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Publicada no Diário Oficial do dia 16 de fevereiro de 2009 – páginas 24 e 25

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 001/ 2009/CEE-MT


Fixa diretrizes para a elaboração e aprovação do Projeto
Pedagógico Institucional – PPI e do Plano de
Desenvolvimento Institucional – PDI das Instituições de
Ensino Superior do Sistema Estadual de Ensino de Mato
Grosso.

O Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso, no uso de suas atribuições


legais, em cumprimento aos termos do parágrafo único, do artigo 41, da Resolução
Normativa nº. 311/2008-CEE/MT e tendo como referência o roteiro disponibilizado pela
SESu/MEC,

R E S O L V E:

Art. 1º - O Projeto Pedagógico Institucional – PPI deve constituir as bases filosóficas e


teórico-metodológicas que referenciam as Instituições de Ensino Superior, sendo
elaborado de acordo com as disposições desta Resolução.

§ 1º - Na elaboração do Projeto Pedagógico Institucional – PPI devem ser observados os


seguintes aspectos:
I. inserção regional;
II. princípios filosóficos;
III. diretrizes pedagógicas ou teórico-metodológicas;
IV. políticas de ensino de graduação e pós-graduação, de pesquisa, de iniciação
científica, de extensão e de gestão, em suas diversas dimensões; e
V. projeto de responsabilidade social da Instituição, especialmente quanto à
inclusão e ao desenvolvimento econômico e social da região.

§ 2º - As diretrizes que constituem o Projeto Pedagógico Institucional – PPI devem ser


observadas rigorosamente na elaboração dos Projetos Pedagógicos de Cursos e no
planejamento institucional, no que couberem.

Art. 2º - O Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, parte integrante do Projeto


Pedagógico Institucional – PPI deve ser elaborado de acordo com as diretrizes fixadas
na presente Resolução.

§ 1º - O PDI de que trata o caput deve ser concebido como um protocolo de intenções
que a IES firma consigo mesma, com a sociedade e com o poder público, caracterizando
a referência maior para o planejamento e a gestão institucionais.

§ 2º - O PDI deve ser elaborado por um período determinado, preferencialmente que


coincida com os processos de credenciamento ou recredenciamento da IES, tomando
como base a identidade da instituição, quanto a sua filosofia de trabalho, à missão a que
se propõe, às diretrizes pedagógicas que orientam suas ações, a sua estrutura
organizacional e aos recursos humanos, financeiros e de infra-estrutura de que dispõe.

Art. 3º - O PDI elaborado pelas IES deve conter, pelo menos, os seguintes elementos:

I. gerais:
a) perfil institucional: missão, histórico, desenvolvimento, objetivos e metas, área
de atuação acadêmica;
b) plano de expansão do ensino, para o próximo qüinqüênio, com a previsão de
abertura de cursos de graduação (bacharelados, licenciaturas e tecnológicos), cursos de
pós-graduação lato sensu;
c) programas stricto sensu, cursos a distância, aumento de vagas para cursos já
reconhecidos, cursos de extensão, projetos de pesquisa e cursos fora da sede;
d) plano de atendimento às diretrizes pedagógicas, para o próximo qüinqüênio:
perfil do egresso, seleção de conteúdos, princípios metodológicos, avaliação, atividades
de prática profissional, complementares e de estágios;
e) inovações para o próximo qüinqüênio, especialmente quanto à flexibilidade
dos componentes curriculares; e
f) avanços tecnológicos, para o próximo qüinqüênio.

Publicada no Diário Oficial do dia 16 de fevereiro de 2009 – páginas 24 e 25


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II. corpo docente:


a) requisitos de titulação e de experiência no magistério superior e de
experiência profissional não acadêmica;
b) critérios de seleção e contratação;
c) políticas de qualificação, plano de carreira e regime de trabalho;
d) procedimentos de substituição; e
e) cronograma de expansão do corpo docente no período de vigência do novo
PDI, ano a ano.

III. corpo técnico-administrativo:


a) critérios de seleção e contratação;
b) políticas de qualificação, plano de carreira e regime de trabalho; e
c) cronograma de expansão do corpo técnico-administrativo no período de
vigência do novo PDI, ano a ano.

IV. corpo discente:


a) formas de acesso;
b) programas de apoio pedagógico e financeiro;
c) estímulos à permanência (programa de nivelamento, atendimento psico-
pedagógico);
d) organização estudantil (espaço para participação e convivência estudantil); e
e) acompanhamento dos egressos.

