Você está na página 1de 127

Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Engenharia Elétrica – DEL

Sistemas Elétricos de Potência I

Prof. Dr. Angelo Márcio Formiga de Almeida


Sistemas Elétricos de Potência I
Introdução
Sistemas Elétricos de Potência I
Introdução
Sistemas Elétricos de Potência I
Introdução
Sistemas Elétricos de Potência I
Introdução

Extra alta tensão: 345 kV, 500 kV, 765 kV


Interconexão entre sistemas
Alta tensão: 138 kV, 230 kV
Interconexão entre subestações, unidades geradoras
Sub-transmissão: 69 kV
Interconexão entre subestações e grandes clientes
industriais
Distribuição primária: 15 kV a 34.5 kV, com 15 kV sendo
mais usada
Alimenta consumidores residenciais e comerciais.
Alta tensão CC: ±120 kV a ±600 kV
Interconexão entre regiões
Sistemas Elétricos de Potência I
Introdução
Sistema Elétrico:
 Centrais de Geração;
 Transformadores;
 Linhas de Transmissão;
 Centros de Consumo (cargas);
 Sistemas de Proteção;
 Sistemas de Medição;
 Subestações;
 Elevadoras;
 Abaixadoras;
 Conversoras (CA/CC ou CC/CA);
 Reguladoras;
 Centros de Operação
(supervisão e controle).
Sistemas Elétricos de Potência I
Introdução
Sistemas Elétricos de Potência I
Introdução
Sistemas Elétricos de Potência I
Introdução
Sistemas Elétricos de Potência I
Linhas de Transmissão - Parâmetros
Cabos guarda

Isoladores condutores
geminados
(4 conductores)

Torre

Aterramento

Fundação
Sistemas Elétricos de Potência I
Linhas de Transmissão - Parâmetros
Condutores
Na construção de linhas de transmissão são empregados largamente os condutores de
alumínio devido aos seguintes fatores:
• Menor custo e peso;
• Maior diâmetro que equivalente em cobre (portanto menor densidade de fluxo elétrico
na superfície, proporcionando um menor gradiente de potencial e menor tendência à
ionização do ar – efeito corona).

Os tipos mais comuns de condutores de alumínio são:


• CA Condutor de Alumínio => AAC All Aluminium Conductor

• CAA Condutor de Alumínio com alma de Aço => ACSR Aluminium Conductor Steel
Reinforced
Sistemas Elétricos de Potência I
• Condutor ACSR

Condutores de aluminio
2 camadas, 30 condutores

Alma de aço,
7 condutores

Alma de
aço
Camadas externas
de Aluminio
Sistemas Elétricos de Potência I
Linhas de Transmissão - Parâmetros
Resistência: principal causa de perdas de energia nas linhas de transmissão

Pr R => Resistência efetiva do condutor (Ω)


R 2
I rms Pr => Potência dissipada no condutor (W)

I rms => Valor da corrente eficaz (A)

l  Comprimento da linha (m)


 Resistência DC: RDC  
A  Área da seção transversal (m²)
a 20 °C:  Resistividade (.m)

 al  2,83.10 8 .m  cu  1,77.10 8 .m


Sistemas Elétricos de Potência I
Linhas de Transmissão - Parâmetros
Resistência
Na determinação da resistência dos condutores devem ser levados em conta os
seguintes aspectos:

1. Para a faixa normal de operação, a variação da resistência de um condutor metálico


é praticamente linear, ou seja:

R2 T  t 2 R1 => Resistência a temperatura t1



R1 T  t1 R2 => Resistência a temperatura t2
T => Constante do material em °C

234,5 °C => cobre recozido com 100% de condutividade;


T 241,0 °C => cobre têmpera dura com 97,3% de condutividade;
228,0 °C => alumínio têmpera dura com 61% de condutividade.
Sistemas Elétricos de Potência I
Linhas de Transmissão - Parâmetros
Resistência
Sistemas Elétricos de Potência I
Linhas de Transmissão - Parâmetros
Resistência
2. Em cabos encordoados, o comprimento dos fios periféricos é maior que o
comprimento do cabo (devido ao encordoamento helicoidal). Isto acresce à
resistência efetiva em 1% a 2%.

• A distribuição uniforme de corrente pela seção transversal do condutor ocorre


somente em CC;
• Uma corrente variável com o tempo provoca densidade de corrente não uniforme e
este efeito é acentuado à medida que a frequência aumenta;
• Em um condutor circular, a densidade de corrente usualmente cresce do centro
para a superfície;

Em corrente alternada (CA), devido ao efeito pelicular (skin), a corrente tende a


concentrar-se na superfície do condutor. Isto provoca um acréscimo na resistência
efetiva (proporcional à freqüência) observável a 60 Hz (em torno de 3%).
 Resistência AC:
R AC  1,03 RDC
(Efeito skin) – 60 Hz
Sistemas Elétricos de Potência I
Linhas de Transmissão - Parâmetros
Resistência SI England/USA
CM => Circular mil = cmil
R  
Unidades de medida ft => foot (pé)  .m .CM/ft

• 1 CM (1 cmil ) = área de um círculo com l m ft


diâmetro igual a 1 milésimo de polegada (in); A m² CM

Ou seja,  1  3 1000 mils  1 in


1 mil  1M   in  10 in
 1000 
2 
D  p/ D = 1 mil: S (1 mil ) 2  S  1CM
S   .r 2   .   S  D 2 4
2 4 Ou:

p/ D ≠ 1 mil: 1 CM 1CM  d 2 sq mil (quadrados mil )
4
 
S (d .1 mil ) 2  S  (1 mil ) 2 . d 2  S CM  d 2
4 4 Quando d é expresso em mils
Sistemas Elétricos de Potência I
Sistemas Elétricos de Potência I
Sistemas Elétricos de Potência I
CM => Circular mil = cmil ft => foot (pé)
Unidades de medida
Conversões: mi => milha in => polegada

1000 mil 1CM  d 2 sq mil (quadrados mil )
4
1 in = 2,54 cm  1 
2

6 2
25,4 mm S CM   3   1 CM  10 in
4  10  4
2
1 mi = 1609 m  1 (25,4 mm) 
1 ft = 30,48 cm = 0,3048 m S CM   3 in   1 CM  5,067 .10  4 mm 2
4  10 (1 in) 
1. O condutor de alumínio puro identificado pelo código Bluebell é composto de 37 fios com
diâmetro de 0,1672 polegadas cada um. As tabelas de características de condutores de
alumínio puro apresentam uma área de 1.033,5 MCM para este condutor. Determine a
área em mm². cmil mm²
 1000 mil   25,4 mm 
d  0,1672 in    167,2 mils / fio d  0,1672 in    4,25 mm / fio
 1 in   1 in 
S fio  d 2  167,22  27955,84 cmil  
S fio  d 2  4,252  14,1862 mm 2
4 4
S cabo  37 .( 27955,84)  1.034.366,08 cmil
S cabo  37 . (14,1862)  524,89 mm 2
S cabo  1.034,4 MCM
Sistemas Elétricos de Potência I
2. Determine a área de alumínio e a área externa total do condutor ACSR 26/7 Linnet em
mm².
Área em CM: 336,4 MCM Diâmetro externo: 0,720 in

1 CM  5,067 .10 4 mm 2  
S d 2  170,45  d2
336.400 CM  Amm 2 4 4
d  14,73 mm
Amm 2  170,45 mm 2
Diâmetro equivalente do alumínio

2
  (25,4 mm) 
S ext  d ext 2  S ext   0,720 in 
4 4 (1 in) 
S ext  262,68 mm 2

Diâmetro externo:
25,4 mm
d ext  0,720 in .
1in
d  18,29 mm
Sistemas Elétricos de Potência I
3. No catálogo do fabricante de condutores de alumínio, encontram-se para o condutor
CA Marigold 1113 kcmil, 61 x 0,1351 in, as seguintes características:
Rdc  0,01552  / 1000 ft a 20 C Rac  0,0951  / milha a 50 C em 60 Hz
Calcule: a) O acréscimo (%) da resistência dc devido ao encordoamento;
b) A resistência dc para 50 °C;
c) O acréscimo percentual devido ao efeito pelicular (skin);

1 ft = 30,48 cm = 0,3048 m 1000 ft = 304,8 m = 0,3048 km 1 mi = 1609 m = 1,609 km

0,01552   1000 ft  0,0951   1 mi 


Rdc    Rac     Rac  0,0591  / km
1000 ft  0,3048 km  mi  1,609 km 
Rdc  0,05092  / km (valor efetivo)
1000 m
a) Área do condutor: Rdc  
l
 2,83 .10 8 .m
1 km
D
2
 0,1351 in (2,54.10  2 m) 
2
A 5,641.10  4 m 2
A  N    61. . 
2  2 (1 in)  Rdc  0,05017  / km
 
A  5,641.10  4 m 2 ef
Rdc 0,05092
R     R  1,0149   R %  1,49%
calc
Rdc 0,05017
Sistemas Elétricos de Potência I
b) A resistência dc para 50 °C; R2 T  t 2 T  50
 Rdc,50C  Rdc, 20C
R1 T  t1 T  20
T  228,1 C
T  50 228,1  50 Rdc ,50C  0,05708  / km
Rdc ,50C  Rdc , 20C  0,05092
T  20 228,1  20
Aumento de 12,1%
Em /1000 ft:
  0,3048 km 
Rdc ,50C  0,05708    Rdc ,50C  0,0174  / 1000 ft
km  1000 ft 

c) O acréscimo percentual devido ao efeito pelicular (skin);


Rac ,50C 0,0591
 skin    1,03539  skin %  3,54%
Rdc ,50C 0,05708
Sistemas Elétricos de Potência I
Linhas de Transmissão - Parâmetros
2 -Indutância
d Tensão induzida (volts )em um condutor devido a taxa de variação,
e (2.1)
no tempo (t), do fluxo (Wb-esp) que concatena este condutor.
dt

Outras considerações:
• Se a corrente estiver variando em um circuito, o campo magnético associado a esta
também estará;
• Com a permeabilidade magnética () do meio constante, a tensão induzida será
diretamente proporcional à taxa de variação de corrente. Desta forma:
di
eL (2.2)
dt
Em que:
L é a constante de proporcionalidade denominada indutância e medida em H (Henry);
di é a taxa de variação de corrente em A/s;
dt
Sistemas Elétricos de Potência I
Linhas de Transmissão - Parâmetros
2 -Indutância
A equação (2.2) pode ser usada também quando a permeabilidade magnética do meio
não for constante, mas neste caso a indutância L também não será constante.

Igualando as equações (2.1) e (2.2), obtém-se:


di d d 
L  L L (2.3) A relação entre fluxo e corrente é linear
dt dt di i quando a permeabilidade magnética do
meio é constante (Ex: ar).

Na forma fasorial esta relação normalmente é expressa como:

  L. I (2.4)  e I em fase significa que L será real.


O fasor queda de tensão devido ao fluxo concatenado será:

V  J L I (2.5)

V  J  (2.6)
Sistemas Elétricos de Potência I
Linhas de Transmissão - Parâmetros
2 -Indutância
Indutância Mútua entre dois circuitos: é o fluxo concatenado com um circuito devido a
corrente no outro circuito, por Ampére de corrente. Assim,
12
M 12  (2.7)
Sendo, I2

12 Fluxo concatenado que a corrente do circuito 2 produz no circuito 1;


I2 Corrente no circuito 2;
M 12 Indutância mútua entre os circuitos 1 e 2.

Fasor queda de tensão: V  J 

V1  J 12  V1  J M 12 I 2

Queda de tensão no circuito 1 devido ao efeito provocado pela corrente do circuito 2.


