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Curso Superior de Tecnologia em Sistemas Digitais

3. SENSORES DE PROXIMIDADE, ÓTICOS E DE TEMPERATURA ............................................................................... 3


3.1. TERMOS E DENOMINAÇÕES TECNICAS UTILIZADOS EM SENSORES ....................................................................................... 3
3.1.1 - Superfície Sensora ....................................................................................................................................................... 3
3.1.2. Distância Sensora........................................................................................................................................................ 3
3.1.3. Tolerância da Distância Sensora ................................................................................................................................ 3
3.1.4. Calibração................................................................................................................................................................... 4
3.1.5. Zona Morta.................................................................................................................................................................. 4
3.1.6. Resistência de Saída .................................................................................................................................................... 4
3.1.7. Corrente sem carga ..................................................................................................................................................... 4
3.1.8. Corrente de Carga máxima permitida......................................................................................................................... 4
3.1.8. Corrente de Surto (instantânea) .................................................................................................................................. 4
3.1.9. Função de Saída.......................................................................................................................................................... 4
3.1.10. Alimentação................................................................................................................................................................. 6
3.1.11. Repetibilidade.............................................................................................................................................................. 6
3.1.12. Histerese...................................................................................................................................................................... 6
3.1.13. Ripple Máximo ............................................................................................................................................................ 6
3.1.14. Faixa de Temperatura de Operação............................................................................................................................ 7
3.1.15. Grau de Proteção ........................................................................................................................................................ 7
3.1.16. Tempo de subida e descida.......................................................................................................................................... 7
3.1.17. Indutância Interna e Capacitância interna ................................................................................................................. 7
3.1.18. Sinalização do Acionamento ....................................................................................................................................... 7
3.1.19. Montagem Faceada e Montagem não faceada............................................................................................................ 7
3.1.20. Simbologia................................................................................................................................................................... 8
3.2. SENSORES DE PROXIMIDADE INDUTIVOS .............................................................................................................................. 8
3.2.1. Circuito Oscilador....................................................................................................................................................... 8
3.2.2. Demodulador............................................................................................................................................................... 9
3.2.3. Detector ....................................................................................................................................................................... 9
3.2.4. Amplificador de Saída ................................................................................................................................................. 9
3.2.5. Utilização .................................................................................................................................................................. 11
3.2.6. Vantagens .................................................................................................................................................................. 11
3.3. SENSORES DE PROXIMIDADE CAPACITIVOS ........................................................................................................................ 11
3.3.1. Princípio de funcionamento....................................................................................................................................... 12
3.3.2. Exemplos de Aplicação.............................................................................................................................................. 12
3.3.3. Dados Técnicos ......................................................................................................................................................... 13
3.4. SENSORES FOTOELÉTRICOS ................................................................................................................................................ 14
3.4.1. Princípio de Funcionamento ..................................................................................................................................... 14
3.4.2. Tipos de Construção.................................................................................................................................................. 14
Sistema por Barreira ................................................................................................................................................................................... 15
Sistema Foto-Sensor ................................................................................................................................................................................... 15
Sistema Refletivo com Espelho Prismático ................................................................................................................................................ 16

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3.4.3. Simbologia Utilizada ................................................................................................................................................. 16


3.4.4. Dados Técnicos mais Comuns................................................................................................................................... 17
3.4.5. Exemplos de Aplicação.............................................................................................................................................. 17
3.5. SENSORES DE TEMPERATURA ............................................................................................................................................. 19
3.5.1. Termo-resistências e Termístores.............................................................................................................................. 19
3.5.2. Foto-resistências ....................................................................................................................................................... 24
3.5.3. Outros Sensores Resistivos........................................................................................................................................ 25
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................................................... 27

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3. Sensores de Proximidade, Óticos e de Temperatura

Neste capítulo abordaremos os sensores mais utilizados em Automação Industrial para a detecção de peças,
de materiais orgânicos, de presença ou ausência e de temperatura. Diferente dos sensores apresentados no
capítulo anterior, neste capítulo abordaremos os sensores que apresentam os mesmos princípios, mas com a
intenção de detectar a ausência ou a presença de peças/materiais e usaremos o princípio dos sensores
resistivos para detectar a variação da temperatura.

3.1. Termos e Denominações tecnicas utilizados em Sensores

3.1.1 - Superfície Sensora


Ë o lado do sensor ou dos transdutores que é sensível à variação de uma grandeza elétrica,
magnética,ótica ou eletromagnética. A maioria dos sensores tem somente uma face sensora, e devemos
regular a montagem dos sensores para que esta face fique dentro das especificações tecnicas.

