• Fecundação
→ A fecundação, na espécie humana é interna,
ocorrendo, normalmente, no primeiro terço das
trompas de Falópio.
→ Na formação de um novo ser, o encontro do
oócito II com o espermatozoide permite que
ocorra a fecundação. Para que ocorra fecundação
não basta apenas haver produção de gâmetas,
tem de haver comportamento sexual que permita
o encontro entre o gâmeta masculino
(espermatozoide), com o gâmeta feminino (oócito
II).
→ A copula permite que o esperma seja depositado
no trato genital feminino.
• A sexualidade humana é caracterizada por uma série
de estímulos e respostas muitas vezes condicionadas
por fatores de outra ordem, que não os meramente
físicos, tendo como objetivo a união das células
gaméticas, de forma a gerar um novo individuo
→ Quando os espermatozoides são transportados
para a vagina entram em contacto com o muco
cervical, sendo este rico em fibras, é produzido por
glândulas do colo uterino, o qual apresenta uma
evolução durante o ciclo sexual (fora do período
de ovulação ou no período de ovulação).
→ Para que um espermatozoide consiga penetrar no
oócito II tem de ultrapassar algumas barreiras, visto
que este encontra-se envolvido por uma camada,
formada por proteínas e glícidos, designada por
zona pelúcida. Em torno desta célula existem
células foliculares que formam a zona pelúcida.
• Encontro de gâmetas
→ Após a penetração na cavidade uterina (apenas 1%
conseguem atingir o útero), o espermatozoide,
embebidos no muco cervical que lhes confere melhor
mobilidade, penetram as trompas.
→ No caso de ter ocorrido a ovulação, é no terço
superior de uma das trompas que se pode efetuar o
encontro do oócito II com o espermatozoide, que são
atraídos através de uma substância libertada pelas
células foliculares que rodeiam o oócito II.
→ Quando o espermatozoide se liga à zona pelúcida,
exterior à membrana do oócito II, desencadeia-se a
reação acrossómica, isto é, uma série de fusões entre
a membrana externa do acrossoma e a membrana do
espermatozoide desencadeando-se a formação de
poros que permitem a libertação de vários compostos
entre os quais enzimas proteolíticas (hialuronidase e
acrosina). No final, o espermatozoide digere e penetra
a zona pelúcida e atinge oócito II
→ Quando a membrana do espermatozoide se funde
com a do oócito II ocorre… Resposta rápida, isto é,
despolarização da membrana do oócito. Perda de
recetores para espermatozoides pelo oócito II
→ Os grânulos corticais libertam conteúdo entre a zona
pelúcida e a membrana do oócito II o que provoca o
endurecimento daquela zona.- Resposta Lenta (reação
cortical).
→ A exocitose de grânulos corticais do oócito II, para a
zona entre a membrana plasmática do oócito II e a
zona pelúcida, forma uma membrana de fecundação.
O oócito II torna-se consequentemente impermeável à
penetração de outros espermatozoides.
Resposta rápida e lenta - Impedem
POLISPERMIA
(fecundação simultânea por mais de um
espermatozoide - letal para o óvulo)
• Formação do ovulo e o 2º glóbulo polar
→ Um oócito que é penetrado por um espermatozoide
completa a divisão II da meiose, formando um óvulo e
um 2º glóbulo polar (que acaba por degenerar).
→ O flagelo do espermatozoide degenera (a sua função
está concluída).
→ Os restantes espermatozoides acabam por morrer.
→ O invólucro nuclear do óvulo desintegra-se em 12
horas. Forma-se um pronúcleo feminino o que
permite a fusão dos seus cromossomas com os do
pronúcleo do espermatozoide (perdeu o invólucro
nuclear) - cariogamia.
→ A fusão dos dois pronúcleos completa a fecundação
e forma o zigoto.
→ A cariogamia repõe o número de cromossomas
característico das células diploides e a nova célula
formada (zigoto) pode então iniciar o seu
desenvolvimento através de mitoses que vão permitir
a multiplicação do nº de células a dar início ao
desenvolvimento embrionário.
• Causas de infertilidade masculina
→ Para identificar as possíveis causas de infertilidade
masculina e implementar tratamentos adequados, têm
de ser realizados diversos testes clínicos., tais como:
▪ Análises hormonais;
▪ Exames;
▪ Análises ao sémen;
▪ Testes genéticos;
▪ Biópsia testicular;
▪ Análise à urina;
→ O número de espermatozóides tem diminuído
significativamente ao longo das últimas décadas,
com impactos na fertilidade..
→ O desenvolvimento de formas anómalas de
espermatozóides é uma das causas de infertilidade
masculina.