Sistemas Elétricos de Potência I
Linhas de Transmissão - Parâmetros
2 -Indutância
Para o cálculo preciso da indutância de uma linha de transmissão é necessário considerar
o fluxo interno e o fluxo externo de cada condutor.
Indutância de um condutor devido ao fluxo interno

• Cada linha de fluxo interno enlaça apenas uma fração da


corrente total;

• Considere que este condutor seja longo e que o retorno da


corrente se dê a uma distância grande de modo que não
afete o campo magnético do condutor considerado;
R
• Também considere o condutor de material não
magnético, ou seja, 0. Nestas condições, as linhas de x
fluxo são concêntricas ao condutor; r
Secção transversal de um condutor
cilíndrico
Sistemas Elétricos de Potência I
Linhas de Transmissão - Parâmetros Hx É constante ao longo do
2 -Indutância contorno e tangente a ele

Indutância de um condutor devido ao fluxo interno


Hx
• A força magnetomotriz (fmm), em Ampéres-espiras, ao
longo de qualquer contorno é igual a corrente que atravessa
a área delimitada por este contorno;
Hx
• A fmm também é expressa em termos da Lei de Ampére:

fmm   H . dl  I (2.8)
Secção transversal de um condutor
Sendo, cilíndrico

H Componente tangencial da intensidade de campo R


magnético H (Aesp/m);

l Distância ao longo do contorno (m);


x
r
I Corrente envolvida (A). Secção transversal de um condutor
cilíndrico
Sistemas Elétricos de Potência I
Linhas de Transmissão - Parâmetros
2 -Indutância
Indutância de um condutor devido ao fluxo interno

Devido a simetria, H é constante ao longo do contorno;


2 x
0 H . dl  I x  2x H x  I x (2.9)

Admitindo que a densidade de corrente (J) seja uniforme:


2 dx
2
x x -------------- l ---------------
Ix  2 I  Ix    I ( x  r ) (2.10)
r r
x
Substituindo (2.10) em (2.9), obtemos: Hx  2
I ( Ae / m) (2.11)
2r
Para a indução magnética temos que:
Como:   BA  d  B x A  Bx d x
B x  H x  B x 
xI 2 (2.12) xI
2
(Wb / m ) d  dx (Wb / m) (2.13)
2r 2r 2
Sistemas Elétricos de Potência I
Linhas de Transmissão - Parâmetros
2 -Indutância
Indutância de um condutor devido ao fluxo interno
2 Pois apenas uma fração da
Sendo: x corrente total é concatenada
d    d (2.14)
pelo fluxo d .
r
x 2 xI  I x3
d  2 2
dx d  4
dx (2.15) Secção transversal de um
r 2r 2r condutor cilíndrico

Integrando do centro até a periferia do condutor, encontramos o fluxo interno total do


interior do condutor:
r
 I x3 I
r
I
  int
4 
 int dx  x 3
dx  (Wb / m) (2.16)
2r 4
2r 0 8
0
1
Sendo:    0  4 10
7
( H / m)  int  I .10 7 (Wb / m) (2.17)
2
 int 1
Lint   Lint  10 7 ( H / m) Válida para condutor cilíndrico sólido (2.18)
I 2
Sistemas Elétricos de Potência I
LT - Parâmetros Superfícies concêntricas
ao condutor .
2 -Indutância
Indutância devido ao fluxo entre dois pontos externos

• P1 e P2 são pontos externos e o condutor é percorrido por


uma corrente de I Ampéres;
• Em um elemento tubular distante x metros do centro do
condutor, a intensidade de campo magnético é H x ;
• A fmm em torno do elemento será:
2 x I
fmm   H . dl  I  2x H x  I  H x  (2.19)
0 2x
Campo magnético externo de
Para a indução magnética temos que: um condutor cilíndrico sólido
I
B x  H x  Bx  (Wb / m 2 ) (2.20)
2x
Daí,
I d é o Fluxo no elemento
d  B x A  B x d x  d   dx (Wb / m) (2.21) tubular de espessura dx
2x
Sistemas Elétricos de Potência I
LT - Parâmetros Superfícies concêntricas
ao condutor .
2 -Indutância
Indutância devido ao fluxo entre dois pontos externos

O fluxo concatenado d é numericamente igual ao fluxo d , pois


o fluxo externo ao condutor concatena toda a corrente do condutor
uma e somente uma vez;
Desta forma,
D2 D2
I I 1  I D2
 12   dx  D x dx  12  ln
D
2x
1
2 1
2 D1

D2
Sendo:    0  4 10 7 ( H / m)  12  2 .10 7 I . ln (Wb / m) (2.22)
D1
A indutância devida ao fluxo entre P1 e P2 é,

 7 D2
L  L  2.10 ln ( H / m) (2.23)
I D1
Sistemas Elétricos de Potência I
LT - Parâmetros
2 -Indutância
Indutância de uma linha Monofásica a 2 fios

Considere inicialmente apenas o fluxo concatenado devido


a corrente no condutor 1;
Considerações:

D  r1 e D  r2

O fluxo produzido pela corrente no condutor 1, Condutores de diferentes raios e o


compreendido até o centro do condutor 2, enlaça toda a campo magnético devido apenas a
corrente no condutor 1.
corrente I;
A indutância do circuito devida à corrente no condutor 1 é determinada pela equação
(2.23), substituindo-se D₂ pela distância D entre os condutores 1 e 2 e substituindo D₁
pelo raio r₁ :
D2 D
L  2.10 7 ln  L  2.10  7 ln ( H / m) (2.24)
D1 r1
Sistemas Elétricos de Potência I
LT - Parâmetros
2 -Indutância
Indutância de uma linha Monofásica a 2 fios
1
Para o fluxo interno: L1, int  10 7 ( H / m)
2
A indutância total do circuito devida apenas à corrente do
condutor 1 é:
1 D  7
L1  L1,int  L1,ext  L1    2 ln .10 ( H / m)
 (2.25)
2 r1 
Esta expressão equivale a:
 D 1/ 4
 1/ 4
L1  2.10  ln(e)  ln 
7 1/ 4 (2.26) Pois, ln(e)
 r1 
 1/ 4 D   D
7 

L1  2.10 7
ln e .   L1  2.10 ln  ( H / m) (2.27)
r r e 1 / 4 
 1   1 
Sistemas Elétricos de Potência I
LT - Parâmetros
2 -Indutância
Indutância de uma linha Monofásica a 2 fios

D 1 / 4
L1  2.10 7 ln ( H / m) (2.28) Sendo, r´1  r1e
r´1
e 1/ 4  0,7788
r´1 Corresponde a um condutor fictício, sem fluxo interno, porém com
a mesma indutância do condutor real de raio r1 .
De modo análogo, a indutância devida a corrente no condutor 2 é:
2
D 2  D 
7 
D 7
L  2.10 ln  2.10 ln 
L2  2.10 7 ln ( H / m) (2.29)  r´ r´ 
r´2 r´1 r´2  1 2 
D
E para o circuito completo: L  4.10 7 ln ( H / m) (2.29)
r´1 r´2
 D D 
L  L1  L2  2.10 7  ln  ln  D (2.30)
 r´1 r´2  L  4.10  7 ln ( H / m)
r´ Se, r´1  r´2  r´
Sistemas Elétricos de Potência I
LT - Parâmetros
2 -Indutância
Fluxo Concatenado com um condutor
em um Grupo de Condutores

A soma das correntes fasoriais é nula:


n Vista em seção transversal de um grupo de n condutores
I1  I 2  ...  I n  Ij  0 (2.31)
que conduzem correntes com soma nula. O ponto P está
muito afastado dos condutores.
j 1

Fluxo concatenado com o condutor 1, devido a corrente I1 , incluindo o fluxo interno


(exclui, porém todo o fluxo além do ponto P):

De (2.22):
D
 12  2 .10 7
I . ln
D2  12  2 .10 7 I . ln (Wb / m) (2.32)
D1 r1
I D  7 D1P
1P1   1  2 I1 ln 1P .10 1P1  2.10 7 I1 ln (Wb / m) (2.33)
r´1
2 r1 
Devido ao fluxo interno Sendo: r´1  r1e 1/ 4
Sistemas Elétricos de Potência I
LT - Parâmetros
2 -Indutância
Fluxo Concatenado com um condutor
em um Grupo de Condutores

Neste estudo devem ser considerados:


1. Os fluxos interno e externo do próprio condutor sob análise;
2. Os fluxos dos demais condutores vizinhos.

Fluxo concatenado com o condutor 1, devido a corrente I 2


Este é igual ao fluxo produzido por I 2 entre o ponto P e o condutor 1 (isto é, limitado
pelas distâncias: D2 P e D12
D2 P Ou seja, esta é a contribuição do fluxo devido
1P 2  2.10 7 I 2 ln (2.34)
ao condutor 2.
D12
Generalizando,
DmP Fluxo concatenado com o condutor
kPm  2.10 7 I m ln (2.35)
Dkm k devido a corrente no condutor m
Sistemas Elétricos de Potência I
LT - Parâmetros
2 -Indutância
Fluxo Concatenado com um condutor em um
Grupo de Condutores

Fluxo concatenado com o condutor 1, devido a todos os condutores do grupo :


n D jp
1P  1P1  1P 2  ...  1Pn 1P  2.10 7
 I j ln D1 j (2.36)
j 1

 D D D 
1P  2.10 7  I1 ln 1P  I 2 ln 2 P  ...  I n ln nP 
 (2.37)
 r´1 D12 D1n 
A partir da expansão e reagrupamento dos termos logarítmicos, obtém-se:
 1 1 1 
1P  2.10 7  I1 ln  I 2 ln  ...  I n ln  I1 ln D1P  I 2 ln D2 P  ...  I n ln DnP 
 r´1 D12 D1n 

Sendo nula a soma das correntes fasoriais: I1  I 2  ...  I n  0  I n  ( I1  I 2  ...  I n 1 )


Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância Fluxo Concatenado com um condutor em um Grupo de Condutores

 I n  ( I1  I 2  ...  I n 1 )

 1 1 1 

7 1
I ln  I 2 ln  ...  I n ln  
1P  2.10  r´1 D12 D1n 
 I ln D  I ln D  ...  I ln D  I ln D 
 1 1 P 2 2 P n 1 ( n 1) P n nP 
 1 1 1 
 I1 ln  I 2 ln  ...  I n ln  
 r´1 D12 D1n  Considerando o
1P  2.10 7   ( I1 ln D1P  I 2 ln D2 P  ...  I ( n 1) ln D( n 1) p   ponto P muito
  distante, tem-se:
 ( I1 ln DnP  I 2 ln DnP  ...  I n 1 ln DnP ) 
 
  D jP
1 Assim,
 1 1 1 
 I1 ln  I 2 ln  ...  I n ln   DnP
7 
r´1 D12 D1n 
1P  2.10  D jP
D1P D2 P D( n 1) P  ln 0
  ( I1 ln  I 2 ln  ...  I n 1 ln )  DnP
 DnP DnP DnP 

Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
Fluxo Concatenado com um  1 1 1 
1P  2.10 7  I1 ln  I 2 ln  ...  I n ln 

(2.38)
condutor em um Grupo de r´1 D12 D1n
 
Condutores

Indutância de Linhas com Condutores Compostos

Condutor X: n fios idênticos e conduzem a corrente: I n

Condutor Y: m fios idênticos e conduzem a corrente:  I m


Linha Monofásica constituída de dois
Aplicando (2.38) ao fio a do condutor X: condutores compostos.

