
5-23
c. A PIR deve ser reconhecida e organizada pelo Cmt Pel, por ser a P Rtrd mais
importante, onde se obterá a surpresa sobre o Ini. O Cmt Pel determina a posição exata
das armas, Vtr e homens.
e. Tão logo o Pel ocupe uma das P Rtrd (a partir da PIR) o Sgt Adj deverá deslocar-
se para a próxima, utilizando-se de uma Vtr equipada com rádio (pode ser a do Cmt Pel).
O Adj conduz consigo um integrante de cada fração para reconhecer a localização exata
de cada peça de manobra do Pel na P Rtrd a ser Ocp, devendo também:
1) selecionar as posições principais, de muda e suplementares para as VBR e
para a VBTP, face à principal Via A ini;
2) selecionar uma posição para o GC (desembarcado);
3) selecionar P Obs para as Pa G Exp (à frente e nos flancos da P Rtrd);
4) selecionar itinerários de retraimento para as Pa G Exp (cobertos);
5) orientar os Mil que o acompanharam a servirem de guias para orientar o Pel
para as nova posição e dar-lhes instruções referentes aos setores de tiro e itinerários de
retraimento.
6) iniciar, auxiliado pelos homens que trouxe consigo, os melhoramentos
necessários na posição (de acordo com o tempo disponível).
g. O Cmt Pel deve estar em constante ligação com o Sgt Adj, devendo conservá-lo
informado da situação e avisar quando o Pel começar o Ret.
5-24
5-21. ORGANIZAÇÃO E OCUPAÇÃO DE UMA POSIÇÃO DE RETARDAMENTO
b. O Cmt Pel deve orientar suas frações no sentido de que a ocupação das posições
deve ser feita de forma a explorar, da melhor maneira, as cobertas, abrigos e obstáculos
existentes, procurando bater o inimigo o mais a frente possível. Para isso, a ocupação
deve ser feita com posições preparadas na crista topográfica das elevações e com
posições de espera na contra encosta. As metralhadoras devem ser empregadas na
proteção dos flancos; o GC deve ser empregado no patrulhamento e ocupando posições
que impeçam a infiltração de patrulhas de reconhecimento do inimigo. O G Exp também
pode executar patrulhas, bem como efetuar as ligações impostas pelo Cmt Esqd. A
preparação da posição de tiro principal deve ser, continuamente melhorada, devendo
ocorrer, com relação às posições de muda e suplementar, dentro do tempo disponível. Os
Elm das VBR e da VBTP devem reconhecer, perfeitamente, os caminhos para estas
posições.
5-25
d. O GC desembarcado, em posição à frente das VBR, faz a proteção aproximada
destas e bate as Via A favoráveis à Inf Ini.
f. A Pç Ap, de uma posição desenfiada, fica ECD bater à frente da posição, desde o
alcance máximo de utilização até alvos imediatos à P Rtrd, proporcionando, também,
segurança à retaguarda. Na PIR, enquanto houver segurança proporcionada pelas Pa G
Exp, a Pç Ap pode ser colocada à frente da posição (Posição Inicial) para bater o Ini o
mais à frente possível através de fogos de longo alcance.
5-26
g. Faseamento do Retraimento da P Rtrd:
1) 1ª fase - O G Exp, normalmente, é a primeira fração do Pel a retrair. Desloca-
se, rapidamente, para a próxima posição, a fim de cobrir o Ret do restante do Pel.
Quando todos os Elm do Pel já tiverem retraído e em posição, o G Exp novamente toma
posição nos flancos, estabelecendo seus novos P Obs.
2) 2ª fase - A Pç Ap é a seguinte a retrair. Logo que termina o seu Ret, a Pç atua
com granadas fumígenas, se necessário, para cobrir o retardamento da Seç VBR e do
GC. Toma, ainda, sob seus fogos o Ini que possa estar seguindo os Elm do Pel que por
último, retraem.
3) 3ª e 4ª fases - O GC e a Seç VBR, normalmente, são os últimos Elm a
retraírem, tendo em vista que dispõem de relativa proteção blindada face aos tiros das
armas de pequeno calibre ou estilhaços de Art. Em terreno razoavelmente limpo ou
durante o dia, o GC retrai em primeiro lugar. Em terreno coberto ou à noite, o GC
permanece em posição até que a Seç VBR retraia.
PIR
Esq GC
Esq GC
PIR
5-27
PIR
Esq GC
Esq GC
PIR
PIR
Esq GC
Esq GC
PIR
Fig. 5-19. Retraimento da P Rtrd (3ª fase)
5-28
PIR
PIR
Fig. 5-20. Retraimento da P Rtrd (4ª fase)
5-29
CAPÍTULO 6
ARTIGO I
GENERALIDADES
6-1
b. Levantamentos - O Cmt da F DEFAR, antes de dispor os seus Elm no terreno,
deverá fazer um estudo abrangendo os seguintes tópicos:
1) as vias de transporte e de suprimento a serem mantidas;
2) instalações civis a serem asseguradas;
3) prováveis zonas de lançamento (ZL) existentes na área;
4) prováveis zonas de pouso de helicóptero (ZPH) existentes na área;
5) prováveis locais de homizio de guerrilheiros existentes na área; e
6) pontos dominantes do terreno onde será indispensável a instalação de PO.
a. A F DEFAR deverá instalar uma rede de PO e Pa, além de manter uma reserva
forte e móvel em ponto central. A vigilância não deve ser estabelecida nos limites da área
e sim no seu interior, sobre as ZL, ZPH, locais de homizio de guerrilheiros e sobre a rede
de estradas e E Sup do setor, ou ainda, protegendo as instalações a serem mantidas. As
instalações militares da área de retaguarda, normalmente agrupadas na Área de Apoio
Logístico (A Ap Log), possuem sua própria segurança. O Cmt da F DEFAR divide a área
entre os seus elementos subordinados, e estes deverão manter suas próprias reservas
ficando em condições de atuarem imediatamente sobre o Ini. A reação imediata será o
tipo de ação a ser desenvolvida pela F DEFAR, seja como um todo ou através de seus
Esqd ou Pel, agindo isolados. O Ini detectado deve ser imediatamente atacado.
6-2
de Lançamento. Pode-se elaborar, juntamente com as tropas de engenharia do escalão
enquadrante, um sistema de obstáculos contra F Aet e Amv nas prováveis ZL e ZPH do
setor. Uma reserva deve ser mantida em posição central no setor a ser protegido.
b. Ao reconhecer um setor que lhe foi imposto, o Cmt Pel C Mec deverá:
1) determinar quais as prováveis ZL, ZPH, e se há algum local favorável à
dissimulação de tropas irregulares (áreas de homizio);
2) determinar os pontos dominantes do terreno que tenham comandamento sobre
as regiões levantadas;
3) determinar os elementos designados para os P Obs;
4) determinar os Itn iniciais das Pa; e
5) levantar concentrações para a Pç Ap, local desta e do seu P Obs (que é
também o do Cmt Pel, isto porque a reserva e a Pç Ap, localizar-se-ão próximos ao PC
Pel).
a. Nas operações de DEFAR, pode-se empregar até 4 (quatro) P Obs como sendo
ou número aceitável. Pode-se empregar o G Exp, O GC e, até mesmo, a Peça de Apoio,
se necessário;
6-6. PATRULHAS
6-3
a. As Ptr ligarão os P Obs e vasculharão as áreas não avistadas por aqueles. Há
necessidade de se alterar, com freqüência, o horário e o itinerário das Pa, para evitar as
ações inimigas;
Mec X
Mec
6-4
b. Zona de Pouso de Helicópteros: Para a aterragem de helicópteros, a área deve
ter um diâmetro mínimo de 50 m. Para cada metro de altura de um obstáculo, a distância
de Segurança deverá ser da ordem de 5 (cinco) metros (triângulo retângulo. Ver
caderneta da SIEsp).
c. Atuação do Cmt Pel: antes de dar ordem ao seu Pel, o Cmt deverá efetuar o
levantamento de seu setor. Após isso, o Cmt fará sua ordem, na qual deverá constar:
1) plano ou calco com a localização dos P Obs;
2) Itn inicial das Pa;
3) localização da Pç Ap e do seu P Obs;
4) concentrações para a Pç Ap;
5) sub-setores ou objetivos principais dos P Obs;
6) sistema de alarme;
7) emprego da rede de rádio; e
8) plano de atuação face às situações possíveis.
e. Segurança de instalações: o Pel C Mec pode ser empregado para proteger uma
instalação da Área de Retaguarda, tal como uma instalação de suprimentos. O dispositivo
a ser tomado é semelhante ao de uma defesa circular. O Cmt Pel assegura o alerta contra
a aproximação do Ini pelo estabelecimento de um sistema de P Obs em torno da
instalação e contínuo patrulhamento. Deverá ser mantida uma reserva forte, em posição
central, para proteger a instalação. A Pç Ap pode ser empregada para prover
concentrações sobre as vias de acesso mais prováveis do Ini, em particular sobre aquelas
que forneçam boas cobertas para a aproximação de Ini a pé (raciocinar como PSE das
Op GLO).
6-5
3) tipo de atividade Ini esperada; e
4) rede de estradas que incidem sobre o eixo.
b. O eixo a ser protegido poderá estar classificado numa das três situações abaixo:
1) Situação Vermelha: nosso controle na área é mínimo. As estradas não são
usadas freqüentemente e o Ini possui grande poder para emboscada e interdição do eixo.
2) Situação Amarela : já possuímos um relativo controle da área; no entanto, o Ini
também possui considerável poder para emboscadas e interdição de eixos. As estradas
são abertas periodicamente para o movimento de comboios e fechadas logo após.
3) Situação Verde: nosso controle da área é elevado. A possibilidade, de
emboscada é mínima. Há uma fluência normal de tráfego, mas ainda existe probabilidade
de interdição de eixo. Nenhum eixo é 100% seguro.
c. Planejamento e Execução
1) Situação Vermelha: a abertura do eixo para o tráfego, exige operações de
vulto. Estas operações normalmente envolvem o estabelecimento de bases de combate
de valor Esqd, instaladas ao longo do eixo, ECD se apoiarem, mutuamente. Um dos
objetivos dessas operações é provocar uma reação do Ini, que, uma vez obtida, possa
criar situações que permitam a sua destruição. Patrulhamentos, emboscadas e
operações ofensivas locais são realizadas próximas ao eixo. Certos melhoramentos
podem ser feitos e com isso poderemos transformar uma situação vermelha em amarela,
ou seja, tomar medidas de segurança para proteger instalações vitais como pontes,
viadutos, entroncamentos rodoviários, etc. Sempre que possível, as margens do eixo
devem ser limpas de vegetação numa faixa de 100 a 300m. As equipes de trabalho são
dotadas de uma segurança aproximada. Pode-se evacuar os civis moradores na faixa.
Devem ser constituídas reservas para explorar o contato com o Ini.
2) Situação Amarela: dois métodos básicos podem ser usados: Postos de
segurança temporários e Postos de Segurança fixos.
a) Postos de Segurança Temporários (PST) são empregados quando o volume
de tráfego é intenso e o número de escoltas mobiliza grande efetivos. Para economizar
pessoal, pode-se "limpar" o eixo com uma força de combate, deixando os PST para
manter o controle e oferecer relativa segurança. Estes PST podem ser constituídos de
uma ou mais viaturas (Vtr ou Ptr G Exp). São previstos horários de abertura e de
fechamento do eixo. Ao final do período de abertura, os PST se retiram para uma base
mais segura (Z Reu). Um Pel C Mec pode ser o elemento que percorra o eixo antes de
sua abertura, a fim de "limpá-lo". Antes dos PST se retirarem, uma equipe deve retirar do
eixo as Vtr em pane, recuperando-as ou rebocando-as para uma base segura. Os
comboios que se deslocam pelo eixo estabelecem contato com os PST, informando sua
progressão e a sua saída da área. Uma força de reação, localizada junto ao PC, deve
estar em condições de ser empregada.
6-6
1
1
Mec
Mec
Mec
Mec
Fig 6.2 - 1º Pel C Mec executando um Rec para “limpar” o eixo. 2º Pel ocupando uma Z
Reu ao longo do eixo.
Mec
Fig 6.3 – Após a limpeza do eixo, o 2º Pel C Mec opera os PST ao longo do eixo para
garantir a trafegabilidade
6-7
2
Mec
Fig 6.4 – 2º Pel C Mec mantém os PST, proporcionando segurança, enquanto o eixo
permanece aberto. Outro Pel executa a Escolta de Comboio ao longo do eixo.
