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Teoria Musical para EsSA

(Escola de Sargentos das Armas)

Autor: César Custodio


Maestro e delegado da Ordem dos Músicos do Brasil

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TEORIA MUSICAL – Edital EsSA 2020:

Tópico 1: Compassos em geral (simples, composto, misto e


alternado). Transformação do compasso simples em composto e vice-versa.
Tempos fortes e fracos. Partes fortes e fracas de tempo. Tempo meio-forte e
contratempo. (Página 4).

Tópico 2: Síncopas regulares. Quiálteras. (Página 8).

Tópico 3: Sinais de alteração: sustenidos, bemóis, dobrado sustenido,


dobrado bemol e bequadro; suas finalidades. Armadura de claves e acidentes.
Tons relativos, tons vizinhos e afastados. (Página 9).

Tópico 4: Sinais de intensidade. Palavras e expressões que modificam


os andamentos. (Página 14).

Tópico 5: Tetracórdio. Reprodução das escalas maiores com


sustenidos e bemóis. (Página 15).

Tópico 6: Escalas cromáticas ascendentes e descendentes, maiores e


menores, com sustenidos e bemóis. (Página 17).

Tópico 7: Escalas diatônicas ascendentes e descendentes, maiores e


menores, com sustenidos e bemóis. (Página 18).

Tópico 8: Tons homônimos; notas comuns e diferenciais entre dois


tons diferentes. (Página 24).

Tópico 9: Intervalos em geral: intervalos superiores, suas


classificações e inversões. Tom, semitons diatônicos e cromáticos; intervalos
melódicos e harmônicos. (Página 24).

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Tópico 10: Intervalos consonantes e dissonantes, suas classificações e
inversões. (Página 30).

Tópico 11: Ornamentos: portamento, apogiatura superior e inferior,


simples e dupla; floreio de duas notas superiores e inferiores; mordente
superior e inferior; trinado; e grupeto superior e inferior. (Página 33).

Tópico 12: Acordes de 3 (três) sons. (Página 36).

Tópico 13: Bibliografia sugerida - constitui apenas uma indicação


para elaboração e correção dos itens propostos nas provas do EI, não
esgotando o conteúdo dos assuntos relacionados.
a) PRIOLLI, Maria de Mattos. Princípios Básicos da Música para a
Juventude, 1o Volume, 51ª Edição revista e atualizada. Rio de Janeiro: Ed.
Casa Oliveira de Músicas Ltda, 2010.
b) PRIOLLI, Maria de Mattos. Princípios Básicos da Música para a
Juventude, 2o Volume, 31ª Edição revista e atualizada. Rio de Janeiro: Ed.
Casa Oliveira de Músicas Ltda, 2010.
c) MED, Bohumil. Teoria da Musica, 4ª Edição revista e ampliada. Musimed
Edições Musicais, 1996.

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Tópico 1:
Compasso é a organização escrita de forma quantativa numa
composição musical. Pode ser:
• Simples
• Composto
• Alternado
• Misto

Vamos tratar sobre o compasso simples:

• Binário: 2 tempos (1 tempo forte e 1 fraco);


• Ternário: 3 tempos (1 tempo forte e 2 fracos ou 1 tempo forte,
1 fraco e 1 médio;
• Quaternáro: 4 tempos (1 tempo forte, 1 fraco, 1 médio e 1
fraco).

Para a fórmula de compasso, temos:


X: unidade de compasso (quantidade de tempo);
Y: unidade de compasso (nota que representa tempo).

Temos o quadro classificatório das notas musicais:

1 2 4 8 16 32 64

Legenda:
• 1: Semibreve
• 2: Mínima
• 4: Semínima
• 8: Colcheia
• 16: Semi-Colcheia
• 32: Fusa
• 64: Semi-Fusa

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No compasso quaternário, podemos ter também “C” ao invés
de 4/4. Isso porque no italiano, 4 se escreve com “C”, ou também na
música contemporânea é uma expressão americana (common time)
ou tempo comum.
Pode existir casos numa mesma música de mudança de
compasso, por exemplo “Ponta de Areia” (Milton Nascimento)
Na armadura temos por exemplo 2/4, 3/4, 4/4:

Isso significa cada compasso será nesta ordem.


Existem algumas menos usadas, mas que são simples
também, por exemplo o compasso 5/4.
A rítmica de “missão impossível” é no compasso quinário
simples.

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Tópico 2:

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Tópico 3: Sinais de Alteração:

= Dobrado bemol (diminui 1 tom);

= Sustenido (eleva ½ tom);

= Dobrado sustenido (eleva 1 tom);

= Bequadro (cancela o sustenido ou o bemol);

= Bemol (diminui ½ tom);

= Dobrado bequadro (cancela o dobrado sustenido ou o


dobrado bequadro).

