Você está na página 1de 3

Nº 14, segunda-feira, 20 de janeiro de 2003 1 ISSN 1677-7042 35

<!ID392474-0>

DIRETORIA DE GESTÃO artificialmente de uso público e coletivo, foi constituído pela Agência IV - PADRÕES REFERENCIAIS
Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, no âmbito da Gerência Recomenda os seguintes Padrões Referenciais de Qualidade do
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 2, DE 16 DE JANEIRO DE 2003 Geral de Serviços da Diretoria de Serviços e Correlatos e instituído Ar Interior em ambientes climatizados de uso público e coletivo.
por membros das seguintes instituições: 1 - O Valor Máximo Recomendável - VMR, para conta-
Altera a redação da alínea III, do Art. 3º da Sociedade Brasileira de Meio Ambiente e de Qualidade do minação microbiológica deve ser ≤ 750 ufc/m3 de fungos, para a
Instrução Normativa nº 1, de 10 de junho Ar de Interiores/BRASINDOOR, Laboratório Noel Nutels Instituto de relação I/E ≤ 1,5, onde I é a quantidade de fungos no ambiente
de 2002, da Diretoria de Gestão. Química da UFRJ, Ministério do Meio Ambiente, Faculdade de Me- interior e E é a quantidade de fungos no ambiente exterior.
dicina da USP, Organização Panamericana de Saúde/OPAS, Fundação NOTA: A relação I/E é exigida como forma de avaliação
O Secretário-Executivo, em substituição ao Diretor respon- Oswaldo Cruz/FIOCRUZ, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Se-
sável pela Diretoria de Gestão - DIGES, no uso da competência gurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO/MTb, Instituto frente ao conceito de normalidade, representado pelo meio ambiente
atribuída pelo art. 6º, combinado com o § 2º do art. 61, ambos do Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial/INME- exterior e a tendência epidemiológica de amplificação dos poluentes
regimento aprovado pela Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº nos ambientes fechados.
95, de 30 de janeiro de 2002, e em conformidade com a Resolução TRO, Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hos-
pitalar/APECIH e, Serviço de Vigilância Sanitária do Ministério da 1.1 - Quando o VMR for ultrapassado ou a relação I/E for >
Normativa - RN nº 4, de 19 de abril de 2002, com a redação dada 1,5, é necessário fazer um diagnóstico de fontes poluentes para uma
pela RN nº 18, de 19 de novembro de 2002, resolve: Saúde/RJ, Instituto de Ciências Biomédicas - ICB/USP e Agência
Art. 1º A alínea III, do art. 3º, da Instrução Normativa nº 1, Nacional de Vigilância Sanitária. intervenção corretiva.
de 10 de junho de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação: Reuniu-se na cidade de Brasília/DF, durante o ano de 1999 e 1.2 - É inaceitável a presença de fungos patogênicos e to-
"Art.3º.......................................................................................... primeiro semestre de 2000, tendo como metas: xigênicos.
III. A operadora deverá indicar no RPD o número de par- 1. estabelecer critérios que informem a população sobre a 2 - Os Valores Máximos Recomendáveis para contaminação
celas e o respectivo valor para a quitação dos seus débitos, ob- qualidade do ar interior em ambientes climatizados artificialmente de química são:
servados o valor mínimo de cada parcela, nos termos do art. 14 da uso público e coletivo, cujo desequilíbrio poderá causar agravos a 2.1 - ≤ 1000 ppm de dióxido de carbono - ( CO2 ) , como
RN nº 4, de 2002, e o limite máximo de sessenta prestações mensais saúde dos seus ocupantes;
e sucessivas;" (NR) indicador de renovação de ar externo, recomendado para conforto e
Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de 2. instrumentalizar as equipes profissionais envolvidas no bem-estar2.
sua publicação. controle de qualidade do ar interior, no planejamento, elaboração, 2.2 - ≤ 80 µg/m3 de aerodispersóides totais no ar, como
análise e execução de projetos físicos e nas ações de inspeção de indicador do grau de pureza do ar e limpeza do ambiente clima-
VERA LÚCIA OSTAPCZUK UNGARETTE ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo . tizado4.
(Of. El. nº 260) Reuniu-se na cidade de Brasília/DF, durante o ano de 2002, NOTA: Pela falta de dados epidemiológicos brasileiros é
tendo como metas: mantida a recomendação como indicador de renovação do ar o valor
1. Promover processo de revisão na Resolução ANVISA -RE = 1000 ppm de Dióxido de carbono - CO2
AGÊNCIA NACIONAL DE 176/00
3 - Os valores recomendáveis para os parâmetros físicos de
VIGILÂNCIA SANITÁRIA 2. Atualiza-la frente a realidade do conhecimento no país.
3. Disponibilizar informações sobre o conhecimento e a ex- temperatura, umidade, velocidade e taxa de renovação do ar e de grau
DIRETORIA COLEGIADA periência adquirida nos dois primeiros anos de vigência da RE 176. de pureza do ar, deverão estar de acordo com a NBR 6401 - Ins-
<!ID391784-1>

