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 Numa ejaculação são depositados

Fecundação?
• Encontro e união dos gâmetas feminino e
em média – 2ml a 5ml de esperma,
masculino, células n, que conduz à união
50 a 130 milhões de
dos seus núcleos e formação de um
espermatozóides por ml.
zigoto 2n.
• Para que um espermatozoide consiga penetrar no
oocito ll tem de ultrapassar algumas barreiras. De
• A penetração do espermatozoide no
facto o oócito II encontra se envolvido por uma
oócito II, leva à conclusão da meiose II,
camada formada por proteínas e glícidos- zona
com a formação de duas células
pelúcida.
desiguais: óvulo (maior tamanho) e 2º
• Em torno desta zona existem células foliculares
glóbulo polar, que irá degenerar.
que formam a corona radiata.
• A fecundação é interna e ocorre
• O espermatozoide tem de transpor estas camadas
normalmente no primeiro terço das
para fertelizaer o gameta feminino.
trompas de Falópio.
 Deslocação do oócito II – por contrações Onde ocorre a fecundação?
da trompa de Falópio e movimentos ciliares do
epitélio.  O encontro das células sexuais dá-se
normalmente numa das trompas de
 Apenas um espermatozoide, Falópio (oviductos).
habitualmente fecunda o oócito II.
As células do colo uterino produzem muco cervical

• O aumento da concentração de estrogénios por volta do 12º dia estimula o colo do útero a produzir grandes
quantidades de muco, que se apresenta pouco viscoso e com uma percentagem de água mais elevada.

• Forma-se canais que facilitam a passagem dos espermatozóides no cérvix para o útero, criando assim condições
mais favoráveis à fecundação.

• No início e no fim do ciclo, as


concentrações hormonais estimulam
o cérvix a produzir um muco mais
viscoso que cria uma barreira à
migração dos espermatozóides.
 Apenas uma reduzida % dos espermatozoides atingem o oócito II, este encontra-se rodeado pela zona pelúcida que por sua vez é recoberta por
células foliculares, formando a corona radiata.

 Espermatozóides são atraídos por uma substância química libertada pelas células foliculares.

 Ligação dos espermatozóides a receptores específicos da zona pelúcida.

• Para atingir a membrana do oócito II, os


espermatozoides necessitam de transpor as células foliculares e a zona pelúcida!

I. Etapas da fecundação
A fecundação resulta de uma série de Fecundação
(dia 1)
acontecimentos sequenciais, é iniciada com a
reação acrossómica e finaliza com a cariogamia.

Oócito II

Zona
pelúcida
Células foliculares
❶ O espermatozóide penetra nas células foliculares.

❷ O espermatozóide alcança a zona


pelúcida. Por interação entre certas
moléculas que se encontram na superfície daquela célula e
alguns recetores da zona pelúcida. Por exocitose, o
acrossoma liberta vesículas exocíticas que possuem enzimas
hidrolíticas que vão digerir a zona pelúcida – reação
acrossómica

❸ Fusão da membrana do

Espermatozóide com a membrana do oócito. Enzimas


digestivas e hidrolíticas expelidas do acrossoma possibilitam  Penetração da cabeça e peça intermédia do espermatozoide
no citoplasma do oócito
a penetração da zona pelúcida pelo espermatozóide e,
II. Ligação das membranas dos gâmetas.
dessa forma, alcançar a membrana do oócito II.
Nota: as mitocôndrias da peça intermédia são destruídas, pelo
A reação acrossómica expõe também as
que a descendência apenas herda o DNA mitocondrial da mãe.
moléculas de uma proteína da membrana do
Linhagem materna. Em casos raros, de não destruição de
espermatozóide que se ligam e fundem com a membrana mitocôndrias paternas, pode haver herança mitocondrial
do oócito II. paterna.
 Verifica-se também uma reação cortical, na qual grânulos da região cortical do oócito libertam, por exocitose, enzimas que
degradam recetores para os espermatozoides, na zona pelúcida Criação de uma barreira impermeável para os restantes
espermatozoides - membrana de fecundação, que contribui também para o bloqueio à polispermia.

