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Impresso por Fernando Luis Veras Bitencourt, E-mail fernandoprof22@gmail.com para uso pessoal e privado.

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Ser responsável é estar em condições de responder pelos atos praticados, de


justificar as razões das próprias ações. De direito, todo o homem é responsável. Toda a
sociedade é organizada numa hierarquia de autoridade, na qual cada um é responsável
perante uma autoridade superior. Quando o homem infringe uma de suas
responsabilidades, deve responder pelo seu ato perante a sociedade ou até mesmo perante
a justiça. A ausência de responsabilidade é uma das pragas mais nocivas da nossa
sociedade. Em vez de assumir a responsabilidade pelos seus atos, pessoas de baixo nível
ou nível zero de responsabilidade procuram os culpados, indicam os possíveis culpados e,
se necessário for, transferem descaradamente a responsabilidade para outros que nada tem
a ver com a história. Em algumas culturas, como a asiática, por exemplo, as pessoas são
orientadas desde pequenas para assumir a responsabilidade por suas ações.

Em outras, como a latina, as pessoas resistirão até a morte sem a coragem


necessária para assumir a responsabilidade ainda que sejam flagradas por testemunhas
como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.

Tome o exemplo do que acontece com determinados políticos. Entra governo, sai
governo, um escândalo atrás do outro, uma verdadeira afronta ao nível de inteligência
humana, sem o menor pudor. Apesar de tudo, não existe culpado e quando alguém
consegue encontrá-lo, são necessários muitos anos para fazer valer o senso de justiça que,
aliás, anda escasso nos dias de hoje.

Pessoas com ausência de responsabilidade possuem as justificativas na ponta da


língua. O discurso será colocado em prática ao menor sinal de perigo. Não é comigo, eu fiz
a minha parte, o problema são os outros, aqui sempre foi assim, isso não muda, no
próximo ano a gente vê como é que faz, culpa do governo, não há nada que eu possa fazer.
Esses e outros jargões são típicos de quem não assume a responsabilidade sequer entende
o conceito. Culturas organizacionais com nível reduzido ou nulo de responsabilidade
promovem o cinismo, a falta de confiança e o desperdício de energia vital com manobras
políticas constantes na tentativa de se defender ou transferir a culpa. Nesse caso, perde-se
o bom senso, a capacidade de aprendizagem, a esperança de se reverter o caos.

A falta de responsabilidade depende de vários fatores enraizados desde a mais


branda infância: cultura familiar, relacionamentos, influência de pais e amigos, história
pessoal, experiências negativas vivenciadas no passado. Embora não seja difícil identificar
os fatores, considero a "síndrome da vítima" o principal de todos.

Omitir-se, fazer-se de vítima, transferir a culpa são armas de defesa dos fracos de
espírito. Pessoas com baixo nível de responsabilidade preferem se sentir insignificantes,
dissimular, zoar, encontrar alguém para culpar em vez de exercitar a capacidade de
assumir o controle sobre si mesmo e sobre suas ações. No fim da história, a culpa é da
sociedade, do pedestre atropelado, do menino assassinado, do eleitor mal-informado, do
paciente inconformado, do aluno despreparado, do professor mal-remunerado, do infeliz
desavisado. A culpa só não é do culpado, portanto, quando o chefe inescrupuloso estiver
do seu lado, cuidado, você pode ser o próximo culpado.

Independentemente da idade, cultura, nível de instrução e do meio onde você vive,


jamais tente esquivar-se da parte que lhe cabe no mundo. Assumir a responsabilidade e
aprender com os erros é coisa para gente grande, evoluída, capaz de dar a volta por cima e
disposta a entender que os erros são parte integrante do crescimento pessoal e
profissional.
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Unidade 8 – Vivendo nossas responsabilidades: O trabalho

O operário em construção

Era ele que erguia casas


Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas que lhe
brotavam da mão.

