Você está na página 1de 11

Escala h assles & uplift s: versão em português

The hassles & up lift s scale

Maria Teresa Araujo SILVA1,3


Ana Carolina Trousdell FRANCESCHINI2
Elizabeth Ann MANRIQUE-SAADE2
Layana Guedes CARVALHAL2,3
Marcia KAMEYAMA2,3

Resumo

A escala Hassles & Uplifts avalia a intensidade da resposta a pequenos eventos cotidianos, sendo considerada um preditor de
sintom as psicológicos. O objetivo deste estudo foi avaliar um a tradução da escala Hassles & Uplifts, aqui intitulada Aborrecim entos
e Alegrias; para tal, realizou-se a réplica de um estudo norte-am ericano que m ediu o desem penho, nessa escala, de indivíduos
cujo padrão de com portam ento fosse do tipo A ou B segundo a escala de Jenkins (Escala Aborrecim entos e Alegrias). As escalas
Aborrecim entos e Alegrias e A/ B foram aplicadas em 145 universitários brasileiros. Os resultados m ostraram que: 1) as pontuações
m édias de Aborrecim entos e Alegrias foram sim ilares às do estudo norte-am ericano, exceto pelos Aborrecim entos dos participan-
tes tipo B; 2) a intensidade das Alegrias dos participantes tipo A foi significativam ente superior à dos tipo B, com o na literatura;
3) a intensidade de Alegrias e Aborrecim entos não diferiu entre os dois tipos, provavelm ente devido à especificidade da época
do teste. Concluiu-se que o padrão e a consistência dos resultados indicam que a tradução pode ser utilizada com o instrum ento
confiável de pesquisa.
Unitermos: Alegrias e aborrecim entos. Escala Jenkins. Estresse crônico.

Abstract

The Hassles & Uplifts Scale assesses the reaction to m inor every-day events in order to detect subtle m ood sw ings and predict psychological
sym ptom s. The aim of this study w as to evaluate the Portuguese translation of Hassles & Uplifts (Aborrecim entos e Alegrias) through the
replication of a North Am erican study w hich used this scale to m easure the perform ance of individuals w ith type A and type B behavior
patterns. The Aborrecim entos e Alegrias and Jenkins A/ B scales w ere answ ered by 145 Brazilian college students. Results show ed that: 1) The
average Aborrecim entos e Alegrias scores w ere sim ilar to the North Am erican study, except for the type-B Hassles scores; 2) Uplifts received
higher scores than Hassles from both types, substantiating literature on the subject; 3) the intensity of Hassles and Uplifts did not differ
betw een types A and B, probably due to the tim ing of the testing period. It w as concluded that the pattern and consistency of the results
HASSLES & UPLIFTS

indicate that the translation can be used as a reliable research tool.


Uniterms: Hassles & Uplifts. Jenkins scale. Chronic stress.

1
Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia, Departam ento de Psicologia Experim ental. Av. Professor Mello Moraes, 1721, 05508-900, Cidade
Universitária, São Paulo, SP, Brasil. Correspondência para/ Correspondence to : M.T.A. SILVA. E-m ail: < teresar@usp .b r> .
2
Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia. São Paulo, SP, Brasil.
3
Apoio Conselho Nacional de Desenvolvim ento Científico e Tecnológico. Proc. 500129/ 2003-7 91

Estudos de Psicologia I Cam pinas I 25(1) I 91-100 I janeiro - março 2008

Sem título-1 91 26/03/2008, 10:21


A anedonia, im portante sintom a da depressão, em população brasileira, fazendo uso da replicação do
caracteriza-se pela indiferença em relação a eventos estudo de Margiotta et al. (1990), a fim de identificar
p razero so s d o am b ien t e. À exceção d e sit u açõ es relações ent re p ad rão d e com p ort am ent o e sensi-
traum áticas, os m aiores responsáveis pela anedonia são bilidade a eventos am bientais m oderados e constantes.
os eventos cotidianos m oderadam ente aversivos, porém
constantes. Trata-se de experiências negativas suaves,
que geram aborrecim entos leves, m as que term inam Método
por afetar o hum or dos indivíduos em função de sua
periodicidade constante. Participantes

Modelos que utilizam anim ais produzem defi-


Participaram desta pesquisa 145 alunos de gra-
ciência na sensibilidade ao reforço após exposição a
duação da Universidade de São Paulo, cuja idade era
eventos estressores m oderados e crônicos (Papp, Willner
em m éd ia (M) 21,4 anos (erro-p ad rão - EP= 0,26). A
& Muscat, 1991; Willner, Muscat & Papp, 1992). Para a
am ostra com preendeu 108 m ulheres e 37 hom ens. Os
com preensão do fenôm eno em seres hum anos, a escala
Hassles and Uplifts, aqui traduzida com o Aborrecim entos p art icip an t es eram p ro ven ien t es d o s cu rso s d e

e Alegrias (A&A), foi desenvolvida originalm ente pelo Enferm agem (9), Engenharia (3), Fonoaudiologia (5),

grupo de R.S. Lazarus (Kanner, Coyne, Schaefer & Lazarus, Matem ática (11), Nutrição (3), Pedagogia (8), Psicologia