Mec
Fig 6.5 – Findo o horário de funcionamento do eixo, o Pel retrai para a Z Reu. A operação
se repetirá nos horários em que o eixo precisar permanecer aberto.
6-8
b) Os Postos de Segurança Fixos (PSF) são aplicáveis quando o eixo possui
pontos críticos como pontes, cortes de estradas, desfiladeiros, etc, cuja destruição
interditaria o eixo por um longo tempo e exigiria grande esforço da engenharia para
recuperá-lo. O efetivo normalmente é o de um Pel C Mec para cada 32 km e as posições
podem ser melhoradas com obstáculos, fortificações e, se autorizado, campos de minas.
Um PSF envia Ptr ao longo do eixo e suas adjacências. Se postos não puderem controlar
toda a estrada durante a noite, operações de limpeza serão necessárias durante o dia.
Para favorecer a rapidez, essas operações devem partir, simultaneamente, de todos os
postos. Patrulhamento constante entre os PSF reduz, significativamente, as
oportunidades do Ini realizar interdições. Durante o movimento através da área, os
comboios devem estabelecer o contato com os PSF. As Vtr em pane deverão ser
rebocadas para perto do próximo posto, enquanto aguardam evacuação. Deve ser
mantida uma força de reação, se possível numa posição central, ECD agir em qualquer
ponto do eixo. São vantagens e desvantagens dos PSF:
(1) proporcionam maior grau de segurança e controle que os PST;
(2) são particularmente indicados para eixos que possuam tráfego pesado e
apresente pontos críticos como pontes, passagens difíceis, etc; e
(3) mantém estática uma força de certo valor de combate por um tempo
considerável, não aproveitando a grande mobilidade que dispõe um Pfl C Mec.
2 1
Mec Mec
Fig 6.6 – 1º Pel C Mec ocupando PSF enquanto 2º Pel é mantido como reserva
6-9
6.9 ESCOLTA DE COMBOIO
d. Comando: é essencial que seja único, sendo ideal que seja o mesmo para a
escolta e o comboio. Quando o comboio for organizado em unidades de marcha (UM),
cada uma terá sua escolta e seu Cmt estará subordinado a um comando geral de todo o
comboio. A cadeia de comando deverá ser do conhecimento de todos.
f. Força de Reação: deve ser prevista, sempre que possível, uma força de reação.
Localizada numa parte central do eixo. Caso não a receba do Esc Sup, o próprio Cmt da
escolta poderá organizar a sua força de reação. Deve ser preparada em detalhes, contra
qualquer ação Ini. O comando e o controle, tanto da força de reação como da escolta,
deve caber ao mesmo Elm, que deve se deslocar junto a esta.
6-10
4) dar uma falsa impressão de força ou fraqueza. (Exemplo: escolta poderosa no
início do deslocamento que abandona o comboio durante o Itn, deixando uma escolta
mais fraca protegê-lo até o destino);
5) simular a presença de armas automáticas nas Vtr de suprimento;
6) variar, continuamente, as medidas de segurança, como horários, itinerários,
etc;
7) conhecer detalhadamente as possibilidades do Ini;e
8) colher informações precisas sobre as atividades do Ini.
Zona de Matar
h. Organização do comboio:
1) designar vigias para cada Vtr Mtz, a fim de operar as armas automáticas e
lançar granadas fumígenas e/ou defensivas;
2) manter ligação rádio entre todos os elementos;
6-11
3) distribuir as Vtr BId em vários pontos do comboio, principalmente à frente e à
retaguarda (romper abatizes, garantir a mobilidade);
4) cada Vtr Mtz terá um chefe, que não viajará na boleia.
l. Caso faça parte do comboio alguma tropa motorizada, sua ação poderá, em
princípio ser a seguinte:
1) cada Vtr terá os seus vigias, com armas automáticas, granadas fumígenas e
defensivas;
2) no momento que for desencadeada a emboscada, os vigias farão fogo
cerrado, juntamente com os demais ocupantes da Vtr, sobre as prováveis posições Ini,
além de lançarem as granadas de que dispõem;
3) os motoristas devem acelerar as Vtr para tentar abandonar a zona de matar.
Qualquer imobilização da Vtr momentaneamente ou não, deverá corresponder ao sinal
para que seus ocupantes desembarquem e partam num ataque frontal às posições Ini.
Cabe aos vigias apoiarem este desembarque;
4) caso a Vtr consiga abandonar a zona de matar ou se encontre fora da mesma
por ocasião da emboscada, seus ocupantes devem desembarcar imediatamente e
realizar ataques ao flanco ou à retaguarda da posição Ini.
6-12
Zona de Matar
Fig 6.8 – Elementos dentro da zona de matar reagem imediatamente. Elementos fora da
zona de matar tentam flanquear o inimigo.
OBSERVAÇÃO:
As ações da escolta, bem como as da tropa motorizada e dos Elm das Vtr
(motoristas e vigias), deverão ser exaustivamente ensaiadas, em exercícios que
antecedam à partida do comboio, considerando que durante a emboscada não haverá
tempo para expedição de ordens.
6-13
uma ação inopinada do Ini, não devendo, portanto, manter sua tropa à retaguarda do
comboio, e sim, distribuída ao longo dele, com a Seç VBR à testa da coluna;
4) o deslocamento do comboio é feito numa velocidade relativamente alta. Os
desfiladeiros deverão ser reconhecidos e, após lançada uma segurança ao longo das
suas escarpas, atravessados com a máxima velocidade permitida.
6-14
CAPÍTULO 7
ARTIGO I
GENERALIDADES
7-1
ARTIGO II
COMUNICAÇÕES
7-2. GENERALIDADES
d. Os meios de Com que o Pel dispõe têm que atender aos seguintes princípios:
1) Continuidade: as ligações, sendo fundamentais para o sucesso de qualquer
operação, devem ser mantidas a qualquer custo;
2) Rapidez: o sistema de Com deve proporcionar rapidez às ligações. Isto
significa que as ligações necessitam de oportunidade, isto é, devem ser estabelecidas em
tempo útil para os efeitos desejados; e
3) Segurança: todas as medidas são tomadas para proteger os sistemas de Com,
de modo a impedir, ou pelo menos dificultar, a obtenção de informações pelo inimigo. A
segurança preserva a liberdade de ação do comando e garante a surpresa.
a. Conforme a tabela 3-1, o Pel C Mec utiliza os meios físicos (fio), rádio, visuais e
mensageiros. Dependendo da situação tática do Pel, determinado meio será priorizado
em detrimento de outros.
7-2
OUTROS
FRAÇÃO MEIO RÁDIO MEIO FISICO MENSAGEIROS
MEIOS
1 (um) rádio do
grupo 3
1 (uma) central
veicular e 1
telefônica, 1 (uma)
(um) rádio do
régua terminal, 1
grupo 2
(um) telefone
veicular ou 2
Gp portátil, 1(uma)
(dois) rádios do
Cmdo bobina, 1 (uma)
grupo 3
desenroladeira e
veiculares.
aproximadamente
1 (um) rádio do
400 m de FDT
grupo 2 portátil.
Todos VHF-
FM.
4 (quatro)
1 (um) telefone
rádios do grupo
portátil, 1(uma)
2 veiculares e
bobina, 1 (uma)
1 (um) rádio do
GE desenroladeira e,
grupo 2
aproximadamente,
portáteis. Bandeirolas,
2000 m de FDT,
Todos VHF- painéis,
por patrulha. Mensageiros
FM. fumígenos e
especiais
2 (dois) rádios 1 (um) telefone artifícios
do grupo 2 portátil, 1(uma) pirotécnicos
veiculares. bobina, 1 (uma)
Seç VBR
Todos VHF- desenroladeira e,
FM. aproximadamente,
400 m de FDT
1 (um) rádio do
1 (um) telefone
grupo 2
portátil, 1(uma)
veicular e 1
bobina, 1 (uma)
GC (um) rádio do
desenroladeira e,
grupo 2 portátil.
aproximadamente,
Todos VHF-
400 m de FDT
FM.
1 (um) rádio do
1 (um) telefone
grupo 2
portátil, 1(uma)
veicular e 1
bobina, 1 (uma)
Pç Ap (um) rádio do
desenroladeira e,
grupo 2 portátil.
aproximadamente,
Todos VHF-
400 m de FDT
FM.
Tab. 7-1. Distribuição do material de comunicações do Pel C Mec
7-3
7-4. O APOIO DE COMUNICAÇÕES NAS MISSÕES DO PELOTÃO
a. Sistema Físico
1) As comunicações fio proporcionam boa confiabilidade e são menos vulneráveis
à ação inimiga do que o rádio. Entretanto, o sistema físico é pouco flexível e requer
instalação demorada.
2). O pelotão de cavalaria mecanizado está ligado ao esquadrão por meio de um
circuito tronco, que interliga as respectivas centrais telefônicas. A partir da central do
pelotão, são lançados ramais para as frações.
3) Normalmente, os meios físicos são empregados quando o Pel está em uma
situação estática, tal como, ocupação de zona de reunião (Z Reu), posição de bloqueio (P
Blq), posição de retardamento (P Rtrd), posição defensiva (P Def), Posto de Bloqueio e
Controle de Estradas (PBCE), Posto de Segurança Estático (PSE) ou na reserva. A
quantidade e a qualidade dos circuitos dar-se-ão de acordo com o tempo disponível para
a instalação e a situação do Pel.
4) É instalado por um militar de cada fração e pelo Rádio-Operador (R Op) do Cmt
Pel. A central telefônica é instalada nas proximidades da viatura do Cmt Pel e operada
pelo seu R Op.
5) A exploração do sistema físico também requer a adoção de medidas de
segurança. As linhas devem ser constantemente patrulhadas.
7-4
b. Sistema Rádio
1) As comunicações rádio proporcionam grande flexibilidade e rapidez, porém são
pouco confiáveis e vulneráveis à guerra eletrônica. O rádio é considerado o menos seguro
dos meios de comunicações. Normalmente, é empregado em situações de movimento,
por permitir grande flexibilidade para o exercício do comando e controle.
2) O pelotão de cavalaria mecanizado participa da rede de comando do esquadrão
com um rádio do grupo 3 (VHF – FM), veicular. Internamente, o pelotão opera a sua rede
de comando com oito rádios do grupo 2 (VHF – FM) veicular, promovendo a ligação do
comandante do pelotão com seu adjunto e demais comandantes de fração. Cada fração
dispõe ainda de rádios portáteis para serem utilizados quando estiverem desembarcadas.
7-5
Fig. 7-3. Diagrama da Rede Rádio do Cmt Pel
c. Sistemas de Mensageiros
1) O mensageiro é o mais seguro meio de comunicação. Proporciona boa
flexibilidade e grande confiabilidade, sendo imune à guerra eletrônica. Porém, a
transmissão das mensagens é demorada e o mensageiro pode ser alvo de emboscadas
ou fogos inimigos.
2) Normalmente, é empregado para a transmissão de mensagens extensas
(documentos) e gráficas (esboços ou esquemas de manobra), ou como meio alternativo
para os sistemas rádio e físico.
3) No pelotão de cavalaria mecanizado, são empregados apenas os mensageiros
especiais, que são escalados, eventualmente, para a transmissão de mensagens. O
comandante do pelotão deve designar um de seus homens como mensageiro, exceto o
radioperador, pois este é o responsável pela ligação do pelotão com o esquadrão.
4) Os mensageiros devem ser amplamente empregados em qualquer situação.
Qualquer militar pode ser mensageiro, podendo inclusive utilizar as viaturas leves quando
necessitar de deslocamento motorizado. Esse meio deve ser empregado tanto em
7-6
situações estáticas quanto em situações em que o Pel necessite mobilidade e
flexibilidade.
d. Outros meios
1) Os meios visuais são empregados quando há limitação imposta pela situação e
pelas prescrições rádio, por exemplo, durante os deslocamentos, quando o emprego do
rádio é restrito.
2) Para essas situações, devem ser utilizados bandeirolas e painéis.
3) Sinais visuais pré-estabelecidos, principalmente, os painéis, são utilizados para
identificar colunas amigas ou determinadas viaturas.
4) As bandeirolas são utilizadas na coordenação e controle das frações do Pel,
por exemplo: desembarcar, avançar, ou reunir uma determinada fração, abrir e cerrar
distâncias, informar o Ctt com inimigo, dentre outros.
5) Devem ser evitados durante as situações estáticas, tendo em vista que o
máximo empenho deve ser realizado a fim de evitar que seja revelada ao inimigo a
posição de nosso Pel e a concentração de nossa tropa.
