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São Paulo
2010
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Dr. Arnaldo Schizzi
Cambiaghi
CRM - 33.692
A DEUS,
que me deu saúde, inteligência, uma família ma-
ravilhosa, uma profissão abençoada e uma equipe de
profissionais incríveis que trabalham ao meu lado, aju-
dando e apoiando sempre para que o melhor seja feito
pelas minhas pacientes.
As principais religiões do mundo
Monoteísmo1
Politeísmo2 Neopaganismo
• Asatrú
• Druidismo
• Helenismo
• Kemetismo
• Wicca
• Xamanismo
• Satanismo
Abraâmico4 • Cristianismo5:
Catolicismo, Protestantismo, Mormonismo, Adventismo, Jeovismo,
Espiritismo, Ortodoxia e Assíria
• Judaísmo:
Fariseus, Saduceus, Essênios, Cabala, Masorti, Haredi Mitnagdim, Nazarenos,
Neturei Karta, Chabad Lubavitch, Caraísmo, Mashichismo, Ebionismo,
Reconstrucionista, Messiânico e Humanístico
• Islamismo:
Sunismo, Xiismo, Kharijismo, Wahhabismo, Ismaelismo, Sufismo Babismo,
Fé Bahá’í e Rastafári
Não-abraâmico6 • Seicho-No-Ie
• Messianismo
• Bramanismo
• Zoroastrismo
• Sikhismo
• Religiões de matriz africana
• Religiões tradicionais africanas
• Religiões afro-americanas
• Religiões afro-caribenhas: Santería e Vodu
• Religiões afro-brasileiras: Batuque, Candomblé, Tambor de Mina, Xangô do
Nordeste, Umbanda, Quimbanda
Quem somos........................................................................... 13
Capítulo 5 Ortodoxismo....................................................... 91
Dividindo sonhos,
multiplicando alegrias
Nossa Missão
Usar a arte da Medicina, o Conhecimento e a Tecnologia
em prol do bem-estar da mulher, valorizando, no atendimen-
to, as relações entre médico, equipe e paciente.
Enfatizar que o Universo Humano não se limita à
esfera orgânica. A saúde perfeita envolve também as-
pectos emocionais e afetivos.
Nossos Valores
Respeito, honestidade e transparência nas rela-
ções com os clientes e colegas da área de saúde.
Valorizar, sem exceção, os princípios éticos que re-
gem a Medicina.
16 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
Visão
Atingir o máximo de sucesso nos procedimentos
médicos realizados, utilizando o que há de melhor e
mais atual na ciência, sem esquecer a ética e a humani-
zação dos tratamentos.
Capítulo 1
Biorreligião
Mensagem do autor
O que é Infertilidade?
Um indivíduo, homem ou mulher, é considerado in-
fértil quando apresenta alterações no sistema reprodutor
que diminuem a capacidade ou o impedem de ter filhos.
A princípio, um casal é considerado infértil quando após
12 a 18 meses de relações sexuais frequentes e regula-
res, sem nenhum tipo de contracepção, não conseguem
a gestação. Entretanto, esse período pode variar com a
idade da mulher e a ansiedade do casal. Não é necessário
que um casal cuja mulher tenha mais de 35 ou 38 anos
espere este tempo, pois nesta fase de vida em que a fer-
tilidade diminui gradativa e progressivamente, seis meses
valem muito, e, por isso, poderemos abreviar esse perío-
do para seis a doze meses, ou menos. Após os 40 anos,
três ou quatro meses já são o suficiente. Nem sempre
os casais, mesmo os mais jovens, com menos de 30,
26 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
FIGURA 1
NOTA 1
NOMENCLATURA
Quantidade de
Nome científico
espermatozoides
AZOOSPERMIA AUSÊNCIA DE
ESPERMATOZOIDES
OLIGOSPERMIA ABAIXO DE 20 MILHÕES/ML
OLIGOSPERMIA SEVERA ABAIXO DE 05 MILHÕES/ML
POLISPERMIA ACIMA DE 250 MILHÕES/ML
NECROSPERMIA ACIMA DE 30% DE
ESPERMATOZOIDES MORTOS
Aspectos importantes sobre a Pesquisa e os Tratamentos da Infertilidade 37
FIGURA 2
Aspectos importantes sobre a Pesquisa e os Tratamentos da Infertilidade 39
V. Fator Imunológico
O fator imunológico, que já teve sua importância
no passado, tornou-se restrito e, atualmente, sua con-
tribuição como causa de infertilidade é bastante limita-
da. Alguns testes como o Pós-Coito, ou Sims-Huhner,
que consiste em identificar, sob a luz do microscópio,
o comportamento dos espermatozoides em contato
com o organismo feminino, já há algum tempo deixou
de ser utilizado. Outros exames, incluindo as trombo-
filias – que são: anticorpos, anticardiolipina, anties-
permatozoides, antitireoidianos, fator anticoagulante
lúpico, fosfatidil serina, células NK, IgA, Fator V de
Leiden, MTHFR (Metilenotetrahidrofolatoredutase),
25OH Vit D, entre outros – podem ainda ser indicados
em situações específicas. Em alguns casos especiais,
e somente em casos muito bem selecionados, pode
40 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
O que fazer?