1981), com o objetivo de m edir a sensibilidade a eventos (55), Vet erin ária (45), Aut om ação (1), Arq uit et ura e

cotidianos negativos ou positivos, e vem sendo utilizada Urb anism o (1), Geologia (1), História (1), Letras (1) e

no estudo da relação entre esses eventos e distúrbios Odontologia (1).


psiquiátricos, inflam ações (Janin, Mills, von Kanel, Hong
& Dinsdale, 2007), padrões de sono (Hicks & Picchioni, Instrumentos
2003), tensão profissional (Elder, Wollin, Hartel, Spencer
& San d erson , 2003) e relações fam iliares (Giallo & Foram utilizados os seguintes instrum entos:
Gavidia-Payne, 2006), entre outros.
1) Escala de Padrões de Comportam ento Tipo A/ B
Outra escala que foi utilizada neste trabalho é a (Escala A/ B). A versão original dessa escala, conhecida
Jenkins Activity Scale (aqui referida com o Escala A/ B), com o JAS - Jenkins Activity Survey, foi form ulada p or
que define dois padrões de com portam ento típicos,
Jenkins et al. (1971), com o propósito de identificar com -
denom inados “tipo A” e “tipo B” (Jenkins, Rosenm an &
portam entos que aum entam o risco de hipertensão e,
Zyzanski, 1971; Jenkins, Rosenm an & Zyzanski, 1974). O
conseqüent em ent e, de p rob lem as cardíacos. Nest e
indivíduo tipo A, em com paração com o tipo B, é m ais estudo, foi utilizada um a versão m odificada dessa escala
controlado pelo relógio, pela urgência de com pletar
(Goolkasian, 2005), const it uíd a d e 20 q uest ões d e
tarefas, pela com petição, pela pressão em cum prir m etas
m últipla escolha.
e pela preocupação com o tem po. Caracteriza-se por
2) Escala de Aborrecim entos e Alegrias(Escala A&A).
m aior propensão a problem as cardiovasculares.
Essa escala é a tradução da Escala Hassles and Upliftsde
Estudo conduzido por Margiotta, Davilla e Hicks
DeLongis, Folkm an e Lazarus (1988), adaptada da versão
(1990), em população norte-am ericana, indicou que os
original de Kanner et al.(1981). A versão utilizada possui
ind ivíd uos classificad os com o t ip o A na escala A/ B
53 itens, sendo que cada um deles pode ser classificado
relatam m aior sensibilidade a eventos da vida diária,
M.T.A. SILVA et al.

com o Alegria ou com o Aborrecim ento, dependendo


fator m edido pela escala A&A, dando indícios de que da avaliação sub jet iva. O respondente deve at rib uir
classificar-se com o tipo A na escala A/ B e ter um a m aior pontos de 0 a 3 a cada item , de acordo com a intensidade
sensibilidade a eventos cotidianos negativos possam de Aborrecim ento ou Alegria que o item represente. Os
estar relacionados. participantes foram instruídos a pontuar cada item levan-
O objetivo deste trabalho foi aplicar um a tradu- do em consideração os acontecim entos da sem ana
92 ção das escalas A&A e A/ B em estudantes, para testá-la antecedente ao preenchim ento do questionário.

Estudos de Psicologia I Cam pinas I 25(1) I 91-100 I janeiro -.m arço 2008

Sem título-1 92 26/03/2008, 10:21


Procedimentos estavam gram peados: prim eiro a Escala A/ B, seguida
im ediatam ente da Escala A&A. As instruções para preen-
Os p roced im ent os p ara est e est ud o foram o chim ento das escalas já constavam no m aterial distri-
seguinte: buído. É im portante notar que, na instrução da Escala
a) Tradução . Inicialm ente, as duas escalas foram A/ B, não foi dada definição de “padrão de com porta-
traduzidas para o português e, em seguida, vertidas para m ento tipo A e B”, a fim de evitar que os participantes
o inglês (ret rot radução ). A retrotradução é um im por- direcionassem suas respostas de acordo com um resul-
t an t e recurso p ara a d et ecção d e am b ig üid ad es e tado desejado.
incorreções, que podem ser identificadas a partir do c) Análise de dados. 1) Escala A/ B - Cada alternativa
confron t o d as t rad uções e d as versões ret rotraduzi- das questões dessa escala tem um valor associado ao
das. Após revisão, as traduções foram testadas em apli- padrão de com portam ento A ou B. A pontuação total
cações-piloto (n= 9). Nessa fase, solicitou-se aos partici- de cada participante foi calculada pela som a dos pontos
p an t es q u e assin alassem d ificu ld ad es p ara co m - correspondentes às alternativas escolhidas. Essa pon-
preender algum a frase ou expressão usada e sugerissem t uação p od e variar d e 35 a 380 p ont os, conform e
m odificações para seu aprim oram ento. As observações detalhado no código-fonte da correção com putado-
dos participantes foram discutidas, e as alterações consi- rizada da escala (Goolkasian, 2005). As pontuações m ais
d erad as n ecessárias e viáveis fo ram efet u ad as, baixas estão relacionadas ao padrão de com portam ento
chegando-se, assim , à versão final das duas escalas tipo B, e as m ais altas, ao tipo A. O ponto de corte, ou
(Anexos A e B). seja, o valor abaixo do qual estariam os participantes
b) Aplicação. A coleta de dados realizou-se no do tipo B e acim a do qual estariam os do tipo A, é geral-
final do prim eiro sem estre letivo. Quatro pesquisadoras m ente definido pela m ediana da distribuição dos pontos
treinadas, estudantes de Psicologia, foram responsáveis (Hurley, 2002).
pela aplicação dos instrum entos. Cada pesquisadora 2) Escala A&A - Fo ram so m ad o s o s p o n t o s
escolheu um a classe de cada faculdade, apresentando atribuídos à intensidade de cada item (0, 1, 2 ou 3), no
carta da professora responsável pelo projeto e solici-
m om ento em que este foi classificado com o Aborre-
tando autorização do professor no início de sua aula. As
cim ento, e tam bém os pontos atribuídos aos m esm os
aplicações ocorreram ao final dessas aulas, apenas para
itens, no m om ento em que foram classificados com o
os alunos interessados em participar. Cada um a das
Alegria. Chegou-se, assim , a um a som a total da intensi-
pesquisadoras se apresentou, para o professor e para os
dade de Aborrecim entos e um a som a total da intensi-
alunos, com o estudante do Instituto de Psicologia da
dade de Alegrias, p ara cada p art icip ant e. Foi ent ão
Universidade de São Paulo desenvolvendo um projeto
calculada a intensidade m édia dos dois parâm etros.
de pesquisa.
O m esm o procedim ento foi usado para calcular
Todos os participantes foram instruídos a res-
a pontuação total de cada item , considerada com o a
p onder às escalas individualm ente e não deixar de
som a das pontuações conferidas por todos os partici-
responder a nenhum a questão. Foi esclarecido que a
pantes em cada item , tanto na coluna Aborrecim ento
participação era voluntária e sigilosa, e os participantes
assinaram um term o de consentim ento. Para os inte- quanto na coluna Alegria. Chegou-se, assim , à identi-