7 I 1 1 1  I  1 1 1 
a  2.10  ln  ln  ...  ln   2.10 7  ln  ln  ...  ln 
n  r´a Dab Dan 
 m  Daa´ Dab´ Dam 

(2.39)

I
a  2.10 7  ln r´a  ln Dab  ...  ln Dan   2.10 7 I  ln Daa´  ln Dab´  ...  ln Dam (2.40)
n m
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
I I
a  2.10 7 ln r´a  ln Dab  ...  ln Dan   2.10 7 ln Daa´  ln Dab´  ...  ln Dam  (2.41)
n m

a  2.10 7 I ln(r´a Dab ...Dan )1/ n  2.10 7 I lnDaa´ Dab´ ...Dam 


1/ m
(2.42)

m Daa´ Dab´ ...Dam


m
 DaY
7 Y  a´
a  2.10 I ln (2.43) a  2.10 7 I ln (Wb / m) (2.44)
n r´a Dab ...Dan n
n
 DaX Daa  r´a
X a
Cálculo da indutância do fio a:

a
m
 DaY
Y  a´
La   2n.10 7 ln ( H / m) (2.45)
I /n n
n
 DaX
X a Linha Monofásica constituída de dois
condutores compostos.
Sistemas Elétricos de Potência I
m
2 -Indutância
b
m
 DbY
Y  a´
A indutância do fio b é: Lb   2n.10 7 ln ( H / m) (2.46)
I /n n
n
 DbX Dbb  r´b
X a
n

A indutância média dos fios do condutor X é:


 Lk (2.47)
k a
Lav 
n
• Se todos os fios do condutor composto X tivessem a mesma indutância, a indutância do
condutor composto seria 1/n vezes a indutância de um fio;
• Como não são todas iguais, opta-se por calcular a
indutância de todos os fios em paralelo sendo: 1/n vezes a
indutância média.
n

1
 Lk
k a
LX  Lav  L X  2
( H / m) (2.48)
n n Linha Monofásica constituída de dois
condutores compostos.
Sistemas Elétricos de Potência I
m
2 -Indutância
b
m
 DbY
Y  a´
A indutância do fio b é: Lb   2n.10 7 ln ( H / m) (2.49)
I /n n
n
 DbX Dbb  r´b
X a

Substituindo as respectivas expressões de indutância em (2.48), vem:

 m m m 
 m 
  DaY m
 DbY m
DnY

2n.10 7  ln Y  a´  ln Y  a´  ...  ln Y  a´ 
n  n n n 
 Lk  n
  DaX n
 DbX n

DnX 

LX  k a 2   X a X a X a  (2.50)
n n2
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância  
  m   n  
  ln m D   ln n
 DaX    
   Y  a´ aY     
     X a   
   m  
   n 
1
L X  2.10 7   ln m
 D   ln n
 DbX    ...  (2.51)
n    Y  a´ bY     
    X a  
 
   m   n   
  ln m
 D   ln n
 DnX   
   Y  a´ nY     
     X a   

Fazendo agora o agrupamento dos termos:

  m  m   m  
 DaY m  DbY ... m  DnY   
  
 ln  m

  Y  a´     
1    Y  a´   Y  a´   (2.52)
L X  2.10 7  
n   n  n   n   
 ln  n  DaX  n  DbX ... n  DnX  
  X  a 
 X a
 
  X a
 
 
 
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
 m m m   m m m 
m 

DaY  m
 DbY ...m  DnY 
m
  aY  bY  nY
D D ... D 

1
L X  2.10 7 ln  
Y  a´ Y  a´ Y  a´ 1
L X  2.10 7 ln  
Y  a´ Y  a´ Y  a´
n  n n n  n  n n n 
n 

DaX  n
 DbX ...n  DnX 
n
  aX  bX  nX
D D ... D 

 X a X a X a   X a X a X a 
(2.51)
(2.52)
1/ m
 m m m   1/ m 
1/ n


DaY  
DbY ... DnY 
   m m m 
   DaY  DbY ... DnY  
1
L X  2.10 7 ln 
Y  a´ Y  a´ Y  a´ 
7
  Y  a´ Y  a´ Y  a´
 

n 1/ n L X  2.10 ln  
 n n n   
1/ n
 
  
n n n
 DbX ... DnX 

DaX
    DaX  DbX ... DnX  

 X a X a X a  (2.53)   X  a X a X a  
(2.54)
m m m • A raiz mn-ésima do produto das mn distâncias é chamada de
mn
 DaY  DbY ... DnY distância média geométrica entre os condutores X e Y (DMG
mútua)
Y  a´ Y  a´ Y  a´
L X  2.10  7 ln
n n n • A raiz n²-ésima do produto de n² termos é chamada de DMG
n 2
 DaX  DbX ... DnX própria do condutor X . A DMG própria do fio é:
Dkk  r´k
X a X a X a
(2.55)
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância

• Para apresentar os cálculos de uma forma mais compactada, chamamos a DMG mútua
de Dm e a DMG própria de Ds . Assim,
Dm
L X  2.10  7 ln ( H / m) (2.56)
Ds

• Agora perceba a semelhança com a expressão para a linha monofásica com condutores
sólidos de seção circular:

D 1 / 4
L1  2.10 7 ln ( H / m) (2.28) Sendo, r´1  r1e
r´1

• A indutância do condutor Y é determinada de modo semelhante e a indutância total da


linha monofásica com condutores compostos é:

L  L X  LY ( H / m) (2.57)
Sistemas Elétricos de Potência I
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
Indutância de Linhas Trifásicas com Espaçamento Equilátero
Considerando o sistema trifásico equilibrado, temos:

Ia  Ib  Ic  0 (2.58)

O fluxo concatenado com o condutor a é determinado por: Vista em seção transversal dos
condutores com espaçamento
equilátero de uma linha trifásica.
 1 1 1 
1P  2.10  7  I1 ln  I 2 ln  ...  I n ln 
 (2.38)
 r´1 D12 D1n 

7  1 1 1

a  2.10  I a ln  I b ln  I c ln  (2.59) I a  ( I b  I c )
Ds D D Sendo,

7  1 1  7  1 1 

a  2.10  I a ln 
 ln ( I b  I c )    2 .10  I ln  ln (  I a 
)
D D
a  a
D D 
 s   s 
D D
a  2.10 7 I a ln (Wb / m) Para a indutância: La  2.10 7 ln ( H / m) (2.60)
Ds Ds
La  Lb  Lc
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
Indutância de Linhas Trifásicas com Espaçamento Assimétrico
Linha com transposição de fases:
A indutância média de cada condutor, em um ciclo completo de transposição é a mesma.

Ciclo de transposição |---------l/3 ---------|-----------l/3----------|----------l/3----------|


de uma linha trifásica
assimétrica. |---------------------------------- l ---------------------------------|

Para determinar a indutância de um condutor de uma linha transposta:


• Calcula-se o fluxo concatenado com o condutor em cada uma das posições ocupadas na
transposição;
• Em seguida, calcula-se o fluxo concatenado médio;
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
Indutância de Linhas Trifásicas com Espaçamento Assimétrico
Aplicando a equação (2.38) ao condutor a para obter a expressão fasorial do fluxo
concatenado em cada posição como se segue:  1 1 1 
1P  2.10 7  I1 ln  I 2 ln  ...  I n ln 

 r´1 D12 D1n 
(2.38)

Condutor a na posição 1, quando b  1 1 1  (2.61)


a1  2.10  7  I a ln  I b ln  I c ln 
está na posição 2 e c na posição 3:  Ds D12 D31 
Condutor a na posição 2, quando b   2.10  7  I ln 1  I ln 1  I ln 1  (2.62)
está na posição 3 e c na posição 1: a2  a D b
D23
c
D12 
 s

Condutor a na posição 3, quando b  1 1 1 


a 3  2.10 7  I a ln  I b ln  I c ln  (2.63)
está na posição 1 e c na posição 2:
 Ds D31 D23 
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
Indutância de Linhas Trifásicas com Espaçamento Assimétrico
O valor médio do fluxo concatenado com a é:

  a 2  a 3 2.10 7  1 1 1 
a  a1  a   3I a ln  I ln  I ln 
3  Ds
b
D12 D23 D31
c
D12 D23 D31 
3 
Sendo, I a  ( I b  I c )

2.10 7  1 1  2.10 7
a   3I a ln
  I a ln  a   3I a ln Ds  I a ln D12 D23 D31 
3  Ds D12 D23 D31  3

a 
2.10 7
3

 I a ln( Ds ) 3  I a ln D12 D23 D31   a 
2.10 7
3
D D D
I a ln 12 23 3 31
( Ds )
1/ 3
 D12 D23 D31  3 D12 D23 D31
a  2.10 I a ln
7   a  2.10 I a ln7
(Wb / m) (2.65)
 ( D )3  Ds
 s 
A indutância média Deq
por fase será: La  2.10 7 ln ( H / m) (2.65) Deq  3 D12 D23 D31
Ds
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
Indutância de Linhas Trifásicas com Espaçamento Assimétrico
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
Ex: Uma linha trifásica de 200 km em 60 Hz, completamente transposta e flat horizontal,
tem um espaçamento de 10 m entre os condutores adjacentes. Os condutores são do
tipo 1.590.000 CM ACSR 54/19. Determine, por fase, a indutância em H e a reatância
indutiva em .
 0,3048 m 
Da tabela de cabos ACSR: Ds  0,0520 ft.   Ds  0,0158 m
 1 ft 

7 Deq
Deq  3 Dab Dbc Dca  3 10.10.20  Deq  12,6 m La  2.10 ln ( H / m)
Ds

 12,6  1000 m 
L   2.10 7 ln  200 km  0,2672 H / fase
 0,0158  1 km 

X L  2 . f .L  2 .60.0,2672  X L  100,75  / fase


Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
Uso de Tabelas no cálculo da Reatância Indutiva
Dm D
X L  2 . f .L  2 . f .2.10  7 ln  X L  4 . f .10 7 ln m ( / m) (2.66)
Ds Ds
 D    1609 m  D
X L   4 . f .10  7 ln m     X L  2,022 f .10 3 ln m ( / mi ) (2.67)
 Ds  m  1 mi  Ds
Expandindo (2.67), temos:
1
X L  2,022 f .10 3 ln  2,022 f .10 3 ln Dm ( / mi )  X L  X a  X d (2.68)
Ds
Reatância indutiva para 1 pé de espaçamento

• Algumas tabelas, além dos valores do RMG, fornecem valores de reatância indutiva;
• Se Dm e Ds forem dados em pés, o primeiro termo de (2.68) é a reatância indutiva de
um condutor de uma linha constituída por dois condutores afastados de 1 pé;
• O primeiro termo de (2.68) é a reatância indutiva para 1 pé de espaçamento, também
chamada de X a . Depende do tipo de cabo utilizado;
• O segundo termo de (2.68) é o fator de espaçamento da reatância indutiva ou X d . É
independente do tipo de cabo utilizado e depende da frequência e do espaçamento.
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância

20
Da tabela de cabos, obtém-se: Ds  0,0217 ft X L  2,022.60.10 3 ln
0,0217
X L  0,828 2 ( / mi )

Pelo segundo método, obtemos primeiro: X a  0,0881  / 1000 ft


  1000 ft  1609m 
1 ft = 0,3048 m X a  0,0881   
1 mi = 1609 m 1000 ft  304,8m  1 mi 
1000 ft = 304,8m
X a  0,465  / mi

Em seguida obtemos da tabela do fator de espaçamento: X d  0,3635  / mi

E finalmente, XL  Xa  Xd X L  0,465  0,3635  X L  0,8285 ( / mi )

Como a linha é composta de dois cabos idênticos, a reatância indutiva da linha será:
𝑋 = 2. (0,8285) ⇒ 𝑋 = 1,657(Ω/𝑚𝑖)
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância

X d  0,3635  / mi
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
Configurações com Cabos Múltiplos

• O efeito corona torna-se excessivo nas tensões acima de 230 kV, provocando aumento
das perdas e interferências nas comunicações;
• Na faixa de EAT (Extra Alta Tensão), a colocação de dois ou mais condutores em paralelo,
por fase, bastante próximos em relação a distância entre fases, reduz de forma
substancial o gradiente de potencial nos condutores;
• Os condutores com esta disposição são denominados de cabos múltiplos e consistem
em dois, três ou quatro condutores;
• A diminuição da reatância indutiva (devido ao aumento do RMG) é outra vantagem da
utilização dos cabos múltiplos.

RMG de Cabos Múltiplos:


a. Cabo de dois condutores

Dsb 2  4 Ds .d .Ds .d  4 ( Ds .d ) 2  Dsb 2  Ds .d (2.69)


Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
Configurações com Cabos Múltiplos RMG de Cabos Múltiplos:

b. Cabo de três condutores Dsb3  9 ( Ds .d .d ) 3  Dsb3  3 Ds .d 2 (2.70)

d 2
c. Cabo de quatro condutores d
d

Dsb 4  16 ( Ds .d .d .d .21/ 2 ) 4  4 Ds .d .d .d .21/ 2  Dsb 4  1,09 4 Ds .d 3 (2.71)

Observações:
• Nos cálculos de indutância com condutores múltiplos, deve-se substituir o Ds pelo valor
equivalente de Dsb ;

• No caso do Deq , obtém-se boa precisão utilizando as distâncias entre os centros dos
cabos múltiplos para Dab , Dbc e Dca ;
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
Configurações com Cabos Múltiplos
Ex: Cada condutor da linha múltipla apresentada na figura abaixo é do tipo CAA Pheseant
com 1.272.000 CM. Determine a reatância indutiva em ohms por km (e por milha), por
fase, para d = 45 cm.

Da tabela de cabos ACSR:


 0,3048 m 
Ds  0,0466 ft.   Ds  0,0142 m Dsb 2  0,0142 . 0,45  Dsb 2  0,080 m
 1 ft 
7 Deq Pois, o espaçamento entre
X L  4 . f .10 ln b ( / m) Deq  3 Dab Dbc Dca
Ds as fases é assimétrico !

