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SISTEMAS DE

ATERRAMENTO BT
REGIME DE NEUTRO

Building a New Electric World


ESQUEMAS DE ATERRAMENTO BAIXA TENSÃO

TIPOS DE ATERRAMENTO EM BAIXA TENSÃO

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

PROTEÇÃO PESSOAL E PATRIMONIAL

VANTAGENS E DESVANTAGENS ENTRE OS SISTEMAS

Tem Energia. Eng. Luiz Carlos Catelani Jr.


Tem Schneider Electric
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SISTEMAS DE ATERRAMENTO BAIXA TENSÃO

Objetivo:
❑ Capacitar os profissionais de diversas áreas;
❑ Reunir profissionais de vários setores, proporcionando a troca de conhecimentos;
❑ Revisar os conceitos sobre aterramento em baixa tensão;
❑ Capacitar para a escolha do sistema que melhor atende a cada situação;
❑ Conhecimentos dos equipamentos para proteção de sistemas elétricos;
❑ Avaliar as proteções necessárias as pessoas e patrimônio;
❑ Revisar conceitos sobre condutor neutro , terra (PE) e PEN ;
❑ Avaliar a configuração necessária para proteção contra falta a terra.

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NECESSIDADES DO ATERRAMENTO

Basicamente a ligação dos circuitos a terra em vários níveis de tensão se dão pelas
seguintes razões :

◼ Segurança de pessoas

◼ Proteção Patrimonial

◼ Minimizar sobre-tensões e potencias perigosos

◼ Permitir atuações de relés e detecção da falta

◼ Controlar as falhas de isolação

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Os diversos regimes de aterramento em Baixa Tensão (BT/MT):

Dentre os sistemas de aterramento e regime de neutro temos :


- TN
- TT
- IT
Primeira letra : A situação da alimentação em relação ao terra :
- T → Aterrado
- I → Isolado

Segunda letra : Situação das massas em relação ao terra :


-T → Aterrado independente do aterramento da fonte
- N → Aterrado no mesmo ponto da fonte

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Principais critérios para escolha do Sistema de Aterramento:

- Disponibilidade de energia
- Tipo de manutenção necessária
- Necessidades de isolação dos equipamentos

Falhas de Isolação - Principais Motivos:

- Sobretensões de origem atmosférica ( raio e descargas )


- Surtos de manobras ( energização de banco de capacitores ,transformadores e partida de
motores)
- Faltas e falhas oriundas da instalação
- Influência do acoplamento entre transformadores de média tensão / baixa tensão
- Deterioração da instalação
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Riscos ligados a falha da isolação:

- Vida das pessoas


- Danos em equipamentos
- Preservação do patrimônio
- Tensões de passo e de toque

Limites da tensão de contato de segurança:

- 50V para locais secos


- 25V para locais úmidos
- Tempo de interrupção máximo 5s ( para as condições acima )

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Tabela das Tensões Limites x Tempo conforme IEC 60479-1

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Esquema de Aterramento TN ( neutro aterrado )

◼ Corrente de falta está limitada a


somente a impedância dos cabos e do
transformador
◼ A tensão de conato normalmente é
Uo/2 → Rph = Rpe
◼ Para uma rede 110/127, Ud > 50 é
necessário uma desconexão
automática

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Métodos de Proteção do Sistema TN

◼ Proteção por dispositivos de sobrecorrente

◼ Garantir que a corrente de defeito seja maior


que a corrente de atuação do dispositivo de
proteção
◼ Caso o comprimento exceda Lmax usar
dispositivo diferencial residual
◼ No caso de sistemas TN-C o dispositivo DR
não poderá ser usado como proteção contra
choques
◼ Considera –se que o valor de atuação para
dispositivos DR para proteção pessoal seja de
30 mA
◼ Dispositivos DR com ajustes maiores são
considerados como proteção suplementar (300
mA)
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Variações do Esquema TN

