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Projeto de Estruturas de Madeira

Professor: João Miguel Santos Dias

1
Sumário

1 – Introdução
2 – Produtos engenheirados
3 – Identificação da madeira
4 – Degradação e tratamento
5 – Propriedades físicas e mecânicas
6 – Peças tracionadas
7 – Peças comprimidas
8 – Peças fletidas
9 - Ligações
2
1 – Introdução

3
1 - Introdução

“A madeira pega cupim”


“A madeira pega fogo”
“Casa de madeira é cara”
“Casa de madeira é coisa de pobre”
“A madeira tem pouca resistência”
“Utilizar madeira prejudica a natureza”
4
1 - Introdução

“A manutenção de uma estrutrura de madeira é cara”


“É difícil encontrar fornecedores ou mão-de-obra”
“Casa de madeira é coisa de rico!”
“Não dá para construir grandes vãos com madeira”
“Não existe interesse em financiar construção de
habitações de interesse social com casas de madeira”
“Não dá para construir prédios altos com madeira.”
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1 - Introdução

Quantidade estimada de carbono Comparação com as emissões da


Material
emitido (kN C/ton) madeira serrada

Madeira serrada 0,33 1,00


Bloco cerâmico vazado 0,88 2,67
Vidro 1,54 4,67
Aço reciclado 2,20 6,67
Concreto 2,65 8,03
Bloco de concreto 2,91 8,82
Aço virgem 6,94 21,03
Plástico 25,02 75,82
Alumínio 45,32 137,33
Adaptado de: Falk (2010)
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1 - Introdução

Fonte: http://verbetes.cetem.gov.br/verbetes/ExibeVerbete.aspx?verid=173

Fonte: http://www.ehow.com.br/riscos-ambientais-mineracao-calcario-lista_61271/

7
Fonte: https://ge902ferro.files.wordpress.com/2011/06/minera1.jpg
1 - Introdução

Fonte: http://www.mundohusqvarna.com.br/assunto/o-que-e-a-madeira-de-
reflorestamento/

Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/lenha-de-
reflorestamento-protege-natureza-diz-especialista/

Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT328774-1719,00.html/ 8
Fonte: http://www.floratiete.org.br/reflorestamento-e-florestas-sustentaveis/
1 - Introdução

Foto: Ritter (1990)

9
1 - Introdução
Resistência ao fogo ≠ Reação ao fogo

Em situação de incêndio: temperaturas de 1000ºC

Aço:
- perde 80% da sua resistência mecânica aos 500ºC;
- coeficiente de condutibilidade térmica = 45 W m-1 K-1.
Foto: Ritter (1990)
Concreto:
- sofre alterações irreversíveis a partir dos 80ºC;
- coeficiente de condutibilidade térmica = 0,9 W m-1 K-1.

Madeira:
- inicia a perda de sua resistência mecânica aos 95ºC;
- coeficiente de condutibilidade térmica = 0,21 W m-1 K-1.

A madeira permite um maior tempo para as operações socorro.


Foto: Pinto (2005) 10
1 - Introdução

Foto: Casas prefab

Fotos: Tecverde

Foto: Egoin

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1 - Introdução

Fotos: Tecverde
12
1 - Introdução

Templo budista Horyu-ji (Japão, ano 607 d. C.) – Fonte: Yun (2017)
13
1 - Introdução

Templo budista Nanchan (China, ano 782 d. C.) – Fonte: Zhao (2012)
14
1 - Introdução

Fonte: http://www.salvador-turismo.com/mercado-modelo.htm

15
Fonte: O Autor
1 - Introdução

16
1 - Introdução

Espécie Durabilidade natural Tratabilidade

Alta resistência ao apodrecimento e cupins. Susceptível ao Tratamento sob


Angelim amargoso
ataque de brocas e organismos marinhos. pressão
Angelim vermelho Alta resistência a fungos e insetos. Impermeável
Susceptível ao ataque de seres xilófagos, mas resistente ao Somente o alburno
Corymbia Citriodora
apodrecimento. é permeável
Baixa resistência aos xilófagos marinhos. Alta resistência aos
Cumaru Impermeável
fungos apodrecedores e cupins.
Alta resistência às térmitas e fungos de podridão. Susceptível à
Jatobá Impermeável
ação de perfuradores marinhos.
Alta resistência aos fungos apodrecedores e cupins
Maçaranduba subterrâneos. Moderada resistência face aos cupins-de- Impermeável
madeira-seca. Baixa resistência aos xilófagos marinhos.
Pinus Elliottii Susceptível ao ataque de seres xilófagos. Permeável
Fonte: IPT

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1 - Introdução
Tratamento e proteção da madeira
Agentes biológicos
microorganismos (bactérias, bolores e fungos);
insetos (coleópteros, cupins/térmitas);
brocas marinhas (moluscos, crustáceos).

físicos e químicos
umidades;
intemperismo;
produtos químicos;
fogo.

