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29/08/2022

Fecundação (Fertilização) e Clivagem Fecundação (Fertilização) e Clivagem


• Fecundação • FECUNDAÇÃO OU FERTILIZAÇÃO
• Clivagem • Processo o qual o gameta masculino (espermatozoide) se une ao gameta
• Implantação feminino (ovócito) para formar uma célula diplóide (zigoto)
• Placentação
• Gameta Masculino

• Gameta Feminino

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Fecundação (Fertilização) e Clivagem


• Gameta Feminino - X
• Maior que o masculino
• Imóvel
• Ovogênese – 1 ovogônia – 1 ovócito

• Gameta Masculino – X ou Y
• Menor que o feminino
• Móvel: Flagelo
• Espermatogênese – 1 espermatogônia – 4 espermatozoides

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Fecundação (Fertilização) e Clivagem


• Estrutura do espermatozoide
• Cabeça: Acrossomo, Núcleo
• Pescoço ou colo
• Cauda: Peça intermediária, principal, terminal
• Viabilidade: 48 horas no trato genital feminino

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Fecundação (Fertilização) e Clivagem Fecundação (Fertilização) e Clivagem


• Espermatozóides • Espermatozoides
• No trato reprodutor masculino • Capacitação
• Epidídimo – armazenamento e maturação bioquímica e funcional • Condicionamento no aparelho reprodutor feminino
• Ejaculação – espermatozoides + líquido seminal e prostático • Direcionado por substâncias secretas na tuba uterina
• No trato reprodutor feminino • Remoção de proteínas aderentes do plasma seminal
• Depositados no fundo da vagina • Alterações metabólicas
• pH neutro do sêmen – proteção contra pH ácido do fluido vaginal
• Movimentação permite penetrar muco cervical • Hiperativação da motilidade
• Ativação da acrosina

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Fecundação (Fertilização) e Clivagem Fecundação (Fertilização) e Clivagem


• Estrutura do Ovócito • Estrutura do Ovócito
• Ovócito secundário em metáfase
• Grande quantidade de citoplasma
• Membrana plasmática do ovócito • Zona Pelúcida
• Zona Pelúcida • Camada proteica, 12µ de espessura, resistente, permeável
• Células da corona radiata
• Glicoproteínas – ZP3 – promove ligação com receptores de membrana do
• Viabilidade: 12h – In vitro 24h espermatozoide – espécie específico
• Função de barreira – filtro poroso nas fases iniciais de clivagem

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Fecundação (Fertilização) e Clivagem


• FERTILIZAÇÃO
• Sequência de eventos coordenados
• Passagem do espermatozoide pela coroa radiada – hialuronidase, enzimas da
mucosa tubária, movimento de cauda do espermatozoide
• Passagem do espermatozoide pela zona pelúcida – Acrosina, esterases e
neuraminidase; reação zonal
• Fusão das membranas plasmáticas do espermatozoide e ovócito
• Término da 2ª divisão meiótica e formação do pronúcleo feminino – ovócito
maduro e 2º corpo polar

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Fecundação (Fertilização) e Clivagem


• Formação do pronucleo masculino
• Núcleo do espermatozoide aumenta de tamanho
• Morfologicamente o masculino e feminino são idênticos
• Formação da Oótide – ovócito contendo os dois prónucleos

• Zigoto
• Agregação dos cromossomos
• Fuso de clivagem na preparação para a divisão do zigoto

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Fecundação (Fertilização) e Clivagem Fecundação (Fertilização) e Clivagem


• Fertilização • Pré seleção de sexo embrionário
• Reconhecimento Espermatozoide – Ovócito • Espermatozoides X e Y em quantidades iguais
• Moléculas de ligação a carboidratos
• Proteínas específicas dos gametas

• Estimula ovócito 2º a terminar a 2ª divisão meiótica • Técnicas in vitro para separar X e Y


• Diferenças na capacidade natatória
• Célula Diploide • Diferença na capacidade de migração em campo elétrico
• Variabilidade pelo Crossing-over de cromossomos maternos e paternos • Diferença na morfologia
• Determina o sexo cromossômico do embrião • Quantidade de DNA (X: 2,8% a mais)

• Ativação metabólica do ovócito e início à clivagem

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Fecundação (Fertilização) e Clivagem