A conduta médica deve ser baseada na idade da
mulher, no tempo de infertilidade, na ansiedade e ex-
pectativa do casal e na disponibilidade econômica. Se
uma mulher é extremamente jovem e está tentando
engravidar há pouco tempo (um ano, por exemplo), po-
de-se aguardar ou realizar tratamentos simples e con-
servadores, como a indução da ovulação (ou relação
sexual programada, coito programado, “namoro” pro-
gramado). Para esses casais, a introdução de terapias
naturais ou complementares e algumas mudanças de
hábitos podem trazer benefícios. Mulheres com mais
idade merecem tratamentos com maiores chances de
êxito (Inseminação Intrauterina, Fertilização in Vitro),
pois, com o passar dos anos, as chances de gravidez
diminuem gradativamente. O importante é deixar claro
que Infertilidade Sem Causa Aparente ou Infertilidade
Inexplicável é bastante comum em casais que não con-
seguem ter filhos.
Tratamentos convencionais
A indicação terapêutica baseia-se na história clíni-
ca do casal, juntamente com a avaliação da pesquisa
básica laboratorial. Leva-se também em consideração
a ansiedade do casal e as alterações encontradas nos
exames realizados. A idade da mulher tem força deci-
siva por ser um fator que desequilibra as tendências e
norteia o melhor caminho para obtenção da gestação.
Quase sempre haverá mais do que um tratamento
disponível e, na maioria das vezes, caberá ao casal a
decisão final pelo tipo de tratamento. O médico dará
as opções, orientando e ponderando, mas quem de-
cidirá o caminho será a mulher e o homem que dese-
jam ter filhos.
42 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
Até 25 anos
25 a 30 anos (-) 4%
30 a 35 anos (-) 19%
35 a 40 anos (-) 40%
> 40 anos (-) 95%
Os tratamentos
1 Tratamento medicamentoso: com remédios que
corrigem distúrbios hormonais que estariam preju-
dicando a fertilidade (hormônios).
2 Tratamento cirúrgico: para correção das alterações
anatômicas dos órgãos reprodutores – por micro-
cirurgia, videohisteroscopia e/ou videolaparoscopia
(inclusive em casos de endometriose).
3 Reprodução assistida: indução da ovulação (coito
programado), inseminação artificial e fertilização in
vitro (ICSI).
4 Doação de óvulos: se a mulher não produzir óvulos.
5 Banco de esperma: se o homem não produzir
espermatozoides.
Embora todos esses tratamentos sejam importantes,
será dada ênfase aos TRATAMENTOS DE FERTILIZAÇÃO
ASSISTIDA.
Aspectos importantes sobre a Pesquisa e os Tratamentos da Infertilidade 43
Os Tratamentos
de Fertilização Assistida
A Fertilização Assistida consiste em um conjunto
de técnicas laboratoriais utilizadas pelos médicos e
embriologistas para promover a fecundação do óvulo
pelo espermatozoide, quando ela não ocorre por meios
naturais. Os procedimentos médicos na Fertilização
Assistida são rigorosamente técnicos, feitos com equi-
pamentos de alta precisão, tecnologia de ponta e por
uma equipe especializada.
A Reprodução Assistida pode ser classificada
quanto à complexidade:
A) Baixa Complexidade
- Indução da Ovulação – coito programado, “Namoro”
programado.
B) Média Complexidade
- Inseminação Intrauterina
C) Alta Complexidade
- FIV (Fertilização In Vitro convencional; Bebê de
Proveta)
- ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide)
B) Inseminação Intrauterina –
(Média Complexidade)
A Inseminação Intrauterina, conhecida desde a
Antiguidade, é um recurso terapêutico de grande valor
no tratamento do casal infértil. As indicações dessa op-
ção são baseadas na impossibilidade ou dificuldade do
sêmen para alcançar o óvulo no aparelho genital da mu-
lher (tubas), impedindo, assim, a fecundação. As candi-
datas a essa modalidade terapêutica são as pacientes
que apresentam:
a) Muco cervical pobre ou deficiente.
b) Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA), Infertilida
de Inexplicável.
Aspectos importantes sobre a Pesquisa e os Tratamentos da Infertilidade 45
NOTA 2
FIGURA 3
Técnica
A técnica é relativamente complexa e sua execu-
ção pode ser dividida em seis fases:
1ª Fase - Bloqueio dos hormônios do organismo.
2ª Fase - Estímulo do crescimento dos óvulos.
3ª Fase - Coleta dos óvulos.
4ª Fase - Fertilização dos óvulos.
5ª Fase - Transferência do(s) embrião(ões) para o útero.
6ª Fase - Controle hormonal até o teste de gravidez.
Assim, detalhadamente, temos:
1ª Fase - Bloqueio dos hormônios do organismo
Consiste no bloqueio parcial do funcionamento
dos ovários com medicação adequada. Com esta con-
duta é possível ter o controle da função ovariana, não
havendo perigo de ocorrer ovulação fora do momento
previsto.
2ª Fase - Estímulo do crescimento dos óvulos
Existem vários esquemas de medicação para es-
timular o crescimento de um maior número de óvulos.
Havendo maior quantidade, têm-se mais embriões,
podendo ser escolhidos os melhores e, consequente-
mente, aumentando as chances de gravidez.
Esta fase dura de oito a doze dias e é acompanhada
pelo ultrassom transvaginal e por dosagens hormonais.
3ª Fase – Coleta dos óvulos
Em um ambiente cirúrgico e com sedação pro-
funda, os óvulos são aspirados através de uma agulha
acoplada ao ultrassom. Este processo é praticamente
indolor e dura alguns minutos. Neste dia, é realizada a
coleta do sêmen do marido.