Métodos pré-tratamento:
desdobro rápido;
submersão/aspersão em água ou produtos preservadores.
sem pressão:
difusão;
capilaridade;
absorção térmica;
pincelamento/imersão;
secagem.
com pressão: autoclave (célula cheia ou vazia).
18
1 - Introdução

Vídeo – tratamento CCA

19
1 - Introdução

Ponte sobre o rio Drava, Áustria


20
1 - Introdução

Fonte: https://www.arcoweb.com.br/finestra/tecnologia/tecnologia---sistemas-construtivos

21
1 - Introdução

22
MEO Arena. Fonte: http://farm4.staticflickr.com/3755/8872599051_2237032b1b.jpg
1 - Introdução

Antiga ponte Guarulhos (52 m de vão livre) – Fonte: Erwin Hauff & Cia (1935)

23
1 - Introdução

Antiga ponte sobre o rio Tietê (48 m de vão livre) – Fonte: Erwin Hauff & Cia (1935)
24
1 - Introdução

Hangar do aeroclube de Poços de Caldas – MG (25 m de vão livre) – Fonte: Brito, et al. (2016) 25
1 - Introdução

Ponte pênsil sobre o rio Piracicaba – Piracicaba – SP. Foto: LAMEM-SET-EESC - USP
26
1 - Introdução

Shopping Iguatemi (Fortaleza); 48 m de vão livre; 2014 – Fonte: Carpinteria


27
6

4 Vão máximo (cm)


Seção retangular
f (cm)

3 Seção em I
Seção em T
Seção caixão retangular
2
Seção roliça
Seção roliça dupla
1

0
0 100 200 300 400 500 600 700 800
Vão da viga (cm) 28
29
1 - Introdução

Residencial Vancouver (3 andares) Fonte: Tecverde

30
1 - Introdução

Patch 22 (7 andares). Fonte: https://www.pinterest.com/a2studionl/housing/ 31


1 - Introdução

32
1 - Introdução

Forté (Melbourne); 10 (pav.); 32,3m; 2012 – Fonte: The B1M


33
1 - Introdução

Dalston Dale (London); 10 pav.; 33,0 m; 2015 – Fonte: The B1M


34
1 - Introdução

The Cube (London); 10 (pav.); 33,0m; 2015 – Fonte: The B1M


35
1 - Introdução

Brock Commons (Vancouver); 18 pav.; 53 m; 2017 – Fonte: The University of British Columbia (2017)
36
1 - Introdução

Brock Commons (18 andares). Fonte: http://vancouver.housing.ubc.ca/residences/brock-commons/

37
1 - Introdução

Mjøstårnet (Oslo); 18 pav.; 66 m; 2019 – Fonte: The Arch Daily


38
1 - Introdução

HoHo Tower (Viena); 24 pav.; 84 m; 2020 – Fonte: The Arch Daily


39
1 - Introdução

W350 (Tokyo); 70 pav.; 350 m; 2041 – Fonte: CNN


40
1 - Introdução

Fonte: Pfeil e Pfeil (2003)


41
Vídeo - ruptura

42
Vantagens da madeira
- Rapidez de execução;
- Estética melhorada;
- Disponibilidade;
- Trabalhabilidade;
- Resistência à oxidação;
- Desempenho estrutural em situação de incêndio;
- Durabilidade;
- Desempenho mecânico (sobretudo cargas dinâmicas);
- Desempenho termoacústico;
- Relação peso próprio/resistência mecânica;
- Facilidade de transporte;
- Construção enxuta e seca;
- Cadeia produtiva com baixas emissões de carbono. 43
Desvantagens da madeira
- Suscetível à degradação;
- Material anisotrópico;
- Material heterogêneo;
- Grande variabilidade das propriedades;
- Material higroscópico (variações dimensionais);
- Defeitos de crescimento e de secagem;
- Consumo excessivo de algumas espécies;
- Baixa utilização de madeira certificada;
- Falta de mão de obra qualificada;
- Utilização de nomenclaturas e bitolas divergentes;
- Desconhecimento do material e das normas técnicas
- público, fornecedores, construtores, arquitetos e engenheiros
44
Desvantagens da madeira

ABNT NBR 6118:2014


Projeto de estruturas de concreto – procedimento

ABNT NBR 8800:2008


Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e
concreto de edifícios

ABNT NBR 7190:1997


Projeto de estruturas de madeira

45
Desvantagens da madeira

46
Desvantagens da madeira

E a carga horária da disciplina na


graduação?

47
O dimensionamento e projeto de
estruturas de madeira é menos
complexo que as demais estruturas?

48
Conhecimentos básicos para o calculista de estruturas de
madeira:

- Anatomia da madeira;
- Propriedades físicas da madeira;
- Propriedades mecânicas da madeira;
- Caracterização da madeira;
- Durabilidade natural da madeira;
- Tratamentos preservativos;
- Geometria de áreas;
- Resistência dos materiais;
- Análise estrutural;
- Nomenclaturas.
49
2 - Produtos engenheirados

50
2 - Produtos engenheirados

51
2 - Produtos engenheirados

52
2 - Produtos engenheirados

53
2 - Produtos engenheirados

54
2 - Produtos engenheirados

55
3 – Identificação da madeira

56
3 – Identificação da madeira

Popular:
- imprecisa;
- depende da experiência de quem identifica;
- identificação com base nas características das árvores e/ou da madeira (copa da árvore, forma da árvore,
folhas, frutos, flores, cheiro, sabor, cor, peso, desenho das fibras);
- identificação através do nome comum.

Botânica
- mais precisa;
- análise microscópica;
- identificação mediante comparação com uma base de dados;
- Identificação através do gênero e espécie.

