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Sistemas Elétricos de Potência II

Representação do Sistema Elétrico e Grandezas em PU

Prof. George Victor Rocha Xavier


DEL/CCET/UFS

Material adaptado de: Prof. Andréa Araújo Sousa


Representação do Sistema Elétrico
DEL/CCET/UFS
SEP II

● Os sistemas elétricos podem ser representados graficamente por:

○ Diagramas unifilares;

○ Diagramas multifilares;

○ Diagrama equivalente por fase ou diagramas de impedâncias.

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Representação do Sistema Elétrico
DEL/CCET/UFS
SEP II

● Independentemente do tipo de diagrama, todos são traçados a partir de símbolos


representativos do sistema:

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Representação do Sistema Elétrico
DEL/CCET/UFS
SEP II

● Independentemente do tipo de diagrama, todos são traçados a partir de símbolos


representativos do sistema:

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Diagrama Unifilar
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SEP II

● Representa os principais componentes por símbolos e suas interconexões com a


máxima simplificação, omitindo condutores de neutro e representando apenas uma
fase do sistema;

● Aplicado tanto para representar sistemas monofásicos como trifásicos;

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Diagrama Unifilar
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SEP II

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Diagrama Unifilar
DEL/CCET/UFS
SEP II

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Diagrama Multifilar
DEL/CCET/UFS
SEP II

● Podem ser bifásicos ou trifásicos;

● Fornecem mais informações do


sistema, principalmente em
Sistemas de Distribuição, que
normalmente são desequilibrados;

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Diagrama Multifilar
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Diagrama Trifilar

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Diagrama de Impedâncias
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● Representa as grandezas normalizadas;

● Simplifica a análise numérica;

● Elimina o efeito particionador dos transformadores;

● Usado para mostrar os dados de impedância de geradores, linhas, transformadores,


capacitores, cabos, etc;

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Diagrama de Impedâncias
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SEP II

● As impedâncias são usadas para cálculos de queda de tensão, curto-circuito, fluxo de


carga, etc.

TL13 TL23

G1 T1 T2 G2

TL12

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Valores Por Unidade
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SEP II

● O objetivo dos valores por unidade é normalizar as grandezas usadas na análise de


SEPs para facilitar os cálculos e suas interpretações;

● Para tanto, faz-se uso de valores de base que serão utilizados como referência para
esta normalização:
A
A(pu ) 
AB
● Valores em p.u, em condições normais de operação do sistema, normalmente são
decimais ou próximos de 1.

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Vantagens
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SEP II

● O sistema pu permite que se tenha uma idéia clara das grandezas do sistema, como
impedância, tensão, corrente, potência;

● Normalmente os valores em pu de equipamentos semelhantes encontram-se dentro de


estreitas faixas, independente da potência do equipamento. Já os valores ôhmicos
variam muito de acordo com a potência;

● Os valores de impedância, tensão, corrente do transformador são os mesmos não


importando se estão referidos ao lado de alta ou baixa.

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Determinação da Base
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SEP II

● Quaisquer duas grandezas de base determina os valores de base das outras duas:

VB, SB  ZB, IB

● Os valores das tensões de barra e dos equipamentos são conhecidos;

● A potência aparente é normalmente conhecida em equipamentos como


transformadores e geradores.

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Escolha da Base
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SEP II

● Considerações:

○ A base de potência é única para todo o sistema;

○ As bases de tensão e corrente obedecem às relações de transformação dos


transformadores;

○ As bases de impedância obedecem às correntes e tensões que estão no mesmo lado do


transformador.

● É conveniente escolher bases de potência aparente e de tensão que representem a


maior parte dos equipamentos, evitando cálculos desnecessários.

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Escolha da Base – Sistemas Monofásicos
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● Para sistemas monofásicos:

○ VB é a tensão fase-neutro (tensão de fase);

○ SB é a potência monofásica;

○ IB é a corrente de linha.

● Potência base:

○ É a mesma para todo o sistema.

● Tensões e correntes base em ambos os lados de um circuito com transformador:

○ Devem corresponder à relação de espiras do transformador.