• A penetração do espermatozoide no oócito II leva o a


completar a 2ª divisão meiótica formando se o ovulo (e
Como evitar a polispermia? •
o 2º glóbulo polar que acabará por degenerar).
As membranas dos gametas fundem se, permitindo
• Após a penetração do espermatozóide no oócito, é que o conteúdo do espermatozoide penetre no ovulo.
fundamental impedir a entrada e fusão do oócito II Em seguida, a zona pelúcida do ovulo forma uma
com outros gâmetas masculinos – polispermia. membrana de fecundação, tornando se impermeável a
entrada de espermatozoides.

• Situação que conduziria à formação de células O espermatozóide perde o flagelo e o segmento intermédio
triplóides/poliplóides, que além de serem inviáveis, (inúteis).
não garantem a conservação do cariótipo Os núcleos dos gâmetas feminino e masculino aumentam de
específico. volume e formam os pró-núcleos (haplóides).

• A libertação de substancias presentes em vesiculas


do citoplasma do oócito designados grânulos corticais Estes aproximam-se, fundem as suas membranas e
para a região adjacente á zona pelúcida, cria uma misturam os cromossomas maternos e paternos –
membrana de fecundação, barreira impermeável, cariogamia.
após a ligação das membranas dos gâmetas.
23, X + 23, X/Y = 46 cromossomas
Posterior à fecundação:
• Divisões mitóticas do zigoto, que formam a mórula e o blastocisto.

• Implantação do embrião (blastocisto) no endométrio –


nidação. Mitose
2 células 4 células 8 células
(dia 2) (dia 3) (dia 4)
• Mitoses e processos de diferenciação celular, permitem que o embrião se transforme
• no feto (8 semanas).

• Ao fim de 36/38 semanas (período gestacional


humano) após a fecundação…o nascimento!
Blastocisto
(dia 5)

Fecundação
(dia 1)
Implantação no
endométrio – nidação
Oócito II (dias 8 e 9)

• 35 horas após a fecundação, o ovo origina a primeira divisão mitótica.


• Que etapas se podem considerar na
espermatogénese?
Multiplicação, crescimento, maturação e
diferenciação.
• Que designação têm as células a partir
Entrada do espermatozóide no oócito II das quais se inicia a espermatogénese?
Espermatogónias.

Formação da • Que processo celular assegura que as


membrana de fecundação conclusão da meiose II células consideradas não se esgotem?
(Evita a polispermia) Mitose (multiplicação)

• Identifique o tipo de divisão nuclear


óvulo e 2º glóbulo polar que experimentam os espermatócitos
I.
Meiose

Junção dos pró-núcleos • Compare sob o ponto de vista


(Cariogamia) cromossómico um espermatócito II e
um espermatídio.
Ambos com 23 cromossomas (haplóides), mas o
espermatócito II, cada cromossoma com 2 cromatídeos
e o espermatídio, cada cromossoma com 1
Ovo ou zigoto cromatídeo.

• Compare um espermatídio com um


espermatozóide.
Compare um espermatídio com um
espermatozóide.

O espermatídio ainda não sofreu diferenciação, logo • Sistema endócrino (SE): glândulas
apresenta-se uma célula de maiores dimensões e com forma endócrinas + hormonas, lançadas na
esférica. O espermatozoide apresenta citoplasma oval e de
corrente sanguínea
menores dimensões, é constituído por cabeça, peça
intermédia e cauda que apresenta um flagelo.
• Intimamente associado ao sistema nervoso central (SNC)