ressados, foi dado um retorno de seus resultados na ficação dos itens que, por terem apresentado m aior

Escala A/ B m ediante e-m ail pessoal do participante ou pontuação total, representaram os principais Aborreci-

no e-m ail d a p esquisa, criad o p ara esse fim . Inform ou- m entos e as principais Alegrias na am ostra estudada.
HASSLES & UPLIFTS

-se aos participantes que poderiam responder no local Em seguida, os participantes foram classificados com o

ou em sua casa. Neste últim o caso, foi enfatizada a ne- tipo A ou tipo B, e o m esm o procedim ento foi utilizado

cessidade de responder às escalas individualm ente e para calcular o valor m édio atribuído para os Aborre-

em local sem distrações, e inform ou-se que os ques- cim entos e as Alegrias por esses dois grupos.
tionários seriam recolhidos posteriorm ente. Procedeu- d) Análise estatística . Os dados foram descritos
-se, então, à distribuição do m aterial, solicitando que os pelas m édias e erro-padrão, e subm etidos ao teste “t ” de
questionários fossem respondidos na ordem em que Student. 93

Estudos de Psicologia I Cam pinas I 25(1) I 91-100 I janeiro - março 2008

Sem título-1 93 26/03/2008, 10:21


Resultados A inspeção visual da distribuição m ostrada na
Figura 1 sugeriu a divisão da am ostra em três segm en-
A pontuação variou de 97 a 308, sendo 67 parti-
tos: a) “tipo B extrem o”, com preendendo pontuações
cipantes classificados com o tipo A e 78 com o tipo B.
entre 97 e 144 pontos, n= 10; b) “tipo A extrem o”, com -
Ob serva-se que a dist rib uição é ap roxim adam ent e
preendendo pontuações entre 260 e 308, n= 9; e c) “tipos
norm al (Figura 1).
A/ B interm ediários”, com preendendo pontuações entre
A Figura 2 apresenta a M e o EP da pontuação 156 e 257, n= 126. Foi feita um a análise dos A&A em
total, na escala A&A, dos participantes de padrão de
função das categorias A extrem o e B extrem o. A análise
com portam ento tipo A ou tipo B segundo a Escala A/ B.
tanto de Alegriascom o de Aborrecim entos dos tipos A
Os participantes brasileiros de tipo A obtiveram pontos
e B extrem os reproduziu a relação observada na am os-
para Alegrias significativam ente superiores aos de tipo
tra total: não houve diferença significativa entre os dois
B (t = 2,13, p < 0,05), t al com o seus corresp on d en t es
t ip os ext rem os q uant o aos Ab orrecim ent os, m as a
am ericanos do estudo objeto desta réplica (Margiotta
pontuação de Alegrias foi significativam ente superior à
et al., 1990). A m édia e erro-padrão da pontuação da
intensidade de Alegrias deste estudo foi de M= 61,0, de Aborrecim entos no tipo A extrem o (t =2,28, p <0,05).