3.1.2. Distância Sensora


É a distância na qual o alvo a ser sensoreado, ao aproximar-se da superfície sensora, ativa o sensor, causando uma
mudança na variável de saída. Alguns sensores não tem distância sensora, como os sensores térmicos e resistivos,
porém mesmo nestes sensores há a necessidade de se prever a distância de atuação. Pode ser dividido em:
• Distância sensora nominal: É aquela estipulada pelo fabricante, em condições de laboratório ( em mm)
• Distância sensora real: é aquela na qual as condições de temperatura, pressão, umidade, etc... dependem do
local onde ele é instalado.

3.1.3. Tolerância da Distância Sensora


É a percentagem possível de se variar a distância sensora sem que exista alteração no efeito de saída. É dado em
valores percentuais do valor da distância sensora nominal.

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3.1.4. Calibração
Significa zerar a escala de um sensor, tornando o pronto para uma próxima leitura. Existem sistemas de auto-
calibração eletrônica, em tempo real, portanto, dinâmicas e também existem sistemas de calibração mecânica,
geralmente feito uma vez e que perdura por umcerto tempo (1 ano, 1 mês, etc...).

3.1.5. Zona Morta


É a região de uso do sensor em que a saída não varia, ou em que a saída varia muito pouco, tornando o erro muito
grosseiro. Esta região deve ser evitada para o uso em controle de processos.

3.1.6. Resistência de Saída


É a resistência interna do sensor, e que produz uma queda de tensão quando o transdutor está ativo, podendo
prejudicar o sinal vindo do transdutor.

3.1.7. Corrente sem carga


É a corrente de consumo do sensor quando a sua saída está desativada, ou seja, sem drenar nenhuma corrente de
carga.

3.1.8. Corrente de Carga máxima permitida


É a máxima corrente que o sensor pode comutar na sua saída sem danificá-lo. Normalmente este valor é em
miliampéres.

3.1.8. Corrente de Surto (instantânea)


É a máxima corrente que pode fluir pelo contato do sensor, no isntante de fechamento, por um período de tempo
curto.

3.1.9. Função de Saída


Com o sensor desacionado, o elemento de saída ( tiristor ou transistor) estará cortado (Função NA) ou saturado
(Função NF). Alguns sensores tem duas saídas reversíveis, isto é, uma NA e outra NF1. Podemos classificar ainda
as saídas em PNP e NPN. A saída PNP é aquela em que a carga acoplado ao sensor está conectado entre terminal
Positivo e a Saída do Sensor,conforme mostra a figura 2.1a, e a saída NPN é aquela em que a carga acoplado ao
sensor está conectado entre terminal de Saída e o terminal negativo do Sensor, conforme mostra a figura 2.1b. No
Sensor tipo NPN, quando o sensor está acionado, a tensão de saída é próxima de zero e quando o sensor está
desacionado a saída é próximo de Vcc. Na Tabela apresentamos as possíveis combinações:

1
NA = Normalmente aberto
NF = Normalmente fechado
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SENSOR ACIONADO DESACIONADO


NPN NA Vsaída = 0 Vsaída = 1
NPN NF Vsaída = 1 Vsaída = 0
PNP NA Vsaída = 1 Vsaída = 0
PNP NF Vsaída = 0 Vsaída = 1

Figura 3-1 –Configuração (a) NPN e (b) PNP do estágio de saída de sensores

A função do diodo é proteger contra a inversão de polaridade e do diodo zener é iompedir a queima do
transistor de saída por um surto de tensão da fonte. Observe que os transistores são em coletor aberto (NPN) e
emissor aberto (PNP). Opcionalmente pode vir configurado com resistores de carga pré-definidos.
Além destas duas configurações, para alimentação em Corrente Contínua, existe a configuração NAMUR
(N), em que é necessário colocar o estágio amplificador no sensor, o que permite fazer qualquer lógica externa de
acionamento. Na figura 2 mostramos este sensor.

Figura 3-2 – Sensor Tipo N (Namur)

Para sensores em corrente alternada, a configuração a dois fios, conhecida como WA (normalmente Aberto) e
WF (normalmente fechado). Os sensores em CA possuem circuito de saída em estado sólido (tiristor) ou
acionando relés. Na figura 3 mostramos a configuração WA e WF.

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Figura 3-3 – Sensor AC Tipo Wa ou WF


É importante salientar que a saída destes sensores é digital, isto é, zero (0) ou um (1), portanto a saída destes
sensores é apropriada para o controle digital, seja através de circuitos digitais ou para circuitos microprocessados.