Aspectos importantes sobre a Pesquisa e os Tratamentos da Infertilidade 49
FIGURA 4
FIGURA 5
50 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
FIGURA 6
Aspectos importantes sobre a Pesquisa e os Tratamentos da Infertilidade 51
Congelamento de embriões
Quando no início de um tratamento de fertilização
in vitro, uma questão bastante importante para mé-
dicos e casais diz respeito ao número de óvulos que
potencialmente serão produzidos durante o ciclo. Este
dado inicialmente parece ser de pouca relevância, mas
torna-se importante, pois o número de óvulos a serem
produzidos está diretamente relacionado ao número de
embriões que serão obtidos. Um número maior de em-
briões produzidos oferece à equipe médica uma maior
chance de escolha para a transferência, aumentando
as chances de sucesso. Oferece, também, melhores
condições para cultivos mais longos, cultura de blasto-
52 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
Congelamento de óvulos
O congelamento de óvulos é um procedimento re-
servado a casos especiais. O grande problema no pas-
sado era a perda da capacidade de fertilização destes
óvulos após o descongelamento, mas esse problema já
54 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
Doação de óvulos
Existem muitas causas de infertilidade, e pratica-
mente todas são tratáveis. Medicamentos induzem a
ovulação, quando ela não for adequada; cirurgias recu-
peram problemas da anatomia do aparelho reprodutor,
quando houver alterações, como aderências pélvicas
ou obstrução tubária; a endometriose é tratável pela
videolaparoscopia; os espermatozoides, quando não
estiverem presentes no sêmen, poderão ser retirados
do testículo por mini intervenções cirúrgicas e, por fim,
a fertilização in vitro resolve quase todos os problemas.
Todas essas dificuldades causam uma dor maior ou
menor no sentimento da mulher, e os tratamentos dispo-
níveis para esses problemas aliviam o sofrimento com al-
guma facilidade. De todos os diagnósticos conhecidos, o
mais difícil de ser aceito pela mulher é o da ausência de
óvulos capazes de serem fertilizados, isto é, o ovário não
fabrica mais óvulos capazes de gerar filhos. É um momen-
to de decepção, pois ela acredita que não será mais possí-
56 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
FIGURA 8
Biópsia Embrionária
PGD (Pré-Implantation Genetic Diagnosis) ou
DPI ( Diagnóstico Genético Pré-Implantacional)
NOTA 4
IMPORTANTE:
POR SER UM LIVRO DE ÂMBITO RELIGIOSO,
NÃO FORAM CONSIDERADOS OS EXAMES E
TRATAMENTOS DE BIÓPSIA EMBRIONÁRIA,
MANIPULAÇÃO GENÉTICA E CROMOSSÔMICA,
DIAGNÓSTICO GENÉTICO PRÉ-IMPLANTACIONAL,
REDUÇÃO EMBRIONÁRIA E CLONAGEM POR
CONTRARIAREM OS PRINCÍPIOS ÉTICOS DE TODAS
AS RELIGIÕES APRESENTADAS.
Capítulo 3
Bioética em
Reprodução Humana
Tatiana Lionço1 e Rosana Castro2
A relação médico-paciente,
consentimento livre e
esclarecido e vulnerabilidade
Na reprodução assistida, a transferência do mo-
mento da fecundação do ambiente íntimo domiciliar
do casal para o consultório introduziu o médico como
peça indispensável para a procriação. Esse profissio-
68 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
Critérios de elegibilidade
e normatização da família
A popularização das tecnologias reprodutivas no
Brasil se deveu à apropriação do seu debate pela mí-
dia, que tende a apresentar o tema de modo sensacio-
nalista, idealizando os feitos médicos e omitindo o alto
grau de insucesso que os procedimentos apresentam
na efetiva consumação da procriação (CORRÊA, 1997).
O imaginário popular é o de que a medicina venceu
as limitações biológicas dos casais inférteis, havendo
disponíveis no mercado alternativas terapêuticas que
garantem a realização do projeto reprodutivo de casais
para os quais a relação sexual não vinha viabilizando
uma gestação. Aliada a essa idealização da tecnologia
biomédica comparecem também muitas alusões aos
70 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
Manipulação genética
e destino de embriões
A criação de técnicas que permitem a fecundação
fora do corpo feminino inaugurou uma série de novas
situações para as quais a reflexão ética se mostra fun-
damental (NOVAES & SALEM, 1995). Um dos maiores
desafios éticos das novas tecnologias reprodutivas diz
respeito a pessoas e embriões que não estarão envol-
vidos na configuração familiar viabilizada pela reprodu-
ção assistida. As questões da barriga de aluguel, dos
doadores de esperma e dos embriões excedentes e
não implantados no útero merecem reflexão.