II - ABRANGÊNCIA talações Centrais de Ar Condicionado para Conforto - Parâmetros


RESOLUÇÃO-RE Nº 9, DE 16 DE JANEIRO DE 2003 Básicos de Projeto da ABNT - Associação Brasileira de Normas
O Grupo Técnico Assessor elaborou a seguinte Orientação
Técnica sobre Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em Técnicas5.
O Diretor da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo, no 3.1 - a faixa recomendável de operação das Temperaturas de
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere a Portaria que diz respeito a definição de valores máximos recomendáveis para Bulbo Seco, nas condições internas para verão, deverá variar de 230C
nº 570, do Diretor Presidente, de 3 de outubro de 2002; contaminação biológica, química e parâmetros físicos do ar interior, a 0
a 26 C, com exceção de ambientes de arte que deverão operar entre
considerando o § 3º, do art. 111 do Regimento Interno apro- identificação das fontes poluentes de natureza biológica, química e 210C e 230C. A faixa máxima de operação deverá variar de 26,50C a
vado pela Portaria n.º 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no física, métodos analíticos ( Normas Técnicas 001, 002, 003 e 004 ) e 270C, com exceção das áreas de acesso que poderão operar até 280C.
DOU de 22 de dezembro de 2000, as recomendações para controle ( Quadros I e II ).
considerando a necessidade de revisar e atualizar a RE/ANVISA A seleção da faixa depende da finalidade e do local da instalação.
Recomendou que os padrões referenciais adotadas por esta Para condições internas para inverno, a faixa recomendável de ope-
nº 176, de 24 de outubro de 2000, sobre Padrões Referenciais de Qua- Orientação Técnica sejam aplicados aos ambientes climatizados de
lidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados Artificialmente de Uso ração deverá variar de 200C a 220C.
uso público e coletivo já existentes e aqueles a serem instalados. Para 3.2 - a faixa recomendável de operação da Umidade Re-
Público e Coletivo, frente ao conhecimento e a experiência adquiridos no os ambientes climatizados de uso restrito, com exigências de filtros
país nos dois primeiros anos de sua vigência; lativa, nas condições internas para verão, deverá variar de 40% a
absolutos ou instalações especiais, tais como os que atendem a pro- 65%, com exceção de ambientes de arte que deverão operar entre
considerando o interesse sanitário na divulgação do assun- cessos produtivos, instalações hospitalares e outros, sejam aplicadas
to; 40% e 55% durante todo o ano. O valor máximo de operação deverá
as normas e regulamentos específicos. ser de 65%, com exceção das áreas de acesso que poderão operar até
considerando a preocupação com a saúde, a segurança, o III - DEFINIÇÕES
bem-estar e o conforto dos ocupantes dos ambientes climatizados; Para fins desta Orientação Técnica são adotadas as seguintes 70%. A seleção da faixa depende da finalidade e do local da ins-
considerando o atual estágio de conhecimento da comuni- definições, complementares às adotadas na Portaria GM/MS n.º talação. Para condições internas para inverno, a faixa recomendável
dade científica internacional, na área de qualidade do ar ambiental 3.523/98: de operação deverá variar de 35% a 65%.
interior, que estabelece padrões referenciais e/ou orientações para esse a) Aerodispersóides: sistema disperso, em um meio gasoso, 3.3 - o Valor Máximo Recomendável - VMR de operação da
controle; composto de partículas sólidas e/ou líquidas. O mesmo que aerosol ou Velocidade do Ar, no nível de 1,5m do piso, na região de influência
considerando o disposto no art. 2º da Portaria GM/MS n.º aerossol. da distribuição do ar é de menos 0,25 m/s.