Gimnospermas
Fanerógamas
(plantas superiores)
Angiospermas

57
3 – Identificação da madeira

58
3 – Identificação da madeira

Gimnospermas – coníferas (madeiras macias ou softwood)

- Folhas em forma de escamas ou pontiagudas;


- Sementes nuas;
- Ocorrem em climas temperados e frios;
- Possuem câmbio, traqueídes, raios medulares;
- Exemplos: Pinho do Paraná, Pinho Bravo.

Foto: Autor desconhecido

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3 – Identificação da madeira

Angiospermas (madeiras duras ou hardwoods)

Dicotiledôneas (folhosas)
- Folhas largas e caducas;
- Sementes protegidas por carpelos;
- Ocorrem em climas tropicais;
- Possuem vasos, fibras, raios medulares, câmbio e parênquima;
- Exemplos: Maçaranduba, Jatobá, Ipê, etc.

Foto: Autor desconhecido


60
3 – Identificação da madeira

Estrutura microscópica da madeira

Lúme celular: é o espaço interno dos elementos anatômicos;

Lignina: é a substância que aglutina os componentes celulares. Propicia resistência à compressão;

Celulose e hemicelulose: são as substâncias que compõem as células da madeira. Propiciam resistência
à tração;

Raios: são células presentes nas espécies angiospermas, responsáveis pelo transporte horizontal dos
nutrientes;

Vasos: são células que se localizam entre a casca e a medula, responsáveis pelo transporte vertical das
substâncias nutritivas da árvore.

61
3 – Identificação da madeira
Estrutura microscópica da madeira

Foto: Autor desconhecido

62
3 – Identificação da madeira

Estrutura microscópica da madeira

A taxa de crescimento dos elementos anatômicos da madeira varia com a


disponibilidade de água e luz, logo as características anatômicas das árvores variam
consoante:

- gênero
- indivíduo
- espécie
- época do ano
- posição no tronco (vertical e horizontal)
- clima
- localização da árvore no talhão
- espaçamento entre árvores
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3 – Identificação da madeira

Estrutura macroscópica da madeira


Casca: proteção da árvore;

Câmbio: conduz o alimento desde as folhas até às partes em crescimento e produz


células da casca e do alburno;

Alburno: responsável pela condução da seiva desde a raiz até às folhas;

Cerne: armazena resinas e tem alta densidade;

Medula: resulta do crescimento inicial da árvore.

Anéis claros: maior disponibilidade de luz, calor e água (primavera e verão);

Anéis escuros: menor disponibilidade de luz, calor e água (outono e inverno).

Foto: Ritter (1990)

64
3 – Identificação da madeira

Estrutura macroscópica da madeira


Casca: proteção da árvore;

Câmbio: conduz o alimento desde as folhas até às partes em crescimento e produz


células da casca e do alburno;

Alburno: responsável pela condução da seiva desde a raiz até às folhas;

Cerne: armazena resinas e tem alta densidade;

Medula: resulta do crescimento inicial da árvore.

Anéis claros: maior disponibilidade de luz, calor e água (primavera e verão);

Anéis escuros: menor disponibilidade de luz, calor e água (outono e inverno).

Foto: Ritter (1990)

65
4 – Degradação e tratamento

66
4 – Degradação e tratamento

Agentes biológicos
microorganismos (bactérias, bolores e fungos);
insetos (coleópteros, cupins/térmitas);
brocas marinhas (moluscos, crustáceos).

físicos e químicos
umidades;
intemperismo;
produtos químicos;
fogo.

67
4 – Degradação e tratamento

68
4 – Degradação e tratamento

69
4 – Degradação e tratamento

70
4 – Degradação e tratamento

Métodos de preservação pré-tratamento


desdobro rápido;
submersão/aspersão em água ou produtos preservadores.

sem pressão
difusão;
capilaridade;
absorção térmica;
pincelamento/imersão;
secagem.

com pressão
autoclave (célula cheia ou vazia).

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4 – Degradação e tratamento
Produtos preservadores oleosos
creosoto
carbolineum ou óleo de antraceno
naftenatos
quinolinlato de cobre - 8
óxido de bis (tributil-estanho) - TBTO
- Requerem cuidados
no seu manuseio; oleossolúveis
pentaclorofenol (PCP)
tribromofenol (TBP)
- Alguns são tóxicos
para o ser humano. hidrossolúveis
arseniato de cobre cromatado (CCA)
wolmanit CB (CCB)
arsenato de cobre amoniacal (ACA)
cromato de cobre ácido (ACC)
cloreto de zinco cromatado (CZC)
compostos de boro
retardantes de fogo/combustão
compostos de sais ácidos, tetraborato de boro,
fosfatos de amônia, cloreto de zinco, ácido bórico, etc.

72
5 – Propriedades físicas e mecânicas

73
5 – Prop.’s físicas e mecânicas

Propriedades físicas: material anisotrópico

Em cada direção ortogonal (radial,


tangencial e longitudinal), a madeira
apresenta diferentes propriedades.