E assim o operário ia
Fonte: senge-go.org.br Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
A importância do Trabalho na vida do HOMEM... Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
A importância do trabalho vai muito além das Prisão de que sofreria
necessidades do capital, pois envolve também as Não fosse, eventualmente,
necessidades humanas individuais. Através do seu trabalho, o Um operário em construção.
homem não apenas produz bens individuais e coletivos, os
quais promovem o desenvolvimento pessoal, familiar e de Mas ele desconhecia
uma nação, mas também passa a desempenhar influência Esse fato extraordinário:
plena sobre o indivíduo e sua relação com o meio em que Que o operário faz a coisa
vive. É a relação de compra e venda da força de trabalho a E a coisa faz o operário.
responsável pela estruturação do nível sócio-pessoal do De forma que, certo dia
trabalhador, determinando seus rendimentos, maneiras de À mesa, ao cotar o pão
diversão, horários de trabalho, local onde executa suas O operário foi tomado
atividades, círculo de amizades, sua satisfação com as De uma súbita emoção
atividades desenvolvidas, suas recompensas, direitos e Ao constatar assombrado
deveres. Que tudo naquela mesa
Portanto, o trabalho é de vital importância para o ser __ Garrafa, prato, facão __
humano. Ele é uma ação humanizada exercida num contexto Era ele quem os fazia
social, que sofre influências naturais de distintas fontes, o Ele, um humilde operário,
que resulta numa ação recíproca entre o trabalhador e os Um operário em construção.
meios de produção. Além disso, o trabalho é, ou ao menos Olhou em torno: gamela
deve ser, uma fonte de prazer e satisfação e está relacionado
Banco, enxerga, caldeirão
com as expectativas de progresso e desenvolvimento pessoal.
Vidro, parede, janela
O trabalho é uma fonte de sobrevivência, mas visto Casa, cidade, nação!
como um desafio, o é uma forma de auto-realização. Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia,
Ele, um humilde operário,
Um operário que sabia
Exercer a profissão.
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Unidade 9 – Vivendo nossas responsabilidades: Preservar a natureza

Fonte: galera-eco.blogspot.com

Vivemos num mundo em meio a vegetais, animais e minerais. Se observarmos bem


a natureza, verificamos que um ser depende do outro. Por exemplo: a vaca come o capim,
a onça se alimenta de outros animais. As plantas precisam de água e do solo. A própria
terra depende dos seres vivos: os solos ficam mais férteis com adubos vegetais e animais.

Tudo isso é o que chamamos de equilíbrio natural. Mas esse equilíbrio está sendo
prejudicado pelo próprio homem. O homem vive em conflito com a natureza, parece até
que se tornou um inimigo dela. Essa natureza que fornece tudo ao homem (matérias-
primas, alimentos, etc.) está sendo destruída ou poluída.

Procurando muitas vezes um progresso desordenado e visando um lucro imediato,


o homem arrasou com matas, fundou cidades sem planejamento, multiplicou fábricas e
indústrias poluidoras, esquecendo-se de que as matas, os rios têm a sua utilidade.

Se o homem não se conscientizar a tempo de que a natureza é um dom de Deus, è fonte da


vida, de saúde, de alegria. De poesia, e que deve ser preservada, custe o que custar, estará
trazendo para si sérias conseqüências e correndo até o risco de desaparecer da face da
terra.
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Unidade 10 – O ter e o ser


Texto III
No mundo materialista em que vivemos,
O gato entre o ser e o ter
freqüentemente as pessoas são mais valorizadas
pelos bens e riquezas que possuem do que por Era uma vez um gato
aquilo que realmente são. Dessa concepção errada que não tinha nada. Era uma
brota a insaciável cobiça de bens materiais, que vez um gato feliz. Entre nada
tantos males têm causado à humanidade. ter e ser feliz o gato preferia a
felicidade. E vivia pelas ruas à
Entretanto, numa visão mais correta do procura de comida, lugar pra
dormir, carinho, caridade,
mundo e do homem, vemos que o valor de uma
respeito e amor. As pessoas que
pessoa não está no que ela tem, mas naquilo que ela
o gato encontrava tinham:
é. Não nas riquezas que possui, mas no maior ou carros, telefones, casas,
menor grau de perfeição humana por ela alcançado. televisores e dinheiro. Mas, não
eram felizes, faltava sempre
Texto II algo. Era uma gente de cara
fechada. Uma gente que vivia
Olhai os lírios do campo apressada. E chorava de
madrugada nas suas camas
quentes, enquanto o gato
acordado ouvia tudo no meio da
rua.
E o gato que nada tinha
queria dá a sua alegria às
pessoas. Mas elas não tinham
tempo para receber alegria, elas
só pensavam em trabalhar pra
ganhar muito dinheiro e ter
Fonte: bethccruz.blogspot.com muitas coisas. Elas esqueciam
que existiam.
Estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à caça do
dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa
época. Eles esquecem o que tem de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de
melhor: as relações de criatura para criatura. De que serve arranha-céus se não há mais
almas humanas para morar neles? (...)
É indispensável trabalhar, pois um mundo de criaturas passivas seria também
triste e sem beleza. Precisamos, entretanto, dar um sentido humano às nossas
construções. E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos,
saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu. (...)