Deq  3 8.8.16  Deq  10,08 m

10,08    1000 m 
X L  4 . f .10 7
ln ( / m) X L  0,3646.10 3     X L  0,365  / km
0,08  m  1 km 
   1609 m 
X L  0,3646.10 3     X L  0,587  / mi
m
  1 mi 
Sistemas Elétricos de Potência I
2 -Indutância
Configurações com Cabos Múltiplos
Ex: Calcule a reatância indutiva da linha abaixo, sabendo que a mesma tem 200 km de
extensão.
 0,3048 m 
Da tabela de cabos ACSR: Ds  0,0375 ft .   Ds  0,01142 m
 1 ft 
Dsb 2  0,01143 . 0,4  Dsb 2  0,0676 m Deq  3 Dab Dbc Dca  3 10.10.20  Deq  12,6 m

Deq  12,6    1000 m 


X L  4 . f .10 7 ln ( / m) 7
X L   4 . f .10 ln    200 km
Dsb  0,0676  m  1 km 

X L  78,83 
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
• A capacitância de uma linha de transmissão resulta da diferença de potencial entre os
condutores, fazendo com que se tornem carregados de forma semelhante a um capacitor;
• A capacitância depende da configuração da linha, sendo que para linhas com
comprimento menores do que 80 km, esta costuma ser desprezada;
Princípio: dq q
Em uma LT existe corrente de carregamento
I (1A  1C / s )  C  (1F  1C / v) mesmo quando a linha está em vazio.
dt v

Campo Elétrico de um condutor reto e longo Superfície equipotencial

• Considere um condutor cilíndrico, reto e longo; isolado de


outras cargas e na presença de um meio uniforme como o ar;
• Em tais condições, sua carga estará uniformemente
distribuída sobre toda a sua superfície e o fluxo será radial;
Linhas de fluxo elétrico que têm
origem nas cargas positivas,
• Todos os pontos equidistantes do condutor serão pontos uniformemente distribuídas
equipotenciais e terão a mesma densidade de fluxo elétrico; sobre a superfície de um
condutor cilíndrico isolado.
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Campo Elétrico de um condutor reto e longo

• A densidade de fluxo elétrico a uma distância de x metros do centro


do condutor pode ser calculada imaginando uma superfície
cilíndrica, concêntrica ao condutor e que tenha x metros de raio (Lei
de Gauss);
• Esta superfície cilíndrica tem distribuição uniforme de carga e é equipotencial e assim:
q q Permissividade  0  8,85.10 12 F / m
Df  0  Df  (C / m 2 ) (3.1) do vácuo:
A 2x 1
k0 
4 0
D f é a densidade de fluxo elétrico sobre a superfície cilíndrica;

q é a carga no condutor em C/m de comprimento;

A é a área da superfície cilíndrica contida em um comprimento axial de 1 metro;


x é a distância em metros, do centro do condutor até o ponto onde deve ser calculada a
densidade de fluxo elétrico.
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Campo Elétrico de um condutor reto e longo

• A intensidade do campo elétrico é:


Df q
E  Ef  (V / m) (3.2)
 2x

Diferença de Potencial (ddp) entre Dois Pontos Devido a uma Carga

• A ddp, em volts, entre dois pontos é numericamente igual ao trabalho (J/C) necessário
para mover 1 Coulumb de carga entre dois pontos;

Campo Elétrico E : V / m ou N / C

• A integral de linha de força em Newtons que age sobre um Coulumb de carga positiva
entre dois pontos é o trabalho realizado para mover a carga do ponto de potencial mais
baixo para o ponto de potencial mais alto;
• Esta é numericamente igual a ddp entre os dois pontos.
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Diferença de Potencial (ddp) entre Dois Pontos Devido a uma Carga

• Considere um fio reto e longo com uma carga q (C/m);

• Os pontos P1 e P2 estão afastados em D1 e D2 metros do centro do fio;

• A carga positiva do fio exerce uma força de repulsão sobre uma carga positiva colocada
no campo;

• P1 está em um potencial mais alto do que P2 porque deve-se


realizar um trabalho para mover uma carga positiva de P2 para P1;

• A ddp é o trabalho realizado por Coulumb de carga movida;

• Por outro lado, se a carga se move de P1 para P2 esta fornece


energia. A energia ou trabalho é a queda de tensão de P1 para
Condutor cilíndrico sólido com
P2; distribuição uniforme de carga.
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Diferença de Potencial (ddp) entre Dois Pontos Devido a uma Carga

A ddp entre as duas superfícies equipotenciais que passam por P1 e P2 é calculada pela
integração da intensidade do campo sobre uma trajetória radial entre as duas superfícies
equipotenciais;
A queda de tensão entre P1 e P2 é, então:

D2 D2 q
v12   E x dx   dx
D1 D1 2x

q D2
 v12  ln (V ) (3.3)
2 D1

qm D
vkim  ln im (V ) Caminho de integração entre dois
2 Dkm pontos exteriores a um condutor
cilíndrico que possui uma carga
ddp entre os condutores k e i, devido a carga qm positiva uniformemente distribuída.
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Capacitância de uma Linha a Dois Fios

A capacitância por unidade de comprimento da linha é:


Vista em seção transversal de uma
q
C ( F / m) linha com dois fios paralelos.
v
q é a carga no condutor em C/m de comprimento;

v é a ddp entre os condutores, em volts;

Pelo princípio de superposição :


M
1 Dim
vkim  
2 m 1
qm ln
Dkm
(V )

qa D q r
vab  ln  b ln b (V ) (3.4)
2 ra 2 D

Devido a: q a qb
q  D r  qa D2 (3.5)
Sendo, qa   qb vab  a  ln  ln b  vab  ln (V )
2  r D  2 ra rb
 a
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Capacitância de uma Linha a Dois Fios
A capacitância entre condutores é:
qa 2
C ab   C ab  (3.6)
Vab 2

ln D / ra rb 
( F / m)

Vista em seção transversal de uma


 linha com dois fios paralelos.
Se, ra  rb  r C ab  ( F / m) (3.7)
ln D / r 

Capacitância para o neutro ou terra

Considerando que o circuito é alimentado por


um transformador com derivação central:
Vab qa q
Van   C an   C an  2 a  2C ab
2 Vab / 2 Vab
2
C an  ( F / m) (3.8)
ln D / r 
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
1 1 ln( D / r )    0  8,85.10 12 ( F / m)
Reatância Capacitiva XC  
2 . f . C 2 . f 2

2,862.10 9 D (3.9)
XC  ln (.m) para o neutro
f r

Como as reatâncias capacitivas estão em paralelo ao longo da linha, a equação (3.9) deve
ser dividida pelo comprimento da linha.
1,779.10 6 D
Expressando a capacitância ao neutro em .mi: XC  ln (.mi ) (3.10)
f r

Uso de Tabelas

1,779.10 6 1 1,779.10 6 X C  X ´a  X ´d
XC  ln  ln D (.mi ) (3.11) (3.12)
f r f
Se D e r forem dados em pés:
X´a é a reatância capacitiva para 1 pé de espaçamento;
Depende somente do cabo
X´d é o fator de espaçamento de reatância capacitiva;
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Exemplo:
Determine a Susceptância capacitiva por milha de uma linha monofásica que opera a 60 Hz.
O condutor é o Partridge e o espaçamento entre os centros é de 20 pés.
Em consulta ao catálogo de cabos (propriedades físicas), verifica-se que o diâmetro externo do
condutor o Partridge é 0,642 in;
Sendo assim, 0,642 in  1 ft  r  0,0268 ft
2r  Dext  r   
2  12 in 
1,779.10 6 D 1,779.10 6 20
XC  ln (.mi ) XC  ln X C  196,137.10 3 .mi
f r 60 0,0268 para o neutro
1
BC   5,1.10 6 S / mi para o neutro
XC

 304,8 m  1 mi  X ´a  0,107 M.mi


Pelo outro método: X ´a  0,565 ( M.1000 ft )  
 1000 ft  1609 m 
X ´d  0,0889 M.mi X C  X ´a  X ´d  X C  0,107  0,0889 X C  0,1959 M.mi
para o neutro
1
BC   5,1.10 6 S / mi Para linha-linha: C an  2C ab  X Cab  2 X C
XC
para o neutro X C  2 . 0,1959  0,3918 M.mi BCab  (1 / X Cab )  2,552.10 6 S / mi
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Sistemas Elétricos de Potência I

X ´d  0,0889 M.mi
Sistemas Elétricos de Potência I
M
1 Dim
3 - Capacitância vkim 
2
 qm ln
m 1 Dkm
(V )
Capacitância de uma Linha Trifásica com Espaçamento Equilátero

• Considere os condutores idênticos, de raio r, formando uma LT trifásica de espaçamento


equilátero;
qa D q r
• Para uma distribuição uniforme de cargas: Vab  ln  b ln b (V ) (3.4)
2 ra 2 D

1  D r D
Vab   q a ln  qb ln  qc ln  (V ) (3.13)
2  r D D
Da mesma forma:
1  D D r 
Vac   qa ln  qb ln  qc ln  (V ) (3.14)
2  r D D

Somando as equações (3.13) e (3.14): Seção transversal de uma linha


trifásica com espaçamento
equilátero.
1  D r 
Vab  Vac   2q a ln  (qb  qc ) ln  (V ) (3.15)
2  r D
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Capacitância de uma Linha Trifásica com Espaçamento Equilátero

Considerando o sistema equilibrado: I a  Ib  Ic  0


q a  qb  q c  0  qb  q c   q a
1  D r  1  D D 
1
Vab  Vac   2q a ln  q a ln   2q a ln  q a ln   (3.16)
2  r D 2  r  r  

3q a D
Vab  Vac  ln (V ) (3.17)
2 r

Para o sistema trifásico equilibrado:

  1120  cos120  jsen120    0,5  j 0,866


 2  1240  cos 240  jsen240   2  0,5  j 0,866 Diagrama vetorial das
tensões equilibradas de
 3  10  cos 0  jsen0  3 1 uma linha trifásica.
Sistemas Elétricos de Potência I
  1120   1 / 2  j 3 / 2
  2  3  0  2  1240  2  1 / 2  j 3 / 2
 3  10 3 1

Vab  Van  Vnb  Vab  Van  Vbn


2
Sendo, Vbn   Van Vab  (1   2 )Van
 1 j 3 3 j 3
Van
1 2  1     
 2 2  2 2

| 1   2 | 3
Vbn
2
1    330
2
(1   )  30

Vab  3Van 30 V (3.18) Van  Vbn  Vcn  V f


Sistemas Elétricos de Potência I
  1120   1 / 2  j 3 / 2
  2  3  0  2  1240  2  1 / 2  j 3 / 2
 3  10 3 1

Vcn
Vac  Van  Vnc  Vac  Van  Vcn

Sendo, Vcn  Van Vac  (1   )Van


 1 j 3 3 j 3
Van
1  1     
 2 2  2 2

| 1   | 3
1    3  30
(1   )  30

Vac  3Vcn   30 V (3.19)


Van  Vbn  Vcn  V f
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Somando as equações (3.18) e (3.19), vem:

Vab  Vac  3Van 30  3Van   30

Vab  Vac  3Van (cos 30  jsen30)  3Van (cos 30  jsen30)

3 1 3 1
Vab  Vac  3Van  j 3Van  3Van  j 3Van
2 2 2 2

Vab  Vac  3Van (3.20) 3q a D


Subst. em: vab  vac  ln (V ) (3.17)
2 r
3q a D qa D
3Van  ln Van  ln (3.21)
2 r 2 r

E a capacitância será:
A capacitância ao neutro de linhas
qa 2 trifásicas com espaçamento equilateral
Cn   Cn  ( F / m) (3.22)
Van ln( D / r ) é igual à de linhas monofásicas.
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Corrente de carregamento: é a corrente associada com a capacitância de uma linha

(3.23) Para um circuito monofásico

Susceptância linha-linha

(3.24) Para um circuito trifásico

Susceptância linha-neutro

Potência Reativa entregue para a linha

Vab2 (3.25) Para um circuito monofásico


QC   QC   C abVab2 (var)
XC
Para um circuito trifásico: QC1   C nVan2 (var) (3.26)

QC 3  3QC1  3 C nVan2  QC 3   C nVab2 (var) (3.27)

Tensão de fase Tensão de linha


Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
A reatância capacitiva ao neutro, a 60 Hz, de um condutor sólido que faz parte de uma
linha trifásica com espaçamento equilátero equivalente de 5 pés é de 196,1 k.mi. Que
valor de reatância seria especificado em uma tabela que apresentasse a reatância
capacitiva em .mi, ao neutro, para um condutor com 1 pé de espaçamento a 25 Hz ? Qual
a seção transversal do condutor em circular-mils ?