Pfeil e Pfeil (2003)

74
5 – Prop.’s físicas e mecânicas
Teor de umidade:
Influencia as propriedades físicas e mecânicas.
Água de embebição ou capilaridade
Água de impregnação
Água na madeira
Água de saturação
Água de constituição

Água de embebição ou capilaridade


- água que corre livre no interior das células da madeira;
- sai da madeira por gravidade;
- a sua expulsão não provoca alterações dimensionais.
- analogia: tinta da caneta presente no tubo;

Água de impregnação
- água que fica presente nas paredes das células;
- pode ser expulsa da madeira através de secagem em estufa;
- provoca variações volumétricas da madeira;
- a sua eliminação pode provocar rachaduras;
- analogia: restos de tinta da caneta presentes no tubo.
75
5 – Prop.’s físicas e mecânicas

Teor de umidade:
Influencia as propriedades físicas e mecânicas.
Água de embebição ou capilaridade
Água de impregnação
Água na madeira
Água de saturação
Água de constituição

Água de saturação
- água de impregnação para um teor de umidade entre 25% e 30%;
- Ponto de Saturação das Fibras (PSF);
- analogia: restos de tinta da caneta que cobrem totalmente as paredes
do tubo;

Água de constituição
- parte integrante da estrutura química da celulose;
- só é removida através da degradação térmica da madeira.

76
5 – Prop.’s físicas e mecânicas

77
5 – Prop.’s físicas e mecânicas
Teor de umidade – secagem da madeira:
É o processo de expulsão da água da madeira para o seu meio externo até ao valor de
teor de umidade em equilíbrio com o ar.

1º - expulsão da água de embebição por gravidade;


2º - expulsão da água de impregnação através de secagem.

- Secagem ao ar livre;
- Secagem forçada ao ar;
- Secagem em estufa.

Vantagens: Desvantagens (má secagem):


- Ganho de resistência mecânica; - Fissuras;
- Diminuição do inchamento e retração; - Desvio de fibras;
- Redução do peso/massa a transportar; - Empenamentos.
- Evita ataques de fungos;
- Diminui a condutibilidade elétrica;
- Permite colagem da madeira.

Para teores de umidade abaixo dos valores de equilíbrio, ocorre a absorção de


umidade presente no ar (processo inverso à secagem) - higroscopicidade.
78
5 – Prop.’s físicas e mecânicas

Teor de umidade – secagem da madeira:


A diminuição do teor de umidade abaixo do PSF implica na variação volumétrica da
madeira;
Variação de volume Variação de Variação de
na direção tangencial > volume na > volume na
direção radial direção axial

Pfeil e Pfeil (2003)

79
5 – Prop.’s físicas e mecânicas

80
5 – Prop.’s físicas e mecânicas

Densidade:
Para árvores com a mesma idades, a densidade varia com: espécie; localização
da plantação; posição da peça no tronco; umidade; tipo de estrutura celular
(fibras ou traqueídes).

Densidade básica – para comparação


𝑚𝑠
ρ𝑏á𝑠 (%) =
𝑉𝑠𝑎𝑡
Densidade aparente – para classificação de madeiras e dimensionamento

𝑚12%
ρ𝑎𝑝 (%) =
𝑉12%

Densidade real
𝑚𝑠𝑒𝑐𝑎
ρ𝑟𝑒𝑎𝑙 % = ≈ 1,52𝑔/𝑐𝑚³
𝑉𝑠𝑒𝑚 𝑎𝑟 𝑒 á𝑔𝑢𝑎

81
5 – Prop.’s físicas e mecânicas
Propriedades mecânicas da madeira:
Responsáveis pela resposta do material quando sujeito a ações externas.

- Propriedades elásticas
- Módulo de elasticidade longitudinal (E0);
- Módulo de elasticidade transversal (G ou E90);
- Módulo de elasticidade à flexão (EM);
- Coeficiente de Poisson (ν).
𝐸0 𝐸𝑀 = 0,85𝐸0 para coníferas
𝐸90 = 𝐺 =
20 𝐸𝑀 = 0,90𝐸0 para dicotiledôneas

- Propriedades de resistência
- Resistência à compressão paralela às fibras;
- Resistência à compressão normal às fibras;
- Resistência à compressão inclinada em relação às fibras;
- Resistência à tração paralela às fibras;
- Resistência à tração normal às fibras;
- Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras;
- Resistência ao cisalhamento normal às fibras;
- Resistência ao cisalhamento perpendicular aos anéis;
- Resistência à flexão simples;
- Resistência à flexão dinâmica.

82
5 – Prop.’s físicas e mecânicas
Propriedades mecânicas da madeira:
Resistência à compressão paralela às fibras
- Capacidade de suporte de solicitações de compressão no plano longitudinal às fibras;
- Existe flambagem das fibras.

Calil e Baraldi (1997)

Resistência à compressão normal às fibras César (2002)

- Capacidade de suporte de solicitações de compressão transversal às fibras;


- Existe compressão diametral das fibras;
- Grandes deformações plásticas. Deformação elástica muito pequena;
- Ausência de limite de ruptura.

𝑓90𝑑 = 0,25 × 𝑓𝑐𝑑 × 𝛼𝑛


Resistência à compressão inclinada às fibras Calil e Baraldi (1997)

- Capacidade de suporte de solicitações de compressão inclinadas segundo um ângulo θ


em relação às fibras (0◦<θ<90 ◦);
- diminui com o aumento do ângulo de inclinação.