6) A tabela abaixo relaciona os diversos meios às prescrições rádio impostas pelo
escalão superior:
PRESCRIÇÃO MEIO
CARACTERÍSTICA EMPREGO
RÁDIO ALTERNATIVO
Geralmente, é
empregado para todas Utilização de
SILÊNCIO as frações, à exceção mensageiros.
Transceptores desligados.
ABSOLUTO do Gp Comando. Instalação de
Nas Z Reu, P Def, P circuitos telefônicos
Bloq, P Rtrd e Reserva. quando o tempo e
Transceptores ligados. Nas Z Reu, P Def, P a situação
SILÊNCIO Permitida a escuta. Bloq, P Rtrd e Reserva. permitirem.
Proibido a transmissão. Antes do Ctt com o Ini.
Transceptores ligados. Usado durante os Utilização de
Permitida somente a deslocamentos e bandeirolas,
RESTRITO
transmissão de mensagens quando imposto pelo painéis e
urgentes e urgentíssimas. Esc Sup. mensageiros.
Somente para
elementos em Ctt e
Mesmo sob essa
enquanto durar o Ctt.
Exploração permitida sem prescrição,
LIVRE Após quebra do sigilo e
restrições. observar as MPE
após o
das transmissões.
desencadeamento do
ataque.
Tab 7-2. Emprego dos outros meios de Com em função das prescrições rádio impostas ao Pel C
Mec.
7-7
ARTIGO III
LOGÍSTICA
7-5 GENERALIDADES
b. No nível Pel, o Cmt Pel, Adj Pel e os Cmt de Grupos possuem elevado número de
encargos logísticos. Neste nível, a logística envolve quatro das sete funções existentes:
1) Recursos humanos: no controle de pessoal.
2) Saúde: na evacuação dos feridos.
3) Suprimento: pedidos e recebimentos de Sup Cl I, III, V e X.
4) Manutenção: manutenção de todo o material do Pel e o processo de
suprimento de manutenção e evacuação de material.
7-8
7-7 FUNÇÃO LOGÍSTICA DE RECURSOS HUMANOS
b. Controle de efetivos
Os Cmt de Pel devem informar, diariamente, a situação do efetivo para o Cmt
Esqd. Devem informar todas as alterações relativas ao pessoal. O mapa da força também
deve ser remetido ao Esc Sup.
b. Manutenção de viaturas
A manutenção preventiva é de responsabilidade da guarnição, a qual deve ser
realizada preferencialmente na Z Reu ou na reorganização. Durante a realização desta
atividade, devem ser levantadas as necessidades de suprimento que deverão vir nas Vtr
dos pacotes logísticos (Pac Log). Quando a pane exceder a capacidade da guarnição de
saná-la, o Cmt Pel solicita ao Cmt Esqd apoio em Mnt Vtr.
d. Material de Comunicações
A manutenção orgânica preventiva do equipamento de comunicações é encargo
do usuário, como no armamento, IODT e viaturas e deve ser realizada nas Z Reu e
durante a reorganização. Caso seja constatada uma pane, o equipamento será recolhido,
em coordenação com Adj Pel, para ser conduzido à ATC.
7-9
c. A Função Logística de Suprimento buscará, sempre, eficácia e economia, com a
obtenção dos melhores resultados com os menores dispêndios.
e. Processos de suprimento
A seção de comando do Esqd distribui os suprimentos aos pelotões. Após um
estudo de situação, o Cmt SU adotará um processo de modo que os pelotões sejam
ressupridos.
1) Pacotes logísticos (Pac Log)
O Pac Log é o conjunto de suprimentos necessários para uma subunidade, em
determinado período de tempo, normalmente para uma jornada completa, e para
determinada operação de combate, mais as viaturas logísticas do Esqd C Ap para
transportá-los até os Esqd C Mec. É importante frisar que o Pac Log não é um processo
de suprimento. É apenas uma forma de composição de suprimentos.
2) Entrega de Suprimento na Posição
O Enc Mat organiza o comboio de suprimentos e desloca-se para a retaguarda
dos pelotões, sem que para isso exponha as viaturas para o inimigo. Este processo é
normalmente utilizado quando o terreno permitir que as viaturas aproximem-se dos
pelotões por um caminho desenfiado ou quando o contato com o inimigo for iminente e
houver a necessidade de estar em posição no mais curto espaço de tempo.
O Adj Pel coordena esta atividade com o encarregado de material do Esqd.
7-10
Fig. 7-5. Entrega de suprimento na posição
7-11
Fig. 7-6. Entrega de suprimento fora da posição
7-12
Fig. 7-7. Entrega de suprimento pré-posicionado
f. Pedidos de suprimento
1) Suprimento Classe I
a) Ração
- As rações, normalmente utilizadas pelo Pel, classificam-se em rações
normais (R-1A e R-1B) e em rações operacionais (R-2A, R-2B, R-3 e AE).
- Durante o combate, normalmente, a alimentação dos elementos de 1º
Escalão será constituída por rações operacionais.
- A distribuição de rações normais à tropa dependerá da situação tática (Tr
em Z Reu ou nas situações estáticas do combate), da disponibilidade de água tratada
para a sua confecção e de ordem do escalão superior.
b) Suprimento automático ou a pedido
- Sempre que possível, não haverá pedido de Sup Cl I, pois o Sup será
automático entre o escalão superior e o escalão subordinado.
- O suprimento automático compreende as rações necessárias para o
consumo imediato. Baseia-se no efetivo existente, informado a partir do Mapa da Força
ou de qualquer outro documento sobre efetivo do Pel padronizado pelo Cmt SU.
2) Suprimento Classe III
a) O Adj Pel verifica junto com os Cmt Gp a quantidade existente de
combustível. Consolida os dados e envia, diariamente, para o S Cmt Esqd, a quantidade
de combustível, juntamente com a necessidade de combustível e de óleos lubrificantes.
b) O reabastecimento das viaturas será feito, sempre que possível, à noite.
3) Suprimento Classe V
7-13
a) O pedido desta classe de suprimento é feito por informações diárias de
consumo de munição e necessidade.
b) Em princípio, o Pel pede a munição de que necessita para completar a sua
dotação de acordo com a NGA da OM.
4) Suprimento de peças e conjuntos de reparação
a) Geralmente, os pedidos são informais e, sempre que possível, devem ser
substituídos pela troca direta do material danificado por material em condições de uso.
5) Suprimento de produtos acabados de pequeno vulto
a) Estes suprimentos são reunidos em um só grupo, para maior simplicidade,
considerando que o seu consumo é relativamente baixo e o seu tratamento praticamente
o mesmo. Os Pel solicitam ao Cmt Esqd de acordo com suas necessidades.
6) Suprimento Classe X
a) Suprimento de água
(1) A distribuição do suprimento de água, normalmente, é feita juntamente
com o suprimento Cl I.
8) Material salvado e capturado
a) Material salvado
(1) O material salvado constitui valiosa fonte de suprimento.
(2) Nas Operações Ofensivas o material salvado é deixado em um local e
informado ao S Cmt Esqd que tomará as devidas providências.
(3) Nos Mvt Rtg, o material salvado é transportado pelo Pel e entregue na
ATSU. Quando não for possível o transporte deste material, é adotada a mesma
sistemática das Op Ofs.
b) Material capturado
(1) Com o material capturado ao inimigo, procede-se da mesma forma que
para o material salvado, exceto no que se refere às amostras de materiais novos, que
devem ser imediatamente encaminhadas, após o conhecimento do S2, aos órgãos
técnicos do escalão superior.
7-14
CAPÍTULO 8
TRABALHO DE COMANDO
ARTIGO I
GENERALIDADES
c. A emissão da ordem ao pelotão será feita verbalmente, isto não restringe ao Cmt
Pel utilizar todos os meios audiovisuais necessários ao bom entendimento, por parte do
Pel, da missão a ser cumprida. O fato de a ordem ser verbal, significa que não há
necessidade do Cmt Pel redigir um documento oficial do tipo ordem de operações. Por
esse mesmo motivo, pode-se afimar que não existe um modelo “padrão” de ordem ao
pelotão.
8-1
ARTIGO II
PLANEJAMENTO
c. Acertar os relógios.
8-2
g. Levar para o recebimento da missão aquele pessoal que será importante para o
cumprimento dela: Adj e Cmt dos grupos, se for o caso.
8-3
ELEMENTOS A - Identificação, características e fotos;
CONTACTAR, - Senha, contra-senha e sinal de reconhecimento;
RESGATAR E/OU - Sinal de ponto limpo e ativado; e
CAPTURAR - Estória-cobertura.
REGRAS DE - Condutas de engajamento com o inimigo e forças adversas
ENGAJAMENTO (passeatas, manifestações, emboscadas, etc).
COMANDO E - IECOM (instruções a serem empregadas);
CONTROLE - Horários de ligação, localização do PC; e
- Senha, contra-senha e sinal de reconhecimento, acerto dos
relógios.
COORDENAÇÃO e - Horários impostos, ultrapassagem de elementos amigos,
CONTROLE quadro horário, “briefing”;
- Ligações com tropas amigas, medidas impostas no calco de
operações; e
- Tipo de escurecimento utilizado durante o deslocamento (total
ou parcial).
Tab. 8-1 Itens a serem observados durante o recebimento da missão
a. Nesta fase o Cmt Pel deverá, com brevidade, analisar a missão e procurar
responder as seguintes perguntas:
1) o que fazer? (ações impostas e deduzidas);
2) quando? (prazos e horários impostos);
3) onde? (levantar a localização e situação da área de operações, obj, distâncias,
tempo de deslocamento); e
4) como? (visualização inicial do esquema de manobra do Cmt Esqd).
O comandante deverá:
a. Preparar o quadro-horário na ordem inversa (não necessita ser sofisticado,
aproveitar o máximo do tempo para reconhecer e preparar a tropa). Não esqueçer de
colocar no quadro horário o tempo para emissão das ordens, refeições, contatos, briefing,
preparação das viaturas, deslocamentos, ocupação das posições, cumprimento da
missão, etc. Deve-se utilizar o adjunto de Pel para preparar as medidas administrativas
(logísticas e de pessoal) O Cmt Pel deve preocupar-se com a manobra.
8-4
b. Deve prever tempo para o ensaio dos grupos e para o ensaio da sincronização do
Pelotão. (Rec de ponte, colocação de cargas, ocupação de P Blq, ataque do Pel, etc.)
TEMPO DE AS ATIVIDADE
- Preparação e entrega do relatório/Mnt Vtr, Armt e Eqp.
- Ações a realizar em final de missão.
- Ocupação de P Blq/ Conq Obj/ Ret/ Rda/ Pross.
- Rec de eixo, zona, área, até a L Ct final.
- Desloc da Z Reu até L Ct incial.
- Partida da Z Reu.
- Insp final (reajustes).
- Ensaio da sincronização de todo o Pel.
- Ensaios dos grupos e de missões específicas.
- Inspeção inicial (material / aprestamento).
- Emissão da O ao Pel.
- Planejamento detalhado / Aprestamento Pel e Mnt Vtr.
- Emissão da O Prep.
- Planejamento preliminar.
- Planejamento da utilização do tempo.
- Estudo sumário da missão.
- Recebimento da missão.
Tab. 8-2 Sugestão de quadro horário
b. Missão: O que fazer? (Tipo de missão, EEI, ações a realizar em final de missão)
Quando? Onde e por onde? Como? Quem faz o quê?
f. Tempo: tempo disponível para planejar, emitir ordens, partir, cumprir a missão,etc.
8-5
8-7. ORDEM PREPARATÓRIA
a. Deve ser expedida imediatamente após o Cmt (de qualquer escalão) tomar
conhecimento da ordem de operações ou da ordem preparatória do escalão superior.
Será realizada com o máximo emprego de meios audiovisuais.
c. O importante a ser dito na ordem preparatória é tudo aquilo que, por algum
motivo, conduziu o Cmt Pel a modificar os procedimentos já pré-estabelecidos na NGA e
no QO do Pel.
e. O Cmt Pel, juntamente com o Adj, durante a ordem preparatória, deverá expor
assuntos do tipo: quem vai onde, quem leva o que, quem está envolvido diretamente na
preparação da ordem ao Pel e qual o quadro horário do Pel.
8-6
(6) onde o Cmt SU/Pel estará durante o planejamento detalhado.
