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Reprodução e Obstetrícia
O que é a Obstetrícia?
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Puerpério
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25/11/2020
3 Fisiologia Básica
Fertilização e desenvolvimento embrionário
Gestação e o seu diagnóstico
O que é o conceptio?
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Derivados do zigoto
Embrião e anexos
Todas as estruturas que se desenvolvem a partir do zigoto
◼ embrionárias e extraembrionárias
◼ Embrião
◼ parte embrionária da placenta
◼ membranas associadas
◼ Âmnio
◼ córion
◼ saco vitelino
◼ Alantoide
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Desenvolvimento embrionário
No oviduto
No útero
◼ Formação das membranas fetais
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No oviduto
Folículoquase a romper → zona fimbriada do oviduto envolve o ovário
→ ovulação (líquido folicular e oócito II)
> espécies o sémen atravessa a genitália feminina
◼ Sequestrado no istmo dos ovidutos
◼ No inicio da ovulação: libertado e migra para a ampola
◼ → ocorre a fertilização
A ascendência do sémen e a descendência do oócito estão
sincronizadas
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No oviduto
Fertilização
◼ Requer a fusão de material nuclear
◼ 1 espermatozoide + 1 oócito
◼ Milhares de espermatozoides libertados do sequestro no istmo em simultâneo
No oviduto
Após a fertilização
◼ Começa a divisão do zigoto
◼ Contrações peristálticas e correntes ciliares no corno uterino
◼ zigoto → útero
◼ Quando o zigoto chega ao útero
◼ 3-4 dias na vaca | 5-8 dias na cadela e gata
◼ O zigoto é uma mórula: 16-32 células
◼ Sofre mais divisões e orientação celular, cavidade → blastocisto
◼ Blastocisto
◼ parede com 2 camadas (endoderme e ectoderme); cavidade: blastocele
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No oviduto
Após a fertilização
◼ O blastocisto sofre um espessamento da ectoderme → disco embrionário
◼ Restante ectoderme → trofoblasto
◼ Do grego threphein = alimentar
◼ Papel importante no desenvolvimento da placenta
◼ Até ao dia 19 em que ocorre a projeção da zona pelúcida → eclosão
◼ Crescimento quase nulo do ovo mamífero
◼ O ovo fertilizado entra o útero:
◼ Ovelha: 3.º dia, fase de 8 células,
◼ Porca: 2.º dia, fase 4-8 células
◼ Égua: 5-6 dias, fase blastocisto
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No oviduto
Após a fertilização
◼ Transporte tubular dos ovos fertilizados:
◼ + Atividade do musculo tubular e cília
◼ - constrição muscular no istmo e junção uterotubular
◼ Fatores influenciadores
◼ [] hormonas esteroides ováricas
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No útero
Desde a entrada do ovo até à nidação
◼ Zigoto aspirado ou impulsionado para o lúmen uterino
◼ Nutridopelas secreções exócrinas das gl. uterinas – “leite uterino”
◼ Nas espécies pluríparas (vários nascimentos num só parto):
◼ Blastocistos distribuídos pelo útero → utilização eficiente do espaço
◼ Ocorre circulação entre os cornos, independentemente do lado da ovulação
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No útero
◼ Após o 9.º dia:
◼ Blastocisto alonga-se rapidamente nos ruminantes e suínos
◼ Ovelha: blastocisto (12 dias): 1 cm; (13 dias) 3 cm; 14 dias 10 cm
◼ Porca: blastocisto (10 dias): Ꝋ 8-10 mm; (13 dias) 20-30 cm (pode ser > 1 metro)
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No útero
◼ Nidação:
◼ Vaca: 12 dias | porca: 18 dias | ovelha: 15 dias | cadela e gata: 13-17 dias | égua: 35-40 dias
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Importantes para
◼ Reconhecimento materno da gestação
◼ Nidação
◼ Placentação
◼ Desenvolvimento embrionário
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◼ Âmnio
◼ Córion
◼ Alantoide
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▪ Até aqui o embrião foi nutrido pela córion e âmnio por difusão do “leite uterino”
◼ No útero dos ruminantes
◼ Alantocórion contacta com as carúnculas uterinas
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▪ → diagnostico de gestação
◼ Sacos amniótico e alantoide não se fundem como nos ruminantes
◼ Âmnio flutua livremente contido dentro do saco alantoide \{ umbilicalmente
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Tipos de placentação
Segundo a distribuição das vilosidades coriónicas na superfície do
córion:
◼ Difusa Difusa Cotiledonar
◼ Cotiledonar
◼ Zonal
◼ Discoide
Zonal Discoide
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Tipos de placentação
Placenta Difusa
◼ Quando todo o córion apresenta vilosidades (égua), a placenta denomina-se
placenta difusa completa;
◼ Se algumas zonas reduzidas do córion apresentarem córion liso (porca), a
placenta denomina-se placenta difusa incompleta.
