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Sistemas Elétricos de Potência II

Curto-Circuito Trifásico – Tensões e Correntes Pós-Falta

Prof. George Victor Rocha Xavier


DEL/CCET/UFS

Material adaptado de: Prof. Andréa Araújo Sousa


Tensões Pós-Falta
DEL/CCET/UFS
SEP II

● Durante um curto-circuito, as tensões nas barras que não estão em falta sofrerão uma
queda V em relação à tensão pré-falta;

● Essa variação ocorre devido à queda de tensão nas impedâncias anteriores à barra
devido à corrente de curto;

● Assim, as tensões verdadeiras pós-falta são calculadas usando o teorema da


superposição, ou seja:

estado pós-falta = estado pré-falta + estado defeito

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Tensões Pós-Falta
DEL/CCET/UFS
SEP II

● Desta forma, considerando que antes do defeito as barras estavam com tensões de 1
pu, as tensões pós-falta são:

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Cálculo das Quedas de Tensão
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SEP II

● Para verificar como proceder quanto aos cálculos de queda de tensão, vamos primeiro
determinar a corrente de falta e contribuição dos geradores para o sistema a seguir,
considerando um curto-trifásico na barra 3 com uma impedância de falta de 0,16 p.u

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Cálculo das Quedas de Tensão
DEL/CCET/UFS
SEP II

● Considerando o caso de curto-circuito com impedância


de falta, temos o seguinte diagrama de impedâncias
para o sistema avaliado:

● Note que, para definirmos a impedância equivalente de


Thévenin vista a partir dos terminais da barra 3, será
necessária a aplicação de uma transformação Δ-Y.

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Cálculo das Quedas de Tensão
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SEP II

● Relembrando a transformação Δ-Y:

● Dica: Cada resistor Y é o produto dos dois resistores Δ dos


ramos adjacentes dividido pela soma dos 3 resistores Δ.
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Cálculo das Quedas de Tensão
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SEP II

● Aplicando a transformação Δ-Y:

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Cálculo das Quedas de Tensão
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SEP II

● Logo, a impedância de Thévenin vista a partir dos terminais da barra 3 será igual a:

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Cálculo das Quedas de Tensão
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SEP II

● A impedância de falta não faz parte do sistema, e só


entra no diagrama final, não fazendo parte do cálculo
de ZTH ;

● A impedância de falta limita a corrente de falta


porque se soma à impedância de Thévenin vista a
partir do ponto de falta:

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Cálculo das Quedas de Tensão
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● Por fim, para a contribuição dos geradores, temos os seguintes divisores de corrente:

IG1 IG2

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Cálculo das Quedas de Tensão
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SEP II

● A partir do conhecimento dos valores de + +


V1 IG1 IG2 V2
corrente de falta e contribuições dos geradores,
somos capazes agora de verificar as quedas de - -
tensões nos barramentos após a falta;

● Durante o curto-circuito, as tensões nas barras


que não estão em falta sofrerão uma queda V
em relação à tensão pré-falta;
+

● Essa variação ocorre devido à queda de tensão V3

nas impedâncias anteriores à barra devido à -


corrente de curto.
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Cálculo das Quedas de Tensão
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● Voltando ao diagrama inicial, a queda de tensão na


+ IG1
impedância j0,2 antes da falta, devido à corrente de
carga, é: V1
Vz1pre = VG – V1
-
● Já a queda de tensão total pós-falta é a soma das
quedas devido à corrente de carga e à corrente de
falta, ou seja:
Vz1pos = (VG – V1) + j0,2xIG1
● Assim, a variação na tensão ocorrida na impedância é
a diferença entre a condição pré-falta e a condição
pós-falta:
V1 = Vz1pre - Vz1pos
= (VG – V1) – (VG – V1 + j0,2 x IG1)
V1 = 0 – j0,2 x IG1 12
Cálculo das Quedas de Tensão
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● Observando o diagrama de Thévenin, a + +


V1 IG1 IG2 V2
variação de tensão nas barras vizinhas é:
- -

● A variação de tensão na barra em falta é:


corrente em direção à barra 3

+
V3
● Ou, de outra maneira:
-

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Cálculo das Tensões Pós-Falta
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SEP II

● As tensões verdadeiras pós-falta são calculadas usando o teorema da superposição,


ou seja:

estado pós-falta = estado pré-falta + estado defeito

● Assim, considerando que antes do defeito as barras estavam com tensões de 1 pu, as
tensões pós-falta são:

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Cálculo das Correntes nas Linhas
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SEP II

● De posse dos valores das tensões pós-falta, calculam-


se as correntes de falta circulantes nas linhas pela
diferença de potencial na impedância da linha:
IG1 IG2
I12

I23
I13

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Cálculo das Quedas de Tensão
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SEP II

● Repetindo os procedimentos para o mesmo


sistema apresentado anteriormente, no
entanto, considerando um curto-circuito
franco:

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Cálculo das Quedas de Tensão
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SEP II

● A nova contribuição dos geradores será:

● Desta forma, a variação de tensão nas barras vizinhas é:

● E a variação de tensão na barra em falta é:


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Cálculo das Quedas de Tensão
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SEP II

● Considerando que antes do defeito as barras estavam com tensões de 1 pu, as tensões
pós-falta são:

● Logo, pode-se verificar que, no curto-circuito trifásico sólido ou franco para a terra, a
tensão pós-falta na barra em falta é sempre zero, e temos maiores intensidades de
corrente de curto-circuito, bem como de quedas de tensão nas barras vizinhas a falta.

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Cálculo das Correntes nas Linhas
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● Para o cálculo das correntes nas linhas, temos:

IG1
IG2
I12

I23
I13

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Resumo dos Procedimentos
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SEP II

● O procedimento a ser usado quando se deseja realizar estudos de curto-circuito é


descrito a seguir:

○ Obter as tensões de barra pré-falta por meio do fluxo de potência;

○ Converter as cargas em impedância constante indo para a terra, ou desprezá-las, sendo para
tal utilizada a tensão pré-falta do fluxo de carga;

○ Encontrar o equivalente de Thévenin;

○ Encontrar a corrente total de falta;

○ Encontrar as contribuições dos geradores (se houver mais de um);

○ Encontrar as variações de tensão em cada barra;

○ Encontrar as tensões pós-falta para cada barra por meio do método da superposição;

○ Encontrar as correntes de falta nas linhas de transmissão.


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Exercícios
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SEP II

● A partir do mesmo sistema apresentado anteriormente, definir a corrente total de falta


no ponto de falta, as contribuições dos geradores, as correntes de falta nas linhas de
transmissão e tensões pós-falta nas barras 1 e 2, considerando uma impedância de
falta de 0,16 p.u.

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