Há na Terra um grande trabalho a se realizar. É tarefa para seres fortes, para


corações corajosos. Não podemos cruzar os braços. É indispensável que conquistemos este
mundo, não com as armas do ódio e da violência e sim com as armas do amor e da
persuasão. Quando falo em conquista, quero dizer a conquista duma situação decente para
todas as criaturas humanas, a conquista da paz, através do espírito de cooperação.
Érico Veríssimo
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Unidade 11 – A amizade

Se você já participou de algum time com seus amigos com os quais realmente se
divertiu, então você já sentiu uma coisa chamada SINERGIA.
A sinergia é obtida quando duas ou mais pessoas trabalham juntas para obter um
resultado melhor do que aquele que seria obtido se cada um tivesse trabalhado sozinho. A
sinergia também está na natureza. Você já viu que os rinocerontes andam com pássaros
que se alimentam em suas costas? Os dois obtêm
benefícios: O pássaro se alimenta e o rinoceronte fica
limpo.
Para obter sinergia nos relacionamentos, você
precisa aprender a lidar com as diferenças que
existem nas pessoas.
Diante da diferença nós podemos ter 3
atitudes:

1 . Fugir Fonte:
midia social circulo.gif.vitaomt.com.br
2 . Tolerar
3 . Celebrar

 PERFIL DO FUGITIVO

Os fugitivos morrem de medo das diferenças. Eles se sentem incomodados com o


fato de alguém poder ter uma cor de pele diferente, acreditar em um Deus diferente ou
usar uma marca de jeans diferente da que eles usam. Isto porque estão convencidos de que
sua maneira de viver é ―a melhor‖, ―a correta‖ ou ―a única‖. Eles adoram ridicularizar
aqueles que são diferentes, porque acreditam estar salvando o mundo de uma ameaça
terrível. Não hesitam nem mesmo em se envolver fisicamente na questão, se for preciso, e
geralmente se envolvem com gangues, ―panelinhas‖ ou grupos marginais, Por causa da
força que o número de indivíduos gera no grupo.

 PERFIL DO TOLERANTE

Os tolerantes acreditam que todos têm o direito de ser diferentes. Eles não evitam
a diversidade, mas também não a assumem. Seu lema é: ―Você fica na sua que eu fico na
minha‖. ―Faça do seu jeito que eu faço do meu‖. ―Você não me aborrece que eu não o
aborreço‖. Embora eles cheguem perto de conseguir, na verdade eles nunca obtêm
sinergia porque vêem as diferenças como obstáculos, e não como uma força potencial que
pode ser utilizada. Eles não sabem o que estão perdendo...

 PERFIL DO CELEBRADOR

Os celebradores valorizam as diferenças. Eles as vêem como uma vantagem, não


como uma fraqueza. Eles aprenderam que duas pessoas que pensam de maneira diferente
podem ir além do que duas que pensam do mesmo modo. Eles percebem que celebrar as
diferenças não significa necessariamente concordar com estas diferenças, como torcer por
um time ou por outro, mas apenas que você as valoriza. Aos olhos deles, ocorre o
seguinte: Diversidade = Fagulhas Criativas = Oportunidade.
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Unidade 12 – Como fazer amigos

Para fazer amigos precisamos de:

 Paciência
 Amor
 Bondade
 Confiança
 Perseverança
 Simpatia

Devemos evitar:

 Orgulho
 Mágoa Fonte: castrodiantedotrono.blogspot.com
 Grosseria
 Egoísmo
 Ciúme
 Inveja

Como fazer mais amigos?

 Não seja preguiçoso! Participe das atividades em grupo, procure fazer sempre o
melhor;
 Observe se não tem alguém precisando de sua ajuda;
 Seja você mesmo. Não tente impressionar os outros sendo aquilo que você não é;
 Capriche no visual todos os dias, ande sempre perfumado;
 Seja educado com todos: desde o porteiro até os pais de seus amigos. Seus colegas
observam você!
 Coloque-se sempre no lugar do outro, tente entender seus colegas;
 Nunca, de maneira alguma faça fofocas;
 Não conte os segredos de seus amigos para outras pessoas;
 Mande a vergonha ir embora e inicie uma conversa.

Companhias que devemos evitar:

Meninos

Brigões – estão sempre se metendo em confusão.