4) Comunicações
a) Definir as instruções da IECOM que serão utilizadas senhas, quadro da rede
rádio, indicativos, autenticações, prescrição rádio, mensagens pré-estabelecidas,
criptografia, preparação dos equipamentos rádio, preparação do extrato da IECOM e dos
rádios).
5) Logística (Adjunto)
a) Atribuir responsabilidades.
b) Designar o gerente ou sê-lo.
c) Refeições (conforme quadro horário), preparação de Sup Cl I (ração), Cl III
(combustíveis e lubrificantes) e Cl V (determinar tipo e quantidade de munição
necessária), Cl IX (Viaturas) e Cl X(água).
d) Manutenção de 1º escalão nos carros e armamentos. Verificar as condições
do motor. Plenar reservatórios de combustível devem estar plenos.
6) Atribuir responsabilidades ao pelotão:
a) Montar caixão de areia, montar croqui ou outros meios visuais para auxiliar a
ordem ao Esqd/pelotão (missão, ordem de movimento, quadro-horário, Z Reu, Extrato da
IECOM, composição dos meios, plano de carregamento e embarque, etc.).
b) Preparação das cartas e GPS.
c) Preparo e teste de equipamentos e armamentos.
d) Manutenção de 1º escalão das viaturas a serem empregadas.
e) Preparação dos grupos com missões específicas.
f) Regulagem da aparelhagem de pontaria.
g) Equipar viaturas.
7) Ao final verifique se realmente não ficaram dúvidas (faça perguntas) e os
relógios devem ser acertados.
b. Caso o Cmt Pel possa realizar o Rec no terreno, é importante que ele verifique se
não há restrições impostas pelo Cmt SU e defina quem deve participar do Rec.
8-7
desembarque de fuzileiros, acidentes capitais (fora da Z Aç ou locais de onde possa
sofrer tiros de flanco), setores de tiro dos pelotões, direção geral de ataque (pontos nítidos
que devam ser buscados de forma a orientar a direção do ataque), obstáculos na Z Aç e
formas de transpô-los, medidas de coordenação e controle, condições de trafegabilidade
do terreno, presença ou não de regiões urbanas, possíveis localizações e atuação do
inimigo (emboscadas AC, posições de retardamento ou de bloqueio), posições de
elementos vizinhos, objetivo, pontos críticos (pontes, desfiladeiros, regiões banhadas e
matosas), posições dos seus núcleos de defesa (Pel e GC), ângulos mortos, posição das
viaturas, alvos prioritários, locais dos pontos de coordenação de fogos, escolha de postos
de observação e postos de escuta.
b. Missão
1) Recebida do Cmt SU.
2) Qual a intenção do Cmt Esqd.
3) Ações a realizar – “levantar todas as ações táticas a realizar”.
a) Impostas (Expressas no enunciado, verbos da missão).
b) Deduzidas (Não expressas, mas imprescindíveis).
Obs: Considerar as ações táticas
c) “Ação Tática” - Toda ação de combate que implica em Mvt tático e na
articulação de peças de manobra ou de Ap fogo, Nec a execução de Op militar, podendo
as tropas que a empreendem combater ou não.. Exemplos de ação tática: Reconhecer,
Atacar, Defender, Apossar-se, Conquistar, Manter, Ultrapassar, Ligar-se, Proteger-se ou
Cobrir-se, Substituir em Posição, Aproveitar o Êxito, Ficar ECD Ap Ultrapassagem, Ficar
ECD Prosseguir, Reforçar, Retardar, Retrair, Retirar-se, Acolher, Estabelecer PAG ou
PAC, Vigiar.
4) Seqüência das ações
5) Condições de execução
a) Quadro horário até o início das Op (horários impostos, horário do
cumprimento da missão, Nº de horas disponíveis para preparação e início da Op, Nº.
horas de luz Nec aos Rec);
b) A Op e Z Aç (Elm Viz);
c) Facilidades e restrições (Apoios recebidos, Obj impostos, Mdd Coor Ct
impostas no calco de Op).
8-8
c. Análise do terreno
a) Vegetação
Classificação
Efeitos
IMPEDITIVO Grupo de árvores que impeçam o emprego de forças Bld ou
dificultem o Mvt de tropas a pé.
RESTRITIVO Árvores espaçadas com reduzido diâmetro (para forças Bld).
ADEQUADO Árvores com diâmetros reduzidos e espaçadas não interferindo no
emprego de Vtr ou tropa a pé.
Tab. 8-3. Restrições impostas pela vegetação
8-9
c) Hidrografia
d) Solo
RESISTÊNCIA DO SOLO
Classificação Resistência em kg/Cm2
Rochoso 7 – 50
Pedregoso 5–7
Arenoso (grosso) 4–5
Arenoso (fino) 2–3
Argiloso com Areia 2–3
Argiloso compacto 2–3
Argiloso Úmido 0,5 – 1
Lamacento 0,5 – 1
Pantanoso Menos de 0,5
PRESSAO SOBRE O SOLO
TIPO DE VIATURA PRESSAO EM Kg/Cm2
LEVE 0,3
M 113 0,5
M 41 C 0,8
Leopard I A1 0,9
M 60 A3 TTS 0,9
8-10
e) Análise do terreno (OCOAV) na área de operações
1) Observação e campos de tiro
(a) Na Obs interessam os PO e seu domínio de vistas. Nos campos de tiro: a
influência do terreno na utilização de tiro tenso e curvo.
2) Cobertas e abrigos
3) Obstáculos
(a) Podem proporcionar vantagem ou desvantagem, deve-se analisar quanto
à influência no movimento, analisando se os obstáculos são transversais ou longitudinais
ao nosso movimento ou movimento do inimigo, ressaltando os que oferecem proteção ou
dissociam (não permitem o apoio mútuo).
4) Acidentes capitais
(a) Acidentes do terreno, cuja posse, conquista ou manutenção, asseguram
vantagem marcante para qualquer dos contendores. Considerar as vantagens do Acdt Cpt
em nossas mãos e as desvantagens do mesmo acidente, se nas mãos do Ini.
2) Condições Atmosféricas
a) Temperatura, vento (direção e velocidade), precipitação (chuva, geada,
neve, furacão), nebulosidade (nevoeiro, neblina, céu claro ou carregado), gradiente e
umidade.
b) As condições atmosféricas podem:
(1) causar variações no terreno, principalmente quanto à transitabilidade;
(2) atuar no gradiente térmico (fumígenos);
(3) atuar sobre a eficiência do pessoal (resistência, moral, saúde,
capacidade combativa) e material (funcionamento do equipamento);
8-11
(4) atuar no alcance e efeito das armas e gases;
(5) atuar na eficácia dos postos de escuta e observação;
(6) atuar no emprego da tropa (lançamento de tropas e suprimentos, apoio
de fogo e transporte);
(7) atuar nas horas disponíveis para montagem e/ou condução das Op;
(8) atuar no emprego de Mrt e Art;
(9) atuar na observação, deslocamentos e ações noturnas;
(10) atuar na surpresa ou sigilo;
(11) atuar na velocidade e movimento da tropa; e
(12) atuar no consumo de água e na qualidade do Sup alimentício.
(c) Temperatura
GRADIENTE
-“INVERSÃO” - Temperatura do terreno (solo) mais fria que o ar.
-“NEUTRALIDADE” - Terreno e camada de ar com a mesma temperatura.
-“LAPSE”- Temperatura do terreno mais quente que a do ar.
- FAVORÁVEL (ao uso de Fum) - inversão ou Neutralidade.
- DESACONSELHÁVEL – Lapse.
Tab. 8-8. Efeitos sobre os gradientes de temperatura
8-12
g. Integração do terreno e das condições meteorológicas e atmosféricas
1) O importante é identificar as restrições ao movimento. Considerar a natureza
da tropa. O terreno pode ser impeditivo, restritivo ou adequado.
2) O Cmt Pel deverá realizar uma análise dos efeitos no terreno, das condições
meteorológicas e atmosféricas na R de Op, buscando identificar as vantagens e
desvantagens para o cumprimento de sua missão.
k. Decisão
1) Deve responder:
a) quê? (todas as ações a realizar - verbo infinitivo);
b) quando? (início da missão ou Dspo pronto, horários impostos);
c) onde? (por onde e para onde);
d) como? (define o Dspo a adotar); e
e) para que? (define a finalidade da missão).
8-13
8-10. ORDEM AO PELOTÃO
c. Situação
1) Forças amigas:
a) Missão do escalão superior;
b) Forcas vizinhas (imites, zona de ação);
c) Missão e vias de acesso dos outros pelotões;
d) Elementos de apoio de fogo; e
e) Força aérea e aviação.
2) Forças inimigas
a) Dispositivo, composição, valor, natureza, atividades recentes e atuais,
particularidades;
b) Identificação e armamento;
c) Possibilidades e limitações;
d) Força aérea
d. Missão
1) Recebida do escalão superior.
e. Execução
1) Conceito da operação
a) Manobra (explorar sucintamente como pretende cumprir a missão na
seqüência cronológica das ações, sem ressaltar detalhes de coordenação ou missões
especificas das frações. Abordar de forma resumida os aspectos que esclareçam aquilo
que foi definido na decisão).
2) Elementos Subordinados
a) Se for o caso, o Cmt Pel deverá enumerar as missões específicas de cada
grupo. As atividades, do que será desempenhado, devem ser pormenorizadas desde a Z
Reu até o cumprimento da missão. Procure detalhar as ações e coordenações
necessárias.
b) Procurar ressaltar os seguintes aspectos: Itn Prog, Hora do início da missão
(L Ct inicial e final), P Atq, eixos a serem reconhecidos, zonas, etc.,tipo de segurança, de
ataque, etc. EEI, o que se deve fazer em final de missão, formação inicial e ordem de
movimento, condutas em áreas perigosas e pontos críticos, quem vai por onde e com
quem, Mdd Coor Ct, técnicas especiais, ações comuns e complementares, objetivos a
conquistar, obstáculos para transpor, posições para ocupar, ligações para serem
realizadas, ataque principal, ataque secundário, emprego do Mrt, núcleos de defesa,
núcleos de defesa em aprofundamento, e outros.
8-14
3) Prescrições diversas
a) Medidas de coordenação e controle;
b) Formações e técnicas de movimentos;
c) Posições de tiro a serem ocupadas (se for o caso);
d) Roteiro, esboço de tiro e plano de fogos do Pel;
e) Prio dos trabalhos de OT;
f) Prescrições para o pernoite;
g) Sinal para mudança de posição;
j) Medidas de segurança;
k) Elementos essenciais de inteligência;
l) Rodízio de material pesado;
m) Reorganização e consolidação;
n) Contato com o inimigo;
o) Conduta com mortos e feridos amigos e inimigos, capturados (revista,
sepultamento); e
p) Defesa contra aviação.
(1) observação e ações a executar
f. Logística
1) Generalidades
a) Localização da ATSU.
b) Composição da ATSU (instalações logísticas).
c) Citar as missões que o Adj Pel deve providenciar. Como será
desencadeado o ressuprimento do Pel.
2) Suprimento
a) Classe I
(1) Processo de distribuição do suprimento.
(2) Plano de alimentação.
(3) Local de consumo das refeições.
(4) Método de apanha das refeições.
b) Classe III
(1) Processo de distribuição do suprimento.
(2) Regime de tanque no reabastecimento (pleno ou menor).
(3) Nível mínimo de tanque (3/4, 1/2 ou 1/4).
c) Classe V
(1) Processo de distribuição do suprimento.
(2) Restrição de munição.
(3) Composição da turma de remuniciamento do pelotão.
d) Classe X (água)
(1) Processo de distribuição do suprimento.
(2) Método de reabastecimento (cantis ou camburões).
(3) Consumo d’água de fontes locais.
3). Transporte
a) Plano de embarque do pelotão.
b) Local de estacionamento das viaturas .
4) Manutenção
a) Evacuação de material danificado ou em pane.
b) Material salvado ou capturado (procedimentos).
8-15
5) Saúde
a) Evacuação de feridos e doentes.
b) Localização do posto de socorro do regimento (PSR).
6) Pessoal
a) Controle de efetivo
(1) Situação de pessoal do pelotão (hora da informação para a SU).
(2) Controle de elementos baixados.
b) Recompletamento
(1) Hora e local de recebimento dos recompletamentos.
(2) Redistribuição de pessoal no pelotão.
c) Sepultamento
(1) Identificação, registro e espólio (procedimentos).
(2) Evacuação de mortos.
d) Prisioneiros de Guerra
(1) Revista e imobilização (procedimentos).