𝑓𝑐0𝑑 × 𝑓𝑐90𝑑
𝑓𝑐θ𝑑 =
𝑓𝑐0𝑑 × sin2 𝜃 + 𝑓𝑐90𝑑 × cos2 𝜃 Calil e Baraldi (1997)

83
5 – Prop.’s físicas e mecânicas
Propriedades mecânicas da madeira:

Resistência à tração paralela às fibras


- Capacidade de suportar solicitações de tração no plano longitudinal das fibras;
- Baixa deformação;
- Maiores valores de resistência da madeira;
- Varia entre 1,3 a 3 vezes a resistência à compressão paralela às fibras.

Calil e Baraldi (1997)

Resistência à tração perpendicular às fibras


- Capacidade de suporte de solicitações de tração no plano perpendicular às fibras;
- Baixa deformação;
- Menores valores de resistência da madeira;
- Deve ser evitado durante o projeto de estruturas.

Calil e Baraldi (1997)

84
5 – Prop.’s físicas e mecânicas

Negrão e Faria (2009)

85
5 – Prop.’s físicas e mecânicas
Propriedades mecânicas da madeira:
Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras
- Capacidade de suporte de solicitações de cisalhamento no plano longitudinal às fibras;
- Ocorre escorregamento longitudinal das fibras.

Resistência ao cisalhamento perpendicular às fibras Calil e Baraldi (1997)

- Capacidade de suporte de solicitações de cisalhamento no plano perpendicular às


fibras;
- Ocorre compressão normal às fibras.

Calil e Baraldi (1997)

Resistência ao cisalhamento perpendicular aos anéis


- Capacidade de suporte de solicitações de cisalhamento no plano perpendicular aos
anéis de crescimento;
- Ocorre o “rolling” (as fibras rolam umas sobre as outras).

Calil e Baraldi (1997)

86
5 – Prop.’s físicas e mecânicas

87
5 – Prop.’s físicas e mecânicas

Propriedades mecânicas da madeira:


Resistência à flexão simples
- Capacidade de suporte de solicitações flexão sob ação de cargas estáticas;
- Ocorrem em simultâneo: compressão paralela às fibras, tração paralela às fibras e cisalhamento
paralelo às fibras;
- a ruptura ocorre em primeiro devido à compressão e, posteriormente, devido à tração.

Resistência à flexão dinâmica


- Capacidade de suporte de solicitações flexão sob ação de cargas dinâmicas;
- A madeira tem uma boa resistência a cargas dinâmicas.

Considerações gerais:
↑ 𝑈(𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑈𝑒𝑞 ), ↓ 𝑓 ↑ 𝜌, ↑ 𝑓 ↑ 𝜃 (0° < 𝜃 < 90°), ↓ 𝑓𝑐, ↓ 𝑓𝑡

Os defeitos de crescimento e de secagem também afetam as propriedades mecânicas da madeira.

88
5 – Prop.’s físicas e mecânicas
Propriedades mecânicas da madeira:

𝑓𝑘
𝑓𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ×
𝛾𝑤

𝐸𝑐,𝑒𝑓 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 × 𝐸𝑐

Pfeil e Pfeil (2003)

89
5 – Prop.’s físicas e mecânicas
Propriedades mecânicas da madeira:

𝑘𝑚𝑜𝑑 3 = 1,0 − 𝑑𝑖𝑐𝑜𝑡𝑖𝑙𝑒𝑑ô𝑛𝑒𝑎𝑠 1ª 𝑐𝑎𝑡.


Pfeil e Pfeil (2003)
𝑘𝑚𝑜𝑑 3 = 0,8 − 𝑑𝑖𝑐𝑜𝑡𝑖𝑙𝑒𝑑ô𝑛𝑒𝑎𝑠 2ª 𝑐𝑎𝑡. 𝑒 𝑐𝑜𝑛í𝑓𝑒𝑟𝑎𝑠
90
5 – Prop.’s físicas e mecânicas
Propriedades mecânicas da madeira:

Pfeil e Pfeil (2003)

91
5 – Prop.’s físicas e mecânicas

Pfeil e Pfeil (2003)


92
5 – Prop.’s físicas e mecânicas

Pfeil e Pfeil (2003)

93
5 – Prop.’s físicas e mecânicas

Pfeil e Pfeil (2003)


94
5 – Prop.’s físicas e mecânicas

Pfeil e Pfeil (2003)

95
6 – Peças tracionadas

96
6 – Peças tracionadas

𝑵𝒅
𝝈𝒕𝒅 = ≤ 𝒇𝒕𝟎,𝒅
𝑨ú𝒕𝒊𝒍
𝑨ú𝒕𝒊𝒍 = 𝑨𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍/𝒃𝒓𝒖𝒕𝒂 − 𝑨𝑬𝒏𝒕𝒂𝒍𝒉𝒆𝒔/𝒇𝒖𝒓𝒐𝒔

Tração paralela às fibras (α ≤6°)

Seção simples Seção composta

Tipo de peça Menor Área Menor


Área mínima
dimensão mínima dimensão
(cm2)
(cm) (cm2) (cm)
Peça principal 5,0 50,0 2,5 35,0
Peça secundária 2,5 18,0 1,8 18,0