Rebeldes – Não respeitam ninguém.
Mal-humorados – Reclamam de tudo, nunca estão satisfeitos com as coisas que tem.

Meninas

Dominadora – é egoísta, só quer que a vontade dela prevaleça.


Grudenta – Vive na sua casa, não gosta que você tenha outras amigas e quando você
arruma um namorado ela faz o maior drama, diz que você não gosta mais dela.
Amiga da onça – Diz que adora você, mas é tudo da boca pra fora, diz isso para todo
mundo.
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Fofoqueira – Você não pode contar nada para ela que no outro dia a turma inteira já está
sabendo.
Folgada – Adora copiar sua lição de casa, pescar na sua prova, pedir coisas emprestadas...
Quer se dar bem às suas custas.

Texto II

Gente cometa
Gente estrela

Há pessoas estrela, há pessoas cometa.

Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam. As
estrelas permanecem. O sol permanece. Passam anos, milhões d anos e as estrelas
permanecem. Os cometas desaparecem. Há muita
gente cometa. Passa pela vida da gente apenas por
instantes, gente que não prende ninguém e a ninguém
se prende. Gente sem amigos. Gente que passa sem
marcar presença. Há muita gente cometa. Assim são
muitos artistas. Brilham por instantes nos palcos da
vida. E com a mesma rapidez com que desaparecem.
Fonte: if.ufrj.br
Assim são muitos reis e rainhas de todos os tipos.

Reis de nações, rainhas de clubes ou de concurso de beleza. Assim são rapazes e


moças que se enamoram e se deixam com a maior facilidade. Assim são pessoas que vivem
numa mesma família e que passam uma pela outra sem ser presença. Importante é ser
estrela. Permanecer. Estar presente. Marcar presença. Estar junto. Ser luz. Amigo é
estrela. Podem passar anos, podem surgir distâncias, mas a marca fica no coração.

Ser cometa é não ser amigo. É ser companheiro por instantes, é fazer-se acreditar e
desacreditar ao mesmo tempo. A solidão de muitas pessoas é conseqüência de que não
podem contar com ninguém. A solidão é resultado de uma vida de cometa. Ninguém fica.
Todos passam. E a gente também passa pelos outros. Há necessidade de criar um mundo
de estrelas. Todos os dias poder contar com elas. Todos os dias ver sua luz e sentir seu
calor. Assim são os amigos. Estrelas na vida da gente. Pode-se contar com elas. Eles são
uma presença. São aragem nos momentos de tensão. São luz nos momentos escuros. São
pão nos momentos de fraqueza. São segurança nos momentos de desânimo.

Olhando os cometas é bom não sentir-se como eles, nem desejar prender-se em sua
cauda. Olhando os cometas é bom sentir-se estrela, marcar presença. Ter vivido e
construído uma história pessoal. Ter sido luz e calor para muitos amigos. Ser estrela neste
mundo passageiro, neste mundo cheio de pessoas cometas, é um desafio, mas acima de
tudo uma recompensa. É nascer e ter vivido e não apenas existido.
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Unidade 13 - A paz

Fonte: minerva.uevora.pt

Sabemos que vivemos um momento de nossa vida muito conturbado, em que as


pessoas demonstram um nível de agressividade assustador. A construção de uma
sociedade pacífica depende de educação dada aos homens.

Pacto pela paz e solidariedade

Paz é algo precioso na vida de cada pessoa, nos relacionamentos e no mundo. Viver
em paz é um direito de todos, mas, paradoxalmente, perdemos a paz; e o desafio é como
reconquistá-la. Sabemos que a paz não será alcançada apenas através de conferências e
tratados internacionais.

Paz também não é um conjunto de situações agradáveis ou ausência de pressões


externas. Ao descobrimos o significado mais profundo da paz e que a natureza do ser
humano, na sua origem, é pacífica, podemos recuperá-la.

Construtores de paz

O primeiro passo para experimentar a paz é assumir a responsabilidade de eliminar


a negatividade e o desperdício que nos roubam a paz.

Enquanto não formos senhores dos nossos pensamentos e sentimentos, das nossas
ações e das respostas que damos às situações que se apresentam a nós e sobre as quais não
temos controle, continuaremos a ser vítimas de nossas circunstâncias.