1,779.10 6 D 1,779.10 6 5 5
XC  ln (.mi ) 196100  ln ln  6,6136 e ln(5 / r )  e 6,6136
f r 60 r r

5  12 in  Dext  2r  2 . 0,0805
 745,33  r  0,006708 ft  r  0,006708 ft    r  0,0805 in
r  1 ft  Dext  0,161 in
2
  1000 mils 
ACM 2
 ( Dmils )  0,161 in  ACM  25921 CM
  1 in 

1,779.10 6 1 X C  356,12 k.mi


XC  ln
25 0,006708
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Uma linha trifásica de 60 Hz com condutores cilíndricos sólidos tem a configuração de um
triângulo equilátero com 4 ft de espaçamento entre as fases. O diâmetro do condutor é de
0,5 in. Determine:
a) A indutância em H/m; c) A capacitância para o neutro em F/m;
b) A reatância indutiva em /km; d) A admitância para o neutro em S/km;
0,5  1 ft  D
r´ re 1 / 4  r´ 0,7788 . in    r´ 0,016225 ft L1  2.10 7 ln ( H / m)
2  12 in  Ds
a) 4
L1  2.10 7 ln L  1,1015 .10 6
H /m
0,016225 1

 
b) X 1  2fL1  X 1  2 .60.1,1015.10 6    1000 m   X 1  0,4153  / km
 
 m  1 km 
c)  12 in  2 2 .8,85.10 12
D  4 ft   Cn  ( F / m) Cn  C n  10,765.10 12 ( F / m)
 1 ft  ln( D / r ) ln(48 / 0,25)
D  48 in
d)
S  1000 m 
Yn  j.C n  j 2 .60.10,765.10 12 Yn  j 3,987.10 9   Yn  j 3,987.10 6 S / km
m  1 km 
Sistemas Elétricos de Potência I
M
1 Dim
3 - Capacitância vkim 
2
 qm ln
m 1 Dkm
(V )
Capacitância de uma Linha Trifásica com Espaçamento Assimétrico

Ciclo de transposição |---------l/3 ---------|-----------l/3----------|----------l/3----------|


de uma linha trifásica
assimétrica. |---------------------------------- l ---------------------------------|

1  D r D  Primeira parte do ciclo


Vab1   qa ln 12  qb ln  qc ln 23  (V ) (3.28) de transposição.
2  r D12 D31 

1  D r D  Segunda parte do ciclo


Vab 2   qa ln 23  qb ln  qc ln 31  (V ) (3.29) de transposição.
2  r D23 D12 

1  D31 r D12  Terceira parte do ciclo


Vab 3   qa ln  qb ln  qc ln  (V ) (3.30) de transposição.
2  r D31 D23 
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Capacitância de uma Linha Trifásica com Espaçamento Assimétrico

Tensão média entre os condutores a e b, baseada na suposição de mesma carga


sobre um condutor, independente de sua posição no ciclo de transposição:

Vab  ( Vab1  Vab 2  Vab 3 ) / 3 (3.31)

  D12 D23 D31   r r r  


qa  ln  ln  ln   qb  ln  ln  ln   
1   r r r   D12 D23 D31  
Vab    (V )
6  
 qc  ln D23  ln D31  ln D12  

  D31 D12 
D23   (3.32)

1  D12 D23 D31 r3 D12 D23 D31 


Vab   qa ln  q ln  q ln  (V ) (3.33)
6  3 b c
r D12 D23 D31 D12 D23 D31 

1  Deq r  Sendo, Deq  3 D12 D23 D31


Vab  qa ln  qb ln (V ) (3.34)
2  r Deq 
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Capacitância de uma Linha Trifásica com Espaçamento Assimétrico

Da mesma forma, a queda de tensão média entre a fase a e a fase c é:

1  Deq r 
Vac  qa ln  qc ln (V ) (3.35)
2  r Deq 

De acordo com a relação: Vab  Vac  3Van (3.20)

1  Deq r r  (3.36)
2qa ln  qb ln  qc ln  3Van
2  r Deq Deq 

Considerando o sistema equilibrado: I a  I b  I c  0  qa  qb  qc  0  qb  qc   qa

1 Deq qa Deq
3qa ln  3Van (3.37) Van  ln (3.38)
2 r 2 r
qa 2
Sendo, Cn  Cn  F / m para o neutro (3.39)
Van ln( Deq / r )
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Capacitância de uma Linha Trifásica com Espaçamento Assimétrico

No caso de linhas com condutores compostos, temos:


2
Cn  F / m para o neutro
ln( Deq / Dsb ) (3.40)
Sendo,
a. Cabo de dois condutores Dsb 2  4 Ds .d .Ds .d  4 ( Ds .d ) 2  Dsb 2  Ds .d (2.69)

b. Cabo de três condutores Dsb3  9 ( Ds .d .d ) 3  Dsb3  3 Ds .d 2 (2.70)

d 2
c. Cabo de quatro condutores d

d
Dsb 4  16 ( Ds .d .d .d .21/ 2 ) 4  4 Ds .d .d .d .21/ 2  Dsb 4  1,09 4 Ds .d 3 (2.71)

• No caso do Deq , obtém-se boa precisão utilizando as distâncias entre os centros dos
cabos múltiplos para Dab , Dbc e Dca ;
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Ex: Determine a capacitância e a reatância capacitiva por milha, da linha
mostrada ao lado. Sendo l = 175 milhas e Vn = 220 kV, determine a Linha trifásica, assimétrica,
reatância capacitiva ao neutro para toda a linha e a sua corrente de com condutores ACSR tipo
carregamento por milha, bem como os MVA totais de carregamento. Drake.
Em consulta ao catálogo de cabos (propriedades físicas), verifica-se que o diâmetro externo do
condutor Drake é 1,108 in. Sendo assim:
1,108 in  1 ft 
2r  Dext  r    r  0,0462 ft Deq  3 20.20.38  Deq  24,77 ft
2  12 in 

2 2 .8,85.10 12 12


Para 175 milhas:
Cn   C n  8,8483 .10 F /m
ln( Deq / r ) ln(24,77 / 0,0462) 0,1863 .10 6  . mi
XC 
1 10 12
 1 mi  175 mi
XC     X C  0,1863 .10 6  . mi
2 . f . C 2 .60.8,8483  1609 m  X C  1066  p / o neutro

 220.10 3 
𝐼 = 𝑗𝜔𝐶 𝑉 = j 2 .60. .8,8483.10 12 2
QC 3   C nVab (var)
 3 

A  1609 m 
I chg  j 4.2369.10  4 
m  1 mi 
  I chg  j 0,681 7 A / mi 
QC 3  2 .60.8,8483.10 12. 220.10 3 
2

A  1609 m 
P/ 175 mi: I chg  j 0,681 7 .175 mi I chg  j 119,3 A .175 mi .    QC 3  45,46 M var
 1 mi 
mi
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Para a linha trifásica mostrada abaixo, determine a capacitância para o neutro, em F e a admitância
shunt em S. Considere a tensão nominal da linha de 345 kV e determine a corrente de carregamento
em kA por fase e a potência reativa total em Mvar fornecido pela capacitância. Considere a rede com
200 km, balanceada e com sequência de fases positiva.
Condutor ACSR 795 kcmil 26/7 (Drake)

1,108 in  0,0254 m   r  0,0141 m


2r  Dext  r   
2  1 in 

Deq  3 10.10.20  Deq  12,6 m Dsb 2  Ds .d  0,0141.0,4  Dsb 2  0,075 m

2  2 .8,85.10 12  F   1000 m 


Cn    . .200km C n  2,17 .10 6 F
b2
ln( Deq / Ds )  ln(12,6 / 0,075)  m   1 km 

Yan  j C n  j (2 60)2,17 .10 6  j8,19 .10 4 S

I chg  Yn Van  345.10 3 


 j8,19 .10 .
4
  j 0,163 kA / fase
 3 
2
QC 3   C nVab 
(var)  QC 3  2 .60.2,17 .10 6. 345.10 3 
2
 QC 3  97,5 M var
Sistemas Elétricos de Potência I
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Efeito da Terra sobre a Capacitância de Linhas Trifásicas

• A terra afeta a capacitância de uma linha de transmissão porque sua presença altera o campo
da linha;
• Suponha que a terra seja um condutor perfeito na forma de um plano horizontal;
• Considere um circuito monofásico, aéreo, com retorno pela terra;
• O fluxo elétrico que liga as cargas do condutor às cargas da terra é
perpendicular a superfície equipotencial da terra, pois esta
superfície é supostamente um condutor perfeito;

• Imagine um condutor fictício, de mesma forma e bitola que o


condutor aéreo, colocado verticalmente abaixo da superfície da terra
a uma distância igual a que separa o condutor real da superfície da
terra;
• Se a terra for removida e considerarmos para o condutor fictício
uma carga igual e oposta, o plano a meio caminho entre os
condutores será uma superfície equipotencial;
• O fluxo elétrico entre o condutor elétrico e esta superfície
equipotencial será o mesmo que existiria entre o condutor e a terra;
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Efeito da Terra sobre a Capacitância de Linhas Trifásicas

Assim, no que concerne ao cálculo da capacitância:

 A terra pode ser substituída por um


condutor fictício denominado de condutor
imagem, colocado abaixo da superfície da
terra a uma distância igual à distância do
condutor aéreo à terra e carregado com
uma carga igual e de sinal contrário à do
condutor aéreo;

 O método de cálculo de capacitância pode


ser estendido para mais de um condutor.
Neste caso haverá um condutor imagem
para cada condutor aéreo;

 O fluxo acima do plano é o mesmo que


existiria sem a presença dos condutores
imagens.
Linha Trifásica e sua imagem.
Sistemas Elétricos de Potência I
3 - Capacitância
Efeito da Terra sobre a Capacitância de Linhas Trifásicas

Considere a linha sendo transposta:


  D12 H12  
q
 a  ln  ln   
  r H1  
 
1   r H2  
Vab1  qb  ln  ln   (V )
2   D12 H 12  
 
  D23 H   (3.41)
qc  ln  ln 23  
  D31 H 31  

 Da mesma maneira são escritas equações


semelhantes para as outras seções do ciclo
de transposição para as tensões Vab e Vac ;
Sendo, Vab  Vac  3Van e q a  qb  qc  0  qb  qc  q a

2
Cn 

ln( Deq / r )  ln H 12 H 23 H 31
3 /3 H1 H 2 H 3  F / m p /o neutro
(3.42)
Sistemas Elétricos de Potência I
4 – Circuitos Paralelos
Linhas Trifásicas de Circuitos em Paralelo
• Dois circuitos trifásicos idênticos em construção e eletricamente em paralelo possuem a
mesma reatância indutiva;
• Para o circuito dos dois em paralelo, a reatância indutiva será a metade de cada circuito
considerado isoladamente, desde que sejam distantes o suficiente para se desprezar a
indutância mútua;
• Se os dois circuitos estiverem montados na mesma torre, o método da DMG pode ser
usado para determinar a indutância por fase, considerando os condutores de cada fase
como componentes de um condutor composto;
Fase condutores em paralelo:
a a, a´ Rotacionados no
b b, b´ ciclo de
transposição
c c, c´

Mudança cíclica de posição dos condutores

Normalmente não há transposição nesta configuração, mas será feita aqui


a consideração de circuito com transposição para se obter um valor
aproximado, utilizando o método da DMG de condutores compostos.
Sistemas Elétricos de Potência I
4 – Circuitos Paralelos
• No cálculo da distância equivalente entre fases, a letra p indica Deq  3 Dabp .Dbcp .Dcap
que trata-se de circuitos em paralelo;
p
• Neste procedimento, tem-se por exemplo que Dab é a DMG
Dabp  4 Dab .Dab´ .Dba .Dba´
média entre os condutores da fase a e os condutores da fase b.