3.1.10. Alimentação
Os sensores podem ser alimentados com tensão contínua ou alternada, variando sua alimentação entre dois
valores, mínimo e máximo. Tipicamente, pode ser alimentado entre 10 e 30 VCC, e alguns sensores tem proteção contra
inversão de polaridade, ou entre 90 e 250 VCA.

3.1.11. Repetibilidade
Definida como a Precisão do ponto de acionamento para mais de uma operação consecutiva do sensor,e m
condições constantes de operação. Essa medida é geralmente dada em “mm” de desvio em relação à medida
central. Por exemplo: ≤ 0,01 mm

3.1.12. Histerese
É a diferença entre o ponto de acionamento do sensor quando a superfície sensora se aproxima do sensor, e o
ponto de desacionamento, quando a superfície sensora se afasta do sensor. Geralmente é dado em valores
percentuais da distância sensora nominal. Por exemplo: 15 %.

3.1.13. Ripple Máximo


É a máxima oscilação do sinal de saída que o mesmo pode Ter ao ser acionado; geralmente é dado em valores
percentuais, indicando o quanto o sinal de saída pode crescer acima do valor nominal da tensão de saída.

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3.1.14. Faixa de Temperatura de Operação


É a faixa ( valor mínimo e máximo) recomendado de temperatura de trabalho do sensor ( em oC ). Um sensor
trabalhando fora de suas características apresenta maiores erros de medida ou de atuação.

3.1.15. Grau de Proteção


Um sensor deve vir protegido contra algumas agressões externas, tais como: poieras, limanhas, pingos dágua,
vapores, etc... Para isso eles são geralmente blindados e possuem uma carcaça em resina epóxi, e a superfície
sensora é protegida. A medida do grau de proteção obedece as normas de padronização, e geralmente é IP 67.

3.1.16. Tempo de subida e descida


Quando um sensor passa do estado desacionado para o estado acionado ele leva um certo tempo para comutar da
tensão mínima para a tensão máxima. Este tempo é o tempo de subida da tensão ( conhecido tecnicamente como
rise-time). O contrário é o tempo de descida (down time). Uma outra forma de mensurar este tempo é através do
Slew-rate, ou seja, taxa de crescimento da tensão, que é dado pela divisão entre a diferença de tensão em Volts
(máxima menos a mínima) e o tempo necessári o para a subida da tensão (µs).

3.1.17. Indutância Interna e Capacitância interna


Quando os sensores são alimentados em corrente alternada, aparecem indutâncias e capacitâncias internas, que em
corretne contínua eram desprezíveis. Estes elementos apresentam um impedância para a fonte de tensão CA e são
medidos em µH e nF.

3.1.18. Sinalização do Acionamento


Quando os sensores atuam, normalmente é indicado a atuação através de um LED (Diodo Emissor de Luz)
colocado na parte traseira do sensor. Este tipo de sinalização é excelente para se perceber de maneira imediata se o
sensor está ou não atuando, e indica diretamente se existe problemas no seu funcionamento.

3.1.19. Montagem Faceada e Montagem não faceada


Sensores com a parte ativa blindada em metal podem ficar montados rente ao suporte de aço sem serem
prejudicados em sua ação, porém os sensores indutivos com parte ativa blindada em caixa plástica nãopodem ficar
embutidos rente ao suporte de aço, pois isso prejudica a sua operação.

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3.1.20. Simbologia

Utilizamos uma simbologia para facilitar a construção de diagramas de blocos lógicos em circuitos indicando se a
configuração do sensor é PNP ou NPN. Podemos ter 4 configurações possíveis:

Configuração Função Função


PNP NA NF
NPN NA NF

Na figura mostramos uma configuração PNP NF e uma NPN NA.

3.2. Sensores de Proximidade Indutivos

Atua baseado na modificação do campo magnético de alta freqüência, gerado por um oscilador
indutivo-capacitivo. O seguinte diagrama expressa as partes constituintes do sensor, que são:
• Oscilador
• Demodulador
• Detector de Nível de Tensão
• Amplificador de Saída

3.2.1. Circuito Oscilador

De acordo com a figura abaixo, o oscilador de alta freqüência gera um campo magnético alternado,
atuando na face sensora. Quando um material ferromagnético se aproxima da face sensora, a relutância do

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caminho magnético é alterada pela inserção de um objeto. Com isso o oscilador, que oscila na freqüência
dada pela raiz quadrada de L vezes C pára de oscilar, diminuindo a sua amplitude de oscilação.

3.2.2. Demodulador
Tem a função de converter o sinal do oscilador num nível de tensão contínua que será comparado
posteriormente pelo circuito detector de nível.