Sistema TN-S Sistema TN-C Sistema TN-CS

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Vantagens do Sistema TN

– Fácil coordenação da proteção através de dispositivos de sobrecorrente

– Baixo nível de sobretensão (  130 % )

Desvantagens do Sistema TN

– Correntes de falta a terra elevadas ( Icc3  Icc1 )

– Falta da continuidade de serviço frente a primeira falta

– Aparecimento de tensões de toque perigosas

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Esquema de Aterramento TT

◼ Corrente de falta está limitada a


resistência de aterramento da fonte
mais a da carga
◼ A resistência de conato é Rd = 0,
geralmente as resistências de
aterramento são baixas (~ 10)
◼ Para uma rede 110/127, Ud > 50 é
necessário uma desconexão
automática

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Métodos de Proteção do Sistema TT
◼ Garantir que a corrente de defeito seja maior
que a corrente de atuação do dispositivo de
proteção sobrecorrente
◼ Caso não seja, o uso de dispositivo
diferencial residual DR é obrigatório
◼ Todas as regulagens dos DR deverão ter
ajustes inferiores a Id0
◼ Considera –se que o valor de atuação para
dispositivos DR deverão ter tempo máximo de
desconexão de 1s
◼ Para garantir a seletividade todos os
circuitos deverão possuir DR além do DPCC

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Vantagens do Sistema TT

– Baixa de corrente de curto circuito fase - terra

– Não depende do comprimento do cabo para corrente de atuação

Desvantagens do Sistema TT

–Potenciais perigosos continuam aparecendo (Uc > 50V)

– Falta da continuidade de serviço frente a primeira falta

– Seletividade possível somente com o uso de DR

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Esquema de Aterramento IT - Isolado

◼ Corrente de falta está limitada as


correntes parasitas através da
capacitância a terra
◼ A impedância típica está em torno de
2600 /km
◼ Para uma rede 127/220V ou uma
rede 230/400 V, Ud << 50 é não é
necessário uma desconexão
automática
◼ Há a necessidade de um monitor de
isolação para verificar defeitos a terra

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Valores Típicos para corrente de fuga
– Capacitância Linha  1F / km → 2660 /km

–Em uma linha de 230/400 V com 1 km de comprimento :

U0 230
If = = = 86mA
Zf 2660

Valores típicos para uma primeira falta a terra

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Valores típicos para uma primeira falta a terra

– Capacitância Linha  1F / km → 2660 /km

–Em uma linha de 230/400 V com 1 km de comprimento :

I d = U 0 .3.C. = 230.3.10−6.377 = 0, 260 A


U c = Rb .I d = 10.0, 260 = 2, 60V

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Vantagens do Sistema IT

– Baixa de corrente de curto circuito fase - terra

– Não aparecem tensões de contatos perigosa

– Não há interrupção frente a primeira falta a terra

Desvantagens do Sistema IT

– Dificuldade para detecção da falta

– Necessidade de supervisor de isolação

– Necessidade de desconexão na segunda falta

– Classe de isolação reforçada

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Métodos de Proteção do Sistema IT

◼ Uso de monitor de isolação para verificar a


primeira falta a terra
◼ Uso de DPCC para garantir a desconexão
frente a segunda falta a terra
◼ Uso de dispositivos de leitura de corrente de
defeito nos ramais para identificação da falta
◼ Necessidade de proteção contra surtos de
tensões oriundos de falta a terra

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Esquema de Aterramento ZT – Aterrado por impedância

◼ Corrente de falta está limitada a


impedância de aterramento
◼ A corrente máxima de defeito
permitida para não haver desconexão
automática é de 5A
◼ Todos os circuitos deverão ter
dispositivos apropriado para detecção
do ramal defeituoso promovendo
sinalização
◼ Há a necessidade de DPCC para
garantir o desligamento na segunda
falta

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Vantagens do Sistema IT - Impedância