De acordo com a Resolução 1358/92 do Conselho
Federal de Medicina, é proibida a prática de doação tem-
porária do útero, popularmente conhecida como “barriga
de aluguel”, salvo quando a doadora mantiver parentesco
de até segundo grau com a mulher impedida de gestar o
bebê em seu próprio útero. Essa restrição não se funda-
Bioética em Reprodução Humana 73
Considerações Finais
Essa primeira aproximação ao tema da ética impli-
cada na assistência à reprodução humana visa conside-
Bioética em Reprodução Humana 77
Biodireito
em Reprodução Humana
Fabio Daniel Romanello Vasques1
Ortodoxismo
Entrevista com o Padre Gregório Teodoro
(Arquidiocese de São Paulo e de todo o Brasil)
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação (Fertilização Doação de Congelamento Congelamento deDoação
sêmen/
programado artificial embriões de óvulos de embriões
in vitro) óvulos
LIVRE LIVRE LIVRE LIVRE
CONTRA CONTRA CONTRA
ARBÍTRIO ARBÍTRIO ARBÍTRIO ARBÍTRIO
Capítulo 6
Judaísmo
Entrevista com o Rabino Chamai Ende especialista
em Leis Judaicas, da Sinagoga Beit Chabad do Brasil
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação Doação de Congelamento Congelamento deDoação
programado artificial (Fertilização sêmen/
embriões de óvulos de embriões
in vitro) óvulos
Budismo
Entrevista com Carlos Satio Mitsugui MD, MSc
(coordenador geral do NEBio – Núcleo de Estudos
de Bioética da Associação Brasil SGI)
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação (Fertilização Doação de Congelamento Congelamento deDoação
sêmen/
programado artificial embriões de óvulos de embriões
in vitro) óvulos
LIVRE LIVRE LIVRE LIVRE
A FAVOR A FAVOR A FAVOR ARBÍTRIO ARBÍTRIO ARBÍTRIO ARBÍTRIO
Capítulo 8
Catolicismo
Entrevista com Frei Antonio Moser – Professor de Teologia
Moral e Bioética no Instituto Teológico Franciscano
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação (Fertilização Doação de Congelamento Congelamento deDoação
sêmen/
programado artificial in vitro) embriões de óvulos de embriões óvulos
PARTE 1
O MILAGRE DA VIDA PERTENCE A DEUS,
NADA SUPERA A SUA VONTADE.
O MÉDICO É SÓ UM “FACILITADOR”,
UM INSTRUMENTO DE DEUS;
“O HOMEM PÕE – DEUS DISPÕE”. *1
PARTE 2
COMPREENDENDO O CATOLICISMO
E A REPRODUÇÃO HUMANA
• Encíclicas *4
• Lei Natural (Quadro 3)
O pecado é previsível no ser humano; todos, sem
exceção, pecam. Conforme encontramos na Primeira
Carta de São João, capítulo 1, versículo 18:
“Se dizemos que não temos pecados, estamos nos
enganando, e não há verdade em nós. Mas, se confes-
samos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua
promessa e fará o que é correto: ele perdoará os nossos
pecados e nos limpará de toda a maldade. Se dizemos
que não temos cometido pecados, fazemos de Deus um
mentiroso, e a sua mensagem não está em nós.”
OS TRATAMENTOS DE FERTILIZAÇÃO
DESOBEDECEM OS ITENS 2376 E 2377
DO CATECISMO E A ENCÍCLICA DO
PAPA JOÃO PAULO II
• Observação: Avaliação no Catecismo é semelhan-
te à Encíclica INSTRUÇÃO SOBRE O RESPEITO À
VIDA HUMANA NASCENTE E A DIGNIDADE DA
PROCRIAÇÃO (Papa João Paulo II)
Alguns exemplos:
Os pecados capitais (Quadro 1): vaidade, avareza,
inveja, ira, luxúria, gula e preguiça
§ 1866 Os vícios podem ser classificados segundo
as virtudes que contrariam, ou ainda ligados aos pe-
cados capitais que a experiência cristã distinguiu se-
guindo S. João Cassiano e S. Gregório Magno. São cha-
mados capitais porque geram outros pecados, outros
vícios. São o orgulho (=vaidade), avareza, a inveja, a ira,
a impureza, (luxúria), a gula e a preguiça.
Contracepção: Presevativo-camisinha-pílula
anticoncepcional
§ 2370 A continência periódica, os métodos de re-
gulação da natalidade baseados na auto-observação e
no recurso aos períodos infecundos estão de acordo
com os critérios objetivos da moralidade. Estes méto-
dos respeitam o corpo dos esposos, animam a ternura
entre eles e favorecem a educação de uma liberdade au-
têntica. Em compensação, é intrinsecamente má “toda
ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a
sua realização, ou também durante o desenvolvimento
de suas consequências naturais, se proponha, como
fim ou como meio, tornar impossível a procriação”.
Castidade
§ 2349 “A castidade há de distinguir as pessoas
de acordo com seus diferentes estados de vida: umas
na virgindade ou no celibato consagrado, maneira
eminente de se dedicar mais facilmente a Deus com
um coração indiviso; outras, da maneira como a lei
moral determina, conforme forem casados ou celiba-
tários”. As pessoas casadas são convidadas a viver a
castidade conjugal; os outros praticam a castidade na
continência:
Catolicismo - O outro lado da moeda - comentários do autor 121
Homossexualidade
§ 2357 “A homossexualidade designa as relações
entre homens e mulheres que sentem atração sexu-
al, exclusiva ou predominante, por pessoas do mes-
mo sexo”. A homossexualidade se reveste de formas
muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas.
Sua gênese psíquica continua amplamente inexplica-
da. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apre-
senta como depravações graves”, 513 a tradição sem-
pre declarou que “os atos de homossexualidade são
intrinsecamente desordenados”, 514 são contrários à
lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não
procedem de uma complementaridade afetiva e sexual
verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados.