3.2.3. Detector
É um circuito comparador de tensão, que compara a saída do circuito demodulador com uma tensão
de referência, cuja saída admite somente dois estados: Nível lógico alto ou nível lógico baixo. O comparador
usado é um comparador do tipo Schmidt-Trigger.

3.2.4. Amplificador de Saída

Tem a função de amplificar o sinal que vem do comparador, acionando uma chave de saída de estado sólido (
Transistores ou Tiristores) ou uma bobina de um relé.

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Na figura abaixo temos um diagrama completo do funcionamento do sensor, já com seu estágio amplificador
de saída, na configuração NPN.

Na figura abaixo reproduzimos a foto de alguns sensores comumente utilizados.

A tabela seguinte mostra as informações técnicas gerais dos sensores CC e CA. Este valores foram retirados
do catálogo da Proxibrás.

CORRENTE CONTÍNUA NPN E PNP INFORMAÇÕES TÉCNICAS


Tolerância da distância sensora 10%
Repetibilidade ≤ 0,01 mm
Histerese ≅ 15%
Tensão Nominal de Operação 10 a 30 Vdc
Riplle máximo 10 %
Corrente sem carga (consumo) 10 mA
Corrente de carga máxima permitida 200 mA
Faixa de Temperatura de Operação -25 C a + 70 oC
o

Classe de Proteção IP 65

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Tempo de Subida e descida 1 V/us


Indicador de Estado LED

CORRENTE ALTERNADA INFORMAÇÕES TÉCNICAS


Tolerância da distância sensora 10%
Repetibilidade ≤ 0,01 mm
Histerese ≅ 15%
Tensão Nominal de Operação 90 A 250 Vac
Faixa da freqüência de alimentação 40 a 60 Hz
Corrente de surto (na chamada) 2A
Corrente de carga máxima permitida 200 mA
Corrente de carga mínima 10 mA
Corrente de residual na carga (sensor aberto) ≤ 5 mA
Faixa de Temperatura de Operação -25 oC a + 70 oC
Classe de Proteção IP 68
Queda de Tensão no sensor acionado ≤8V

3.2.5. Utilização

É largamente empregado para a detecção da passagem de metais, em máquinas operatrizes, injetoras de plástico,
máquinas texteis, máquinas de embalagem, linhas transportadoras, automobilísitica, etc...

3.2.6. Vantagens
• Invólucro em polipropileno ou tubos de ABS (metálico);
• Funciona em qualquer ambiente;
• Acionamento sem contato mecânico, permitindo elevado número de atuações;
• Chaveamento eletrônico;
• Alta durabilidade, vedados e imunes a vibrações;
• Sem manutenção;
• Com porcas e roscas de fixação em suportes.

3.3. Sensores de Proximidade Capacitivos

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Foram desenvolvidos para atuarem com aproximação de materiais orgânicos tais como: plásticos, pó, madeira,
vidro, papel e atuam também com a aproximação de metais. É constituído das seguintes partes internas:

3.3.1. Princípio de funcionamento

Este sensor funciona de maneira semelhante ao sensor indutivo, tão somente que agora, ao invés de se ter um
campo magnético, temos um campo elétrico produzido por um capacitor de placas paralelas colocado de forma aberta,
formando uma região do espaço onde há linhas de campo elétrico. Quando um material penetra nessa região, ocorre
uma alteração do dielétrico do capacitor, variando-se a capacitância, que por sua vez altera as condições de oscilação,
diminuindo a amplitude fornecida pelo oscilador. O circuito detector de nível sente esta variação e comuta o estado de
uma chave (transistor) na saída do sensor, indicando a entrada de algum material orgânico na região sensora.
É importante salientar que, pelo fato de que o sensor funciona baseado na variação do valor do dielétrico, a
massa e o tipo de material influenciam de maneira distintas na ação do sensor. Logo, se desejarmos detectar
materiais tipo PVC, há uma redução da distância sensora nominal em torno de 60%; madeira é de 50% e assim por
diante. Os sensores são calibrados para detectar o cobre, sendo este o padrão de referência.
Devido a este efeito, podemos detectar, por exemplo, água dentro de uma garrafa de PVC, ajustando a
distância sensora para que o sensor não detecte a presença do PVC, mas da água. Alguns modelos permitem o ajuste
da Distância Sensora Nominal por meio de um potenciômetro externo.

3.3.2. Exemplos de Aplicação

Alguns exemplos são esclarecedores sobre os principais usos de sensores capacitivos.