(2) Evacuação de PG.
g. Comando e comunicações
1) Rede rádio do pelotão e da SU
a) Indicativos e freqüências (Pcp, alt, Esc Sp...).
b) Procedimentos quanto às interferências.
c) Códigos e autenticações.
2) Extratos e mudanças das IECom
3) Prescrições quanto ao uso do rádio
a) Regime.
b) Abertura da rede.
4) Sinais a braços, bandeirolas ou lanternas.
5) Senha, contra-senha e sinal de Rec.
6) Cadeia de comando.
7) Controle (checar relógio).
8) Anexos (DRR, QRR).
9) Sistema físico.
10) Medidas de proteção eletrônica.
8-16
Extrato da Ordem ao 1° Pel C Mec
8-17
LCt SELA
LCt SELA
Mo do Japonês
LCt COICE
LCt COICE
LCt CAVALO
LCt CAVALO
Faz do Juan
Faz do TITO
8-18
8-11. INSPEÇÃO INICIAL
a. Após a emissão da ordem ao pelotão, o Cmt Pel deverá rapidamente realizar uma
inspeção inicial, a fim de verificarem possíveis ajustes a serem providenciados antes da
realização do ensaio da sincronização.
FASES e
AÇÕES A REALIZAR
LINHA DO TEMPO
Guarnições desembarcadas adotam o mesmo dispositivo das Vtr.
1ª Fase: Z Reu
(Fig. 9-2)
Guarnições deslocam-se, desembarcadas, seguindo a O Mvt,
2ª Fase: Itn Prog
prevista pelo Cmt Pel para esta fase. (Fig. 9-3)
Partindo da formação utilizada no Itn Prog, as guarnições tomarão o
3ª Fase: P Atq
dispositivo previsto para o início do Atq. (Fig. 9-4)
Guarnições ultrapassam a LP / LC na formação prevista,
4ª Fase: LP / LC movimentando-se conforme a maneabilidade indicada para cada
fração conforme a O Pel. (Fig. 9-5)
Guarnições adotam a formação previstas para as ações de
5ª Fase: Obj
consolidação e reorganização. (Fig. 9-6)
8-19
1ª Fase – Z Reu
Pç Mrt GC
Gp Cmdo
G Exp
Seç VBR
Gp Cmdo
2ª Pa G Exp Pç Mrt
GC Seç VBR 1ª Pa G Exp
Fig. 8-3 Pel C Mec na O Mvt prevista para a progressão pelo Itn Prog.
8-20
3ªFase – P Atq
1ª Gp 2ª
VBR Cmdo VBR
2ª Pa G Exp
1ª Pa G Exp
GC
Pç Mrt
4ªFase – Rompimento da LP / LC
1ª VBR
2ª VBR
Gp
Cmdo
2ª Pa G Exp
1ª Pa G Exp
GC
Pç Mrt
8-21
5ª Fase – Consolidação e reorganização
1ª VBR 2ª VBR
Gp
Cmdo
2ª Pa G Exp 1ª Pa G Exp
Cota da
Águia
GC
Pç Mrt
a. Conceito
Ordens fragmentárias são intervenções de comando que alteram o planejamento
inicial, conferindo nova orientação ao desenrolar das ações. Elas foram desenvolvidas
como uma ferramenta do Cmt para acompanhar o ritmo do combate blindado, que se
caracteriza por constantes alterações na situação tática. As O Frag, ressalte-se bem, não
substituem, de forma alguma, o planejamento do Cmt SU mas sim, constituem-se em
valiosíssimo instrumento para que este possa agir face às manobras inimigas.
b. Vantagens:
1) aceleram o ritmo das operações militares; e
2) aceleram a flexibilidade para o comando.
8-22
c. Desvantagens:
1) vulnerável às ações de guerra eletrônica;
2) possibilidade de não compreensão pelos escalões subordinados; e
3) necessidade de adestramento do Comandante e da tropa.
d. Metodologia
1) Ao emitir uma ordem fragmentária, deve-se um tempo de retardo entre o alerta
e a situação. Assim que as frações escutarem o alerta de ordem fragmentária, deverão
desdobrar no terreno, apanhar material de anotação e acompanhar a decisão de seu
comandante.
Na emissão da ordem fragmentária, segue-se a mesma seqüência da ordem de
operações, sendo que os parágrafos 4° e 5° serão om itidos. Os parágrafos 1°, 2° e 3° são
imprescindíveis, porém não há necessidade de repetição de comandos anteriores. Dados
importantes quanto à situação inimiga (tipo de viaturas, quantidade, localização e atitude)
não devem ser omitidos.
A fim de facilitar a transmissão da ordem pelo meio rádio, deve-se maximizar o
emprego de normas gerais de ação, bem como adotar sistemas de tela código para
transmissão de posições.
IMPORTANTE: não há uma padronização rígida para este tipo de ordem, o mais
importante é o entendimento mútuo. Deve-se ter o cuidado para não esquecer nenhum
elemento da subunidade ou pelotão (no caso do Esqd, é comum o Cmt esquecer da Seç
Cmdo e do OA),
A emissão de boas ordens fragmentárias é uma habilidade difícil. Como tal, deve
ser objeto de treinamento constante por parte dos Cmt SU. Como metodologia de
instrução, a manobra mais simples de aprendizado é o caixão de areia. Nele, o Cmt SU
deve reunir seus Cmt de fração, criar situações e emitir ordens. Em um primeiro estágio,
em claro e sem preocupação com a concisão (palavras e expressões repetidas ou
inúteis). O importante é não esquecer nenhuma fração e certificar-se de que todos
entenderam o que fazer. Nesta primeira fase, as NGA devem ser padronizadas
Num segundo momento, o Cmt deve preocupar-se em torná-la mais concisa,
eliminando palavras redundantes ou desnecessárias, além de adequar-se ao tempo de 3
a 5 segundos em que o botão transmissor deverá permanecer apertado. Para tanto, a
ordem deve ser fracionada ("brife" um sinal qualquer para que os subordinados
reconheçam o término da transmissão a fim de evitar interrupções).
Num terceiro estágio, separar todos os comandantes de fração de forma que
ninguém tenha contato visual e treinar os mesmos procedimentos anteriormente citados
utilizando rádios portáteis. Um outro militar deverá criar situações para os Pel transmitirem
para o Cmt SU, de forma que estes possam tomar decisões e retransmiti-las, sendo que
os Pel deverão também emitir suas ordens fragmentárias. Dessa forma fecha-se o ciclo
de reação às evoluções da situação tática. Nesta fase, a ênfase deve ser dada ao
entendimento das ordens e à precisão da transmissão dos informes. Em um primeiro
momento não há a necessidade de pressionar o tempo, mas, com o adestramento, este
fator deverá ser inserido até atingir um padrão que varie de 3 a 5 minutos (apenas
referência, na verdade, quanto mais rápido melhor, sem perder o parâmetro do exeqüível)
para decisão e transmissão da ordem. Somente após o domínio do ciclo supracitado,
deve-se introduzir o sistema de mensagens pré-estabelecidas.
Em uma quarta fase, operar no terreno e observar como os Cmt de Pel/Seç Cmdo
se desenvolvem. Importante: cobrar dos subordinados o sinal de entendido ou não.
Somente a partir daí iniciar a utilização de códigos de mensagens preestabelecidas. Um
8-23
teste eficaz para as habilidades será quando alguém criar uma situação tática e, no
máximo, três minutos, o Comandante consegue tomar uma decisão e transmitir sua
ordem.
A D
A
B C
8-24
SEQÜÊNCIA FALA NO RÁDIO COMENTÁRIOS
ALERTA PEL ATENÇÃO O FRAG! CHAMADA PARA QUE OS
SUBORDINADOS ESTEJAM
ATENTOS
SITUAÇÃO DUAS VBR E UMA VBTP INI com FUZ DIZER DI VA LO COM E
DESEMBARCADOS EM POS DEF EM C+4+5 ATITUDE DO INI
UMA VBTP RETRAI DE S PARA N ESPECIFICANDO TIPO DE VTR
E ARMAMENTO
MISSÃO MINHA INTENÇÃO É: FIXAR O INIMIGO DIZER SUA INTENÇÃO DE
FORMA CLARA
EXECUÇÃO PARA ISSO: NÃO HÁ UMA SEQÜÊNCIA
GE realizar base de fogos nas atuais posições RÍGIDA PARA ESTE COMANDO.
desde já IMPORTANTE É DIZER O QUE
cessar fogo MDO CADA FRAÇÃO FARÁ
VBR ocupar posição em D-2+4 CLARAMENTE.
Abrir fogo imediatamente
Cessar fogo MDO NÃO ESQUECER NENHUM
GC acompanhar VBR ELEMENTO DO PEL
PÇ AP ocupar Pos em D-2+5
Abrir fogo imediatamente em C-2+3 cessar MDO ESPECIFICAR A DIREÇÃO DE
não há tropa amiga à frente ATAQUE
fogo à vontade!
DEFINIR UMA REGRA DE
ENGAJAMENTO
FINALIZAÇÃO Câmbio FRAÇÕES DIZEM SE
ENTENDERAM E CUMPREM A
MISSÃO
8-25
ANEXO A
a. A base legal para o emprego da F Ter nas ações de GLO encontra-se no Art 142
da Constituição da República Federativa do BRASIL, de 05 de outubro de 1988 e
complementada por outros artigos, decretos e leis. Haja visto, a possibilidade de novas
leis serem criadas e outras serem revogadas, o amparo legal, hoje (Jul de 2006), em vigor
esta sendo citado no apêndice Nr 1 do referente anexo. Diante disto, o que pode ser hoje
a última palavra em termos de legislação, no decorrer da vida útil documento, as
referências legais alinhavadas podem perder a sua validade e induzir ao erro:
b. Situação de Normalidade
1) Situação na qual os indivíduos, grupos sociais e a Nação sentem-se seguros
para concretizar suas aspirações, interesses e objetivos, porque o Estado, em seu sentido
mais amplo, mantém a ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio. As
forças adversas (F Adv) podem estar atuantes, sem entretanto, ameaçar a estabilidade
institucional do País. No plano legal, caracteriza-se pela plena vigência das garantias
individuais e pela não utilização das salvaguardas constitucionais. Nesta situação, a ação
1
da F Ter pode ser determinada, caso se caracterize o comprometimento da ordem
pública.
2
c) Ocupações ilegais de propriedades públicas e privadas;
d) Invasões de terras;
e) Bloqueios de ruas e estradas;
f) Seqüestros;
g) Terrorismo seletivo;
h) Narcotráfico;
i) Crime organizado; e
j) Qualquer ação que caracterize uma desestabilização do poder nacional.
3
A-3. FUNDAMENTOS DOUTRINÁRIOS DA GARANTIA DA LEI E DA ORDEM
4
proporcionará nesses casos somente segurança ao(s) negociador(es) ou mesmo atuará
como elemento de dissuasão durante as negociações.
a. Comunicação Social
1) A defesa dos direitos humanos e proteção das minorias são alguns dos temas
que sempre terão espaço nas manchetes da mídia nacional e internacional, não
importando a verdadeira história de cada caso ou fato.
6) Toda informação, desde que autorizada sua divulgação, deverá ser repassada
aos profissionais da imprensa, de forma a evitar que determinado fato ocorrido seja
manipulado ou divulgado de forma negativa para a imagem da tropa.
9) Deve ser colocado para a mídia, que a tropa não realiza ações contra
movimentos sociais, reivindicações ou idéias. As ações realizadas restringem-se à
garantia da lei e da ordem. Na mesma linha, deve ser colocado que os supostos direitos
da F Adv não podem se sobrepor ao ordenamento jurídico vigente, nem aos direitos de
terceiros.
10) Em resumo, os profissionais da mídia devem ser bem tratados e todos os fatos
e informações deverão ser levados ao conhecimento dos mesmos, desde que autorizados
5
pelo escalão superior, a fim de evitar a “invenção” de estórias por parte da mídia sobre
determinada matéria.
11) Cabe ressaltar que o Cmt Pel C Mec e seus integrantes não estarão
autorizados a conceder entrevistas. Normalmente, em situações de emprego da tropa, um
oficial superior ou o próprio Cmt de OM receberá esta tarefa. Tanto os Rgt como a Bda,
possuem em seus quadros de funções, militares responsáveis pelas relações publicas.
Aos elementos do Pel C Mec deverão ser orientados a repassarem a imprensa a seguinte
mensagem: “Não estou autorizado a conceder entrevistas, qualquer questão sobre este
assunto deverá ser tratado no comando da(o) Bda C Mec (ou do RC Mec)”.