Adultério e Divórcio
§ 1650 São numerosos hoje, em muitos países, os
católicos que recorrem ao divórcio segundo as leis civis
e que contraem civicamente uma nova união. A Igreja,
por fidelidade à palavra de Jesus Cristo (“Todo aquele
que repudiar sua mulher e desposar outra comete adul-
tério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e
122 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
Masturbação
Texto da Encíclica “INSTRUÇÃO SOBRE O RESPEITO
À VIDA HUMANA NASCENTE E A DIGNIDADE DA
PROCRIAÇÃO”, PÁG. 47:
“A masturbação mediante a qual se obtém normalmente
o esperma, é um outro sinal de tal dissociação: também
quando é efetuado em vista da procriação, o gesto per-
manece privado do seu significado unitivo: « falta-lhe ... a
relação sexual exigida pela ordem moral, aquela que rea-
Catolicismo - O outro lado da moeda - comentários do autor 123
No catecismo
§ 2351 A luxúria é um desejo desordenado ou um
gozo desregrado do prazer venéreo. O prazer sexu-
al é moralmente desordenado quando é buscado por
si mesmo, isolado das finalidades de procriação e de
união.
§ 2352 Por masturbação deve-se entender a excita-
ção voluntária dos órgãos genitais, a fim de conseguir
um prazer venéreo. “Na linha de uma tradição constan-
te, tanto o magistério da Igreja como o senso moral dos
fiéis afirmaram sem hesitação que a masturbação é um
ato intrínseca e gravemente desordenado.” Qualquer
que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade se-
xual fora das relações conjugais normais contradiz sua
finalidade. Aí o prazer sexual é buscado fora da relação
sexual exigida pela ordem moral que reza, no contexto
de um amor verdadeiro.
* Observação: A Masturbação é uma desobediên-
cia ao Catolicismo, mesmo na coleta do sêmen para
o exame da fertilidade masculina. Ao questionar um
importante sacerdote sobre este assunto, recebi a se-
guinte reposta:
“O método para recolher esperma para exames, apro-
vado hoje pela Igreja (por não ser contrário à moral)
é o de realizar o ato sexual com o uso de um preser-
vativo parcialmente roto. Com isso se garante que o
ato sexual se realize na plenitude de suas dimensões
e também se pode recolher o esperma residual que
permanece no preservativo”. (Comentário: o volume
do sêmen é um dado importante para a avaliação da
fertilidade.)
124 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
QUADRO 1
da uma forma de preguiça que talvez nos interesse mais ainda, e que
os padres da Igreja qualificaram como uma depressão decorrente do
relaxamento da ascese, diminuição da vigilância ou negligência do
coração, que leva a um descompasso entre o corpo e o espírito: “O
espírito quer, mas a carne é fraca...” (Cfr. CIC 2733). A crença básica
da preguiça é: “não necessito fazer nem aprender nada”. Isso coloca
um freio nas ideias e ações dentro das organizações. No cotidiano, tal
atitude é traduzida pelo “deixa para depois”.
Avareza: Pode ser definida como o apego excessivo ou imo-
derado às posses ou bens materiais. Esse apego leva ao medo de
perder o que se tem e ao desejo de acumular sempre mais... É a co-
biça de bens materiais e do dinheiro. O avarento tem dificuldade de
partilhar ou abrir mão do que tem mesmo que receba algo em troca.
Cuida com obsessão egoísta de seus pertences. Considera qualquer
perda como um desastre pessoal. No cotidiano da vida, especialmen-
te nas relações empresariais e comerciais, a avareza se manifesta
como desconfiança, individualismo, falta de partilha de ideias, sen-
timentos e opiniões: “o projeto é meu e eu cuido dele”. Pessoas
avarentas têm dificuldade de lidar com a diversidade e com a trans-
parência. São extremamente centralizadoras e vivem na defensiva.
Gula: Ser guloso é comer demais, comer além do necessá-
rio e/ou a toda hora. Segundo tal visão, esse pecado também está
relacionado ao egoísmo humano quando nos leva a não pensar nos
outros, querer sempre mais e mais, não se contentando com o que
se tem... O controle da gula é feito pela virtude da temperança ou da
moderação. Entretanto, a gula não é um pecado universal. Em alguns
lugares e culturas, comer muito ou demais é visto como um sinal de
bênção (fartura) e status. Além da gula no sentido estrito da alimen-
tação em exagero, ela também pode ser vista e entendida como uma
forma exagerada de consumismo de bens e instrumetais de trabalho
cujos recursos se mostram superiores às nossas necessidades bási-
cas e, portanto, inúteis ou supérfluos.
Luxúria: Entendido em seu sentido original: “deixar-se dominar
pelas paixões”. É o desejo passional, desordenado e egoísta, pelo pra-
zer sensual, venéreo ou carnal. É fruto de uma impulsividade desen-
freada, um prazer descontrolado ou excessivo, no uso da sexualidade.
Um prazer egoísta que visa a satisfação pessoal! É definida também
como corrupção de costumes, sexualidade extrema, lascívia e sensu-
alidade (CIC 2351). No relacionamento empresarial, a luxúria é, muitas
vezes, identificada pelo comportamento libidionoso, pelo assédio se-
xual a subordinados, decorrentes de uma manifestação de poder e
dominação. A luxúria gera uma distorção no comportamento e no rela-
cionamento entre homem e mulher, tornando-os meros objetos de uso
e prazer, expressão de força e superioridade hierárquica.
Catolicismo - O outro lado da moeda - comentários do autor 127
Sete Virtudes
Para combater cada pecado capital, foram classificadas sete
virtudes. É alegado que a prática dessas virtudes protege a pessoa
contra tentações dos sete pecados capitais, com cada um tendo
sua respectiva contraparte. Ordenadas em ordem crescente de san-
ticidade, as sete virtudes sagradas são:
• Castidade (latim: castitate) - opõe luxúria
• Generosidade (latim: liberalis) - opõe avareza
• Temperança (latim: temperantia) - opõe gula
• Diligência (latim: diligentia) - opõe preguiça
• Paciência (latim: patientia) - opõe ira
• Caridade (latim: humanitas) - opõe inveja
• Humildade (latim: humilitas) - opõe soberba
128 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
PARTE 3
REFLEXÕES E CONTRADIÇÕES
Críticas à Igreja
A Igreja Católica é uma entidade que tem dois milê-
nios de história. Está entre as mais antigas e sérias ins-
tituições do mundo contemporâneo. Historicamente,
as críticas a esta igreja já tiveram muitas formas e par-
tiram de diversos pressupostos ao longo das gerações.