• O controlo da produção e libertação de hormonas ocorre por retroação


negativa “feedback negativo” ou, mais rara, retroação positiva.
Como se dá a resposta Hormonal?
Hormonas?
 Biomoléculas orgânicas lípidos complexos
(esteróides) ou
prótidos
 Atuam em pequenas quantidades
 Têm uma ação específica sobre células ou órgãos-
alvo, alterando o seu funcionamento
 Têm uma ação duradoura
 Lançadas na corrente sanguínea

1. A glândula endócrina é estimulada a produzir e lançar as hormonas na corrente sanguinea


2. As hormonas circulam no sangue até alcançarem as células-alvo, que
têm recetores específicos capazes de reconhecer essas hormonas.
3. Após o reconhecimento e ligação das hormonas às células-alvo, estas executam as
“mensagens” que receberam alterando o seu funcionamento.
O controlo da produção/libertação de hormonas é regulado por retroação
negativa e positiva
Retroação negativa –
(feedback negativo) Retroação positiva +
 Controlo mais comum
(feedback positivo)
 Quando existe uma elevada concentração de testosterona no
sangue, o hipotálamo sob a influencia desta elevada
concentração reduz a produção de GnRH  Controlo mais raro
 Por sua vez a diminuição de GnRH inibe a hipófise que deixa de
produzir LH e FSH.  Um estímulo desencadeia a
 A diminuição da concentração destas hormonas leva a produção/libertação de uma hormona,
diminuição da produção de testosterona. cujos efeitos aumentam a sua produção
 A produção de testosterona é ainda influenciada por estímulos
nervosos que coordenam a atividade do hipotálamo.  O aumento da [ hormona ] estimula o
 A produção de GnRH também é controlada por feedback aumento da sua produção.
negativo determinado pelas concentrações de LH e FSH no
sangue.  A produção cessa quando o estímulo
 Um estímulo desencadeia a produção/libertação de uma desaparece
hormona, cujos efeitos inibem a sua produção
 A diminuição da [ hormona ] estimula o
aumento da sua produção
A regulação hormonal dos sistemas reprodutores, resulta do eixo hipotálamo – hipófise (anterior) - gónadas

 O hipotálamo é estimulado por outras hormonas e nervos que transportam estímulos sensoriais.

 O hipotálamo regula a atividade secretora da hipófise, produzindo hormonas hipotalâmicas que regulam a
atividade desta glândula (estimulam a hipófise).

 Estão intimamente ligados (neurónios e vasos sanguíneos), constituem o principal


ponto de interação entre o SNC e o SE.

• As hormonas envolvidas na regulação da reprodução são segregadas nas gónadas, mas também a nível do
encéfalo, no hipotálamo e na hipófise..
Hipófise – a glândula mestra

• Em 1926, verificou-se que a extração da


hipófise conduzia a alterações no
funcionamento de outras glândulas endócrinas.

• Estimulada pelo hipotálamo, a hipófise produz


hormonas hipofisiárias que regulam a atividade
secretora de glândulas, como os testículos e os
ovários

• São as hormonas hipofisárias que regulam o


funcionamento testicular, ao nível da
espermatogénese e da produção de
testosterona