EP= 2,6 para o t ip o A e M = 53,9 EP= 2,2 p ara o t ip o B,e, Cada item da escala A&A foi analisado em função
na am ostra norte-am ericana, foi de M= 61,5 EP= 1,6 e da pontuação atribuída à sua intensidade. Na Tabela 1
M= 46,8 EP= 1,2, resp ectivam ente. Por outro lado, o estão listados, em ordem decrescente, os itens cuja
ju lg am en t o d e Ab o rrecim en t o s n ão ap resen t o u pontuação total resultou superior a 200 pontos. Dentre
diferenças significativas entre os tipos A e B (t =0,13, n.s.). o s Ab o rrecim en t o s, verifico u -se q u e ap en as seis
A m édia e erro-padrão dos tipos A e B nesse quesito foi
receb eram p ont uação suficient e p ara at ing ir esse
de M= 41,6 EP= 2,4 e M= 41,2 EP= 2,1, respectivam ente.
critério, observando-se que nenhum alcançou pon-
No estudo norte-am ericano, ao contrário, os partici-
tuação acim a de 300. Dentre as Alegrias, 21 itens rece-
p ant es d e t ip o B at rib uíram p ont uação sig nificat i-
beram pontuação acim a de 200, registrando-se que
vam ente inferior à dos tipo A nesse quesito: M= 45,2
quatro desses sup eraram 300 p ontos. Portanto, não
EP= 1,4 para o tipo A, e M= 33,6 EP= 1,7 para o tipo B.
Nota-se que, exceto para as Alegrias do tipo B, os valores apenas a pontuação total foi sup erior p ara Aleg rias,

ab so lu t o s d a in t en sid ad e d e reação às Aleg rias e c o m o o n ú m ero d e ev en t o s ap o n t ad o s c o m o


Aborrecim entos situram -se na m esm a faixa de valores, A l eg ri as rel ev an t es fo i b ast an t e su p erio r ao d e
nos dois estudos. Ab o rrecim entos relevantes.
M.T.A. SILVA et al.

94 Figura 1 . Distribuição dos participantes conform e pontuação na Escala A/ B.

Estudos de Psicologia I Cam pinas I 25(1) I 91-100 I janeiro -.m arço 2008

Sem título-1 94 26/03/2008, 10:21


poucos ou nenhum ponto na categoria Alegria. São os
itens “Questões políticas ou sociais”e “Cuidar de papelada
(p reen ch er form u lá rios, p a g a r con t a s et c.)” . Já it en s
apontados principalm ente com o Alegrias, e que obti-
veram baixas pontuações com o Aborrecim entos,foram :
“Lazer em casa”, “Recreação e lazer fora de casa”, “Anim ais
de estim ação” , “Sexo” e “Com er (em casa)” . Houve também
event os com im p act os am b ivalent es, sendo consi-
derados por alguns com o Aborrecim entos, por outros
com o Alegrias. São eles:“Sua aparência física”,“Natureza
de sua ocupação” ,“Colegas de trabalho ou de classe” e “Seus
Figura 2. Média ± EP dos pontos atribuídos à intensidade de
pais ou sogros”.
Ab orrecim ent os e de Alegrias n a Escala A&A, p o r
participantes classificados com o tipo A ou tipo B na Os it en s fo ram ain d a classificad o s d iferen -
Escala A/ B.
cialm ente de acordo com os padrões de com porta-
m ento A ou B, conform e m ostra a Tabela 2. Nessa tabela
Alg un s it en s d a escala foram con sid erad os estão listados os principais itens geradores de Aborre-
m ajoritariam ente com o Ab orrecim entos, receb endo cim en t o s e d e Aleg rias, em fu n ção d o p ad rão d e

Tabela 1 . Itens da escala A&A com pontuação superior a 200, em Tabela 2 . Principais itens da escala A&A em função do padrão de
ordem decrescente. com portamento tipo A ou tipo B, em ordem decrescente.

Aborrecim en t os
Aborrecim en t os
01. Cum prir m etas ou prazos no em prego ou estudos
Tipo A Cum prir m etas ou prazos no em prego ou estudos
02. Sua carga de trabalho
Sua carga de trabalho
03. Quantidade de tem po livre
Quantidade de tem po livre
04. Seu am biente (ar, ruído, quantidade de verde etc.)
Seu am biente (ar, ruído, quantidade de verde etc.)
05. Questões políticas ou sociais
06. Dinheiro suficiente para as necessidades Dinheiro suficiente para as necessidades
Questões políticas e sociais
Alegrias
Tipo B Cum prir m etas ou prazos no em prego ou estudos
1. Seus am igos
2. Proxim idade afetiva Sua carga de trabalho
3. Lazer em casa (TV m úsica, leitura etc.) Questões políticas e sociais
4. Recreação e lazer fora de casa (cinem a, esportes etc.) Quantidade de tem po livre
5. Natureza de sua ocupação Seu am biente (ar, ruído, quantidade de verde etc.)
6. Tem po passado junto à fam ília Ser organizado
7. Colegas de trabalho ou de classe Alegrias
8. Seus pais ou sogros
Tipo A Seus am igos
9. Com er (em casa)
Proxim idade afetiva
10. Seu cônjuge ou nam orado(a)
11. Anim ais de estim ação Natureza de sua ocupação
12. Suas capacidades físicas Seu cônjuge ou nam orado
HASSLES & UPLIFTS