Posição
• No cálculo da indutância, o RMG de circuitos a – a´ Dsa  a´  Dsorig .Da  a´
paralelos ( D p ) é calculado pela média geométrica
s
do RMG original dos dois condutores ao ocuparem b – b´ Dsb b´  Dsorig .Db b´
sucessivamente as posições a e a´, b e b´, c e c´.
c – c´ Dsc c´  Dsorig .Dc c´

Ex. 5.4 (Stevenson). Uma LT 3# de circuito duplo é composta


por condutores tipo ACSR 300.000 CM 26/7 Ostrich, dispostos
de acordo com a figura abaixo. Determine:
a) X L em  / mi por fase b) BC em S / mi por fase
Obs: O condutor tipo Ostrich não se encontra listado no catálogo da ALCAN.
Provavelmente porque não está mais disponível comercialmente. Na tabela
A.3 do livro do Stevenson tem os dados deste condutor e que são
apresentados a seguir:
Dext 0,680 in
RMG  DS  0,0229 ft ; raio    raio  0,340 in
2 2
Sistemas Elétricos de Potência I
4 – Circuitos Paralelos Deq  3 Dabp .Dbcp .Dcap
Ex. 5.4 (Stevenson). Uma LT 3# de circuito duplo é composta por condutores tipo ACSR
300.000 CM 26/7 Ostrich, dispostos de acordo com a figura abaixo. Determine:
a ) X L em  / mi por fase b) BC em S / mi por fase

Primeiro são calculados as DMGs médias entre as fases:

Dab  10 2  (1,5) 2  10,11 ft Dab´  10 2  (19,5) 2  21,91 ft

Dabp  4 Dab .Dab´ .Dba .Dba´  4 (10,11.21,91) 2  14,88 ft

Dbc  10,11 ft e Dbc´  21,91 ft

Dbcp  4 Dbc .Dbc´ .Dcb .Dcb´  14,88 ft

Dca  20 ft e Dca´  18 ft Dcap  4 Dca .Dca´ .Dac .Dac´


Dcap  4 (20.18) 2  18,97 ft
Deq  3 Dabp .Dbcp .Dcap  3 14,88.14,88.18,97 Deq  16,13 ft
Sistemas Elétricos de Potência I
4 – Circuitos Paralelos Deq  16,13 ft DSp  3 Dsa  a´ .Dsb b´ .Dsc c´
Ex. 5.4 (Stevenson). Uma LT 3# de circuito duplo é composta por condutores tipo ACSR
300.000 CM 26/7 Ostrich, dispostos de acordo com a figura abaixo. Determine:
a ) X L em  / mi por fase b) BC em S / mi por fase

Agora calculam-se os valores de Ds em cada posição.


Lembrar que: Ds  0,0229 ft
orig

Da  a´  20 2  18 2  26,91 ft  Dc c´ Db b´  21 ft

Dsa  a´  Dsorig .Da  a´  0,0229.26,91  0,785 ft

Dsc c´  0,785 ft Dsb b´  Dsorig .Db b´  0,0229.21  0,693 ft

DSp  3 Dsa  a´ .Dsb b´ .Dsc c´ 3 0,785.0,693.0,785  DSp  0,753 ft


Deq 16,13
L  2.10 7 ln ( H / m)  L  2.10 7 ln  L  6,13.10 7 H / m
DSp 0,753
  1609 m 
X L  2 .60.6,13.10 7 .   a ) X L  0,372  / mi por fase
m  1 mi 
Sistemas Elétricos de Potência I
4 – Circuitos Paralelos Deq  16,13 ft DSp_ C  3 Dsa  a´_ C .Dsb b´_ C .Dsc c´_ C
Ex. 5.4 (Stevenson). Uma LT 3# de circuito duplo é composta por condutores tipo ACSR
300.000 CM 26/7 Ostrich, dispostos de acordo com a figura abaixo. Determine:
a) X L em  / mi por fase b) BC em S / mi por fase

Para o cálculo da capacitância é preciso lembrar que em vez


do RMG próprio do condutor, utiliza-se o raio do mesmo, ou
seja, a metade do diâmetro completo do condutor. Assim:
 
Dsorig _ C  r  D2  r  0,680 in  1 ft   r  0,0283 ft
2  12 in 
 
Dsa  a´_ C  Dsorig _ C .Da  a´  0,0283.26,91  0,873 ft
Dsc c´_ C  0,873 ft Dsb b´_ C  Dsorig _ C .Db b´  0,0283.21  0,771 ft

DSp_ C  3 Dsa  a´_ C .Dsb b´_ C .Dsc c´_ C  3 0,873.0,771.0,873  DSp_ C  0,8376 ft
2 2.8,85.10 12 
Cn  p
F / m p / o neutro  Cn   18,807.10 12 F / m
ln( Deq / Ds _ C ) ln(16,13 / 0,8376)
S  1609 m 
BC  2 .60.18,807.10 12 .   b) BC  11,41.10 6 S / mi por fase, p / o neutro
m  1 mi 
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
Modelos de linhas:
• Curta: L ≤ 80 km
Parâmetros concentrados
• Média: 80 < L < 240 km
• Longa: L ≥ 240 km Parâmetros distribuídos

4.1 Linha Curta

IS  IR (4.1) Sendo, Z  zl 
z  R  j L  / m
VS  VR  I R Z (4.2)
Circuito equivalente monofásico de uma linha
de transmissão curta.
Representação em quadripolo:

VS  AVR  BI R VS   A B  VR 


I S  CVR  DI R     (4.3)
 I S  C D   I R 
Assim, A 1 BZ VS  1 Z  VR 
   
C0 D 1  I S  0 1   I R 
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão

4.2 Linha Média I


VR Y
VS  VR  ZI I  IR 
2
 V Y
VS  V R  Z  I R  R 
 2 
 ZY  Circuito equivalente monofásico de uma linha
V S  1  VR  ZI R
 2  (4.4) de transmissão média ( - nominal).

VS Y  ZY  Y V Y  ZY  Y Y  Y
IS  I I S  1  VR  ZI R   I R  R I S  1    VR  ZI R  I R
2  2  2 2  2  2 2 2

  ZY  1 1    ZY   1 ZY 1   ZY 
I S  Y 1     VR    1 I R IS  Y   VR    1 I R
  2  2 2    2  2 4 2  2 

 ZY   ZY 
I S  Y 1  VR  1  I R  ZY   ZY 
 4   2  (4.5) A  D  1  ; B  Z; C  Y 1  
 2   4 
VS  AVR  BI R
Constantes generalizadas da linha de transmissão
I S  CVR  DI R
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
Elemento diferencial da LT
4.3 Linha Longa
dx Comprimento do elemento diferencial
zdx Impedância em série do elemento
ydx Admitância em derivação do elemento
V , I São fasores que variam com x
dV
dV  Izdx   Iz (4.6)
dx

A amplitude e a fase da corrente I variam com a distância ao longo da linha, devido à


admitância em derivação distribuída pela mesma;
dI
dI  Vydx   Vy (4.7)
dx
Derivando as equações (4.6) e (4.7) em relação a x, obtemos:

d 2V dI (4.8) d 2I dV (4.9)
2
z 2
y
dx dx dx dx
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão

4.3 Linha Longa d 2V


2
 yzV (4.10)
dx
Substituindo as equações (4.6) e (4.7) em (4.9) e (4.8),
respectivamente: d 2I
 yzI (4.11)
Solução da equação diferencial de tensão: 2
dx

V  A1e  x  A2 e  x (4.12) Sendo,   yz (4.13) V


Constante de propagação
dV
dx
 A1e  x  A2 e  x d 2V
2
  2 A1e  x   2 A2 e  x
d 2V
dx 2

 yz A1e  x  A2 e  x 
dx

 
Lembre que,
 A1e  A2 e x  x A1e x  A2 e  x
dV
 Iz  A e x
 A e  x
 Iz I I
dx
1 2
z z /
(4.6)
z z z x  x
Zc    1/ 2 1/ 2 A1e  A2 e (4.15)
I
 ( yz ) 1/ 2
y z Zc
Impedância
Z c  z / y (4.14) característica da linha
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão V  A1e  x  A2 e  x (4.12)

4.3 Linha Longa A1e  x  A2 e  x (4.15)


I
Determinação das constantes: A1 e A2 Zc

Condições de contorno na barra receptora: x  0  V  VR e I  I R

Substituindo esses valores nas equações (4.12) e (4.15): VR  A1  A2 (4.16)


Resolvendo o sistema vem: A1  A2
V  Zc I R IR  (4.17)
VR  Z c I R (4.18) A2  R (4.19) Zc
A1  2
2
Daí,
V R  Z c I R  x V R  Z c I R  x
V e  e Com estas equações calcula-se os
2 2 (4.20) valores eficazes de V e I e seus ângulos
de fase.
V R / Z c  I R  x V R / Z c  I R  x
I e  e
2 2 (4.21)
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão Zc  z / y   yz
Constante de
4.3 Linha Longa fase

V R  Z c I R  x j x VR  Z c I R  x  j x
V e e  e e (4.22)     j
2 2
Constante de
V / Z  I R  x j x VR / Z c  I R  x  j x
I R c e e  e e atenuação
2 2 (4.23)
Cresce em Diminui em
amplitude e amplitude e Uma linha que alimenta sua impedância
avança em se atrasa em característica é chamada de linha infinita. Assim:
fase com o fase com o
aumento de x aumento de x
VR  I R Z C e não haverá onda refletida !
Tensão incidente Tensão refletida
Valores típicos de Z C : 400  ( circ . simples )
x 200  ( dois circ . paralelos )
e deslocamento de amplitude
0   Zc  15
e jx  cos  x  jsen x Linhas de
cabos L   ZC
deslocamento de fase múltiplos
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
z j L L real puro
4.3 Linha Longa Zc    Zc  
z  jL y j C C (4.24)
Para a linha sem perdas:
y  jC   yz  jCjL    j LC
(4.25)
  j m 1  sendo :    LC imaginário puro
Neste caso, Z C é chamada de impedância de surto. Utiliza-se este termo para as
linhas consideradas sem perdas, em particular nos estudos de surtos devido as
descargas atmosféricas.
O carregamento de uma linha pela impedância de surto é a potência fornecida por
uma linha a uma carga resistiva pura igual a sua impedância de surto. Nestas condições:

|V | / 3 | VL | Potência entregue a uma linha sem perdas a


| I L | L  | I L | A (4.26) uma carga resistiva igual a impedância de
ZC 3 L/C surto Z C .

| VL |
SIL  3 | VL || I L |  3 | VL | W | VL |2
3 L/C SIL  MW (4.27)
L/C
Surge impedance loading | VL | em kV
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
  yz
Z
4.3 Linha Longa c  z / y
    j
Forma Hiperbólica das equações Das equações (4.20) e (4.21):

V  Z c I R  x V R  Z c I R  x V R / Z c  I R  x V R / Z c  I R  x
V R e  e I e  e
2 2 (4.20) 2 2 (4.21)

 e  x  e  x   e  x  e  x 
V   VR  Z C 
 
I R
 V  cosh(x)VR  Z C senh(x) I R
 2   2  (4.28) (4.30)

1  e  x  e  x   e  x  e  x  1
I  VR   I R I senh(x)VR  cosh(x) I R (4.31)
ZC  2   2  (4.29) ZC
   
Representação em quadripolo para x = l:

VS   A B  VR  VS  cosh(l ) Z C senh(l ) VR 


          (4.32)
 I S  C D   I R   I S  (1 / Z C ) senh(l ) cosh(l )   I R 
Parâmetros distribuídos ABCD
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
Zc  L / C 
4.3 Linha Longa Se considerar a linha sem perdas:
  j m 1    LC
A( x)  D ( x)  cosh(x )  cosh( j x)
 e j x  e  j x   e j x  e  j x 
A( x )  cosh( j x )     cos(  x ) senh(x )  senh( j x )     jsen(  x )
 2   2 
  real puro  

B ( x)  Z C senh(x )  Z C senh( j x ) B ( x )  jZ C sen(  x ) B ( x)  j L / C sen(  x) 


senh(x) sen(  x ) imaginário puro
C ( x)   j S imaginário puro
ZC L/C
Comprimento de Onda de uma LT – é a distância requerida para mudança de fase da tensão ou corrente de
2 radianos ou 360°. x  2 / 
V ( x )  A( x )VR  B ( x ) I R I ( x )  C ( x)VR  D( x) I R p/ mudança de fase de
2 rad em V(x) e I(x).
V ( x)  cos(  x)VR  j L / C sen(  x) I R sen( x)
I ( x)  j VR  cos( x) I R  em rad / km
L/C
  2 /     2 /  LC p/ 60 Hz:

1 v 1 / LC 3.108
 1 Velocidade de propagação     5000 km
 3.108 m / s de uma onda de tensão ou f f 60
f LC LC corrente, sem perdas.
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
4.3 Linha Longa Circuito -equivalente
I
Representa com boa precisão a LT com parâmetros
concentrados, desde que o interesse seja o cálculo de
variáveis nos extremos da linha (x = l).
Circuito equivalente monofásico de uma
Para que este circuito seja equivalente à LT longa os
linha de transmissão ( - equivalente).
coeficientes de VR e I R devem ser iguais, respectivamente
aos mesmos coeficientes nas equações (4.30) e (4.31):  Z ´Y ´ 
V S  1  VR  Z ´I R (4.33)
Assim,  2 

