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A RELIGIÃO PATAXÓ

A cultura indígena é uma cultura altamente rica em arte,


tradições, costumes, e religião, a forma de viver difere entre
si e do restante dos brasileiros, existem também os indígenas
que se atualizaram, que vivem em cidades, ou até mesmo em suas
vilas, mas fazem o uso de tecnologias, dinheiro, etc.

Os Pataxó vivem em diversas aldeias no extremo sul do Estado


da Bahia e norte de Minas Gerais. Há evidências de que a
aldeia de Barra Velha existe há quase dois séculos e meio,
desde 1767. Em contato com os não índios desde o século XVI e
muitas vezes obrigados a esconder seus costumes, os Pataxó
hoje se esforçam para avivar sua língua Patxohã e rituais "dos
antigos" como o Awê.

Dentro de sua religião, existem diversos rituais e festas.


Entre elas, destaca-se o ritual do Awê, O Awê requer cauim e,
eventualmente, aluá, uma bebida fermentada de grãos de milho
moídos ou cascas de frutas, como o abacaxi, entre outras.
Por outro lado, a existência do Toré, entre os Pataxó, sempre
foi negada: “O Toré é do norte, não é nosso”. Alguns, a
exemplo do pajé Manoel Santana, reagem, muito negativamente, à
possibilidade de admissão dessa prática, sob o argumento de
que “não pode copiar isso aí, não, que não é nosso, quando o
pessoal do norte chegar, nós vamos passar vergonha e não pode
cantar isso lá.
O casamento, dentro desta tribo, também serve como um dos
exemplos.Em uma entrevista com alguns dos índios mais antigos
da tribo, disseram:
“antigamente, casava primo com primo pra não acabar a nação,
agora é que modificou. [...] Eles cortavam pau, uma tora de
pau... se o rapaz guentasse pegar aquela tora de pau, tava bom
de casar. Se a moça também guentasse suspender, tava boa de
casar. Se num guentasse, num tava bom de casar ainda. O
casamento era com um parente, com primo... fora não, tudo era
parente”.
A prática era entendida como um pré-requisito para a
realização do casamento à medida que testava a capacidade
física dos pretendentes em prover necessidades mútuas em
situações de risco:

“quando um adoecesse pela mata, uma dor ou sentido de um


bicho, botava aquele homem nas costas e vinha com ele pra
rancharia. Se ela adoecesse também pelas matas, ele tinha
de trazer ela nas costas. Pois tinha de suspender o pau”.

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