Algumas vezes, essas críticas trouxeram importantes
consequências, como as contestações morais e teo-
lógicas de Martinho Lutero no século 16, que levaram
ao nascimento do protestantismo (veja capítulo 14) ou
ao surgimento da Igreja Anglicana (veja capítulo 16),
que teve sua origem na Inglaterra, em 1530, em decor-
rência do pedido negado de divórcio do rei Henrique
VIII (1509-1547), que vendo que o papa vacilava em
atender seu pedido de divórcio de Catarina de Aragão,
para poder se casar com Ana Bolena, desligou-se da
Igreja Católica. Vale aqui lembrar que, recentemente,
o Vaticano anunciou uma decisão histórica, facilitando
a conversão (ou a volta) de anglicanos ao catolicismo.
O papa Bento XVI abriu as portas da Igreja Católica,
admitindo a ordenação de antigos membros do clero
anglicano, bispos e sacerdotes (inclusive os casados).
Essas medidas demonstram que a Igreja, frente a algu-
mas orientações rigorosas em uma determinada épo-
ca, pode modificar ou flexibilizar sua posição no decor-
rer do tempo, desde que esta posição não seja consi-
derada um dogma de fé (artigo imutável de fé da Igreja
Católica). Conclui-se que atitudes consideradas como
PECADO em um determinado tempo, podem, em ou-
tras épocas, não ser mais consideradas dessa forma.
A vida é curta, o tempo passa e nem sempre podemos
134 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
2. Contradições do Catecismo
Mesmo no Catecismo existem contradições. Os itens
2379 e 2375 (contrários aos itens 2376 e 2377) favore-
cem a pesquisa científica em prol da cura da infertilidade
e afirmam que os recursos médicos devem ser esgotados
antes da adoção. No item 2366 está escrito: “A Igreja, que
‘está do lado da vida’, ensina que ‘qualquer ato matrimonial
deve permanecer aberto à transmissão da vida’”. Os itens
2373 e 2374 descrevem a importância da família numero-
sa, considerada uma bênção de Deus, e ainda o sofrimen-
to dos casais que não conseguem ter filhos.
§ 2379 O Evangelho mostra que a esterilidade fí-
sica não é um mal absoluto. Os esposos que, depois
de esgotados os recursos médicos legítimos, sofrem
de infertilidade, associar-se-ão à cruz do Senhor, fonte
de toda a fecundidade espiritual. Podem mostrar a sua
generosidade adotando crianças abandonadas ou reali-
zando serviços significativos em favor do próximo.
§ 2375 As pesquisas que visam diminuir a esterili-
dade humana devem ser estimuladas, sob a condição
de serem postas “a serviço da pessoa humana, de seus
direitos inalienáveis, de seu bem verdadeiro e integral,
de acordo com o projeto e a vontade de Deus”.
136 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
b) Gênesis, Versículos 25 a 27
“Durante muitos anos, Sara (até então chamada
Sarai) não conseguia engravidar. Então, Sara pediu
a seu esposo Abraão (até então chamado Abrão)
que se unisse (sexualmente) a sua criada, chama-
da Agar, para que a mesma engravidasse. E disse:
‘Ao menos por meio dela, talvez eu tenha filhos’, o
que induz que ela queria se apropriar do filho que
a criada tivesse. A criada, ao engravidar, começou
a tratar sua senhora com desprezo e, em razão
disso, aquela se sentiu afrontada e começou a
maltratar sua criada que acabou fugindo. Um anjo
do Senhor foi atrás de Agar e pediu que ela vol-
tasse. Prometeu que sua descendência seria tão
numerosa que não poderia ser contada. Agar vol-
tou e teve seu filho e deu a ele o nome de Ismael,
como o anjo lhe havia determinado. Depois de
muito tempo, quando Sara já tinha passado dos
90 anos de idade, Deus a agraciou com uma gravi-
dez e ela teve Isac.”
4. Fertilização Heteróloga
Um artigo de autoria da advogada Dra. Aline Ferraz
de Gouveia Granja, formada em Direito pela Faculdade
Jorge Amado, Salvador, Bahia, foi publicado pela
webartigos.com sob o título de “Filiação afetiva nas técni-
cas de reprodução assistida heteróloga”. Esse artigo utiliza a
simbologia bíblica do nascimento de Jesus e questiona
o item 2376 do Catecismo, já citado anteriormente, que
determina a rejeição dos tratamentos de Fertilização
Heteróloga (Banco de sêmen ou óvulos doados) por
motivo da dissociação do parentesco.