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3.3.3. Dados Técnicos

Alguns dados Técnicos são apresentados na tabela seguinte:

Corrente Continua Corrente Alternada


Tensão de Alimentação 10 a 30 Vdc 90 a 250 Vac
Freq. da rede0 - 40 a 60 Hz
Riplle máximo 10% -
Freq. máxima de operação 10 Hz % Hz
Consumo 15 mA a 24 Vdc 5 mA
Corrente máxima de carga 400mA 200 mA
Queda de tensão na carga 1 Vdc 10 Vac
Faixa de Temperatura -10 C a + 50 oC
o
-10 C a + 50 oC
o

Classe de Proteção IP 67 IP 67
Indicação de Acionamento LED LED

A simbologia empregada é a mesma que a usada em sensores indutivos.

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3.4. Sensores Fotoelétricos

São sensores utilizados para a detecção de qualquer material que interrompa ou desvie um feixe de luz emitido por
um circuito emissor. Podem detectar qualquer material sólido e até mesmo alguns materiais semi-transparentes,
tais como a água e o plástico. Apresentamos abaixo uma fotografia deste tipo de sensor.

3.4.1. Princípio de Funcionamento

O seguinte circuito mostra o princípio de funcionamento do sensor.

No circuito transmissor, o LED é excitado com uma corrente pulsante em alta freqüência, emitindo uma luz
também pulsante. Esta luz incide na base de um foto-transistor que se polariza conduzindo a corrente entre o
coletor e o emissor, gerando um pulso de corrente na mesma freqüência da luz incidente. Este sinal é filtrado
gerando um nível de tensão CC para o circuito detector de nível (usando um Amplificador Operacional como
Comparador de tensão). Se houver o interrompimento do feixe de luz, o sinal após o filtro cai a valores muito
baixos, permitindo que o comparador detecte a presença de algum material colocando um nível lógico alto em sua
saída, que será amplificada e acionará uma carga de saída.

3.4.2. Tipos de Construção

Existem 3 tipos de construção de Sensores fotoelétricos:

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Sistema por Barreira

O transmissor e o receptor estão em unidades distintas e devem ser dispostos um em frente do outro para que o
feixe emitido alcance o circuito receptor. Neste sistema o sensor é acionado quando o feixe for interrompido ou
desviado por um objeto.

Sistema Foto-Sensor

O transmissor e o receptor estão na mesma unidade sensora, porém deslocados (um abaixo do outro). O sensor só
será acionado se o objeto a ser detectado reflete a luz emitida pelo emissor direcionando-a para o receptor. Devido
a esta característica, a distância sensora varia de material para material e a distância sensora nominal é calibrado
para o papel fosco branco.

Exemplos de fatores de correção:

Papel Branco Fosco 1,0


Metal polido 1,2 a 1,6
Alumínio Anodizado 1,1 a 1,8
Tecido 0,6
PVC Marrom 0,5
Madeira 0,4
Papel preto 0,1

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Sistema Refletivo com Espelho Prismático

O transmissor e o receptor estão na mesma unidade, e o feixe de luz enviado pelo emissor é refletido por um
espelho prismático alcançando o receptor. Quando algum material interrompe o feixe de luz, o sensor atua. A distância
de operação depende da intensidade da luz emitida e da quantidade refletida.

3.4.3. Simbologia Utilizada

A simbologia utilizada para representar estes sensores é apresentada a seguir.

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3.4.4. Dados Técnicos mais Comuns

Tensão de Alimentação 10 a 30 Vdc


Consumo de Corrente máxima 20 mA
Riplle máximo 10%
Freq. máxima de operação 100 Hz
Mínima largura de pulso na obstrução 5 ms
Mínima largura de pulso na desobstrução 5 ms
Faixa de Temperatura -10 oC a + 60 oC
Classe de Proteção IP 65
Indicação de Acionamento LED
Proteção Inversão de polaridade
Saídas – Carga máxima 400 mA
Configuração Elétrica NPN ou PNP
Ajuste Por Trimpot externo
Corpo Latão cromado – plástico com rosca

3.4.5. Exemplos de Aplicação

Alguns exemplos de aplicação são apresentados abaixo para maior clareza da utilidade e versatilidade de aplicação
deste tipo de sensor. Devemos, entretanto, tomar cuidado na instalação para que este sensor não se ja colocado em
local sujeito a poeiras em excesso ou sujeiras, pois estas podem cobrir a face do receptor ou do emissor
inutilizando a sua ação. Deve-se fazer uma limpeza periódica das lentes, e em locais com excesso de luminosidade
deve-se fazer testes tais que garantam a operação segura do sensor.