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• C: Dó
• D: Ré
• E: Mi
• F: Fá
• G: Sol
• L: Lá
• B: Si

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Tópico 5: Tetracórdio:
Está diretamente lincado com a escala, onde temos a
montagem de cada nota com a terça, a quinta e a sétima.
Chamamos isso de campo harmônico maior ou campo tonal

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Tópico 6:
Escala cromática: Possui 12 notas, todas as notas que a
compõe são separadas por 1 semitom.
Quando ela é ascendente, usamos sustenidos, indo do grave
para o agudo.

Ex:

Quando ela é descendente, vamos do agudo para o grave


usando bemóis.

Ex:

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Obs: Algumas peças eruditas usam a escala cromática como
melodia principal:

Ex: Pomp and Circunstine (Elgar)

Tópico 7: Escala Diatônica


Formação escala diatônica maior

T T ST T T T ST T: Tom
(ascendente) ST: Semi-tom
Ex:

ST T T T ST T T
(descendente)
Ex:

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Escalas Maiores:
Está diretamente ligada as tonalidades maiores com bemóis e
sustenidos.

RE MAIOR

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Tópico 8:
Tons homônimos (ou tons paralelos), são aqueles que
possuem a mesma tônica (1ºgrau) e modo diferente
Ex:

Observamos que a diferença nos acordes está na terça

Do maior: do mi sol Fa maior: fa la do La maior: la do# mi


Do menor: do mib sol Fa menor: fa lab do La menor: la do mi

Assim: o 1º grau e o 5º grau são notas comuns.

Tópico 9: Intervalos
A classificação dos intervalos obedece a distância existente
entre duas notas. Então podemos dizer que é a distância de altura
entre dois sons musicais.

Intervalo melódico formado por duas notas sucessivas, e pode


ser ascendente ou descendente.

O intervalo simples está contido no limite de uma oitava.


O intervalo composto ultrapassa o limite de uma oitava.

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Simples:

Composto:

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Qualificação dos Intervalos
• Intervalos Justos

Uníssono ou 1ª justa (repetição da mesma nota)

Quarta justa (dois tons e um semitom)

Quinta justa (três tons e um semitom)

Oitava justa (cinco tons e dois semitons)

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• Intervalos Maiores e Menores
2ª Maior – formada por 1 tom

2ª Menor – formada por 1 semitom

3ª Maior – formada por 2 tons

3ª Menor – formada por 1 tom e 1 semitom

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6ª Maior – formada por 4 tons e 1 semitom

6ª Menor – formada por 3 tons e 2 semitons

7ª Maior – formada por 5 tons e 1 semitom

7ª Menor – formada por 4 tons e 2 semitons

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Podemos observar também a escala maior da primeira nota.

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Tópico 10:
Intervalos Consonantes

Produzem uma sensação de repouso, devido ao fato de haver


uma fusão perfeita entre as notas, não pedem resolução em outro
intervalo.
São eles: 5ª justa e 8ª justa

Consonante misto: é assim chamado pro ocupar um lugar


intermediário entre os intervalos consonantes perfeitos.
É a 4ª Justa

Consonante imperfeitos: são eles: 3ª, 6ª maiores e menores

3ª Maior

3ª Menor

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6ª Maior

6ª Menor

Intervalos Dissonantes
Produzem uma sensação de movimento, devido suas notas
não se fundirem e pedem resolução para um intervalo consonante.

São eles: 2ª, 7ª maior/menor ; diminuto/aumentado

2ª Maior

2ª Menor

2ª Aumentada

2ª Diminuta

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Intervalo Harmônico: quando há notas simultâneas.

Ex:

Na classificação dos intervalos, são eles:

2ª, 3ª, 6ª, 7ª = Maior, menor, aumentado ou diminuto.


4ª, 5ª e 8ª = Justo, aumentado ou diminuto.

Classifiquemos:

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Tópico 11:
Ornamentos

São chamados ornamentos, os embelezamentos e decorações


de uma melodia expressos através de pequenas notas ou sinais
especias.

Alguns:

Trinado ou trilo: representado por “Tr” colocado sempre acima na


nota.

Mordente: Uma única e rápida alternância entre uma nota.

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Grupeto: Execução de uma nota acima da nota indicada.

Appoggiatura: Deriva do italiano: appoggiane (apoiar)

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Arpeggio: A execução é sempre ascendente, de baixo para cima

Glissando: Do italiano: deslizando. Pode ser ascendente ou


descendente.

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Tópico 12: Acordes de 3 sons (tríades)

São formados a partir da escala diatônica, sendo sua


estrutura I, III, V, assim sendo na escala maior temos a seguinte
estrutura

Escala maior:
I, IV, V = Acorde Maior
II, III, VI = Acorde Menor
VII = Acorde Meio Diminuto

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Escala menor natural:
I, IV, V = Acorde Menor
III, VI, VII = Acorde Maior
II = Acorde Meio diminuto

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Escala menor harmônica:
I, IV = Acorde menor
V, VI = Acorde maior
II, VII = Acorde meio diminuto
III = Acorde aumentada

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Escala menor melódica:

I, II = Acorde menor
IV, V = Acorde maior
VI, VII = Acorde meio diminuto
III = Acorde aumentado

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