● Impedâncias base:

○ Devem ser calculadas com as tensões ou correntes base do mesmo lado do transformador,
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Escolha da Base – Sistemas Monofásicos
DEL/CCET/UFS
SEP II

● Para a potência aparente:

S (MVA)
S(pu) 
SB (MVA)

● Seja: S = P + jQ, então:

P (MW) Q(Mvar)
P(pu)  Q(pu) 
SB (MVA) SB (MVA)

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Escolha da Base – Sistemas Monofásicos
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SEP II

● Cálculo da corrente de base:


SB (MVA1), VB (kVF)

S1 = VF x IL

SB (MVA1 )
I B (kA) 
VB (kVF )

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Escolha da Base – Sistemas Monofásicos
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SEP II

● Cálculo da impedância de base:


SB (MVA1), VB (kVF)

S1 
VF 
2

Z B () 
VB (kVF )2
SB (MVA1 )

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Escolha da Base – Exemplo 1
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Monofásicos
A
A(pu ) 
AB

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Escolha da Base – Exemplo 1
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SEP II

Monofásicos
A
A(pu ) 
AB

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Escolha da Base – Exemplo 2
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● Determine a impedância em pu da carga de 300 no lado de baixa e referida ao lado de


alta para o sistema monofásico abaixo. As bases são: 10 MVA e 138 kV no primário:

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Escolha da Base – Sistemas Trifásicos
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SEP II

● Para sistemas trifásicos:

○ VB é a tensão de linha;

○ SB é a potência total trifásica;

○ IB é a corrente de linha.

● Potência base:

○ É a mesma para todo o sistema.

● Tensões e correntes base em ambos os lados de um circuito com transformador:

○ Devem corresponder à relação entre as tensões nominais de linha em ambos os lados.

● Impedâncias base:

○ Devem ser calculadas com as tensões ou correntes base do mesmo lado do transformador,
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Escolha da Base – Sistemas Trifásicos
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SEP II

● Para a potência aparente:

S (MVA)
S(pu) 
SB (MVA)

● Seja: S = P + jQ, então:

P (MW) Q(Mvar)
P(pu)  Q(pu) 
SB (MVA) SB (MVA)

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Escolha da Base – Sistemas Trifásicos
DEL/CCET/UFS
SEP II

● Cálculo da corrente de base:


SB (MVA3), VB (kVL)

SB (MVA 3 )
I B (kA) 
3VB (kVL )

● Em p.u:

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Escolha da Base – Sistemas Trifásicos
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SEP II

● Cálculo da impedância de base:


SB (MVA3), VB (kVL)

VL = √3VF

S3 = 3S1

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Escolha da Base – Sistemas Trifásicos
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SEP II

● Impedância em p.u:
Z ( )
Z(pu) 
Z B ( )

● Seja Z = R + jX, então:

R () X ()
R(pu)  X(pu) 
Z B () Z B ()

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Escolha da Base – Exemplo 3
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SEP II

● Três transformadores monofásicos de 25MVA, 38,1 kV – 3,81 kV são conectados para


alimentar uma carga. Qual é a especificação do transformador trifásico e as tensões
bases nos dois lados se a ligação for Y-Y? E se for Y- :

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Mudança de Base
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SEP II

● É necessária quando já existe uma quantidade expressa em pu em uma base diferente


da escolhida para o circuito;

● Exemplo: Resistência e a reatância de um dispositivo dadas pelo fabricante em


porcentagem ou em por unidade: subentende-se que os valores de base usados são os
valores nominais do equipamento.

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Mudança de Base
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SEP II

● Considerando que:

Z(pu) 
Z ( )
Z B () 
VB (kVL )2
Z B ( ) SB (MVA 3 )

● Então:
SB (MVA 3 )
Z(pu)  Z ()
VB (kVL )2

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Mudança de Base
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SEP II

Impedância dada (velha) em pu: Impedância nova em pu:

SBV (MVA 3 ) SBN (MVA 3 )


Z V (pu)  Z () Z N (pu)  Z ()
VBV (kVL )
2 VBN (kVL )2

Escrevendo Z() em função de ZV(pu):

Z ()  Z V (pu)
VBV (kVL )2
SBV (MVA 3 )

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Mudança de Base
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SEP II

Substituindo em ZN(pu):

Z N (pu)  Z V (pu)
VBV (kVL )2 SBN (MVA 3 )
SBV (MVA 3 ) VBN (kVL )2

Rearrumando:
2
 VBV (kVL )  SBN (MVA 3 )
Z N (pu)  Z V (pu) 
 BN
V (kVL  SBV (MVA 3 )
)

● Logo, pode-se aproveitar o valor velho em p.u para uma determinada base para calcular
o novo valor em p.u para uma base nova, sem necessidade de conhecer o valor em Ω.
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Mudança de Base – Exemplo 4
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SEP II

● A rede da figura a seguir representa um sistema simplificado, no qual se pretende


calcular as tensões nos diversos barramentos, as correntes nas linhas e ainda as
perdas resultantes da alimentação das cargas indicadas. Supõe-se que a alimentação
da carga C1 é realizada a 380 V.

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