12) A tropa estará sempre sendo observada pela população local, logo, uma tropa
bem fardada e equipada, adestrada e disciplinada, com um padrão de conduta ilibada,
procurando sempre a correção de atitudes e de procedimentos, causará um impacto
positivo e transmitirá confiança e seriedade para o povo. Este aspecto favorece tanto a
dissuasão, como cria um ambiente de respeito aos militares que estarão ocupando ruas,
em contato direto com a população. Exemplos de atitudes que, sendo realizadas na
presença do civil, podem difamar a imagem e consequentemente desgastar o respeito da
tropa:
a) Militar mal fardado, mal equipado e desarmado;
b) A tropa demonstrando cansaço e dormindo dentro de viatura ou na própria
calcada da rua, em, locais visíveis pela população;
c) Militar com o capacete fora de ajuste na cabeça;
d) Militar despreparado para o trato com a população durante um bloqueio de
vias urbanas, atuando de forma insegura ao solicitar que um motorista apresente
documentação do seu veículo ou que desça do carro;
e) Falta de ação de comando no trato com civil, sem perder entretanto o
respeito;
f) Desentendimentos entre os militares ocupantes de uma posição,
demonstrando falta de coordenação e espírito de corpo da tropa;
g) Descontentamento da tropa ou de determinado militar em virtude de estar
ocupando posição, sem rodízio, por um longo período ou por não haver ainda recebido
sua alimentação;
h) Condutas e procedimentos errôneos durante as operações; e
i) A utilização de gírias ou expressões pejorativas para o trato com a
população. Ex: “Bacana, campeão, malandro, compadre”.
b. Inteligência
1) A atividade de inteligência nas ações de GLO, no nível pelotão, estará limitada
a coleta e busca de informações, ou seja, informar os fatos ocorridos de forma clara e
precisa, sem conter opiniões ou análises, procurando esclarecer da melhor forma possível
cada situação. Não deve haver, por parte do Cmt Pel C Mec, a preocupação em produzir
conhecimentos, executando ações de busca.
c. Negociação
6
1) Nas operações de garantia da lei e da ordem o Cmt Pel não será responsável
pelas negociações, cabendo ao Pel apenas a realizar a segurança dos negociadores e
atuar com o objetivo de dissuadir a força adversa.
3) Quanto ao terreno
a) dimensões e acessos da área ocupada - como fazer o isolamento?
b) Itinerários de fuga da área ocupada;
c) características da área (urbana - rural): edificações, bosques, cursos de água,
transitabilidade, características das ruas (comprimento e largura), e outros;
d) previsão das condições meteorológicas.
7
k) o Pel C Mec poderá receber equipamento, armamento e munição especiais,
para emprego na GLO, principalmente o grupo de exploradores e o grupo de combate,
materiais tais como: colete balístico nível III, equipamento de proteção individual,
capacete com viseira frontal, ombreira, protetor de mãos, caneleira, joelheira, cotoveleira,
escudo de proteção balístico nível III com visor, cassetete, bastão tonfa, cassetete
elétrico, mascara contra gases, balaclava, algemas descartáveis, granadas de efeito
moral, de luz e som, lacrimogêneas, fuzil lançador de granadas fumígenas, espingarda
calibre 12 com projétil de borracha, rádio portátil, spray de pimenta, detector de matais
portátil, concertinas de 15 metros e outros (operações em áreas urbanas);
l) É importante que junto com a instrução de adestramento em GLO, que os
integrantes do Pel C Mec se adestrem com o equipamento e armamento acima referidos,
a fim de habilitá-los ao uso e emprego destes;
m) A tropa deve possuir equipamentos de som portáteis e de boa potência, para
que as determinações e mensagens, do Cmt da Tropa (Cmt da Unidade ou negociador),
sejam ouvidas pelos integrantes da F Adv. Esse equipamento de som poderá ser
instalado em uma viatura URUTU ou outra viatura em apoio ao Pel; e
n) a tropa deve possuir elementos especializados em fotografia e filmagem.
8
d) tomada do dispositivo;
e) efetivar o cumprimento da missão; e
f) a subsistência da F Adv com os meios disponíveis no local em que serão
isolados.
b. No estudo de situação, deve-se procurar uma linha de ação sem que haja, em
primeiro momento, o confronto físico entre a tropa e a massa conduzida pela F Adv.
Assim, deve-se planejar a operação executando as seguintes ações:
1) demonstração de força;
2) negociações; e
3) emprego da tropa.
a. As fases são:
1) recebimento da missão;
2) retirada de dúvidas;
3) planejamento sumário da missão;
4) ordem preparatória e aprestamentos;
5) reconhecimentos;
6) planejamento detalhado da missão;
7) emissão de ordens de operações (ou ordem fragmentária, no caso de operações
continuadas)
8) ensaios e treinamentos;
9) inspeção de material, equipamento e armamento;
10) O deslocamento para a área-problema;
a) Poderá ser ostensivo ou sigiloso. Preferencialmente, será ostensivo visando
causar impacto e fazer com que as F Adv saibam que o Exército está chegando.
9
A-7. USO DA FORÇA E REGRAS DE ENGAJAMENTO
a. Partindo de uma atuação pacífica da tropa até atingir uma situação em que seja
necessário o emprego do armamento letal, diversas etapas serão percorridas.
USO GRADATIVO
DA FORÇA
c. Tiros de alerta – tiro curto executado em um ponto de pontaria seguro, para evitar
danos pessoais ou colaterais.
d. Defesa própria – uso de necessária e razoável força, incluindo força letal, por um
indivíduo ou uma unidade, com o propósito de proteger a si próprio, determinada unidade
ou pessoal protegido contra um ato ou intenção hostil.
h. Intenção hostil – ameaça de iminente uso da força, demonstrado por ações que
parecem ser preparatórias para um ato hostil. Uma percepção razoável do ato hostil é
necessária, antes que o uso da força seja autorizado. A consideração se um ato é ou não
hostil deve ser julgado pelo comandante da cena operacional, com base em um ou na
10
combinação dos seguintes fatores: capacidade e preparo da ameaça; evidência disponível
que indica uma intenção de ataque (percepção razoável); e precedente histórico dentro da
Área de Responsabilidade da Missão. Exemplos:
1) dirigir ameaças/desafios/provocações/agressões verbais, e outros;
2) portar ostensivamente arma de fogo, arma branca, pedra, paus, faca, facão,
enxada, foice, e outros.
i. Ato hostil – uma ação cuja intenção é causar morte, dano pessoal ou destruição
de uma propriedade considerada. Exemplos:
1) apontar arma de fogo dentro de seu alcance de utilização;
2) realizar disparos de arma de fogo, mesmo que para o alto;
3) lançar pedras, paus e outros; acender coquetel molotov;
4) erguer ameaçadoramente, à curta distância, faca, facão, enxada, foice e
outros;
5) avançar (ir de encontro) dirigindo ameaças, desafios, provocações verbais, e
outros;
6) instalar, detonar ou lançarem explosivos (inclusive fogos de artifício);
7) lançar veículo deliberadamente na direção de pessoal ou instalações;
8) depredar, invadir, destruir instalações e logradouros públicos; e
9) bloquear vias de circulação empregando ou não obstáculos.
11
d) realizar disparos intermitentes (fogo automático, só em último caso);
e) tomar todas as precauções razoáveis para não ferir outra pessoa além do
agressor; e
f) fazê-lo apenas em obediência a ordem direta do Oficial ou militar mais antigo
presente, exceto se, excepcionalmente, estiver sozinho;
12
USO GRADATIVO DA FORÇA DO PARA O 23º RC Mec
(regra geral)
1º Negociação verbal e/ou demonstração visual.
2º Uso da força desarmada.
3º Carregamento de armas .
4º Tiros de alerta para o alto .
5º Uso da força armada (alertando antes de atirar): “TROPA FEDERAL,
PARE OU ATIRO".
Uso gradativo da força para o PBCE/PBCVU
1º Uso de sinalização de PARE e outros (conforme normas do CONTRAN).
2º Uso de Concertina.
3º Emprego de câmeras (foto e vídeo).
4º Uso de quebra-molas (sacos de areia).
5º Uso de latões para forçar o trajeto em zigue-zaque.
6º Emprego de veículos mecanizados como barreiras.
7º Emprego de “fura pneu” nas entradas e saídas do posto.
8º Calar baionetas.
9º Spray de gás (através das janelas).
10º Tiro para o alto.
11º Atire para parar o veículo.
12º Uso de força letal.
13
7) abranger o maior número de situações possíveis de ocorrência em cada Op;
14
10) Para cada ação das Regras de Engajamento, devem-se elaborar possíveis
situações que possam ocorrer como exemplo para a tropa, exemplo:
Situação Hipotética Conduta
1. Um veículo que se aproxima do 1. Empregue técnicas graduais de resposta
PBCE/PBCVU, acelera e tenta romper a definidas para o PBCE/PBCVU. Considere
barreira na via. O veículo bate e o motorista as técnicas mais severas como o uso de
se fere. fogo direto para parar o veículo.
2. Uma equipe responsável pelo ACISO vai 2. Seja educado, informe o ocorrido. Tente
até um orfanato e é impedida por um grupo obter o nome e o endereço dos líderes e
de pessoas de ter acesso ao local. O líder respeitosamente retire-se da área. Trate
comunitário local. Ele informa que a tropa todas as pessoas com respeito e dignidade.
não é bem vinda e que os militares estão
violando seus direitos.
3.Tiros são disparados do meio da multidão.
3.Abrigue-se, trate os feridos e informe o
Cmt SU. Caso o atirador seja identificado,
use a força letal se necessário. Usando a
força letal, os alvos deverão ser engajados
somente com fogo sob pontaria.
4. Você entra numa casa e alguém foge 4. Informe ao Comandante do Esqd. Tente
pela porta do fundo. fornecer uma descrição da pessoa. Não
persiga o elemento. Um indivíduo fugindo
de um isolamento não é uma ameaça,
apenas um suspeito. O uso da força letal
não está autorizada.
5. Durante uma ação da tropa, uma viatura 5. Informe, preste os primeiros socorros e
atropela um pedestre. solicite evacuação médica. Se a tropa
causou os ferimentos, será responsável
pela sua solução. Esteja preparado para
usar as técnicas de resposta gradual para
controle de multidão.
Obs: sempre tente localizar um familiar ou
vizinho para seguir com a pessoa, se ela for
removida do local.
11) Diversas outras situações hipotéticas poderão ser criadas para ensaio do
pelotão como forma de adestramento, exemplo:
12) Devem-se preconizar os princípios para a "utilização do armamento”. Exemplo
de regras para utilização do armamento pelo 23º RC Mec:
15
1.3 – Tiros de alerta estão autorizados. X
1.4 – O uso de lasers para pontaria, identificação de X
alcance e tiro está autorizado.
1.5 – O transporte de armas pessoais alimentadas X
está autorizado.
1.6 - Armas pessoais devem ser transportadas e ter X
um carregador municiado ou munição enfitada
inserida ou presa ao armamento. Entretanto, a arma
não deve estar engatilhada e nenhuma munição
deve estar na abertura ou na câmara do
armamento.
1.7 - Armas a tira-colo devem ser transportadas por X
todo o pessoal servindo na unidade, mas a munição
deve ser transportada separadamente do
armamento.
1.8 - Armas pessoais devem ser transportadas de X
uma forma não ofensiva.
1. ...-...
Regra Nr 2 Em Em vigor
Vigor Mdt O
2.1 – O uso de equipamentos e agentes para X
controle de distúrbio está autorizado.
2.2 Nenhuma arma de controle de distúrbio deve X
ser transportada.
a. As principais missões em GLO que poderão ser desempenhadas pelo Pel C Mec
são:
1) controlar a população;
2) proporcionar segurança à tropa, às autoridades, às instalações, aos serviços
essenciais, à população e às vias de transportes;
3) isolar a F Adv de seus apoios;
4) impedir a saída de elementos da F Adv de uma Z Op;
5) dissuadir a população fazendo-a desistir da sua intenção;
16
6) diminuir o poder de combate da F Adv e restringir sua liberdade de atuação;
7) apreender material e suprimentos da F Adv; e
8) levantar os locais para bloqueios de estrada.