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Tipos de placentação
Placenta cotiledonar
◼ Nos ruminantes as vilosidades agrupam-se em múltiplas zonas separadas. A
túnica mucosa uterina forma umas estruturas chamadas carúnculas, e nelas
acoplam-se outras formações do alantocórion, onde estão as vilosidades,
chamadas cotilédones. Em conjunto formam os placentomas.
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Tipos de placentação
Placenta zonal
◼ Nos carnívoros, a área com vilosidades coriónicas encontra-se numa banda
circular, em forma de cinto, sendo todo o córion restante córion liso.
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35-38 dias
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Placenta discoide
◼ Nosprimatas e roedores, a área com vilosidades forma uma região circular ou
ovalada.
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Tipos de placentação
Formalmente as placentas diferenciam-se de acordo com a separação
(ou não) do tecido materno do tecido fetal ao nascimento
◼ Decídua (cadela, gata, roedores, primatas)
◼ Adecídua (égua, porca, vaca, ovelha*, cabra*,
◼ * parcialmente decídua
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Tipos de placentação
Mais comumente, os embriologistas classificam as placentas em relação
à proximidade circulatória materno-fetal - classificação de Grosser (1909)
◼ Epiteliocorial
◼ Sinepiteliocorial
◼ Endoteliocorial
◼ Hemocorial
◼ Hemomonocorial
◼ Hemodicorial
◼ Hemotricorial
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Tipos de placentação
Epiteliocorial (égua e porca)
◼O córion fetal entra em contacto com o
endométrio materno.
◼ Neste tipo de placenta não há perda de tecido
endometrial ao longo da gestação e no parto
os vasos uterinos não se rompem (não se
produz hemorragia), pelo que esta placenta
recebe o nome de placenta adecídua.
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Tipos de placentação
Sinepiteliocorial (vaca)
◼ Após a nidação forma-se um sincício no lado
materno dos placentomas através da fusão de
células binucleadas (derivadas da
trofoectoderme) com células epiteliais
uterinas.