NOTA: é o lobo anterior (ligado via sanguínea ao hipotálamo) da hipófise que produz e liberta
hormonas hipofisárias que atuam nas gónadas.
Hormonas envolvidas na reprodução e comportamento sexual?
 Hormonas hipotalâmicas – GnRH
(Hormonas de libertação de gonadotropinas = • A reprodução é uma função associada a uma serie de
gonadotropin-releasing hormone) estimulos sensoriais, pelo que está diretamente
 Hormonas hipofisárias/gonadotropinas – LH dependente da ação do sistema nervoso.
(Lúteo-estimulina = luteinizing hormone) e FSH (Folículo- • A sua regulação , contudo, é efetuada através da
estimulina = interação complexa de um conjunto de hormonas, sendo
folicle-stimulating hormone) bastante distinta no homem e na mulher.As hormonas
Controlam a síntese da maior parte das hormonas esteroides envolvidas na regulação da reprodução são segregadas
produzidas nas gonadas- agrupam se em 3 grupos: nas gónadas, mas também a nível encefálico, na hipófise
 Hormonas sexuais (esteróides): e no hipotálamo.
• A hipófise, ou pituitária, é uma glândula endócrina situada
• Testosterona (androgénios) na base do encéfalo. É constituída por dois lóbulos: o
lóbulo anterior, de natureza glandular, e o lóbulo posterior,
• Progesterona (progestinas) denatureza nervosa.
• Estradiol (estrogénios) • O hipotálamo é um órgão intimamente relacionado com a
hipófise.
• Esta relação é notória quer do ponto de vista físico, pois o
hipotálamo encontra-se ligado por um pedúnculo ao lóbulo
posterior da hipófise, quer do ponto de vista fisiológico,
pois o hipotálamo produz hormo-nas hormonas
hipotalâmicas) que estimulam a hipófise.O conjunto destes
dois órgãos denomina-se complexo hipotálamo-hipófise
A produção de espermatozóides é controlada por hormonas
Regulação hormonal masculina
A partir da puberdade o hipotálamo produz e secreta GnRH, estimulando o
 Hormonas sexuais lobo anterior da hipófise a produzir LH e FSH que vão atuar nos testículos:
masculinas – androgénios- LH - estimula as céls. de Leydig a produzirem testosterona -
são produzidos principalmente desenvolvimento e manutenção dos caracteres sexuais secundários
nos testículos mais FSH - juntamente com a testosterona, estimula a atividade das céls. de
precisamente nas células de Sertoli aumentando a espermatogénese
Leydig

 Testosterona

 Produzida nos
testículos…estimula:

- no feto a formação dos


órgãos sexuais
masculinos
- desde a puberdade a
espermatogénese e o
aparecimento/manutenção dos
caracteres sexuais masculinos
A testosterona é produzida nos testículos nas células de Leydig, sob estimulação da
gonadotropina LH

• Durante o desenvolvimento embrionário, o


feto já produz testosterona, que é
responsável pelo desenvolvimento dos
órgãos sexuais.

• Por volta dos 11 anos, a secreção de


testosterona torna-se regular e aumenta
durante a puberdade, estimulando a
Hormonas hipofisárias/gonadotropinas
espermatogénese, bem como o
aparecimento de caracteres sexuais
secundários.

• São as hormonas gonadotrópicas,


segregadas pela hipófise, que regulam o
funcionamento testicular, quer a nível da
espermatogénese quer da produção de
testosterona.
Como é regulada a [testosterona]?
• Um estímulo, o aumento da [testosterona],
desencadeia uma resposta , a inibição da produção
de GnRH,
LH e FSH) que diminui a estimulação da atividade dos
testículos.
• Os níveis de testosterona são reduzidos e voltam às
concentrações normais e estáveis.
Consequências da ingestão de hormonas sintéticas (esteróides anabolizantes)?
• A testosterona natural exerce as duas funções no nosso corpo: anabólico e androgénico. O anabolizante
perfeito seria aquele altamente anabólico (favorece o crescimento muscular) e sem efeitos androgénicos
(alterações sexuais). Se existisse não teria efeitos colaterais e seria completamente seguro. Mas isso NÃO
EXISTE!

Retroalimentação ou feedback negativo- mecanismo de autorregulação, com manutenção do equilíbrio.

