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CONCEITOS INICIAIS
Preconceito: “percepções mentais negativas em face de indivíduos e
de grupos socialmente inferiorizados, bem como as representações
sociais conectadas a tais percepções” (RIOS, 2008, p. 15).
Discriminação: “designa a materialização, no plano concreto das
relações sociais, de atitudes arbitrárias, comissivas ou omissivas,
relacionadas ao preconceito, que produzem violação de direitos dos
indivíduos e dos grupos” (RIOS, 2008, p. 15).
Conceito jurídico de discriminação: “qualquer distinção, exclusão,
restrição ou preferência que tenha o propósito ou o efeito de anular ou
prejudicar o reconhecimento, gozo ou em pé de igualdade de direitos
humanos e liberdades fundamentais nos campos econômico, social,
cultural ou em qualquer campo da vida pública” (RIOS, 2008, p. 20).
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Discriminação Direta (disparate treatment): “repúdio ostensivo a
indivíduos ou grupos, motivado pela condição racial”, que “requer a
existência da intenção de discriminar” (ALMEIDA, 2018, p. 25 e p. 26).
discriminação explícita (facial discrimination): aquela em que a referência
discriminatória é expressa na medida ou na lei, ainda que o atributo de
diferenciação não seja literalmente manifesto.
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Discriminação indireta (disparate impact): Não demanda a
comprovação de motivação discriminatória. Uma medida ou lei
aparentemente neutra será discriminatória quando o seu impacto
for desproporcional sobre determinados indivíduos ou grupos,
ainda que não exista a intenção de discriminar (RIOS, 2008).
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O conceito de
interseccionalidade
Chamar atenção às diferenças
intragrupos, sob pena de que as análises
restem distorcidas, bem como as
soluções delas decorrentes;
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CONTEXTO HISTÓRICO E
JURÍDICO BRASILEIRO
Constituição Federal de 1934
Art 138 - Incumbe à União, aos Estados e aos Municípios, nos
termos das leis respectivas:
b) estimular a educação eugênica;
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Código Civil de 1916
Art. 178. Prescreve:
§ 1º Em dez dias, contados do casamento, a ação do marido
para anular o matrimônio contraído com mulher já
deflorada (arts. 218, 219, n. IV, e 220).
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Segundo um levantamento do historiador Jerry Dávila,
meras 23 pessoas acusadas de transgredir a Lei Afonso
Arinos se sentaram no banco dos réus entre 1951 e 1989.
Dessas, só seis foram condenadas, por atos como
recusar a matrícula em colégio e barrar a entrada em
baile por causa da pele negra. Houve ainda um sétimo
indivíduo sentenciado, mas por preconceito racial contra
um descendente de japonês.
Fonte: Agência Senado
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Trecho de sentença
(ano 1985) -
Dissertação “Direito
e Relações Raciais”
de Dora Bertúlio,
Procuradora da
Universidade
Federal do Paraná
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Evolução das ferramentas jurídicas
em uma perspetiva crítica
1962
1933
Lei Afonso Arinos - É aprovada a
estabelece a prática de Lei do Divórcio
discriminação racial como
contravenção penal
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Evolução das ferramentas jurídicas
em uma perspetiva crítica
1989
1985
Homens e mulheres são Novo Código Civil -
iguais perante a lei deixa de ser causa de
Voto universal e secreto nulidade do
Racismo é crime casamento o cônjuge
imprescritível e inafiançável descobrir que a
mulher não era
virgem 15
Evolução das ferramentas jurídicas
em uma perspetiva crítica
2003 2006
Não é mais causa de Estatuto da
extinção da punibilidade o Igualdade Racial
casamento da vítima com o
autor de estupro
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Evolução das ferramentas jurídicas
em uma perspetiva crítica
A expressão “mulher
honesta” é retirada do
Código Penal
2009 2014
Lei de Cotas nas Lei do Feminicídio
Universidades Públicas
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LEGISLAÇÃO
ANTIDISCRIMINATÓRIA
BRASILEIRA
Fontes do Direito Antidiscriminatório
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Parte do Arcabouço Jurídico Brasileiro Antidiscriminatório
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ESG - Environmental, Social and Governance
em português, Ambiental, Social e Governança – ASG
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Referências Bibliográficas
@advogada.antidiscriminatoria
https://www.linkedin.com/in/luanapereiradc/