◼ Placenta adecídua
◼ Ao contrário da ovelha e da cabra: o sincício
dos placentomas na vaca é temporário
◼ Cobertas pela divisão rápida do epitélio materno
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Tipos de placentação
Endoteliocorial (carnívoros)
◼ Invasão maior do endotélio pelo trofoblasto
justaposto aos capilares maternos
◼ Placenta decídua
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Tipos de placentação
Hemocorial (3 tipos)
◼ Apenas o tecido das vilosidades coriónicas
separam o sangue fetal do sangue materno
◼ De acordo com as camadas do trofoblasto:
◼ Hemotricorial (rato, hamster)
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Tipos de placentação
Hemocorial (3 tipos)
◼ Apenas o tecido das vilosidades coriónicas
separam o sangue fetal do sangue materno
◼ De acordo com as camadas do trofoblasto:
◼ Hemodicorial (lagomorfos e humanos inicialmente)
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Tipos de placentação
Hemocorial (3 tipos)
◼ Apenas o tecido das vilosidades coriónicas
separam o sangue fetal do sangue materno
◼ De acordo com as camadas do trofoblasto:
◼ Hemomonocorial (cavia, macacos superiores e
placenta humana terminal)
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Tipos de placentação
Hemocorial
◼ A placenta do cão e do gato é parcialmente
hemocorial
◼ A placenta principal zonal é endoteliocorial
◼ Hematomas marginais
◼ 22-25 dias são visíveis nas margens da cintura
placentária
◼ Cão: verde uteroverdina | 1 mm → 8 mm
(termo)
◼ Gato: - óbvios | castanho
◼ Transferência de ferro para o feto
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Tipos de placentação
Mais comumente, os embriologistas classificam as placentas em relação
à proximidade circulatória materno-fetal - classificação de Grosser (1909)
◼ É de particular interesse em algumas doenças do feto e do neonato
◼ Ex.: doença hemolítica dos potros
◼ Ag do feto → placenta → mãe → Ac
▪ X → placenta → feto
▪ → colostro → potro → doença hemolítica do potro
◼ Humanos: Ac → placenta → feto → reação Ag-Ac no feto
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Placenta
Estrutura micro e macroscópica é influenciada por fatores:
◼ Estado nutricional da progenitora durante a gestação e cruzamento
◼ → crescimento fetal e neonatal
◼ +++ grandes animais
◼ Placentomas de ovelhas 70º dia sob modesta subnutrição vs. Nutrição normal
◼ Subnutrição: componente fetal do placentomas ↑↑↑
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Placenta
Estudos nas últimas décadas
◼ Humanos, animais de laboratório e animais de produção
◼ Ambiente intrauterino (fetos e placenta)
◼ → pode alterar a expressão do genoma fetal
◼ Alterações permanentes
▪ Morfologia
▪ Fisiologia
▪ Metabolismo
▪ Consequências para a saúde, parâmetros produtivos e doenças futuras
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Fluídos Fetais
Bovinos
◼ Aumentam progressivamente ao longo da gestação
◼ Dx precoce c/ US é baseado na identificação do fluído
alantoide nos cornos uterinos
◼ 5 litros aos 5 meses | 20 litros no termo
◼ Aumentos acentuados: 40 -65 dias, 3-4 meses e 6.5-7.5 meses
◼ 1.º e último ↑ fluído alantoide | 2.º ↑ fluído amniótico
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Fluídos Fetais
Ovelhas
◼ = bovinos: o volume total aumenta
◼ mas os diferentes fluídos têm diferentes tendências
alantoide 1 mês → Dx precoce
◼ Fluido
◼ Gêmeos: total fluídos ~ dobram
◼ Fluído amniótico ↓ > mês 3
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Fluídos Fetais
Éguas
◼ O 1º fluído identificável > dia 10
◼ No saco vitelino
◼ Fluído alantoide > dia 24
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Fluídos Fetais
Porcas
◼ Fluído alantoide → 200 ml 30º dia
◼ Dx US precoce
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Fluídos Fetais
Cadelas e Gatas
◼ Valores seriados não disponíveis
◼ Gatinhos de 9 cm
◼ Fluído amniótico 10 – 15 mL, depois diminui, aumentando ligeiramente até ao termo
◼ Fluído alantoide: aumento + significativo | meio da gestação > amniótico (20 mL)
◼ No termo decresce ~ 6 mL
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◼ o mais próximo do corpo do útero estende-se muitas vezes para os dois cornos
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▪ → desenvolvimento de freemartins
◼ Frequentemente as extremidades adjacentes dos sacos
alantoides ficam “coladas” por uma substância gelatinosa
◼ Em alguns casos há fusão completa entre alantocórion
adjacente (22 dias) → X anastomose vascular
◼ A “parede” entre os fetos desaparece durante o parto ou
perto do termo contrações → tubo alantocoriónico
◼ Passagem dos fetos durante o parto
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◼ No caso raro de anastomose dos vasos sanguíneos dos fetos de sexos opostos
◼ Existem condições para o freemartinismo como na vaca
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DÚVIDAS???
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Bibliografia recomendada
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