3.523, de 28 de agosto de 1998; b) ambiente aceitável: ambientes livres de contaminantes em 3.4 - a Taxa de Renovação do Ar adequada de ambientes
considerando que a matéria foi submetida à apreciação da concentrações potencialmente perigosas à saúde dos ocupantes ou que climatizados será, no mínimo, de 27 m3/hora/pessoa, exceto no caso
Diretoria Colegiada que a aprovou em reunião realizada em 15 de apresentem um mínimo de 80% dos ocupantes destes ambientes sem específico de ambientes com alta rotatividade de pessoas. Nestes
janeiro de 2003, resolve: queixas ou sintomatologia de desconforto,2 casos a Taxa de Renovação do Ar mínima será de 17 m3/hora/pessoa,
Art. 1º Determinar a publicação de Orientação Técnica ela- c) ambientes climatizados: são os espaços fisicamente de- não sendo admitido em qualquer situação que os ambientes possuam
borada por Grupo Técnico Assessor, sobre Padrões Referenciais de terminados e caracterizados por dimensões e instalações próprias, uma concentração de CO2, maior ou igual a estabelecida em IV-2.1,
Qualidade do Ar Interior, em ambientes climatizados artificialmente submetidos ao processo de climatização, através de equipamentos. desta Orientação Técnica.
de uso público e coletivo, em anexo. d) ambiente de uso público e coletivo: espaço fisicamente 3.5 - a utilização de filtros de classe G1 é obrigatória na
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu- determinado e aberto a utilização de muitas pessoas. captação de ar exterior. O Grau de Pureza do Ar nos ambientes
blicação. e) ar condicionado: é o processo de tratamento do ar, des- climatizados será obtido utilizando-se, no mínimo, filtros de classe G-
tinado a manter os requerimentos de Qualidade do Ar Interior do 3 nos condicionadores de sistemas centrais, minimizando o acúmulo
CLÁUDIO MAIEROVITCH PESSANHA HENRIQUES espaço condicionado, controlando variáveis como a temperatura, umi- de sujidades nos dutos, assim como reduzindo os níveis de material
dade, velocidade, material particulado, partículas biológicas e teor de particulado no ar insuflado2.
ANEXO dióxido de carbono (CO2).
f) Padrão Referencial de Qualidade do Ar Interior: marcador Os padrões referenciais adotados complementam as medidas
ORIENTAÇÃO TÉCNICA ELABORADA POR GRUPO qualitativo e quantitativo de qualidade do ar ambiental interior, uti- básicas definidas na Portaria GM/MS n.º 3.523/98, de 28 de agosto de
TÉCNICO ASSESSOR SOBRE PADRÕES REFERENCIAIS DE lizado como sentinela para determinar a necessidade da busca das 1998, para efeito de reconhecimento, avaliação e controle da Qua-
QUALIDADE DO AR INTERIOR EM AMBIENTES fontes poluentes ou das intervenções ambientais lidade do Ar Interior nos ambientes climatizados. Deste modo po-
CLIMATIZADOS ARTIFICIALMENTE DE USO PÚBLICO E g) Qualidade do Ar Ambiental Interior: Condição do ar am- derão subsidiar as decisões do responsável técnico pelo gerencia-
COLETIVO biental de interior, resultante do processo de ocupação de um am- mento do sistema de climatização, quanto a definição de periodi-
biente fechado com ou sem climatização artificial. cidade dos procedimentos de limpeza e manutenção dos componentes
I - HISTÓRICO h) Valor Máximo Recomendável: Valor limite recomendável do sistema, desde que asseguradas as freqüências mínimas para os
O Grupo Técnico Assessor de estudos sobre Padrões Re-
<!ID391784-2>
que separa as condições de ausência e de presença do risco de agres- seguintes componentes, considerados como reservatórios, amplifica-
ferenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientes climatizados são à saúde humana. dores e disseminadores de poluentes.