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3.5. Sensores de Temperatura

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3.5.1. Termo-resistências e Termístores

O principio se baseia no fato de que resistências variam o seu valor em função da temperatura, de acordo com a
equação:
R (T ) = R0o C . (1 + α .T )

Onde α é o coeficiente de variação da resistência elétrica em função da temperatura, T é a temperatura onde se


quer saber o valor da resistência e Ro é a resistência à 0oC.

Vários materiais são usados , mas os mais conhecidos são: o cobre, a platina, o Níquel e uma liga de Rh (99,5%)
com Fe (0,5%).

As termo-resistências e os termístores são elementos que exibem uma variação do valor nominal da sua resistência
em função da temperatura.
A distinção entre termo-resistência e termístor (ou termistência) prende-se com o tipo de material utilizado na sua
construção. Assim,

(i) as termo-resistências, que em língua inglesa se designam por resistance temperature detectors, RTD,
utilizam materiais condutores como a platina, o cobre ou o níquel;

(ii) e os termístores (ingl. thermal resistors) utilizam misturas de cerâmicas de óxidos semicondutores, como o
magnésio, o níquel, o cobalto, o cobre, o ferro, o titânio, etc., no caso das resistências com coeficiente de
temperatura negativo (negative temperature coefficient, NTC), e de titanato de bário, no caso das PTC
(positive temperature coefficient). Os NTCs possuem uma variação da resistência negativo em relação à
temperatura (tipicamente em torno de –4% por oC) , e os PTC, possuem um a variação positiva.Em geral são
usados para medir a temperatura numa faixa entre –50oC até 300 oC.

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Outros termos vulgarmente utilizados na classificação dos termistores são os seguintes: silístor, para designar os
termístores do tipo PTC de relativa linearidade, e termístor comutado (switched-type), para indicar os termístores que
manifestam um aumento brusco no valor nominal da resistência a partir de uma temperatura pré-estabelecida.
As termo-resistências e os termístores são amplamente utilizados como sondas de temperatura em aplicações
industriais, em aparelhagem médica, em eletrodomésticos, em instrumentação para investigação científica, no setor
automobilistico, em telecomunicações, em aplicações militares, etc. Em algumas aplicações destinam-se a medir
valores absolutos de temperatura baixas, como é o caso das aplicações médicas, ao passo que noutras, como as
aplicações industriais, podem destinar-se a medir temperaturas de várias centenas de 0C. Outra distinção importante
consiste na precisão da medida de temperatura a efetuar. Em alguns casos uma precisão de 1ºC na medição da
temperatura é suficiente, ao passo que noutras se exige uma precisão da ordem da décima ou, até mesmo, da centésima
de grau. Por outro lado, o circuito de amplificação do sinal pode ser mais ou menos complexo, por vezes envolvendo
mesmo condicionadores de sinal e placas de aquisição de dados para digitalização da informação e processamento em
computador.
Na Figura 3.1.1 ilustra-se de forma qualitativa algumas características temperatura-resistência possíveis para as
termo-resistências e os termístores. As termo-resistências de platina são largamente utilizadas em sondas de
temperatura de elevada precisão, em particular devido às elevadas gama e linearidade da característica. Convém
salientar o fato de que a grande maioria das termo-resistências e termístores se caracterizarem por serem
acentuadamente não-lineares. Atualmente existem no mercado termístores em formato de gota, tubo, disco, anilha ou
circuito integrado, e com diâmetros que podem variar entre 0.1 mm e vários centímetros (ver os croquis e as
fotografias da Figura 3.1.1).

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Figura 3-4 -Comportamento do NTC, PTC e Termístor e seu formato externo

As resistências de platina (RTD) pura (maior que 99,999%) têm um coeficiente de temperatura em torno de
0,4% por oC; são altamente estáveis e lineares e atuam numa faixa de temperatura bem larga (entre –200oC até
1000oC), mas são muito caros.
Comercialmente, o Pt-100 é um dos mais utilizados sensores de temperatura na faixa entre 0 graus e 600 graus
centígrados. Possuem alta estabilidade e repetibilidade. Vêm montados em bainhas metálicas preenchidas com óxido
de magnésio (permite boa troca térmica) e suportes, facilitando muito a sua utilização em diversos ambientes
industriais. As ligações são muito resistentes e a ponta é isolada com epóxi, tornando o sensor muito robusto.

3.5.2. Termopares ou Termoelementos

Quando dois metais diferentes são unidos de modo a formar uma junção, algumas propriedades elétricas se
manifestam em função da temperatura. Esse efeito é chamado de efeito termoelétrico (ou termoeletricidade), e são
classificados em 4 tipos : Seebeck, Peltier, Volta e Thompson.