V. organização administrativa:
a) estrutura organizacional com as instâncias de decisão;
b) organograma institucional e acadêmico; órgãos colegiados: competência e
composição;
c) órgãos de apoio às atividades acadêmicas;
d) autonomia com relação à Administração Superior; e
e) relações de parcerias com a comunidade, instituições e empresas.

VI. auto-avaliação institucional:


a) metodologia, dimensões e instrumentos a serem utilizados no processo de
auto-avaliação;
b) formas de participação da comunidade acadêmica, técnica e administrativa,
incluindo a atuação da Comissão Própria de Avaliação - CPA, em conformidade com o
SINAES; e
c) infra-estrutura e instalações acadêmicas:
1. infra-estrutura física: quantidade e área (m2), ano a ano de área de lazer;
auditório, banheiros, biblioteca, instalações administrativas, laboratórios, salas de aulas,
sala de coordenação, salas de docentes, outros;
2. infra-estrutura acadêmica: laboratórios de informática: (equipamentos,
especificação, quantidade e serviços); audiovisual (equipamentos, quantidade e forma
de uso); laboratórios de ensino (equipamentos, mobiliários e serviços); biblioteca
(acervo, por área de conhecimento - livros, periódicos, revistas, jornais, obras de
referência, vídeos, DVDs, CDRom’s, assinaturas eletrônicas, outros, formas de
atualização e expansão do acervo, horário de funcionamento, serviços oferecidos; e
3. plano de expansão, com respectivo cronograma.

VII. atendimento às Pessoas Portadoras de Necessidades Educacionais


Especiais ou com Mobilidade Reduzida: Plano de promoção de acessibilidade e
atendimento prioritário, imediato e diferenciado para utilização, com segurança e
autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das
edificações, dos serviços de transporte, dos dispositivos, sistemas e meios de
comunicação e informação, serviços de tradutor e intérprete da Língua Brasileira de
Sinais – LIBRAS.

VIII. demonstrativo de capacidade e sustentabilidade financeira.

§ 1º - No caso de universidade os itens deverão ser apresentados por campus, ano a


ano, considerando o período de vigência do PDI.

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§ 2º - Quando se tratar da elaboração de novo PDI, no caso de término de vigência,


deverá ser incorporado ao presente roteiro relatório avaliativo do PDI anterior, com
registro das ações empreendidas e seus resultados, das ações não realizadas e as
justificativas, tomando por base os processos avaliativos das IES.

Art. 4º - O PPI e PDI devem ser aprovados nas instâncias colegiadas das IES, assim
como aditamentos ao PDI, a serem elaborados para registrarem alterações no plano de
expansão já aprovado.

Art. 5º - A aprovação do PDI e seus aditamentos é atribuição do Conselho Estadual de


Educação - CEE/MT, ouvida a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECITEC,
no que compete a este órgão, constituindo-se elemento base nos processos de
regulação das IES.

§ 1º - O processo de aprovação do PDI deve conter os seguintes elementos:


I. requerimento do dirigente maior da IES, solicitando o pleito;
II. cópia do Projeto Pedagógico Institucional – PPI, devidamente aprovado;
III. texto do PDI;
IV. relatório do PDI anterior, quando couber;
V. atos de aprovação institucional interna.

§ 2º - O processo de aprovação de aditamento do PDI deve ser instruído da seguinte


maneira:
I. requerimento do dirigente maior da IES, solicitando o pleito;
II. texto do aditamento, constituído por justificativas das propostas e por um
cronograma de implantação;
III. atos de aprovação institucional interna.

§ 3º - O processo deve ser encaminhado à SECITEC para análise técnica, no mínimo,


cento e oitenta (180) dias para o término de sua vigência.

§ 4º - Considerado tecnicamente adequado às diretrizes desta Resolução a SECITEC


encaminhará o processo ao CEE/MT para submeter a análise, apreciação e a expedição
do ato respectivo.

§ 5º - No caso do aditamento, igualmente o mesmo deverá ser analisado tecnicamente


pela SECITEC e enviado ao CEE/MT para as decisões cabíveis.

Art. 6º - Os casos omissos serão dirimidos pelo Conselho Estadual de Educação de


Mato Grosso.

Art. 7º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.


REGISTRADA PUBLICADA
CUMPRA-SE
Cuiabá, 09 de fevereiro de 2009.
.

Prof Geraldo Grossi Júnior


Presidente do CEE/MT

H O M O L O G O:

Francisco Tarquínio Daltro


Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia

Publicada no Diário Oficial do dia 16 de fevereiro de 2009 – páginas 24 e 25

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