<!ID391784-3>

Componente Periodicidade V - FONTES POLUENTES


Tomada de ar externo Limpeza mensal ou quando descartável até sua obli-
teração (máximo 3 meses) Recomenda que sejam adotadas para fins de pesquisa e com o propósito de levantar dados sobre
Unidades filtrantes Limpeza mensal ou quando descartável até sua obli- a realidade brasileira, assim como para avaliação e correção das situações encontradas, as possíveis
teração (máximo 3 meses) fontes de poluentes informadas nos Quadros I e II.
<!ID391784-4>

Bandeja de condensado Mensal*


Serpentina de aquecimento Desencrustação semestral e limpeza trimestral QUADRO I
Serpentina de resfriamento Desencrustação semestral e limpeza trimestral
Possíveis fontes de poluentes biológicos
Umidificador Desencrustação semestral e limpeza trimestral
6

Ventilador Semestral
Plenum de mistura/casa de máquinas Mensal
Agentes biológicos Principais fontes em ambientes inte- Principais Medidas de correção em
riores ambientes interiores
Bactérias Reservatórios com água estagnada, Realizar a limpeza e a conservação das
* - Excetuando na vigência de tratamento químico contínuo que passa a respeitar a periodicidade torres de resfriamento, bandejas de con- torres de resfriamento; higienizar os re-
indicada pelo fabricante do produto utilizado. densado, desumificadores, servatórios e bandejas de condensado
36 ISSN 1677-7042 1 Nº 14, segunda-feira, 20 de janeiro de 2003

ou manter tratamento contínuo para eli- COV Cera, mobiliário, produtos usados em Selecionar os materiais de construção,
minar as fontes; eliminar as infiltrações; limpeza e domissanitários, solventes, acabamento, mobiliário; usar produtos
higienizar as superfícies. materiais de revestimento, tintas, colas, de limpeza e domissanitários que não
umidificadores, serpentinas de condicio- etc.
nadores de ar e superfícies úmidas e contenham COV ou que não apresentem
quentes. alta taxa de volatilização e toxicidade.
Fungos Ambientes úmidos e demais fontes de Corrigir a umidade ambiental; manter COS-V Queima de combustíveis e utilização de Eliminar a contaminação por fontes pes-
multiplicação fúngica, como materiais sob controle rígido vazamentos, infiltra- pesticidas. ticidas, inseticidas e a queima de com-
porosos orgânicos úmidos, forros, ções e condensação de água; bustíveis; manter a captação de ar ex-
paredes e isolamentos úmidos; ar exter- higienizar os ambientes e componentes terior afastada de poluentes.
no, interior de condicionadores e dutos do sistema de climatização ou manter
sem manutenção, vasos de terra com tratamento COV - Compostos Orgânicos Voláteis.
plantas. COS-V - Compostos Orgânicos Semi- Voláteis.
contínuo para eliminar as fontes; eli- Observações - Os poluentes indicados são aqueles de maior ocorrência nos ambientes de interior, de
minar materiais porosos contaminados; efeitos conhecidos na saúde humana e de mais fácil detecção pela estrutura laboratorial existente no
eliminar ou restringir país.
vasos de plantas com cultivo em terra, Outros poluentes que venham a ser considerados importantes serão incorporados aos indicados, desde
que atendam ao disposto no parágrafo anterior.
ou substituir pelo cultivo em água
(hidroponia); utilizar filtros G-1 na re-
novação do ar externo.
<!ID391784-5>