“Desde os tempos dos nossos ancestrais existem len-
das, como a de Ates e a de Jesus já mencionadas,
sobre a gravidez sem o ato sexual entre homem e
138 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
6. Reflexões Bioéticas
Trecho do livro “Problemas Atuais de Bioética”,
Edições Loyola, Capítulo “Técnicas de Reprodução
Assistida”, Autores: Leo Pessini e Christian de Paul de
Barchifontaine:
“Oficialmente, sabemos que a moral católica se opõe
à fecundação in vitro ou em laboratório. Mas a refle-
xão em busca da verdade e do bem continua, não é
questão fechada. Notamos que a fecundação in vitro
recebe crescente aceitação nos meios científicos, que
a submetem, todavia, a condições e restrições éticas,
ora na perspectiva clínica, ora na científica. Essas con-
dições foram expressas pelo Comitê Federal de Ética
142 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
PARTE 4
CONCLUSÃO
Entendo que nem todas as respostas aos princi-
pais questionamentos do povo católico estão nos do-
cumentos da Igreja. Por isso, acredito que as perguntas
e dúvidas devem continuar desafiando os teólogos e
moralistas a aperfeiçoarem o seu conhecimento.
Tenho consciência de que teremos o conhecimen-
to pleno somente no Céu. Entretanto, enquanto estiver-
mos na Terra, é fundamental o diálogo entre a Ciência e
a Igreja, o entendimento dos casais, e que as ligações
afetivas entre ambos sejam cada vez mais fortes. É ne-
cessário valorizar o amor, fazer o bem sem pensar em
um possível reconhecimento e negar o egoísmo, este
último tão prejudicial às relações humanas.
Os filhos modificam e definem a vida no casamento e
por isso devem ser frutos do amor sincero entre o homem
e sua mulher e considerados o prêmio maior do amor de
Deus, independente da forma como foram concebidos.
O importante é que todos se empenhem em rea-
lizar um bom trabalho em prol da vida e a “Serviço da
vida” (“Exortação apostólica de João Paulo II, Capítulo
II – O serviço à Vida – A Missão da Família Cristã no
mundo de hoje”).
Capítulo 9
Taoísmo
Entrevista com o Sacerdote Wagner Canalonga da
Sociedade Taoísta do Brasil – São Paulo
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação (Fertilização Doação de Congelamento Congelamento deDoação
sêmen/
programado artificial embriões de óvulos de embriões
in vitro) óvulos
Jeovismo
Entrevista com o Ancião Walter Freoa (Departamento de
notícias da Igreja Testemunhas de Jeová)
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação (Fertilização Doação de Congelamento Congelamento deDoação
sêmen/
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in vitro) óvulos
A FAVOR A FAVOR A FAVOR CONTRA A FAVOR A FAVOR CONTRA
Capítulo 11
Espiritismo
Entrevista com Roberto dos Santos Aparecido
(Diretor da Sociedade Espírita Allan Kardec de São Matheus –
Filiada à Federação Espírita do Estado de São Paulo)
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação (Fertilização Doação de Congelamento Congelamento deDoação
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in vitro) óvulos
Seicho-No-Ie
“Todos os acontecimentos são ótimas oportunidades para a evolução.”
(Seicho Taniguchi)
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação Doação de Congelamento Congelamento deDoação
programado artificial (Fertilização sêmen/
in vitro) embriões de óvulos de embriões óvulos
LIVRE LIVRE LIVRE LIVRE LIVRE LIVRE LIVRE
ARBÍTRIO ARBÍTRIO ARBÍTRIO ARBÍTRIO ARBÍTRIO ARBÍTRIO ARBÍTRIO
Capítulo 13
Islamismo
Entrevista com o Chaikh Mohamad Al Bukai
(Liga da Juventude Islâmica do Brasil)
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação Doação de Congelamento Congelamento deDoação
programado artificial (Fertilização sêmen/
embriões de óvulos de embriões
in vitro) óvulos
Protestantismo
Protestantismo histórico
Luteranismo, Anglicanismo, Calvinismo, Presbi
te
rianismo, Congregacionalismo, Anabatismo, Meto
dismo, Metodismo Calvinista, Igreja Batista, Millerismo
e Adventismo.
Pentecostalismo
Assembleia de Deus, Congregação Cristã do Brasil,
Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Pentecostal
“Deus é Amor” e Igreja Pentecostal “O Brasil para
Cristo”.
Neopentecostalismo
Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Universal
da Graça de Deus, Comunidade Evangélica Sara
Nossa Terra, Igreja Apostólica Renascer em Cristo e o
Ministério Internacional da Restauração.