Aumento [testosterona] no sangue

Redução produção de GnRH no hipotálamo

Redução produção de LH e FSH na hipófise

Redução produção de testosterona

Diminuição [testosterona] no sangue


A regulação hormonal masculina é controlada por um mecanismo de feedback negativo.
• Elevadas [testosterona], por toma de esteróides anabolizantes, vão
desencadear um feedback negativo acentuado.
• O organismo “sente” que não necessita de produzir a sua testosterona.
• Cessa, quase na totalidade a produção de GnRH e LH/FSH, os
testículos não são estimulados e atrofiam…

Conclusões
• A GnRH estimula a hipófise anterior a produzir
gonadotrofinas – a LH e a FSH;

• A hormona LH estimula as células de Leydig a


produzirem testosterona, elevando a sua
concentração sanguínea;

• A hormona FSH estimula a atividade das células


de Sertoli, aumentando a espermatogénese ;

• Esse aumento de testosterona provoca uma redução da estimulação do


hipotálamo e a da hipófise, diminuindo a produção de FSH e LH – mecanismo
de retroação negativa.
Na mulher o padrão de secreção hormonal e os eventos regulados pelas hormonas são cíclicos

Regulação hormonal feminina


 O funcionamento do SR feminino não é
 Hormonas sexuais femininas – estrogénios contínuo!
e progesterona

 Produzidas nos ovários…estimulam a  No homem a espermatogénese ocorre de


partir da puberdade até à menopausa: forma continua a partir da puberdade
enquanto na mulher ocorre em processos
cíclicos, iniciados na puberdade e
- a oogénese e a ovulação; interrompidos na menopausa.

- alterações cíclicas no endométrio;


• Puberdade: início variável e fim, 10-16
- crescimento dos órgãos sexuais; anos (início com a primeira
- aparecimento/manutenção dos menstruação- menarca)

caracteres sexuais femininos • Menopausa: início variável, 45-50 anos


(final do período fértil-paragem dos ciclos
- Mais complexa do que no homem, com eventos
sexuais)
cíclicos… (ciclo menstrual ou sexual)
Ciclo sexual/menstrual feminino?

• Conjunto de processos cíclicos que são


caracterizados por transformações, ocorridas
quer nos ovários - ciclo ovárico, quer no útero
- ciclo uterino

• Tem a duração média de 28 dias, repetida


desde a puberdade até à menopausa

• Inicia no primeiro dia da menstruação (fluxo


de sangue) e finaliza com o início da
menstruação seguinte
Ciclo Menstrual

Ciclo ovárico Ciclo uterino


 Decorre nos ovários  Decorre no útero

 Resulta na maturação de um folículo e  Transformações no endométrio, de modo a


libertação de um oócito II, em cada mês garantir condições ótimas para acolher o
(alternadamente em cada um dos ovários) ovo e desenvolvimento do novo ser
 É controlado diretamente pelo eixo  É controlado pelas [hormonas sexuais] –
hipotálamo- hipófise através das hormonas FSH estrogénios e progesterona, produzidas por
e LH estruturas ováricas

Fase folicular Fase luteínica


Fase fluxo Fase Fase
menstrual proliferativa secretora
Ovulação
Os ovários produzem gâmetas, mas também hormonas ováricas

Funções hormonas sexuais femininas?

Estrogénios Progesterona
- produzidos pelas células - produzida pelo corpo amarelo/lúteo
foliculares e da teca interna - estimulado pela LH
(folículo primário…)
- estimuladas pela FSH

 Máxima concentração antes  Máxima concentração na fase luteínica


da ovulação
 Induz o espessamento do  Induz o aumento da vascularização deste
endométrio tecido, o aparecimento e funcionamento
de glândulas

Regulam as transformações ao nível do endométrio…


Ciclo ovárico Ciclo uterino

Que regride no caso de não haver fecundação

• O ciclo seguinte começa com o novo crescimento de


folículos primordiais
Fase Fase Fase (nova)Fase
menstrual proliferativa secretora menstrual

Verificam-se alterações na espessura e constituição do endométrio.