Na Figura 3-5 - Exemplo de ligação com termopar de Fe-Cu vê-se a montagem de um circuito com termopar e como se
pode medir a tensão elétrica. A diferença de potencial medida entre os pontos A e B é proporcional à diferença de
temperatura T1 e T2. Se T2 é mantido constante, então a tensão é somente proporcional à T1.

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Figura 3-5 - Exemplo de ligação com termopar de Fe-Cu


Existem diversos tipos de ligas usadas para se fazer termopares, cada uma com uma faixa de aplicação e
características de aplicação. Alguns exemplos são mostrados na tabela abaixo:

Tipo Fio Positivo Fio Negativo Faixa de Utilização Aplicação


o o
T Cobre Cobre-níquel -200 C a 350 C Baixas temperaturas

J Ferro Cobre-níquel -40 oC a 750 oC Até 700 oC

E Níquel-cromo Cobre-níquel -200 oC a 900 oC Até 900 oC

K Níquel-cromo Níquel-aluminio -200 oC a 1200 oC Acima de 500 oC

R Platina-ródio Platina 0 oC a 1600 oC Processos de alta precisão

B Platina-ródio Platina-ródio 600 oC a 1700 oC Precisão em altas temperaturas

Alguns conceitos associados a termopares:


A F.E.M gerada não depende do comprimento dos termopares, do diâmetro do fio e nem depende da
distribuição da temperatura ao longo o fio. Depende exclusivamente do tipo de material e da temperatura
entre as junções (t1 e t2).
Permite usar fios de extensão de qualquer material. O material de soldagem não influi na F.E.M gerada
pelo termoelemento, desde que mantidos sob a mesma temperatura que o ponto T2.

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Deve-se compensar a temperatura T2 (em geral a temperatura ambiente) quando se quer ter a diferença
absoluta de temperatura (nesse caso T2 deve estar a 0 oC).
A resposta dos termopares é ligeiramente não linear nas extremidades da temperatura para a qual ele foi
projetado, devendo-se usar a parte central da temperatura e não os extremos.
É comum usar um fio de mesma característica do termopar para estender a junção T2 até o instrumento,
quando o instrumento está muito longe do ponto de medição. Este tipo de fio é chamado de “fio de
compensação”. Com isso evita-se erros de leitura, desde que a temperatura da junta de medição seja
diferente do local onde está o instrumento indicador.
Termopares podem ser associados em série (com oposição de polaridade ou não) para se conseguir maior
amplitude do sinal ou em paralelo para obter-se a média das medidas.

3.5.3. Termômetros de Dilatação de líquidos

O termômetro é baseado no princípio da dilatação ou contração de um liquido com a temperatura e com seu
coeficiente de expansão. Os líquidos mais comuns são o mercúrio, álcool etílico, querosene ou tolueno. Esses
líquidos, quando presos num tubo capilar de volume constante (no vácuo), dilatam-se ou contraem-se e,
visualmente, deslocam-se sobre uma escala graduada indicando a temperatura (em relação a uma temperatura de
referência). Na Figura 3-1 vemos um termômetro de vidro.

Figura 3-6 - Termômetro de vidro

Conhecido o volume inicial (Vo) a uma dada temperatura inicial (To), o coeficiente de dilatação β e o volume
final (Vm), a temperatura a ser medida (Tm) é função somente destes parâmetros. A equação 3.1 mostra essa
relação.

Vm = Vo . (1 + β .(Tm − To)
Equação 3-1 - Relação entre volume e temperatura em termometros
Termômetros que utilizam ponteiros indicadores são geralmente construídos com os tubos de Bourbon (tipo C, helicóide ou
espiral) para medir o deslocamento volumétrico do liquido em expansão.

3.5.4. Outros meio de se medir a temperatura

Para medir temperaturas muito baixas com precisão, usa-se o criogênio como elemento sensor.
Existem Circuitos integrados que sensoram a temperatura, tal como o LM335, o LM 35 (National) ou
o AD590 (Analog Device) e que apresentam o conjunto sensor–eletrônica integrados num único chip.

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A variação da freqüência do quartzo com a temperatura é explorada para se construir termômetros de


alta precisão e repetibilidade. O HP2804A, da Hewlet-Packard, utiliza este princípio.
Um método interessante de medir temperatura sem contato é através do pirômetrode radiação (entre
750 oC e 3000oC) com uma incerteza entre 4oC e 20oC.. Este equipamento se baseia no princípio de
que os corpos quentes emitem radiação na faixa do infravermelho. Esta radiação é detectada e revela a
temperatura daquele corpo. (Este princípio é utilizado para estimar a temperatura de corpos celestes,
por exemplo).