97
7 – Peças comprimidas

98
7 – Peças comprimidas

𝐿0 = 𝑘 × 𝐿
𝐿0
𝜆=
𝑖𝑚𝑖𝑛 𝐼
𝑖𝑚𝑖𝑛 =
𝐴

Pfeil e Pfeil (2011)

99
7 – Peças comprimidas

𝑵𝒅
Peças curtas 𝝀 ≤ 𝟒𝟎 𝝈𝒄𝒅 = ≤ 𝒇𝒄𝟎𝒅
𝑨

𝝈𝑵𝒅 𝝈𝑴𝒅𝒙
+ ≤ 𝟏, 𝟎
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅
Peças medianamente esbeltas 𝟒𝟎 < 𝝀 ≤ 𝟖𝟎
𝝈𝑵𝒅 𝝈𝑴𝒅𝒚
+ ≤ 𝟏, 𝟎
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅

𝝈𝑵𝒅 𝝈𝑴𝒅𝒙
+ ≤ 𝟏, 𝟎
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅
Peças esbeltas 𝟖𝟎 < 𝝀 ≤ 𝟏𝟒𝟎
𝝈𝑵𝒅 𝝈𝑴𝒅𝒚
+ ≤ 𝟏, 𝟎
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅

100
7 – Peças comprimidas
Peças medianamente esbeltas 𝟒𝟎 < 𝝀 ≤ 𝟖𝟎
𝝈𝑵𝒅 𝝈𝑴𝒙𝒅 𝜋² × 𝐸𝑐,𝑒𝑓 × 𝐼𝑥
𝐹𝑒𝑥 =
+ ≤ 𝟏, 𝟎 𝐿𝑜 ²
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅
𝝈𝑵𝒅 𝝈𝑴𝒅𝒚 𝜋² × 𝐸𝑐,𝑒𝑓 × 𝐼𝑦
+ ≤ 𝟏, 𝟎 𝐹𝑒𝑦 =
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅 𝐿𝑜 ²

𝑁𝑑 𝐼
𝜎𝑁𝑑 = 𝑤= 𝑒1 = 𝑒𝑖 + 𝑒𝑎
𝐴 𝑐

𝐹𝑒𝑥 𝑀𝑑
𝑀𝑥𝑑 𝑀𝑥𝑑 = 𝑁𝑑 × 𝑒1 × 𝑒𝑖 = > ℎ/30
𝜎𝑀𝑥𝑑 = 𝐹𝑒𝑥 − 𝑁𝑑 𝑁𝑑
𝑤𝑥

𝑀𝑦𝑑 𝐹𝑒𝑦 0
𝑒𝑎 = 300
𝐿
> ℎ/30
𝜎𝑀𝑥𝑑 = 𝑀𝑦𝑑 = 𝑁𝑑 × 𝑒1 ×
𝐹𝑒𝑦 − 𝑁𝑑
𝑤𝑦

101
7 – Peças comprimidas
Peças esbeltas 𝟖𝟎 < 𝝀 ≤ 𝟏𝟒𝟎
𝜋² × 𝐸𝑐,𝑒𝑓 × 𝐼𝑥
𝝈𝑵𝒅 𝝈𝑴𝒙𝒅 𝐹𝑒𝑥 =
+ ≤ 𝟏, 𝟎 𝐿𝑜 ²
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅
𝝈𝑵𝒅 𝝈𝑴𝒅𝒚 𝜋² × 𝐸𝑐,𝑒𝑓 × 𝐼𝑦
+ ≤ 𝟏, 𝟎 𝐹𝑒𝑦 =
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅 𝐿𝑜 ²
𝑁𝑑 𝐼
𝜎𝑁𝑑 = 𝑤= 𝑒1,𝑒𝑓 = 𝑒𝑖𝑔 + 𝑒𝑎 + 𝑒𝑐
𝐴 𝑐
𝑀𝑑
𝑀𝑥𝑑 𝐹𝑒𝑥 𝑒𝑖𝑔 = > ℎ/30
𝜎𝑀𝑥𝑑 = 𝑀𝑥𝑑 = 𝑁𝑑 × 𝑒1,𝑒𝑓 ×
𝐹𝑒𝑥 − 𝑁𝑑
𝑁𝑑
𝑤𝑥
𝐿0
𝑒𝑎 = > ℎ/30
300
𝑀𝑦𝑑 𝐹𝑒𝑦
𝜎𝑀𝑥𝑑 = 𝑀𝑦𝑑 = 𝑁𝑑 × 𝑒1,𝑒𝑓 × 𝑀𝑔𝑑
𝑤𝑦 𝐹𝑒𝑦 − 𝑁𝑑 𝑒𝑐 = > ℎ/30
𝑁𝑑
102
7 – Peças comprimidas
Peças esbeltas 𝟖𝟎 < 𝝀 ≤ 𝟏𝟒𝟎
𝝈𝑵𝒅 𝝈𝑴𝒙𝒅 𝑒1,𝑒𝑓 = 𝑒𝑖𝑔 + 𝑒𝑎 + 𝑒𝑐
+ ≤ 𝟏, 𝟎
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅
𝜙[𝑁𝑔𝑘 +(𝜓1 +𝜓2 )𝑁𝑔𝑘 ]
𝝈𝑵𝒅 𝝈𝑴𝒅𝒚 𝐹𝑒 −[𝑁𝑔𝑘 +(𝜓1 +𝜓2 )𝑁𝑔𝑘 ]
+ ≤ 𝟏, 𝟎 𝑒𝑐 = (𝑒𝑖𝑔 + 𝑒𝑎 ) 𝑒𝑥𝑝 −1
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅

𝑀𝑑 𝐿0
(𝜓1 + 𝜓2 ) ≤ 1 𝑒𝑖𝑔 = 𝑒𝑎 =
𝑁𝑑 300

103
7 – Peças comprimidas

𝐹𝑑
𝜎𝑐90𝑑 = ≤ 𝑓𝑐90𝑑
𝐴𝑛

𝑓𝑐90𝑑 = 0,25 × 𝑓𝑐0𝑑 × 𝛼𝑛

𝐴𝑛 = á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑜𝑟ç𝑎


Extensão da carga normal às fibras,
1 2 3 4 5 7,5 10 15
medida paralelamente a estas (cm)
αn 2,00 1,70 1,55 1,40 1,30 1,15 1,10 1,00

Seção simples Seção composta

Tipo de peça Menor Área Menor


Área mínima
dimensão mínima dimensão
(cm2)
(cm) (cm2) (cm)
Peça principal 5,0 50,0 2,5 35,0
Peça secundária 2,5 18,0 1,8 18,0

104
8 – Peças fletidas

105
8 – Peças fletidas

Ritter (1990) Pfeil e Pfeil (2003)

Vibrações
ELS
Deformações

Verificações
Flambagem lateral com torção
Resistência ao cisalhamento
ELU
Resistência à compressão
Resistência à tração
106
8 – Peças fletidas

Oblíqua
Simples
Reta

Flexão Oblíqua
Flexo-tração
Reta
Composta
Oblíqua
Flexo-compressão
Reta

107
8 – Peças fletidas
Flexão simples reta - ELU

108
8 – Peças fletidas

Flexão simples reta - ELU Flexão simples reta - ELS

𝑴𝒛𝒅 𝑰
𝝈𝑴𝒛𝒅 = 𝒘=
𝝈𝑴𝒛𝒅 𝒘𝒛 𝒄
≤ 𝟏, 𝟎
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇 ≤ 𝒇𝒎á𝒙
𝑽𝒚𝒅 ∙ 𝑸𝒛
𝑴𝒚𝒅 𝝉𝒛𝒅 =
𝒐𝒖 𝝈𝑴𝒚𝒅 = 𝑰𝒛 ∙ 𝒕
𝒘𝒚
𝝈𝑴𝒚𝒅
≤ 𝟏, 𝟎 𝑽𝒛𝒅 ∙ 𝑸𝒚 𝑳
𝒇𝒕𝟎𝒅 𝝉𝒚𝒅 = 𝒇𝒎á𝒙 = , vãos entre apoios
𝝉𝒛𝒅 ≤ 𝒇𝒗𝒅 𝑰𝒚 ∙ 𝒕 𝟐𝟎𝟎

𝑳
𝒇𝒎á𝒙 = , vãos em balanço
𝟏𝟎𝟎

𝒌𝑴 = 𝟎, 𝟓 − 𝒔𝒆çõ𝒆𝒔 𝒓𝒆𝒕𝒂𝒏𝒈𝒖𝒍𝒂𝒓𝒆𝒔/𝒒𝒖𝒂𝒅𝒓𝒂𝒅𝒂𝒔

𝒌𝑴 = 𝟏, 𝟎 − 𝒅𝒆𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒔𝒆çõ𝒆𝒔
109
8 – Peças fletidas
Flexão simples oblíqua - ELU

110
8 – Peças fletidas

Flexão simples oblíqua - ELU Flexão simples oblíqua - ELS


𝝈𝑴𝒛𝒅 𝝈𝑴𝒚𝒅
+ 𝒌𝑴 ≤ 𝟏, 𝟎 𝑴𝒛𝒅 𝑰
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅 𝝈𝑴𝒛𝒅 = 𝒘=
𝒘𝒛 𝒄
𝝈𝑴𝒛𝒅 𝝈𝑴𝒚𝒅 𝒇= 𝒇𝒙 ² + 𝒇𝒚 ² ≤ 𝒇𝒎á𝒙
𝒌𝑴 + ≤ 𝟏, 𝟎 𝑴𝒚𝒅
𝝈𝑴𝒚𝒅 = 𝑽𝒚𝒅 ∙ 𝑸𝒛
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒘𝒚 𝝉𝒛𝒅 =
𝑰𝒛 ∙ 𝒕
𝝈𝑴𝒛𝒅 𝝈𝑴𝒚𝒅
+ 𝒌𝑴 ≤ 𝟏, 𝟎 𝑽𝒛𝒅 ∙ 𝑸𝒚
𝒇𝒕𝟎𝒅 𝒇𝒕𝟎𝒅 𝝉𝒚𝒅 = 𝑳
𝑰𝒚 ∙ 𝒕 𝒇𝒎á𝒙 = , vãos entre apoios
𝝈𝑴𝒛𝒅 𝝈𝑴𝒚𝒅 𝝉𝒅 ≤ 𝒇𝒗𝒅 𝟐𝟎𝟎
𝒌𝑴 + ≤ 𝟏, 𝟎
𝒇𝒕𝟎𝒅 𝒇𝒕𝟎𝒅 𝑳
𝝉𝒅 = 𝝉𝒛𝒅 ² + 𝝉𝒚𝒅 ² 𝒇𝒎á𝒙 = , vãos em balanço
𝟏𝟎𝟎