Nota: se não ocorrer fecundação, o corpo lúteo


regride, degenera e cessa a produção de
estrógenios e progesterona. O endométrio deixa de
ser estimulado, desagrega-se e inicia uma nova fase
menstrual/menstruação, um novo ciclo…
Se ocorrer fecundação o endométrio apresenta
condições favoráveis ao desenvolvimento do embrião
C
Regulação
hormonal do ciclo
sexual?
• Os ciclos ovárico e uterino são
interligados e simultâneos

• Envolve hormonas hipotalâmicas (GnRH),


hipofisiárias (FSH e LH) e hormonas
ováricas (estrogénios e progesterona).

• Permite que o crescimento e a maturação


do folículo seja síncrona com a
preparação do endométrio para uma
possível implantação do embrião –
nidação

• É feita por via de mecanismos de


retroação negativa e positiva
O corpo lúteo produz
As células foliculares elevadas quantidades de
produzem estrogénios. progesterona e também
estrogénios.

Aquelas hormonas são


responsáveis pela fase
secretora (aumento da
vascularização do
endométrio e
Os estrogénios
desenvolvimento de
estimulam a
glândulas).
proliferação do
endométrio uterino -
fase proliferativa - de
modo a preparar o Com a diminuição da
útero para uma concentração de
possível gravidez. hormonas, deixa de
ocorrer a estimulação do
útero e este entra na fase
menstrual.
1. Nos primeiros dias do
ciclo ovárico as reduzidas
[estrogénios e
progesterona] estimulam o
hipotálamo a secretar GnRH o
que estimula a hipófise anterior
a segregar FSH e LH para o
sangue.

2. O aumento da [FSH e
LH] estimula o
desenvolvimento dos
folículos e o aumento da
concentração de
estrogénios. (Os folículos
não possuem recetores
para a LH, logo não há
produção de progesterona)

3. O pequeno aumento de
estrogénios no sangue inibe a
produção de GnRH e a síntese
de FSH e LH , mantendo os 5. Desta retroação positiva, verifica-se um
níveis destas hormonas aumento significativo de LH e FSH para
reduzidos – retroalimentação estimular a maturação final do folículo e a
negativa. ovulação. (Nesta fase os folículos já têm
recetores para a LH)
6. Após a ovulação a LH induz a formação do
corpo lúteo, que produz estrogénios e
principalmente progesterona, que aumentam a
sua concentração.

7. O aumento da [estrogénios e progesterona] vai


inibir a secreção de GnRH, inibindo também a
produção de gonadotropinas - retroalimentação
negativa sobre o LH e o FSH.

8. Reduzidas [LH e FSH], conduzem à atrofia, na


parte final da fase luteínica, do corpo amarelo
desintegra-se, verifica-se uma queda abrupta na
[hormonas ováricas] no sangue: espasmos no
endométrio, privação de sangue – fase
menstrual.

9. Os baixos níveis de estrogénios e


progesterona na fase menstrual, deixam de inibir
o hipotálamo. Aumenta a produção de GnRH que
estimula a secreção de FSH pela hipófise,
necessária para uma nova fase folicular.
Resumindo…

Fase pré-ovulatória e
ovulação:
retroalimentação Fase pré-ovulatória
positiva, o aumento (proliferativa) e pós-
da [estrogénios] ovulatória (secretora), tal
estimula a produção como nos homens, as
de GNRH e de LH e mulheres apresentam
FSH, de modo a essencialmente
estimular, de uma retroalimentação
forma muito intensa, negativa.
a ovulação.
Exercício.
Transcrever e completar os espaços com os termos corretos.