13. Sua aparência física Recreação e lazer fora de casa (cinem a etc.)
14. Sua saúde Lazer em casa (TV m úsica, leitura etc.)
15. Sexo
Tipo B Lazer em casa (TV m úsica, leitura etc.)
16. O clim a
Seus am igos
17. Com prom issos sociais
Proxim idade afetiva
18. Dinheiro suficiente para suas necessidades (alim entação etc.)
Recreação e lazer fora de casa (cinem a etc.)
19. Dinheiro suficiente para extras (lazer, recreação, férias etc.)
20. Ser organizado Seus pais e sogros
21. Quantidade de tem po livre Tem po passado junto à fam ília
95

Estudos de Psicologia I Cam pinas I 25(1) I 91-100 I janeiro - março 2008

Sem título-1 95 26/03/2008, 10:21


com portam ento tipo A ou tipo B. Em bora quase todos variáveis afetaram diferencialm ente o tipo B, visto que
os itens estejam presentes nos dois grupos, há consi- o tipo A já é por elas afetado em qualquer época.
derável diferença na hierarquia observada. A principal Essa interpretação é corroborada pela análise
diferença refere-se a “ Lazer em casa ”, posicionado com o da hierarquia de relevância dos diferentes itens indi-
a prim eira Alegria do tipo B, e “ Natureza de sua ocupação ”, cativos de Aborrecim ento . “Natureza de sua ocupação”
im portante para o tipo A (terceira posição), m as não apareceu com o fonte m ais relevante de Alegria para o
p ara o tip o B. tipo A do que para o tipo B, enquanto “Lazer em casa”
A fim de verificar p ossíveis diferenças ent re apareceu com m ais destaque com o um gerador de

estudantes de diferentes áreas, com parou-se a pon- Alegria para o tipo B, em relação ao tipo A. Com preende-
-se, então, que a pressão de avaliação acadêm ica tenha
tuação de participantes das am ostras dos cursos com
tido m aior im pacto negativo sobre pessoas que, em bora
m aior núm ero de respondentes, Veterinária e Psicologia.
preferindo o lazer, estavam no m om ento da pesquisa
Não houve nenhum a diferença significativa. Tam bém
atendendo à sua ocupação de estudantes.
não houve diferença significativa quando se com pa-
raram hom ens e m ulheres. Outros itens são tam bém avaliados de form a
diferente por participantes de tipo A ou B. Por exem plo,
“Ser organ izado” foi considerado um fort e Ab orreci-
Discussão m ento para o tipo B, m as não para o tipo A. Os itens
“Seus pais ou sogros” e “Tem po passado junt o à fam ília”
É im p ortante notar, em p rim eiro lugar, que a são fortes Alegrias para o tipo B, m as não foram rele-
tradução brasileira d a escala H a ssles & Upliftsm ostrou- vantes para o tipo A. O item “Cônjuge ou nam orado(a)”
-se adequada, um a vez que a pontuação colhida na foi considerado fonte m ais forte de Alegria para o tipo A
am ostra brasileira situou-se na m esm a faixa da am ostra do que para o tipo B.
am ericana estudada por Margiotta et al. (1990). Em três Na am ostra total (tipo A + tipo B), não apenas a
dentre quatro com parações entre indivíduos tipo A e pontuação total foi superior para as Alegrias, com o o
tipo B, a pontuação m édia atribuída a Aborrecim entos núm ero de eventos apontados com o Alegrias relevantes
ou Alegrias foi sem elhante aos valores relatados na foi bastante superior ao de Aborrecim entos relevantes,
pesquisa norte-am ericana. Exceção foram os Aborre- m ostrando que os eventos do cotidiano considerados
cim entos dos participantes tipo B, que, no Brasil, tiveram com o fontes de pequenas alegrias são m ais diversos e
pontuação praticam ente idêntica à das Alegrias, en- potentes do que as fontes de pequenos aborrecim entos.
quanto nos Estados Unidos foram significativam ente Será interessante verificar se outras populações repro-
inferiores. duzem essa relação.

Esse padrão se m antém quando são analisados


ap enas os extrem os das duas am ostras (tip os A e B Considerações Finais
extrem os). Ou seja, os brasileiros de tipo B parecem ser
m ais sensíveis a eventos negativos do que seus pares Em conjunto, as constatações acim a m ostram
norte-am ericanos. Essa diferença poderia ser atribuída que a tradução brasileira da Escala A&A é capaz de
a fatores culturais, sugerindo que os brasileiros estariam detectar diferenças na form a com o as pessoas reagem
sofrendo m aior p ressão aversiva, m as um a eventual diante dos acontecim entos cotidianos, m ostrando o
influência desse tipo deveria tam bém afetar o tipo A. im pacto diferencial dos eventos do am biente sobre o
Mais provavelm ente a diferença está na am ostra, consti- hum or de cada indivíduo. A boa qualidade da tradução
M.T.A. SILVA et al.

tuída de estudantes, aliada ao m om ento da coleta, que é atestada pela replicação da faixa de pontuação norte-
coincidiu com provas e trabalhos de fim de sem estre. -am ericana na escala A&A pelos respondentes brasi-
De fato, os itens referentes a pressão pelo cum prim ento leiros, assim com o pel a identificação de relações espe-
de prazos e falta de tem po livre receberam consistentes cíficas entre padrão de com portam ento A/ B e resposta
classificações com o os m aiores geradores de aborre- a eventos am bientais. A tradução da escala Hassles &
cim ento na sem ana em que o instrum ento foi aplicado. Up lift s an alisad a n est e t rab alh o p recisa ag o ra ser
96 Sugere-se que, justam ente por serem sazonais, essas validada.