17
6) estar apoiado, sempre que possível por Órgãos de Segurança Pública (OSP),
com jurisdição sobre a área (Polícia Federal, Receita Federal, Polícia Rodoviária
Federal, Polícia Militar e outros). Tais elementos atuarão junto com o grupo de revista
e identificação, e serão encarregados das providências legais face a irregularidades de
maior probabilidade de ocorrência. Essa providência cresce de importância em
situação de normalidade, visando preservar os procedimentos legais;
7) ter pleno conhecimento da adoção de Mdd jurídicas.
18
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
CMS - 3ª RM - 6ª DE - 8ª Bda Inf Mtz
8º ESQUADRÃO DE CAVALARIA MECANIZADO
PBCE _______________________________________
19
Cmt Pel GE
e
GC
VBR Pç de Ap
Gp Cmdo
Gp Revista Gp Cobertura
Gp Seg
Seg Gp Rev
Revistadores Eqp Patrulha
(Seg Afastada)
Seg Aprox
Anotadores
Balizadores F de Reação
a. Barreiras na via:
1) Um PBCE/PBCVU / PBCVU é montado colocando-se duas linhas paralelas de
barreiras cada qual com um intervalo. Estas barreiras devem ser suficientemente grandes
e profundas para impedir que uma viatura consiga desviá-las. A distância entre essas
barreiras deve ser tal, que obrigue que o deslocamento entre elas seja executado em
baixa velocidade.
2) Uma barreira de toras e tonéis deve ser colocada entre as duas barreiras
principais, as quais podem ser feitas utilizando as viaturas blindadas do pelotão. Estas
barreiras intermediárias têm como objetivo o controle do movimento da área de inspeção
até a saída do PBCE/PBCVU/PBCVU.
3) Deve ser instalado nas entradas da barreira, dispositivos como o “jacaré” ou
outro qualquer meio qualquer, a fim de furar os pneus dos veículos que tentem fugir do
bloqueio.
20
4) Antes e após a barreira, deverão ser posicionadas placas de sinalização em
conformidade com o Código de Trânsito.
b. Áreas de inspeções:
1) quando da montagem das áreas de inspeção, deverão ser previstas pelo
menos três tipos de áreas de inspeção: veículos, pessoal e pessoal que necessita de
interrogatório detalhado;
2) devem ser colocados obstáculos em locais adequados, empregando placas de
aviso e instalando dispositivos de iluminação e de alarme.
c. Posição de tiro e segurança:
1) as metralhadoras, desembarcadas, deverão ser posicionadas de modo que
possam bater, preferencialmente, as entradas e as saídas do PBCVU. Com as
metralhadoras embarcadas, a patrulha do grupo de exploradores ganha em mobilidade e
facilidade para alcançar o eixo e, rapidamente, partir em uma perseguição, se for o caso;
2) uma patrulha do G Exp poderá posicionar as suas metralhadoras,
desembarcadas, na entrada e na saída do Posto. A outra patrulha poderá se posicionar
com o comandante do G Exp, em posição elevada e central, em condições de controlar as
atividades e servir de força de perseguição.
3) As metralhadoras .50 deverão ser usadas embarcadas nas VBTP, como forma
de dissuadir a F Adv caso venha a se aproximar do bloqueio. Em virtude do calibre da
metralhadora .50, que poderá extrapolar o uso gradativo da força, dependendo da
característica da F Adv, poderá ser adaptada a metralhadora 7,62 mm MAG, na torre da
VBTP, a fim de ser utilizada como armamento orgânico do grupo de combate.
21
Fig. A-5. Adaptação da metralhadora MAG no reparo da Mtr .50 da VBTP URUTU
d. Área de apreensão:
1) Uma área de apreensão será montada tanto na entrada quanto na saída do
PBCE e terá como objetivo guardar as viaturas não liberadas. Normalmente, esta área
ficará entre as barreiras e a área de inspeção deverá estar na linha de tiro das
metralhadoras;
2) Outra área destinada às pessoas presas deve ser prevista, dentro do local do
PBCE/PBCVU/PBCVU, até que seja providenciada a transferência para locais mais
adequados junto ao Escalão Superior.
22
Fig. A-5. Exemplos de Abordagem de veículos
f. Grupo de Comando:
1) será constituído, normalmente, pelo Cmt Pel, Adj e um rádio-operador e será
posicionado num local que lhe permita controlar todas as atividades;
2) É responsável pelos suprimentos Cl I, III e V; por manter as comunicações; e
por providenciar os materiais de fortificação necessários para a operação.
23
9) estabelecer e operar um Posto de Coleta de Presos (pode ser utilizado uma
VBTP URUTU como prisão provisória); manter e conduzir presos;
11) reagir prontamente no caso de fuga; resistência à prisão ou ameaça à
integridade dos elementos da turma de revista; ou incursões a área do Pel.
12) manter as comunicações com o Cmt Pel e com as demais turmas.
i. Procedimentos na revista:
1) o militar que fizer a vistoria no interior do veículo deverá olhar com atenção
dentro do painel. Para tal, deverá deitar-se de costas sobre o assento dianteiro, apoiado
com uma das mãos no volante ou no painel;
2) se o extintor estiver no seu suporte, solicitar ao motorista que abra sua capa de
proteção (sua cobertura);
3) verificar, se houver, o espaço entre os bancos dianteiros;
4) olhar sob os bancos dianteiros e enfiar as mãos entre as molas apalpando-as.
lembrar que é um local ideal para se fixar pequenos objetos;
5) levantar os tapetes dianteiros;
6) mesmo que o veículo não seja suspeito, verificar os elementos de fixação da
forração lateral e do teto. Se ela foi retirada há pouco tempo, poderá apresentar
características que denunciam o fato, como a falta de sujeira acumulada nas emendas,
cabeças de parafusos apresentando-se novas, encaixes com diferenças e outros;
7) não esquecer de olhar ambos os lados do quebra-sol, pois se pode fixar até um
revólver neste acessório;
8) o porta-luvas poderá ter fundo falso. Comparar sua extensão interna e externa;
24
9) verificar se o rádio, toca fitas realmente o são, pois poderão ser somente a
tampa de um fundo falso;
10) se for “jipe”, não deverá ser esquecido o alojamento das ferramentas sob o
assento dianteiro;
11) Inspecionar os cinzeiros;
12) utilizar a “mesa espelhada” para verificar o fundo do veiculo;
13) Inspecionar o motor, tendo especial cuidado com acessórios que não sejam
comuns; e
14) atentar para as calotas bojudas, pára-lamas e pára-choques, porta-malas.
Obs: O grupo de segurança, deverá estar atento a todos os movimentos, ações e, até
mesmo, às intenções de motoristas e passageiros. Este grupo deverá agir por
iniciativaprópria, independente de ordem, para que o grupo de vistoria não seja
surpreendido por uma reação hostil. A revista deverá ser sob as vistas do motorista
detentor do veículo.
j. A revista de pessoal:
1) revistar bolsos, bolsa, carteira, bolos, tortas, marmitas, livros e outros; todo
volume onde possa ser colocado um objeto escondido em um interior falso.
2) verificar costuras de bainha de calça, forro de chapéu, gola de camisa e outros.
25
Fig. A-7. Revista de pessoal
26
9) perseguir e capturar elementos (dentro das regras de engajamento) que
tentem se evadir do local, evitando a revista e identificação.
MATERIAL
1. Placa de sinalização.
2. Cones e coletes.
3. Lanternas, latas de
óleo.
4. Fura pneu.
5. Tonel.
6. Ouriço.
7. Cavalo de frisa.
8. Arma automática.
9. Sacos de areia.
10. Concertina.
11. Mesa espelhada.
ÁREA
12. Revista de Vtr.
13. Revista de pessoal
(Masc).
14. Revista de pessoal
(Fem).
15. Vtr apreendidas.
16 16. Pessoal detido.
17. Alojamento.
ORGANIZAÇÃO
A. Grupo de Comando.
B. Turma de Cobertura.
C. Turma de segurança.
E Turma de revista .
F. Anotadores.
G. Controladores de
transito.
27
Fig. A-11. Posto de sentinela
l. Conduta no PBCE/PBCVU/PBCVU:
1) à aproximação de uma viatura, o sentinela da entrada deverá sinalizar para que
a mesma se dirija e pare no local de inspeção. A seguir, a equipe designada procederá à
verificação da viatura e do pessoal nela existente, utilizando espelhos, cães, e qualquer
outro material considerado necessário;
2) mulheres e elementos considerados suspeitos deverão ser encaminhados aos
locais apropriados para isto (áreas de detenção e de revista de mulheres);
3) evitar discussões com os apressados. A autoridade deve ter atitude sempre
enérgica, mas educada, e assim nunca perderá a razão.
4) considerar que há interesse em obter o apoio e a simpatia da população,
evitando o tratamento rude e desatencioso. Deve-se ter cuidado especial com crianças e
idosos, para não assusta-los.
5) em horários de grande fluxo de tráfego, verificar os suspeitos e os demais de
forma aleatória, evitando congestionamentos desnecessários. Deve-se ter cuidado
especial nos períodos noturnos e com veículos trafegando em alta velocidade, onde
deverá ser empregado o material de iluminação.
6) evitar a abertura de volumes e caixas, só o fazendo quando houver fortes
indícios de que se trata de material ilícito. Inspecionar detalhadamente o interior dos
veículos suspeitos. Interrogar as pessoas sempre isoladamente, confrontando as
informações.
m. Lembretes:
1) conduza um gerador;
2) faça a ligação fio entre os grupos;
3) empregue filmadora e máquina fotográfica para registrar, como testemunha, a
correção de suas atitudes e ações (aspecto legal);
28
4) faça o balizamento noturno e a sinalização de trânsito de acordo com as
normas do CONTRAN;
5) mude a localização dos postos;
6) indique local para descanso e rancho (coberto das vistas da população);
7) conduza a documentação necessária, CPM, CPPM, CF 88, Normas
Jurídicas, regras de engajamento e outros;
8) lembre a missão que cada militar deverá cumprir;
10) crie uma ordem de fluxo de pessoal e de viatura dentro do PBCE/PBCVU;
11) solicite apoio das polícias Federal, Rodoviária, Militar, Civil, policiais
femininos e demais OSP;
12) realize a revista de um veículo na presença do proprietário e de uma
testemunha, se possível;
13) posicione o PBCE/PBCVU em pontos onde haja surpresa para quem se
aproxima e com espaço suficiente para montar o dispositivo;
14) oriente aos revistadores para que utilizem luvas cirúrgicas;
15) as próprias Vtr do Pel C Mec podem ser empregadas como barreiras e
instalações improvisadas no PBCE/PBCVU;
16) utilize o G Exp para o patrulhamento ostensivo (melhores viaturas);
17) Utilize os elementos da Seção VBR para mobiliar o Gp de Revista, devido
ao seu armamento (canhão 90 e Mrt MAG coaxial e antiaérea que não será utilizado
contra F Adv) e ao grau de instrução e experiência de seus integrantes (dois sargentos
e dois cabos); e
18) mantenha a integridade tática na divisão dos grupos.
n. Material sugerido:
1) barricada para canalizar o trânsito;
2) fura pneu (pode ser complementado com as Vtr Bld);
3) ouriço, concertinas, tonel de combustível;
4) cavalo de Frisa, sacos de areia, carrinho de espelho;
5) cones e coletes de sinalização;
6) lanternas, latas de óleo e estopas e material de iluminação noturna elétrico.
29
1
F 2
8 FA 6
4
7
4 C, D
E
2 F
1 9C B
30
Fig. A-13. VBTP URUTU conduzindo seu próprio material de PBCE/PBCVU. Materiais
diversos para utilização em PBCE/PBCVU (cones, ouriços, cavalos de frisa, placas de
sinalização)
31
A-15. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
Obs: Sempre que possível o Pel C Mec não deve estar responsável pela burocracia
jurídica, ao realizar a detenção ou apreensão de um ilícito no PBCE/PBCVU/PBCVU. Para
isto, devem ser destinados outros elementos do regimento ou do esquadrão a que ele
está subordinado, apoiados por “delegacias itinerantes” constituídas pelos OSP. O ilícito
deverá ser deslocado até o OSP responsável, caso não haja representante no local. Estas
medidas visam agilizar e minimizar erros nos processos jurídicos, como, por exemplo,
uma prisão em flagrante delito. O Cmt Pel não deve abandonar o PBCE/PBCVU para
32
conduzir um preso (voz de prisão). Para conduzir um detido ao OSP responsável, o
comandante de pelotão deve fazer uso de um dos seus sargentos.
I . Dentro de um Esqd C Mec, cada Pel assume uma dessa forças, em formação de
Pel C Mec ou constituindo Pel Provs.