• Clivagem
• Sucessivas divisões mitóticas do zigoto
• Início 30h após a fecundação
• Rápido aumento do número de células - Blastômeros
• Após estágio de 8 células os blastômeros se agrupam (compactação)
• Compactação
• Maior interação celular
• Pré-requisito para segregação de células internas
• Junções gap; adesão; oclusão
• Mórula: 12 a 32 células

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• Embrioblasto – Embrião
• Trofoblasto – Parte Embrionária da Placenta

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Fecundação (Fertilização) e Clivagem Fecundação (Fertilização) e Clivagem


• Blastogênese • Chegada do embrião no útero
• Cavidade blastocística ou blastocele • Bovinos: 8-16 células
• Suínos: 4-8 células
• Fluido cavidade uterina • Ovinos: 8-16 células
• Cães: blastocisto
• Equinos: mórula
• Separação dos blastômeros em duas regiões: (blastocisto eclodido)
• Embrioblasto – Massa Celular Interna – blastômeros centrais
• Trofoblasto: camada celular externa delgada que formará a parte embrionária da
placenta

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Reconhecimento materno da gestação

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Implantação
• Trofoblasto embrionário – trofectoderma
• A implantação é um processo gradual pode-se dividir em 5 fases

• Eclosão do blastocisto da zona pelúcida


• Pré-contato e orientação – contato inicial entre trofoblasto e epitélio endometrial,
orientação da massa celular e trofectoderma
• Aposição – posicionamento do blastocisto – início de interdigitação de vilosidades
coriônicas com o epitélio luminal do endométrio
• Adesão – glicoproteínas de adesão – integrinas, selectinas e galectinas – epitélio luminal
e do trofoectoderma
• Invasão endometrial – tipo de placentação – fusão entre trofoblasto e epitélio
endometrial durante formação da placenta – penetração no endométrio

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Implantação Implantação
• Três tipos de implantação • Até a implantação a nutrição embrionária é através do trofoblasto – histotrófica
• Implantação central ou não invasiva (aminoácidos, glicose, fatores de crescimento, hormônios, nutrientes)
• Posição central no útero, relacionada com as vilosidades coriônicas – adesão mas não invasão • A partir da implantação o trofoblasto desenvolve membranas embrionárias para a
– ungulados domésticos troca de metabólitos e nutrientes entre sangue materno e embrionário - Placenta
• Implantação excêntrica
• Inserida num canal profundo da mucosa – cadela e gata
• Implantação é a fixação do embrião ao útero – fisicamente e funcionalmente
• Implantação intersticial
• Ocorre gradualmente – 11 a 40 dias pós ovulação na vaca, 10 a 20 borregas
• Destruição do epitélio e tec. conjuntivo do útero, a vesícula embrionária se afunda na própria
lâmina mucosa e desenvolve-se no espaço intersticial – primatas.

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Implantação Implantação
• Porcas • Ovelha
• Blastocistos movem-se livremente entre cornos • Desenvolvimento semelhante ao da porca
• Adesão ocorre entre 12 a 24 dias pós fertilização • Adesão a partir do 10º dia de gestação
• 7º dia eclode blastocisto, trofoblasto prolifera com velocidade • Alongamento até dia 12
• Blastocisto muda de uma pequena vesícula para tubo alongado de até 100cm em • Terceira semana o embrião atinge até 30cm de comprimento
poucos dias – grande área de absorção de nutrientes • Implantação finalizada até a 5 semana

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Implantação
• Vaca
• Semelhante à borrega
• Zona pelúcida (eclosão do blastocisto) se perde entre o 9º e 10º dia
• Alongamento embrionário por volta do 13º dia – 16º dia 60mm
• 33º dia há a formação do córion e existe adesão através de dois ou quatro
cotilédones – nutrição do embrião

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Implantação Implantação
• Égua • Cadela
• 6º e 7º dia pós ovulação o embrião reveste-se de uma camada de glicoproteínas • Migração embrionária entre 12 e 17 dias pós fertilização
localizada entre trofectoderma e zona pelúcida – após eclosão mantém o embrião
• Aderência no endométrio entre 16 e 18 dias
• Capsula embrionária é uma estrutura única em equinos
• Implantação até 20º dia
• No 18º dia há adelgaçamento e ruptura entre os dias 21 e 23
• 10 semanas as vilosidades do córion e a mucosa da parede uterina se interdigitam
• 14 semanas completa a implantação

• Blastocisto atinge um diâmetro de 5cm por volta dos 60 dias e não há alongamento