Estudos de Psicologia I Cam pinas I 25(1) I 91-100 I janeiro -.m arço 2008

Sem título-1 96 26/03/2008, 10:21


Referências Jenkins, C. D., Rosenm an, R. H., & Zyzanski, S. J. (1974).
Prediction of clinical coronary heart disease by a test for
t he coronary-p rone b ehavior p at t ern. New England
DeLongis, A., Folkm an, S., & Lazarus, R. S. (1988). The im pact
Journal of Medicine, 290 (23), 1271-1275.
of daily stress on health and m ood, psychological and
social resources as m ediators. Journal of Personality and Jovev, M., & Jackson, H. J. (2006). The relationship of borderline
Social Psychology, 54 (3), 486-495. personality disorder, life events and functioning in an
Aust ralian p sychiat ric sam p le. Journal of Personality
Elder, R., Wollin, J., Hartel, C., Sp encer, N., & Sanderson, W.
Disorders, 20 (3), 205-217.
(2003). Hassles and uplifts associated w ith caring for
p eo p le w it h co g n it ive im p airm en t in co m m u n it y Kanner, A. D., Coyne, J. C., Schaefer, C., & Lazarus, R. S. (1981).
settings. International Journal of Mental Health Nursing , 12 Com parison of tw o m odes of stress m easurem ent, Daily
(4), 271-278. Hassles and Uplifts versus Major Life Events. Journal of
Behavioral Medicine, 4 (1), 1-39.
Giallo, R., & Gavidia-Payne, S. (2006). Child, parent and
fam ily factors as predictors of adjustm ent for siblings of M arg io t t a, E. W., Davilla, D. A., & Hicks, R. A. (1990). Typ e
child ren w it h a d isab ilit y. Journal of Intellectual Disability A-B behavior and the self-report of daily Hassles and
Research , 50 (Pt 12), 937-948. Up lift s. Perceptual and Motor Skills, 70 (3 Pt 1), 777-778.

Goolkasian, P. (2005). Personality type A/ B. Recuperado em Papp, M., Willner, P., & Muscat, R. (1991). An anim al m odel of
m aio 23, 2005, disponível em http:/ / w w w .psych.uncc. anhedonia: attenuation of sucrose consum ption and place
p reference conditioning b y chronic unp redictab le m ild
edu/ p agoolka/ Typ eA-B-intro.htm l
stress. Psychopharm acology, 104 (2), 255-259.
Hicks, R. A., & Picchioni, D. (2003). Fluctuations in sleep
Parrott, A. C., & Kaye, F. J. (1999). Daily uplifts, hassles,
d u rat io n are co rrelat ed w it h salien ce o f st ressfu l
stresses and cognitive failures: in cigarette sm okers,
exp erien ce. Percept ual an d M ot or Skills, 96 ( 3 Pt 2), ab st ain in g sm okers, an d n on -sm okers. Behavioural
1139-1140. Pharm acology, 10 (6-7), 639-646.
Hurley, M. R. (2002). Is there a correlation b etw een Typ e A Willner, P., Muscat, R., & Papp, M. (1992). Chronic m ild
personality and choice of a college m ajor?Undergraduate stress-induced anhedonia, a realistic anim al m odel of
Journal of Psychology, 15, 29-32. depression. Neuroscience and Biobehavioral Review s, 16
Jain, S., Mills, P. J., von Kanel, R., Hong, S., & Dim sdale, J. E. (4), 525-534.
(2007). Effect s o f p erceived st ress an d u p lift s o n Willner, P., Wilkes, M., & Orw in, A. (1990). Attrib utional style
inflam m ation and coagulab ilit y. Psychophysiology, 44 and p erceived st ress in end og enous and react ive
(1), 154-160. depression. Journal of Affective Disorders, 18 (4), 281-287.
Jenkins, C. D., Zyzanski, S. J., & Rosenm an, R. H. (1971).
Progress tow ard validation of a com puter-scored test Recebido em : 27/ 7/ 2006
fo r t h e t yp e A co ro n ary-p ro n e b eh avior p at t ern . Versão final reapresentada em : 27/ 7/ 2007
Psychosom atic Medicine, 33 (3), 193-202. Aprovado em : 24/ 9/ 2007

HASSLES & UPLIFTS

97

Estudos de Psicologia I Cam pinas I 25(1) I 91-100 I janeiro - março 2008

Sem título-1 97 26/03/2008, 10:21


ANEXO A

Curso Idade Sexo ( ) F ( )M Data / / Hora : m in

Tipos de Personalidade A/ B

Para cada um a das 20 perguntas abaixo, responda escolhendo a alternativa mais apropriada . Você pode sem pre voltar a um a questão e
m udar sua resposta.