– Baixa de corrente de curto circuito fase - terra

– Não aparecem tensões de contatos perigosa ( Id < 5A e Ra < 10 )

– Não há interrupção frente a primeira falta a terra ( Ud < 50V )

Desvantagens do Sistema IT - Impedância

– Dificuldade para detecção da falta devido a baixo valores da corrente de curto

– Sobretensões elevadas no sistema

– Necessidade de desconexão na segunda falta

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Comparação entre os diversos regime de neutro :

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Proteção patrimonial com uso de dispositivos DR

◼ Foi demonstrado através de ensaio que o risco de incêndio devido uma faísca é

elevado principalmente quando produzida por uma falha com corrente superior a
500 mA
◼ O risco de incêndio em sistemas IT é muito baixo na primeira falha

◼ O risco na segunda falha é tão perigoso quanto aos outros sistemas de aterramento

Em alguns paises o emprego de dispositivos de desligamento automático DR com


correntes inferior a 500 mA com atuação instantânea são uma medida eficaz como
proteção contra incêndios

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Influência de sobretensões

◼ As fontes de baixa tensão estão sujeitas a influência de surtos na média devido:

- Acoplamento capacitivo

- Galvânico

- Impedância comum

◼ A maioria da sobretensões geradas na baixa tensão têm sua origem :

- Relâmpagos e Descargas Atmosféricas

- Sobretensões de operação e manobra

- Arco entre o transformador e carcaça

- Arco entre enrolamento MT e BT

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Valores de Sobretensão Refletidos na BT frente a um surto MT

◼ Devido ao acoplamento exposto anteriormente , todo o surto oriundo na média


tensão e refletido na baixa e depende da impedância característica de surto
(capacitâncias parasitárias e indutância de transformadores e cabos)

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Medidas de prevenção contra sobre-tensões

Como prevenção para sobretensões no sistema de baixa tensão , é


recomendado o uso de para-raios tipo ZnO ( Óxido de Zinco )
termicamente protegido.

◼ Tabela de escolha do protetor em função da tensão :

IT IT SEM
FASE NEUTRO PE PEN TT TN-C TNS NEUTRO NEUTRO
DISTRIB. DISTRIB.

X X 1,1Uo 1,1Uo 1,1Uo


X X 1,1Uo 1,1Uo 1,8Uo U
X X 1,1Uo
X X Uo Uo Uo

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Proteção do Neutro segundo esquema de aterramento :

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Método de Detecção no Sistema Solidamente Aterrado

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Tabela de escolha entre os sistemas de regime de neutro

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Análise de Sobretensões e Coordenação (IEC 60664)

◼ Limites de sobretensão suportável para equipamentos de baixa tensão

◼ Para sistema e rede de dados consultar IEC 61663-2

◼ Equipamentos EES deverão ter sua sobretensão limitada a 2 x U0

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Case 1 : Sistema solidamente aterrado

◼ Transformador Dyn1 – 13.800 V - 220/380V

◼ Potência Nominal 2 MVA – 5,75%

◼ Icc3f = 4,43 kA (13,8 KV) →101-82,1 MVAcc

◼ Icc1f = 7,42 kA (13,8 KV) → 88 -80,1 MVAcc

◼ Painel Metal – Clad

◼ TAFI – 34 kV 1 minuto

◼ NBI 95 KV ( 1,2 / 50 s )

◼ Impulso atmosférico simulado 190 KV (Normalmente de 10 a 10.000 KV)

◼ Equipamentos categoria I ( 1,5 KV )

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Case 1 : Simulação sem para – raio na MT

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Case 1 : Simulação sem para – raio na MT – Surto de Tensão

◼Vpico 3,4 KV

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Case 1 : Simulação com para – raio na MT (ZnO)

◼Vpico 1,64 KV

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Case 1 : Simulação com para – raio na MT e BT (ZnO)

◼Vpico 0,52 KV

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