3.6. Foto-resistências (LDR)

As foto-resistências são componentes de circuito cujo valor nominal da resistência elétrica é função da
intensidade da radiação eletromagnética incidente (em língua inglesa são designadas pela sigla LDR, light dependent
resistor). As foto-resistências são geralmente construídas com base em materiais semicondutores, designadamente
silício, germânio, arsênio, telúrio e compostos de cádmio e de chumbo, todos eles materiais para os quais a densidade
de portadores livres na banda de condução é uma função, entre outras, da intensidade e do comprimento de onda dos
fótons incidentes. Em materiais como o silício a incidência de fótons com comprimento de onda λ=1.1 µm conduz à
geração de pares elétron-buraco, isto é, induz a passagem de elétrons da banda de valência para a banda de condução,
deixando atrás de si buracos. Assim, uma vez que a resistividade de um material é uma função decrescente da
densidade de portadores livres disponíveis, neste caso função seja da densidade de elétrons livres na banda de
condução, seja da densidade de buracos na banda de valência, conclui-se ser negativo o coeficiente de luminosidade
deste tipo de resistências. Por outro lado, materiais como o germânio e o arseneto de índio apresentam maior
sensibilidade à radiação de comprimento de onda λ=1.85 µm e λ=3.54 µm, respectivamente, sendo as diferenças
função apenas da maior ou menor amplitude das respectivas bandas proibidas. Atualmente existem no mercado foto-
resistências que cobrem as gamas de radiação eletromagnética infra-vermelha, visível e ultra-violeta.
As foto-resistências são amplamente utilizadas em aplicações industriais, de instrumentação e militares, como
indicadores de nível em reservatórios de líquidos, sistemas de alarme e de controlo à distância, etc. A variação da
resistividade com a intensidade luminosa segue uma lei aproximadamente exponencial, sendo comum encontrar foto-
resistências cujo valor nominal da resistência elétrica pode variar de um fator de 100 numa gama de intensidades
luminosas compreendidas entre 5 e 104 lux. Na Figura 3.15 ilustram-se o símbolo e algumas das foto-resistências
atualmente existentes no mercado.

Figura 3.1.2 –Simbologia dos foto-resistores

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(Foto de LDRs comuns)

3.7. Outros sensores resistivos

Para além das aplicações apresentadas anteriormente, a resistividade dos materiais pode ser utilizada para
detectar a presença ou a variação de uma quantidade muito variada de grandezas, tais como o campo magnético, a
pressão ou aceleração, certos agentes químicos como a umidade, o monóxido de carbono, o fumo de tabaco, etc.
Uma das classes mais importantes de sensores resistivos são as magneto-resistências. Estes sensores são
componentes de circuito nos quais o valor nominal da resistência elétrica é uma função da intensidade do campo
magnético no qual se encontram imersas. As magneto-resistências baseiam o seu princípio de funcionamento na
interação existente entre o campo magnético e o fluxo de corrente elétrica, que se manifesta através da designada força
de Lorentz. As magneto-resistências são utilizadas na construção de cabeças de leitura de fitas e discos magnéticos,
designadamente em aplicações áudio, vídeo, memorização de informação em sistemas de computadores, identificação
de padrões em cartões magnéticos, instrumentação e equipamento de controle, etc.
Existe ainda um vasto conjunto de sensores resistivos designado por químio-resistências. Em todos estes
componentes, a resistividade é uma função da concentração de agentes químicos presentes no ambiente em que se
encontram imersas. As químio-resistências são utilizadas na medição da umidade relativa do ar, em cujo caso são mais
propriamente designadas por higro-resistências, mas também na detecção de gases como o monóxido de carbono, o
hidrogênio, o dióxido de azoto, o etanol, o metano, o fumo de cigarro, etc. As químio-resistências são em geral
construídas a partir da deposição de um óxido metálico num material inerte como o óxido de silício, mas também a
partir de certos cristais orgânicos ou polímeros condutores. Em geral, este tipo de resistências apresenta um coeficiente
de variação negativo.

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BIBLIOGRAFIA

[1] – Manual Técnico da Proxibrás S.A.

[2] - Manual Técnico da FESTO

[3] - Manual Técnico da ATOS

[4] - Manual Técnico da AROMAT

[5] – Apostila do Curso Pós-Técnico em Equipamentos Médicos e Hospitalares – Prof. Flávio

Soares Publicação Interna da ETFSC – 1998.

[6] – “Sensor for Measurement and Control” – Peter Elgar, Editora TecQuipment – 1998.

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