Evangélicos
Nos países anglo-saxões, onde a Reforma Pro
testante eclodiu no século 16, o termo “evangélico”
é usado para definir quase todas as doutrinas cristãs
protestantes. Na Alemanha, berço do luteranismo, seu
uso chega a ser mais específico: é comum se referir
176 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
Presbiterianismo
Entrevista com Reverendo Carlos Aranha Neto
(Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo)
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação (Fertilização Doação de Congelamento Congelamento deDoação
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in vitro) óvulos
A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR A FAVOR
Capítulo 16
Anglicanismo
Entrevista com Rev. Aldo Quintão, Deão (chefe do colégio de
cardeais) da Catedral Anglicana de São Paulo
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação (Fertilização Doação de Congelamento Congelamento deDoação
sêmen/
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in vitro) óvulos
Metodismo
Entrevista com o Bispo Stanley da Silva Morais,
da Igreja Metodista do Brasil
“Não vos inquieteis com o dia de amanhã; basta ao dia seu próprio
mal.” (Mt. 6:34)
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação (Fertilização Doação de Congelamento Congelamento deDoação
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in vitro) óvulos
Luteranismo
Entrevista com o Pastor Dr. Rudolf von Sinner
(IECLB – Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil)
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação Doação de Congelamento Congelamento deDoação
programado artificial (Fertilização sêmen/
embriões de óvulos de embriões
in vitro) óvulos
Adventismo
Entrevista com o Pastor Manuel Andrade
(Associação Paulista Leste das Igrejas Adventistas)
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação (Fertilização Doação de Congelamento Congelamento deDoação
sêmen/
programado artificial embriões de óvulos de embriões
in vitro) óvulos
Congregação Cristã
do Brasil
“Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne, não
servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em
simplicidade de coração, temendo a Deus.” (Colossenses 3:22)
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação (Fertilização Doação de Congelamento Congelamento deDoação
sêmen/
programado artificial embriões de óvulos de embriões
in vitro) óvulos
LIVRE LIVRE LIVRE LIVRE LIVRE LIVRE LIVRE
ARBÍTRIO ARBÍTRIO ARBÍTRIO ARBÍTRIO ARBÍTRIO ARBÍTRIO ARBÍTRIO
Capítulo 21
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação Doação de Congelamento Congelamento deDoação
programado artificial (Fertilização sêmen/
embriões de óvulos de embriões
in vitro) óvulos
Umbanda e Candomblé
Entrevista com o Sacerdote Pai Guimarães de Ogun
(Presidente da ABRATU – Associação Brasileira dos Templos
de Umbanda e Candomblé e de religiões Afro-Brasileiras)
QUADRO GERAL
FIV
Coito Inseminação (Fertilização Doação de Congelamento Congelamento deDoação
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in vitro) óvulos
CAP 4 - BIODIREITO
WALD, Arnold. Curso de Direito Civil Brasileiro –
Direito de Família. 3 edição revista e atualizada. São
Paulo: Ed. Sugestões Literárias S/A, 1973, p. 55.
BITTENCOURT, Edgard de Moura. Família – 5 ed.
Campinas: Ed. Millennium, 2002. . 134.
ANÓN, Carlos Lema. Reprodución, poder y derecho
– Ensayo Filosófico – jurídico sobre las técnicas de
reproducción asistida. Madrid: Ed. Trotta, 1999,
p. 29/30.
ANÓN, Carlos Lema. Reprodución, poder y derecho
– Ensayo Filosófico – jurídico sobre las técnicas de
reproducción asistida. Madrid: Ed. Trotta, 1999, p. 7.
DE BARCHIFONTAINE, Christian de Paul. Bioética e
início da vida. Alguns desafios. Aparecida: Ideias e
Letras/Centro Universitário São Camilo, 2004.
PEREIRA. Renata Braga da Silva. In BARBOZA. Heloiza
Helena e BARRETTO, Vicente de Paulo. Temas de
Biodireito e Bioética. Rio de Janeiro: Ed. Renovar:
2000, p. 276.
ALBANO, Lílian Maria José. Biodireito – Os avanços da
genética e seus efeitos éticos-jurídicos. São Paulo: Ed.
Atheneu, 2004, p. 12.
230 Os Tratamentos de FERTILIZAÇÃO e as RELIGIÕES
OUTROS CAPÍTULOS
AL-SUHRAWDY, Allama Sir Abdullah. The Wisdom of
the East Series: The Sayings Of Mohammed. Londres:
John Murray, 1941.
BARCHIFONTAINE, Christian De Paul De; PESSINI,
Leo. Bioética. Alguns Desafios. 2ª ed. São Paulo:
Loyola, 2002.
CHAMPION, Selwyn Gurney; SHORT, Dorothy.
Readings from World Religions.
Referências bibliográficas e leituras recomendadas 231
OUTRAS FONTES
A Missão da Família Cristã no mundo de hoje.
Exortação Apostólica de João Paulo II. 19ª ed. São
Paulo: Paulinas, 2005.
Bíblia Sagrada. Versão King James.
Bíblia Sagrada. Versão tradicional revista.
Referências bibliográficas e leituras recomendadas 233
SITES PESQUISADOS
Cap 5 – Adventistas
http://www.iasdpinheiros.kit.net/adventismo/
index.HTM
http://grupoadventury.br.tripod.com/Materiais/IASD/
Historia_da_Igreja_Adventista_no_Brasil.htm
http://crescimentoadventista.blogspot.com/
Cap 7 – Budismo
http://www.bsgi.org.br/
Cap 11 – Espiritismo
http://www.brasilescola.com/religiao/espiritismo-no-
brasil.htm
http://www.guia.heu.nom.br/historico_do_
espiritismo.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritismo
Cap 13 – Islamismo
http://www.sepoangol.org/islam.htm
http://www.ligaislamica.org.br/v8/
Cap 15 – Presbiterianismo
http://www.ipb.org.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Presbiterianismo
Cap 16 – Anglicana
http://www.ieab.org.br/
Cap 17 – Metodista
http://www.metodista.org.br/
Referências bibliográficas e leituras recomendadas 235
Fertilidade Natural
Dr. Arnaldo S. Cambiaghi e Dra. Daniella S. Castellotti
Um livro para aqueles que querem saber mais sobre os tra-
tamentos alternativos que podem melhorar a fertilidade do
casal. Capítulos: O que é infertilidade; A escolha da clínica
certa e do médico ideal; O processo reprodutivo normal;
Os exames que avaliam a fertilidade do casal; A infertili-
dade inexplicável; Alimentação; Hábitos; Fator emocio-
nal; Acupuntura; Fitoterapia; Aromaterapia; Homeopatia;
Reflexologia e shiatsu; Yoga; Fé e religiosidade; Terapia flo-
ral e tratamentos convencionais.
Outras obras do autor 237
www.lavidapress.com.br
Os Tratamentos de Fertilização e as Religiões
Ciência, ética, direito e religiosidade