𝒌𝑴 = 𝟎, 𝟓 − 𝒔𝒆çõ𝒆𝒔 𝒓𝒆𝒕𝒂𝒏𝒈𝒖𝒍𝒂𝒓𝒆𝒔/𝒒𝒖𝒂𝒅𝒓𝒂𝒅𝒂𝒔

𝒌𝑴 = 𝟏, 𝟎 − 𝒅𝒆𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒔𝒆çõ𝒆𝒔
111
8 – Peças fletidas
Flexo-tração oblíqua – ELU Flexo-tração reta – ELU
𝝈𝒕𝒅 𝝈𝑴𝒛𝒅 𝝈𝑴𝒚𝒅 𝝈𝒕𝒅 𝝈𝑴𝒛𝒅
+ + 𝒌𝑴 ≤ 𝟏, 𝟎 + ≤ 𝟏, 𝟎
𝒇𝒕𝟎𝒅 𝒇𝒕𝟎𝒅 𝒇𝒕𝟎𝒅 𝒇𝒕𝟎𝒅 𝒇𝒕𝟎𝒅
𝒐𝒖
𝝈𝒕𝒅 𝝈𝑴𝒛𝒅 𝝈𝑴𝒚𝒅
+ 𝒌𝑴 + ≤ 𝟏, 𝟎 𝝈𝒕𝒅 𝝈𝑴𝒚𝒅
𝒇𝒕𝟎𝒅 𝒇𝒕𝟎𝒅 𝒇𝒕𝟎𝒅 + ≤ 𝟏, 𝟎
𝒇𝒕𝟎𝒅 𝒇𝒕𝟎𝒅

Flexo-compressão oblíqua - ELU Flexo-compressão reta - ELU


𝟐 𝟐
𝝈𝒄𝟎𝒅 𝝈𝑴𝒛𝒅 𝝈𝑴𝒚𝒅 𝝈𝒄𝟎𝒅 𝝈𝑴𝒛𝒅
+ + 𝒌𝑴 ≤ 𝟏, 𝟎 + ≤ 𝟏, 𝟎
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅
𝒐𝒖
𝟐 𝟐
𝝈𝒄𝟎𝒅 𝝈𝑴𝒛𝒅 𝝈𝑴𝒚𝒅 𝝈𝒄𝟎𝒅 𝝈𝑴𝒚𝒅
+ 𝒌𝑴 + ≤ 𝟏, 𝟎 + ≤ 𝟏, 𝟎
𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅 𝒇𝒄𝟎𝒅
112
8 – Peças fletidas

Seção simples Seção composta

Tipo de peça Menor Área Menor


Área mínima
dimensão mínima dimensão
(cm2)
(cm) (cm2) (cm)
Peça principal 5,0 50,0 2,5 35,0
Peça secundária 2,5 18,0 1,8 18,0

113
9 – Ligações

114
8 – Ligações
Ligações por entalhe

𝐹𝑑 × cos(𝜃)
𝑒=
𝑏 × 𝑓𝑐𝜃𝑑

𝐹𝑑 × cos(𝜃)
𝑓=
𝑏 × 𝑓𝑣𝑑

𝑒 ≥ 2,0 𝑐𝑚

𝑒𝑚á𝑥 → 𝑑𝑒𝑣𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑒𝑖𝑡𝑎𝑟 𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜 à 𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑝𝑒ç𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙ℎ𝑎𝑑𝑎

115
8 – Ligações
Ligações parafusadas
𝒕 𝒇𝒚𝒅 𝑺𝒆 𝜷 ≤ 𝜷𝒍𝒊𝒎 :
𝜷= 𝜷𝒍𝒊𝒎 = 𝟏, 𝟐𝟓
∅ 𝒇𝒆𝜽𝒅 𝑡²
𝑅𝑣𝑑 1 = 0,40 × × 𝑓𝑒θ𝑑
𝛽

𝑓𝑦𝑘
𝑓𝑦𝑑 = 𝑺𝒆 𝜷 > 𝜷𝒍𝒊𝒎 :
𝛾𝑎1
𝑓𝑒0𝑑 × 𝑓𝑒90𝑑
∅²
𝑓𝑒θ𝑑 = 𝑅𝑣𝑑 1 = 0,625 × × 𝑓𝑦𝑑
𝑓𝑒0𝑑 × sin2 𝜃 + 𝑓𝑒90𝑑 × cos 2 𝜃 𝛽𝑙𝑖𝑚

𝑓𝑒0𝑑 = 𝑓𝑐0𝑑

𝑓𝑐90𝑑 = 0,25 × 𝑓𝑐𝑑 × 𝛼𝑒


𝑭𝒅
𝑵º 𝒑𝒂𝒓𝒂𝒇𝒖𝒔𝒐𝒔 =
𝒏º 𝒔𝒖𝒑. 𝒄𝒊𝒔.× 𝑹𝒗𝒅𝟏

Adaptado de: NBR 7190


116
8 – Ligações
Ligações parafusadas

ABNT NBR 7190:1997

117

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