1. Quando você se depara com um problem a pela prim eira vez, o que você norm alm ente faz?
( ) Resolve o problem a im ediatam ente
( ) Pensa no que deve fazer e depois resolve o problem a
( ) Espera que as coisas se resolvam sozinhas
2. Com parando com os outros estudantes, quão rápido você faz as suas tarefas acadêm icas?
( ) Eu geralm ente term ino antes de todo m undo
( ) Eu as term ino antes da m aioria dos m eus colegas de classe
( ) Eu as term ino a tem po
( ) Eu freqüentem ente entrego m inhas tarefas atrasado(a)

3. Alguém algum a vez já te disse que você fala dem ais?


( ) Sim , com freqüência
( ) Às vezes
( ) Um a vez
( ) Não, nunca

4. Durante um a conversa com um , quão rapidam ente você fala?


( ) Mais rapidam ente do que as outras pessoas
( ) Na m esm a m édia que os outros
( ) Mais lentam ente do que a m aioria das pessoas

5. Com que freqüência você costum a com pletar as frases das outras pessoas porque elas falam m uito devagar?
( ) Freqüentem ente
( ) Às vezes
( ) Quase nunca

6. Se você tivesse que esperar por um a consulta m édica m ais de m eia hora depois do horário m arcado, sendo que você tem várias outras
tarefas a fazer? O que você faria?
( ) Lê um a revista
( ) Fica olhando seu relógio constantem ente
( ) Fica im paciente e um pouco irritado(a)
( ) Reclam a para a recepcionista

7. Você costum a chegar atrasado(a) aos seus com prom issos?


( ) A m aior parte das vezes
( ) Às vezes
( ) Raram ente
( ) Nunca

8. Quando você está participando de um jogo, qual a im portância de você vencer?


( ) Muito im portante
( ) Às vezes é im portante
( ) Não é im portante

9. Com o os seus colegas e am igos classificariam você?


( ) Sem pre responsável e trabalhador(a)
M.T.A. SILVA et al.

( ) Às vezes trabalhador(a) e responsável


( ) Raram ente trabalhador(a) e responsável
( ) Despreocupado(a)

10. Com o os seus pais (ou as pessoas que o/ a criaram ) classificariam você?
( ) Sem pre prestativo(a)
( ) Prestativo(a) a m aior parte do tem po
( ) Prestativo(a) de vez em quando
98 ( ) Nunca prestativo(a)

Estudos de Psicologia I Cam pinas I 25(1) I 91-100 I janeiro -.m arço 2008

Sem título-1 98 26/03/2008, 10:21


11. Com o os seus am igos m ais próxim os classificariam o seu ritm o geral de atividades?
( ) Muito lento - nunca term ina nada que com eça
( ) Lento - m as term ina o que com eça
( ) Médio - razoavelm ente ocupado
( ) Muito ativo - deve dar um a dim inuída

12. Quanto você se preocupa com o futuro?


( ) O tem po todo
( ) Freqüentem ente
( ) Às vezes
( ) Nunca

13. Quando você tem tem po livre, o que prefere fazer?


( ) Dorm ir
( ) Assistir à televisão
( ) Fazer com pras
( ) Pôr trabalho ou tarefas dom ésticas em dia

14. Olhando para trás, com o você classificaria o seu com portam ento quando criança?
( ) Eu fui um a criança p rob lem a
( ) Eu fui difícil de disciplinar
( ) Eu fui um a criança com um
( ) Eu fui um anjinho

15. Você tem um m onte de lições de casa, m as seus am igos m ais próxim os estão dando um a festa. O que você faz?
( ) Vou para a festa
( ) Faço algum as lições e depois vou para a festa
( ) Term ino toda a lição de casa e perco a festa

16. Você faz um planejam ento diário ou m antém um a agenda com os seus planos?
( ) Não, nunca
( ) Às vezes
( ) Sim , sem pre

17. Quando você está em um grupo (ex: trabalhando em um projeto em grupo), com o você geralm ente age?
( ) Eu dificilm ente participo
( ) Eu participo de form a engajada
( ) Eu assum o a liderança

18. Com qual antecedência você com eça a estudar para um a prova im portante?
( ) Duas ou m ais sem anas de antecedência ou m ais
( ) Cerca de um a sem ana de antecedência
( ) Um ou dois dias antes
( ) Norm alm ente eu não estudo

19. Com o é um dia norm al em seu cotidiano?


( ) Cheio de problem as
( ) Cheio de diversão
( ) Um a m istura de diversões e problem as
( ) Nunca há o suficiente para m e m anter ocupado(a)

20. Quantos dias por sem ana você faz exercícios físicos?
( ) Quatro ou m ais
HASSLES & UPLIFTS

( ) Dois ou três
( ) Um
( ) Não faço exercícios físicos

99

Estudos de Psicologia I Cam pinas I 25(1) I 91-100 I janeiro - março 2008

Sem título-1 99 26/03/2008, 10:21


ANEXO B

ABORRECIM ENTOS são coisas irritantes, coisas que chateiam ou inco-


0 0 1 2 3 19. Dinheiro suficiente p ara a educação 0 0 1 2 3
m odam ; eles podem nos deixar preocupados ou zangados. ALEGRIAS
são eventos que nos fazem sentir b em ; elas p odem nos deixar felizes, 0 0 1 2 3 20. Dinheiro suficiente para em ergências 0 0 1 2 3
contentes ou satisfeitos. Alguns Aborrecim entos e Alegrias ocorrem 0 0 1 2 3 21. Dinheiro suficien t e p ara ext ras (lazer, 0 0 1 2 3
com certa regularidade e outros são relativam ente raros. Alguns têm recreação, férias et c.)
um efeito fraco, e outros têm um efeito forte. Este questionário
0 0 1 2 3 22. Responsabilidade financeira por alguém 0 0 1 2 3
apresenta um a lista de coisas que podem ser Aborrecim entos e
Alegrias cotidianos. Você perceberá que, ao longo de um dia, algum as que não m ora com você