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Reconhecimento materno da gestação Reconhecimento materno da gestação


• Período que proporciona ao útero • Produtos secretados pelo embrião inibem ou modificam a PGF2a
• Resposta inflamatória – remoção espermatozoides • Interferon tau – IFN-τ – ruminantes – produzida antes de 14 dias de gestação
• Diminui tônus muscular uterino • Estradiol 17ß - suínos
• Secreção de fatores de crescimento e nutrientes por glândulas endometriais
• Inibe a luteólise
• Efeitos provenientes da progesterona do corpo lúteo • Não há regressão de CL (secretor de progesterona)
• Estabelecimento da gestação requer o CL funcional

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Reconhecimento materno da gestação Reconhecimento materno da gestação


• Para ocorrer manutenção do CL o embrião deve sinalizar para a mãe • Ruminantes
• Dois tipos de sinalização • IFN-τ sinalização e reconhecimento
• Luteotrópico • Produzido pelo trofoblasto embrionário
• Anti-luteolítico
• Detectado dia 11 e 12 em ovinos; 14 a 15 em bovinos
• Gonadotrofina Coriônica humana e prolactina em roedores
• IFN-τ impede a lise do CL por bloqueio indireto da produção de PGF2α
• Receptores de ocitocina no útero estimulam a produção de PGF2α
• Sinal anti-luteolítico – previne ativamente a luteólise – IFN-τ em ruminantes e
estradiol em suínos
• IFN-τ impede a síntese de Receptores de Ocitocina

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Reconhecimento materno da gestação


• Equinos
• Essencial a migração embrionária entre os dias 12 e 14 após a ovulação
• Migra de 12 a 15 vezes por dia – distribuição do fator de reconhecimento
materno pelo endométrio
• Não claramente estabelecido – origem proteica
• Inibição da produção de PGF2α – redução dos receptores de ocitocina – não há
envio do sinal luteolítico
• Fixação 18º dia

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Reconhecimento materno da gestação


• Suínos
• Sinal embrionário dias 11 a 12 após a ovulação
• Embriões produzem estradiol – redireciona a secreção de PGF2α para lúmen
uterino – não é liberado para a circulação, não atinge o CL
• A síntese de PGF2α não é inibida, é redirecionada
• Presença mínima de 4 embriões para existir estradiol suficiente
• Estrógeno – sinal de reconhecimento materno
• PGE2 – diminui a produção de PGF2α
• Ácido lisofostatídico – migração uterina

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Reconhecimento materno da gestação


• EM RESUMO
• Sinal deve ser enviado antes da produção uterina de PGF2α
• Impedir destruição do Corpo Lúteo – produção de progesterona – manutenção
gestacional
• Embrião secreta algumas substâncias – endométrio materno e impedir a ação
luteolítica da PGF2α
• Na porca há o sequestro da PGF2α para o lúmen ao invés da inibição secretória
• Bovino – secreção de IFN-τ

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Implantação Embrionária
• Blastocisto sem a zona pelúcida direciona-se até a mucosa uterina
• Aderência do embrioblasto
• Proliferação do Troflobasto, invasão endometrial

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Implantação Embrionária Implantação Embrionária


• Proliferação dos trofoblastos • Embrioblasto
• Epiblasto – cavidade amniótica
• Citotroflobasto – parede do blastocisto • Hipoblasto
• Sinciciotrofoblasto – células em contato com endométrio, formando um sincício*
com grande capacidade proliferativa e de invasão
• Ectoderma
• *Sincício - massa multinucleada de citoplasma formada pela fusão de células originalmente
• Epiderme, pelo, casco, Sistema Nervoso
separadas
• Endoderma
• Glândulas, fígado, sistema digestivo (revestimento interno)
• Mesoderma
• Tecidos muscular, conjunto e órgãos de circulação

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Placentação Placentação
• Desenvolvimento das membranas extra embrionárias – Placenta • Processo prolongado e gradual
• Funções da Placenta • Paralelo à gastrulação, formação de membranas extramebrionárias
• Troca de substâncias entre mãe e feto • Órgão temporário - troca bidirecional de nutrientes, gases, hormônios
• Proteção • Membranas extra-embrionárias
• Impede passagem de microorganismos e substâncias venenosas • Saco vitelino
• Glândula Hormonal • Âmnio
• Gonadotrofina coriônica, estrógeno e progesterona
• Alantóide
• Córion