33
2) reconhecer o tamanho do bairro, a fim de que o efetivo do Pel C Mec seja
apropriado para isolar todas as ruas, becos, entradas e saídas do bairro;
3) definir por meio de fotografias os itinerários de entrada e rotas de fuga do bairro;
4) determinar as ruas e os becos onde serão posicionados as viaturas e os
fuzileiros desembarcados; e
5) definir as principais edificações onde poderão ser dispostos os atiradores e
observadores do Pel. Esses elementos serão conduzidos pelas viaturas blindadas do Pel
até a entrada do edifício que será utilizado como posto de observação e tiro e,
posteriormente, resgatado por estas mesmas viaturas. Deverá existir comunicação entre
todos as viaturas blindadas e as esquadras/patrulhas que estarão desembarcadas.
34
Fig. A-16. Viaturas blindadas do GC e da peça de apoio ocupando posições para
desembarque da tropa, em segurança, em uma rua
Legenda:
Rota de aproximação
Rota de fuga
Fig. A-17. Itinerários de acesso e de fuga, principal e alternativo dos pontos de cerco
35
l. O pelotão fechará os acessos a determinada área empregando suas viaturas
blindadas e outros materiais de fácil e rápido emprego, como as concertinas e cavalo de
frisa.
n. A “entrada tática” no local suspeito (“aparelho”) presume grande risco, logo, o Pel
C Mec somente realizará este tipo de ação com muito adestramento da tropa e com o uso
de equipamentos e munições especiais. Por essa razão, delega-se esta tarefa a tropas
especializadas. Após o investimento dessa tropa, o Pel C Mec, com seu grupo de
combate e exploradores, executa um vasculhamento no local.
o. As Vtr Bld do Pel poderão ser empregadas para a abertura de locais suspeitos.
Cabe ressaltar que toda entrada em propriedade particular deve estar amparada por
ordem do Esc Sp (determinação judicial) ou regras de engajamento. p. a força de
vasculhamento deverá revistar todos os locais suspeitos de uma residência ou rua, como
por exemplo: bueiros, lustres, caixa d'água e outros, ou seja, locais onde possa ser
escondido algum objeto ilícito.
Fig. A-18. Tropa especializada se deslocando para realizar a entrada tática no “aparelho”
36
APARELHO – Imóvel utilizado pelas forças
adversas para a pratica de atividades ilegais.
q. a força de segurança atua como reserva e deve estar pronta para enfrentar
eventuais resistências e proteger, evacuar ou substituir as demais forças. O Pel C Mec
poderá ser o elemento reserva do Regimento ou do Esqd que executa essa operação.
37
d. As interdições são medidas preventivas, enquanto as evacuações são medidas
corretivas, assim é evidente que as primeiras apresentam menores risco de desgaste para
a força legal e, conseqüentemente devem ser priorizadas nos planejamentos.
Fig. A-20. O Pel C Mec empregando suas Vtr Bld para isolar uma rua
f. Deve-se dar especial atenção aos residentes dentro da área em que é conduzida
a interdição. Os moradores deverão ser cadastrados e identificados para poder circular
pelas barreiras (se for o caso).
38
banheiros, entrada de alojamentos e até mesmo colocar essas faces nos naipes do
baralho a ser distribuído a tropa como diversão.
39
f. Iniciando com a advertência, passando pelo gás lacrimogêneo e terminando com o
tiro de fuzil e de metralhadora, o uso gradativo da força deverá ser proporcional a atuação
da F Adv.
Organização
Força OCD
40
6) Força de reserva: força de características semelhantes à Força de Reação. Deve
ficar em condições de reforçar as posições de cerco, da força de reação ou atuar em área
próxima.
l. as VBR apoiarão com sua proteção blindada, sirenes, faróis de busca, ruído
dos motores e com o seu armamento para causar um forte impacto psicológico na turba,
facilitando sua dispersão. Pode ainda fazer uso dos lançadores de fumígenos para lançá-
los sobre a turba.
41
k. O GC deve utilizar o máximo possível da proteção blindada para chegar à
área do conflito, Após sua chegada, deve atuar desembarcado, realizando a proteção
aproximada das VBR.
o. O Pel C Mec pode ainda, em casos excepcionais, ser empregado como força
de choque. Deve se ressaltar porém que não é a tropa mais adequada para essa missão.
p. A utilização das viaturas, pode, por outro lado, ser empregada com sucesso,
tanto na dispersão da turba, como para efeito dissuasório.
42
A-20. DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA
43
Fig. A-25. O Pel C Mec abrindo barricada composta por um veículo, em ações de controle
de distúrbios ou patrulhamento de vias
44
Fig. A-27. Fosso anti-carro em via urbana
45
Fig. A-27. Pontos Sensíveis
b. O Pel C Mec poderá atuar em cada uma dessas forças, passando a peça de
apoio para um desse grupos.
c. A seção VBR será pouco empregada nesse tipo de ação, limitando-se a ocupar
postos de observação dentro do PSE, de forma que a VBR CASCAVEL permaneça
protegida dentro da instalação, já que o fuzileiro estará empenhado em outras tarefas,
principalmente na defesa do próprio Posto de Segurança Estático.
46
c. Caso possível, o que usualmente não ocorrerá em virtude do efetivo do Pel,
deverá ser mantida uma reserva, em posição central, para proteger a instalação. Caso
seja necessário, deverá ser feito contato com o comando do esquadrão para que o
pelotão seja reforçado com fuzileiros, a fim de suprir as eventuais necessidades de
pessoal ou, se for o caso, criar uma força de reserva.
f. Para a constituição dos grupos, deverá ser mantida a integridade tática das
frações, porém nada impede ao Cmt de reforçar um grupo, em função da sua missão a
cumprir.
47
b) estabelecer a defesa circular aproximada e os postos de controle de
circulação, se for o caso;
c) estabelecer barreiras e outras medidas de proteção aproximada; e
d) controlar a circulação de pessoal no interior do PSE.
48
g. Seqüência das ações:
1) Recebimento da missão:
a) sanar dúvidas;
b) solicitar fotos, mapas e plantas baixas do ponto sensível;
c) analisar as características do PSE, por meio de: plantas, croquis e
fotografias.
2) Planejamento:
a) verificar locais de estacionamento de viaturas;
b) constatar se o Itn de deslocamento comporta a passagem dos blindados
(Pcp pontes);
c) levantar se as viaturas blindadas conseguem passar facilmente pelas
entradas do PSE;
d) analisar a situação do inimigo, em ligação com o S/2;
e) realizar os reconhecimentos, SFC;
f) possibilitar o reconhecimento detalhado do PSE verificando o tipo, natureza,
importância, finalidade e características gerais do PSE;
g) verificar os meios de transporte disponíveis;
h) verificar o itinerário de ida e de volta e vias de acesso;
i) verificar as regras de engajamento, particularmente, ações em caso de
emboscada;
j) verificar locais adequados para colocação de obstáculos;
k) dividir os grupos e dispositivo a ser adotado;
l) localizar os grupos no PSE;
m) prever a Ocp dos locais com comandamento sobre o PSE;
n) prever o emprego das comunicações e ligações com o escalão superior;
o) importante que todos integrantes do Pel conheçam pontos vitais do PSE;
p) solicitar a presença de especialistas da própria OM, como comunicantes,
eletricistas, enfermeiros, saúde, e manutenção de vtr, etc.;
q) prever o local do rancho longe das vistas da população; e
r) realizar o estudo de situação; ensaios e inspeções.
3) Deslocamento:
a) verificar a situação no momento para definir o grau de segurança a adotar;
b) verificar os Itn alternativos;
c) empregar Vtr reservas; e
d) prever condutas alternativas em caso de pane de Vtr.
4) Ocupação:
a) a ocupação deve ser, sempre que possível, durante horários de menor
movimento (madrugadas), procurando a surpresa, a fim de evitar atritos da tropa que a
realiza com civis em trânsito no local, ou que procurem evitar o estabelecimento do
PSE;
b) realizar a ligação com o responsável pelo PSE;
c) reconhecer o PSE com os Cmt de grupo e peritos, se for o caso;
d) ocupar o PSE na seqüência (1º grupo de choque, grupo de sentinela e grupo de
patrulha);
e) confeccionar esquema de defesa do PSE;
49
f) adotar medidas de controle de pessoal;
g) executar patrulhamento;
h) lançar obstáculos;
i) estabelecer sistema de alarmes;
j) variar as medidas de segurança; e
k) não dificultar a rotina do PSE.
l) os horários e itinerários das rondas e trocas de guarda devem ser alterados
constantemente, para se evitar o estabelecimento de rotinas;
m) limpar dos campos de tiro;
n) durante a noite as viaturas devem permanecer com os faróis virados para as
áreas críticas; e
o) iluminar com holofotes as áreas críticas pelo grupo de sentinela.
5) Ligações e comunicações:
a) são ações descentralizadas;
b) manter contato com Cmt Gp e com escalão superior; e
c) utilizar meio fio, rádio e mensageiro.
50
APÊNDICE AO ANEXO A
51
ANEXO B
DOCUMENTOS DO PELOTÃO
Data:
Peça:
ROTEIRO DE TIRO Mtr
Posição:
Ch Pç:
Missão de Tiro Amarração
Tiro Diurno Tiro Noturno
Missão
Alongar
Tática
(Quando
Abertura
Objetivo
Regime
Gênero
Alvo
A Leitura dos
(Onde
atirar)
atirar)
Alça de
Mun
Transportar Ponto
Deriva
Baliza
Índice
L Mecanismos Ângulo de
Rfr
da
Suspender Azimute de
Ç Elevação
Cessar Direção Elevação Pontaria
A
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
OBSERVAÇÕES: Rubrica Ch Pç:
____________________
1-1
2. ESBOÇO DE TIRO DA Mtr MAG e DA Mtr .50
’’’ Az ’’’ Az
1200 1100 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100
1200
____________________
1-2
3. ROTEIRO DE TIRO DO Mrt 81mm
____________________
1-3
4. ESBOÇO DE TIRO DO Mrt 81mm
’’’ Az ’’’ Az
____________________
1-4
5. ESBOÇO e ROTEIRO DE TIRO DO CAN 90mm
ESBOÇO DE TIRO
Data: CC: Canhão
Posição: Cmt CC:
ESQUERDA DIREITA
DIREÇÃO
____________________
1-5
6. EXEMPLO DE PLANO DE FOGOS DO PEL C MEC
GC Cratera Pinheiro
Entroncamento
9
Árvore
1ª VBR Casa
Seca
A Árvore Entronca-
Seca 2ª VBR Bambual
mento
P
Pinheiro
A
9
Árvore
Seç Mrt Árvore seca
Bambual frondosa
L
1-6
ANEXO C
ESCOLA DA GUARNIÇÃO
C-1
4) Enunciar funções: este comando deve ser emitido preferencialmente com as
guarnições em linha. Após o comando de “Pelotão, enunciar funções!”, o Cmt Pel toma a
posição de sentido, levanta o braço esquerdo com o punho cerrado e enuncia seu posto,
nome e função, sendo seguido um a um pelos demais integrantes do pelotão, na ordem
das frações e dentro da antigüidade de cada elemento da fração. Se o comando for
emitido somente para a guarnição, o procedimento é o mesmo, iniciando-se pelo
comandante da guarnição.
C-2
Fig.C-2 Formatura de guarnição do G Exp
C-3
Fig. C-4 Formatura da guarnição da VBR
C-4
b. Ao comando de “Embarcar!”, as esquadras embarcam pela porta traseira da
VBTP, o motorista embarca pela frente da viatura, ocupando o seu compartimento, o
soldado atirador da Mtr .50 embarca pela porta lateral direita e o Cmt GC, pela porta
lateral esquerda, tomando posição na torreta da viatura.
C-5
ANEXO D
CÓDIGO DE BANDEIROLAS
D-1
Fig. D-3. Desembarcar tempo 1
D-2
Fig. D-5. 1ª Seção avançar
D-3
Fig. D-7. 2ª Seção Avançar
D-4
Fig. D-9. Ligar Motores
D-5
Fig. D-11. Em Cunha
D-6
Fig. D-13. Aumentar Velocidade
D-7
Fig. D-15. Embarcar tempo 2
D-8
Fig. D-17. Abrir Distância Tempo 1
D-9
Fig. D-19. Alerta Aéreo
D - 10
Fig. D-21. Cortar Motores
D - 11
Fig. D-23. Escalão a Direita
D - 12
Fig. D-25. Cunha Invertida
D - 13
Fig. D-27. Abandonar Eixo
D - 14