• Manipulação da fertilidade e reprodução

medicamente assistida
→ Infertilidade: Incapacidade temporária ou permanente
em conceber um filho e em levar uma gravidez até ao • Para os vários factores de infertilidade masculina
seu termo, após um ano de relações sexuais sem existem tratamentos específicos que visam
contracetivos. essencialmente a produção de espermatozóides.
→ FATORES DE SUCESSO NA PROCRIAÇÃO:
▪ Produção e libertação de espermatozoides
normais e em número suficiente;
▪ Produção e libertação de oócitos I viáveis;
▪ Capacidade dos espermatozoides fecundarem
os oócitos I ;
▪ Existência de ovidutos onde possa ocorrer a
fecundação;
▪ Existência de um endométrio normal onde
possa ocorrer a nidação.
• Inferilidade feminina- causas
• Para identificar as possíveis causas de infertilidade
feminina
implementar tratamentos adequados, têm que ser
realizados diversos testes clínicos., tais como:
▪ Análises hormonais;
▪ Exames;
▪ Análises ao muco cervical;
▪ Testes genéticos;
▪ Ultrassom vaginal;
▪ Despistagem de doenças sexualmente
transmissíveis;
• A infertilidade feminina deve-se essencialmente a
disfunções ováricas e a problemas ao nível da
prossecução de uma gravidez.
• A idade da mulher é um dos principais factores de
infertilidade.
• A endometriose é uma das doenças mais comuns
e caracteriza-se pelo desenvolvimento de
endométrio fora do útero, que permite a nidação
do zigoto fora do útero, ou introdução de
alterações anatómicas e fisiológicas
• Reprodução medicamente assistida
→ Conjunto de técnicas que visam obter uma
e gestação substituindo ou facilitando uma etapa
deficiente no processo reprodutivo, ultrapassando
assim os problemas de infertilidade de um casal.
→ Existem várias técnicas para o tratamento da
infertilidade. As técnicas mais comuns de
reprodução assistida são:
▪ Inseminação artificial uterina;
▪ Fertilização In Vitro;
▪ A transferência intratubárica de gâmetas,
de zigotos ou de embriões;
▪ Microinjeção;
• Inseminação artificial
→ Técnica comum que permite a colocação de
espermatozoides no interior do útero. Como os
espermatozoides são colocados num ambiente
menos adverso, a probabilidade de uma gravidez
aumenta, tendo estes que se deslocar apenas até
às trompas de Falópio para fecundarem o gâmeta
feminino.
→ Técnica que não deverá causar dor nem
desconforto, se for praticada corretamente.
PROCEDIMENTO:
1. A ovulação é induzida por estimulação
hormonal da mulher, de modo que a
inseminação possa coincidir com a
ovulação, sendo frequente ocorrer o
desenvolvimento de vários oócitos.
2. É recolhido o esperma do homem (por
métodos cirúrgicos ou por masturbação),
nas 2 horas anteriores á inseminação.
3. O esperma é processado no laboratório-
os espermatozoides são separados dos
outros componentes da ejaculação e
concentrados num pequeno volume,
composto pelos mais saudáveis e moveis.
4. O processamento do esperma permite
separar em 2 frações os espermatozoides
que contém o cromossoma X e o Y,
permitindo a escolha do filho.
5. A fração que contem os espermatozoides
altamente móveis é colocado na cavidade
uterina, usando um cateter fino e suave.
• Situações de infertilidade em que se aplica esta
• Situações de infertilidade que se aplica a esta
técnica
técnica
→ Problemas ao nível do esperma,
→ As Trompas de Falópio encontram-se bloqueadas
principalmente quanto ao número de
ou danificadas e não podem ser recuperadas com
espermatozoides;
auxilio de cirurgia;
→ Incompatibilidade entre o esperma e o muco
→ O transporte dos gâmetas femininos e masculinos,
cervical;
bem como a fecundação e o transporte do zigoto,
→ Incapacidade de o homem ejacular na vagina
não podem ocorrer;
por motivos de impotência, psicológicos ou
→ O homem apresenta um número muito reduzido
outros.
de espermatozoides, de má qualidade e/ou
gâmetas com mobilidade reduzida, incapazes de
fecundar o gâmeta feminino, mesmo quando
colocados no útero por inseminação artificial;

• Fecundação in vitro
→ Esta técnica aplica-se na maioria das situações
de infertilidade (masculina e feminina). Consiste
na recolha de oócitos e de espermatozóides e
sua junção em laboratório

PROCEDIMENTO:
1. Estimulação da produção de oócitos pelos ovários
2. Recolha dos folículos por laparoscopia ou passando
uma agulha através da parede vaginal
3. Avaliação dos folículos ao microscópio.
4. Os gâmetas são colocados num meio de cultura
próprio, onde ocorrerá a fecundação.
5. Incubação, in vitro, do zigoto até à sua divisão (2 a
8 células)
6. Os blastocistos que se formam são analisados e 1-3
são transferidos para o útero. (IVT-ET)