VI - AVALIAÇÃO E CONTROLE
Protozoários Reservatórios de água contaminada, Higienizar o reservatório ou manter tra- Recomenda que sejam adotadas para fins de avaliação e controle do ar ambiental interior dos
bandejas e umidificadores de condicio- tamento contínuo para eliminar as fon- ambientes climatizados de uso coletivo, as seguintes Normas Técnicas 001, 002, 003 e 004.
nadores sem manutenção. tes. Na elaboração de relatórios técnicos sobre qualidade do ar interior, é recomendada a NBR-
Vírus Hospedeiro humano. Adequar o número de ocupantes por m2 10.719 da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
de área com aumento da renovação de 1 World Health Organization. Indoor air quality: biological contaminants; Copenhagen, Den-
ar; evitar a presença de pessoas infec- mark, 1983 ( European Series nº 31).
tadas nos ambientes climatizados 2 American Society of Hearting, Refreigerating and Air Conditioning Engineers, Inc. ASHA-
Algas Torres de resfriamento e bandejas de Higienizar os reservatórios e bandejas RAE Standard 62 - Ventilation for Acceptable Indoor Air Quality, 2001
condensado. de condensado ou manter tratamento 3 Kulcsar Neto, F & Siqueira, LFG. Padrões Referenciais para Análise de Resultados de
contínuo para eliminar as fontes.
Qualidade Microbiológica do Ar em Interiores Visando a Saúde Pública no Brasil - Revista da Bra-
Pólen Ar externo. Manter filtragem de acordo com NBR- sindoor. 2 (10): 4-21,1999.
6401 da ABNT 4 Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, Resolução n.º 03 de 28/06 / 1990.
Artrópodes Poeira caseira. Higienizar as superfícies fixas e mobi- 5 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 6401 - Instalações Centrais de Ar
liário, especialmente os revestidos com Condicionado para Conforto - Parâmetros Básicos de Projeto, 1980.
tecidos e tapetes; restringir ou eliminar 6 Siqueira, LFG & Dantas, EHM. Organização e Métodos no Processo de Avaliação da
o uso desses revestimentos.
Qualidade do Ar de Interiores - Revista da Brasindoor, 3 (1): 19-26, 1999.
Animais Roedores, morcegos e aves. Restringir o acesso, controlar os roedo- 7 Aquino Neto, F.R; Brickus, L.S.R. Padrões Referenciais para Análise de Resultados da
res, os morcegos, ninhos de aves e res-
pectivos excrementos. Qualidade Físico-química do Ar de Interior Visando a Saúde Pública. Revista da Brasindoor, 3(2):4-
15,1999
NORMA TÉCNICA 001
QUADRO II Qualidade do Ar Ambiental Interior. Método de Amostragem e Análise de Bioaerosol em
Possíveis fontes de poluentes químicos 7 Ambientes Interiores.
MÉTODO ANALÍTICO
OBJETIVO: Pesquisa, monitoramento e controle ambiental da possível colonização, multi-
Agentes químicos Principais fontes em ambientes inte- Principais medidas de correção em plicação e disseminação de fungos em ar ambiental interior.
riores ambientes interiores DEFINIÇÕES:
CO Combustão (cigarros, queimadores de Manter a captação de ar exterior com Bioaerosol: Suspensão de microorganismos (organismos viáveis) dispersos no ar.
fogões e veículos automotores). baixa concentração de poluentes; res- Marcador epidemiológico: Elemento aplicável à pesquisa, que determina a qualidade do ar
tringir as fontes de combustão; ambiental.
manter a exaustão em áreas em que APLICABILIDADE: Ambientes de interior climatizados, de uso coletivo, destinados a ocu-
ocorre combustão; eliminar a infiltração pações comuns (não especiais).
de CO proveniente de fontes
MARCADOR EPIDEMIOLÓGICO: Fungos viáveis.
externas; restringir o tabagismo em MÉTODO DE AMOSTRAGEM: Amostrador de ar por impactação com acelerador linear.
áreas fechadas. PERIODICIDADE: Semestral.
CO2 Produtos de metabolismo humano e Aumentar a renovação de ar externo;
combustão. restringir as fontes de combustão e o
tabagismo em áreas fechadas; eliminar a
<!ID391784-6>

FICHA TÉCNICA DO AMOSTRADOR:


infiltração de fontes externas.
NO2 Combustão. Restringir as fontes de combustão; man-
ter a exaustão em áreas em que ocorre Amostrador: Impactador de 1, 2 ou 6 estágios.
combustão; impedir a infiltração Meio de Cultivo: Agar Extrato de Malte, Agar Sabouraud Dextrose a 4%, Agar Batata Dextrose ou
de NO2 proveniente de fontes externas; outro, desde que cientificamente validado.
restringir o tabagismo em áreas fecha- Taxa de Vazão: fixa entre 25 a 35 l/min, sendo recomendada 28,3 l/min.
das. Tempo de Amostragem: de 5 a 15 minutos, dependendo das especificações do amostrador. Volume
O3 Máquinas copiadoras e impressoras a la- Adotar medidas específicas para reduzir Mínimo: 140 l
ser . a contaminação dos ambientes interio- Volume Máximo: 500 l
res, com exaustão do ambiente Embalagem: Rotina de embalagem para proteção da amostra com nível de biossegurança 2 (recipiente
ou enclausuramento em locais exclusi- lacrado, devidamente identificado com símbolo de risco biológico)
vos para os equipamentos que apresen- Transporte: Rotina de embalagem para proteção da amostra com nível de biossegurança 2 (recipiente
tem grande capacidade de produção de lacrado, devidamente identificado com símbolo de risco biológico)
O3. Nota: Em áreas altamente contaminadas, pode ser recomendável uma amostragem com tempo e volume
menores.
Formaldeído Materiais de acabamento, mobiliário, Selecionar os materiais de construção, Calibração: Semestral Exatidão: ± 0,02 l/min.
cola, produtos de limpeza domissanitá- acabamento e mobiliário que possuam Precisão: ± 99,92 %
rios ou emitam menos formaldeído; usar
produtos domissanitários que não con- ESTRATÉGIA DE AMOSTRAGEM:
tenham formaldeído. • selecionar 01 amostra de ar exterior localizada fora da estrutura predial na altura de 1,50 m
Material particulado Poeira e fibras. Manter filtragem de acordo com NBR- do nível da rua.
6402 da ABNT; evitar isolamento ter- • Definir o número de amostras de ar interior, tomando por base a área construída climatizada
mo-acústico que possa emitir fibras dentro de uma mesma edificação e razão social, seguindo a tabela abaixo:
minerais, orgânicas ou sintéticas para o
ambiente climatizado; reduzir as fontes Área construída (m2) Número mínimo de amostras
internas e externas; higienizar as Até 1.000 1
1.000 a 2.000 3
superfícies fixas e mobiliários sem o uso 2.000 a 3.000 5
de vassouras, escovas ou espanadores; 3.000 a 5.000 8
selecionar os materiais de
5.000 a 10.000 12
construção e acabamento com menor 10.000 a 15.000 15
porosidade; adotar medidas específicas 15.000 a 20.000 18
para reduzir a contaminação dos 20.000 a 30.000 21
ambientes interiores (vide biológicos); Acima de 30.000 25
restringir o tabagismo em áreas fecha-
das. • as unidades funcionais dos estabelecimentos com características epidemiológicas diferen-
Fumo de tabaco Queima de cigarro, charuto, cachimbo, Aumentar a quantidade de ar externo ciadas, tais como serviço médico, restaurantes, creches e outros, deverão ser amostrados isolada-
etc. admitido para renovação e/ou exaustão mente.
dos poluentes; restringir o tabagismo em • os pontos amostrais deverão ser distribuídos uniformemente e coletados com o amostrador
áreas fechadas. localizado na altura de 1,5 m do piso, no centro do ambiente ou em zona ocupada.
Nº 14, segunda-feira, 20 de janeiro de 2003 1 ISSN 1677-7042 37
<!ID391784-7>

PROCEDIMENTO LABORATORIAL: Método de cultivo e quantificação segundo norma- Amostrador: Leitura Direta - Anemômetro.
tizações universalizadas. Tempo mínimo de incubação de 7 dias a 250C., permitindo o total crescimento Princípio de operação: Preferencialmente de sensor de velocidade do ar do tipo fio aquecido ou fio
dos fungos. térmico.
BIBLIOGRAFIA: "Standard Methods for Examination of Water and Wastewater". Calibração: Anual Faixa: de 0 a 10 m/s
17 th ed. APHA, AWWA, WPC.F; "The United States Pharmacopeia". USP, XXIII ed., NF Exatidão: ± 0,1 m/s ± 4% do valor medido
XVIII, 1985.
NIOSH- National Institute for Occupational Safety and Health, NIOSH Manual of Analytical ESTRATÉGIA DE AMOSTRAGEM:
Methods (NMAM), BIOAEROSOL SAMPLING (Indoor Air) 0800, Fourth Edition. • Definir o número de amostras de ar interior, tomando por base a área construída climatizada
IRSST - Institute de Recherche en Santé et en Securité du Travail du Quebec, Canada, 1994. dentro de uma mesma edificação e razão social, seguindo a tabela abaixo:
Members of the Technicael Advisory Committee on Indoor Air Quality, Commission of Public
Health Ministry of the Environment - Guidelines for Good Indoor Air Quality in Office Premises, Área construída (m2) Número mínimo de amostras
Singapore. Até 1.000 1
NORMA TÉCNICA 002
1.000 a 2.000 3
Qualidade do Ar Ambiental Interior. Método de Amostragem e Análise da Concentração de
Dióxido de Carbono em Ambientes Interiores. 2.000 a 3.000 5
MÉTODO ANALÍTICO 3.000 a 5.000 8
OBJETIVO: Pesquisa, monitoramento e controle do processo de renovação de ar em ambientes 5.000 a 10.000 12
climatizados. 10.000 a 15.000 15
APLICABILIDADE: Ambientes interiores climatizados, de uso coletivo. 15.000 a 20.000 18
MARCADOR EPIDEMIOLÓGICO: Dióxido de carbono ( CO2 ) . 20.000 a 30.000 21
MÉTODO DE AMOSTRAGEM: Equipamento de leitura direta. Acima de 30.000 25
PERIODICIDADE: Semestral. <!ID391784-11>