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Placentação Placentação
• Membranas extra-embrionárias • Posicionamento fetal em relação ao útero
• Saco vitelino
• Nutrientes no desenvolvimento inicial, regride conforme progride a gestação – junto com • Central – contato com lúmen uterino – espécies de importância veterinária
trofoblasto e mesoderma formam córion e âmnions
• Exêntrica – concepto parcialmente dentro do endométrio – mantém contato com
• Âmnion (membrana mais interna) lúmen
• Líquido amniótico – contato direto com o embrião – proteção, lubrificação no parto (depósito de
urina e resíduos fetais • Intersticial – embrião invade endométrio e perde contato com lúmen do útero –
• Alantóide (reservatório de nutrientes) ao crescer oblitera o útero
• Evaginação do intestino primitivo – sistema vascular da placenta fetal
• Fusão com córion carrega casos sanguíneos do cordão umbilical
• Córion (membrana mais externa)
• Contato com endométrio, fixação ao útero, absorção de nutrientes, trocas gasosas materno-fetal e
produção hormonal

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Placentação
• Vilosidades materno-fetais

• Difusa
• Zonal
• Cotiledonária
• Discoidal

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Placentação
• Difusa
• Vilosidades em toda superfície do córion (corionalantoides)
• Equinos e suínos

• Em equinos formam ramificações – microcotilédones

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Placentação
• Zonal
• Carnívoros domésticos – cães e gatos
• Vilosidades delimitadas em um cinto central ao redor do feto
• Paraplacenta – regiões laterais – troca de ferro
• Zona transparente – extremidades distais do córion – pouca vascularização –
absorção de substâncias intrauterinas

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Placentação
• Cotiledonária
• Ruminantes
• Vilosidades coriônicas agrupadas no córion – cotilédones
• Cotilédones
• Interdigitação e fusão parcial com endométrio – carúnculas formando os Placentomas
• Placentomas altamente vascularizados e remodelados conforme há progressão
da gestação
• Ramifica para aumentar superfície de troca
• Zonas inter-carunculares – ligação por glicoproteínas
• Adesão – placentomas – 30 dias ovinos e 40 bovinos

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Figura 13
Placenta cotiledonária. Na imagem as
membranas fetais e os cotilédones fetais (FC)
podem ser visualizados. A membrana rotulada
AC é o alatocório. O cordão Umbilical (seta UC)
do feto recebe vasos sanguíneos (BV) dos
cotilédones fetais (FC). As placas de glicogênio
(GP) podem ser visualizadas na superfície do
córion e do âmnio. Essas placas são
proliferações escamosas. A placenta
cotiledonária é caracterizada por numerosas
estruturas em forma de botão distribuídas pela
superfície do cório. Estes são chamados de
cotilédones fetais. Quando eles se juntam à
carúncula materna, formam um placentoma. O
cotilédone convexo fica coberto com o córion.
Muitas vilosidades semelhantes a dedos
(vermelhas) originadas do tecido coriônico se
projetam em direção ao lúmen do útero. No
cotilédone côncavo, o tecido coriônico empurra
pra dentro, formando uma interface côncava
entre o córion e carúncula materna. Fonte:
Adaptação de SENGER, 2012. p. 298.

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Placentação
• Discoidal
• Vilosidades agrupadas em área circular/oval
• Placentação de primatas e roedores

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Placentação
• Importância – Histologicamente
• Epiteliocorial
• Endoteliocorial
• Hemocorial

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Placentação
• Epiteliocorial
• Placenta com menor intimidade
• Conservam as 6 camadas teciduais intactas
• Circulação fetal e materna separadas
• Éguas e Porcas
• Ruminantes (Sinepiteliocorial)
• Epiteliocorial nos 3 primeiros meses (epitélio coriônico / epitélio endometrial) –
após isso há regiões com apenas uma camada epitelial combinando origem fetal
e materna

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Placentação
• Endoteliocorial
• Corion fetal contato direto com endotélio vascular endometrial
• Erosão do epitélio e tec conectivo endometrial durante a implantação
• 4 camadas teciduais para atravessar substâncias
• Cães e felinos

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Placentação
• Hemocorial
• 3 camadas de tecido
• Epitélio coriônico intacto e há contato direto com sangue materno
• Substâncias atravessam apenas 3 camadas
• Intercâmbio de substâncias facilitados
• Humanos e Roedores

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