dessas coisas terão sido som ente um aborrecim ento, e algum as terão 0 0 1 2 3 23. Investim entos 0 0 1 2 3
sido som ente um a alegria. Outras terão sido tanto um aborrecim ento
0 0 1 2 3 24. Seu háb it o de fum ar, 0 0 1 2 3
quanto um a alegria .
0 0 1 2 3 25. Seu háb ito de b eb er 0 0 1 2 3
I NSTRUÇÕES: Pense quanto de ab orrecim ento e quanto de alegria
0 0 1 2 3 26. Drogas que alteram o hum or 0 0 1 2 3
rep resentou p ara você, na últim a sem ana, cada um dos itens ab aixo.
Po r favo r in d iq u e, à esq u erd a d e cad a it em , so b a co lu n a 0 0 1 2 3 27. Sua ap arência física 0 0 1 2 3
Aborrecim entos, quanto esse item aborreceu você na últim a sem ana, 0 0 1 2 3 28. Métodos anti-concepcionais 0 0 1 2 3
m arcando com um x o núm ero correspondente. Depois indique, à
0 0 1 2 3 29. Exercício(s) físico(s) 0 0 1 2 3
direita do item , sob a coluna Alegrias, quanto esse m esm o item
alegrou você nesse m esm o período, m arcando com um x o núm ero 0 0 1 2 3 30. Atendim ento m édico 0 0 1 2 3
adequado. 0 0 1 2 3 31. Sua saúde 0 0 1 2 3
Lembre-se de marcar um número à direit a e out ro à esquerda 0 0 1 2 3 32. Suas cap acid ad es físicas 0 0 1 2 3
para CADA um dos itens do questionário.
0 0 1 2 3 33. O clim a 0 0 1 2 3

ESCALA “ABORRECIM ENTOS E ALEGRIAS” 0 0 1 2 3 34. Acontecim entos do noticiário 0 0 1 2 3

0 0 1 2 3 35. Seu a m biente (qualidade do ar, nível de 0 0 1 2 3


o Quanto este item ab orreceu o Quanto este item alegrou
ruído, quantidade de verde etc.)
você na últim a sem ana? você na últim a sem ana?
0 0 1 2 3 36. Questões p olíticas ou sociais 0 0 1 2 3
ABORRECIM ENTOS ALEGRIAS
0 0 1 2 3 37. Sua vizinhança (vizinhos, b airro etc.) 0 0 1 2 3
0 Nada, ou não se ap lica 0 Nada, ou não se ap lica
1 Um pouco 1 Um pouco 0 0 1 2 3 38. Econom ia d e g ás, elet ricid ad e, ág ua, 0 0 1 2 3
2 Bast ant e 2 Bast ant e gasolina etc.
3 Muito 3 Muito 0 0 1 2 3 39. Anim ais de estim ação 0 0 1 2 3

0 0 1 2 3 40. Cozinhar 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 1. Seu(s) filho(s) 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 41. Cuidar da casa 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 2. Seus pais ou sogros 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 42. Fazer rep aros na casa 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 3. Out ros p arent es 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 43. Cuidar do jardim 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 4. Seu cônjuge ou nam orado(a) 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 44. Manutenção do carro 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 5. Tem p o p assado junto à fam ília 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 45. Cuidar de papelada (preencher form u- 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 6. Saúde ou bem estar de m em bro da fam ília 0 0 1 2 3
lários, p agar contas etc.)
0 0 1 2 3 7. Sexo 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 46. Lazer em casa (TV, m úsica, leit ura et c.) 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 8. Proxim idade afetiva 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 47. Quantidade de tem p o livre 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 9. Ob rigações fam iliares 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 48. Recreação e lazer fora de casa (cinem a, 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 10. Seu(s) am ig o(s) 0 0 1 2 3
esp ortes, com er fora etc.)
0 0 1 2 3 11. Colegas de trabalho ou de classe 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 49. Com er (em casa) 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 12. Clientes, fregueses, p acientes etc. 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 50. Organizações religiosas ou com unitárias 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 13. Seu sup ervisor ou p at rão 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 51. Assuntos jurídicos 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 14. A nat ureza de sua ocup ação 0 0 1 2 3
M.T.A. SILVA et al.

0 0 1 2 3 52. Ser organizado 0 0 1 2 3


0 0 1 2 3 15. Sua carga de t rab alho 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 53. Com p rom issos sociais 0 0 1 2 3
0 0 1 2 3 16. A estabilidade no seu em prego 0 0 1 2 3

0 0 1 2 3 17. Cump rir p razos ou m etas no em p rego 0 0 1 2 3


ou estudo

0 0 1 2 3 18. Dinheiro suficiente para as necessidades 0 0 1 2 3


(alim entação, vestuário, habitação etc.)
100

Estudos de Psicologia I Cam pinas I 25(1) I 91-100 I janeiro -.m arço 2008

Sem título-1 100 26/03/2008, 10:21

Você também pode gostar