<!ID391784-8>

• as unidades funcionais dos estabelecimentos com características epidemiológicas diferen-


FICHA TÉCNICA DOS AMOSTRADORES: ciadas, tais como serviço médico, restaurantes, creches e outros, deverão ser amostrados isolada-
mente.
Amostrador: Leitura Direta por meio de sensor infravermelho não dispersivo ou célula eletroquí-
mica. • os pontos amostrais deverão ser distribuídos uniformemente e coletados com o amostrador
Calibração: Anual ou de acordo com es- Faixa: de 0 a 5.000 ppm. localizado na altura de 1,5 m do piso, no centro do ambiente ou em zona ocupada, para o Termo-
pecificação do fabricante. Exatidão: ± 50 ppm + 2% do valor medido higrômetro e no espectro de ação do difusor para o Anemômetro.
Norma Técnica 004
ESTRATÉGIA DE AMOSTRAGEM: Qualidade do Ar Ambiental Interior. Método de Amostragem e Análise de Concentração de
• Definir o número de amostras de ar interior, tomando por base a área construída climatizada Aerodispersóides em Ambientes Interiores.
dentro de uma mesma edificação e razão social, seguindo a tabela abaixo:
MÉTODO ANALÍTICO
Área construída (m2) Número mínimo de amostras OBJETIVO: Pesquisa, monitoramento e controle de aerodispersóides totais em ambientes in-
Até 1.000 1 teriores climatizados.
1.000 a 2.000 3 APLICABILIDADE: Ambientes de interior climatizados, de uso coletivo, destinados a ocu-
2.000 a 3.000 5 pações comuns (não especiais).
3.000 a 5.000 8 MARCADOR EPIDEMIOLÓGICO: Poeira Total (µg/m3 ).
5.000 a 10.000 12 MÉTODO DE AMOSTRAGEM: Coleta de aerodispersóides por filtração (MB-3422 da
10.000 a 15.000 15 ABNT).
15.000 a 20.000 18 PERIODICIDADE: Semestral.
20.000 a 30.000 21 <!ID391784-12>

Acima de 30.000 25 FICHA TÉCNICA DO AMOSTRADOR:


<!ID391784-9>

• as unidades funcionais dos estabelecimentos com características epidemiológicas diferen- Amostrador: Unidade de captação constituída por filtros de PVC, diâmetro de 37 mm e porosidade de
ciadas, tais como serviço médico, restaurantes, creches e outros, deverão ser amostrados isolada- 5 µm de diâmetro de poro específico para poeira total a ser coletada; Suporte de filtro em disco de
mente. celulose; Porta-filtro em plástico transparente com diâmetro de 37 mm.
• os pontos amostrais deverão ser distribuídos uniformemente e coletados com o amostrador
localizado na altura de 1,5 m do piso, no centro do ambiente ou em zona ocupada. Aparelhagem: Bomba de amostragem, que mantenha ao longo do período de coleta, a vazão inicial de
PROCEDIMENTO DE AMOSTRAGEM: As medidas deverão ser realizadas em horários de calibração com variação de 5%.
pico de utilização do ambiente. Taxa de Vazão: 1,0 a 3,0 l/min, recomendado 2,0 l/min.
NORMA TÉCNICA 003 Volume Mínimo: 50 l
Qualidade do Ar Ambiental Interior. Método de Amostragem. Determinação da Temperatura, Volume Máximo: 400 l
Umidade e Velocidade do Ar em Ambientes Interiores. Tempo de Amostragem: relação entre o volume captado e a taxa de vazão utilizada
MÉTODO ANALÍTICO Embalagem: Rotina
OBJETIVO: Pesquisa, monitoramento e controle do processo de climatização de ar em am- Calibração: Em cada procedimento de coleta se operado com Exatidão: ± 5% do valor medido
bientes climatizados. bombas diafragmáticas
APLICABILIDADE: Ambientes interiores climatizados, de uso coletivo.
MARCADORES: Temperatura do ar ( °C )
Umidade do ar ( % ) ESTRATÉGIA DE AMOSTRAGEM:
Velocidade do ar ( m/s ) . • Definir o número de amostras de ar interior, tomando por base a área construída climatizada
MÉTODO DE AMOSTRAGEM: Equipamentos de leitura direta. Termo-higrômetro e Ane- dentro de uma mesma edificação e razão social, seguindo a tabela abaixo:
mômetro.
PERIODICIDADE: Semestral.
Área construída (m2) Número mínimo de amostras
Até 1.000 1
<!ID391784-10>