Z ´Y ´  Z ´Y ´   Z ´Y ´ 
1  cosh(l ) Z ´ Z C senh(l ) I S  Y ´1  VR  1  I R
2  4   2 
(4.35) (4.36) (4.34)
 Z ´Y ´  1
Y ´1   senh(l ) 1  Z ´Y ´  cosh(l ) Subst. (4.36) em (4.35):
 4  ZC 2 Z C senh(l )Y ´ Y´ 1 cosh(l )  1
(4.37) (4.38) 1   cosh(l )  
2 2 ZC senh(l )
Pois, Sendo:
Y´ 1 Y´ 1
 tanh(l / 2) cosh( )  1  tanh(l / 2)
2 ZC (4.39) tanh( / 2)  Zc  z / y 2 z/ y
senh( )
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
4.3 Linha Longa Circuito -equivalente
I
Y ´ tanh(l / 2) Y ´ yl  tanh(l / 2) 
  
2 z/ y 2 2  ( yl / 2) z / y 

Y ´ yl  tanh(l / 2)  Mas,   Y ´ yl  tanh(l / 2)  Y ´ Y  tanh(l / 2) 
 yz      
2 2  (l / 2) zy  2 2  l / 2  2 2  l / 2 
(4.40)
Fator de conversão do circuito -nominal para o -equivalente.

 z / y senh(l )   z1/ 2 senh(l ) 


Lembrar que: Z ´ Z senh(l )
C Z ´ zl   Z ´ zl  
 zl   1/ 2
y zl 
   
 senh(l )   senh(l )   senh(l ) 
Z ´ zl   Z ´ zl   Z ´ Z   (4.41)
 zy l   l   l 

Fator de conversão do circuito -nominal para o -equivalente.


Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão

4.4 Regulação de tensão de uma LT Curta | VR , NL |  | VR , FL |


V%   100
| VR , FL | (4.42)
Em que,
V%  Regulação percentual de tensão de uma linha de transmissão;
| VR ,NL |  Módulo da tensão em vazio na barra receptora da linha;
| VR ,FL |  Módulo da tensão a plena carga na barra receptora da linha;

 Nesta análise, a tensão da fonte é considerada constante;


 A regulação de tensão depende do fator de potência da carga.
Sistemas Elétricos de Potência I
Exercícios I Unidade
Uma linha trifásica de circuito simples a 60 Hz, com 18 km é composta de condutores Partridge
com espaçamento equilátero de 1,6 m entre centros. A linha fornece 2500 kW em 11 kV a uma
carga equilibrada. Considere uma temperatura de 50°C nos condutores. Qual deve ser a tensão na
barra transmissora quando o fator de potência for de:
  1000 ft 
a) 80% atrasado; Da tabela de cabos: R  0,0714  18 km  R  4,216 
1000 ft  0,3048 km 
b) Unitário;  0,3048 m 
c) 90 % avançado; Ds  0,0217 ft    0,006615 m
Dm  1 ft 
7
X L  4 . f .10 ln ( / m ) 1,6
X L  (18k )4 .60.10  7 ln  X L  7,449 
Ds 0,006615
Z  4,216  j 7,449  8,59560,62 

a) cos  R  0,8 at 2500 VS  (8,59560,62.164  36,87)  11k / 3  VS  76604,19 VLN


IR   164 A
 R  36,87 0,8 3 11k
VS _ LL  3.7660( 4,19  30)  13,2734,19 kVLL
S R  3VR I R V S  ( Z .I R )  V R

b) cos  R  1 I  2500  131,2 A VS  (8,59560,62.131,20)  11k / 3  69758,1 VLN


R
 R  0 3 11k | VS _ LL | 3.6975  12,08 kVLL
c) cos  R  0,9 ad 2500
IR  VS  (8,59560,62.145,825,84)  11k / 3  655311 VLN
0,9 3 11k
 R  25,84
I R  145,8 A | VS _ LL | 3.6553  11,35 kVLL
Sistemas Elétricos de Potência I
Exercícios I Unidade

a) 80% atrasado;

b) Unitário;

c) 90 % avançado;
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
4.3 Linha Longa
Perfis de Tensão
Sistemas Elétricos de Potência I
Exercícios I Unidade
Uma linha trifásica, 345 kV, 60 Hz, 200 km, completamente transposta tem dois
condutores por fase, tipo ACSR 26/2, 795.000 cmil. Os valores de impedância e admitância
são: z  0,032  j 0,35  / km y  j 4,2  10 6 S / km
Em condições de plena carga, tem-se no fim da linha: 700
MW com FP=0,99 adiantado e tensão de 95%. Considerando
uma linha média, determine:
a) Os parâmetros ABCD do circuito -nominal;
b) Os Valores fornecidos de: VS , I S e PS ;
c) A regulação de tensão nos terminais da barra receptora;
a) Z  zl  (0,032  j 0,35)200  Z  6,4  j 70  70,2984,78  
 ZY 
6 4
V S 1  VR  ZI R
Y  yl  ( j 4,2  10 ) 200  Y  8,4  10 90 S  2 
 ZY   ZY   ZY 
A  D  1  4
  1  (70,2984,78)(8,4  10 90 )(1 / 2) I S  Y  1  V R 1 
 I R
 2   4   2 
A  D  1  (0,02952174,78)  0,9706  j 00269  (0,97060,159) B  Z  70,2984,78 
 ZY  4 4
C  Y 1    8,4  10 90(1  (1 / 4)70,2984,788,4  10 90)
 4 
4
C  8,4  10 4 90(1  0,01476174,78)  C  8,4  10 90(0,9853  j 0,00134)
C  8,277  10 4 90,08 S
Sistemas Elétricos de Potência I
Exercícios I Unidade
b) A tensão na barra receptora é:
VR  (0,95).(345k )  327,8 kVLL  R  cos 1 (0,99)  8,11
327,8
VR  0  VR  189,2 0 kVLN
3
700 M R
S R  3VR I R IR   I R  1,2468,11 kA
3.0,99.327,8k
VS  AVR  BI R VS  (0,97060,159)(189,2 0)  (70.2984,78)(1,2468,11)
VS  183,60,159  87,5592,89 VS  179,2  j87,95 VS  199,626,14 kVLN
| VS _ LL | 3.199,6  | VS _ LL | 345,8 kVLL
I S  CVR  DI R I S  (8,277  10 4 90,08)(189,2 0)  (0,97060,159)(1,2468,11)
I S  0,156690,08  1,2098,27 I S  1,196  j 0,331 I S  1,24115,5 kA

PS  ( 3.VS I S ) cos(V   I ) PS  3.345,8k .1,241k cos(26,14  15,5) PS  730,5 MW

c) A tensão de circuito aberto na barra receptora é: VRNL  VS / A  345,8 / 0,9706 VRNL  356,3 kVLL
| VR , NL |  | VR , FL | 356,3k  327,8k
V%   100 V%   100 V%  8,7%
| VR , FL | 327,8k
Sistemas Elétricos de Potência I
Exercícios I Unidade
Uma LT trifásica de 60 HZ e 175 milhas de extensão tem uma impedância série total de 35  j140  e
uma admitância em derivação de 930 10 6 90 S . Ela fornece 40 MW em 220 kV com F.P 90%
atrasado. Determine a tensão na barra transmissora usando:  1,609 km 
  l  175 mi   281,57 km
 1 mi 
a) Linha curta c) Linha longa
Z  35  j 40  144,375,96 
b) Linha média (-nominal) d) Linha longa (-equivalente) Y  930  10 6 90 S

a) cos  R  0,9 at 40 M
IR   116,6 A VS  (144,375,96.116,6  25,84)  220 k / 3
 R  25,84 0,9 3 220k VS  138,415,35 kVLN
VS  (Z.IR) VR | VS _ LL | L  3.138,41 | VS _ LL | 239,73 kVLL

b)  ZY   144,375,96930.10 6 90 
V S  1  VR  ZI R  VS  1  127k  144,375,96116,6  25,84
 2   2 
 
VS  130,416,6 kVLN | VS _ LL | 3.130,41 | VS _ LL | 225,88 kVLL

c)  144,375,96 
1/ 2
Zc  z / y     155,16k  14,041/ 2 Z c  393,9  7,02 
 930  10 6 90 
l  ZY  930  10 6 90144,375,96  0,1342165,96  0,366383 l  0,0448  j 0,364
 180 
j 0 , 364 rd  
e l  e 0, 0448 j 0,364
e  1,0458e     1,0458e j 20,86 e l  1,045820,86  0,9773  j 0,3724
Sistemas Elétricos de Potência I
Exercícios I Unidade
c) e l  e 0,0448 e  j 0,364  0,9562e  j 20,86  0,9562  20,86  0,8935  j 0,3405
 e  l  e l   0,9773  j 0,3724  0,8935  j 0,3405 
cosh l      cosh l  0,9354  j 0,0160
  2
 2   
 e  l  e l   0,9773  j 0,3724  0,8935  j 0,3405 
senhl      senhl  0,0419  j 0,3565
  2
 2   

VS  cosh(l )VR  Z C senh(l ) I R


VS  (0,9354  j 0,0160)127 k  (393,9  7,02)(0,0419  j 0,3565)(116,6  25,84)

VS  (129,315  j14,747)k  130,156,5 kVLN | VS _ LL | 3.130,15  | VS _ LL | 225,4 kVLL

 senh(l )   0,35983,3 
d) Z ´ Z C senh(l ) ou Z ´ Z    144,375,96  Z ´ 141,476 
 l   0,366383  
Z  35  j 40  144,375,96 
Y´ 1 cosh(l )  1 1 0,9354  j 0,016  1
 
l  0,366383 2 Z C senh (l ) 393,9  7,02 0,0419  j 0,3565

Z c  393,9  7,02  Y´
 471 10  6 89,8 S
2
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
4.5 Fluxo de Potência em uma Linha de Transmissão

VS  AVR  BI R VS  AV R Seja: A | A |  B | B |  (4.44)


IR 
I S  CV R  DI R B (4.43) VR | VR | 0 VS | VS |   (4.45)
Após as substituições:
| V |   | A |  | VR | 0 | VS |    | A || VR |    (4.46)
IR  S IR  
| B |  |B| |B|

Sendo: S R  PR  JQR (4.47) S R  VR I R* (4.48) A potência complexa na barra receptora

| V |    | A || VR |    | VS || VR |    | A || V R | 2   
I R*  S  PR  JQR  
|B| |B| (4.49) |B| |B|
(4.50)
E as potências ativa e reativa na barra receptora são:

| VS || VR | | A || VR | 2
PR  cos(    )  cos(    ) (4.51)
|B| |B|

| VS || V R | | A || VR | 2
QR  sen(    )  sen(    ) (4.52)
|B| |B|
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
4.5 Fluxo de Potência em uma Linha de Transmissão PR | VR || I R | cos  R (4.53)
QR | VR || I R | sen R (4.54)
2
| V || VR | | A || VR |
PR  S cos(    )  cos(    ) (4.51)
|B| |B|
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
4.5 Fluxo de Potência em uma Linha de Transmissão PR | VR || I R | cos  R (4.53)
QR | VR || I R | sen R (4.54)
 A posição do ponto n é independente da corrente I R e
não sofre alterações enquanto VR for constante;

 A distância do ponto n ao ponto k é constante para


valores fixos de VS e VR ;

 À medida que a distância entre 0 e k varia com a carga, o


ponto k deve ficar a uma distância fixa de n. Sendo assim
k varia sobre uma circunferência com centro em n;

 Qualquer variação em PR exigirá uma variação


correspondente em QR para manter k sobre a
circunferência;
 Um aumento na potência fornecida indica que o
ponto k se mova pela circunferência, até que o
ângulo (    ) seja nulo;

| VS || VR | | A || VR |2
PR max   cos(    )
|B| |B| (4.55)
Sistemas Elétricos de Potência I
PR | VR || I R | cos  R
4. Representação de Linhas de Transmissão
QR | VR || I R | sen R
4.5 Fluxo de Potência em uma Linha de Transmissão

 Na figura ao lado tem-se a representação gráfica para


diversos valores de VS e um único valor de VR .