Teor relativamente elevado de Produção de


estrogénios/progesterona Estrogénios (Fase folicular) e Progesterona (Fase
(luteínica)
inibe
Aumenta
Complexo
Desenvolvimento
hipotálamo
folicular
hipófise

Estimula
Retroação negativa no diminui
ciclo sexual feminino
Produção de
Produção de GnRH /FSH e LH
GnRH /FSH e LH

Aumenta
atrofia
Complexo
Corpo Lúteo hipotálamo
hipófise
diminui Estimula
Produção de Baixo teor de
estrogénios/progesterona estrogénios/progesterona
Teor muito elevado Produção e libertação
Complexo hipotálamo-
de estrogénios (fase de LH e FSH pela
hipófise
ovulatória) hipófise anterior
a produzir GnRH
12º dia estimula aumenta

Retroação positiva no ciclo atinge


sexual feminino
Pico de concentração
de LH e FSH ao 13º
dia

Menopausa determina

 Final da fertilidade da mulher (por volta dos 50 anos) Ovulação ao 14º dia
 Processo gradual
 Degeneração dos últimos oócitos, não ocorre maturação
de novos folículos com oócitos II

 Cessação do ciclo ovárico


 Diminuição drástica das [estrogénios e progesterona]  Aumento das [GnRH e LH FSH]
 Numerosas alterações físicas e emocionais.
 Oócito viável – 12 a 24 horas após a ovulação /
Qual o período fértil da mulher? Espermatozoides – até 5 dias no interior do SR Feminino
 No ciclo menstrual pode ser identificado um período
fértil em torno do dia da ovulação, que ocorre no 14.o
dia do ciclo. Em mulheres com ciclos regulares de 28
dias, o período fértil situa-se entre o 10.o e o 17.o dias do
? ciclo.
Em que situação
pode ser
interrompido o cico sexual?

 Se ocorrer fecundação, o corpo amarelo


Extensão do não regride e continua a produção de
período estrógenios
fértil em
ciclos e progesterona, a sua concentração no
Extensão do irregulares sangue mantém-se elevada.
período
fértil em Espermatozoide
irregulare
ciclos s vivos e …o endométrio continua a ser
s ? ovulação estimulado, verifica-se a manutenção
precoce
Espermatozoides vivos da espessura
e ovulação tardia Possibilidade muito elevada de
fecundação máxima. Não há menstruação.
• Como já foi referido, os ciclos ovárico e uterino são sincronizados devido a este complexo mecanismo hormonal. A fase
folicular do ciclo ovárico é simultânea à fase proliferativa do ciclo uterino: A fase luteínica do ciclo ovárico é simultânea
à fase secretora do ciclo uterino.

• Durante a fase folicular, o estrogénio produzido pelos folículos em crescimento também causa o espessamento do
endométrio.

• Antes da ovulação, o útero já está a ser preparado para receber um possível embrião. Após a ovulação, os estrogénios e
a progesterona secretados pelo corpo lúteo continuam a estimular o desenvolvimento do endométrio, incluindo um
aumento da vascularização deste tecido e o aparecimento e funcionamento de glândulas que segregam um fluido capaz
de nutrir um possível embrião, antes que o mesmo se fixe ao endométrio.
• A queda abrupta dos níveis de hormonas ováricas, que ocorre aquando da desintegração do corpo lúteo, causa
espasmos nas artérias do endométrio, que priva este epitélio de san-gue.

• A desagregação do endométrio resulta na menstruação, recomeçando um novo ciclo uterino. Entretanto, os folículos
ováricos que causarão um novo espessamento do endométrio estão a começar a crescer.

• Ciclo após ciclo, o. amadurecimento e a libertação de oócitos no ovário é acompanhado por mudanças no útero, órgão
que terá de acomodar o embrião, caso haja fecundação. Na ausência de gravidez, um novo ciclo começa.

• Quando ocorre fecundação, forma-se uma célula diploide chamada ovo ou zigoto e tem início o desenvolvimento
embrionário, ou embriogénese, que irá culminar com o nascimento do novo ser.
• O período de desenvolvimento do embrião no interior do corpo materno denomina-se gestação. No ser humano, a
gestação tem uma duração variável, sendo, em média, de 40 semanas. lal como acontece na gametogénese, a gestação
está sujeita a uma complexa regulação hormonal.

• Até mesmo após o parto, durante a lactação, a regulação hormonal continua a desempenhar um papel fundamental na
reprodução humana.

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