FICHA TÉCNICA DOS AMOSTRADORES:


1.000 a 2.000 3
2.000 a 3.000 5
Amostrador: Leitura Direta - Termo-higrômetro.
Princípio de operação: Sensor de temperatura do tipo termo-resistência. Sensor de umidade do tipo 3.000 a 5.000 8
capacitivo ou por condutividade elétrica. 5.000 a 10.000 12
Calibração: Anual Faixa: 0º C a 70º C de temperatura 10.000 a 15.000 15
5% a 95 % de umidade 15.000 a 20.000 18
Exatidão: ± 0,8 º C de temperatura 20.000 a 30.000 21
± 5% do valor medido de umidade Acima de 30.000 25

<!ID391784-13>

• as unidades funcionais dos estabelecimentos com carac- VIII - RESPONSABILIDADE TÉCNICA fissional que tem competência legal para exercer as atividades des-
terísticas epidemiológicas diferenciadas, tais como serviço médico, Recomenda que os proprietários, locatários e prepostos de critas, sendo profissional de nível superior com habilitação na área de
restaurantes, creches e outros, deverão ser amostrados isoladamente. estabelecimentos com ambientes ou conjunto de ambientes dotados de química (Engenheiro químico, Químico e Farmacêutico) e na área de
• os pontos amostrais deverão ser distribuídos uniforme- sistemas de climatização com capacidade igual ou superior a 5 TR biologia (Biólogo, Farmacêutico e Biomédico) em conformidade com
mente e coletados com o amostrador localizado na altura de 1,5 m do (15.000 kcal/h = 60.000 BTU/h), devam manter um responsável téc- a regulamentação profissional vigente no país e comprovação de
piso, no centro do ambiente ou em zona ocupada. nico atendendo ao determinado na Portaria GM/MS nº 3.523/98, além Responsabilidade Técnica - RT, expedida pelo Órgão de Classe.
PROCEDIMENTO DE COLETA: MB-3422 da ABNT. de desenvolver as seguintes atribuições: As análises laboratoriais e sua responsabilidade técnica de-
PROCEDIMENTO DE CALIBRAÇÃO DAS BOMBAS: a) providenciar a avaliação biológica, química e física das vem obrigatoriamente estar desvinculadas das atividades de limpeza,
NBR- 10.562 da ABNT condições do ar interior dos ambientes climatizados;
manutenção e comercialização de produtos destinados ao sistema de
b) promover a correção das condições encontradas, quando
PROCEDIMENTO LABORATORIAL: NHO 17 da FUN- necessária, para que estas atendam ao estabelecido no Art. 4º desta climatização.
DACENTRO Resolução; (Of. El. nº 26)
VII - INSPEÇÃO c) manter disponível o registro das avaliações e correções
Recomenda que os órgãos competentes de Vigilância Sa- realizadas; e <!ID392658-0>

nitária com o apoio de outros órgãos governamentais, organismos d) divulgar aos ocupantes dos ambientes climatizados os RESOLUÇÃO-RE Nº 11, DE 17 DE JANEIRO DE 2003
representativos da comunidade e dos ocupantes dos ambientes cli- procedimentos e resultados das atividades de avaliação, correção e
matizados, utilizem esta Orientação Técnica como instrumento téc- manutenção realizadas. O Diretor de Diretoria Colegiada da Agência Nacional de
nico referencial, na realização de inspeções e de outras ações per- Em relação aos procedimentos de amostragem, medições e Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere a Portaria
tinentes nos ambientes climatizados de uso público e coletivo. análises laboratoriais, considera-se como responsável técnico, o pro- n.º 570, do Diretor - Presidente, de 3 de outubro de 2002,

Você também pode gostar