 O comprimento da linha vertical entre a intersecção a


da reta de carga com a circunferência VS 4 e o ponto b
na circunferência VS 3 é a quantidade de potência reativa
capacitiva, em paralelo com a carga, de forma a
conservar VR constante quando a tensão na barra
transmissora for reduzida de VS 4 para VS 3 ;

 O acréscimo de poucos kvar capacitivos resultará


em uma carga combinada com FP unitário e uma
redução ainda maior de VS para o mesmo
módulo de VR ;
 Existe a necessidade de variação VS para se manter constante o VR quando há variação nos valores
de potência ativa e potência reativa, recebidas pela carga;
Por exemplo, para  R constante na carga, as coordenadas da intersecção da reta de carga com uma
circunferência de tensão constante na barra transmissora fornecem os valores de P e Q da carga para
aquele valor de VS e para o valor de VR para o qual é traçado o diagrama.
Sistemas Elétricos de Potência I
Exercícios I Unidade
Uma LT trifásica de 60 HZ, 765 kV, 300 km, completamente transposta, tem os seguintes valores
para as constantes ABCD: A  D  0,93130,209 B  9787,2  C  1,37.10 3 90,06 S
Determine a máxima potência entregue pela linha, em MW e também por unidade de SIL.
Considere: VS  VR  765 kV ; Z C  266,1 

A | A |  B | B |  | VS || VR | | A || VR |2
PR max   cos(    )
VR | V R | 0 VS | VS |   |B| |B|

(765) 2 0,9313(765) 2 PR max  5738 MW


PR max   cos(87,2  0,209)
97 97

| VL | 2
SIL  MW
L/C (765) 2
SIL   2199 MW
266,1
| VL | em kV

5738
Assim, PR max   2,61 por unidade de SIL
2199
Sistemas Elétricos de Potência I
Exercícios I Unidade
Uma LT de 138 kV tem 50 km de comprimento e é composta por condutores Partridge com
espaçamento horizontal de 5 m. Despreze a resistência e determine o aumento percentual de
potência que pode ser transmitido para | VS | e | VR | quando  é limitado a 45° e se o condutor
Partridge for substituído pelo Osprey, que possui mais que o dobro da área em mm².
Linha curta VS  VR  I R Z VS  AVR  BI R
IS  IR I S  CV R  DI R

A 1 BZ
A  D  10 B  X90 C 0
C0 D 1
velho: Partridge
| V || V R | | A || V R | 2
PR  S cos(    )  cos(    ) novo: Osprey
A | A |  B | B |  |B| |B|
É inversamente proporcional a X, considerando
VR | V R | 0 VS | VS |   | V || V R |
PR  S cos( 45) constantes: | VS | e | VR |
|X|
5m 5m  1 ft  Deq
Deq  3 5.5.10  6,3 m  6,3 m   20,67 ft X L  4 . f .10 7 ln ( / m )
 0,3048 m  Ds
20,67 | VS || VR |
X L velho  4 .60.10 7 ln  5,1717.10  4 ( / m) PR  velho  | X cos( 45) PR  novo | X velho |
|   1,041
0,0217 velho
PR  velho | X novo |
20,67
X L  novo  4 .60.10 7 ln  4,9688.10  4 ( / m) P 
| VS || V R |
cos( 45) Acréscimo de 4,1%
0,0284 R  novo
| X novo |
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
4.6 Compensação Reativa de LT

Compensação Série: consiste na conexão de capacitores em


série com o condutor de cada fase da linha;

 Isto reduz a impedância em série da linha e desta forma, a queda de tensão. Também melhora a
condição de máxima potência transmitida pela linha. De acordo com a equação (4.55);

| VS || VR | | A || VR |2 Sendo, B  Z (-nominal)
PR max   cos(    )  senh(l ) 
|B| |B| (4.55)
B  Z ´ Z  
 l  (-equivalente)

O valor desejado para a reatância do banco de capacitores


pode ser determinado de forma a compensar uma fração da
reatância indutiva da linha do seguinte modo:

FCR  X C / X L fator de compensação reativa


Sistemas Elétricos de Potência I
r  0,1603 ( / mi ) Catálogo do Stevenson
4. Representação de Linhas de Transmissão raio  Dext / 2  0,977in / 2  0,4885 in
Dm
4.6 Compensação Reativa de LT X L  2,022 f .10 3 ln ( / mi )
Ds
Exemplo (livro Stevenson): Uma LT de 60 Hz, circuito simples,
1,779.10 6 D
370 km (230 milhas) e condutores do tipo Rook (50 °C), com XC  ln (.mi )
f raio
espaçamento horizontal plano de 7,25 m entre condutores. A
carga na linha é de 125 MW a 215 kV e FP unitário. Determine z  0,1603  j 0,8277  0,843179  / mi
as constantes da linha para uma compensação de 70%. y  5,105.10 6 90 S / mi X Ccomp  70%. X L

 0,843179 
1/ 2  e  e  
 Z c  406,39  5,5  cosh    
Z c  z / y   
  2 
6  
 5,105.10 90 
 e  e  
senh   
l  l yz  230 5,105.10 6 90.0,843179  230 4,304.10 169
6 
 2 

l  230(2,0746.10 3 84,5)  0,477284,5  l  0,0457  j 0,475     j
cosh(l  j l )  cosh(l ) cos(  l )  jsenh(l ) sen(  l )  el  e l   e 0,0457  e 0,0457 
senhl      0,0457
senh(l  j l )  senh(l ) cos(  l )  j cosh(l ) sen(  l ) 
 2  
  2 

cosh l  (1,001). cos(0,475.180 /  )  j (0,0457) sen(0,475.180 /  )
 el  e l   e 0,0457  e 0,0457 
cosh l      1,001
cosh l  0,8902  j 0,0209  cosh l  0,89041,34  2   2 
   
senhl  (0,0457). cos(0,475.180 /  )  j (1,001) sen(0,475.180 /  )
senhl  0,0406  j 0,4578  senhl  0,459684,93
Sistemas Elétricos de Potência I
cosh l  0,8902  j 0,0209
4. Representação de Linhas de Transmissão  cosh l  0,89041,34
X Ccomp  70%. X L
4.6 Compensação Reativa de LT senhl  0,0406  j 0,4578
Exemplo (livro Stevenson): Uma LT de 60 Hz, circuito simples,  senhl  0,459684,93
370 km (230 milhas) e condutores do tipo Rook (50 °C), com As constantes ABCD desta linha são:
espaçamento horizontal plano de 7,25 m entre condutores. A Z ´Y ´
AD  1  cosh(l )
carga na linha é de 125 MW a 215 kV e FP unitário. Determine 2
as constantes da linha para uma compensação de 70%.  A  D  0,89041,34
B  Z ´ Z c senhl  ( 406,39  5,5).(0,459684,93)  B  186,7879,43  Y´ 1 cosh(l )  1

senh (l ) 0,459684,94 2 Z C senh(l )
C   C  0,00113190,42 S
ZC 406,4  5,48

 0,00059989,81 S em cada ramo em derivação
2
A compensação em série altera somente o ramo em série do circuito -equivalente. A nova impedância
em série é também a constante B generalizada. Portanto: 67,42% menor
´ ´ ´
Bcomp  Z comp  Z ´ jX Ccomp  Z comp  186,7879,46  j 0,7(0,8277 )(230) Bcomp  60,8655,85 
8,93% maiorc
´
Z comp Y´  Z comp
´
Y ´ 
Acomp   1  60,8655,85.0,00059989,81  1  Acomp  0,9701,23 Ccomp 
 Y´ 1 
2  4 
 
 Y´ 
2 C comp  2.0,00059989,81  186,7879,46´(0,00059989,81) 2
´
Ccomp  Y ` Z comp  
2 C comp  0,00118090,41 S 4,33% maior PR max
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
4.6 Compensação Reativa de LT
Compensação em derivação: é feita pela conexão de indutores entre cada fase e o neutro, para reduzir
a susceptância em derivação;
Isto é particularmente importante em horários de carga leve, pois sem compensação em derivação a
tensão na barra receptora tenderia a se elevar excessivamente;
 A corrente de carregamento também é um importante fator a ser considerado e não deve exceder o
valor da corrente de plena carga nominal da linha;
 Com a equação (3.24) encontra-se um valor aproximado para a corrente de carregamento, visto que a
tensão varia ao longo da linha. Assim:
I chg  j C n Van ( A / mi ) (3.24) Sendo BC a susceptância capacitiva da linha.

I chg  BCVan
 Se forem ligados reatores entre fase e terra em vários pontos da linha, de tal forma que a
susceptância indutiva total seja BL , a corrente de carregamento passa a ser:
 B 
I chg  ( BC  BL )Van  BCVan  BLVan  I chg  BCVan 1  L  (4.56)
 B 
 C 

 Analisando (4.56) percebe-se que a compensação em derivação (shunt) reduz a corrente de


carregamento.
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
4.6 Compensação Reativa de LT
Compensação em derivação

A redução de tendência de aumento excessivo da tensão na barra receptora nas linhas longas, em
vazio ou com carga leve, se constitui em grande vantagem da compensação em derivação;
Lembrar que: VS  AVR  BI R Para a LT em vazio: VR  VS / A
A  1 LT curta
 ZY  LT média
A  1  
 2 

 Z ´Y ´ 
A  1    cosh(l ) LT longa
 2 

l  yz

A presença de capacitância reduz o valor de A nas linhas média e longa (aumentando a tensão em
vazio);
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
4.6 Compensação Reativa de LT
Exemplo: Uma LT de 60 Hz, 765 kV, 300 km, tem conectados reatores idênticos , em derivação de
cada fase para o neutro, durante o período de carga leve, fornecendo 75% de compensação. Os
reatores são removidos no período de carga de pico. Em plena carga tem-se na barra receptora:
I R  1,90 kA; cos   1 e VR  730 KV Considerando constante a tensão na barra transmissora, calcule:
a) A regulação percentual de tensão para a linha sem compensação;
b) A admitância shunt e a impedância série, equivalentes para a compensação na linha;
c) A regulação percentual de tensão para a linha com compensação.
z  0,0165  j 0,3306  0,331087,14  / km  Z  99,387,14  y  j 4,674.10 6 S / km
l  zy .l  l  0,373188,57  0,00931  j 0,3730 Z C  z / y  Z C  266,1  1,43 
senh (l )  0,3645 88,63 cosh(l )  0,93130,21 Z ´ Z C senh(l )

As constantes ABCD desta linha são: A  D  cosh(l )  A  D  0,93130,21


B  Z ´ (266,1  1,43)(0,364588,63)  B  97,087,2  C  senh (l ) / Z C  1,37.10 3 90,1 S

a) VS  AVR  BI R Em plena carga: VS  AV RFL  BI RFL  VS  0,93130,21(765 / 30)  97,087,2 (1,90)


VS  442,324,8 kVLN VRNL  VS / A  766,0 / 0,9313 822,6  730
VR %  .100  12,68%
| VS _ LL | 442,3 3  766,0 kVLL VRNL  822,6 kVLL 730
Sistemas Elétricos de Potência I
4. Representação de Linhas de Transmissão
4.6 Compensação Reativa de LT
b) Y yl  j 4,674.10 6 S  Y 4 Z  99,387,14  Z ´ 97,087,2 
  300km   7,011.10 S
2 2  2 km  2

Y´ 1 cosh(l )  1 Y ´  1  0,93130,21  1  0,9313  j 0,0034  1 0,06878177,17


      
2 Z C senh (l ) 2  266,1  1,43  0,364588,63  96,993487,2 96,993487,2

Y´ Sem
 7,091.10  4 89,97 S  3,713.10 7  j 7,091.10 4 S  Y ´ 7,426.10 7  j14,182.10 4 S compensação
2
´ ´
Com 75% de compensação shunt, a admitância shunt equivalente é: Ycomp  Y ´0,75Y ´ Z comp  Z´
´
Ycomp  (7,426.10 7  j14,182.10 4 )(1  0,75)  Ycomp
´
 3,547.10 4 89,88 S Z ´ 97,087,2 

´
c) Z ´Ycomp (97,087,2)(3,547.10 4 89,88)  Acomp  0,0172177,1  1  0,98280,05
Acomp  1  1
2 2
VRNL  VS / A  766,0 / 0,9828  VRNL  779,4 kVLL 779,4  730
VR %  .100  6,77%
730
O uso de reatores shunt em horário de carga leve, melhora a regulação de tensão da linha
de transmissão.

Você também pode gostar