A paz começa no nosso eu, se entende à nossa família e a todos os nossos


relacionamentos, à maneira como interagimos com o meio ambiente e a natureza em
geral.
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Texto II

Esta estranha criatura chamada homem

Um alienígena poderia ver esta estranha criatura chamada homem desta maneira:

Um ser de outro mundo estacionou sua nave espacial num lugar isolado. Na
manhã seguinte, passou por um campo militar, onde viu uns homens metendo facas presas
em paus de rara aparência, em sacos de palha. ―Que é isto?‖, perguntou a um jovem
uniformizado. ―Prática de baioneta‖, respondeu o jovem. ―Estamos praticando em
imitações. Temos que aprender a usar a baioneta se maneira certa para homens. É claro
que não matamos muitos homens com as baionetas.

―Matamos a maioria deles com bombas‖. ―Mas por que querem aprender a matar
os homens?‖, exclamou o ser, espantado. ―Nós, não‖, disse o jovem amargamente.
―Mandam-nos aqui contra nossa vontade, e não sabemos o que fazer a respeito‖.

Esta tarde o ser passou por uma cidade grande. Notou que uma multidão se reunia
em uma praça pública para ver um jovem uniformizado que era condecorado com uma
medalha. ―Por que o estão condecorando com uma medalha?‖ inquiriu o ser. ―Porque
matou cem homens numa batalha‖, disse o homem perto dele. O ser olhou com horror
para o jovem que havia matado cem homens e se foi.

Noutra parte da cidade, o ser ouviu uma rádio anunciando bem alto que certo
homem estava prestes a ser executado. ―Poe que o mandam à morte?‖, perguntou o ser.
―Porque matou dois homens‖, disse o homem interrogado. O ser se foi aturdido.

Nessa noite, depois de haver pensado sobre o assunto, o ser abriu seu caderno e
escreveu: ―Parece que todos os jovens são forçados a aprender a matar homens
eficientemente. Aqueles que triunfam ao matar um grande número deles são
recompensados com medalhas. Os que se revelam maus assassinos e conseguem matar
apenas poucos homens são castigados e condenados à morte‖.

O ser meneou a cabeça tristemente e acrescentou uma observação:

Parece que esta estranha criatura chamada homem exterminará rapidamente a si mesma.
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Unidade 14 - A morte

Fonte: natalirottini.blogspot.com

O homem tem uma carne que dói, sangra, definha e morre.

Essa é uma realidade que, por mais artifícios que use para ignorá-la, ele não a
desconhece e isto o apavorará. Tanto que a maioria das pessoas evita, cuidadosamente,
assuntos que possam lembrar-lhe disso. Há aqueles que, quando se conversa sobre as
novas descobertas da astronomia ou da física quântica sobre discos voadores, fenômenos
paranormais, doenças ou morte, simplesmente entram em pânico, e, ás vezes, passam até
mal. Por quê? Porque lhes amedronta a grandiosidade da vida e do desconhecido.

Muitos filósofos e psicólogos acreditam que toda a nossa melancolia não ocorre
por fatos externos, mas pelo nosso próprio e eminente falecimento. É um luto por nós
mesmos. Talvez seja importante que, em vez de evitar pensar na morte, procuremos
reconhecê-la como uma realidade, dando-lhe lugar em nossas reflexões cotidianas, ou em
vez de reprimi-la.

A verdade torna a vida mais tolerável e com mais sentido. Assim, ao invés de ela
nos surpreender, encontrar-nos-á pontos para recebê-la, pois já curtimos bastante o luto
por nós mesmos e aprendemos a aceitá-la como algo inexorável que é, apenas, o fim de um
ciclo.

Não há nada, absolutamente nada, que possa dar alegria e esperança ao homem
senão a fé em algo, como em seus próprios sonhos ou ideais. Ele tem apenas dois
caminhos para suportar o peso de existência: ou se anestesia de alguma forma (fugas,
como o fanatismo religioso, político, as drogas, a compulsão do trabalho, etc., - todas as
fugas extremamente prejudiciais), ou se volta para a fé em algum ideal.

Ninguém passa pela vida ileso. Nascer dói. Viver dói. Morrer dói. Por mais que a
ciência avance, as doenças continuam a existir e a morte continua a ser a única certeza. O
absurdo desta realidade nos deixa perplexos e nos faz mergulhar na tristeza, certos de
que, pouco a pouco, perderemos todos os entes amados e, um dia, nós mesmos
participaremos e deixaremos para trás tudo aquilo por que lutamos e construímos.

O filósofo Kierkegaard acreditava na importância da fé. Ele dizia que o grande


vigor da fé não é apenas afastar o fantasma da morte, mas permitir à pessoa ser franca,
generosa, corajosa, tocar na vida dos outros e enriquecê-los.

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